conhecimento especÍfico - agente administrativo

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APC APostilAs DigitAis CONHECIMENTO ESPECÍFICO Seja um afiliado APC Apostilas Digitais e ganhe dinheiro estudando, saiba mais no link: http://www.apostilasparaconcursos.net.br/?aff=apcapostilas 3 CONHECIMENTO ESPECÍFICO AGENTE ADMINISTRATIVO REDAÇÃO DE EXPEDIENTE APOSTILA CONCEITO Apostila é o aditamento a um ato administrativo anterior, para fins de retificação ou atualização. "Apostila é o ato aditivo, confirmatório de alterações de honras, d ireitos, regalias ou vantagens, exarado em documento oficial, com finalidade de atualizá-lo." (Regulamento de Correspondência do Exército - art. 192) GENERALIDADES A apostila tem por objeto a correção de dados constantes em atos administrativos anteriores ou o registro de alterações na vida funcional de um servidor, tais como promoções, lotação em outro setor, majoração de vencimentos, aposentadoria, reversão à atividade, etc. Normalmente, a apostila é feita no verso, do documento a que se refere. Pode, no entanto, caso não haja mais espaço para o registro de novas alterações, ser feita em folha separada (com timbre oficial), que se anexará ao documento principal. É lavrada como um termo e publicada em órgão oficial. PARTES São, usualmente, as seguintes: a) Título - denominação do documento (apostila). b) Texto - desenvolvimento do assunto. c) Data, às vezes precedida da sigla do órgão. d) Assinatura - nome e cargo ou função da autoridade. APOSTILA 0 funcionário a quem se refere o presente Ato passou a ocupar, a partir de V de janeiro de 1966, a classe de Professor ............. ....... código EC do Quadro único de Pessoal - Parte Permanente, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de acordo com a relação nominal anexa ao Decreto nº 60.906, de 28 de junho de 1967, publicado no Diário Oficial de 10 de julho de 1967. DP, ................ (Dos arquivos da UFRGS) APOSTILA Diretor O nome do membro suplente do Conselho Fiscal da Caixa Econômica Federal (CEF) constante na presente Portaria é José Rezende Ribeiro, e não como está expresso na mesma. Rio de janeiro (G13), de de (DOU de 31-3-1971, p. 2.517) José Flávio Pécora, Secretário-Geral. ATA Você certamente já participou de alguma reunião em seu trabalho ou mesmo de uma assembléia do condomínio onde reside. Deve ter notado que inicialmente é designado um secretário que deverá lavrara atado encontro. Você sabe o que é e para que serve uma ata? A ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as re- soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembléia, sessão ou reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é lavrar uma ata. Uma das funções principais da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação, instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório. Por tratar-se de um documento, a ata deve seguir algumas normas específicas. Analisemos al- gumas delas. - Deve ser escrito à mão, em livro especial, com as páginas numeradas e rubricadas. Esse livro deve conter termo de abertura e encerramento. - A pessoa que numerar e rubricar as páginas do livro deverá também redigir o termo de abertura. Termo de Abertura - é a indicação da finalidade do livro. Este livro contém 120 páginas por mim numeradas e rubricadas e se destina ao registro de atas da Escola Camilo Gama. Termo de Encerramento - é redigido ao final do livro, datado e assinado por pessoa autorizada. Eu, Norberto Tompsom, diretor do Colégio Camilo Gama, declaro encerrado este livro de atas. Parnaíba, 21 de junho de 1996 Norberto Tompsom - Na ato não deve haver parágrafo, mesmo se tratando de assuntos diferentes, a fim de se evitar espaços em branco que possam ser adulterados. - Não são admitidas rasuras. Havendo engano, usam-se expressões, tais como: aliás, digo, a seguir escreve-se o termo correto. Se a incorreção for notada ao final, usa-se a expressão em tempo, escrevendo-se em seguida "onde se lê ... leia-se ... ". A ata obedece a uma estrutura fixa e padronizada. Observe:

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CONHECIMENTO ESPECÍFICO - AGENTE ADMINISTRATIVO

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3

CONHECIMENTO ESPECÍFICO

AGENTE ADMINISTRATIVO

REDAÇÃO DE EXPEDIENTE

APOSTILA

CONCEITO Apostila é o aditamento a um ato administrativo

anterior, para fins de retificação ou atualização. "Apostila é o ato aditivo, confirmatório de

alterações de honras, d ireitos, regalias ou vantagens, exarado em documento oficial, com finalidade de atualizá-lo." (Regulamento de Correspondência do Exército - art. 192)

GENERALIDADES A apostila tem por objeto a correção de dados

constantes em atos administrativos anteriores ou o registro de alterações na vida funcional de um servidor, tais como promoções, lotação em outro setor, majoração de vencimentos, aposentadoria, reversão à atividade, etc.

Normalmente, a apostila é feita no verso, do documento a que se refere. Pode, no entanto, caso não haja mais espaço para o registro de novas alterações, ser feita em folha separada (com timbre oficial), que se anexará ao documento principal. É lavrada como um termo e publicada em órgão oficial.

PARTES São, usualmente, as seguintes: a) Título - denominação do documento (apostila). b) Texto - desenvolvimento do assunto. c) Data, às vezes precedida da sigla do órgão. d) Assinatura - nome e cargo ou função da

autoridade. APOSTILA 0 funcionário a quem se refere o presente Ato

passou a ocupar, a partir de V de janeiro de 1966, a classe de Professor ............. ....... código EC do Quadro único de Pessoal - Parte Permanente, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de acordo com a relação nominal anexa ao Decreto nº 60.906, de 28 de junho de 1967, publicado no Diário Oficial de 10 de julho de 1967.

DP, ................ (Dos arquivos da UFRGS) APOSTILA Diretor

O nome do membro suplente do Conselho

Fiscal da Caixa Econômica Federal (CEF) constante na presente Portaria é José Rezende Ribeiro, e não como está expresso na mesma.

Rio de janeiro (G13), de de (DOU de 31-3-1971, p. 2.517) José Flávio Pécora, Secretário-Geral.

ATA

Você certamente já participou de alguma reunião

em seu trabalho ou mesmo de uma assembléia do condomínio onde reside. Deve ter notado que inicialmente é designado um secretário que deverá lavrara atado encontro. Você sabe o que é e para que serve uma ata?

A ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito, detalhando os fatos e as re-soluções a que chegaram as pessoas convocadas a participar de uma assembléia, sessão ou reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é lavrar uma ata.

Uma das funções principais da ata é historiar, traçar um painel cronológico da vida de uma empresa, associação, instituição. Serve como documento para consulta posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório.

Por tratar-se de um documento, a ata deve seguir algumas normas específicas. Analisemos al-gumas delas.

- Deve ser escrito à mão, em livro especial, com as páginas numeradas e rubricadas. Esse livro deve conter termo de abertura e encerramento.

- A pessoa que numerar e rubricar as páginas do livro deverá também redigir o termo de abertura.

Termo de Abertura - é a indicação da finalidade

do livro. Este livro contém 120 páginas por mim

numeradas e rubricadas e se destina ao registro de atas da Escola Camilo Gama.

Termo de Encerramento - é redigido ao final do

livro, datado e assinado por pessoa autorizada. Eu, Norberto Tompsom, diretor do Colégio

Camilo Gama, declaro encerrado este livro de atas. Parnaíba, 21 de junho de 1996 Norberto Tompsom - Na ato não deve haver parágrafo, mesmo se

tratando de assuntos diferentes, a fim de se evitar espaços em branco que possam ser adulterados.

- Não são admitidas rasuras. Havendo engano,

usam-se expressões, tais como: aliás, digo, a seguir escreve-se o termo correto. Se a incorreção for notada ao final, usa-se a expressão em tempo, escrevendo-se em seguida "onde se lê ... leia-se ... ".

A ata obedece a uma estrutura fixa e

padronizada. Observe:

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Introdução - Deve conter o número e a natureza da reunião, o horário e a data (completa) escritos por extenso, o local, o nome do presidente da reunião e dos demais participantes.

Desenvolvimento - Também chamado con-

texto. Nele deverão estar contidos ordenadamente os fatos e decisões da reunião, de forma sintética, precisa e clara.

Encerramento - É o fecho, a conclusão. Deverá

constar a informação de que o responsável, após a leitura da ata, deu por encerrada a reunião e que o redator a lavrou em tal horário e data. Deverá informar também que se seguem as assinaturas.

Já está sendo aceita atualmente a ata datilo-

grafada depois de encerrada a reunião. Porém, as anotações são feitas à mão, durante a reunião.

Ao datilografar, todas as linhas da ata devem ser numeradas e o espaço que sobra à margem direita, deve ser preenchido com pontilhado.

Modernamente, por se necessitar de maior

praticidade e rapidez, as empresas vêm substituindo a ata por um determinado tipo de ficha. É uma ficha prática, fácil de preencher e manusear, embora não possua o mesmo valor jurídico de uma ata.

MODELOS a) Modelos de introdução (partes iníciais) CONSELHO PENITENCIÁRIO FEDERAL Ata da 791º Reunião Ordinária Aos dezesseis dias do mês de dezembro do ano

de mil, novecentos e setenta, no quarto andar do Bloco "0" da Avenida L-2, do Setor de Autarquias Sul, na Sala de Despachos do Procurador-Geral da justiça, sob a presidência do Doutor José Júlio Guimarães Lima, reuniu -se o Consel ho Penitenciário Federal. Estiveram presentes os Conselheiros Hélio Pinheiro da Silva, Elísio Rodrigues de Araújo, Abelardo da Silva Comes, Nestor Estácio Azambuja Cavalcanti, Miguel Jorge Sobrinho, Otto Mohn e o Membro Informante Tenente Pedro Arruda da Silva. Aberta a sessão, foi lida e, em votação, aprovada a ata da reunião anterior. Na fase de comunicações, o Tenente Pedro Arruda da Silva comunicou que, por força constitucional, voltará para a Polícia Militar do Distrito Federal, deixando, assim, a direção do Núcleo de Custódia de Brasília.

(DOU de 31-3-1971, p. 2.510)

ATESTADO

CONCEITO Atestado é o documento mediante o qual a

autoridade comprova um fato ou situação de que tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa ou da função que exerce.

"Atestados administrativos" são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. (Hely Lopes Meirelles - Direito Administrativo Brasileiro)

GENERALIDADES 0 atestado comprova fatos ou situações não

necessariamente constantes em livros, papéis ou documentos em poder da Administração. Destina-se, basicamente, à comprovação de fatos ou situações transeuntes, passíveis de modificações freqüentes. Tratando-se de fatos ou situações permanentes e que constam nos arquivos da Administração, o documento apropriado para comprovar sua existência é a certidão. 0 atestado é mera declaração, ao passo que a certidão é uma transcrição. Ato administrativo enunciativo, o atestado é, em síntese, afirmação oficial de fatos.

PARTES a) Título - denominação do ato (atestado). b) Texto - exposição do objeto da atestação.

Pode-se declarar, embora não seja obrigatório, a pedido de quem e com que finalidade o documento é emitido.

Como bem lembram Marques Leite e Ulhoa Cintra, no seu Novo Manual de Estilo e Redação, "se se tratar de dotes, habilidades, ou qualidades de alguma pessoa, o atestante deverá cuidar de especificar com grande clareza os dados pessoais do indivíduo em questão (nome complet o, naturalidade, estado civil, domicílio)". A recomendação é muito oportuna, pois tais atestados impõem responsabilidade particularmente grande a quem os fornece.

São perfeitamente dispensáveis, no texto do atestado, expressões como "nada sabendo em desabono de sua conduta", "é pessoa de meu conhecimento", etc., já que só pode atestar quem conhece a pessoa e acredita na inexistência de algo que a desabone.

c) Local e data - cidade, dia, mês e ano da emissão do ato, podendo-se, também, citar, preferentemente sob forma de sigla, o nome do órgão onde a autoridade signatária do atestado exerce suas funções.

Assinatura - nome e cargo ou função da autoridade que atesta.

MODELOS ATESTADO Atesto que FULANO DE TAL é aluno deste

Instituto, estando matriculado e freqüentando, no corrente ano letivo, a primeira série do Curso de Diretor de Teatro.

Seção de Ensino do Instituto de Artes da UFRGS, em Porto Alegre, aos 2 de julho de 1971.

ATESTADO Chefe da Seção de Ensino Atesto, para fins de direito, atendendo a pedido

verbal da parte interessada, que FULANO DE TAL é ex-servidor docente desta Uni versidade, aposentado, conforme Portaria nº 89, de 7-2-1964, publicada no DO de 21-1,-1965, de acordo com o artigo 176, inciso III, da Lei nº 1.711, de 28-10-1952, combinado com o artigo 178, inciso III, da mesma Lei, no cargo de Professor de Ensino Superior, do

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Quadro de Pessoal, matrícula nº 1-218.683, lotado na Faculdade de Medicina.

Porto Alegre, 10 de outubro de 1972.

Sérgio Ornar Fernandes, Diretor do

Departamento de Pessoal.

CERTIDÃO

Certidão é o ato pelo qual se procede a publici-dade de algo relativo à atividade Cartorária, a fim de que, sobre isso, não pairem mais dúvidas. Possui formato padrão próprio, termos essenciais que lhe dão suas características. Exige linguagem formal, objetiva e concisa.

TERMOS ESSENCIAIS DA CERTIDÃO: - Afirmação: CERTIFICO E DOU FÉ QUE, - Identificação do motivo de sua expedição: A

PEDIDO DA PARTE INTERESSADA, - Ato a que se refere: REVENDO OS ASSEN-

TAMENTOS CONSTANTES DESTE CARTÓRIO, NÃO LOGREI ENCONTRAR AÇÃO MOVIDA CON-TRA EVANDRO MEIRELES, RG 4025386950, NO PERÍODO DE 01/01/1990 ATÉ A PRESENTE DATA

- Data de sua expedição: EM 20/06/1999. - Assinatura: O ESCRIVÃO: Ex.

C E R T I D Ã O

CERTIFICO E DOU FÉ QUE, usando a faculda-de que me confere a lei, e por assim me haver sido determinado, revendo os assentamentos constantes deste Cartório, em especial o processo 00100225654, constatei, a folhas 250 dos autos, CUSTAS PROCESSUAIS PENDENTES DE PA-GAMENTO, em valor total de R$1.535,98, conforme cálculo realizado em 14/05/1997, as quais deverão ser pagas por JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, devidamente intimado para tanto em 22/07/1997, sem qualquer manifestação, de acordo com o des-pacho exarado a folhas 320, a fim de lançamento como Dívida Ativa.

Em 20/06/1998. O Escrivão.

CIRCULAR

MODELOS CIRCULAR Nº 55, DE 29 DE JUNHO DE 1973. Prorroga o prazo para recolhimento, sem multa,

da Taxa de Cooperação incidente sobre bovinos. O DIRETOR-GERAL DO TESOURO DO ESTA-

DO, no uso de suas atribuições, comunica aos Se-nhores Exatores que, de conformidade com o De-creto nº 22.500, de 28 de junho de 1973, publicado no Diário Oficial da mesma data, fica prorrogado, até 30 de setembro do corrente exercício, o prazo fixado na Lei nº 4.948, de 28 de maio de 1965, para o recolhimento, sem a multa moratória prevista no artigo 71 da Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, da Taxa de Cooperação incidente sobre bovi-nos.

Lo-tário L. Skolaude,

Di-retor-Geral.

(DO/RS de 11-5-1973, p. 16 - com adapta-ções)

CIRCULAR Nº 1, DE 10 DE OUTUBRO DE

1968. O Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli-

ca, em observância aos princípios de racionalização administrativa inscritos no Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, recomenda a Vossa Excelên-cia a adoção, pelo órgão central de pessoal, de i-mediatas providências no sentido de que os atos re-lativos ao funcionalismo, notadamente exoneração, promoção e redistribuição de pessoal, a serem submetidos e assinados por Sua Excelência, te-nham o caráter coletivo, devendo abranger num só ato o maior número possível de casos individuais.

Rondon Pacheco, Ministro Extraordinário para os Assuntos do

Gabinete Civil. (DOU de 11-10-1968, p. 8.920)

DECLARAÇÃO

Como vimos em um dos exemplos de reque-

rimento, Amanda L. Gomes anexou-lhe uma decla-ração de conclusão do Curso de Administração de Empresas. Tal declaração, além de servir-lhe como documento provisório, também f acilitará o andamento do processo para expedição de seu diploma. Você alguma vez precisou apresentar uma declaração? Conhece esse documento?

Inúmeras são as situações em que nos é so-licitado ou recomendado que apresentemos uma declaração. Por vezes, em lugar de declaração usa-se a palavra atestado, que tem o mesmo valor. São declarações de boa conduta, prestação de serviços, conclusão de curso, etc.

A declaração (atestado) deve ser fornecida por pessoa credenciada ou idónea que nele assume a responsabilidade sobre uma sit uação ou a ocorrência de um fato. Portanto, é um a comprovação escrita com caráter de documento.

A declaração pode ser manuscrita em papel almaço simples (tamanho ofício) ou digitada/dati-lografada. Quanto ao aspecto formal, divide-se nas seguintes partes:

Timbre - impresso como cabeçalho, contendo

o nome do órgão ou empresa. Atualmente a maioria das empresas possui um impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-se papel sem timbre.

Título - deve-se colocá-lo no centro da folha, em

caixa alta. Texto - deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas

do título. Dele deve constar: - Identificação do emissor. Se houver vários

emissores, é aconselhável escrever, para facilitar: os abaixo assinados.

- O verbo atestarldeciarar deve aparecer no presente do indicativo, terceira pessoa do singular ou do plural.

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- Finalidade do documento - em geral costuma-se usar o termo "para os devidos fins", mas também pode-se especificar: "para fins de trabalho", "para fins escolares", etc.

- Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome pode vir em caixa-alta, para facilitar a visualização.

- Citação do fato a ser atestado. Local e data - deve-se escrevê-los a cerca de

três linhas do texto. Assinatura - assina-se a cerca de três linhas

abaixo do local e data. Observe o trecho que encerra essa declaração: "... quando se efetivou a sua cessão para o

Setor de Almoxarífado. " Você sentiria dificuldade para escrever a palavra

cessão? Ficaria na dúvida entre: sessão, seção ou cessão? Isso é comum. Trata-se, no caso, do que chamamos homônimos. São palavras de pronúncia idêntica, mas com grafias e significados diferentes. Vejamos as diferenças:

cessão - doação; ato de ceder. sessão - reunião; espetáculo de teatro, cinema,

etc. apresentado várias vezes. seção - corte; divisão; parte de um todo;

segmento; numa publicação, local reservado a determinado assunto: seção literária, seção de esportes.

INFORMAÇÃO

Informação nº DCCCE/394/73 Processo nº R/25.726-73 Senhor Diretor do Departamento de Pessoal: Encaminha a Direção do Instituto de Geociências

o pedido de dispensa, a partir de 3 de outubro de 1973, da função gratificada, símbolo 2-F, de Secre-tário do referido Instituto, formulado pelo funcionário Fulano de Tal.

2. O requerente é agregado ao símbolo 5-F, do Quadro Único de Pessoal - Parte Permanente, des-ta Universidade, sendo aproveitado pela Portaria nº 677, de 27 de agosto de 1968, para exercer a fun-ção gratificada, símbolo 2-F, de Secretário do Insti-tuto de Geociências, desenvolvendo suas atividades em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, conforme aplicação determinada pela Portaria nº 459, de 15 de julho de 1969.

3. Isso posto, de acordo com o preceituado no artigo 77 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, nada obsta a que seja atendida a solicitação, motivo por que remetemos, em anexo, os atos necessários à efetivação da medida.

À consideração de Vossa Senhoria. DCCE, em 16 de outubro de 1973.

Noé Esquivel,

Diretor.

(Dos arquivos da UFRGS)

OFÍCIO E OFÍCIO-CIRCULAR

I - CONCEITO "Ofícios são comunicações escritas que as auto-

ridades fazem entre si, entre subalternos e superio-res, e entre a Administração e particulares, em cará-ter oficial." (Meirelles, Hely Lopes - apud "Redação Oficial", de Adalberto Kaspary).

A luz desse conceito, deduzimos que: 1) Somente autoridades (de órgãos oficiais) pro-

duzem ofícios, e isso para tratar de assuntos ofici-ais.

2) O ofício pode ser dirigido a: a - outras autoridades; b - particulares em geral (pessoas, firmas ou ou-

tro tipo de entidade). 3) Entidades particulares (clubes, associações,

partidos, congregações, etc.) não devem usar esse tipo de correspondência.

