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Conselheira Marisa Serrano 1

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Page 1: Conselheira Marisa Serrano · Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre." Paulo Freire 2. O Controle como Direito Fundamental

Conselheira Marisa Serrano

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Page 2: Conselheira Marisa Serrano · Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre." Paulo Freire 2. O Controle como Direito Fundamental

� "Ninguém ignora tudo, ninguém

sabe tudo. Todos nós sabemos

alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Todos nós ignoramos

alguma coisa. Por isso aprendemos

sempre."Paulo Freire

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O Controle como Direito FundamentalO Controle como Direito Fundamental

� A CF de 1988, conhecida como constituição cidadã, reconhece o povo como detentor de todo poder e garante diversas formas de exercê-lo diretamente.exercê-lo diretamente.

� A participação direta da comunidade e do cidadão na definição, fiscalização, controle e avaliação das políticas e dos recursos públicos constitui-se em uma das formas de impedir desvios, corrupção e ineficiências.

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FORMAS DE CONTROLE: Institucional FORMAS DE CONTROLE: Institucional e Sociale Social

� Controle Institucional: A forma de controle exercida pela própria administração pública é chamada de controle institucional.

� O controle institucional é externo ou interno.� O controle institucional é externo ou interno.

� Os art. 70, 71 e 74 da CF estabelecem que o controle institucional cabe ao Congresso Nacional, responsável pelo controle externo, realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e a cada poder por meio de um sistema integrado de controle interno.

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Outros órgãos que atuam no Controle Outros órgãos que atuam no Controle InstitucionalInstitucional

� Tribunais de Contas Estaduais;

� Ministério Público Federal e Estadual;

� Controladoria da União, Estados e � Controladoria da União, Estados e Municípios;

� Polícia Federal;

� Poder Judiciário;

� etc.

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LEGALIDADE, LEGITIMIDADE E LEGALIDADE, LEGITIMIDADE E ECONOMICIDADEECONOMICIDADE

� No modelo constitucional consagrado no Brasil, segundo Jorge Ulisses Jacoby, o controle – tanto externo, quanto interno –deve garantir a LEGALIDADE, a deve garantir a LEGALIDADE, a LEGITIMIDADE e a ECONOMICIDADE.

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LEGALIDADELEGALIDADE

� O art. 5, inc. II da CF estabelece que "ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei"

� Aplica-se assim a máxima: "Para o indivíduo, � Aplica-se assim a máxima: "Para o indivíduo, tudo que não está proibido está automaticamente permitido. Para o poder público, tudo que não estiver expressamente permitido, está proibido."

� Em outras palavras, o Estado somente pode fazer aquilo que a ordem legal o autoriza a fazer.

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LEGITIMIDADELEGITIMIDADE

� O mestre José Nagel ensina:

� "O agente público jamais poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Portanto, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, mas principalmente entre o honesto e ilegal, mas principalmente entre o honesto e o desonesto."

� Em outras palavras: nem tudo o que é legal

é moral.

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ECONOMICIDADEECONOMICIDADE

� Novamente, o magistério de José Nagel: "o Controle da Economicidade visa aferir a relação entre o custo e o benefício das atividades e os resultados obtidos pelos administradores, pelos aspectos da eficiência, administradores, pelos aspectos da eficiência, eficácia, à luz de critérios ou parâmetros de desempenho, posto que, nem tudo que é de

custo reduzido atende bem a coletividade."

� Em outras palavras: Não basta ser legal e moral, tem também que ser eficiente.

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CONTROLE SOCIALCONTROLE SOCIAL� Tendo em vista a complexidade das

estruturas político-sociais do Brasil e do próprio fenômeno da corrupção, o controle da administração pública não se deve restringir ao controle institucional.

É fundamental para toda coletividade que � É fundamental para toda coletividade que ocorra a participação dos cidadãos e da sociedade organizada no controle do gasto público, monitorando permanentemente as ações governamentais e exigindo o uso adequado dos recursos arrecadados.

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� O controle social é um complemento indispensável ao Controle Institucional realizado pelos órgãos que fiscalizam os recursos públicos.

