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Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

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Page 1: Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma

Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

Page 2: Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

Resumo da Apresentação1) Fatos estilizados (dados):

*A política econômica atual é a mesma dos governos anteriores:- metas de inflação - sustentabilidade fiscal via manutenção de um significativo superávit primário, e- câmbio flutuante* Não se mexe em “time que está ganhando”. Esse arranjo de política econômica foi bem sucedido para lidar com diferentes tipos de problemas: crise de 1999 (fim do câmbio fixo), crise de 2002/2003 (eleição de Lula), Crise de 2009 (crise mundial). * A “verdadeira escolha” foi feita por Lula.

2) Modelo Teórico de Metas de Inflação: Pequenas alterações no governo Dilma em relação às preferências/credibilidade do BC.

3) Impacto sobre o ritmo de crescimento econômico de longo prazo (PIB potencial) foi pequeno.

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IPCA ac. 12 meses e Bandas de Inflação

Fonte: Banco Central do Brasil

A política monetária do FED tem uma meta de inflação em 2% para o núcleo do personal consumption expenditures, ver: http://www.federalreserve.gov/newsevents/press/monetary/20120125c.htm

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Superávit Primário – (% do PIB)

Fonte: Banco Central do Brasil

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Câmbio Nominal R$/US$

Fonte: Banco Central do Brasil

Recessão dos EUA de 2000/01

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Câmbio Real R$/US$

Fonte: Banco Central do Brasil e Federal Reserve Bank of St. Louis

No mês de Setembro de 1994, quando o câmbio nominal era de 0,85; o câmbio real era de 2,03 a preços atuais.

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Taxa Selic Nominal

Fonte: Banco Central do Brasil

Redução paulatina da taxa de juros nominal: a cada ciclo de elevação o pico é menor que o pico anterior, a cada ciclo de afrouxamento monetário o vale é mais baixo que o vale anterior

Page 8: Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

Taxa Selic Real

Fonte: Banco Central do Brasil

Ao longo do período o juro real foi declinante, mas com diferentes intensidades

Fase de conquista da credibilidade do sistema de

metas de inflação

Fase de colheita dos ganhos de credibilidade: juros reais decrescentes

Page 9: Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

Taxa de Crescimento do PIB Acumulado em 4 Trimestres

Fonte: Banco Central do Brasil

-O arranjo atual de política econômica foi bom para gerenciamento macro de curto prazo mas não foi capaz de mudar substancialmente o nosso ritmo de crescimento econômico

- Se levar em conta os anos 80 a elevação da taxa média de crescimento é um pouco maior

Metas de Inflação

Page 10: Conjuntura e Política Econômica no Governo Dilma Marcelo S Portugal – UFRGS e CNPq

O Modelo Teórico de Metas de Inflação- O BC gerencia a taxa de juros com o objetivo de minimizar a sua função de perda

onde

- Sujeito as restrições impostas pela economia na foram de uma curva IS, uma Curva de Philips e uma rega de câmbio:

Oferta Agregada X Demanda Agregada

- Da resolução desse problema de otimização dinâmica surge uma regra “ótima” de política monetária.

- A Regra de Taylor é, na verdade, apenas uma simplificação desse problema

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Mudou a função de perda do BC no governo Dilma ?- Em termos formais a pergunta é: mudaram os pesos na função de perda do BC?

- A meta ainda é 4,5% ao ano ou é apenas não ultrapassar o limite máximo (teto da banda de 6,5%? Essa dúvida afeta o gerenciamento das expectativas

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Em um regime de BC crível a distribuição das previsões de longo prazo deveriam estar concentradas no centro da meta (4,5%)

Segundo M. Woodford:

- “For successful monetary policy is not so much a matter of effective control of the overnight interest rate as it is of shaping market expectations of the way in which interest rates, inflation and income are likely to evolve over the coming year or later” (...)

- “It follows that, insofar as it is possible for the central bank to affect expectations, this should be an important tool of stabilization”. (...)

- Not only do expectations about policy matter, but, at least undercurrent conditions, very little else matters”.

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Falta Cuidar do Longo Prazo

- Queremos elevar a taxa de crescimento da economia brasileira, isso é elevar o ritmo de crescimento do PIB potencial.

- A política macroeconômica nos ajuda a gerenciar os ciclos econômicos (reduzir a variância), mas não ajuda muito em termos de elevar a inclinação da tendência (crescimento do PIB potencial)

- Três momentos importantes: 1994, 1999, e a eleição de Lula. A estabilidade macroeconômica ajudou a elevar um pouco a taxa de crescimento do PIB potencial.

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1981

1990

1999

2008

2017

Anos

PIB

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Outros fatores:

Empreendedorismo

Instituições que reduzam custos de transação e respeitem diretos de propriedade (boas Leis, “regras do jogo” estáveis, aspectos culturais, etc)

FONTES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO DE LONGO PRAZO

Acumulação de Capital (poupança pública e privada)

Acumulação de Capital (poupança pública e privada)

Expansão da Força de Trabalho (taxa de natalidade e composição etária)

Expansão da Força de Trabalho (taxa de natalidade e composição etária)

Tecnologia, Educação e Treinamento (elevação da produtividade do capital e do trabalho)Tecnologia, Educação e Treinamento (elevação da produtividade do capital e do trabalho)

Adam Smith já sabia disso

“little else is requisite to carry a state to the highest degree of opulence from the lowest barbarism, but peace, easy taxes and a tolerable administration of justice”.