4) No universo administrativo, o ofício tem senti-do horizontal e ver tical ascendente, isto é, vai de um órgão publico a outro, de uma autoridade a ou-tra, mas, dentro de um mesmo órgão, não deve ser usado pelo escalão superior para se comunicar com o escalão inferior (sentido vertical descendente).

5) O papel utilizado é específ ico e da melhor qualidade.

6) O ofício esta submetido a certas normas estru-turais, que são de consenso geral.

1 - Margens a) Da esquerda - a 2,5 cm a partir da extremida-

de esquerda do papel. b) Da direita - a 1,5 cm da extremidade direita do

papel. Nada pode ultrapassá-la, nem a data, nem o

nome do remetente. Para ser perfeitamente alinhada, não e permitido: * Usar grafismo (tapa-margem); * afastar sinal de pontuação da palavra; * deixar espaço de mais de dois toques entre a

última e a penúltima palavra; * espaçar as letras de uma palavra. 2 - Timbre Brasão (da Republica, estado ou município), em

geral centralizado, a 1 cm da extremidade superior da folha, seguido da designação do órgão.

3 - Numeração A dois espaços-padrão da designação do órgão. O espaço-padrão interlinear do oficio e de 1,5 ou

2, conforme a marca da maquina. Consiste em: Of. Nº ..., ou Of. Circ. Nº .... segui-

do do numero e, se for conveniente, sigla(s) do ór-gão expedidor.

No caso dos ofícios-circulares que não tenham

uma numeração especifica, a palavra "circular" deve ser posta entre parênteses depois do número.

4 - localidade e Data

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Coloca-se na mesma linha do número, desde que haja espaço suficiente, procurando fazer coinci-dir o seu fim com a margem da direita.

Cuidados especiais com a data: Não se devem abreviar partes do nome da loca-

lidade que também não deve ser seguida da sigla do estado.

* O nome do mês não se grafa com letra maiús-

cula. * Entre o milhar e a centena do ano não vai pon-

to nem espaço. * Põe-se o ponto após o ano. ERRADO - P.Alegre/RS, 18 de Junho de 1.985 CERTO - Porto Alegre, 18 de junho de 1985. 5 - Vocativo Inicia a três espaços-padrão abaixo da data e a

2,5cm da margem esquerda. Consiste simplesmente da expressão "Se-

nhor(es)" seguido de cargo ou função do destinata-rio: Senhor Governador, Senhores Deputados, Se-nhor Gerente, Senhor Diretor-Geral, Senhor Chefe, etc.

Não ha unanimidade quanto à pontuação do vo-

cativo; pode-se usar virgula, ponto ou dois pontos. 6 - Introdução Praticamente inexiste. Vai-se direto ao que inte-

ressa: "Comunicamos...", "Solicitamos...", "Encami-nhamos..." etc.

7 - Texto Consiste na exposição, de forma objetiva e poli-

da, do assunto, fazendo-se os parágrafos necessá-rios. Estes podem ser numerados a partir do se-gundo.

8 - Fecho Modernamente, usam-se apenas "Atenciosa-

mente" ou "Respeitosamente", seguidos de vírgula. O alinhamento e o do parágrafo, ou coloca-se acima da assinatura. Não se numera.

9 - Signatário Nome e cargo do remetente, encimados pela as-

sinatura, sem traço, a direita do papel. 10 - Destinatário Ocupando 2, 3 ou 4 linhas, seu final deve coinci-

dir com a extremidade inferior do papel. Ex.: A Sua Excelência o Senhor Dr. Fulano de Tal, DD. Governador do Estado do Rio Grande do Sul

PORTO ALEGRE (RS) Nos ofícios corriqueiros, dispensa-se o nome do

destinatário. Ex.: Ao Senhor Diretor do Colégio X PORTO

ALEGRE (RS) Importante: Caso o ofício ocupe mais de uma fo-

lha, o que acontece quando, em media, não cabe em 17 linhas, o destinatário permanece na primeira folha, indo para a ultima apenas o signatário.

Observação: Podem ainda constar no oficio o numero de anexos e as iniciais do redator e datiló-grafo. (Veja-se o esquema.)

ORDEM DE SERVIÇO

MODELOS ORDEM DE SERVIÇO Nº 2-72 O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no

uso de suas atribuições, em aditamento à Ordem de Serviço nº 1-72, de 10-1-72, desta Secretaria, de-termina que terão expediente externo também na parte da manhã, no horário das oito às onze horas, os seguintes órgãos do Tesouro do Estado, sedia-dos na Capital:

a) Subordinados à Coordenadoria-Geral do ICM: Divisão de Fiscalização da Grande Porto Alegre

(DCP); Divisão de Fiscalização do Trânsito de Mercado-

rias (DIM); Divisão do Recenseamento e Programação Fis-

cais (RP). b) Subordinado à Inspetoria-Geral da Fazenda: Exatoria Estadual de Porto Alegre. Porto Alegre, 13 de janeiro de 1972. José H. M. de Campos, Secretário da Fazenda. ORDEM DE SERVIÇO Nº GG/2-73 O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL, no uso de suas atribuições e em continuidade ao plano de centralização, na Capital, do pagamento de despesas do Interior, objetivando o melhor aproveitamento dos interesses orçamentá-rios do Estado, de modo a permitir a elaboração da programação financeira de desembolso ajustada à efetiva disponibilidade do Tesouro, determina:

I - que, a partir de 11 de janeiro de 1973, todas

as despesas realizadas no Interior, pelos órgãos da Administração Direta, sejam processadas na Capi-tal, pelas respectivas repartições e encaminhadas para o Tesouro do Estado, que efetuará o pagamen-to, através da rede bancária, nas correspondentes localidades;

II - o uso de distribuição de tabelas de crédito às Exatorias Estaduais, através da Contadoria Setorial junto à Fazenda, fica reservado, tão-somente, para as despesas que, necessariamente, devam ser a-tendidas no local de sua realização e referentes às seguintes rubricas:

a) SERVIÇOS DE TERCEIROS Comunicações. b) ENCARGOS DIVERSOS Ajudas de custo e diárias de viagem; Custas e

emolumentos; Despesas pequenas de pronto pagamento. Palácio Piratini, em Porto Alegre, ... de.....

de.....

Edmar Fetter,

Vice-Governador do Estado, em e-xercício.

PORTARIA

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MODELOS PORTARIA Nº 3.109, DE 13 DE ABRIL DE 1971. O MINISTRO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA

SOCIAL, usando de suas atribuições e considerando o número insuficiente de Agentes

de Inspeção na Delegacia Regional do Trabalho no Estado do Maranhão;

considerando que a situação peculiar daquele Estado, em relação às condições de produção e trabalho, exige, da parte deste Ministério, providên-cias especiais e imediatas;

considerando, ainda, o que consta no Processo nº..................... MTPS/319.974-70,

RESOLVE: Fica elevado para cinqüenta por cento, na Dele-

gacia Regional do Trabalho no Estado do Mara-nhão, o percentual previsto na Portaria Ministerial d 3.144, de 2 de março de 1970.

Júlio Barata

(DOU de 20-4-1971, p. 2.928) PORTARIA Nº 15, DE 28 DE FEVEREIRO DE

1972. O MINISTÉRIO DE ESTADO DO PLANEJA-

MENTO E COORDENAÇÃO GERAL, usando de suas atribuições legais e de acordo com a alínea b do inciso 11 do artigo 1º do Decreto nº 66.622, de 22 de maio de 1970, resolve:

Art. 1º Alterar o Anexo A - Plano de Busca - do

Plano Setorial de Informações do Ministério do Pla-nejamento e Coordenação Geral, aprovado pela Portaria nº 131, de 24 de novembro de 1970.

Art. 2º A presente Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Jo-ão Paulo dos Reis Velloso

(DOU de 7-3-1972, p. 1.948)

RELATÓRIO

Senhor Diretor Geral Encaminhamos a esta Diretoria Geral o presente

relatório das averiguações efetuadas em nosso de-partamento com a finalidade de verificar irregulari-dades ocorridas no período de 01 de janeiro à 31 de dezembro de 2000.

Comunicamos a Vossa Senhoria que após as averiguações efetuadas constatamos o seguinte:

1) As compras efetuadas através de terceiros

não apresentavam valores a maior; 2) As notas recebidas de fornecedores não con-

ferem com as faturas pagas; 3) As mercadorias constantes nas notas foram

entregues regularmente ;

4) Os pagamentos foram efetuados de acordo com as faturas apresentadas;

5) Após comparação entre as notas e as faturas verificou-se uma diferença de R$ 5.000,00;

6) Questionamos junto ao fornecedor para repor mercadorias referente a diferença apresentada.

Junto a este relatório encaminhamos a Vossa

Senhoria cópia de toda a documentação necessária a sua apreciação.

Sem mais no momento. Aguardamos seu despacho.

Fulano de Tal,

Chefe de Serviço.

REQUERIMENTO

I - CONCEITO É a correspondência através da qual um particu-

lar requer a uma autoridade pública algo a que tem ou julga ter direito.

Portanto, não utiliza papel oficial e não tolera ba-julação.

1 - Margens As mesmas do ofício. 2 - Vocativo Coloca-se ao alto da folha, a partir da margem

esquerda, não podendo ultrapassar os 2/3 da linha, caso em que deve ser harmoniosamente dividido. A localidade só deve constar, se a autoridade destina-tária não estiver na da origem. Jamais se põe o nome da autoridade.

Exemplo: Ilustríssimo Senhor Superintendente Regional do

Departamento de Policia Federal PORTO ALEGRE (RS)

3 - Texto Inicia com o nome completo do requerente (sem

o pronome "eu"), a 2,5cm da margem, em destaque. Quanto aos demais dados de identificação, que

se põem em continuação ao nome, tais como na-cionalidade, estado civil, filiação, lotação, endereço, números de documentos etc. , somente cabem a-queles que sejam estritamente necessários ao pro-cessamento do pedido.

Dependendo da circunstancia, e importante e-

numerar os motivos, dar a fundamentação legal e/ou prestar esclarecimentos oportunos.

Redige-se na terceira pessoa. 4 - Fecho Põe-se abaixo do texto, no alinhamento do pará-

grafo. Consiste numa destas expressões:

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Nestes termos, pede deferimento. ............... Pede deferimento. .............. Espera deferimento. ................ Aguarda deferimento. ................ Termos em que pede deferimento. Qualquer uma pode ser abreviada com as iniciais

maiúsculas, seguidas de ponto: P. D., A. D. etc. 5 - Local e data Também no alinhamento do parágrafo. (Ver ob-

servações no ofício.) 6 - Assinatura A direita da folha, sem traço e sem nome, se es-

te for o mesmo do inicio. III - MODELOS (Extraídos do livro "Redação

Oficial", de Adalberto J. Kaspary) Senhor Diretor do Colégio Estadual Machado de

Assis: FULANO DE TAL, aluno deste colégio, cursando

a primeira série do segundo grau, turma D, turno da manhã, requer a Vossa Senhoria o cancelamento de sua matrícula, visto que fará um estágio profis-sional de três meses no Estado de São Paulo, a partir do dia 22 do corrente.

Termos em que pede deferimento. Porto Alegre, 12 de maio de 1974.

Fulano de Tal Senhor Diretor de Pessoal da Superintendência dos Transportes do Estado

do RS: FULANO DE TAL, funcionário público estadual,

ocupante do cargo de Auxiliar de Administração, lo-tado e em exercício no Gabinete de .Orçamento e Finanças, da Secretaria da Fazenda, matricula nº 110.287, no Tesouro do Estado, requer a Vossa Senhoria que lhe seja expedida certidão de seu tempo de serviço nessa Superintendência, a fim de anexá-la ao seu processo de Iicença-prêmio, já em andamento na Secretaria da Administração.

Espera deferimento. Porto Alegre, 14 de março de 1975.

Fulano de Tal Excelentíssimo Senhor Secretario da Administra-

ção do Governo do Estado do Rio Grande do Sul: FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, com 26

anos, filho de.................... e de................ natural, de Gramado, neste Estado, residente e domiciliado nesta Capital, na Avenida João Pessoa, 582 - ap. 209, requer a Vossa Excelência inscrição no Con-curso Público para o Cargo de Oficial Administrativo a ser realizado por essa Secretaria, conforme edita] divulgado no Diário Oficial de 14 do corrente, para o

que anexa os documentos exigidos na citada publi-cação.

Nestes termos, pede deferimento. Porto Alegre, 24 de maio de 1974. Fulano de Tal

NOÇÕES DE

RELAÇÕES HUMANAS

CONTEXTOS E DEMANDAS DE HABILIDA-DES SOCIAIS

Eu mesmo, Se transponho o umbral enigmático,

Fico outro ser, De mim desconhecido. C. Drummond de Andrade Os diferentes contextos dos quais participamos

contribuem, de algum modo, para a aprendizagem de desempenhos sociais que, em seu conjunto, de-pendem de um repertório de habilidades sociais. A decodificação dos sinais sociais, explícitos ou sutis, para determinados desempenhos, a capacidade de selecioná-los e aperfeiçoá-los e a decisão de emi-ti-los ou não são alguns dos exemplos de habilida-des aprendidas para lidar com as diferentes deman-das das situações sociais' a que somos cotidiana-mente expostos.

O termo demanda pode ser compreendido como

ocasião ou oportunidade diante da qual se espera um determinado desempenho social em relação a uma ou mais pessoas.

As demandas,são produtos da vida em socieda-

de regulada pela cultura de subgrupos. Quando al-gumas pessoas não conseguem adequar-se a elas (principalmente as mais importantes) são conside-radas desadaptadas provocando reações de vários tipos. O exemplo mais extremo é o do fôbico social que não consegue responder às demandas inter-pessoais de vários contextos, isolando-se no grupo familiar e, mesmo neste, mantendo um contato so-cial bastante empobrecido.

Quando, por alguma razão, um contexto provê

aprendizagem de determinadas habilidades sociais, mas não cria oportunidade para que sejam exerci-das, as necessidades afetivas a elas associadas podem não ser satisfeitas. Em nossos programas de desenvolvimento de relações interpessoais com u-niversitários, os estudantes freqüentemente apre-sentam dificuldade de expressar carinho (apesar do desejo de fazê-lo) porque, em suas famílias, seus pais não incentivam e nem mesmo permitem "essas liberdades".

Ao nos depararmos com as diferentes demandas

sociais, precisamos inicialmente identificá-las (de-codificá-las) para, em seguida, decidirmos reagir ou não, avaliando nossa competência para isso. A i-dentificação ou decodificação das demandas para um desempenho interpessoal depende, criticamen-te, da leitura do ambiente social, o que envolve, en-tre outros aspectos:

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a) atenção aos sinais sociais do ambiente (ob-

servação e escuta); b) controle da emoção nas situações de maior

complexidade; c) controle da impulsividade para responder de

imediato; d) análise da relação entre os desempenhos

(próprios e de outros) e as conseqüências que eles acarretam.

Não é muito fácil identificar os sinais que, a cada

momento, indicam demandas para desempenhos excessivamente elaborados. Por exemplo, quando o ambiente social é extremamente ameaçador, pode provocar ansiedade, requerendo respostas de en-frentamento ou fuga que variam na adequação às demandas. Em outras palavras, é como se o indiví-duo dissesse a si mesmo:

Aqui é esperado que eu... (leitura do ambiente

social ou das demandas); Não posso concordar com isso, eu preciso dizer

que... (análise da própria necessidade de reagir a uma demanda);

Acho melhor não dizer nada agora... (decisão quanto a apresentar ou não um desempenho em determinado momento).

Diferentes tipos de demandas interpessoais po-dem aparecer sob combinações variadas. Algumas combinações, no entanto, parecem típicas de con-textos específicos e requerem conjuntos de habili-dades sociais que podem ser cruciais para a quali-dade dos relacionamentos aí desenvolvidos. O con-texto mais significativo da vida da maioria das pes-soas é o familiar. Além deste, podem-se destacar, como inerente à vida social na maior parte das cul-turas, a escola, o trabalho, o lazer, a religião e o es-paço geral de cotidianidade (ruas, praças, lojas etc.). Segue-se uma análise dos contextos familiar, escolar e de trabalho que, não obstante suas espe-cificidades, contemplam também muitas das habili-dades sociais requeridas nos demais.

1. o contexto familiar A vida familiar se estrutura sobre vários tipos de

relações (marido-mulher, pais-filhos, entre irmãos e parentes) com uma ampla diversidade de demandas interpessoais. O desempenho das habilidades soci-ais para lidar com elas pode ser uma fonte de satis-fação ou de conflitos no ambiente familiar. Dada a inevitabilidade de conflitos o caráter saudável de muitos deles depende da forma de abordá-los e re-solvê-los o que remete, em última instância, à com-petência social dos envolvidos.

Relações conjugais Embora, na sociedade atual, as pessoas já pos-

suam um razoável conhecimento de seu parceiro antes de optarem por uma vida em comum, mesmo assim, com o passar do tempo, pode ocorrer a dete-rioração de alguns comportamentos mutuamente prazerosos (reforçadores) e o aparecimento ou ma-ximização de outros de caráter aversivo. Em um re-lacionamento novo, cada pessoa procura exibir ao outro o melhor de si mesma, mas, ao longo do tem-po, o cotidiano doméstico pode alterar drasticamen-te esse repertório. Além disso, a maioria das pesso-as, ao se casarem, possuem algumas idéias român-ticas sobre o amor que, além de não se concretiza-

rem, dificultam a identificação e o enfrentamento das dificuldades conjugais.

Considerando o conceito de compromisso (refe-rido no Capítulo 2), crucial. para o caso das rela-ções conjugais, a qualidade desse relacionamento depende, criticamente, de quanto os cônJuges in-vestem na sua continuidade e otimização. O au-to-aperfeiçoamento de ambos em habilidades soci-ais conjugais garante, em parte, esse compromisso. No entanto, quando apenas um dos parceiros al-cança um desenvolvimento sócio-afetivo rápido, di-ferenciando-se excessivamente do outro, ele pode reavaliar os próprios ganhos na relação como insa-tisfatórios e dispor-se à busca de relacionamentos alternativos, provocando a sua ruptura. Uma fonte de ruptura ocorre, portanto, quando há uma ausên-cia de compromisso com a própria relação e/ou com o desenvolvimento do outro.

Em uma revisão da literatura de pesquisas sobre Terapia Conjugal, Gottman e Ruschel identificaram algumas habilidades essenciais para a qualidade do relacionamento conjugal, destacando aquelas asso-ciadas à aprendizagem e ao controle dos estados afetivos que desencadeiam conflitos e reduzem a capacidade de processamento de informações. Tais habilidades incluem: acalmar-se e identificar esta-dos de descontrole emocional em si e no cônjuge, ouvir de forma não defensiva e com atenção, validar o sentimento do outro, reorganizar o esquema de in-teração do casal de modo a romper o ciclo quei-xa-crítica-defensividade-desdém. Acrescentam, também, a este conjunto, a habilidade de persuadir o cônjuge a não tomar nenhuma decisão enquanto o estado de excitação psicofísiológica estiver sem autocontrole adequado.

Freqüentemente, um dos cônjuges expressa

pensamentos e sentimentos de forma explosiva, ex-trapolando nas queixas e críticas. Se a reação do outro seguir na mesma direção, gera descontrole de ambos e uma alta probabilidade de manutenção do ciclo descrito acima, o que tende a piorar ainda mais a situação. Daí a importância da habilidade de a-calmar o outro. Ouvir não defensivamente permite que o cônjuge exponha por completo o seu pensa-mento e pode servir para validar seu sentimento (empatia). Adicionalmente, a fala calma facilita a or-ganização do conteúdo da mensagem, aumenta a probabilidade de clareza e, conseqüentemente, de compreensão, tendo o efeito provável de acalmar. As situações de conflito geralmente exigem outras habilidades como as de admitir o erro, desculpar-se ou pedir mudanças de comportamento.

Existem casais que são bastante atenciosos com amigos, colegas de trabalho e pessoas que lhes prestam serviço e, no entanto, deixam de dar essa mesma quantidade de atenção ao cônjuge. A maio-ria que age assim parece não ter a intenção de co-locar o cônjuge em segundo plano, porém acaba por negligenciar um elemento importante do relacio-namento, ignorando situações e oportunidades para exercer a habilidade de dar atenção.

