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CONSERVANTES 28 COSMÉTICOS & PERFUMES CONSERVANTES CONSERVANTES

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UTILIZADOS EM COSMÉTICOS

Os conservantes são usados em muitos cosméticos para

aumentar a vida útil dos produtos, impedindo o desenvolvimento

de bactérias, fungos, leveduras e mofos que podem causar

doenças ou, simplesmente, prejudicar o bom aspecto do produto

final. Um produto livre de microorganismos que possam causar

danos à saúde humana, constitui uma exigência crescente,

principalmente por parte dos consumidores e também dos órgãos

responsáveis pela vigilância sanitária do País. As conseqüências

de um creme ou shampoo contaminado recaem sobre o

consumidor, que pode sofrer um dano à saúde devido à

população de microorganismos, em sua pele ou cabelos ficar

acima do normal, podendo se tornar patogênico; contudo o

crescimento de microorganismos pode ainda provocar mudanças

de cor, odor e consistência, resultando no abandono do produto

pelo consumidor, reclamações de produto junto à empresa e

nas conseqüentes perdas financeiras e de imagem da marca ou

da empresa como um todo. Embora ajam controvérsias quanto

ao seu uso, vários conservantes são aprovados e aplicados em

uma infinidade de produtos cosméticos. Neste artigo, vamos

conhecer quais são os principais.

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IntroduçãoConser vantes são substâncias

químicas também conhecidas comopreservantes (t radução adaptada doinglês), cuja função é inibir o crescimentode microorganismos no produto,conservando-o livre de deterioraçõescausadas por bactérias, fungos eleveduras. Eles podem ter atividadebacteriostática e/ou fungistática. Não éfunção do conservante compensar máspráticas de fabricação. Isto pode, inclusive,gerar microorganismos resistentes, porémmesmo que o fabricante possa oferecer umproduto isento de contaminações, o próprioconsumidor inadver tidamente podeadicionar uma certa carga microbianadurante o seu uso, tornando-se necessárioprover o produto de algum sistema eficientede conservação.

Não raro, o que se observa é que oformulador deixa a escolha do conser-vante para o final do processo de desen-volvimento, havendo a tendência em selançar mão sempre dos mesmos tipos deativos. Entretanto, com a rápida e enormemodernização da cosmética, para seselecionar o melhor sistema conservantepara cada fórmula, na sua melhor combi-nação de tipos de ativo e na concentraçãoideal, é preciso dominar o conhecimento

do t rinômio produto-conservantes-microorganismos.

Como produto, é importante consi-derar aqui sua composição química,embalagem e o processo de fabricação.O primeiro aspecto a ser considerado naescolha do conservante é a regulamen-tação do uso de substâncias de açãoconservante permitidas, uma vez que é decaráter eliminatório. No Brasil, atualmenteas normas de BPFeC são estabelecidas

pela Portaria do Ministério da Saúde No 348de 18 de agosto de 1997 e a lista deconservantes permitidos para produtos dehigiene pessoal, cosméticos e perfumesconsta da Resolução RDC No 162 de 11de setembro de 2001. A regulamentaçãovaria de país para país. Por exemplo, nacomunidade européia é a diretiva paracosméticos 76/768 EEC que apresenta asmais de 60 substâncias ativas em seuanexo VI, no entanto somente cerca deuma dúzia destes são efetivamente usadospelo mercado. O Japão é o país que contacom a lista mais restritiva.

Para se definir se a susceptibilidadedo produto é maior à contaminação porbactérias, fungos ou leveduras, avalia-seinicialmente a atividade de água doproduto. Quanto mais aquosa, maissusceptível a bactérias. Em geral, cremese loções exigem atividade tanto bacterios-tática quanto fungistática, fazendo-senecessário utilizar misturas de conser-vantes de amplo espectro de atividade.

O segundo passo para se selecionarum sistema conservante é conhecer suaspropriedades físico-químicas para seprever possíveis incompatibilidadesquímicas com os componentes da fórmulae até de inativação do conservante. Aspropriedades organolépticas tambémdevem ser consultadas, a fim de se prever

Conservantes sãosubstâncias

químicas, cujafunção é inibir ocrescimento de

microorganismos noproduto,

conservando-o livrede deteriorações

causadas porbactérias, fungos e

leveduras.

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possíveis interferências na cor, no odor etambém no sabor, em caso de produtospara os lábios. Via de regra, o ideal éadicionar os conservantes ao final doprocesso de manufatura após a fase deresfriamento, pois geralmente um de seuscomponentes pode sofrer degradação.

O conhecimento da flora potencial-mente contaminante do produto requer amonitoração dos insumos, destacando-sea água e as embalagens, das instalações,dos equipamentos e do ar através deanálises microbiológicas do tipocontagem, swab-test, número maisprovável e outras, e com base em padrõesdados em UFC/mL (unidades formadorasde colônias por mililitro). O monitora-mento permite validar métodos e procedi-mentos a fim de prevenir contaminações àmedida que se combate o seu foco oucausa, bastando na maioria das vezes,determinar o tipo de célula – bactéria,fungo ou levedura – não sendo necessáriaa identificação morfológica, a menos quese t rate de microorganismo muitoreincidente principalmente no sistema depurificação da água.

A eficácia do sistema conservante sópode ser garantida através de testes dedesafio, ou challenge Tests como sãoconhecidos, que consistem na inoculaçãodo produto com microorganismosespecificados pela CTFA (The Cosmetic,

Toyletry and Fragrance Association) e aconstante monitoração da cargasobrevivente. Idealmente estes testes devemser realizados durante os testes deestabilidade das amostras do teste defábrica e acompanhados com análises dedeterminação dos ativos conservantespara melhor interpretação dos resultados.

O conservante idealO conservante ideal não existe e é por

isso que se usam combinações ou blendsde conservantes. Um bom conservantedeve apresentar atividade de amploespectro, ou seja, deve eliminar todos ostipos de microorganismos, que incluemfungos, bactérias Gram positivas e Gramnegativas. Em geral, substâncias químicasativas contra bactérias não são ativascontra fungos e os ativos contra fungosnão são efetivos contra bactérias. Outrapropriedade é que o conservante deve serefetivo a baixas concentrações. Issosignifica que os conservantes são, narealidade, uma forma de segurança e nãoacrescentam valor mercadológico aosprodutos, devendo ser usados as maisbaixas concent rações possíveis, deacordo com as exigências. Baixos níveisde concentração reduzem as chances deirritação e out ras preocupações detoxicidade.

O conservante ideal para uso emcosméticos também deve ser solúvel emágua e insolúvel em óleo. Isso se deve aofato de que os microorganismos crescemna fase aquosa e na interface água-óleo;assim, para serem mais funcionais, osconservantes devem ser acrescentados nafase aquosa. A estabilidade é outraimportante propriedade. O conservantedeve ser estável a qualquer temperatura econdições de pH que sejam utilizadasdurante o processo de fabricação doscosméticos. Porém, na realidade, sabemosque nenhuma combinação orgânica éestável em calor elevado ou condições depH extremas.

Os conservantes devem ser, ainda,incolores e inodoros, ou seja, não devemacrescentar cor ou odor ao produto, bemcomo não devem reagir com outrosingredientes para formar cores ou odores.Devem ser compatíveis com todos osingredientes e não devem perder atividadena sua presença. O conservante idealdeve funcionar durante a fabricação e aolongo da vida útil dos cosméticos. Deveapresentar facilidade de analise usandométodos atuais populares; e deve ser defácil controle, bem como não inflamávele não tóxico.

Assim, como ainda não foi encontradoo conservante ideal que atende a todosesses critérios, vamos conhecer, a seguir,

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os conser vantes mais utilizados nafabricação de cosméticos. Não se tratade uma antologia dos conservantes, massim, de um levantamento dos tópicosprincipais relativos aos preservantes maisusados pelo setor. Ao lado dos maiscomuns, existem out ros que serãoapresentados de forma resumida na formade um quadro global (Quadro 13).

As combinações ou blends oferecidaspelos grandes nomes do setor não serãoapresentadas; porém são produtosaltamente efetivos, tais como, para citarsomente alguns, as linhas MikroKill, daArch Personal Care; Nipaguard, daClariant; Elestab, da Cognis; Germaben,da ISP; Glydant e Geogard, da Lonza;Paragon, da McIntyre; Merguard, daNalco; Neolone, da Rohm & Haas; Euxyl,da Schülke & Mayr; e outros.

Exis tem outras categorias deconservantes que não serão abordadasno presente artigo, tais como os preser-vativos que são também ingredientesativos, os conser vantes naturais, osantioxidantes e os agentes quelantes.

Os parabenosSão os ésteres do ácido parahidro-

xibenzoico. O ácido parahidroxibenzoicoé antimicrobiano, porém a medida que opH aumenta, dissocia-se na forma (inativa)de sais. O pH mais alto, com ainda algumaatividade, é um pH de 8. Por isto, osparabenos são raramente usados empH>6. Os íons de ferro podem causaressa dissociação em níveis de pHmenores.

As regulamentações da União

Européia e do Brasil permitem o uso de nomáximo 0,4% de cada parabeno e ummáximo de 0,8% de parabeno total, noproduto cosmético. No Japão é permitidono máximo 1% de parabeno total, paraqualquer produto cosmético.

Os parabenos incluem o metilpa-rabeno, etilparabeno, propilparabeno,butilparabeno, isopropilparabeno,isobutilparabeno e benzilparabeno.

Os parabenos são na maioria ativoscontra fungos. Apresentam atividadecontra bactérias Gram positivas, mas sãoconsiderados fracos contra bactériasGram negativas. A limitação no uso deparabenos está na quantidade que podeser dissolvida na água. Os parabenos sófuncionam em fase aquosa.

