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PROCESSO: CFBio nº 19/2015 INTERESSADO: CRBio-03

ASSUNTO: Parecer Intercomissões do CRBio-03 que trata da conflitos técnicos

e legais entre a Resolução CFBio Nº 227, a legislação brasileira e outros

instrumentos normativos.

PARECER CFBio Nº 12/2015

O Presente Parecer trata da análise do Processo CFBio 19/2015 formalizado a partir do Parecer Intercomissões do CRBio-03 que trata da conflitos técnicos e legais entre a Resolução CFBio Nº 227, a legislação brasileira e outros instrumentos normativos. CONSIDERAÇÕES O primeiro ato normativo que estabeleceu auditoria ambiental compulsória foi a Resolução CONAMA Nº 265, de 27/1/2000, motivada pelo acidente da Petrobrás na Baía de Guanabara. Em seu Art. 2º a resolução obrigava a estatal a realizar auditorias ambientais independentes em todas as suas instalações localizadas no Estado do Rio de Janeiro. No Art. 3º determinava que a Petrobrás e as demais empresas com atividades na área de petróleo e derivados deveriam apresentar para análise e deliberação do CONAMA, no prazo máximo de 180 dias, programa de trabalho e respectivo cronograma para a realização de auditorias ambientais independentes em suas instalações industriais de petróleo e derivados localizadas no território nacional. Em abril do mesmo ano foi publicada a única lei Federal que estabelece auditoria ambiental compulsória, a Lei Nº 9966 de 28/4/2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, que determina em seu artigo 9º, que “As entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias e os proprietários ou operadores de plataformas e suas instalações de apoio deverão realizar auditorias ambientais bienais, independentes, com o objetivo de avaliar os sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades”. O Decreto Federal Nº 4.136/2002 que regulamentou e Lei Nº 9966 estabelece em seu artigo 2º inciso XXIII que “auditoria ambiental: é o instrumento pelo qual se avalia os sistemas de gestão e controle ambiental em porto organizado, instalação portuária, plataforma e suas instalações de apoio e dutos, a ser realizada por órgão ou setor que não esteja sendo objeto da própria auditoria, ou por terceira parte”.

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Portanto, no Brasil de um modo geral, apenas empreendimentos portuários e de exploração de petróleo e gás natural estão sujeitos à auditoria ambiental compulsória. Em 2002 o CONAMA estabeleceu por meio da Resolução Nº 306, de 5/7/2002 (alterada pela Resolução CONAMA Nº 381/2006), os requisitos mínimos e o termo de referência para a realização de auditorias ambientais com foco no atendimento ao disposto na Resolução 265 e no artigo 9º da Lei 9966, e define auditoria ambiental como sendo “processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos nesta Resolução, e para comunicar os resultados desse processo”. Ainda define nos incisos VII e VIII do anexo I os termos Especialistas técnicos e Equipe de Auditoria, e no anexo II são definidos inúmeros itens que devem ser identificados e verificados durante uma auditoria ambiental. Em 2003 o MMA através da Portaria Nº 319 estabeleceu os requisitos mínimos quanto ao credenciamento, registro, certificação, qualificação, habilitação, experiência e treinamento profissional de auditores ambientais para execução de auditorias ambientais. Esta Portaria no seu Art. 2º define nos incisos:

II - auditor ambiental: profissional que tenha certificação e registro para realizar auditorias de sistema de gestão e controle ambiental e que atenda os requisitos estabelecidos nesta Portaria para realizar auditorias ambientais; III - auditor ambiental líder: profissional que tenha certificação e registro para liderar auditorias de sistema de gestão e controle ambiental e que atenda os requisitos estabelecidos nesta Portaria para liderar auditorias ambientais; IV - curso de formação de auditores: curso de formação de auditores reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente, com a duração de, no mínimo, quarenta horas, sobre princípios e práticas de auditoria ambiental e de gerenciamento da equipe de auditoria, tendo como enfoque principal a gestão ambiental com base na Resolução CONAMA n o 306, de 2002; V - especialista técnico: profissional que provê conhecimentos ou habilidades específicas à equipe auditora, mas que não participa como auditor; VI - organismo de certificação de auditores ambientais: organismo credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial-INMETRO e reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente;