Muitas vezes, a imagem idealizada, ou real no

começo do relacionamento, de u ma pessoa bem-humorada, amável, carinhosa etc. vai se des-vanecendo, gerando insatisfação e desinteresse. Bom humor, gentileza mútua, carinho e atenção precisam ser cultivados no cotidiano da relação. Pa-ra isso, é muito importante a habilidade de prover conseqüências positivas quando o cônjuge apresen-ta esses comportamentos. A sinceridade, no entan-to, é fundamental, caso contrário poderá parecer

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que há pretensão de manipulação. Há um velho a-dágro popular que cai bem nesta situação: amor com amor se paga. Em muitas situações em que o comportamento do outro caminha na direção de de-sempenhos favoráveis à qualidade do relaciona-mento, pode ser importante que os cônjuges explici-tem claramente esses aspectos, por meio da habili-dade de dar feedback positivo. Da mesma maneira, pedir feedback é uma habilidade que favorece uma avaliação conjunta.

São muitos os problemas resolvidos diariamente

por apenas um dos membros da díade conjugal em assuntos que afetam a ambos. Esses problemas, ou são corriqueiros, ou possuem tal urgência que de-mandam ações imediatas. O partilhar decisões pelo casal produz, no entanto, um equilíbrio nas relações de poder, na medida que ambos decidem e são, i-gualmente, responsáveis pelo êxito ou fracasso de todo empreendimento.

Um subgrupo particularmente relevante de habi-

lidades sociais conjugais é representado pelas de relacionamento íntimo. Nesta categoria, os desem-penhos sociais possuem características singulares, com o padrão não verbal tendo um peso considerá-vel na interação. O conteúdo (o que se diz), a forma (como se diz) e a ocasião (quando se diz) são com-ponentes importantes e precisam ser bem dosados e ajustados às preferências das pessoas envolvi-das. Isso significa que requisitos não fundamentais em outros contextos ganham, aqui, um estatuto es-pecial como, por exemplo, as discriminações sutis das mensagens enviadas em códigos e elaboradas no processo de interação.

Relações pais-filhos As relações pais-filhos possuem um caráter afe-

tivo, educativo e de cuidado que cria muitas e varia-das demandas de habilidades sociais. O exercício dessas habilidades é, em geral, orientado para o equilíbrio entre os objetivos afetivos imediatos e os objetivos a médio e longo prazo de promover o de-senvolvimento integral dos filhos e prepará-los para a vida. Argyle identifica três estratégias básicas pe-las quais os pais educam seus filhos: a) por meio das conseqüências (recompensas e punições), b) pelo estabelecimento de normas, explicações, exor-tações e estímulos e c) por modelação. Cada uma dessas estratégias baseia-se em ações educativas que supõem um repertório elaborado e diversificado de habilidades sociais dos pais.

À medida que crescem, os filhos desenvolvem interesses, idéias e hábitos que podem gerar confli-tos familiares. Nem sempre é fácil para os pais a i-dentificação dos sinais que apontam para a iminên-cia de um conflito entre eles e os filhos ou para os estágios iniciais de um comportamento reprovado no contexto dos valores familiares. Inversamente, é também difícil identificar os estágios iniciais de um comportamento desejável que pode estar sendo mascarado pela predominância de outros indesejá-veis. Na maioria das vezes, presta-se mais atenção aos comportamentos que perturbam ou quebram normas estabelecidas. Com freqüência os pais bus-cam interromper ' esses comportamentos com me-didas punitivas ou corretivas que produzem resulta-dos pouco efetivos porque os suprimem apenas momentaneamente e, ainda, podem gerar vários sentimentos negativos, como a raiva, o abatimento, a revolta etc.

Essas situações constituem ocasião para o exer-cício de um conjunto de ações educativas que po-dem alterar drasticamente a qualidade da relação e promover comportamentos mais adequados dos fi-lhos. A literatura enfatiza a importância de apresen-tar feedback positivo para os desempenhos consi-derados adequados tão logo eles ocorram. Elogiar e fornecer conseqüências positivas incentivam e forta-lecem desempenhos incipientes que, em etapas posteriores, serão mantidos por suas conseqüên-cias naturais. A maioria dos pais faz isso quando es-tá ensinando os filhos a andar, falar ou ler, mas cos-tuma negligenciar a apresentação de conseqüên-cias positivas quando se trata de comportamentos que consideram "obrigação" como estudar, organi-zar-se, demonstrar gentileza, apresentar iniciativa na solução de pequenos problemas pessoais etc.

Muitos pais queixam-se de que, especialmente

na adolescência, os filhos se tornam esquivos, bus-cando maior contato com os companheiros do que com eles. A adolescência é, sem dúvida, um perío-do de grandes conquistas e descobertas por parte dos jovens, podendo produzir inquietação aos pais. E o momento de experimentar as novas possibilida-des cognitivas e o despertar sexual, mas também um período de grande labilidade emocional, dadas suas alterações hormonais. Em qualquer etapa, mas particularmente nesta, são importantes várias outras ações educativas como as de combinar nor-mas e regras de convivência coerentes com os valo-res familiares e estabelecer consenso sobre pa-drões de conduta a serem assumidos por todos. Em outras palavras, decidir com os filhos como traduzir valores em comportamentos, o que implica em diá-logo e nas habilidades a ele inerentes.

Assim como muitas situações requerem o auto-controle dos sentimentos evitando-se agravar confli-tos potenciais, outras podem requerer sua expres-são. Em tais casos, embora a demanda apareça sem se anunciar, a expressão de raiva ou desagra-do requer controle emocional se o objetivo for edu-cativo mais do que meramente de descarga emo-cional. A habilidade dos pais de expressar adequa-damente raiva e desagrado fornece modelo de au-tocontrole. Quando esses sentimentos são gerados por comportamentos dos filhos que violam os acor-dos e as normas combinados, a situação pode re-querer a habilidade de defender os próprios direitos em uma visão de reciprocidade.

Em muitos momentos da relação pais-filhos, o-correm críticas de ambos os lados. A maioria de nós tem facilidade em fazer críticas que apenas humi-lham as pessoas, mas dificuldade em apresentar as construtivas. Além disso, a habilidade de descul-par-se pode ser importante para diminuir ressenti-mentos e induzir atitudes construtivas em relação à dificuldade vivida.

2. O contexto escolar A Educação é uma prática eminentemente social

que amplia a inserção do indivíduo no mundo dos processos e dos produtos culturais da civilização. A escola é um espaço privilegiado, onde se dá um conjunto de interações sociais que se pretendem educativas. Logo, a qualidade das interações soci-ais presentes na educação escolar constitui um componente importante na consecução de seus ob-jetivos e no aperfeiçoamento do processo educacio-nal.

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O discurso oficial sobre os objetivos e metas da instituição escolar, preconizado e continuamente re-afirmado em termos de formação para a vida e para a cidadania, já inclui, naturalmente, a articulação en-tre aprendizagem e desenvolvimento. O desenvol-vimento sócio-emocional não pode ser excluído desse conjunto, especialmente quando se observa, nos dias atuais, uma escalada de violência atingindo crianças e jovens e manifestando-se, inclusive, no contexto escolar. Há, portanto, uma concordância quase unânime sobre a necessidade de aprimora-mento das competências sociais de alunos, profes-sores e demais segmentos da escola.

Mas é necessário destacar a importância de uma

clara compreensão sobre que tipo de habilidades efetivamente contribui para essa preparação para a vida. Em um de nossos estudos, uma amostra signi-ficativa de professores da rede pública valorizou as habilidades pró-sociais em níveis significativamente superiores à valorização atribuída às habilidades assertivas e de enfrentamento. Como são comple-mentares, é importante que todos esses conjuntos sejam, igualmente, desenvolvidos na escola. Habili-dades como liderar, convencer, discordar, pedir, mudança de comportamento, expressar sentimentos negativos, lidar com críticas, questionar, negociar decisões, resolver problemas etc. precisam também ser promovidas pela escola. A emissão competente de tais habilidades pode constituir um antídoto im-portante aos comportamentos violentos, especial-mente se desenvolvidos paralelamente às habilida-des de expressar sentimentos positivos, valorizar o outro, elogiar, expressar empatia e solidariedade e demonstrar boas maneiras.

Os estudantes excessivamente tímidos ou muito

agressivos enfrentam maiores dificuldades na esco-la, pois em geral apresentam déficits nas chamadas habilidades de sobrevivência em classe: prestar a-tenção, seguir instruções, fazer e responder pergun-tas, oferecer e pedir ajuda, agradecer, expor opini-ões, discordar, controlar a própria raiva ou tédio, de-fender-se de acusações injustas e pedir mudança de comportamento de colegas, no caso de chacotas e provocações. Além das conseqüências sobre a aprendizagem, tais dificuldades podem se reverter em problemas de auto-estima no desenvolvimento sócio-emocional.

Além disso, uma ampla literatura vem mostrando

correlação entre déficits no repertório de habilidades sociais dos alunos e suas dificuldades de aprendi-zagem e baixo rendimento escolar. Embora a fun-cionalidade dessa relação ainda esteja sob investi-gação, não é difícil imaginar a importância de habili-dades como as de perguntar, pedir ajuda, responder perguntas, dar opinião, expressar dificuldade etc. sobre a aprendizagem nesse contexto e, em particu-lar, como forma de obter atenção e cuidado por par-te da professora.

3. o contexto de trabalho Qualquer atuação profissional envolve interações

com outras pessoas onde são requeridas muitas e variadas habilidades sociais, componentes da com-petência técnica e interpessoal necessária para o envolvimento em várias etapas de um processo produtivo.

A competência técnica usualmente faz parte dos

objetivos educacionais dos cursos profissionalizan-

tes de segundo e terceiro graus e dos treinamentos que ocorrem no âmbito das organizações. No entan-to, a competência interpessoal raramente é relacio-nada como objetivo de formação profissional ocor-rendo, de forma assistemática, como um subproduto desejável do processo educativo, por vezes referido como currículo oculto.

Embora existam ocupações em que grande parte

das atividades é realizada quase que isoladamente, como, por exemplo, a do restau rador de o-bras-de-arte, do copista de obras antigas ou do ar-quivista em um escritório, ainda assim há um pro-cesso complementar que depende da interação so-cial. Tal processo pode ser de recepção de itens de tarefa, negociação de contrato, reuniões, supervisão de atividades, aperfeiçoamento por meio de cursos etc. Pode-se dizer que praticamente nenhum traba-lho ocorre no isolamento social total. Por outro lado, existem outras atividades em que a realização da tarefa se dá quase que totalmente na relação com o outro, ou seja, elas são mediadas por interações sociais. São as ocupações de vendedor, recepcio-nista, telefonista, professor, médico, assistente so-cial, terapeuta etc.

Os novos paradigmas organizacionais que orien-

tam a reestruturação produtiva têm priorizado pro-cessos de trabalho que remetem diretamente à na-tureza e qualidade das relações interpessoais. Entre tais aspectos, pode-se citar a ênfase na multiespe-cialização associada à valorização do trabalho em equipe, intuição, criatividade e autonomia na toma-da de decisões, ao estabelecimento de canais não formais de comunicação como complemento aos formais, ao reconhecimento da importância da qua-lidade de vida e à preocupação com a auto-estima e com o ambiente e cultura organizacionais.

Essas mudanças imprimem demandas para ha-

bilidades como as de coordenação de grupo, lide-rança de equipes, manejo de estresse e de conflitos interpessoais e intergrupais, organização de tarefas, resolução de problemas e tomada de decisões, promoção da criatividade do grupo etc. As inova-ções constantes e o desenvolvimento organizacio-nal no mundo do trabalho requerem, ainda, compe-tência para falar em público, argumentar e conven-cer na exposição de idéias, planos e estratégias. O trabalho em pequenos grupos mostra a necessidade de habilidades de supervisão e monitoramento de tarefas e interações relacionadas ao processo pro-dutivo que, para ocorrerem adequadamente, exigem competência em requisitos como os de observar, ouvir, dar feedback, descrever, pedir mudança de comportamento, perguntar e responder perguntas entre outras.

NOÇÕES DE

ARQUIVAMENTO E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

TÉCNICAS DE ARQUIVO:

ARQUIVO E SUA DOCUMENTAÇÃO

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O que significa a palavra arquivo para você?

Pense sobre este assunto, analisando estas duas situações.

- DOUTORA, A SENHORA JÁ USOU OS

DOCUMENTOS QUE ME PEDIU? POSSO GUARDÁ-LOS? - PERGUNTOU A SECRETÁRIA.

- ESSES PROCESSOS EMPILHADOS AQUI À

ESQUERDA VOCÊ DEIXA SOBRE MINHA MESA, POIS AINDA VOU CONSULTAR. JÁ E SSAS PASTAS, PODE GUARDÁ-LAS NO ARQUIVO LÁ DA MINHA SALA.

- MARCOS, PRECISAMOS ANALISAR ALGUNS

DOCUMENTOS SOBRE A ESCRAVIDÃO No BRASIL, PARA TERMINARMOS AQUELE TRABALHO!

- VAMOS ENTÃO Ao ARQUIVO NACIONAL? LÁ, com CERTEZA, ENCONTRAREMOS MUITO MATERIAL INTERESSANTE!

Você percebeu que a palavra arquivo foi

empregada nessas situações com dois sentidos diferentes, não é mesmo?

Na primeira situação, a doutora se referiu a

arquivo como um móvel próprio, geralmente de aço ou madeira, usado para guardar documentos. Mas no caso seguinte, Marcos usou a palavra arquivo para citar o Arquivo Nacional, que é um órgão público encarregado de guardar e conservar a documentação produzida ou recebida por instituições governamentais de âmbito federal.

E você, se lembrou de outros usos para a

palavra arquivo? Veja se algum deles aparece aqui, pois a palavra arquivo é utilizada em nosso dia-a-dia com diferentes sentidos, ainda que bastante relacionados entre si.

Com qual desses sentidos vamos trabalhar no

manual? Para começar, podemos analisar a origem da palavra, que ainda não está esclarecida.

Há estudiosos que defendem a idéia de ela ter

se originado do grego arché, que significa palácio dos registrados, tendo evoluído mais tarde para o termo archeion, que é o local de guarda e depósito de documentos. Outros, no entanto, dizem que a palavra é originária do latim archivum que significa, também no conceito antigo, o l ugar onde os documentos eram guardados.

Atualmente, adotamos um outro conceito para

arquivo, como este do americano Solon Buck: Arquivo É O CONJUNTO DE DOCUMENTOS

OFICIALMENTE PRODUZIDOS E RECEBIDOS POR UM GOVERNO, ORGANIZAÇÃO OU FIRMA, NO DECORRER DE SUAS ATIVIDADES, ARQUIVADOS E CONSERVADOS POR SI E SEUS SUCESSORES, PARA EFEITOS FUTUROS.

Podemos, então, a partir desse conceito, tirar

algumas conclusões sobre a finalidade e as funções de um arquivo.

A primeira finalidade de um arquivo e servir à administração de uma instituição qualquer que seja a sua natureza. Depois que a a tividade administrativa acaba, os arquivos começam a funcionar para a história e para a cultura. Temos aí a outra finalidade, que surge em conseqüência da anterior: servir à história, como fonte de pesquisa.

No entanto, qualquer que seja a finalidade de um

arquivo, as suas funções básicas são as mesmas: guardar e conservar os documentos, de modo a serem utilizados para atender a interesses pessoais ou oficiais.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS Provavelmente, vários tipos de arquivo já

passaram pela sua cabeça até agora, não é? O arquivo da escola onde estudou; aquele

organizado pela família de um amigo; o que foi consultado para fazer uma pesquisa; o que havia no setor de pessoal onde você trabalhou por algum tempo; ou, ainda, o arquivo de discos que viu em uma gravadora.

E cada um desses arquivos apre sentam características bem variadas. Daí ser em classificados em quatro grupos, de acordo com:

- a natureza da entidade que os criou; - os estágios de sua evolução; - a extensão da sua atenção; - a natureza dos seus documentos. Vamos analisar cada um desses grupos em

separado. De acordo com a entidade criadora Considerando a natureza da entidade que criou o

arquivo, ele se classifica em: PÚBLICO - arquivo de instituições

governamentais de âmbito federal (centra l ou regional) ou estadual ou municipal.

Exemplos: o arquivo de uma secretaria estadual de saúde ou da prefeitura de um município.

INSTITUCIONAL - está relacionado, por exemplo, às instituições educacionais, igrejas, corporações não-lucrativas, sociedades e associações.

Exemplos: o arquivo de um centro de educação experimental ou de um sindicato.

COMERCIAL- arquivo de firmas, corporações e companhias.

Exemplos: o arquivo de uma loja, de um escritório de engenharia ou de um banco.

FAMILIAR OU PESSOAL- diz respeito ao arquivo organizado por grupos familiares ou por pessoas, individualmente.

Exemplo: o arquivo preparado por uma dona de casa, contendo certidões de nas cimento e casamento; declarações de imposto de renda; documentos relativos a transações de compra e venda de imóveis; recibos de p agamentos efetuados a terceiros; fotos e cartas.

De acordo com o estágio de evolução Quando levamos em conta o tempo de existência

de um arquivo, ele pode pertencer a um destes três estágios:

ARQUIVO DE PIUMEIRA IDADE OU

CORRENTE - guarda a documentação mais atual e freqüentemente consultada. Pode ser mantido em

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local de fácil acesso para fac ilitar a consulta. Somente os funcionários da ins tituição têm competência sobre o seu trato, classificação e utilização. O arquivo corrente é também conhecido como arquivo de movimento.

Exemplo: o arquivo do setor de almoxarifado de uma empresa de exportação, co ntendo as requisições de material do ano em curso.

ARQUIVO DE SEGUNDA IDADE OU

INTERMEDIÁRIO - inclui documentos que vieram do arquivo corrente, porque deixaram de ser usados com freqüência. Mas eles ainda podem ser consultados pelos órgãos que os produziram e os receberam, se surgir uma situação idêntica àquela que os gerou. Não há necessidade de esses documentos serem conservados nas proximidades das repartições ou escritórios, e a sua permanência no arquivo é transitória, uma vez que estão apenas aguardando para serem eliminados ou remetidos ao arquivo permanente.

Exemplo: o arquivo dos dez últimos anos da documentação de pessoal de uma empresa.

ARQUIVO DE TERCEIRA IDADE OU

PERMANENTE - nele se encontram os documentos que perderam o valor administrativo e cujo uso deixou de ser freqüente, é esporádico. Eles são conservados somente por causa de seu v alor histórico, informativo para comprovar algo para fins de pesquisa em geral, permitindo que se conheça como os fatos evoluíram. Esse tipo de arquivo é o que denominamos arquivo propriamente dito.

Exemplo: o arquivo de uma secretaria de estado com os planos de governo do início do século.

De acordo com a extensão da atenção Os arquivos se dividem em: ARQUIVO SETORIAL -estabelecido junto aos

órgãos operacionais, cumprindo as funções de um arquivo corrente.

Exemplo: o arquivo da contabilidade de uma empresa comercial.

ARQUIVO CENTRAL OU GERAL - destina-se a receber os documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram a estrutura de uma instituição. Nesse caso, portanto, as atividades de arquivo corrente são centralizadas.

Exemplo: o arquivo único das diversas faculdades de uma universidade.

De acordo com a natureza de se us

documentos Dependendo das características dos documentos

que compõem o arquivo, ele se classifica em: ARQUIVO ESPECIAL - guarda documentos de

variadas formas físicas como d iscos, fitas, disquetes, fotografias, microformas (fichas microfilmadas), slides, filmes, entre outros. Eles merecem tratamento adequado não apenas quanto ao armazenamento das peças, mas também quanto ao registro, acondicionamento, controle e conservação.

Exemplo: o arquivo de microfilmes de uma instituição financeira ou os disquetes de uma firma de advocacia.

ARQUIVO ESPECIALIZADO - tem sob sua

guarda os documentos de um determinado assunto, de um campo específico, como o hospitalar, o da

medicina, engenharia, imprensa, entre outros. São chamados, inadequadamente, de arquivos técnicos.

Exemplo: o arquivo de peças como ossos, dentes e fetos de uma escola de enfermagem.

Você percebeu, pelos exemplos apresentados, que um mesmo arquivo pode pertencer a mais de um grupo? Veja!

. O arquivo de uma secretaria estadual de saúde foi exemplificado como um arquivo público, de âmbito estadual porque estávamos considerando o tipo de instituição que o criou: um órgão do governo do estado. Mas ele também pode ser classificado como um arquivo de primeira idade ou corrente, caso seus documentos sejam uti lizados com freqüência pelos funcionários. Pode ser ainda um arquivo central, que serve a todos os se tores daquela secretaria.