Os parabenos são inativados(parcialmente ou completamente) por

QUADRO 2 - SOLUBILIDADE DOQUADRO 2 - SOLUBILIDADE DOQUADRO 2 - SOLUBILIDADE DOQUADRO 2 - SOLUBILIDADE DOQUADRO 2 - SOLUBILIDADE DOS PARS PARS PARS PARS PARABENOABENOABENOABENOABENOS (gramas por 1S (gramas por 1S (gramas por 1S (gramas por 1S (gramas por 100 gramas)00 gramas)00 gramas)00 gramas)00 gramas)

Água, 2Água, 2Água, 2Água, 2Água, 25ºC5ºC5ºC5ºC5ºC Água, 80ºCÁgua, 80ºCÁgua, 80ºCÁgua, 80ºCÁgua, 80ºC PropilenoglicolPropilenoglicolPropilenoglicolPropilenoglicolPropilenoglicol

Benzilparabeno 0,.01 0,05 13

Butilparabeno 0,02 0,15 110

Etilparabeno 0,17 0,86 25

Metilparabeno 0,25 2,00 22

Propilparabeno 0,05 0,30 26

QUADRO 3 - OQUADRO 3 - OQUADRO 3 - OQUADRO 3 - OQUADRO 3 - OS SS SS SS SS SAIS DE PARAIS DE PARAIS DE PARAIS DE PARAIS DE PARABENOABENOABENOABENOABENOSSSSS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Butilparabeno sódico Sodium Butylparaben 36457-20-2 253-049-7

Etilparabeno sódico Sodium Ethylparaben 35285-68-8 252-487-6

Metilparabeno potássico Potassium Methylparaben 26112-07-2 247-464-2

Metilparabeno sódico Sodium Methylparaben 5026-62-0 225-714-1

Propilparabeno sódico SodiumPropylparaben 35285-69-9 252-488-1

QUADRO 1 - OQUADRO 1 - OQUADRO 1 - OQUADRO 1 - OQUADRO 1 - OS PARS PARS PARS PARS PARABENOABENOABENOABENOABENOSSSSS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Benzilparabeno Benzylparaben 94-18-8 202-311-9

Butilparabeno Butylparaben 94-26-8 202-318-7

Etilparabeno Ethylparaben 120-47-8 204-399-4

Isobutilparabeno Isobutylparaben 4247-02-3 224-208-8

Isopropilparabeno Isopropylparaben 4191-73-5 224-069-3

Metilparabeno Methylparaben 99-76-3 202-785-7

Propilparabeno Propylparaben 94-13-3 202-307-7

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fortes ligantes de hidrogênio, tais comoos compostos altamente etoxilados,como os polisorbatos e out roscompostos, como os derivados decelulose, proteínas e lecitinas. Podemtambém ser absorvidos por muitos tiposde argilas ou compostos semelhantes. Osparabenos são pH dependentes. Aordem de adição ou o método pelo qualos parabenos são acrescentados àsformulações freqüentemente determina seeles serão inativados.

Os melhores métodos paraincorporar parabenos em umaformulação incluem: pré-dissolução emum solvente apropriado, como opropileno glicol, adição do sal atemperatura ambiente (os sais deparabeno são altamente solúveis emágua) e ajuste do pH a faixa cosmética,ou adicionar o parabeno em pó atemperatura de emulsificação (75-80ºC),na fase aquosa. Adicionar parabenos nafase oleoso não é recomendado, uma vezque os parabenos funcionam somente emfase aquosa. Também, adicionar osparabenos na água antes deaquecimento pode resultar em um temposignificativamente maior para dissolvê-los. Aquecendo-os em água para dissolvê-los pode causar saponificação ememulsões aniônicas, já que a base écolocada junto, ao mesmo tempo. Osparabenos são ésteres orgânicos e estãosujeitos à saponificação; as condiçõespara que isto aconteça dependem dacombinação de temperatura, pH etempo.

Os parabenos podem ser absorvidospor recipientes de polietileno.

Os parabenos e seus sais sãodisponíveis como pós puros.

Os preservantesque reagem comacetilacetona

Formaldeído.Formaldeído.Formaldeído.Formaldeído.Formaldeído. O formaldeído é um dosprodutos químicos mais comuns de usoatual. É o aldeído mais simples, de fórmulamolecular H

2CO e nome oficial IUPAC

metanal.O formaldeído é um gás. É normalmen-

te utilizado em solução aquosa a cercade 37% em massa contendo metanol comopreservativo contra a polimerização,sendo também conhecido como formalina.A toxicidade da formalina e do formal-deído, o gás anidro, é muito diferente. Oformaldeído em concentrações acima dolimite é classificado como carcinogênicohumano e têm sido relacionado comcâncer dos pulmões e nasal e com possívelcâncer no cérebro e leucemia.

O formaldeído é permitido pela UniãoEuropéia em até 0,2% como formaldeídolivre, menos em produtos orais, onde olimite é de 0,1%; é proibido em aerossóis.Produtos com mais de 500 ppm deformaldeído (formaldeído livre total dequalquer fonte) devem conter aviso naetiqueta. No Brasil, o formaldeído épermitido em até 0,1% em produtos orais,até 0,2% em todos os outros usos e até5% em produtos para endurecer unhas,sendo proibido em aerossóis. No Japão,o formaldeído é proibido.

O formaldeído é bastante ativoprincipalmente contra bactérias e mostratambém boa atividade contra fungos. Éinativado por proteínas e gelatina. Éestável em pH de 3 a 9. É altamente volátil,podendo evaporar dos produtosacabados pela simples ação de abrir e

fechar o recipiente. É uma substânciaquímica muito reativa e apresenta forteodor. Pode reagir com componentes defragrância, amônio e ferro. Tem açãosensibilizante e irritante na pele.

O formaldeído é um produto natural,presente em todas as células do corpohumano. Também é encontrado em frutas,como maçãs, uvas e pêras.

É solúvel em água e é melhorincorporá-lo na formulação a frio, devidoa sua volatilidade.

DMDM Hidantoina. DMDM Hidantoina. DMDM Hidantoina. DMDM Hidantoina. DMDM Hidantoina. É produto dareação de 2 moles de formaldeído com 1mole de dimetil Hidantoina, formando odimetilol dimetil Hidantoina ou 1,3-Dimetilol-5-5-dimetilhidantoina).

O produto comercial está disponívelcomo solução em água a 55%, pó anidroou solução a 55% em propileno glicol. Asolução aquosa contém até 2% deformaldeído livre.

O DMDM Hidantoina é muito ativocontra bactérias e fraco contra fungos.Mostra mais baixa atividade na presençade bissulfetos e reações com o ácidodehidroacético e a avobenzona. É estávelem pH de 3 a 9 e em temperaturas até80°C, onde libera formaldeído.

O Brasil e a Comunidade EconômicaEuropéia permitem até 0,6% doingrediente ativo em qualquer produto.

A DMDM Hidantoina é solúvel emágua e propileno glicol. Na forma líquidaé facilmente adicionado aos produtos; empó, precisa ser pré-dissolvido em água.

Imidazolidinil uréa.Imidazolidinil uréa.Imidazolidinil uréa.Imidazolidinil uréa.Imidazolidinil uréa. É uma uréiaheterocíclica de substituição, produzidapela reação de alantoína comformaldeído.

É comercializada na forma de póbranco, puro. O produto é muito solúvel

QUADRO 4 - OQUADRO 4 - OQUADRO 4 - OQUADRO 4 - OQUADRO 4 - OS PRESERVS PRESERVS PRESERVS PRESERVS PRESERVANTANTANTANTANTES QUE REES QUE REES QUE REES QUE REES QUE REAAAAAGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACETILTILTILTILTILACEACEACEACEACETONATONATONATONATONA

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Formaldeído Formaldehyde 50-00-0 200-001-8

DMDM Hidantoina DMDM Hydantoin 6440-58-0 229-222-8

Imidazolinidil uréa Imidazolidinyl urea 39236-46-9 254-372-6

Quatérnio 15 Quaternium 15 51229-78-8 223-805-0

Diazolidinil uréa Diazolidinyl urea 78491-02-8 278-928-2

Hidroximetilglicinato de sódio Sodium Hydroxymethylglycinate 70161-44-3 274-357-8

Metenamina Methenamine 100-97-0 202-905-8

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em água (200 gramas/ 100 gramas),insolúvel em óleo e tem solubilidadelimitada em propileno glicol.

Apresenta grande atividade contrabactérias Gram positivas e Gramnegativas, mas nenhuma atividade contrafungos. Demonst ra sinergismo comparabenos

Na União Européia e no Brasil épermitido o seu uso em nível máximo de0,6%. No Japão, os novos regulamentospermitem sua utilização em até 0,3%, emprodutos rinse-off, desde que conste norótulo do produto a advertência: Nãodeve ser usado por crianças ou porpessoas hipersensíveis a formaldeído.

A melhor maneira de incorporá-lo évia solução 50/50 com água e adicioná-lo após a adição de fragrâncias.

Quatérnio-1Quatérnio-1Quatérnio-1Quatérnio-1Quatérnio-15.5.5.5.5. É o cloreto de cis-1-(3-cloroalil)-3,5,7-triaza-1-azoniadaman-tano, ou cloroalilcloreto de metenamina.É um derivado da hexamina.

Apresenta amplo espect ro deatividade, sendo mais ativo cont ra

bactérias Gram negativas e mais fracocontra fungos. É muito solúvel em água einsolúvel em óleo, tendo sua solubilidadelimitada em propileno glicol. É sensível aocalor e nunca deve ser usado acima de50°C, bem como em pH abaixo de 4 ouacima de 10. Faz algumas formulaçõesamarelar, o que representa uma possívelreação com o citral, um componente defragrância bastante usado.

Em soluções aquosas com mais de 1%não deve permanecer armazenado pormais de duas semanas. O Quatérnio-15 écomercializado na forma de pó; o qualrequer cuidados porque é inflamável.

Para a sua incorporação na formu-lação pode ser dissolvido em água; deveser sempre adicionado em temperaturaabaixo de 50ºC.

Na União Européia e no Brasil, podeser usado em todos os produtos cosmé-ticos em concentrações máximas de 0,2%.

Diazolidinil uréa.Diazolidinil uréa.Diazolidinil uréa.Diazolidinil uréa.Diazolidinil uréa. A diazolidinil urea(C

8H

14N

4O

7) é produzida pela reação

da alantoína e formaldeído. É uma

relação diferente do imidazolidinil uréa.A diazolidinyl uréa é comercializada

em pó, bem como em soluções depropileno glicol em combinação comparabenos e outros agentes antifungos.

É solúvel em água e em propilenoglicol e insolúvel em óleo. Apresentagrande atividade cont ra todas asbactérias (duas vezes mais ativo que oimidazolidinil uréa) com alguma atividadecontra mofos. É estável a pH de 2 a 9 enão deve ser exposto a temperaturasacima de 75°C por mais de uma hora.Seu pó é extremamente higroscópico.

A União Européia e o Brasil permitemseu uso em nível máximo de 0,5%. Seu usonão é permitido no Japão.