� Em termos gerais, pode-se dizer que o � Em termos gerais, pode-se dizer que o Controle Social realiza-se tanto pela estrutura dos conselhos, como pelos cidadãos, seja individualmente ou de forma organizada.

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O CONTROLE SOCIAL DO FUNDEBO CONTROLE SOCIAL DO FUNDEB

� A Lei 11.494/2007, que instituiu o FUNDEB, determinou a criação de um conselho social nas esferas Federal, Estadual e Municipal, cujo nome é CONTROLE SOCIAL DO FUNDEB.FUNDEB.

� Esse conselho tem como missão ajudar na tarefa de utilizar bem o dinheiro público, realizando o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência, o planejamento e a aplicação dos recursos do fundo.

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AUTONOMIA DO FUNDEBAUTONOMIA DO FUNDEB

� O Conselho do FUNDEB não está subordinado ao governo, portanto suas decisões são tomadas de forma independente, em assembléia geral e independente, em assembléia geral e registradas em atas e/ou resoluções, de maneira a garantir que não haja envolvimento político em suas deliberações.

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PRINCIPAIS PRERROGATIVAS DOS PRINCIPAIS PRERROGATIVAS DOS CONSELHEIROS DO FUNDEB CONSELHEIROS DO FUNDEB

� Os conselheiros do FUNDEB podem, sempre que julgarem conveniente:

I. Apresentar ao poder legislativo local e aos órgãos de controle interno e externo manifestação formal acerca dos registros contábeis e dos demonstrativos acerca dos registros contábeis e dos demonstrativos gerenciais do Fundo.

II. Por decisão da maioria de seus membros , convocar o Secretário de Educação para prestar esclarecimentos acerca do fluxo de recursos e execução das despesas do Fundo, devendo a autoridade convocada apresentar-se em prazo não superior a 30 dias.

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III. Requisitar ao poder executivo cópias de documentos referentes a:

a) Licitação, empenho, liquidação e pagamento de obras e serviços custeados com recursos do Fundo;

b) Folhas de pagamento dos profissionais da educação, as quais deverão discriminar aqueles em efetivo exercício na educação básica e em efetivo exercício na educação básica e indicar o respectivo nível, modalidade ou tipo de estabelecimento a que estejam vinculados;

c) Documentos referentes aos convênios com instituições;

d) Outros documentos necessários ao desempenho de suas funções.

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IV. Realizar visitas e inspetorias in loco para verificar:

a) O desenvolvimento regular de obras e serviços efetuados nas instituições escolares com recursos do Fundo;

b) Adequação do serviço de transporte escolar;

c) Utilização, em benefício do sistema de ensino, c) Utilização, em benefício do sistema de ensino, de bens adquiridos com recursos do Fundo.

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O TRIBUNAL DE CONTAS DE MSO TRIBUNAL DE CONTAS DE MS

� O Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso do Sul foi criado em 1980, após a divisão do Estado.

� O TCE é composto por 7 membros denominados Conselheiros.

� Funcionam no TCE-MS como partes integrantes de � Funcionam no TCE-MS como partes integrantes de sua organização:

a) O Corpo Deliberativo, composto dos Conselheiros;b) O Corpo Especial, composto dos Auditoresc) O Ministério Público de Contas;d) A Escoex – Escola Superior de Controle Externo;e) Órgãos de Controle e de Apoio Técnico e

Administrativo.

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� O TCE, julga as contas dos gestores (ordenadores de despesas), decidindo se estão ou não regulares. Se houver irregularidades, o Tribunal determinará a responsabilidade do gestor e poderá multá-lo, exigir que devolva dinheiro desviado, fixar prazo para a adoção de medidas para o cumprimento da lei e outras providências cumprimento da lei e outras providências necessárias.

� O TCE também registra aposentadorias, pensões e nomeações de servidores aprovados em concurso público, e contratos temporários de acordo com a lei.