Vamos continuar o estudo? já falamos bastante

sobre os diferentes tipos de arquivos e demos alguns exemplos de documentos que compõem os arquivos. Mas o que caracteriza, exatamente, o documento de um arquivo?

CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS Pense novamente sobre os vários tipos de

arquivo aqui apresentados e faça uma lista de alguns documentos que possam estar sob sua guarda.

Você, com certeza, se lembrou de diferentes documentos, já que eles são bem variados. Só para exemplificar, apresentamos alguns para você conferir com os seus e complementar a sua lista:

- cadastros de funcionários, de escolas, de clientes, de vendedores;

- histórico escolar de alunos, avaliação de desempenho de funcionários;

- discos, fitas, disquetes, fotos, gravuras, filmes, microfilmes, jornais, revistas, mapas, quadros;

- notas fiscais, faturas, duplicatas, promissórias; - relatórios variados, atas de reuniões, ofícios,

cartas, memorandos; - fichas, tabelas e formulários de qualquer

natureza; - certidões de um modo geral. A partir desses exemplos e de outros escritos em

sua lista, o que você conclui a respeito do que seja um documento de arquivo? Pense e depois veja se também chegou a esta conclusão:

Documento É TODO MATERIAL R ECEBIDO OU

PRODUZIDO POR UM GOVERNO, ORGANIZAÇÃO OU FIRMA, NO DECORRER DE SUAS ATIVIDADES, E QUE SE CONS TITUI ELEMENTO DE PROVA OU DE INFORMAÇÃO. ELE É ARQUIVADO E CONSERVADO POR ESSAS INSTITUIÇÕES E SEUS SUCESSORES, PARA EFEITOS FUTUROS. UM DOCUMENTO DE ARQUIVO TAMBÉM PODE SER AQUELE PRODUZIDO OU RECEBIDO POR PE SSOA FÍSICA, NO DECURSO DE SUA EXISTÊNCIA.

Os documentos de um arquivo ap resentam

características, conteúdo e formas diferentes. Daí eles serem classificados em dois grupos:

Quanto ao gênero Considerando o aspecto externo, se em texto,

audiovisual, sonoro, isto é, o gênero dos

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documentos de um arquivo, eles podem ser bem variados, como você vê nestas figuras.

É importante destacar que a documentação

escrita ou textual se apresenta de inúmeros tipos físicos ou espécies documentais. Alguns deles já foram até lembrados aqui, em exemplos anteriores: contratos, folhas de pagamento, l ivros contábeis, requisições diversas, atas, relatórios, regimentos, regulamentos, editais, certidões, tabelas, questionários e correspondências.

Quanto à natureza do assunto Quando levamos em conta a natu reza do

assunto tratado em um documento, ele pode ser: OSTENSIVO - cuja divulgação não prejudica a

administração. Exemplos: notas fiscais de uma loja; escala de plantão de uma imobiliária.

SIGILOSO - de conhecimento restrito e que, por isso, requer medidas especiais de salvaguarda para sua divulgação e custódia. Os documentos sigilosos ainda se subdividem em outras quatro categorias, tendo em vista o grau necessário de sigilo e até onde eles podem circular.

Ultra-secreto - seu assunto requer excepcional grau de segurança que deve ser apenas do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.

Exemplos: documentos relacionados à política governamental de alto nível e segredos de Estado (descobertas e experiências de grande valor científico; negociações para alianças militares e políticas; planos de guerra; i nformações sobre política estrangeira de alto nível).

Secreto - seu assunto exige alto grau de segurança, mas pode ser cio conhec imento de pessoas funcionalmente autorizadas para tal, ainda que não estejam intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.

Exemplos: planos, programas e medidas

governamentais; assuntos extraídos de matéria ultra-secreta que, sem comprometer o excepcional grau de sigilo da matéria original, necessitam de maior difusão (planos ou detalhes de operações militares); planos ou detalhes de operações econômicas ou financeiras; projetos d e aperfeiçoamento em técnicas ou materiais já existentes; dados de elevado interesse sob aspectos físicos, políticos, e conômicos, psicossociais e militares de países estrangeiros, e também, os meios e processos pelos quais foram obtidos; materiais criptográficos (escritos em cifras ou códigos) importantes e sem classificação anterior.

Confidencial - seu assunto, embora não requeira alto grau de segurança, só deve ser do conhecimento de pessoas autorizadas, para não prejudicar um indivíduo ou cri ar embaraços administrativos.

Exemplos: informações relativas a pessoal,

finanças e material de uma entidade ou um indivíduo, cujo sigilo deve ser mantido por interesse das partes; rádio-freqüência de importância especial ou aquelas que são usualmente trocadas; cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes para a segurança nacional.

Reservado - seu assunto não deve ser do conhecimento do público, em geral.

Exemplos: partes de planos, programas, projetos e suas respectivas ordens e execução; cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações importantes.

ORGANIZAÇÃO

A organização de arquivos, como de qualquer

outro setor de uma instituição, pressupõe o desen-volvimento de várias etapas de trabalho, Estas fa-ses se constituiriam em:

- levantamento de dados; - análise dos dados coletados; - planejamento; - implantação e acompanhamento. Levantamento de dados Se arquivo é o conjunto de documentos recebi-

dos e produzidos por uma entidade, seja ela pública ou privada, no decorrer de suas atividades, claro es-tá que, sem o conhecimento dessa entidade - sua estrutura e alterações, seus objetivos e funciona-mento seria bastante difícil compreender e avaliar o verdadeiro significado de sua documentação.

O levantamento deve ter início pelo exame dos estatutos, regimentos, regulamentos, normas, orga-nogramas e demais documentos constitutivos da instituição mantenedora do arquivo e ser comple-mentado pela coleta de informações sobre a sua documentação.

Assim sendo, é preciso analisar o gênero dos

documentos (escritos ou textuais, audiovisuais, car-tográficos, iconográficos, informáticos etc.); as es-pécies de documentos mais freqüentes (cartas, fatu-ras, relatórios, projetos, questionários etc.); os mo-delos e formulários em uso; volume e estado de conservação do acervo; arranjo e classificação dos documentos (métodos de arquivamento adotados); existência de registros e protocolos (em fichas, em livro); média de arquivamentos diários; controle de empréstimo de documentos; processes adotados para conservação e reprodução de documentos; e-xistência de normas de arquivo, manuais, códigos de classificação etc.

Além dessas informações, o arquivista deve a-crescentar dados e referências sobre o pessoal en-carregado do arquivo (número de pessoas, nível de escolaridade, formação profissional); o equipamento (quantidade, modelos, estado de conservação); a localização física (extensão da Área ocupada, con-dições de iluminação, umidade, estado de conser-vação das instalações, proteção contra incêndio).

Análise dos dados coletados De posse de todos os dados mencionados no i-

tem anterior, o especialista estará habilitado a anali-sar objetivamente a real situação dos serviços de arquivo, e fazer seu diagnóstico para formular e propor as alterações e medidas mais indicadas, em cada caso, a serem adotadas no sistema a ser im-plantado.

Em síntese, trata-se de verificar se estrutura, ati-vidades e documentação de uma instituição corres-pondem A sua realidade operacional. O diagnóstico seria, portanto, uma constatação dos pontos de atri-to, de falhas ou lacunas existentes no complexo

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administrativo, enfim, das razoes que impedem o funcionamento eficiente do arquivo.

Planejamento Para que um arquivo, em todos os estágios de

sua evolução (corrente, intermediário e permanente) possa cumprir seus objetivos, torna-se indispensá-vel a formulação de um plano arquivístico que tenha em conta tanto as disposições legais como as ne-cessidades da instituição a que pretende servir.

Para a elaboração desse plano devem ser consi-derados os seguintes elementos: posição do arquivo na estrutura da instituição; centralização ou descen-tralização e coordenação dos serviços de arquivo; escolha de métodos de arquivamento adequados; estabelecimento de normas de funcionamento; re-cursos humanos; escolha das instalações e do e-quipamento; constituição de arquivos intermediário e permanente; recursos financeiros.

Posição do arquivo na estrutura da instituição Embora não se possa determinar, de forma ge-

neralizada, qual a melhor posição do órgão de ar-quivo na estrutura de uma instituição, recomenda-se que esta seja a mais elevada possível, isto é, que o arquivo seja subordinado a um órgão hierarquica-mente superior, tendo em vista que irá atender a se-tores e funcionários de diferentes níveis de autori-dade. A adoção desse critério evitará sérios proble-mas na Área das relações humanas e das comuni-cações administrativas.

Se a instituição já contar com um órgão de do-cumentação, este será, em principio, o órgão mais adequado para acolher o arquivo, uma vez que a tendência moderna é reunir todos os órgãos que te-nham como matéria-prima a informação.

Ao usuário não interessa onde se encontra ar-mazenada a informação - numa biblioteca, numa memória de computador, num microfilme, ou num arquivo tradicional. Daí a importância da constitui-ção de sistemas de informação, dos quais o arquivo deve participar, dotados de recursos técnicos e ma-teriais adequados para atender à acelerada deman-da de nossos tempos.

Centralização ou descentralização e coorde-

nação dos serviços de arquivo Ao se elaborar um plano de arquivo, um aspecto

importante a ser definido diz respeito à centraliza-ção ou descentralização dos serviços de arquivo.

Centralização Por sistema centralizado de arquivos correntes

entende-se não apenas a reunião da documentação em um único local, como também a concentração de todas as atividades de controle - recebimento, registro, distribuição, movimentação e expedição - de documentos de uso corrente em um único órgão da estrutura organizacional, freqüentemente desig-nado de Protocolo e Arquivo, Comunicações e Ar-quivo, ou outra denominado similar.

Dentre as inúmeras e inegáveis vantagens que um sistema centralizado oferece, citam-se: treina-mento mais eficiente do pessoal de arquivo; maiores

possibilidades de padronização de normas e proce-dimentos; nítida delimitação de responsabilidades; constituição de conjuntos arquivísticos mais comple-tes; redução dos custos operacionais; economia de espaço e equipamentos.

A despeito dessas vantagens, não se pode igno-rar que uma centralização rígida seria desaconse-lhável e até mesmo desastrosa como no caso de uma instituição de âmbito nacional, em que algumas de suas unidades administrativas desenvolvem ati-vidades praticamente autônomas ou específicas, ou ainda que tais unidades estejam localizadas fisica-mente distantes uma das outras, As vezes em Á-reas geográficas diferentes - agências, filiais, dele-gacias -carecendo, portanto, de arquivos próximos para que possam se desincumbir, com eficiência, de seus programas de trabalho.

Descentralização Recomenda-se prudência ao aplicar esse siste-

ma. Se a centralização rígida pode ser desastrosa, a descentralização excessiva surtirá efeitos iguais ou ainda piores. .

O bom senso indica que a descentralização deve ser estabelecida levando-se em consideração as grandes áreas de atividades de uma instituição.

Suponha-se uma empresa estruturada em depar-tamentos Como Produção, Comerc ialização e Transportes, Além dos órgãos de atividades-meio ou administrativos, e que cada um desses departa-mentos se desãobre em divisões e/ou seções. Uma vez constatada a necessidade da descentralização para facilitar o fluxo de informações, esta deverá ser aplicada a nível de Departamento, isto é, deverá ser mantido um arquivo junto a cada Departamento, on-de estarão reunidos todos os documentos de sua área de atuação, incluindo os produzidos e recebi-dos pelas divisões e seções que o compõem.. Para completar o sistema deverá ser mantido também um arquivo para a documentação dos órgãos adminis-trativos.

A descentralização dos arquivos correntes obe-dece basicamente a dois critérios:

- centralização das atividades de controle (proto-

colo) e descentralização dos arquivos; - descentralização das atividades de controle

(protocolo) e dos arquivos. Quando se fala em atividades de controle está-

se referindo Aquelas exercidas em geral pelos ór-gãos.- de comunicações, isto é: recebimento, regis-tro, classificação, distribuição, movimentação e ex-pedição dos documentos correntes.

a) Centralização das atividades de controle (pro-

tocolo) descentralização dos arquivos Neste sistema, todo o controle da documentação

é feito pelo órgão central de comunicações, e os ar-quivos são localizados junto aos órgãos responsá-veis pela execução de programas especiais ou fun-ções específicas, ou ainda junto As unidades admi-nistrativas localizadas em áreas fisicamente distan-tes dos órgãos a que estão subordinadas.

Quando o volume de documentos é reduzido, cada órgão deverá designar um de seus funcioná-rios para responder pelo arquivo entregue A sua guarda, e por todas as operações de arquivamento decorrentes, tais Como abertura de dossiês, contro-le de empréstimo, preparo para transferência etc.

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Se a massa documental for muito grande, é a-conselhável que o órgão central de comunicações designe um ou mais arquivistas ou técnicos de ar-quivo de seu próprio quadro de pessoal para res-ponder pelos arquivos nos órgãos em que forem lo-calizados.

A esses arquivos descentralizados denomina-se núcleos de arquivo ou arquivos setoriais.

b) Descentralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos

Este sistema só deverá ser adotado quando pu-

der substituir com vantagens relevantes os sistemas centralizados tradicionais ou os parcialmente des-centralizados.

O sistema consiste em descentralizar não so-mente os arquivos, Como as demais atividades de controle já mencionadas anteriormente, isto é, os arquivos setoriais encarregar-se-ão, além do arqui-vamento propriamente dito, do registro, classifica-ção, tramitação dos documentos etc.

Neste caso, o órgão de comunicações, que tam-bém deve integrar o sistema, funciona Como agente de recepção e de expedição, mas apenas no que se refere A coleta e A distribuição da correspondência externa. Não raro, além dessas tarefas, passa a constituir-se em arquivo setorial da documentação administrativo da instituição.

A opção pela centralização ou descentralização

não deve ser estabelecida ao sabor de caprichos individuais, mas fundamentada em rigorosos crité-rios técnicos, perfeito conhecimento da estrutura da instituição A qual o arquivo irá servir, suas ativida-des, seus tipos e volume de documentos, a localiza-ção física de suas unidades administrativas, suas disponibilidades em recursos humanos e financei-ros, enfim, devem ser analisados todos os fatores que possibilitem a definição da melhor política a ser adotada.

Coordenação Para que os sistemas descentralizados atinjam

seus objetivos com rapidez, segurança e eficiência é imprescindível a criação de uma COORDENA-ÇÃO CENTRAL, tecnicamente planejada, que exer-cerá funções normativas, orientadoras e controlado-ras.

A Coordenação terá por atribuições: prestar as-

sistência técnica aos arquivos setoriais; estabelecer e fazei cumprir normas gerais de trabalho, de forma a manter a unidade de operação e eficiência do ser-viço dos arquivos setoriais; determinar normas es-pecíficas de operação, a fim de atender As peculia-ridades de cada arquivo setorial; promover a orga-nização ou reorganização dos arquivos setoriais, quando necessário; treinar e orientar pessoal desti-nado aos arquivos setoriais, tendo em vista a efici-ência e a unidade de execução de serviço; promo-ver reuniões periódicas com os encarregados dos arquivos setoriais para exame, debate e instruções sobre assunto de interesse do sistema de arquivos.

Esta Coordenação poderá constituir-se em um

órgão da administração ou ser exercida pelo arquivo permanente da entidade, pois toda instituição, seja qual for o sistema adotado para os seus arquivos correntes,. deverá contar sempre com um arquivo permanente, centralizado, também chamado arqui-vo de terceira idade.

Assim, tendo em vista que o acervo dos arquivos permanentes é constituído de documentos transferi-dos dos arquivos correntes (sejam eles setoriais ou centrais), justifica-se perfeitamente que a COOR-DENAÇÃO DO SISTEMA seja uma de suas princi-pais atribuições, a fim de que os documentos ao Ihe serem entregues para guarda permanente estejam ordenados e preservados dentro dos padrões técni-cos de unidade e uniformidade exigidos pela Arqui-vologia.

Escolha de métodos de arquivamento A importância das etapas de levantamento e

análise se faz sentir de modo marcante no momento em que o especialista escolhe os métodos de arqui-vamento a serem adotados no arranjo da documen-tação corrente.

Na verdade, dificilmente se emprega um único

método, pois há documentos que devem ser orde-nados ora pelo assunto, nome, local, data e número.

Entretanto, com base na análise cuidadosa das

atividades da instituição, aliada à observação de como os documentos são solicitados ao arquivo, é possível definir-se qual o método principal a ser a-dotado e quais os seus auxiliares. Exemplificando:

PATRIMÔNIO Brasília Rio de Janeiro São Paulo PESSOAL ADMISSÃO Aguiar, Celso Bareta, Haydde Borges, Francisco Cardoso, Jurandir Castro, Lúcia Paes, Oswaldo Paiva, Ernesto Séllos, Zilda Silva, Ana Maria DEMISSÃO FOLHAS DE PAGAMENTO jan. a jul. de 1980 aço. a dez. de 1980 jan. a jul. de 1981 PROMOÇÃO Supondo-se que esse esquema tenha sido ela-

borado observando-se as considerações assinala-das anteriormente, verifica-se que o arranjo principal é por assunto. No assunto Patrimônio encontra-se um arranjo secundário, por localidade (geográfico). Já no assunto Admissão tem-se um arranjo secun-dário, em ordem alfabética, pelo nome dos funcioná-rios. Em Folhas de Pagamento encontra-se um ar-ranjo secundário, em ordem cronológica.

Como se vê, o método principal escolhido foi o de assuntos, coadjuvado pelos métodos geográfico, alfabético e numérico cronológico, como auxiliares.

Outras modalidades de arranjo podem ainda o-correr.

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Para melhor atender aos usuários de um banco de investimentos, por exemplo, a documentação pode ser separada em dois grandes grupos: o de projetos de financiamento - ordenados e arquivados pelo número de controle que Ihe é atribuído ao dar entrada e que, daí por diante, irá Ihe servir de refe-rência - e o grupo constituído de todo o restante da documentação, ordenada por assuntos.

Estabelecimento de normas de funcionamento

Para que os trabalhos não sofram solução de

continuidade e mantenham uniformidade de ação é imprescindível que sejam estabelecidas normas bá-sicas de funcionamento não só do arquivo em seus diversos estágios de evolução, como também do protocolo, uma vez que esse serviço é, na maioria das vezes, desenvolvido paralelamente aos traba-lhos de arquivo.

Tais normas, depois de aplicadas e aprovadas

na fase de implantação irão juntamente com mode-los e formulários, rotinas, códigos de assunto e índi-ces, integrar o Manual de Arquivo da instituição.

Recursos humanos Formação e regulamentação profissional O arquivo possui, atualmente, importância capital

em todos os ramos da atividade humana. No entan-to, ainda é bastante comum a falta de conhecimen-tos técnicos por parte das pessoas encarregadas dos serviços de arquivamento, falta essa que ire in-fluir, naturalmente, na vida da organização.

Teoricamente, o arquivamento de papéis é um serviço simples. Na prática, no entanto, essa simpli-cidade desaparece diante do volume de documen-tos e da diversidade de assuntos, surgindo dificul-dades na classificação dos papéis.

Uma das vantagens da técnica de arquivo é a de capacitar os responsáveis pelo arquivamento para um perfeito . trabalho de seleção de documentos que fazem parte de um acervo, ou seja, separação dos papéis que possuem valor futuro, contendo in-formações valiosas, dos documentos inúteis.

Um serviço de arquivo bem organizado possui valor inestimável. E a memória viva da instituição, fonte e base de informações; aproveita experiências anteriores, o que evita a repetição, simplifica e ra-cionaliza o trabalho.

Para que se atinjam esses objetivos, toma-se necessária a preparação de pessoal especializado nas técnicas de arquivo.

"Em questão de arquivo, a experiência não subs-titui a instrução, pois 10 anos de prática podem sig-nificar 10 anos de arquivamento errado e inútil' afir-ma a Prof.a Ignez B. C. D'Arafijo.

Até recentemente a formação profissional dos arquivistas vinha sendo feita através de cursos es-peciais, ministrados pelo Arquivo Nacional, Funda-ção Getúlio Vargas e outras instituições.

O valor e a importância dos arquivos oficiais e empresariais, para a administração e para o conhe-cimento de nossa História, passou a ser também objeto de interesse do Governo federal. Assim é que, a é de março de 1972, o Conselho Federal de Educação aprovou a criação do curso superior de arquivos, e a 7 do mesmo mês aprovou o currículo do curso de arquivística como habilitação profissio-nal no ensino de segundo grau. Em agosto de 1974, foi instituído o Curso Superior de Arquivologia, com duração de três anos e, em 4 de julho de 1978, foi

sancionada a Lei nº 6.546, regulamentada pelo De-creto nº 82.590, de é de novembro do mesmo ano, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de arquivista e técnico de arquivo.