Hidroximeti lgl ic inato de sódioHidroximeti lgl ic inato de sódioHidroximeti lgl ic inato de sódioHidroximeti lgl ic inato de sódioHidroximeti lgl ic inato de sódio(SHMG(SHMG(SHMG(SHMG(SHMG). Fabricado a partir da glicina eformaldeído em hidróxido de sódio, écomercializado em solução a 50%.

A solução a 50% é miscível em água.É ativo contra bactérias e mofos e fracocontra leveduras. Não deve ser aquecidopor longos períodos de tempo a mais de

OOOOOS PRESERVS PRESERVS PRESERVS PRESERVS PRESERVANTANTANTANTANTES QUE REES QUE REES QUE REES QUE REES QUE REAAAAAGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACEGEM COM ACETILTILTILTILTILACEACEACEACEACETONATONATONATONATONA

DMDM Hidantoina

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50°C. É comercializado a pH de 10-12, oque resulta na neut ralização decompostos ácidos sem afetar a atividadebiocida. O SHMG reage com citral eforma uma tonalidade rosa, porém semafetar sua atividade.

Seu uso é permitido na União Européiae no Brasil a níveis máximos de 0,5% deingrediente ativo; não é permitido noJapão.

Metenamina.Metenamina.Metenamina.Metenamina.Metenamina. Comercializada com ummaterial 99% puro, é produzida pelareação do formaldeído com amônia.Normalmente, é comercializada emcombinação com outros conservantes. Ésolúvel em água, inflamável e sensível aocalor. É mais ativa contra bactérias. Nãofunciona até ser dissolvida em água edecomposta em formaldeído.

A metenamina é permitida na UniãoEuropéia a níveis até 0,15%.

As isotiazolinonasA 5-cloro-2 metil isotiazolin-3-ona

(CMIT) e a 2-metil-4 isotiazolin-3-ona (MIT)são vendidas misturadas na proporçãode 3 para a 1 i.e. 3 (CMIT) : 1 (MIT). Oproduto comercial contém, normalmente,21-23% de nitrato de magnésio, 74-77%de água e 1,5% de material ativo. É umcomposto orgânico heterocíclico. Oprecursor metilisotiazolinona é oferecidocomo conservante para cosméticos,normalmente em solução. A benzisotia-zolinona (1,2 benzotiazolin-3-ona) ou BIT

é um biocida industrial que agora étambém oferecido para a indúst riacosmética.

As CMIT/MIT são permitidas na UEEe no Brasil para todos os produtos, emconcentração máxima de 0,1% (15 ppmde ingrediente ativo). No Japão sãopermitidas nas mesmas concentrações,porém somente em produtos rinse-off.

As CMIT/MIT são miscíveis em águae propileno glicol e insolúveis em óleo.Trata-se de um biocida de amplo espectro,com excelente atividade contra todos osmicroorganismos. Reagem e perdematividade na presença de bissulf itos,aminas secundárias e fortes nucleófilos.A utilização de doadores de formaldeídocom CMIT/MIT tende a eliminar ainativação de CMIT/MIT com proteínas.Os sais de magnésio reagem com o ácidoesteárico e também os carbomeros.

As aminas, principalmente as aminassecundárias, presentes nas formulaçõescomo estabilizadores de espuma, oumesmo, como impurezas de aminasterciárias, são capazes de romper o aneldas isotiazolinonas, ocasionando a perdade sua atividade biocida, efeito deletérioeste que se acentua com a elevação dopH para níveis iguais ou superiores a 8.De maneira análoga, também oscomponentes de enxofre reduzido (sulfitose bissulfitos), presentes como resíduos emtensoativos sulfatados e sulfonados,podem atacar o anel, o que pode ser

evitado com a adição de um agenteoxidante adequado. As isotiazolinonassão também mais estáveis em pH abaixode 8, concentrações de colágeno equeratina em torno de 2% e a temperaturavariando entre a ambiente e 50 graus. AsCMIT/MIT são geralmente usadas juntascom outros conservantes.

O produto comercial deve sempre sermanuseado com precauções já que omaterial concentrado é corrosivo e podecausar reações alérgicas. Os fabricantesnão recomendam o uso deste conservanteem produtos aplicados na proximidadedos olhos.

Meti l i sot iazol inona.Met i l i sot iazol inona.Met i l i sot iazol inona.Met i l i sot iazol inona.Met i l i sot iazol inona. É tambémoferecida separadamente da CMIT, emsolução aquosa a 9,5%. É recomendadoque seja usada com nível de ativo daordem de 50 a 100 ppm. É ativa contrabactérias, mas fraca contra fungos, ouseja, deve ser usado junto com umconservante antifungal. Embora maisestável em uma maior faixa de pH que acombinação CMIT/MIT, não deve serexposta a altas temperaturas durantelongos tempos. Também recomenda-seincorporá-lo a formulação em temperaturainferior a 45ºC.

Benzisot iazolinona (BIT).Benzisot iazolinona (BIT).Benzisot iazolinona (BIT).Benzisot iazolinona (BIT).Benzisot iazolinona (BIT). É umcomposto heterocíclico. É produzido pelareação do cloreto de tionila com ácidoditiodibenzoico. É um conservante indus-trial bastante popular, geralmente usadoem combinação com outros biocidas, taiscomo o metilcloroisotiazolinona. Évendido na forma de solução aquosa ouglicólica, ou em combinações.

O BIT é mais ativo contra as bactériasGram positiva e normalmente usado emníveis máximos de 50 ppm. Abenzisotiazolinona é conhecida por serum sensibilizante da pele quando usadoem altos níveis. Nos níveis cosméticosnormais (abaixo de 50 ppm) e paraprodutos do tipo rinse-off, pode ser usadode forma segura. É inativado por sulfetos.

QUADRO 5 - AQUADRO 5 - AQUADRO 5 - AQUADRO 5 - AQUADRO 5 - AS ISOS ISOS ISOS ISOS ISOTIATIATIATIATIAZOLINONAZOLINONAZOLINONAZOLINONAZOLINONASSSSS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Metilcloroisotiazolinona Methylchloroisothiazolinone 26172-55-4 247-500-7

Metilisotiazolinona Methylisothiazolinone 2682-20-4 220-239-6

Benzisotiazolinona Benzisothiazolinone 2634-33-5 220-120-9

AAAAAS ISOS ISOS ISOS ISOS ISOTIATIATIATIATIAZOLINONAZOLINONAZOLINONAZOLINONAZOLINONASSSSS

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Outros tipos fenólicosNesta categoria inclui-se o fenoxie-

tanol e os álcoois benzílico e fenetílico.FFFFFenoenoenoenoenoxietanolxietanolxietanolxietanolxietanol. É o produto da reação

de uma mole de óxido de etileno com umamole de fenol. Esse produto ainda échamado de 2-fenoxietanol, fenoxietol ouéter monofenílico de etilenoglicol.

O fenoxietanol é aprovado no Brasil,UEE e Japão em concentração máximade 1%, sem restrições para todas asaplicações de personal care. Ofenoxietanol é amplamente usado naindústria de fragrâncias como solvente e,também, pelo seu aroma floral.

A pureza dos diferentes produtoscomerciais disponíveis varia. O nível defenol livre é um ponto crítico para o setorcosmético, porque o mesmo é irritante.Normalmente, deve ser inferior a 0,1%. Ofenoxietanol é um excelente solvente paraparabenos e outros conservantes e, poristo, existem muitos blends de conservantesque o incorporam como solvente.

É solúvel em água de 0,5 a 2,67gramas por 100 gramas de água; émiscível com propileno glicol e glicerina.

O fenoxietanol é um biocida fraco. Émais ativo contra as bactérias Gramnegativo. É sempre usado em combinaçãocom outros preservantes.

O fenoxietanol é inativado porcompostos altamente etoxilados. É um

atividade cont ra as bactérias Gramnegativas e leveduras, mas é fraco nocaso dos mofos.

É inativado por não-iônicos e apresentabaixa atividade em pH>7. Oxidalentamente com a luz UV em ácidobenzóico e benzaldeído. O melhor nívelde pH está entre 5 e 6. Os utilizadores deálcool benzílico sempre devem incluir umantioxidante na formulação.

O álcool benzílico também tem efeitoanestesiante.

Seu uso é permitido na UEE e no Brasilem concentração de até 1% enquanto que,no Japão, é autorizado sem restrições nemlimitações já que não é considerado comoconservante.

ÁÁÁÁÁlcool fenetílico. lcool fenetílico. lcool fenetílico. lcool fenetílico. lcool fenetílico. Trata-se de um álcoolaromático também conhecido como álcoolfeniletil. Tem forte odor de rosa.

O álcool fenetílico a 2% é solúvel emágua. É ativo contra bactérias, porémfraco contra fungos. È inativado por não-iônicos e funciona melhor em pH ácido.

O produto é sujeito à reação comagentes oxidantes. Os utilizadores sempredevem incluir um antioxidante naformulação.

O álcool fenetílico pode ser adicio-nado diretamente ao produto cosmético,sem cuidados especiais.

Não é listado como conservante naUEE; é permitido no Brasil em concen-

QUADRO 6 - OUTROS TIPOS FENÓLICOSQUADRO 6 - OUTROS TIPOS FENÓLICOSQUADRO 6 - OUTROS TIPOS FENÓLICOSQUADRO 6 - OUTROS TIPOS FENÓLICOSQUADRO 6 - OUTROS TIPOS FENÓLICOS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Fenoxietanol Phenoxyethanol 122-99-6 204-589-7

Alcool benzílico Benzyl alcohol 100-51-6 202-859-9

Alcool fenetílico Phenethyl alcohol 60-12-8 200-456-2

OUTROS TIPOS FENÓLICOSOUTROS TIPOS FENÓLICOSOUTROS TIPOS FENÓLICOSOUTROS TIPOS FENÓLICOSOUTROS TIPOS FENÓLICOS

composto estável em temperatura de até85ºC e pode ser utilizado em pH de 3 até10. O grupo terminal hidroxila é sujeito aesterificação e oxidação.

Álcool benzílicoÁlcool benzílicoÁlcool benzílicoÁlcool benzílicoÁlcool benzílico. O álcool benzílicoou fenilmetanol é um álcool aromáticolíquido (C

6H

5CH

2,OH). É utilizado como

componente de fragrâncias e aromas, esolvente. É considerado GRAS e

registrado pelo EPA (U.S. EnvironmentalProtection Agency). É usado comopreservante para produtos of tálmicos,injetáveis e orais. É também usado comosolvente e como um produto químicointermediário.

O álcool benzílico é solúvel em águaem até 3%. É mais ativo contra as bactériasGram positivas e apresenta alguma

Nos compostosfenólicoso efeito

antimicrobianodeve-se ao

fato de atuar sobrea membrana

celular.