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A Portaria define ainda nos artigos 3º a 6º conforme transcritos:

Art. 3º As auditorias ambientais determinadas pela Resolução CONAMA n o 306, de 2002, deverão ser executadas por auditores ambientais que atendam aos seguintes requisitos de qualificação: I - escolaridade: o auditor deve possuir escolaridade correspondente à formação superior, comprovada pela apresentação de diploma fornecido por entidade reconhecida oficialmente; II - experiência profissional: o auditor deve possuir quatro anos de experiência profissional em horário integral ou, o equivalente, em horário parcial, em função técnica ou gerencial com responsabilidade e autoridade para tomada de decisões: a) a experiência profissional deve ser adquirida em pelo menos uma das seguintes áreas: 1. procedimentos, processos e técnicas de auditoria de sistemas de gestão ambiental devidamente normalizados; 2. aspectos técnicos e ambientais da operação das instalações; 3. ciência e tecnologia ambiental; 4. princípios e técnicas de gerenciamento ambiental; e 5. requisitos aplicáveis de leis e regulamentos ambientais, bem como outros documentos relacionados; III - especialização: o auditor deve ter sido aprovado em um curso de formação de auditores ambientais com duração de, no mínimo, quarenta horas, credenciado pelo INMETRO e reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente; IV - experiência em gestão ambiental: o auditor deve possuir, além da experiência profissional mencionada no inciso II deste artigo, dois anos de experiência em horário integral ou, o equivalente, em horário parcial, no planejamento, implantação, operação de sistema de gestão ambiental ou auditorias de sistema de gestão ambiental: a) a aquisição dessa experiência pode ser concomitante com a experiência profissional, mas deve ter ocorrido nos seis anos imediatamente anteriores à solicitação da certificação; b) a experiência similar em sistemas da qualidade ou de saúde e segurança ocupacional pode ser utilizada para abatimento de metade da experiência exigida em sistema de gestão ambiental, limitada a um ano; V - experiência em auditorias: no cálculo do número de dias de auditoria deve ser incluído tanto o tempo despendido nas instalações do auditado, quanto aquele utilizado nas atividades de análise da documentação, planejamento da auditoria e elaboração do relatório: a) auditor ambiental: participação obrigatória como membro de equipes auditoras em pelo menos quatro auditorias de Sistema de Gestão Ambiental com pelo menos vinte dias de duração, dos quais quinze dias tenham sido nas instalações do auditado, sendo que

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cada uma deve ter duração de, pelo menos, dois dias nas instalações do auditado; b) auditor líder: participação obrigatória em três auditorias como líder de equipe auditora com, no mínimo, dois auditores e duração mínima de quinze dias, sendo dez dias nas instalações do auditado, além da satisfação dos requisitos da alínea anterior. § 1º A experiência em auditorias deve ter sido adquirida nos três anos imediatamente anteriores à solicitação da certificação. § 2º O desempenho do auditor ambiental poderá ser verificado pelo Organismo de Certificação de Auditores Ambientais junto ao auditor líder das auditorias em que participou. § 3º A experiência do auditor ambiental líder em pelo menos uma auditoria completa deve ser adquirida sob o testemunho de um verificador, que deve ser certificado como auditor líder, o qual não pode testemunhar todas as auditorias apresentadas para fins de comprovação. § 4º Toda a experiência em auditorias deve ser descrita em documento denominado Comprovação de Realização de Auditoria, que deverá conter as seguintes informações: I - data de cada auditoria; II - descrição do tempo nas instalações do auditado e o despendido nas atividades de análise da documentação, planejamento da auditoria e elaboração do relatório, de forma discriminada; III - norma de gestão ambiental utilizada na auditoria; IV - nomes e detalhes de contato dos auditados; V - número de auditores da equipe; VI - nomes e detalhes de contato da empresa que contratou o auditor; VII - nome e detalhes de contato do líder da equipe auditora e, no caso de auditorias verificadas, do auditor verificador; VIII - função do candidato na auditoria; e IX - itens da norma de gestão ambiental e/ou requisitos legais e regulamentares verificados. § 5º Apenas auditorias independentes podem ser utilizadas para comprovação de experiência, devendo auditor e organização auditada ter gestão e estrutura operacional autônomas. Art. 4º A validade da certificação será de três anos, sendo que durante esse período o auditor ou auditor líder deverá manter ou ampliar sua experiência, mediante o atendimento dos requisitos relacionados abaixo, submetendo ao Organismo de Certificação de Pessoal a sua comprovação a fim de obter a renovação de sua certificação:

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I - desenvolvimento profissional: mínimo de quinze horas de desenvolvimento profissional adequado para cada ano do período em que estiver certificado; II experiência em auditorias: participação em auditorias de, no mínimo, vinte dias no período de três anos, a qual deve ser adquirida em, pelo menos, quatro auditorias de sistema de gestão ambiental com duração de, no mínimo, dois dias nas instalações do auditado. Art. 5º Os auditores devem ser certificados ou registrados em Organismos de Certificação de Auditores Ambientais credenciados pelo INMETRO e reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente. Art. 6º Até que a estrutura de certificação seja implantada pelo Ministério do Meio Ambiente, poderão realizar auditorias: I - os profissionais certificados como auditores de sistema de gestão ambiental, por entidades credenciadas no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade-SBAC ou por entidades de outros países que assinaram o Acordo de Reconhecimento Multilateral da International Auditor and Training Certification Association-IATCA para organismo de certificação de auditor (USA-RAB, Inglaterra-IRCA, Japão-JRCA, Austrália-QSA, China-CNAT e Singapura-SAC), por um prazo máximo de nove meses, a contar da data de publicação desta Portaria. II - os profissionais certificados como auditores de sistema de gestão ambiental por entidades credenciadas no SBAC, no período após o nono mês e o décimo oitavo mês, a contar da data de publicação desta Portaria. III - somente os profissionais certificados no âmbito do SBAC, e em total conformidade com os requisitos estabelecidos nesta Portaria, após o décimo oitavo mês.

Portanto o auditor ambiental foi criado através de Portaria para atuar apenas nas atividades previstas na Lei 9966, devendo possuir curso superior e diversos requisitos estabelecidos para seu credenciamento entre eles um curso de 40 horas credenciado pelo INMETRO e reconhecido pelo MMA, e ainda são destacadas várias especialidades, gradações e áreas de atuação do auditor ambiental. Os cursos que tem duração de 40 horas normalmente são ministrados em cinco aulas de 8 horas, durante uma semana de segunda a sexta ou por 8 sábados consecutivos e tem comumente os seguintes conteúdos ministrados: EXEMPLO 1 Conteúdo Programático: 1a aula – Introdução às Auditorias Ambientais e ISO 14000 (8 horas/aula) • Histórico da Auditoria Ambiental; • Auditoria Ambiental e sua aplicação;

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• Sistema de Gestão Ambiental e Auditoria Ambiental; • O que é Auditoria Ambiental; • Sistemas integrados de Gestão; 2 a aula – Legislação Ambiental e Outros Requisitos (8 horas/aula) • A auditoria Ambiental como um instrumento de gestão empresarial e política pública; • Vantagens e desvantagens em aplicar Auditoria Ambiental; • Auditoria Ambiental e Legislação; • Itens essenciais à aplicação da auditoria ambiental; • As etapas da Auditoria Ambiental; • Auditorias compulsórias. 3 a aula – Conformidade Legal Ambiental (8 horas/aula) • Direito Ambiental; • A questão do Licenciamento Ambiental; • Lei Complementar 140; • Fiscalização Ambiental. 4 a aula – Controles Operacionais Ambientais (8 horas/aula) • Planejamento e condução da Auditoria Ambiental; • Relatório final da Auditoria Ambiental; • Instrumentos para realização de Auditoria Ambiental; • Roteiro para a aplicação de Auditorias Ambientais; • Questionário de pré-auditoria;