Atributos Para o bom desempenho das funções dos pro-

fissionais de arquivo, são necessárias, além de um perfeito conhecimento da organização da instituição em que se trabalha e dos sistemas de arquivamen-to, as seguintes características: saúde, habilidade em lidar com o público, espírito metódico, discerni-mento, paciência, imaginação, atenção, poder de análise e de crítica, poder de síntese, discrição, ho-nestidade, espírito de equipe e entusiasmo pelo tra-balho.

Escolha das instalações e equipamentos De igual importância para o bom desempenho

das atividades de arquivo é a escolha do local ade-quado, quer pelas condições físicas que apresente - iluminação, limpeza, índices de umidade, tempera-tura, quer pela extensão de sua área, capaz de con-ter o acervo e permitir ampliações futuras.

Michel Duchein, especialista em instalações de

arquivos e inspetor-geral dos Arquivos da Franga, tem vários livros e artigos publicados sobre a maté-ria, os quais devem ser consul tados por tantos quantos se defrontam com problemas de construção ou adaptação de locais destinados A guarda de do-cumentos. A lista dessas publicações encontra-se na bibliografia ao final deste volume.

Da mesma forma, a escolha apropriada do equi-pamento deverá merecer a atenção daqueles que estão envolvidos com a organização dos arquivos.

Considera-se equipamento, o conjunto de mate-riais de consumo e permanente indispensáveis A realização do trabalho arquivístico.

Material de consumo Material de consumo é aquele que sofre desgas-

te a curto ou médio prazos. São as fichas, as guias, as pastas, as tiras de inserção e outros.

Ficha - é um retângulo de cartolina, grande ou

pequeno, liso ou pautado, onde se registra uma in-formação. As dimensões variam de acordo com as necessidades, podendo ser branca ou de cor.

Guia divisória - é um retângulo de cartão resis-tente que serve para separar as partes ou seções dos arquivos ou fichários, reunindo em grupos as respectivas fichas ou pastas. Sua finalidade é facili-tar a busca dos documentos e o seu rearquivamen-to.

No estudo das guias divisórias distinguem-se di-versos elementos relacionados com a sua finalidade e funções, conforme veremos em seguida.

Projeção - é a saliência na parte superior da gui-a. Pode ser recortada no próprio cartão, ou nele ser aplicada, sendo então de celulóide ou de metal.

A abertura na projeção que recebe a tira de in-serção chama-se janela.

Pé - é a saliência, na parte inferior da guia, onde há um orifício chamado ilha. Por este orifício passa uma vareta que prende as guias à gaveta.

Notação - é a inscrição feita na projeção, poden-

do ser alfabética, numérica ou alfanumérica.

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A notação pode ser ainda aberta ou fechada. a-berta quando indica somente o início da seção, e fechada quando indica o princípio e o fim.

Posição - é o local que a projeção ocupa ao lon-

go da guia. O comprimento pode corresponder à metade da guia, a um terço, um quarto ou um quin-to. Daí a denominação de: primeira posição, segun-da posição, terceira posição, quarta posição, quinta posição.

Quanto à sua função, a guia pode ser ainda: - primária - indica a primeira divisão de uma ga-

veta ou seção de um arquivo; - secundária - indica uma subdivisão da primária; - subsidiária - indica uma subdivisão da secundá-

ria; - especial - indica a localização de um nome ou

assunto de grande freqüência. O que indica se uma guia é primária, secundária,

subsidiaria ou especial é a notação e não a proje-ção. O ideal seria que as guias primárias estives-sem sempre em primeira posição, as secundárias em segunda posição e assim por diante.

Guia-fora - é a que tem como notação a palavra

FORA e indica a ausência de uma pasta do arquivo. Tira de inserção - é uma tira de papel gomado ou

de cartolina, picotada, onde se escrevem as nota-ções. Tais tiras são inseridas nas projeções das pastas ou guias.

Pasta - é uma folha de papelão resistente, ou cartolina, dobrada ao meio, que serve para guardar e proteger os documentos. Pode ser suspensa, de corte reto, isto é, lisa, ou ter projeção. Elas se divi-dem em:

- individual ou pessoal - onde se guardam' do-cumentos referentes a um assunto ou pessoa em ordem cronológica;

- miscelânea - onde se guardam documentos re-ferentes a diversos assuntos ou diversas pessoas em ordem alfabética e dentro de cada grupo, pela ordenação cronológica.

Material permanente O material permanente é aquele que tem grande

duração e pode ser utilizado várias vezes para o mesmo fim. Na sua escolha, além do tipo e do ta-manho dos documentos, deve-se levar em conta os seguintes requisites:

- economia de espaço (aproveitamento máximo

do móvel e mínimo de dependências); - conveniência do serviço (arrumação racional); - capacidade de expansão (previsão de atendi-

mento a novas necessidades); - invulnerabilidade (segurança); - distinção (condições estáticas); - resistência (conservação). Recomenda-se, ainda, que a escolha do equi-

pamento seja precedida de pesquisa junto As firmas especializadas, uma vez que constantemente são lançadas no mercado novas linhas de fabricação. As mais tradicionais são os arquivos, fichários, cai-xas de transferência, boxes, armários de aço etc. As mais recentes são os arquivos e fichários rotativos eletromecânicos e eletrônicos, bem como as estan-tes deslizantes.

Armário de aço - é um móvel fechado, usado pa-

ra guardar documentos sigilosos, ou volumes enca-dernados.

Arquivo - móvel de aço ou de madeira, com du-as, três, quatro ou mais gavetas ou gabinetes de di-versas dimensões, onde são guardados os docu-mentos.

Arquivo de fole - é um arquivo de transição entre o arquivo vertical e o horizontal. Os documentos e-ram guardados horizontalmente, em pastas com subdivisões, e carregados verticalmente.

Arquivos horizontais antigos - pombal (em forma de escaninhos); - sargento (tubos metálicos usados pelo exército

em campanha). Box - pequeno fichário que se coloca nas mesas.

É usado para lembretes. Caixa de transferencia - caixa de aço ou pape-

lão, usada especialmente nos arquivos permanen-tes.

Estante - móvel aberto, com prateleiras, utilizado nos arquivos permanentes, onde são colocadas as caixas de transferência. Modernamente, é utilizada para arquivos correntes, empregando-se pastas suspensas laterais.

Fichário - É um móvel de aço próprio para fichas, com uma, duas, três ou quatro gavetas, ou conjuga-do com gavetas para fichas e documentos.

Fichário horizontal - aquele em que as fichas são guardadas em posição horizontal, umas sobre as outras - modelo KARDEX. As fichas são fixadas por meio de bastões metálicos presos às gavetas. Des-sa disposição das hastes resulta que a primeira fi-cha presa, a partir do fundo, ficará inteiramente visí-vel, deixando que da imediatamente inferior apareça uma faixa correspondente à dimensão da barra, e assim sucessivamente, lembrando o aspecto de uma esteira - "arquivo-esteirinha". As faixas que a-parecem funcionam como verdadeiras projeções, nas quais são feitas as notações.

Fichário vertical - aquele em que as fichas são guardadas em posição vertical, umas atrás das ou-tras, geralmente separadas por guias. É o modelo mais usado por ser mais econômico. As gavetas ou bandejas comportam grande número de fichas.

Suporte - armação de metal que se coloca dentro das gavetas dos arquivos, servindo de ponto de a-poio para as pastas suspensas.

Constituição de arquivos intermediários e

permanentes Toda organização, seja ela pública ou privada,

de pequeno, médio ou grande porte, acumula atra-vés dos tempos um acervo documental que, mesmo depois de passar por fases de análise, avaliação e seleção rigorosas, deve ser preservado, seja para fins administrativos e fiscais, seja por exigências le-gais, ou ainda por questões meramente históricas.

Nenhum plano de arquivo estaria completo se não previsse a constituição do arquivo permanente, para onde devem ser recolhidos todos aqueles do-cumentos considerados vitais.

Quanto aos arquivos ou depósitos intermediá-rios, estes só deverão ser criados se ficar evidenci-ada a sua real necessidade.

Em geral, existem em âmbito governamental, em face do grande volume de documentação oficial e de sua descentralização física.

As entidades e empresas de caráter privado difi-cilmente necessitam desse organismo, salvo no ca-so de instituições de grande porte, com filiais, escri-

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tórios, representações ou similares, disperses geo-graficamente e detentores de grande volume de do-cumentação.

Recursos financeiros Outro aspecto fundamental a ser considerado diz

respeito aos recursos disponíveis não apenas para instalação dos arquivos, mas, sobretudo, para sua manutenção.

Nem sempre os responsáveis pelos serviços pú-blicos ou dirigentes de empresas compreendem a importância dos arquivos e admitem as despesas, algumas vezes elevadas, concernentes a tais servi-ços. Toma-se necessária, então, uma campanha de esclarecimento no sentido de sensibilizá-los.

Considerados todos os elementos descritos, o especialista estará em condições de elaborar o pro-jeto de organização, a ser dividido em três partes. A primeira constara de uma síntese da situação real encontrada. A segunda, de análise e diagnóstico da situação. A terceira será o plano propriamente dito, contendo as prescrições, recomendações e proce-dimentos a serem adotados, estabelecendo-se, in-clusive, as prioridades para a implantação.

Implantação e acompanhamento. Manuais de

arquivo Recomenda-se que a fase de implantação seja

precedida de uma campanha de sensibilização que atinja a todos os níveis hierárquicos envolvidos.

Esta campanha, feita por meio de palestras e re-uniões, objetiva informar as alterações a serem in-troduzidas nas rotinas de serviço e solicitar a coope-ração de todos, numa tentativa de neutralizar as re-sistências naturais que sempre ocorrem ao se tentar modificar o status que administrativo de uma orga-nização.

Paralelamente à campanha de sensibilização deve-se promover o treinamento não só do pessoal diretamente envolvido na execução das tarefas e funções previstas no projeto de arquivo, como da-queles que se utilizarão dos serviços de arquivo, ou de cuja atuação dependerá, em grande parte, o êxi-to desses serviços.

A implantação das normas elaboradas na etapa anterior exigirá do responsável pelo projeto um a-companhamento constante e atento, a fim de corri-gir e adaptar quaisquer impropriedades, falhas ou omissões que venham a ocorrer.

Somente depois de implantar e testar os proce-dimentos - verificar se as normas, rotinas, modelos e formulários atendem as necessidades - é que de-verá ser elaborado o manual de arquivo, instrumen-to que coroa todo o trabalho de organização. Nele ficam registrados os procedimentos e instruções que irão garantir o funcionamento eficiente e uni-forme do arquivo e a continuidade do trabalho atra-vés dos tempos.

Seria impossível estabelecer padrões rígidos pa-ra a elaboração dos manuais, uma vez que estes devem refletir as peculiaridades das instituições a que se referem. Entretanto, a experiência nos per-mite indicar, em linhas gerais, os elementos que de-vem constituir os manuais de arquivo. São eles:

- apresentação, objetivos e abrangência do ma-

nual; - informações sobre os arquivos da instituição,

suas finalidades e responsabilidades; sua interação e subordinação;

- organogramas e fluxogramas;

- concertos gerais de arquivo, definição das ope-rações de arquivamento; terminologia; - detalha-mento das rotinas, modelos de carimbos e formulá-rios utilizados; plano de classificação de documen-tos com seus respectivos códigos e índices; - tabe-las de temporalidade de documentos, que, pela sua amplitude, podem ser apresentadas em separado.

Por ser o arquivo uma atividade dinâmica, o ma-

nual devera ser periodicamente revisto e atualizado, a fim de atender É alterações que surgirem como decorrência da evolução da própria instituição.

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE AR-QUIVOS CORRENTES

Os arquivos correntes são constituídos de docu-

mentos em curso ou freqüentemente consultados como ponto de partida ou prosseguimento de pla-nos, para fins de controle, para tomada de decisões das administrações etc.

No cumprimento de suas funções, os arquivos

correntes quase sempre respondem ainda pelas ati-vidades de recebimento, registro, distribuição, mo-vimentação e expedição dos documentos correntes. Por isso, freqüentemente encontra-se na estrutura organizacional das instituições a designação de ór-gãos de Protocolo e Arquivo, Arquivo e Comu-nicação ou outra denominação similar.

Devido ao íntimo relacionamento dessas áreas de trabalho, pode-se distribuir em quatro setores distintos as atividades dos arquivos correntes:

1. Protocolo, incluindo recebimento e classifica-

ção; registro e movimentação 2. Expedição 3. Arquivamento - o arquivo propriamente dito 4. Empréstimo e consulta 4.1 Protocolo No que se refere às rotinas, poder-se-ia adotar

as seguintes, com alterações indicadas para cada caso:

4.1.1 Recebimento e classificação 4.1.2 Registro e movimentação Este setor funciona como um centro de distribui-

ção e redistribuição de documentos.

ARQUIVO CORRENTE E PROTOCOLO

Você já sabe que arquivo corrente é aquele

formado por documentos de uso freqüente e que funciona na própria empresa ou em locais de fácil acesso, próximos a ela. Mas como encaminhamos documentos para o arquivo corr ente? Como analisamos suas atividades? Para analisarmos suas atividades vamos trabalhar com uma situação e mostrar o encaminhamento dado a a lguns documentos em uma empresa.

FERNANDA É ENCARREGADA DE ANALISAR

A DOCUMENTAÇÃO QUE A EMPRESA RECEBE E DAR-LHE O DEVIDO ENCAMINHAMENTO. HOJE CHEGARAM ÀS SUAS MÃOS:

- UMA CARTA PARA UM EMPREGADO DA

DIRETORIA FINANCEIRA, COM A ETIQUETA DE PESSOAL;

- VÁRIOS EXEMPLARES DE UM JORNAL DO SINDICATO DA CLASSE, PARA OS FUNCIONÁRIOS;

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- DOIS ENVELOPES ENDEREÇADOS À ASSESSORIA JURíDICA E ENTREGUES POR UM MENSAGEIRO DE OUTRA EMPRESA.

Agora pense: que tratamento você acha que

Fernanda deve dar a cada um desses documentos? Anote seu pensamento em uma folha de papel e,

depois, compare-o com o que apresentamos. Fernanda não vai abrir e nem registrar a carta

porque contém a anotação pessoal, indicando tratar-se de uma correspondência particular. A carta será encaminhada diretamente a quem se destina, na Diretoria Financeira. Nesse caso, portanto, não há qualquer preocupação com o seu arquivamento.

Quanto aos jornais, Fernanda também não precisa registrã-los, porque não são documentos oficiais. Eles devem ser distribuíd os aos funcionários e, após serem lidos, podem ser jogados fora.

Já os envelopes entregues pelo mensageiro são

correspondências oficiais. Eles precisam ser abertos, os documentos registrados e enca-minhados, no caso, à Assessoria jurídica, de acordo com os pr ocedimentos adotados pela administração.

Todo o andamento desses documentos dentro da empresa é controlado e, só após cumprirem suas finalidades, é que são arquivados. Muitos deles até podem aguardar decisões e prazos já nos arquivos. E dependendo das normas da empresa e da natureza dos documentos arquivados, eles podem ser emprestados ou consultados no próprio local do arquivo.

Desde a chegada dos documentos à empresa já

deve haver uma preocupação com o seu possível arquivamento. O técnico de arquivo precisa estar atento a isso e determinar a classificação que cada documento recebe no momento do seu registro, pois ela se repetirá mais tard e, quando for arquivado.

Portanto, num sistema de arquivos correntes, os serviços de recebimento, registro, controle de tramitação (distribuição e movimentação) e expedição da correspondência, não podem ser desvinculados dos serviços de arquivamento e empréstimo ou consulta de documentos.

As atividades de recebimento de documentos, registro, controle de tramitação e expedição de correspondências constituem os serviços de protocolo. E as atividades de arquivamento e empréstimo de documentos são os serviços de arquivo.

Então, não podemos separar os serviços de

protocolo dos serviços de arquivo. Daí ser comum, na estrutura organizacional das instituições, a existência de setores, normalmente denominados Arquivo e Protocolo, ou Arquivo e Comunicação ou outro nome parecido, que respondem tanto pelo protocolo como pelo arquivamento.

Em relação aos serviços de arquivo e protocolo, é importante destacarmos que a s rotinas e procedimentos para sua execução devem ser criados pela própria instituição, obedecendo a um critério adequado às suas características. Não podemos predeterminar e nem impor qualquer rotina ou procedimento a uma empresa, mas apenas sugerir.

SERVIÇOS DE PROTOCOLO Observe este ofício:

Para:Banco do Estado S.A. Diretoria Financeira Senhor Diretor, Encaminhamos em anexo, para se u

conhecimento e análise, cópia do Balanço Patrimonial de nossa empresa...

Este ofício, ao ser recebido pelo banco, foi

registrado de acordo com os p rocedimentos adotados na empresa. Depois foi distribuído, sendo encaminhado ao Diretor Financeiro.

Na diretoria, a secretária recebeu o documento,

registrou-o na entrada nos controles específicos do órgão e encaminhou-o ao diretor. Esse, após conhecer o teor do ofício, despachou-o para um dos assessores, solicitando-lhe análise e parecer.

Concluída a solicitação, o assessor retornou o documento com o parecer à sua chefia que, após analisar, pediu algumas providências, dentre as quais a expedição de uma resposta à Andes Turismo S.A. Finalmente, ele dev olveu a documentação à sua secretária - ofício, despachos, parecer -, solicitando-lhe o arquivamento.

A secretária registrou a saída do documento em seus controles e depois encaminhou-o ao Setor de Arquivo da empresa.

Veja que o ofício passou por vários setores dentro do Banco do Estado S.A., envolvendo tarefas que constituem o serviço de protocolo de uma empresa: recebimento; registro; distribuição e movimentação; expedição de correspondência.

PROTOCOLO É A DENOMINAÇÃO ATRIBUÍDA AOS

SETORES ENCARREGADOS DO RECEBIMENTO, REGISTRO, DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTOS. É TAMBÉM O NOME ATRIBUÍDO AO NUMERO DE REGISTRO DADO AO DOCUMENTO OU, AINDA, AO LIVRO DE REGISTRO DE DOCUMENTOS RECEBIDOS E EXPEDIDOS.

E como esses serviços de protocolo funcionam?

Que procedimentos são adotados para que eles cumpram suas finalidades com eficiência?

Rotinas de recebimento e classificação Cada instituição precisa criar suas próprias

rotinas de trabalho, tendo em vi sta suas particularidades. Mas, de um modo geral, as rotinas de recebimento e classificação de documentos são:

- Recebimento da correspondência chegada à empresa pelo malote,

- Correios ou entregue em mãos. - Separação da correspondência oficial da

particular. - Distribuição da correspondência particular. - Separação da correspondência oficial de

caráter ostensivo das de caráter sigiloso. - Encaminhamento da correspondência sigilosa

aos seus destinatários. - Abertura da correspondência ostensiva. - Leitura da correspondência para tomada de

conhecimento do assunto, verificando a existência de antecedentes.

- Requisição dos antecedentes ao arquivo. Se eles não estiverem lã, o setor encarregado de registro e movimentação informará onde se

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encontram e os solicitará, para ser feita a juntada, isto é, agrupar, por exemplo, dois ou mais documentos, ou processos.

- Interpretação da correspondência e sua classificação de acordo com o código adotado pela empresa e definido pelo arquivista.

- Carimbo do documento no canto superior direito (de preferência com um carimbo numerador datador do protocolo). Abaixo da data e do número, escrevemos para onde o documen to será encaminhado (destino) e o código atribuído a ele, quando foi classificado.

- Elaboração do resumo do assunto tratado no documento.

- Encaminhamento dos papéis ao s etor responsável pelo registro e movimentação.

Rotinas de registro e movimentação Esse serviço funciona como um centro de

distribuição e redistribuição de documentos. Ali os documentos chegam e são encaminhados aos setores, são devolvidos e reencaminhados aos outros setores ou ao arquivo. Mesmo que algumas de suas rotinas possam variar de uma empresa para outra, de modo geral, elas compreendem:

- Preparação da ficha de protocolo, em duas vias, que podem ser de diferentes modelos, dentre os quais selecionamos três para seu conhecimento e verificação de como são preenchidas.