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tração de até 0,5%. No Japão pode serusado sem limites já que não é consideradocomo preservante. É considerado comoGRAS pela FDA, para uso em alimentos.

Os conservantesacídicos

Muitos ácidos funcionam comoconservantes em sua forma acídica, masnão apresentam nenhuma atividade naforma de sais. Todos são pH dependentes.Muitos são disponíveis como sais parafacilitar a sua incorporação na formulaçãoe, uma vez adicionado, o pH é baixadopara liberar o ácido livre. Os principaisácidos e seus relativos sais empregadoscomo conservantes em cosmética sãoapresentados no Quadro 8.

Ácido dÁcido dÁcido dÁcido dÁcido dehidroaehidroaehidroaehidroaehidroacético. cético. cético. cético. cético. Fabricado apartir de ceteno, o DHA apresenta baixasolubilidade em água e, por este motivo, éfreqüentemente incorporado em formu-

lações com SDHA (Sodium dehydroacetate)ou dehidroacetato de sódio e o pH é depoisajustado para liberar o ácido livre.

A UEE e o Brasil permitem o uso deDHA como ácido livre, em nível de até0,6%, com a restrição de não poder serutilizado em aerossóis. No Japão aconcentração permitida é de 0,5%, parao ácido livre.

Tanto o DHA quanto o SDHA sãocomercializados na forma de pó, compureza mínima de 98%.

A solubilidade desses doi produtos éapresentada no Quadro 9, a seguir.

QUADRO 9 - SOLUBILIDADE DEQUADRO 9 - SOLUBILIDADE DEQUADRO 9 - SOLUBILIDADE DEQUADRO 9 - SOLUBILIDADE DEQUADRO 9 - SOLUBILIDADE DESDHA E DHASDHA E DHASDHA E DHASDHA E DHASDHA E DHA

SDHASDHASDHASDHASDHA DHADHADHADHADHA

Água 33% 0,1%

Propileno glicol 48% 1,7%

Azeite de oliva >0,1% 1,6%

O dehydroacetato de sódio nãoapresenta nenhuma atividade antimicro-biana. A atividade é baseada no ácidolivre e, consequentemente, depende do pH.A melhor atividade é obtida por pH<6. Aatividade é forte contra fungos; temalguma atividade antibacteriana, mas éineficiente contra pseudomonas. É claroque o melhor meio de inativar o produto éde aumentar o pH.

O DHA é muito estável em tempera-turas de até 120ºC, por uma hora.

O produto é incorporado como salde sódio, dissolvido na água e, emseguida, baixando o pH para liberar oácido livre.

Ácido benzóico.Ácido benzóico.Ácido benzóico.Ácido benzóico.Ácido benzóico. O ácido benzóico éum ácido orgânico. Os sais nãoapresentam nenhuma atividade, somentena forma ácida tem poder conservante.

A UEE e o Brasil permitem o uso deácido benzóico como ácido livre, em nívelde até 0,5%. No Japão a concentraçãopermitida é de 0,2%.

QUADRO 8 - CONSERVQUADRO 8 - CONSERVQUADRO 8 - CONSERVQUADRO 8 - CONSERVQUADRO 8 - CONSERVANTANTANTANTANTES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOS E SEUS SS E SEUS SS E SEUS SS E SEUS SS E SEUS SAISAISAISAISAIS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Ácido dehidroacético Dehydroacetic Acid 520-45-6 208-293-9, 212-227-4Dehidroacetato de sódio Sodium dehydroacetate 4418-26-2 224-580-1

Ácido benzóico Benzoic Acid 65-85-0 200-618-2

Benzoato de sódio Sodium Benzoate 532-32-1 208-534-8

Ácido sórbico Sorbic Acid 110-44-1 203-768-7

Sorbato de potássio Potassium Sorbate 590-00-1 246-376-1

Ácido salicílico Salicylic Acid 69-72-7 200-712-3

Ácido fórmico Formic Acid 64-18-6 200-579-1

Ácido propiônico Propionic Acid 79-09-4 201-176-3

Propionato de cálcio Calcium Propionate 4075-81-4 223-795-8

Propionato de sódio Sodium Propionate 137-40-6 205-290-4

QUADRO 7 - CONSERVQUADRO 7 - CONSERVQUADRO 7 - CONSERVQUADRO 7 - CONSERVQUADRO 7 - CONSERVANTANTANTANTANTES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOS E PHS E PHS E PHS E PHS E PH

pKapKapKapKapKa % ativo para diversos pH% ativo para diversos pH% ativo para diversos pH% ativo para diversos pH% ativo para diversos pH

33333 44444 55555 66666 77777

Ácido dehidroacético 5,27 100 95 65 16 2

Ácido benzóico 4,18 94 61 13 1,5 0

Ácido sórbico 4,76 98 85 37 5,5 0

Ácido salicílico 2,97 48 9 1 0 0

Ácido fórmico 3,75 85 36 5 1 0

Ácido propiônico 4,87 99 88 43 7 1

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OOOOOS CONSERVS CONSERVS CONSERVS CONSERVS CONSERVANTANTANTANTANTES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOES ACÍDICOSSSSS

O benzoato de sódio é consideradocomo GRAS, para aplicações alimen-tícias, no mundo todo.

A solubilidade em água do ácidobenzóico é de 0,2% enquanto que dobenzoato de sódio é de 55%. O ácidobenzóico é solúvel em lipídios o que nãoé o caso do benzoato de sódio.

Somente o ácido benzóico é ativo e,como já foi mencionado, o benzoato desódio é conver tido em ácido liv re,baixando o pH da formulação. Aatividade é útil abaixo de um pH de 3. Aprincipal atividade é antifungal masapresenta também alguma atividadecont ra bactérias; é f raco cont rapseudomonas.

O ácido benzóico é inativado poragentes não-iônicos e, obviamente, poraumento do pH.

Ácido sórbico.Ácido sórbico.Ácido sórbico.Ácido sórbico.Ácido sórbico. É um ácido monocar-boxílico, insaturado, de cadeia normal,que apresenta fórmula molecular:C6H8O. O sal de potássio é extrema-mente solúvel em água, porém nãoapresenta nenhuma atividade. Tais comoos ácidos anteriormente mencionadoscostuma-se incorporar o sal sorbato depotássio na formulação para depoisdiminuir o seu pH para que o ácidosórbico livre seja liberado.

A UEE e o Brasil permitem o uso deácido sórbico em todas as aplicaçõescosméticas como ácido livre, em nível deaté 0,6%. No Japão a concentraçãopermitida é de 0,5%, para o ácido livre.

Tanto o ácido sórbico quanto osorbato de potássio são consideradoscomo GRAS, para aplicações alimen-tícias, no mundo todo.

A solubilidade em água do ácidosórbico é de 0,18% enquanto que dosorbato de potássio é de 58,2%.

O ácido sórbico é pH dependente emostra atividade útil por um pH de 4,5ou menos. É bastante ativo contra mofos,razoavelmente ativo contra leveduras efraco contra bactérias.

A melhor maneira de inativar o ácidosórbico é, mais uma vez, aumentando opH da formulação o convertendo, assim,em um sal inativo.

Sendo um ácido graxo insaturado, oácido sórbico é sujeito a oxidação; nãosomente é sensível aos raios UV comotambém, neste caso, pode fazer a soluçãoamarelar.

Ácido salicílico. Ácido salicílico. Ácido salicílico. Ácido salicílico. Ácido salicílico. O ácido salicílico éum ?-Hidroxiácido ainda conhecidocomo ácido o-hidroxibenzóico ou ácido2-hidroxibenzóico. Tem propriedadesqueratolíticas (esfoliantes) e antimicro-

bianas, o que significa que afina acamada espessada da pele e ageevitando a contaminação por bactériase fungos opor tunis tas. É um ácidoutilizado no t ratamento de pelehiperqueratótica, isto é, super espessada,em condições de descamação como:caspa, dermatite seborréia, ictiose,psoríase e acne, problemas que atingemfacilmente a ala masculina. É caracte-rizado ainda por ser um regularizadorda oleosidade e também um antiinfla-matório potencial. A grande vantagemdeste ácido é que apresenta um bompoder esfoliativo e também uma açãohidratante, cuja característica principalé a capacidade de penetração nos porosajudando na remoção da camadaqueratinizada com uma ação irritantemuito menor que os outros ingredientes.É considerado um hidroxiácido defundamental impor tância para omelhoramento da aparência da peleenvelhecida.

O ácido salicílico é fabricadoaquecendo sal de sódio de fenol comdióxido de carbono, sob pressão, etratando o produto obtido com ácidosulfúrico para liberar o ácido livre. Éencontrado na natureza na casca dosalgueiro (gênero Salix) e também nas

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folhas de gualtéria (Gaultheriaprocumbens L.).

O ácido salicílico é permitido na UEEem concentração de até 0,5% sendo quenão pode ser utilizado em formulaçãopara crianças de menos de 3 anos, comexceção de xampus; ainda deve conterum aviso na etiqueta mencionando essalimitação. No Brasil, a concentraçãopermitida é a mesma, também com arestrição de não poder ser utilizado emnenhum produto para crianças. NoJapão essa limitação não existe poremas concentrações permitidas são de0,2% para o ácido salicílico e 1,0% parao sal sódico.

Na sua forma ácida é ligeiramentesolúvel em água (1 grama em 460 ml),mas é solúvel em etanol.

Tais como os outros ácidos é somenteativo na forma de ácido, não como sal.Sua maior atividade é antifungal; émelhor contra bactéria que o ácido

benzóico. Não é um forte agente anti-microbiano. Deve ser usado exclusi-vamente em produtos cujo pH é igual ouinferior a 4. É incompatível com sais deferro. É pouco solúvel em água, masapresenta solubilidade em óleos egorduras.

Tal como os outros ácidos, a melhormaneira de inativá-lo é aumentando o pH,convertendo o mesmo em sais inativos. Ésensível a luz UV.

Ácido fórmico.Ácido fórmico.Ácido fórmico.Ácido fórmico.Ácido fórmico. Também chamado deácido metanóico, é o membro maissimples da série dos ácidos carboxílicos.É produzido por carbonilação dometanol seguido de hidrólise para liberaro ácido fórmico livre. O nome fórmicotem sua origem do latim fórmica, quesignifica formiga, dado que a primeiravez que o ácido foi isolado ocorreu pordestilação do corpo de uma formiga. Napicada de abelhas e formigas ocorre ainjeção de ácido fórmico, ocasionando

a dor que sentimos. A irritação quesentimos na pele quando tocamos naurtiga também é devida à presença doácido fórmico nessa planta.