• Protocolo de Auditoria Ambiental; • Listagem de verificação do processo; 5a aula – Preparação e Atendimento às Emergências Ambientais (8 horas/aula) • O cenário atual e as tendências Auditoria Ambiental; • O Sistema Brasileiro de Certificação Ambiental; • Sistemas integrados de Gestão (SGI). EXEMPLO 2 1 - Legislação e Licenciamento Ambiental (5 horas/aula) Programa: Histórico do direito ambiental - evolução conceitual - princípios - documentos internacionais - o direito ambiental brasileiro - a constituição federal e o meio ambiente - a política nacional do meio ambiente - aspectos legais - órgãos - SISNAMA - instrumentos oficiais e não oficiais de proteção ao meio ambiente - crimes ambientais - infrações administrativas - competência - processo administrativo ambiental - licenciamento ambiental - responsabilidade civil - responsabilidade penal - responsabilidade administrativa - responsabilidade da pessoa jurídica - responsabilidade profissional - bens ambientais tutelados - educação ambiental - evolução conceitual – atualidades.

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2 - Avaliação de Impactos Ambientais (5 horas/aula) Programa: Conceitos e tipos de aspectos e impactos, levantamento de aspectos e impactos, tipos de filtros de significância, metodologias de análise e modelos matemáticos. 3 - Economia do Meio Ambiente (5 horas/aula) Programa: Economia do Meio Ambiente (definição). Externalidade. Instrumentos de Política Ambiental. Instrumentos Econômicos e de Comando e Controle. Valoração Econômica do Meio Ambiente (VERA). Métodos de Valoração para Perícia Ambiental. Aplicações com estudos de casos. 4 - Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa (5 horas/aula) Programa: A evolução do Comportamento Empresarial; O alicerce de uma Gestão Sustentável; O que é Sustentabilidade?; Quais são os seus Pilares?; A percepção do conceito "Desenvolvimento Sustentável" sob a ótica da Responsabilidade Social; Engajamento dos Stakeholders; Caminhos de Gestão para a Sustentabilidade; Estudo de Casos. 5 - Sistema de Gestão Ambiental (5 horas/aula) Programa: O meio ambiente e a sociedade, Transformação progressiva da economia e sociedade, Evolução das preocupações ambientais, Histórico da normalização internacional, A norma ISO 14001 - explicação de seus requisitos, Avaliação de conformidade. 6 - Gestão de Resíduos e Reciclagem (5 horas /aula) Programa: A identidade do lixo; a importância na prática dos 3Rs; o que está por trás da coleta seletiva; passo a passo para a prática da coleta; o que vem a ser logística reversa; a importância da educação ambiental no processo de implantação da coleta seletiva; conheça a Lei Federal de Resíduos Sólidos nº 12.305. 7 - Análise e Monitoramento Ambiental (5 horas/aula) Programa: Introdução; Etapas do Monitoramento; Monitoramento como Instrumento de Controle de Poluição Hídrica; Monitoramento de Qualidade da Água: Objetivos; Principais Efeitos da Poluição na Água; Técnicas de Amostragem dos Parâmetros Ambientais; Monitoramento da Qualidade dos Solos e Sedimentos: Objetivos; Técnicas de Amostragem dos Parâmetros Ambientais; Avaliação dos dados de qualidade de água.