Observe que nos três modelos, há espaço para

escrevermos o mesmo código ou número de classificação colocado no documento, quando foi registrado no protocolo. E também há uma parte denominada dístribuíção, andamento ou carga, onde anotamos cada etapa da tr amitação do documento (desde o momento de sua saída do setor de protocolo até o seu arquivamento).

Desse modo, quando desejamos saber algo sobre um documento, basta verifi carmos seu andamento na ficha de protocolo. Se, por exemplo, a destinação dele estiver para o arquivo, é possível sabermos sob que notação ele está arquivado, que é a mesma atribuída ao documento.

- Acréscimo da segunda via da ficha de protocolo ao documento já carimbado e encaminhamento ao seu destino. Se existirem antecedentes, eles e suas respectivas fichas, com registro e anotações, devem ser anexados ao documento.

Quando o documento chegar ao seu destino, o responsável naquele setor precisa retirar a ficha de protocolo, que só é anexada no vamente ao documento quando ele seguir para outro setor. Essa passagem do documento de um setor a outro, a redístribuição, deve ser feita através do setor responsável pelo registro e movimentação.

- Registro dos dados constantes da ficha de protocolo para as fichas de procedência e de assunto, rearquivando-as em seguida. Essas fichas são preenchidas não só para co ntrolar a documentação que passa pelos serviços de protocolo como também, para facilitar a pesquisa do documento, quando necessário. Eis um exemplo de ficha de procedência

- Arquivamento das fichas de pro tocolo obedecendo à ordem dos números de protocolo.

- Recebimento, dos vários setores da empresa, dos documentos a serem redistribuídos e anotação do novo destino nas respectivas fichas.

- Encaminhamento dos documentos aos respectivos destinos.

Rotinas de expedição Em geral, são adotadas estas r otinas nos

serviços de expedição de uma empresa: - Recebimento da correspondência a ser

expedida: o original, o envelope e as cópias, nas cores e quantidades determinadas pela empresa.

Os setores que desejarem manter uma coleção

de cópias em suas unidades, pa ra consulta imediata, devem prepará-las em papel de cor diferente. Essas cópias são devolvidas ao setor de origem, após a expedição.

- Verificação da falta ou não de folhas ou anexos nas correspondências a serem expedidas.

- Numeração e complementação de data, tanto no original como nas cópias.

- Separação do original das cópias. - Expedição do original com os anexos, se

existirem, pelos Correios, malotes ou em mãos. - Encaminhamento das cópias ao setor de

arquivamento, acompanhadas dos antecedentes que lhes deram origem.

SERVIÇOS DE ARQUIVO Preste atenção a esta situação, bem comum em

uma empresa: - FLÁVIA, PRECISO DAQUELE PROJETO DE

AMPLIAÇÃO DA FIRMA PARA RETIRAR UNS DADOS

QUE VOU INCLUIR NESTE RELATÓRIO. - MAS DR. SANTANA, O PROJETO SAIU

DAQUI PARA O DIRETOR-GERAL E AGORA JÁ DEVE

ESTAR ARQUIVADO. O SENHOR QUER QUE EU SOLICITE UM EMPRÉSTIMO AO SETOR DE

ARQUIVO? Como você vê, o projeto citado foi arquivado,

depois de passar pelos setores competentes. Do arquivo, no entanto, ele pode ser recuperado para consultas, por meio de empréstimo.

E isso é o que deve acontecer com qualquer documentação oficial de uma empresa. Depois de tramitar pelos devidos setores e cumprir suas finalidades, é arquivada. No arquivo fica guardada, podendo ser emprestada ou consultada a qualquer momento, pelo pessoal da instituição.

Vemos, assim, que os serviços de arquivo compreendem duas atividades espec íficas: o arquivamento propriamente dito dos documentos e seu empréstimo ou consulta, se mpre que necessário.

E o que compreende cada uma de ssas

atividades? Arquivamento da documentação Lembramos que, desde o momento em que o

documento chega a uma empresa, já deve haver a preocupação com o seu possível arquivamento. Por isso é que a classificação dada ao documento no serviço de protocolo, quando ele entra na empresa é a mesma utilizada para arquivá-lo. E como esses documentos são classificados?

Volte atrás e observe novamente as fichas de

protocolo e os códigos usados para classificar os documentos.

Repare que não há uma norma específica em relação a esses códigos: eles são criados pelos técnicos responsáveis, em função dos métodos de

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arquivamento adotados pela empresa. E esses métodos de arquivamento variam - cada empresa, de acordo com o seu ramo de atividade, escolhe os métodos mais indicados e adequados às suas finalidades. Somente assim o arquivo pode cumprir plenamente a sua finalidade primordial -o acesso aos documentos, por meio de empréstimos e consultas aos funcionários e setores da empresa.

Empréstimo e consulta de documentos do

arquivo Quantas vezes já não ouvimos alguém dizer: - ESTE ASSUNTO ESTÁ ENCERRADO!JÁ FOI

PARA O ARQUIVO. - AQUELE DOCUMENTO FOI PARA O

ARQUIVO MORTO. São frases que nos passam a idéia de que

arquivo é algo sem vida, onde fica guardado tudo aquilo que não vamos mais precisar.

Mas já vimos que a finalidade principal de um arquivo é servir à administração . Desde o recebimento da documentação até o seu arqui-vamento, o trabalho arquivístico precisa ser feito de modo a possibilitar a recuperação rápida e completa da informação.

Logo, é necessário que o arquivo esteja bem vivo! E ele só vai conseguir i sso, facilitando o empréstimo e consulta de seus documentos aos funcionários ou setores da empresa que deles precisarem. Essa é uma tarefa que precisa ser feita com a máxima ética e segurança, para que nenhum documento seja divulgado indevidamente ou mesmo que se perca.

Assim, as rotinas de empréstimo e consulta dos documentos do arquivo podem ser:

- Atender às requisições de empréstimos vindas dos diferentes órgãos/setores.

- Preencher o formulário de reci bo de documentação, em duas vias cujo modelo pode ser:

Esse recibo é muito importante, já que registra a

saída do documento, permitindo informar, com segurança, onde ele se encontra.

- Colocar a segunda via do recibo no mesmo lugar de onde foi retirada a pasta para empréstimo, juntamente com a guia-fora.

- Arquivar a primeira via do rec ibo de documentação no fichário de lembretes, em ordem cronológica, do mais atual para o mais antigo.

- Preencher o formulário de cobrança da documentação, sempre que a pasta emprestada não for devolvida no prazo estipulado.

Os prazos para empréstimo de documentos do arquivo variam de uma empresa para outra, embora possamos recomendar um período em torno de dez dias, podendo ser renovado med iante sua reapresentação ao setor.

- Encaminhar a cobrança de documentação ao

requisitante. - Arquivar a pasta devolvida ao setor, eliminando

a segunda via do recibo (aquela que estava no lugar da pasta retirada).

- Colocar o carimbo de RESTITUÍDO na primeira via do recibo de documentação (a que foi assinada pelo requisitante). Esse carimbo pode ser colocado no verso do recibo e ser assim:

- Devolver a primeira via carimbada do recibo ao requisitante.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

Sistemas de arquivamento Como é afirmamos anteriormente, a preocupa-

ção maior de quem faz arquivos não é apenas ar-quivar, mas também localizar as informações arqui-vadas no instante em que forem solicitadas.

A forma de consulta ou recuperação de uma in-

formação arquivada é uma das primeiras preocupa-ções que deve ter a secretaria, unia vez que é sua responsabilidade assessorar a chefia. Para tanto, necessita de alguns conhecimentos técnicos e ou-tros relativos à empresa a que serve, como: tipos fí-sicos de documentos, clientela a que se destinam, grau de sigilosidade, volume, assuntos de que tra-tam etc.

Tecnicamente, o sistema de arquivamento é o

conjunto de princípios coordenados entre si com a finalidade de definir a forma de consulta do arquivo, que pode ser:

• Direta: quando a informação é recuperada dire-

tamente no local em que se encontra arquivada. • Indireta: quando a localização de uma informa-

ção é feita inicialmente através da consulta a um ín-dice e posteriormente no local arquivado.

• Semi-indireta: quando a localização de uma in-formação arquivada é orientada pela consulta a uma tabela.

Como escolher o sistema adequado? Para acertar, antes de mais nada é necessário o

trabalho de análise e planejamento. Somente atra-vés do levantamento dos dados sobre a instituição à qual o arquivo servirá, pode-se escolher um sistema adequado e seguro para a localização de informa-ções. Por exemplo, podemos concluir que os siste-mas diretos de arquivamento só podem ser empre-gados em arquivos onde os documentos são de li-vre acesso a qualquer pessoa; os sistemas indire-tos, como necessitam de índice para a localização dos documentos, resguardam mais a documentação e os semi-indiretos devem ser utilizados nos arqui-vos onde os usuários buscam as informações sem a orientação de uma pessoa, mas de uma tabela dis-posta no arquivo de forma a auxiliá-los.

Métodos de arquivamento Método de arquivamento é um plano preestabe-

lecido de colocação dos documentos que visa A fa-cilidade de guarda e pesquisa. Os métodos de ar-quivamento estão relacionados com os sistemas, o que equivale a dizer que cada sistema de arquiva-mento tem métodos específicos que a ele se adap-tam.

Tanto na organização de arquivos como na de fi-

chários, os elementos a serem considerados nos documentos, para efeito de classificação, são:

• Nome (do remetente, destinatário ou da pessoa

a quem os documentos se referem). • Local (de expedição ou recebimento dos docu-

mentos). • Data (de elaboração, validade ou referência

dos documentos).

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• Assunto(s) (conteúdo ou argumento dos docu-mentos).

• Número (de ordem, código etc.). A escolha de um ou mais elementos determinará

a estrutura de organização de um arquivo, respei-tando-se o grau de importância e freqüência com que são solicitados.

No trabalho secretarial, os métodos de uso mais

comum são: • Alfabético. • Geográfico. • Numérico (simples, cronológico, decimal... • Por assuntos. Método alfabético Consiste na organização do material tendo por

base o nome de uma pessoa ou empresa, constante do documento ou material que será registrado (nes-te caso o nome passa a ser o elemento principal de classificação) e depois colocado em seqüência alfa-bética.

As pastas ou fichas são dispostas no arquivo se-

gundo as determinações das normas de alfabeta-ção, separadas pelas guias alfabéticas que orienta-ção a consulta. O número e o tipo de guias a serem utilizadas dependerão do volume de documentos a serem organizados.

A confecção do arquivo é simples e barata. Inici-

a-se com a abertura de pastas individuais (uma para cada nome ou correspondente), dentro das quais os documentos devem ser ordenados cronologicamen-te.

Além das pastas individuais, utilizam-se também

as pastas miscelâneas, para agrupar corresponden-tes avulsos. Recomenda-se um máximo de cinco documentos por correspondente dentro de cada miscelânea. O correspondente que ultrapassar este número deve receber pasta individual. A ordenação interna de correspondentes de uma miscelânea de-ve ser feita pela ordem alfabética de nomes e, den-tro desta, pela ordem cronológica.

O método alfabético faz parte do sistema direto

de arquivamento, uma vez que a consulta é efetua-da diretamente no arquivo, sem a necessidade de recurso auxiliar. Contudo, o seu perfeito funciona-mento esta condicionado ao emprego de Regras de Alfabetização: conjunto de determinações que co-mandam a ordenação alfabética de nomes de pes-soas, firmas e instituições no arquivo, solucionando os casos duvidosos. Essas regras têm por finalida-de:

• Uniformizar as entradas de nomes no arquivo,

padronizando critérios que facilitem o arquivamento e a consulta.

• Proporcionar maior coerência à estrutura do ar-quivo, evitando entradas múltiplas e a conseqüente perda de informações.

A - Regras 1. Os nomes individuais devem ser colocados

em ordem inversa, ou seja, primeiramente o último nome, depois os prenomes na ordem em que se a-

presentam. Quando houver nomes iguais, prevalece a ordem do prenome.

Exemplos: Barbosa, Anibal Corrêa, Antônio Corrêa, João Carlos Correa, Paulo 2. As partículas estrangeiras (D', Da, De, Del,

Des, Di, Du, Fitz, La, Le, Les, Mac, Mc, O', Van, Vanden, Van der, Von, Vonder etc.), se escritas com inicial maiúscula, são consideradas como parte in-tegrante do nome. Exemplos:

Oliveira, Carlos Santos de Von Johnson, Erick Vonder Blun, Eduardo 3. Os nomes compostos de um substantive e um

adjetivo, ligados ou não por hífen, não são separa-dos. Exemplos:

Castelo Branco, Sérgio Villa-Lobos, Heitor 4. Os nomes como Santo, Santa ou São seguem

a regra anterior. Exemplos: Santa Rita, Válter Santo lnácio, Ana São Benito, Inácio 5. Os nomes que exprimem grau de parentesco,

abreviados ou não, não são considerados na orde-nação alfabética. Exemplos:

Freitas Jr., Ary Ribeiro Neto, Henrique Vasconcelos Sobrinho, Alcides Observação: Os graus de parentesco só serão

considerados na alfabetação quando servirem de elemento de distinção. Exemplos:

Abreu Filho, Jorge Abreu Neto, Jorge Abreu Sobrinho, Jorge 6. Os títulos honoríficos, pronomes de tratamento

e artigos são colocados entre parênteses depois do nome e não são considerados na alfabetação.

Exemplos: Araújo, Paulo (General) Estado de São Paulo (O) Pinto, Antônio Eduardo (Dr.) 7. Os nomes espanhóis são registrados pelo pe-

núltimo nome, que corresponde ao da família do pai. Exemplos:

Cervantes y Saavedra, Miguel de Hemandes Xavier, José 8. Os nomes orientais, japoneses, chineses, Á-

rabes etc. são registrados na ordem em que se a-presentam. Exemplos:

Al Ben Abib Li Yutang Mao Tsé Tung

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9. Os nomes ligados por apóstrofo devem ser li-

dos e arquivados como uma só palavra. Exemplo: Sant'Ana, Armindo, lê-se e arquiva-se Santana 10. Os sinais gráficos, como crase, til, cedilha

etc., não são considerados na alfabetação. Exem-plos:

Campanha, Clodoaldo Campanhã, Raul 11. Os nomes de empresas devem ser registra-

dos conforme se apresentam. Exemplos: Álvaro Costa & Cia Barbosa Souza Ltda Comercial Santos Ltda 12. As expressões usadas no comércio, como

Sociedade, Companhia, Empresa etc., devem ser consideradas na alfabetação. Exemplos:

Companhia Brasileira de Alimentos Editora Abril Ltda. Sociedade Espírita Alan Kardec 13. Os nomes das empresas ou instituições que

usam siglas, com ou sem ponto entre as letras, de-vem ser alfabetados como se o conjunto de letras que os formam fosse uma palavra. Exemplos:

CEEE UFRGS 14. Quando uma empresa ou instituição for co-

nhecida, além de seu nome por extenso, também por uma sigla, o arquivista deverá optar pela forma de entrada que melhor atenda há necessidades de seus consulentes, fazendo sempre uma remissiva para a forma não adotada como entrada no arquivo. Exemplo:

ADVB... ou Associação dos Dirigentes de Ven-

das do Brasil • Se arquivado pelo nome por extenso, coloca-se

a remissiva em: ADVB veja Associação dos Dirigentes de Vendas

do Brasil • Se arquivado pela sigla, coloca-se a remissiva

em: Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil

veja ADVB 15. A correspondência recebida de seção, divi-

são ou departamento de uma empresa ou instituição deve ser arquivada pelo nome da empresa e não pelo departamento, divisão, seção. Exemplos:

UFRGS - Departamento de Pessoal UFRGS - Escola de Engenharia 16. As diversas filiais de uma empresa são alfa-

betadas pelo nome da empresa, seguido dos Esta-dos em que se encontram as fil iais e, finalmente, dos nomes das cidades. Se estiverem localizadas em uma mesma cidade, são colocados os endere-ços. Exemplos:

União S.A. - RJ, Rio de Janeiro União S.A. - RS, Porto Alegre 17. Os nomes de instituições e órgãos governa-

mentais brasileiros são considerados como se apre-sentam. Exemplos:

Banco Central do Brasil Fundação Getúlio Vargas 18. Os nomes de órgãos governamentais ou ins-

tituições de países estrangeiros devem ser precedi-dos do nome do país, em língua portuguesa. Exem-plos:

Estados Unidos - The Library of Congress Inglaterra - Red Cross 19. Nos títulos de congressos, conferências,

simpósios etc., os números arábicos, romanos ou escritos por extenso devem figurar entre parênteses ao final da entrada.)Exemplos:

Conferência Latino-americana de Pediatras (II). Seminário Francês de Patologia (13º). Encontro Brasileiro de Secretárias (Segundo). 20. Os numerais que fazem parte dos nomes de

empresas; quer no inicio, meio ou fim, devem ser al-fabetados como se estivessem escritos por extenso.

Exemplos: Ferragem 2 (dois) irmãos Inseticida mata 7 (sete) 3 (três) M do Brasil O conjunto de regras aqui apresentado é sufici-

ente, normalmente, para organizar arquivos comer-ciais. Contudo, dependendo do volume e complexi-dade dos documentos a serem classificados, pode haver dúvidas. Neste caso, podem ser adotadas re-gras mais extensas, ou pode-se ampliar e modificar as já existentes, para atender a casos específicos, desde que sejam redigidas em linguagem clara e simples e que fiquem registradas por escrito.

B - Ordenando alfabeticamente Quando falamos em arquivo alfabético, muitas

pessoas desconhecem o fato de que há dois crité-rios para a ordenação alfabética (feita letra por letra ou palavra por palavra), e que ambos são corretos. Daí surgirem as confusões na busca e no arquiva-mento.

A definição de um único critério de alfabetação,

com a conseqüente exclusão do outro, é de funda-mental importância para o trabalho de arquivo. São eles:

Letra por letra Palavra por palavra Porta Por-

ta Porta-algodão Porta-algodão Portada Porta-discos Porta-discos Porta-espada Portador Portada Porta-espada Portador Notou a diferença? Imagine a confusão e as dis-

cussões entre colegas de trabalho e usuários do seu arquivo se você misturar os dois critérios!

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Método numérico Quando o principal elemento de classificação de

um documento é um número (por exemplo: proces-ses, legislação, documentos protocolados etc.), a melhor forma de organização para o arquivo é o mé-todo numérico.

Nesta modalidade de arquivamento, a consulta

é, indireta, pois há necessidade de se recorrer a um índice auxiliar alfabético que remeterá ao número sob o qual a informação foi arquivada.

O método numérico pode ser: A - Simples Quando atribuímos números aos corresponden-

tes (pessoas ou instituições) pela ordem de chega-da destes ao arquivo, sem qualquer preocupação com a ordenação alfabética, pois teremos um índice para auxiliar na localização.

Este arquivo vai exigir como controles:

Registro de entrada de cada correspondente (fei-to em livros ou fichas) para evitar a abertura de duas ou mais pastas para o mesmo correspon-dente.

Índice alfabético auxiliar (feito em fichas ou dis-quetes de computador) que remeta do nome do correspondente para o número de sua pasta a-berta no arquivo. O índice é, indispensável, pois, com o crescimento do arquivo, toma-se impossí-vel localizar os documentos. Nos arquivos empresariais que utilizam o método

numérico simples, pode-se reaproveitar o número de uma pasta vaga (documentos eliminados ou transferidos) para um novo correspondente, o que já não deve ocorrer no serviço público, rede bancária, arquivos hospitalares etc., onde o número atribuído a um correspondente pode comprometer as opera-ções a serem realizadas, pois nesses casos o nú-mero passa a identificar permanentemente um clien-te.

O método numérico simples é uma das formas

mais versáteis para a organização de arquivos, sendo utilizado em larga escala na indústria, comér-cio, escolas, rede bancaria etc.

Você já parou para pensar que é identificado a-

través de números na escola em que está matricu-lado, nos clubes que freqüenta, na empresa em que trabalha? Tudo isso é método numérico de arquiva-niento!

B - Cronológico Neste método numera-se o documento, e não a

pasta. É o que ocorre nas repartições públicas - o documento, depois de receber uma capa, onde são colocados o número de protocolo e outras informa-ções, passa a formar um processo. Este processo será acompanhado durante a tramitação, por uma ficha numérica (ficha de protocolo), onde será indi-cada toda a movimentação do documento dentro da repartição. Paralelamente, são confeccionados índi-ces alfabéticos para os nomes dos envolvidos, as-sunto e procedência dos documentos, a fim de agili-zar as buscas.