Seu uso é permitido na UEE em níveisde até 0,5%. No Japão, não faz partedos conservantes autorizados.

O ácido fórmico é vendido na formade um líquido puro e transparente. Étotalmente miscível em água, glicerina eálcool.

Tais como os outros ácidos é somenteativo na forma ácida e não como sal.Deve ser usado somente em formulaçãocom pH igual ou inferior a 4.

Não é um forte agente antimicro-biano. Para inativá-lo é só aumentar opH, convertendo o ácido em sais inativos.

O ácido fórmico é sensível ao calor.Ácido propiônico.Ácido propiônico.Ácido propiônico.Ácido propiônico.Ácido propiônico. Oficialmente

chamado de ácido propanóico, trata-sede um ácido monocarboxílico, saturado,de cadeia aberta, com três carbonos. É

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encontrado naturalmente em produtoslácteos e de fermentação. É fabricado apar tir da reação de álcool etílico emonóxido de carbono. Os seus sais sãoextremamente solúveis em água, mas,como sempre, não apresenta nenhumaatividade conservante. Assim, como nocaso dos outros ácidos é normalmenteincorporado na fórmula na forma de sale, depois, o pH é abaixado para liberar oácido livre, o qual é o real conservante.

Seu uso é permitido na UEE em níveisde até 0,5%; no Japão, não faz parte dalista dos preservativos autorizados emcosméticos.

É muito utilizado na indústria depanificação, em níveis de até 2%, paraprevenir o crescimento de mofo. Possuitambém muitas aplicações industriais.Para alimentos é universalmentereconhecido como GRAS.

O ácido propiônico é completamentemiscível em água. Não é um forte agenteantimicrobiano; sua principal atividade écontra alguns tipos de mofos.

Mais uma vez, todas as observaçõesrelativas à inativação de ácidos e outrosfatos correlatos já mencionados acima sãotambém validas para o ácido propiônico.

Os compostoshalogenados

A série química dos halogênios(halogênios, em português europeu) é ogrupo 17 (7A) da tabela periódica doselementos, formado pelos seguinteselementos: flúor, cloro, bromo, iodo eastato ou Astatínio (este último, radioativoe pouco comum). Esse grupo, juntamentecom o grupo 18 (8A), dos gases nobres,

são as únicas famílias formadas por não-metais. A palavra provém do grego esignifica formador de sais.

Na forma natural são encontradoscomo moléculas diatômicas, X

2.

Todos apresentam 7 elétrons no seuúltimo nível de energia, terminando a suaconfiguração eletrônica em sub-nível pppppcom 5 elétrons. Para um halogênioadquirir estabilidade química, o seu últimonível de energia precisa receber umelétron, transformando-se num íon mono-negativo, X-. Este íon é denominado haletoe os seus sais de haletos. Um dos haletosmais famosos é o cloreto de sódio,conhecido como sal de cozinha.

Muitos compostos orgânicos sintéticose alguns naturais contém halogênios. Estescompostos são denominados compostoshalogenados.

Possuem uma eletro-negatividade = 2,5segundo a escala de Pauling, sendo oflúor o de maior eletro-negatividade (4,0).O valor da eletro-negatividade no grupodecresce de cima para baixo, sendo omenos eletronegativo o astato. Sãoaltamente oxidantes (decrescendo estapropriedade, no grupo, de cima parabaixo), por isso reagem espontaneamentecom os metais, não-metais, substânciasredutoras e até com os gases nobres.

Devido a esta alta reatividade podemser perigosos ou letais para organismosvivos se em quantidade suficiente. O cloroe iodo são usados como desinfetantespara água potável, piscinas, ferimentosrecentes, pratos, etc. Eles matam bactériase out ros microorganismos. Suareatividade também é útil no branquea-mento de materiais. O cloro é o agenteativo da maioria dos branqueadores

usados na produção de papel, porexemplo.

São tóxicos (exceto o iodo), voláteisem condições ambientais, podendoocasionar queimaduras na pele e nas viasrespiratórias.

O flúor e cloro são gasosos, o bromoé líquido, o iodo e o astato são sólidos.

BronopolBronopolBronopolBronopolBronopol. Trata-se de um produtoquímico antimicrobiano altamente ativocuja fórmula química é 2-bromo-2-nitropropano-1,3-diol. O Bronopol foiinventado pela The Boots Company PLC,de Nottingham, Inglaterra, no início dosanos sessentas. As primeiras aplicaçõesforam como conservante para produtosfarmacêuticos. Sua baixa toxicidade(para os níveis de uso normal) e suaexcepcional atividade contra bactérias(especialmente do tipo Gram negativo) otransformaram em um conservante muitopopular para muitos produtos de consumotais como xampus e cosméticos em geral.É também amplamente usado em muitossetores industriais e, por esse motivo, aprodução mundial passou de algumasdezenas de toneladas no final dos anossetentas para mais de 5000 toneladas nosdias de hoje. É um número bastanteimpressionante considerando que asconcentrações de uso podem ser tãobaixas quanto 0,0025%!

O produto é obtido por reação entrenitrometano e duas moles de formaldeído,seguido de bromatação para formar o 2-bromo-2-nitropropano-1,3-diol.

É aprovado na UEE e no Brasil parauso em até 0,1% com a limitação de“evitar formação de nitrosaminas”. NoJapão, não é permitido seu uso emcosméticos.

QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 10 - O0 - O0 - O0 - O0 - OS COMS COMS COMS COMS COMPOPOPOPOPOSTOSTOSTOSTOSTOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOSSSSS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

2-Bromo-2-Nitropropano-1,3-Diol 2-Bromo-2-Nitropropane-1,3-Diol 52-51-7 200-143-0

Cloroacetamida Chloroacetamide 79-07-2 201-174-2

Clorobutanol Chlorobutanol 57-15-8 200-317-6

Cloroxilenol Chloroxylenol 88-04-0 201-793-8

Clorfenesina Chlorphenesin 104-29-0 203-192-6

Álcool diclorobenzílico Dichlorobenzyl Alcohol 1777-82-8 217-210-5

Butilcarbamato de iodopropinila Iodopropynyl Butylcarbamate 55406-53-6 259-627-5

Metildibromo glutaronitrilo Methyldibromo Glutaronitrile 35691-65-7 252-681-0

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O bronopol é comercializado comocomposto puro em 99% existe tambémcom grau de pureza de 98% e, paraaplicações técnicas ou industriais comgraus de 90%.

É solúvel em água a 28% e em propilenoglicol a 52%. É insolúvel em óleo mineralmas apresenta alguma solubilidade emésteres de ácidos graxos.

Tem atividade antimicrobiana de largoespectro. É mais forte contra bactérias efraco contra fungos.

O bronopol é inativado por compostossulfidrílicos e alumínio. Também reage como ácido dehidroacético e agentes redutorescomo o tiossulfato de sódio e ometabissulfito de sódio.

O bronopol se decompõe emcondições alcalinas e a temperaturaelevadas; nessas condições pode ocorrerliberação de formaldeídos. Na presençade luz, essa decomposição pode seracompanhada de descoloração. O uso debronopol diminui devido ao seu papel naformação de nitrosaminas. Não deve serutilizado com compostos aminados quepodem formar nitrosaminas. Sozinho, obronopol não forma nitrosaminas, mas emdeterminadas condições pode funcionarcomo catalisador para formação denitrosamina.

O bronopol deve ser adicionado aformulação em temperatura abaixo de40ºC e com pH inferior a 7, para garantiros melhores resultados.

CloroaCloroaCloroaCloroaCloroacetamidacetamidacetamidacetamidacetamida. É uma amida alifáticaclorinada, produzida por reação do ácidocloroacético com amônia.

É permitida na UEE em concentraçõesde até 0,3%, porém requere a etiquetagem“Contem cloroacetamida”. Não é permitidoseu uso em cosméticos no Japão, Canadáe nem Brasil. É mais usado como conser-vante industrial para polímeros, colas,têxteis, tintas e papeis. Também é usadocomo herbicida.

É solúvel em água em até 8%.Sua maior atividade é contra leveduras;

possui alguma atividade contra fungos ebactérias.

Funciona melhor em pH entre 4 e 8. Éinativado por álcalis e altas temperaturase se decompõe em meios fortementealcalinos, e presença de alta temperaturae radiações UV.

ClorobutanolClorobutanolClorobutanolClorobutanolClorobutanol. Também conhecido

como álcool t ricloro-t-butílico, oclorobutanol é preparado pela adição declorofórmio a acetona sob a influenciacatalítica de hidróxido de potássio em pó.

O clorobutanol é permitido na UEE emconcentração de até 0,5% menos emaerossóis; sua utilização requer aetiquetagem de “Contem clorobutanol”. NoBrasil a concentração autorizada é a mesmae, também não pode ser usado em aerossóis.No Japão é permitido em até 0,1%.

O clorobutanol é solúvel (até 0,8%) emágua fria e muito solúvel em água quente.Também é solúvel em álcool, glicerina eoutros óleos.

Sua maior atividade é contra bactériasGram positivo; tem alguma ação contraos fungos e é mais eficaz em pH<4.

É inativado por álcalis, não-iônicos, PVPe é instável em embalagens de polietileno.

CCCCCloroloroloroloroloroxilenol.xilenol.xilenol.xilenol.xilenol. Quimicamente, trata-se depara-cloro-meta-xilenol, ou, ainda, 4-cloro-3,5dimetilfenol; é um composto orgânicofenólico clorado, derivado do xileno, mascom um grupo hidróxilo e um cloro.

A UEE e o Brasil permitem seu uso emconcentração máxima de 0,5%, semrestrições; no Japão é permitido comconcentração de 0,2%.

É um produto eficaz em amplo espectrode bactérias Gram positivas menos eficazcontra estafilococos e bactérias Gramnegativas e costuma ser ineficaz sobrepseudomonas e inativo sobre esporos. Seefeito antimicrobiano deve-se ao fato deatuar sobre a membrana celular, como é ocaso para todos os compostos fenólicos.

É inativado por não-iônicos, pH alcalinoe catiônicos. É um material muito estável.Em alto pH forma um sal alcalino que volta

ao composto original à medida que o pHvolta a baixar.

Por ter uma solubilidade limitada, suaincorporação em produtos claros fica difícil;isto e o seu odor limitam o seu uso.