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� O TCE promove auditoria nos órgãos estaduais e municipais, inspeciona suas obras e serviços, mesmo sem ser provocado ou sempre que houver suspeita de irregularidades indicadas em denúncias feitas irregularidades indicadas em denúncias feitas por qualquer cidadão, desde que não sejam apócrifas.

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O TCE/MS e a fiscalização do FUNDEBO TCE/MS e a fiscalização do FUNDEB

� O TCE-MS está elaborando uma nova Instrução Normativa esclarecendo o que pode ser gasto com os recursos do FUNDEB.

� Outra medida é a criação do Manual de Peças � Outra medida é a criação do Manual de Peças Obrigatórias , direcionada aos jurisdicionados, com a descrição dos documentos que devem produzir e apresentar ao Tribunal de Contas para a comprovação da correta aplicação do dinheiro público.

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� Há também a criação do POP (Procedimento Operacional Padrão) para uniformizar o procedimento das inspetorias do Tribunal na realização de inspeção do FUNDEB, isto é, uma lista de todos os documentos que deverão ser exigidos dos gestores públicos para as inspeções. Tal medida vem responder para as inspeções. Tal medida vem responder a reclamações de que cada inspetoria do Tribunal solicita documentações diferentes, sem uniformidade.

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Principais documentos exigidos Principais documentos exigidos atualmente nas inspeções do FUNDEBatualmente nas inspeções do FUNDEB

1. Relação dos profissionais do magistério da educação básica, bem como dos outros profissionais, constando o nome, profissionais, constando o nome, remuneração, efetivo ou não, escola em que trabalha;

2. Inventário/ Termo de verificação dos bens;

3. Extratos bancários;

4. Lei de criação do conselho do FUNDEB;

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5. Ato de designação do Secretário de Educação como gestor do FUNDEB;

6. Relação de notas de empenho emitidas no exercício, contendo número, data, programa de trabalho, elemento de despesa, valor e o credor respectivo;

7. Controle individualizado de cada veículo da frota do FUNDEB;

7. Controle individualizado de cada veículo da frota do FUNDEB;

8. Apresentação de escrituras de bens imóveis adquiridos com recursos do FUNDEB;

9. Quadro demonstrativo das rotas de transporte escolar com o número de alunos transportados.

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MODERNIZAÇÃO DO TCE/MSMODERNIZAÇÃO DO TCE/MS� Criação do e-TCE: Com a implantação do e-

TCE todos os documentos protocolados serão digitalizados em formato OCR (que permite edição e pesquisa por palavra) e, a partir daí, terão sua tramitação totalmente eletrônica, desde as análises das inspetorias, até a emissão do voto do Conselheiro.do voto do Conselheiro.

� Em breve, os jurisdicionados poderão enviar documentos e consultar os processos pela internet.

� O cidadão vai poder acessar todos os processos já julgados. Processos em andamento somente poderão ser consultados pelas partes.

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CONCLUSÃOCONCLUSÃO� Inegavelmente, se quisermos ter sucesso na

correta fiscalização dos recursos do FUNDEB, precisamos nos acostumar a trabalhar em rede.

� É fundamental a parceria do controle externo, feito pelo TCE/MS, e do controle social realizado pelo FUNDEB. Assim, os conselheiros do FUNDEB, os sindicatos ligados à educação, devem acompanhar FUNDEB. Assim, os conselheiros do FUNDEB, os sindicatos ligados à educação, devem acompanhar mais a utilização dos recursos do FUNDEB a favor de uma educação de qualidade ,e quando necessário, aprender a acionar o Tribunal de Contas para que o mesmo atue, cada vez mais, como instrumento fiscalizador da qualidade e dos resultados dos investimentos públicos em educação.

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"Os celeiros de farturas"Os celeiros de farturas

Sob um céu de puro azulSob um céu de puro azul

reforjaram em Mato Grosso do Sulreforjaram em Mato Grosso do Sul

Uma gente audaz"Uma gente audaz"

"A pujança e a grandeza "A pujança e a grandeza

De fertilidades milDe fertilidades mil

São o orgulho e a certezaSão o orgulho e a certeza

Do futuro do Brasil"Do futuro do Brasil"

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