Método geográfico Neste método, o principal elemento de classifica-

ção do documento deve ser o local ou procedência da informação. É importante salientar que a organi-zação de um arquivo geográfico depende de uma estrutura geográfica bem definida, como, por exem-plo:

a) Vários países: nome do país, nome da capital

e nome dos correspondentes. Se houver documen-tos procedentes de outras cidades que não a capi-tal, deve-se ordená-los alfabeticamente no arquivo, após a capital. Exemplos:

ARGENTINA

Buenos Aires Maia Carraro, Alcides Nunes Caldera, Manoelito Córdoba Hotel Las Palmas Valdez Miranda, Carlos Corrientes Del Vale, Luis Sanches de Vidal, Emílio

BRASIL Brasília Ministério da Educação Ministério do Interior Campinas Delgado, Carlos Monteiro, José Olalvo Cuiabá Chardon, Carlos Manuel Santi, Manuel Curitiba Rosado, José (Dr.) Transportes Valverde Ltda. b) Um país: nomes dos Estados, nomes das ci-

dades e nomes dos correspondentes em rigorosa ordem alfabética.

c) Estados: nomes dos Estados, nomes das ci-dades e nomes dos correspondentes, também em ordem alfabética.

d) Cidades: nomes das cidades, seguidas do nome ou sigla dos Estados (porque há cidades com o mesmo nome em Estados diferentes) e nomes dos correspondentes.

e) Dentro de uma mesma cidade: nomes dos bairros (ou zoneamento), seguidos dos nomes dos correspondentes em ordem alfabética.

Este método de arquivamento é do sistema dire-

to, pois a consulta é feita diretamente no arquivo. É muito utilizado nos casos de empresas que mantém correspondência com filiais ou agências em vários Estados, cidades e países, e ainda para firmas que trabalham com reembolso postal, transporte de car-gas e mercadorias etc.

Método por assuntos Também conhecido por método específico, é um

dos mais perfeitos métodos de arquivamento, pois é o único a recuperar os documentos segundo o seu conteúdo. Sua aplicação, no entanto, requer plane-jamento prévio, além de requisitos como:

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• Amplo conhecimento da empresa, bem como dos documentos que representam as atividades-fins da mesma.

• Análise minuciosa e interpretação da documen-tação.

Não existem planos de classificação por assun-

tos prontos para serem aplicados a arquivos. Cabe a cada instituição, de acordo com suas característi-cas individuais, e após estudo detalhado, elaborar esse plano ou tabela de assuntos.

Para facilitar o trabalho, recomenda-se iniciar o

plano de classificação com os seguintes procedi-mentos:

• Agrupar os assuntos principais ou grandes

classes. • Subdividir os assuntos principais em títulos es-

pecíficos (partindo sempre do geral para os particu-lares).

• Escolher e padronizar os termos adequados para a identificação dos itens (analisar a sinonímia e os termos técnicos).

• Definir a forma de ordenação dos assuntos no arquivo.

A - Ordenação dos assuntos de forma alfabética Unia vez elaborada a tabela de classificação,

pode-se organizar um arquivo alfabético de assun-tos de duas maneiras:

a) Ordem dicionária: consiste em dispor em or-

dem alfabética os assuntos classificados, conside-rando-se simplesmente a seqüência das letras. E-xemplos:

• Artigos para calçados • Calcados ortopédicos • Calçados para crianças • Calçados para homens • Calçados para senhoras • Calçados sob medida • Conserto de calçados • Fábricas de calçados • Lojas de calçados b) Ordem enciclopédica: consiste em agrupar em

ordem alfabética os títulos gerais seguidos de suas subdivisões, também em rigorosa ordem alfabética. Exemplos:

CALÇADOS • Artigos • Consertos • Fábricas • Lojas • Ortopédicos • Para crianças • Para homens • Para senhoras • Sob medida B - Ordenação dos assuntos de fornia numérica Nesta modalidade, além do plano de classifica-

ção, deverá ser elaborado um índice alfabético re-missivo, pois os itens classificados receberão núme-ros no arquivo e o índice auxilia na rápida localiza-ção.

a) Método duplex: a documentação após a divi-são em classes, segundo o plano de classificação, recebe uma numeração seqüencial simples para cada classe geral e as subdivisões dessas classes seção ordenadas através de numerais decimais. Exemplo:

1 .BIBLIOTECA 1.1 Correspondência expedida 1.2 Correspondência recebida 1.3 Livros 1.3.1 Sugestões para aquisição 1.3.2 Orçamentos 1.4 Ponto dos funcionários 1.5 Estatísticas 1.5.1 Consultas 1.5.2 Empréstimos 1.5.3 Serviços técnicos 1.6 Relatórios anuais 2. NÚCLEO DE EXTENSÃO 2.1 Cadastro de professores 2.2 Certificados 2.3 Cursos 2.3.1 Atendente de livraria 2.3.2 Atualização para secretárias 2.3.3 Correspondência informatizada 2.3.4 Estenogratia 2.3.5 Técnicas de arquivo 2.4 Material didático 2.5 Propostas in company 2.6 Relatórios anuais A vantagem é que a numeração não necessita

de previsão antecipada. O plano de classificação i-nicial pode ser de apenas cinco assuntos. De acor-do com as necessidades da empresa e a expansão das classes de assuntos, a numeração crescera também.

b) Método decimal: é baseado no Sistema Deci-

mal de Dewey, que o criou para ser aplicado a bibli-otecas. É universalmente conhecido como CDD (Classificação Decimal de Dewey). Esta classifica-ção divide o conhecimento humano em dez grandes classes:

0 - Obras gerais 1 - Filosofia 2 - Religião 3 - Ciências Sociais 4 - Filologia 5 - Ciências Puras 6 - Ciências Aplicadas 7 - Belas Artes 8 - Literatura 9 - História e Geografia. Essas classes posteriormente se subdividem de

dez em dez, sucessivamente (partindo sempre do geral para o específico). Tomemos a classe é, de Ciências Aplicadas, como exemplo:

610 - Medicina 620 - Engenharia 630 - Agricultura 640 - Ciências e Artes Doméstcas 650 - Serviços gerenciais 660 - Indústrias químicas 670 - Manufaturas 680 - Manufaturas, Miscelânea 690 - Construção

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611 - Anatomia 612 - Fisiologia humana 613 - Higiene pessoal 614 - Saúde pública 615 - Terapêutica 616 - Clínica médica 617 - Cirurgia 618 - Ginecologia 619 - Pediatria 616.1 Cardiologia 616.2 Sistema respiratório 616.3 Sistema digestivo 616.4 Sistema endócrino 616.5 Dermatologia 616.6 Urologia 616.7 Sistema muscular 616.8 Neurologia 616.9 Doenças diversas e assim por diante. Esta classificação é acompanhada de um índice

alfabético para auxiliar a rápida localização dos i-tens desejados.

A técnica de Dewey pode ser aplicada aos arqui-

vos com adaptações. Requer o estudo detalhado sobre a empresa e sua documentação e a seguir o estabelecimento de dez classes principais de assun-tos e suas subdivisões.

RELAÇÕES PÚBLICAS

COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS Não há como negar a importânci a que a

comunicação exerce no desempenho das relações públicas. Aliás, as relações públicas vão se efetivar de acordo com a maior ou menor adequação e precisão da comunicação. É sempre bom lembrar o que é necessário para que a co municação aconteça:

Emissor a pessoa que emite a mensagem Receptor aquele para quem se dirige a

mensagem Mensagem o que se deseja transmitir Canal o meio pelo qual se transmite a

mensagem Código o sistema de sinais convencionais Feed15ack a resposta dada ao receptor Vamos ver como funciona a comunicação! João deseja contar à Lúcia que recebeu uma

bolsa de estudos para continuar os estudos da faculdade. Ele lhe telefona e diz: "Lúcia, acabei de ganhar uma bolsa de estudos!" Ao que ela responde: Ioão, que bom! Então vamos comemorar!"

Emissor João Receptor Lúcia Mensagem "Lúcia, acabei de ganhar uma bolsa

de estudos!" Canal o telefone Código a linguagem falada, isto é, a língua

portuguesa Feedback "João, que bom! Então vamos

comemorar!" Barreiras à comunicação

Não é sempre que a intenção de se comunicar é

bem-sucedida, pois emissor e receptor podem acabar não se entendendo de forma satisfatória. São distúrbios e obstáculos que impedem ou restrin-gem a eficácia da comunicação, ligados ao emissor, ao receptor ou a ambos, a problemas relacionados ao canal ou ao código de comunicação.

A emoção é um fator que tanto pode facilitar quanto dificultar a comunicação. Se o assunto nos agrada, gostamos de falar e de ouvir sobre ele. No entanto, se houver bloqueio emocional... O emissor reage de forma que é dificil tocar no assunto. O receptor, por sua vez, "nem quer ouvir falar disso". Assim, a transmissão e/ou a re cepção da mensagem fica bloqueada.

Lidar com pessoas com a emoção à flor da pele é situação comum para quem trabalha na recepção de clínicas, hospitais, laboratórios, consultórios, enfim, ambientes em que as questões relacionadas à doença estão muito presentes. É preciso manter um certo distanciamento para e vitar maiores envolvimentos, a fim de não compartil har as vivências dos clientes como se fossem suas.

Também é comum nos locais que já têm fama de mau atendimento, onde as pessoas já chegam predispostas, com má vontade, agressivas, porque sabem o que vão enfrentar. O recepcionista deve considerar as más condições dadas pela burocracia da organização, mas não deve tentar justificar uma conduta profissional má com argumentos tais como "ganho muito pouco para ficar ouvindo reclamações". Todo e qualquer profissional deve desempenhar suas funções com eficiência, fazendo o melhor que pode, pois dessa forma não se desvaloriza, nem perde sua dignidade.

Você já deve ter vivido, ou mesmo presenciado situações, em que uma pessoa, ao relatar algum acontecimento, omite ou distorce propositalmente informações. E claro que não c abe a voce, recepcionista, desmentir o que lhe foi dito. É seu dever, contudo, buscar as informações corretas, procurando, de forma delicada, fazer com que o cliente corrija o dado incorreto, através de um questionamento objetivo e direto.

Veja um exemplo: Um cliente chega atrasado ao dentista e, depois

de cinco minutos de espera, diz que tinha hora marcada e que está esperando há mais de meia hora. Afirma também que outros já foram atendidos à sua frente.

Você, ao perceber sua intenção, deve pedir-lhe para confirmar o horário marcado, alertando-c, educadamente sobre o atraso e mostrando-lhe que as marcações da agenda estão sendo seguidas rigi-damente. Pode também sugerir-lhe a marcação de uma nova consulta. Apresente soluções possíveis, agindo com objetividade.

Uma pessoa de posição hierárquica superior pode achar que não precisa se comunicar ou responder a subordinados. Tal ati tude corta a possibilidade de diálogo. O emissor pode perder ou distorcer o conteúdo da mensagem quando reage defensivamente (ou com hostilidade ou com medo de "falar bobagens") diante de alguém que ocupa cargo ou posto de chefia.

Aja sempre com naturalidade. N enhuma hierarquia deve dar motivos que prejudiquem o relacionamento interpessoal.

Situações de tensão ou euforia, de cansaço físico ou mental, prejudicam a emi ssão ou a recepção de uma mensagem. Não é dificil perceber que em determinados horários do dia há uma consi-

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derável baixa de produtividade depois de uma longa jornada de trabalho em contato direto com o público.

Quando se aproxima a hora de seu almoço, ou mesmo o final do expe diente, é natural se impacientar. É bom evitar muitas horas sem se alimentar ou ingerir líquidos. Você pode aproveitar os momentos em que estiver desocupado e só, para comer, beber ou ir ao toalete. Caso isso seja impossível, faça breves intervalos a fim de atender às suas necessidades básicas.

É importante lembrar que os períodos de lazer e férias são fundamentais para a sua saúde fisica e mental, acarretando melhor qualidade em seu trabalho. Quando o emissor e/ou o receptor vêm de uma experiência de enfrentamento, pode haver distorção na co municação. É sempre desaconselhável a opinião preconcebida. Evite ambientes hostis e não deixe que as generalizações o impeçam de ver a particulari dade de cada situação. Sabendo da intenção agressiva do outro, evite o confronto. Lembre-se do dito popular: "Quando um não quer, dois não brigam."

E quando você for emissor? Se você for procurado para fornecer alguma

informação técnica, evite abusar de termos muito específicos de sua área de atuação. Esse tipo de linguagem pode acabar afastando o cliente porque lhe dá a impressão de que está sendo "enganado", o que pode afetar a credibilidade da instituição para a qual você trabalha.

Alguma vez você, ao pedir uma informação, sentiu que estava sendo "enrolado", que a pessoa não sabia informar o que você queria saber? É uma sensação muito desagradável, não é mesmo?

Muitas vezes, por não usar as palavras adequadas, ou por não saber como transmitir sua idéia, o emissor não consegue transmitir a mensagem. Essa dificuldade pode ser resultado de diferenças culturais - é o caso de uma pessoa que se expressa muito bem em seu grupo, com pessoas com quem está acostumada, mas que encontra problemas em fazê-lo em outro grupo.

Veja esta situação: A recepcionista de um posto de saúde que

presta atendimento a pessoas de baixa renda precisa comunicar a um cliente que, apesar da consulta marcada, o médico não poderá atendê-lo por conta de uma emergência.

- Meu senhor, infelizmente, por motivo que foge à nossa determinação, o doutor incumbido de atendê-lo não poderá comparecer, devido a uma urgência que restringe seu deslocamento a este centro médico.

Você deve ter percebido que, embora correta, a mensagem não foi transmitida, pois a linguagem usada pela recepcionista está inadequada. Em primeiro lugar, deve-se falar de forma mais simples, isto é, usando-se palavras que façam parte do vocabulário dos clientes. Por outro lado, deixou de apresentar ao cliente uma alternativa para futura consulta, dificultando a sua volta ao posto de saúde.

Seria bem mais simples, por exemplo, que dissesse assim:

- Seu Augusto, houve uma emergência e o dr. João não poderá atendê-lo. O senhor quer marcar nova consulta? Qual a sua preferencia de dia e horário?

Bem mais direto, claro e eficaz, você concorda? Devemos evitar o uso de códigos impróprios, o

que geralmente acontece quando usamos gírias ou linguagem muito específica de uma determinada área. Alguns grupos criam um código muito parti-cular de comunicação, até mesmo para impedir que

outras pessoas possam entender suas conversas. Você já tentou acompanhar uma conversa entre médicos, por exemplo? É quase impossível, não é mesmo? Isso acontece principalmente por causa do uso de nomes científicos familiares a eles, mas não a você.

Em uma empresa que tenha uma área de atuação muito específica, é comum acontecer de seus funcionários usarem expressões que as outras pessoas desconheçam. Isso é tão c omum de acontecer que já se tornou até tema de brincadeiras.

Sempre que possível, você deverá checar o nível de linguagem de seu interlocutor e tentar adequar a linguagem à sua capacidade de compreensão. É preciso que haja alguma identidade de repertório entre vocês, ou seja, que ambos reconheçam o sentido das palavras usadas na comunicação.

Veja, por exemplo, o caso de um comprador de um imóvel que, ao ler o contrato, hesita diante do termo "inadimplência". O vendedor, ao notara expressão de dúvida, imediatamente explica-lhe que essa palavra significa "descumprimento de qualquer das cláusulas contratuais". Agindo assim, ele procura ultrapassar uma barreira de comunicação, oferecendo ao comprador a explicação do termo e, além disso, demonstrando sua disposição de não enganá-lo.

Quanto às gírias, que nem semp re são compreendidas por todos e há mesmo pessoas que as rejeitam, um recepcionista, porque lida com um público muito diversificado, deve evitá-las.

E quando a timidez atrapalha a comunicação? A vergonha, o receio de falar "bobagem", o medo de falar errado e de não ser aceito, impedem não só a comunicação, mas também o relacionamento interpessoal. Pessoas que não dizem o que sentem e pensam não se relacionam de uma forma produtiva com as outras pessoas.

Vamos imaginar a seguinte situação: Joana está em uma reunião com a diretora da

biblioteca onde trabalha como recepcionista. Após ter explicado as novas tarefas de Joana, a diretora pergunta-lhe se está tudo entendido e se está de acordo.

Joana responde que sim. Isso, porém, não é verdade, pois discorda de alguns pontos, mas a timidez a impede de expressar sua opinião. É fácil concluir que o silêncio provocado pela timidez atinge tanto Joana quanto a direto ra. Se a recepcionista tivesse exteriorizado sua opinião, provavelmente contribuiria com novas idéias, demonstrando sua capacidade de análise e interesse pela qualidade de serviços prestados pela biblioteca.

A capacidade de trocar idéias com outras pessoas só ajuda a melhorar. No amb iente de trabalho, passe sua mensagem da forma mais simples que puder, tenha segurança sobre o que está falando, verifique se todos entenderam o que foi dito e se coloque à disposição para ajudar em qualquer dúvida que tenham.

Quando o emissor se utiliza de palavras que podem ter diferentes interpretações, ou quando o receptor atribui outro sentido ao que foi dito, o duplo sentido impede a compreensão exata da mensagem.

Quando uma pessoa inicia a conversa a partir do que supõe que a outra pessoa pensa, conhece ou sabe, omitindo quaisquer esclarecimentos, a comunicação corre risco. Nunca tente imaginar o que o outro sabe ou pensa. Mesmo que a outra pessoa já domine o assunto, fale tudo o que precisa

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ser informado, pois reforçar um determinado tema trará mais segurança para voce e para o seu ouvinte.

E você no papel de receptor? É importante que você demonstre sempre

disponíbilidade para ouvir os outros. Alguém que ouve mas que não demonstra qualquer reação pode dar ao outro a impressão de que nada do que diz está sendo consíderado e, por isso, deve parar de falar

Ouvir as pessoas é uma questão de respeito. Às vezes ficamos tão envolvidos com nossa atividade de trabalho que não entendemos o que o outro está querendo dizer. Nesses momentos, é necessário parar, criar um distanciamento e se "ligar" para ouvir a opinião de outras pessoas.

Tirar conclusões precoces por achar que já sabe de antemão o que o outro tem a dizer ("Ele bate sempre na mesma tecla.") é um vício que impede o diálogo. É melhor buscar outras informações para ter uma opinião sobre um determinado assunto.

O receptor pode perder parte da mensagem ou toda ela, se não conseguir se concentrar no que o outro diz. Estar atento ao trabalho é fundamental, pois a falta de atenção pode trazer problemas. No entanto, você, por estar distr aído, pode não entender uma pergunta e, por isso, não responder como deveria.

É comum que as pessoas, ao procurarem a recepção, estejam apressadas, ansiosas e não compreendam que você esteja atendendo várias pessoas ao mesmo tempo. Procure demonstrar tranqüilidade, tratando-as com delicadeza, atenção e interesse em resolver todos os problemas.

Como as experiências anteriores de cada pessoa podem predispô-Ias a filtrar ou a distorcer a mensagem, nunca deixe que o seu conhecimento ou sua opinião o impeçam de ouvir e aprender. Às vezes uma pessoa, que aparentemente sabe menos que você, consegue entender melhor e mais rápido uma determinada situação. Isto não significa que saiba mais, mas que, naquele momento, entendeu melhor a situação. Só isso.

Na ansiedade de nos fazer ouvi r, às vezes, atropelamos a fala das pessoas, adiantando nossas opiniões. Isso acaba por impedir que ouçamos o outro. Saber ouvir é fundamental para o seu traba-lho. Através das informações recebidas, você poderá agir de forma mais clara e precisa.

"Por que será que ele fez isso? O que será que está querendo? Por que tinha de dizer aquilo?" Observações como essas, e mais as tentativas de 1er nas entrelinhas", podem dar sentido, ajudar no entendimento das palavras e do comportamento das outras pessoas. É preciso, contudo, cuidado de não se atribuir propósitos falsos ao que o outro diz. É perigoso tentar descobrir o que "está por trás", porque se estabelece um contato superficial e de pouca confiança. Não cabe a você desvendar intenções. Ter uma relação de confiança com o seu interlocutor é importante.

Portanto, quando você tiver alguma dúvida, em vez de ficar imaginando o que pode estar acontecendo, procure esclarecimentos com as pessoas certas.

Aberturas à comunicação Para que haja uma perfeita e eficiente realização

do processo de comunicação, pressupõe-se que todos os seus elementos estejam em perfeita integração e harmonia. O objeto da mensagem, o meio pelo qual ela é transmitida e o próprio código

utilizado devem ser comuns ao emissor e ao receptor, isto é, a você e à pessoa a quem você se dirige. Você deve tratar a mensagem do modo mais cuidadoso possível, para que não surjam obstáculos à comunicação. Para evitar essas dificuldades, é preciso que você leve em consideração alguns pontos básicos sobre o que deve ou não fazer.