ClorClorClorClorClorfenesinafenesinafenesinafenesinafenesina. É um éter aromáticoclorado produzido a partir do 1,4-clorofenole epoxipropanol.

É permitido na UEE e no Brasil emconcentração de até 0,3%; no Japão, aconcentração permitida é a mesma, porémsó pode ser usado em produtos do tipo leave-on e rinse-off e é proibido em produtos queentrem em contato com a membranamucosa.

A clorfenesina é comercializada comopó puro a 99% e em várias outrascombinações. É solúvel em água em até0,6%, sendo mais solúvel em água quente.Também é solúvel em glicerina, propilenoglicol e acetona.

É considerada como sendo umconservante fraco, mais ativa contrafungos. Parece funcionar melhor em sistemascom altos níveis de silicone.

È inativado por polisorbatos. É muitoestável em temperatura de até 45ºC, portrês meses.

É melhor incorporado em águaaquecida acima de 50ºC ou pré-dissolvidoem glicerina ou propileno glicol.

Álcool diclorobenzílico.Álcool diclorobenzílico.Álcool diclorobenzílico.Álcool diclorobenzílico.Álcool diclorobenzílico. É um álcoolaromático clorado, também conhecidocomo álcool 2,4-diclorobenzílico.

É permitido na UEE e no Brasil emconcentração de 0,15%. Não é permitidono Japão.

É solúvel em água a 0,1% e em propilenoglicol a 73%.

Ótimo antifungal para amplo espectrode pH, apresenta atividade limitada contraas bactérias.

Surfactantes não-iônicos e aniônicosdiminuem sua atividade conservante.

Soluções aquosas podem oxidar nosácidos e aldeídos correspondentes.

Devido a sua baixa solubilidade deveser dissolvido previamente em propilenoglicol antes de ser adicionado a formulação.

Butilcarbamato dButilcarbamato dButilcarbamato dButilcarbamato dButilcarbamato de iodopropinilae iodopropinilae iodopropinilae iodopropinilae iodopropinila. Trata-se de um composto orgânico halogenadoinsaturado. É também conhecido como IPBC,do inglês IIIIIodoPPPPPropynyl BBBBButylCCCCCarbamate. O3-iodo-2-propinila N-butilcarbamato é cadavez mais usado em produtos cosméticos. Aparte iodopropinila, na qual iodo está

Muitos compostosorgânicos sintéticose alguns naturais

contém halogênios.Estes compostos são

denominadoscompostos

halogenados.

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ligado ao carbono com ligação tripla, é umgrupo funcional muito reativo.

O IPBC é permitido na UEE e no Brasilem concentração de até 0,05%. Quandofor utilizado em produtos do tipo leave-onem concentração de 0,02% ou superior deveconter na etiquetagem, na UEE, o aviso“Contem iodo”. Seu uso em cosméticos nãoé permitido no Japão.

O IPBC é vendido na forma de um pópuro a 97,99%. Graus industriais existem epodem gerar subprodutos indesejáveis.Existem muitas combinações usando o IPBC.È solúvel em água a 0,016 gramas por 100gramas (160 ppm) e a 25,2 gramas por 100gramas em propileno glicol.

É muito ativo contra fungos e fracoscontra bactérias, especialmente aspseudomonas.

O PBC reage com fortes agentesredutores, ácidos e bases fortes. Hidrolisalentamente em pH alcalino.

Devido a sua baixa solubilidade, o IPBCdeve ser dissolvido primeiro em glicóis, depreferência em temperatura inferior a 40ºC.Calor excessiva e pH acima de 9 devem serevitados.

Metildibromo glutaronitMetildibromo glutaronitMetildibromo glutaronitMetildibromo glutaronitMetildibromo glutaronitrilorilorilorilorilo. Tecnica-mente pode ser considerado como sendo umgrau purif icado de 1,2-dibromo-2,4-dicianobutano. É disponível somente emcombinação com diferentes solventes.

Na UEE é aprovado para uso somenteem produtos do tipo rinse-of f, emconcentração de até 0,1%. No Brasil oMDBGN é permitido para todas ascategorias de cosméticos na concen-tração de 0,1%, menos nos filtros solares

onde a concentração é limitada a 0,025%.Seu uso em cosméticos não é permitidono Japão.

O MDBGN não é vendido separada-mente, é somente disponível em misturas.

O MDBGN puro em solúvel em águaa 0,17%. É facilmente solúvel em propilenoglicol e fenoxietanol.

As composições oferecidas apresen-tam largo espectro de atividade sendo queo campo de atuação mais fraco (porémmesmo assim aceitável) e dos mofos.

O produto é estável em pH< a 8,5.Acima de um pH de 7, deve-se evitarqualquer aquecimento e abaixo deste valoro MDBGN aceita temperatura de até 60ºC.

Como é somente oferecido na formade blends com diferentes solventes, nãoexistem problemas de incorporação.

OOOOOS COMS COMS COMS COMS COMPOPOPOPOPOSTOSTOSTOSTOSTOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOS HALOGENADOSSSSS

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QuaternáriosCloreto de benzalcônio.Cloreto de benzalcônio.Cloreto de benzalcônio.Cloreto de benzalcônio.Cloreto de benzalcônio. O cloreto de

alquil dimetil benzil amônio é um agentede tensão super f icial nit rogenoso ecatiônico per tencente ao grupo decompostos de amônio quaternário.Dependendo do grupo alquila(normalmente C—12 ou 16), os númerosCAS e EINECS mudam. É produzido porreação de uma amina com um agentealquilante.

É utilizado como anti-séptico,espermicida, descongestionante nasal, ehistoricamente como bactericida. Seu usovaria desde desinfecção de pele e limpezade membranas mucosas passando poresterilização de instrumentos, por cultivode pêssegos e até como conservante.

Seu uso é permitido na UEE emconcentração de até 0,1% para produtosdo tipo leave-on e até 3% em produtosrinse-off, porém a etiquetagem deve ter“Evitar o contato com os olhos”. No Brasila concentração autorizada é de 0,3% eno Japão é sem limites para produtos dotipo rinse-off e 0,05% em produtos leave-on e produtos que podem ter contato coma membrana mucosa.

É totalmente solúvel em água e trata-se de um composto muito estável.

È principalmente ativo cont rabactérias e com atuação f raca empseudomonas e mofos. Apresentaatividade em soluções aquosas e é maisativo acima de um pH de 6. Mais alcalinoé o ambiente, melhor é sua atividade.Apresenta pouca atividade em emulsões.

É inativado por aniônicos, polisor-batos e lecitina.

Devido a sua alta solubilidade em água

a sua incorporação é fácil: adicionar asolução aquosa ou dissolver o pó em água.

Cloreto de benzetônio.Cloreto de benzetônio.Cloreto de benzetônio.Cloreto de benzetônio.Cloreto de benzetônio. É um sal deamônio quaternário também chamado decloreto de diisobutil fenoxietoxietildimetilbenzilamônio.

Seu uso é permitido na UEE emconcentração de até 0,1% tanto paraprodutos do tipo leave-on quanto rinse-off.No Brasil, é autorizado somente paraprodutos rinse-off em concentração de até0,1%. No Japão, tem limites de até 0,5%em produtos rinse-of f, até 0,2% emprodutos leave-on e não é permitido em

produtos que podem ter contato com amembrana mucosa.

Solubilidade, estabilidade, atividadee incorporação são similares ao cloretode benzalcônio.

Clorexidina.Clorexidina.Clorexidina.Clorexidina.Clorexidina. A clorexidina é umasubstância química que foi introduzida hámuitos anos como anti-séptico de largoespectro contra bactérias Gram-positivase negativas. É uma biguandina compropriedades catiônicas. Devido a suabaixa solubilidade é comercializada eusada na forma de sal (cloreto, acetato egliconato).

QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 11 - O1 - O1 - O1 - O1 - OS QUAS QUAS QUAS QUAS QUATTTTTERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOSSSSS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Cloreto de benzalcônio Benzalkonium Chloride 8001-54-5 264-151-6

Cloreto de benzetônio Benzethonium Chloride 121-54-0 204-479-9

Clorexidina Chlorhexidine 55-56-1 200-238-7

Diacetato de clorexidina Chlorhexidine Digluconate 18472-51-0 242-354-0

Digliconato de clorexidina Chlorhexidine Diacetate 56-95-1 200-302-4

Dicloridrato de clorexidina Chlorhexidine Dihydrochloride 3697-42-5 223-026-6

Disetionato de hexamidina Hexamidine Diisethionate 659-40-5 211-533-5

Biguanida de poliaminopropila Polyaminopropyl Biguanide 27083-27-8

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QUAQUAQUAQUAQUATTTTTERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOERNÁRIOSSSSS

A clorexidina é permitida na UEE emconcentração de até 0,3% e no Brasil deaté 0,1%. No Japão, seus sais de cloretoe gliconato são geralmente autorizadosem concentração de até 0,05% declorexidina livre.

Os sais de acetato e cloreto sãovendidos na forma de pó enquanto que ogliconato é vendido em solução aquosaa 20%.

Todos os produtos são solúveis empropileno glicol.

As clorexidinas são ativas contrabactérias com exceção das pseudo-monas, e são fracas contra fungos.

São incompatíveis com aniônicosincluindo sabões, gomas e carbomeros.

Funcionam em pH ácidos, sendo a

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maior atividade em pH entre 5,5 e 6,5 esão instáveis em temperaturas elevadas.

A incorporação é melhor a tempera-tura ambiente.

Disetionato de hexamidina.Disetionato de hexamidina.Disetionato de hexamidina.Disetionato de hexamidina.Disetionato de hexamidina. É um éterdiaromático quaternizado, produzidopela reação do butanol com o 1,6-bis(4-cianofenoxi) hexano e a seguirneutralizado com isetionato de amônio.

O isetionato de amônio é permitidona UEE em concentração de até 0,1%;também é permitido no Brasil na mesmaconcentração e é proibido no Japão.

É vendido como pó puro e em diversasmisturas. É solúvel em água quente (80ºC)e propileno glicol quente (60ºC).

É ativo contra bactérias, com exceçãodas pseudomonas e salmonella; fracaatividade contra fungos.

É incompatível com aniônicosincluindo sabões, gomas e carbomeros.

É um produto estável.Deve ser dissolvido em água quente

ou outro solvente solúvel em água.Biguanida de poliaminopropila. Biguanida de poliaminopropila. Biguanida de poliaminopropila. Biguanida de poliaminopropila. Biguanida de poliaminopropila. É um

polímero catiônico comercializado emsolução aquosa a 20%. É produzido porpolimerização de haxametileno-bisdiciandinamida com dihidrocloreto dehaxametilenodiamina.