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8 - Auditoria e Perícia Ambiental (5 horas/aula) Programa: Auditoria e Perícia: o que é e quais são suas diferenças e semelhanças; Auditoria Ambiental; Tipos de Auditoria Ambiental; Procedimentos práticos de Auditoria; Relatórios de Auditoria; Perícia Ambiental; Laudo Pericial e Pareceres Técnicos; Formulação e resposta a quesitos; Áreas de atuação do perito; Apresentação de técnicas e equipamentos comumente utilizados em perícia; Estudo de casos. As Auditorias Ambientais têm seu começo histórico mundial a partir das Normas ISO (International Standards Organization) a qual é uma organização independente e não governamental formada pelos membros nacionais das estruturas de padronização. No Brasil, representada pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia em associação com a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. As normas da série IS0 14.000 são Ambientais. Deve ser lembrado como antecedente histórico, que as Normas ISO foram criadas na Europa por questões de equivalência competitiva comercial entre países de níveis de desenvolvimento diferentes, visando dar combate ao comércio internacional com dumping social e ambiental. Mão de obra escrava ou semiescrava e ausência de sistemas antipoluição são os exemplos mais corriqueiros desses dumpings, os quais influenciavam e ainda influenciam diretamente os preços dos produtos manufaturados no comércio internacional. Os produtos de alguns países asiáticos são mundialmente conhecidos por serem produzidos com processos de duplo dumping. Assim, as Auditorias Ambientais se espalharam pelo mundo. As empresas exportadoras possuidoras de certificações ISO adquiriram confiabilidade internacional e os Governos e a OMC conseguiram criar elementos indutores da busca de equidade competitiva comercial. Para isso foi desenvolvido um sistema mundial de acreditação de empresas e pessoas para ofertar certificações ISO. Por outro lado, no Brasil, as Autoridades Ambientais receberam muito bem a idéia das Auditorias Ambientais, não no sentido específico de combate ao dumping, mas sim como atividades complementares aos processos de monitoramento em empreendimentos ambientalmente licenciados. A Portaria FEPAM Nº 32/2009 em seu anexo I regulamenta as atividades do auditor ambiental no Estado do Rio Grande do Sul e ainda expande as atividades auditadas impostas na Resolução CONAMA Nº 265/2000, nos termos do capítulo XII, do Código Estadual do Meio Ambiente, conforme a lei Estadual n.° 11.520, de 03 de agosto de 2000. Vários Estados do Brasil também adotaram a Auditoria Ambiental compulsória como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo e outros. A Resolução CFBio n° 227, de 18 de agosto de 2010, em seu Artigo 4°, determina áreas de atuação dos Biólogos em Meio Ambiente e Biodiversidade, dentre elas as Auditorias Ambientais.

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CONCLUSÃO O Parecer Intercomissões do CRBio-03 apresentou os resultados de estudos e debates realizados pelas Comissões em relação aos conflitos técnicos e legais entre a Resolução CFBio Nº 227, a Legislação Brasileira e outros Instrumentos Normativos. Demonstra o entendimento dos Conselheiros do CRBio-03 e indica haver necessidade de ações complementares, em âmbito nacional, visando a proteção do livre exercício profissional dos Biólogos. De acordo com os documentos legais analisados somos de parecer favorável ao atendimento na íntegra das solicitações encaminhadas pelo Parecer Intercomissões do CRBio-03, sendo que o CFBio deve viabilizar a edição de um instrumento legal para estabelecer requisitos mínimos para o Profissional Biólogo atuar em Auditoria Ambiental, seja na graduação ou na formação continuada, e que simultaneamente sejam tomadas medidas judiciais cabíveis pelo Sistema CFBio/CRBios na medida do viável e possível, desde que assim seja a manifestação da assessoria jurídica deste CFBio, no nível Federal e nos níveis Estaduais para os demais entes Federativos que adotaram essas medidas que regulamentaram a Auditoria Ambiental.

Brasília, 12 de junho de 2015.

Biól. Marcelo Garcia Conselheiro Relator