É autorizado na UEE e no Brasil emconcent ração de até 0,3%; não é

permitido seu uso em cosméticos, noJapão. É muito usado em soluções paraproteção de lentes de contato e comoagente industrial sanitizante, particular-mente na indústria alimentícia.

Os álcooisÁlÁlÁlÁlÁlcool etílico.cool etílico.cool etílico.cool etílico.cool etílico. Também conhecido

como etanol, o qual significa álcool etílicopuro, com monografia na USP (UnitedStates Pharmacopea) e usado para sereferir ao álcool utilizado em produtosfarmacêuticos. Quando usado comoexcipiente ou de forma não ativa, emcosmética, deve-se utilizar a denominaçãoINCI. Essa designação depende do grauutilizado. A UEE usa o termo de álcooldesnaturado para um álcool a 95%, comágua (vol./vol.). Nos Estados Unidos, oálcool é regulamentado pelo ATF (Bureauof Alcohol, Tobacco and Firearms).

Como ingrediente cosmético, o álcoolé universalmente aceito, porém existemexceções e restrições quanto aos agentesdesnaturantes usados. Cada país temrestrições diferentes e regulamentaçõespróprias para os graus de álcooispermitidos. No Japão, por exemplo, oálcool desnaturado com metanol não épermitido em produtos cosméticos; na UEE,o álcool desnaturado com brucina não

pode ser usado. As diferenças são grandese complexas.

O álcool é vendido misturado comagente(s) desnaturante(s) para proibir queseja usado para ingestão pura e simples.

É completamente miscível com água.A sua atividade como conservante

depende, obviamente, da concentração.Como desinfetante (ou anti-séptico), acimade 60%, mata tudo em menos de 1 minuto.Quando a concentração cai abaixo deaproximadamente 15%, o álcool torna-seum meio de crescimento bacteriano.

Apresenta-se na forma de um líquidovolátil.

É usado como solvente em muitasaplicações cosméticas. Para concen-trações superiores a 15% os produtospodem ser considerados como sendo auto-protegidos.

Álcool isopropílicoÁlcool isopropílicoÁlcool isopropílicoÁlcool isopropílicoÁlcool isopropílico. Ainda chamado deisopropanol, o álcool isopropílico, defórmula química C

3H

8O, é o álcool

secundário derivado do propano, em que

O álcool comodesinfetante

acima de 60%,mata tudo em

menos de1 minuto. Quandoa concentração caiabaixo de 15%, oálcool torna-se um

meio decrescimentobacteriano.

QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 12 - O2 - O2 - O2 - O2 - OS ÁLCOOISS ÁLCOOISS ÁLCOOISS ÁLCOOISS ÁLCOOIS

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

Álcool etílico Alcohol 64-17-5 200-578-6

Álcool isopropílico Isopropyl Alcohol 67-63-0 200-661-7

OS ÁLCOOISOS ÁLCOOISOS ÁLCOOISOS ÁLCOOISOS ÁLCOOIS

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um grupo hidroxila está ligado ao segundocarbono. É um álcool alifático simples.

O álcool isopropílico é universalmentepermitido para uso em cosméticos. É ativocontra todos os micróbios dependendo,obviamente, de sua concentração. Comodesinfetante (ou anti-séptico), acima de 50%,mata tudo em menos de 1 minuto.

A diluição é o único meio de desativá-lo e, para tanto, é necessário atingir umaconcentração inferior a 15%.

Apresenta-se na forma de um líquidovolátil.

Outros conservantesExistem out ros conser vantes ou

preservantes à disposição da indústriacosmética que são permitidos em outrospaíses, porém nenhum deles é amplamenteusado. O Quadro 13 apresenta um resumodos mesmos.

Regulamentações eaprovações

Embora existam algumas críticas aouso de conservantes em cosméticos, algunsdeles estão inclusos em uma lista aprovadapor autoridades competentes, tendo sidotestados repetidamente para assegurar suasegurança em aplicações cosméticas.

Os parabenos, por exemplo, não sãoperigosos e são autorizados para uso naindústria cosmética. Até o momento, sãoos conservantes que oferecem maiorefetividade a mais baixas doses. Aregulamentação da União Européia e oBrasil permitem o uso de no máximo 0,4%

de cada parabeno e um máximo de 0,8%do parabeno total. Já o Japão permite nomáximo 1% de parabeno total em todos osprodutos cosméticos.

Já os fenoxietanóis são confirmados pelaComissão de Cosmetologia da AFSSAPS(Agência Francesa de Segurança Sanitáriados Produtos de aúde) como seguros em suasaplicações cosméticas. Na França, ofenoxietanol gerou controvérsia devido aoséteres de glicol, porém todos os estudosdisponíveis foram examinados e o caso foiarquivado.

O formaldeído, classificado como CMR1pela Agência Internacional dos EstadosUnidos, baseado na pesquisa em câncer(IOARC), esteve por muitos anos sob avigilância epidemiológica, em particular, como monitoramento de trabalhadores expostosa seus fumos. Todas as autoridades de saúdeestão revisando os resultados deste estudopara decidir se os regulamentos precisamser modificados. A Agência de SubstânciasQuímicas Européia pediu informaçõesadicionais para confirmar a classificação deIARC (Agência Internacional para Pesquisado Câncer). No caso de cosméticos, oformaldeído é o conservante menos usado,sendo encontrado, principalmente, emshampoos sem enxágüe.

O triclosan é um antimicótico usadopara propósitos terapêuticos, sendo umdos poucos antimicóticos ativos empacientes imunodepressivos. Também éusado como conservante em muitosprodutos de consumo. O problema quantoao triclosan é a resistência, ou seja, quantomais a pessoa se expõe a esta substância,mais alto é o risco de sensibilização,

tornando-o terapeuticamente inativo. Assim,de acordo com o SCCP (Comitê Científicoda União Européia para produtos deConsumo) é melhor limitar seu uso paraevitar o desenvolvimento de resistência.Todavia, segundo a EMEA (AgênciaEuropéia para Avaliação de ProdutosMedicinais) seu uso tópico não podeinduzir a resistência.

Cada país possui o seu órgãoregulamentador. Nos Estados Unidos, oFDA não aprova os conservantes, apenasrestringe ou proíbe o uso de determinadosconservantes.

Atualmente, quatro conservantes sãoproibidos ou tem seu uso severamenterestrito pelo FDA. O hexaclorofeno é umdeles. Devido a seu efeito neurotóxico e asua habilidade para penetrar na pelehumana, o hexaclorofeno só pode serusado quando um conservante alternativonão se mostrar efetivo. O nível de uso nãopode exceder 0,1% e não pode ser usadoem cosméticos que sejam aplicados namembrana mucosa.

As combinações de mercúrio tambémsão proibidas ou restritas, porque sãoprontamente absorvidas pela pele emaplicações tópicas e têm a tendência deacumular no corpo. Podem causar reaçõesalérgicas, irritação da pele ou manifes-tações neurotóxicas. Em cosméticos, seuuso é limitado na área dos olhos a umaconcentração que não exceda 65 ppm demercúrio como metal (aproximadamente0,01% acetato de fenilmercúrio), desde quenenhum outro conservante efetivo e seguroesteja disponível para uso.

O bit ionol também é proibido,

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devido à sensibilização de foto-contato.O halogenato salicilanilides também é

proibido ou tem seu uso restrito, devido àsensibilização de foto-contato. Esteingrediente inclui o dibromsalan, tribro-msalan, metabromsalan e tetraclorosa-licilanilide.

Já a União Européia pré-aprova osconservantes, trabalhando em uma ListaPositiva conhecida como Anexo VI daLista de Produtos Cosméticos que ContémConservantes (Diretiva de Cosméticos 76/

768 EEC). Atualmente existem 56conservantes permitidos. Muitos outrospaíses seguem o regulamento geral daUnião Européia e agora tiveram listas“positivas” para conservantes permitidos.

O Japão também trabalha com umaLista Positiva, mas é muito mais restrita eclassifica as aprovações pelo seu uso emcosméticos. Em 2001, o Japão mudouos regulamentos cosméticos e publicouuma L i s ta Pos i t i va . Os pr imei rosnovos preser vativos foram acrescen-

QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 1QUADRO 13 - OUTRO3 - OUTRO3 - OUTRO3 - OUTRO3 - OUTROS CONSERVS CONSERVS CONSERVS CONSERVS CONSERVANTANTANTANTANTESESESESES

Nome INCINome INCINome INCINome INCINome INCI Número CASNúmero CASNúmero CASNúmero CASNúmero CAS Número EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECSNúmero EINECS

5-Bromo-5-Nitro-1,3-Dioxano 5-Bromo-5-Nitro-1,3-Dioxane 30007-47-7 250-001-7

7-Etilbicicloxazolidina 7-Ethylbicyclooxazolidine 7747-35-5 231-810-4

Acetato de Fenilmercúrio Phenylmercuric Acetate 62-38-4 200-532-4

Ácido Bórico Boric Acid 10043-35-3 233-139-2

Ácido Undecilênico Undecylenic Acid 112-38-9 203-965-8

Benzilemiformal Benzylhemiformal 14548-60-8 238-588-8Borato de sódio Sodium Borate 1330-43-4 215-540-4

Brometo de Domifeno Domiphen Bromide 538-71-6 208-702-0Clofucarban Clofucarban 369-77-7 206-724-5Cloramina T Chloramine T 127-65-1 204-854-7

Cloreto de Prata Silver Chloride 7783-90-6 232-033-3Cloroacetamida Chloroacetamide 79-07-2 201-174-2

Clorofeno Chlorophene 120-32-1 204-385-8

Dimetil Oxazolidina Dimethyl Oxazolidine 51200-87-4 257-048-2

Fenilfenato de sódio Sodium Phenylphenate 132-27-4 205-055-6

Fenoxisopropanol Phenoxyisopropanol 770-35-4 212-222-7

Glutaral Glutaral 111-30-8 203-856-5

Hexetidina Hexetidine 141-94-6 205-513-5Hinokitiol Hinokitiol 499-44-5 207-880-7

Iodato de Sódio Sodium Iodate 7681-55-2 231-672-5

Nisina Nisin 1414-45-5 215-807-5

o-Cymen-5-OL o-Cymen-5-OL 3228-02-2 221-761-7

o-Fenil Fenol o-Phenyl Phenol 90-43-7 201-993-5p-Chloro-m-Cresol p-Chloro-m-Cresol 59-50-7 200-431-6

Quatérnio-73 Quaternium-73 15763-48-1 239-852-5

Resorcinol Resorcinol 108-46-3 203-585-2Thimersal Thimersal 54-64-8 200-210-4

Timol Thymol 89-83-8 201-944-8

A eficácia do sistema conservante só pode ser garantidaatravés de testes de desafio, ou Challenge Tests

como são conhecidos.

tados a esta lista em dezembro de 2004.O Canadá estabeleceu um “Lista

Quente” de ingredientes cosméticos que ousão proibidos ou são restritos. A adição oumudanças estão sob o controle da Divisãode Cosméticos da Agência de Segurançade Produtos de Consumo, que faz parte doMinistério da Saúde do Canadá.

No Brasil, 60 conser vantes sãoaprovados para uso (veja Tabela abaixo),sendo que as proibições e restrições estãoa cargo do Ministério da Saúde.

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CONSERVCONSERVCONSERVCONSERVCONSERVANTANTANTANTANTES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRAAAAASILSILSILSILSIL

INCIINCIINCIINCIINCI LimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesNível máximoNível máximoNível máximoNível máximoNível máximo AdverAdverAdverAdverAdvertênciastênciastênciastênciastências

Ácido Benzóico, seus sais eésters

Ácido Propiônico e sais

Ácido Salicílico e seus sais

Ácido Sórbico e seus sais

Formaldeído eParaformaldeído

Bifenil-2-ol(o-Fenilfenol e seus sais)

Piritionato de Zinco

Sulfitos e Bissulfitosinorgânicos

Iodato de Sódio

1,1,1,-Tricloro-2-2-metilpropanol-2-2(Clorobutanol)

Ácido 4-hidroxibenzóico, seussais e ésteres (Parabenos, saise ésters)

Ácido dehidroacético e sais

Ácido Fórmico eseu sal sódico

3,3´- Dibromo –4,4´-hexametileno –dioxidibenzamidina e seussais (incluindo isotionato)(dibromohexamidina)

Tiosalicilato de Etilmercúriosódico (Tiomersal)

Fenilmercúrio e sais (incluindoborato)

0,5% (expresso como ácido)

2,0% (expresso como ácido)

0,5% (expressocomo ácido)

0,6% (expresso como ácido)

0,1% (em produtos de higieneoral) 0,2% (outros produtosnão destinados à higieneoral). (expresso comoformaldeído livre).

0,2% (expresso como fenol)

0,5%

0,2% (expresso como SO2 livre)

0,1%

0,5%

0,4%( expresso como ácido)individual para 1 éster 0,8%(expresso como ácido) paramisturas dos sais ou ésteres.

0,6% (expresso como ácido)

0,5% (expresso como ácido)

0,1%

0,07% (por Hg). Se misturadocom outros compostosmercuriais o total de Hg nãopode ser maior que

0,007% no produto final.

0,007% (de Hg). Semisturado com outroscompostos mercuriais o totalde Hg não pode ser maiorque 0,007% no produto final.

Proibido em crianças commenos de 3 anos de idade,exceto para shampoos.

Proibido em aerossóis.

Somente em produtos de brevecontato com a pele e cabelo.Proibido em produtos dehigiene oral.

Somente produtos que seenxágüe.

Proibido em aerossóis.

Proibido em aerossóis.

Somente em produtos para aárea dos olhos.

Somente em produtos para aárea dos olhos.

Não usar em crianças commenos de 3 anos de idade.

Contém formaldeído(somente paraconcentrações superiores a0,05% no produto final).

Contém Clorobutanol.

Contém timerosal.

Contém compostos defenilmercúrio.

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Ácido Undecanóico – 10 –eno, (undecilênico)

Amino - 5 – bis (etil - 2 – hexil) –1,3 metil – 5 –perhidroporimidina(Hexetidina)

5-Bromo-5-Nitro-1,3-Dioxano

2-Bromo-2-Nitropropano-1,3-Diol (Bronopol)

3,4,4’- Triclocarbannilida

p-cloro-metacresol

p-cloro-metaxileno(Cloroxilenol)

Imidazolinidil Urea

Cloridrato depolihexametileno biguanida(Poliaminopropil Biguanide)

2 - Fenoxietanol

Cloreto de 1 - (3 cloroalil) –3,5,7 – triazo - 1 –azoniadamantano(Quaternium 15)

1 – (4 – clorofenoxi) – 1 (1 –imidazolil) – 3,3 – dimetil – 2 –butanona (Climbazole)

1,3 – Dimetilol – 5,5 –dimetilhidantoina (DMDMHidantoina)

Álcool Benzílico

1 – Hidroxi – 4 – metil – 6(2,4,4– trimetilpentil)2 – piridona eseus sais demonoetanolamina (PiroctonaOlamina)

1,2 – Dibromo – 2,4 –dicianobutano (MetilDibromoglutaronitrile

4 – Isopropil – m – cresol(o-Cimen-5-OL)

0,2% (expresso como ácido)

0,1%

0,1%

0,1%

0,2%

0,2%

0,5%

0,6%

0,3%

1%

0,2%

0,5%

0,6%

1%

1% 0,5%

0,1%

0,1%

Somente para produtos que seenxágüe. Evite formação denitosaminas.

Evite formação denitosaminas.

Critério de pureza: 3,3´,4,4‘-Tetraclo – roazobenzeno < 1ppm

3,3‘,4,4‘- Tetraclo –roazoxibenzeno < 1 ppm.

Proibido em produtos decontato com mucosas.

Para produtos que seenxágüe. Para outrosprodutos.

Não usar em produtos parabronzear em concentraçãomaior que 0,025%.

CONSERVCONSERVCONSERVCONSERVCONSERVANTANTANTANTANTES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRAAAAASILSILSILSILSIL

INCIINCIINCIINCIINCI LimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesNível máximoNível máximoNível máximoNível máximoNível máximo AdverAdverAdverAdverAdvertênciastênciastênciastênciastências

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Mistura de 5 – cloro – 2 – metil– 4 – isotiazolina – 3- ona e 2 –metil – 4 – isotiazolina – 3 –ona com cloreto de magnésioe nitrato de magnésio (3:1)(Metilcloroisotiazolina eMetilisotiazolinona

2 – Benzil – 4 – Clorofenol(Clorofeno)

2 - cloroacetamina

Bis – (p- clorofenildiguanida) –1,6 – hexano (+): acetato,gluconato e cloridrato(Clorhexidina e Digluconato,Diacetato e Dihidroclorido)

1 – Fenoxi – 2 – propanol(Fenoxipropanol)

4,4 – Dimetil – 1,3 –oxazolidina (DimetilOxazolidina)

N – (hidroximetil) – N –(dihidroximetil – 1,3 - dioxo –2,5 – imidazolidinil – 4) –N‘(hidroximetil) urea(Diazolidinil Urea)

Glutaraldeído

5 – Etil – 3,7 – dioxo – 1 -azobiciclo (3.3.0)octano (7-Etilbiciclooxazolidina)

3 – Hidroxi – 4 – isopropiltolueno (Timol)

Farnesol

Monometilol dimetilhidantoína (MDMHidantoina)

6,6 – dibromo – 4,4 – dicloro –2,2 – metilenodifenol(Bromoclorofene)

Álcool 2,4 – Diclobenzilíco

Tricloro – 2,4,4‘hidroxi –2‘difenileter (Triclosan)

Hexametilenotetramina(Metenamina)

0,0015%

0,2%

0,3%

0,3% (expresso comoclorexidina)

1%

0,1%

0,5%

0,1%

0,3%

0,1%

0,6%

0,5%

0,1%

0,15%

0,3%

0,15%

Somente para produtos que seenxágüe.

pH do produto final não deveser < 6.

Proibido em aerossóis.

Proibido em produtos parahigiene oral e que entrem emcontato com mucosa.

Somente produtos que seenxágüe.

Contém Cloroacetamida

Contém Glutaraldeído(somente paraconcentrações superiores a0,05% no produto final).

CONSERVCONSERVCONSERVCONSERVCONSERVANTANTANTANTANTES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRAAAAASILSILSILSILSIL

INCIINCIINCIINCIINCI LimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesNível máximoNível máximoNível máximoNível máximoNível máximo AdverAdverAdverAdverAdvertênciastênciastênciastênciastências

Page 25: conservantes_n 44

CONSERVANTES

52

CO

SMÉT

ICO

S &

PER

FUM

ES

Brometo e Cloreto de Alquil(C12 – C22) Trimetilamônio

1,6 – Di – (4 – amidinofenoxil)– n – hexano e seus sais(incluindo isotionato e p –hidroxibenzoato)(Hexamidina e seus sais)

3 – (p – clorofenoxi) –propano – 1,2 – diol(Clorfenesin)

Hidroximetil Aminoacetatode Sódio

Cloreto de Prata depositadoem Dióxido de Titânio

Brometo de dodecil – dimetil– fenoxietilamônio

Cloreto de Alquil Piridínio

Cloreto, Brometo eSacarinato (C8 – C18) deAlquil dimetilbenzilamônio

Benzilhemiformal

Carbamato de 3 – Iodo – 2 –propinilbutil (IodopropinilButilcarbamato)

Cloreto de DiisobutilFenoxietoxietil – dimetil –benzilamônio

0,1%

0,1%

0,3%

0,5%

0,004% (calculado comoCloreto de prata).

0,3%

0,3% - 0,2% em produtos paracrianças e em produtos queentram em contato commucosas.

0,1% (Calculado como cloretode benzalcônio)

0,15%

0,05%

0,1%

20% AgCI (p/p)em TIO2.Proibido em produtos paracrianças abaixo de 3 anosidade, em produtos parahigiene oral e em produtospara área dos olhos e lábios.

Somente para produtos que seenxágüe.

Não usar em produtos parahigiene oral e em produtospara os lábios. Se aconcentração nos produtosque permanecem em contatoprolongado com a pele forsuperior a 0,02%, deverá sermencionado o texto: ContémIodo.

Somente para produtos que seenxágüe.

Evite contato com os olhos.

Contém iodo.

CONSERVCONSERVCONSERVCONSERVCONSERVANTANTANTANTANTES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOES PERMITIDOS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRS NO BRAAAAASILSILSILSILSIL

INCIINCIINCIINCIINCI LimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesLimitaçõesNível máximoNível máximoNível máximoNível máximoNível máximo AdverAdverAdverAdverAdvertênciastênciastênciastênciastências