Uma relação de mútua confiança permite a eliminação ou a neutralização de possíveis interferências no processo de comunicação. Escute atenta e ativamente o outro, d emonstrando interesse na mensagem de seu interlocutor.

Para conseguir esse bom relaci onamento, destacamos aqui pontos que você pode observar. Esses procedimentos podem ajudá-lo a expressar melhor sua atenção.

Embora seja muito comum em sit uações de bate-papo, a repetição de expressões como "sabe", "entendeu", "olha só", "tá", "né", não contribui para a eficiência da comunicação e pode acabar se tornando vício de linguagem, que em nada auxilia na transmissão do que se quer dizer. Se essas expressões têm a função de chamar a atenção do ouvinte, seu uso excessivo só prejudica a transmissão da mensagem:

"Olha só: o gerente dessa seção, sabe, está em reunião, entendeu?"

Se excluirmos essas expressões, o conteúdo da mensagem não se altera, e a fr ase fica mais concisa:

"O gerente dessa seção está em reunião." Evite, também, palavras ou frases ambíguas, ou

seja, que podem ser entendidas de maneiras diferentes. Observe a frase:

João viu a explosão do carro." Não é possível saber se João estava no carro e

viu alguma explosão ou se João viu um carro explodir. A ambigüidade, duplo sentido, prejudica a comunicação entre as pessoas. Ela é especialmente perigosa em um texto escrito, já que não possui os recursos não-verbais da situação de fala.

Tome muito cuidado, também, pa ra não

pronunciar palavras de maneilra errada. Há algumas expressões que são habitualmente pronunciadas de forma incorreta, mas você deve evitar isso.

Para ficarmos restritos a um exemplo da área administrativa, basta lembrar o caso de "rubrica". Embora muitas pessoas pronunciem-na como i& rubrica", com acento tônico na primeira sílaba, a pronúncia correta é "rubrica", com acento tônico na segunda sílaba. Se você ficarem dúvida sobre a pronúncia de alguma palavra, procure um bom dicionário ou mesmo uma gramática da língua portuguesa. Lá a pronúncia correta das palavras está indicada.

Por mais incrível que lhe possa parecer, até ojeito de sua postura corporal influencia na sua boa comunicação. Quem gosta de falar com uma pessoa sentada, largadona? Ninguém, não é verdade? Então, evite cruzar os braços, tamborilar com os dedos sobre a mesa, mastigar a ponta da caneta e consultar as horas durante a conversa.

Mantenha-se tranqüilo e atento enquanto estiver falando com seu interlocutor. As atitudes apontadas são, em geral, indicativas de impaciência e o interlocutor pode ter a impressão de que você deseja se livrar dele. Mostre sempre uma atitude calma e receptiva.

Sua expressão facial deve reve lar também disposição para o diálogo e a sinceridade de suas palavras, expondo as suas reações à fala da outra pessoa.

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Quando se conversa pessoalmente com alguém, além da linguagem verbal, é possível observar os gestos, as expressões faciais e corporais, enfim, dispõe-se de muitos recursos para compreender e ser compreendido pelo outro. Esses recursos são tão fundamentais que podem ser determinantes para a interpretação do que é dito. Muitas vezes sabemos que um olhar, um gesto de mão, ganham muito mais significado do que as palavras enunciadas. Nada de cara feia. Todos gostamos de falar com pessoas que nos olham diretamente, sem fugir do olhar de seu interlocutor e sem demonstrar desconfiança.

Demonstre sempre que está acompanhando o que a outra pessoa diz, com palavras ou atitudes. Não abuse, porém, de sons de concordância, como os famosos "hã-hã". Evite também os excessivos acenos de cabeça na demonstraç ão de sua aceitação da mensagem da outra pessoa. Formule bem suas perguntas, de modo a proporcionar, sempre que possível, algum tipo de resposta ao emissor. Evite as perguntas fechadas, que geram respostas monossilábicas, do tipo "sim", "não" ou "talvez".

Amenize as perguntas diretas com expressões do tipo "quem sabe", "se possível", "talvez". Isso fará o interlocutor sentir-se mais à vontade para expressar suas opiniões e idéias. Não coloque questões excessivamente agressivas, desafiantes ou avaliativas, para não criar uma situação de tensão entre vocês, pois é muito comum que as pessoas reajam criando barreiras à comunicação, numa postura defensiva. Se possível, prefira perguntas que comecem com o que, como, onde, quando. Isso esclarece o tipo de resposta esperada. Estruturando assim as suas que stões, você receberá respostas mais precisas e objetivas.

Não exagere na quantidade de perguntas, para não parecer que o está submete ndo a um interrogatório. Pergunte-lhe apenas o essencial. Nada de criar tensões, avalie se está entendendo claramente o que ele lhe diz, e só então faça novas perguntas.

Depois de fazer uma pergunta, é importante que você aguarde a resposta, pois muitas vezes é necessário um tempo para pensar antes de responder. Não demonstre impaciência: aquilo que é óbvio para você pode não ser tão evidente para todos. Procure expressar suas divergências de modo respeitoso e delicado, sem interromper a fala da outra pessoa. É melhor esperar que termine o enunciado para então você expr essar com tranqüilidade suas divergênc ias. Contradizer desnecessariamente o que a outra pessoa está dizendo torna o diálogo improdutivo. Mesmo que haja diferenças entre emissor e receptor, é essencial que um objetivo comum seja estabelecido, numa demonstração de respeito e aceitação. Para tanto, abstenha-se de fazer julgamentos, admita que outra pessoa tenha crenças, idéias e valores diferentes dos seus. A pluralidade de opiniões é um fator positivo e não deve ser motivo de discussões inúteis. Discriminar é um comportamento negativo que só traz prejuízo ao convívio social.

Tente estabelecer uma relação de empatia com o interlocutor, respeitando seu ponto de vista e levando em conta seus valores, colocando-se no lugar dele. Isso contribuirá muito para que a outra pessoa sinta-se à vontade para expressar suas opiniões.

Comunicação telefônica

A necessidade de comunicação r ápida e eficiente fez com que o telefone se tornasse um dos meios de comunicação mais utilizados hoje em dia. No cotidiano de um serviço de recepção, seja na empresa, no escritório ou em qualquer outra instituição, é comum atender a pedidos de informações telefônicas, anotar recados e registrar chamadas.

Evite que o telefone toque mais que três vezes, pois o cliente que está do outro lado da linha pode ficar impaciente com a demora. Caso precise fazer o cliente esperar, diga o nome da empresa, cumprimente-o e lhe explique que no momento a linha está ocupada ou que a pessoa não poderá atender. É desagradável ficar esperando na linha ouvindo "musiquinha" sem saber por quanto tempo.

Não é muito difícil perceber a importância de se segurar bem o fone. Em geral a distância de dois a quatro centímetros dos lábios é a indicada para uma boa transmissão. A proximidade excessiva pode causar vibrações. Por outro lado, afastar demais o fone pode tornar a voz fraca e distante. Aliás, você deve estar atento à sua acuidade auditiva. Se você não estiver escutando bem, poderá transmitir recados errados ou fazer confusão nas chamadas telefônicas.

Você sabe como é desagradável conversar com alguém que grita ao telefone. Com certeza, já passou pela experiência de ter de afastar o fone do ouvido por não agüentar o volume da voz do outro. Se a ligação não estiver boa e apresentar ruídos, é preferível tentar uma outra ligação.

É comum associar-se o fato de ser uma ligação de lugar distante com a necessidade de se falar mais alto. Você sabe que não há a menor lógica nisso, pois, com freqüência, uma ligação local é mais precária que uma interurbana ou internacional.

Não caia, contudo, no outro extremo. Falar baixo demais pode ser tão ou mais prejudici al à comunicação. Se você também notar que seu interlocutor está falando muito baixinho, peça-lhe de ma neira delicada que aumente um pouco o volume de voz.

Mais, importante do que se ter uma voz bonita, é saber empregá-Ia bem. E usar o ritmo adequado, a modulação expressiva. Fala cla ramente, pronunciando bem as palavras, nem muito rápido, nery excessivamente devagar, é sempre conveniente. Uma voz que segue o ritmo pedido pela comunicação é muito bem-vinda.

Ao telefone, a voz torna-se nosso cartão de apresentação, por tanto, nada melhor do que uma voz clara, um tom agradável. Sabemos que cada pessoa tem seu estilo próprio de se expressar, portanto, não existem regras de uma forma ideal de comunicação telefônica. É necessário, contudo, reafirmar que a clareza da lingu agem, sua objetividade e concisão são fundamentais para uma comunicação mais eficiente. Quase sempre a linguagem rebuscada afetada, o uso indiscriminado de termos eruditos ou pouco comum acabam por prejudicar a comunicação.

No entanto é preciso que não s e confunda objetividade, linguagem simples, com expressões vulgares, gírias, palavras que demo nstrem excessivo grau de intimidade.

Quanto às palavras estrangeiras, se você não souber a pronúncia correta, busque auxílio em dicionários ou com pessoas que dominem essa língua estrangeira. No caso de não entender alguma palavra, não tenha constrangimento em pedir para repetir, se senti que sua compreensão é importante para a comunicação.

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Listas telefônicas A organização das listas telefônicas brasileiras

segue a um padrão nacional. Assim, onde quer que você more ou esteja, saberá consultar as listas telefônicas locais. Existem várias listas, mas as mais usadas são as de Assinantes, Endereços e Páginas Amarelas. É necessário, contudo, que você saiba tirar o máximo proveito delas, utilizando-as devidamente, pois elas contêm informações que certamente agilizarão seu trabalho.

Das listas de assinantes, constam os nomes dos assinantes de uma ou várias cidades circunvizinhas.

Há cidades com população muito grande, onde essas listas são apresentadas por regiões ou bairros. Caso você necessite consultar uma lista diferente daquela que cobre sua área, disque para a companhia de sua cidade e soli cite o número desejado.

Nas listas os nomes dos assinantes aparecem por ordem alfabética. Você deve, portanto, procurar pelo último sobrenome simples ou composto.

Exemplo: Pedro Camargo Santos Você deve procurar: Santos, Pedro C. Antônio

Gonçalves Júnior Procure: Gonçalves Jr., Antônio Há casos, entretanto, em que o sobrenome que

consta da lista não é o último e sim aquele pelo qual a pessoa é comumente conhecida.

Exemplo: Maria Vieira Botelho Você pode também procurar: Vieira Botelho,

Maria Em muitas ocasiões, você terá necessidade de

procurar nomes de firmas, empresas. Nesses casos, comumente se procura pelo nome por extenso, entretanto, há casos em que da lista constam simplesmente as siglas.

Exemplo: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC

Procure: SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Da lista de endereços, fazem parte todos os

logradouros (ruas, avenidas, praças, travessas etc.) da cidade. Esses endereços também obedecem à ordem alfabética.

Exemplo: Travessa Siqueira Campos Procure: Siqueira Campos, tv. Em casos de nomes de ruas que incluam títulos,

exclua o t e procure pelo primeiro nome: Exemplo: Avenida Marechal Deodoro da

Fonseca Procure: Deodoro da Fonseca, Mal., av. Você deve consultar as listas páginas amarelas

por categorias de atividades. Se você precisa consultar as lojas que vendem móveis, por exemplo, deve procurar, primeiramente, por móveis, embora tenha também a opção de buscar, por subtítulos, mais especificamente: móveis d e escritório, dormitórios, estofados etc.

Códigos e serviços prestados

Além de conhecer e bem utilizar as listas, é interessante que você saiba que as empresas telefônicas prestam outros serviços.

Devido à freqüência com que você deverá consultar a relação de códigos e serviços oferecidos pelas companhias telefônicas, julgamos importante que você liste alguns de maior utilidade. Em anexo, fornecemos uma lista com esses telefones para que você a tenha sempre à mão.

Atendimento em locais específicos É sempre importante, antes de começar a

trabalhar em uma instituição, conhecer sua área de atuação. Isso porque há algumas especificidades no trabalho prestado por um recepcionista em certos tipos de empresa.

O trabalho de recepção em um hospital envolve, sobretudo, um grande respeito pela situação de tensão em que se encontram as pessoas que por lá transitam. Mesmo no caso das maternidades, onde geralmente predomina a circulação de pessoas alegres, algumas costumam estar sob tensão. É preciso, por isso, prestar serviço de forma que o cliente sinta-se à vontade para expor suas necessidades e perceba que você, de fato, está empenhado em resolver seus problemas.

Esteja preparado, portanto, para reações mais emocionais, como expressões de tristeza, raiva, indignação. Quando presenciar alguma situação assim, procure agir com calma, delicadeza e profissional ismo, de modo a transmitir tranqüilidade e solidariedade ao cliente.

Na maior parte das vezes, uma pessoa que se dirige à recepção de um hospital está nervosa, chateada, sob tensão. O tratamento dado ao cliente, além de atencioso, deve refletir interesse e delicadeza. A imagem que a instituição passa para quem está sen do atendido deve ser de confiança e credibilidade. Mas também existem a s manifestações de alegria que, por vezes, são exageradas e até mesmo barulhentas. Sem ser ranzinza, ou antipático, mostre ao cliente que hospital é lugar de silêncio.

A preocupação com a aparência do recepcionista é um aspecto que, como sabemos, não se limita apenas aos hospitais. Os cuidados com os aspectos de higiene pessoal - unhas cortadas e limpas, cabelos penteados - sempre estão presentes. O uso de perfume, tão agradável em muitos ambientes, deve ser cauteloso. Como quase tudo, em excesso, pode causar transtornos, ainda mais em se tratando de um hospital.

Caso seja necessário que um cliente aguarde na sala de espera, demonstre periodicamente que não se esqueceu dele e que está providenciando seu atendimento. É preciso que você se lembre de que, em situações de tensão, é mais difícil controlar a ansiedade e o tempo parece não passar. Uma de suas tarefas, portanto, será a de tranqüilizar os clientes na sala de espera. Você sabe como são comuns os comentários a respeito de longas horas passadas em salas de espera. Não ficamos sempre com uma sensação de tempo perd ido e uma imagem muito ruim dos profissionais que nos fizeram esperar?

Note a diferença nessas situaç ões de atendimento em hospitais:

Hospital São Tomé O Hospital São Tomé, preocupad o com a

melhoria da qualidade, reforçou o atendimento oferecido aos seus clientes. A excelência de seu atendimento começa na recepção. Ao se dirigir à

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recepcionista, o cliente já pode observar que ela está uniformizada, o que facilita a identificação dos funcionários e a padronização dos mesmos.

Nélson tinha uma consulta marcada nesse hospital. Ao se dirigir à recepcionista, informou-se sobre sua consulta. A recepcionista foi confirmar no computador, dia e horário previamente marcados. Após a verificação, pediu que aguardasse um pouco, pois o médico a quem co nsultaria encontrava-se no centro cirúrgico, mas logo viria atendê-lo. A recepcionista ofereceu algumas revistas ao paciente, propondo-lhe que aguardasse seu chamado confortavelmente sentado.

Alguns minutos depois, a recepcionista telefonou para o centro cirúrgico, informando o médico de que Nélson ainda o aguardava. O médico pediu-lhe que em cinco minutos o encaminhass e ao seu consultório. Ela se dirigiu a Nélson, informando-o de que seria atendido em cinco minutos. Decorrido o tempo previsto, ela o encaminhou ao consultório do médico.

Nélson ficou muito satisfeito e bem impressionado com o exce lente atendimento recebido, superando em muito suas expectativas.

NOÇÕES DE

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Lidar com finanças e construir patrimônio são

duas ações que acompanham o homem há muitos séculos. Não precisamos, no entanto, analisar pro-fundamente a história. Basta nos atermos ao nosso dia-a-dia e observar como estamos freqüentemente usando esses conceitos. A partir daí, torna-se fácil transpô-los para a realidade das empresas, aplican-do-os em nosso trabalho.

FINANÇAS Para compreender o conceito de finanças, va-

mos imaginar a seguinte situação. Antônio recebeu hoje o salário do mês. Observe

como ele o administra. Primeiro, Antônio separa uma parte do dinheiro para o pagamento das contas de luz, gás, telefone, condomínio e também do alu-guel. Outra parte é destinada aos gastos com trans-porte, alimentação e eventuais despesas médicas. O que sobra, Antônio deposita no banco. Assim ele pretende juntar o dinheiro suficiente para poder comprar o tão sonhado videocassete.

De acordo com a situação vivida por Antônio, podemos concluir que todos nós somos administra-dores financeiros de nosso dinheiro, ou seja, todos nós lidamos com finanças.

E isso acontece quando fazemos nosso plane-jamento financeiro doméstico; quando levantamos nossos fundos de reserva, verificando onde e quan-to do dinheiro de que dispomos será guardado; quando empregamos e distribuímos nosso dinheiro; quando confrontamos nossos planos originais com o que efetivamente pode ser realizado.

Logo, pode-se entender por finanças a guarda, a aplicação e a distribuição de recursos financeiros.

É dessa forma que podemos entender as finan-ças de uma empresa.

As finanças de uma empresa representam a ad-ministração de seus recursos, desde a aquisição até a distribuição eficiente.

PATRIMÔNIO Sabemos que, no início da civilização, o homem

habitava cavernas e buscava os frutos silvestres e a água para saciar sua fome e sua sede.

Com o tempo, passou a guardar frutos e a água dentro da caverna, para poder utilizá-la de acordo com suas necessidades de consumo. Nascia aí o conceito primitivo de patrimônio.

Eram patrimônio também todos os bens e mer-cadorias obtidos através do comércio.

BEM = aqui é entendido como tudo aquilo que a pessoa possui, seja para uso, troca ou consumo.

Nesse contexto histórico, o comércio se baseava apenas na simples troca de mercadorias. Logo, todo o excedente da produção era diretamente trocado por outros produtos com a única finalidade de man-ter a substância do grupo.

Com a invenção da moeda como forma de aqui-sição de mercadorias, as sociedades passaram a buscar o acúmulo de bens visando à geração de ri-quezas. Ampliava-se assim o conceito de patrimô-nio, que já não existia mais, somente, com a finali-dade de manter a subsistência do homem, mas, sim, com finalidade econômica.

Com o acúmulo de riquezas, as sociedades pas-saram a criar reservas de recursos suficientes para negociá-los com terceiros, através de empréstimos. Assim nasciam os conceitos de direitos e obriga-ções.

DIREITOS = são todos os valores que alguém tem a receber de terceiros.

OBRIGAÇÕES = são todos os valores que al-guém tem a pagar.

Hoje o patrimônio constitui um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa, que poder ser física (o indivíduo) ou jurídica (a empresa).

EXERCÍCIO

Na relação de itens a seguir, coloque, dentro dos

parênteses, B para os bens, D para os direitos e O para as obrigações:

Apartamento ( ) Dinheiro ( ) Promissórias a pagar ( ) Automóveis ( ) Duplicatas a receber ( ) Impostos a pagar ( ) Lucros a distribuir ( ) Dividendos a pagar ( ) Terras ( ) Máquinas ( ) Contas a receber ( ) Salários a pagar ( ) Jóias ( ) Prestações a receber ( ) Caminhões ( ) Respostas: B,D,O,B,D,O,O,O,B,B,D,O,B,D,B Após a compreensão dos conceitos de finanças

e patrimônio, pré-requisitos para o desenvolvimento de seu estudo sobre administração financeira, va-mos dar um segundo passo, buscando agora co-nhecer os objetivos e as funções da administração financeira dentro de uma empresa.

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O OBJETIVO Ao iniciar suas atividades, toda empresa tem a

administração voltada para a realização de seus ob-jetivos.

Nos dias de hoje, principalmente devido às mu-

danças no perfil do público consumidor e na própria estrutura empresarial, as empresas destacam entre seus maiores objetivos a qualidade nos produtos e serviços oferecidos e a produtividade do trabalha-dor.

Para garantir a consecução dos objetivos mais

gerais de uma empresa, todos os setores que a constituem precisam responder eficientemente aos seus objetivos específicos. No caso da administra-ção financeira, seu papel é o de garantir à empresa a obtenção de lucros.

É importante não esquecermos que a realização

dos objetivos da administração das empresas deve responder a alguns princípios, como o cumprimento de suas obrigações sociais: pagamento de impos-tos, atendimento às exigências da legislação do pa-ís e controle das agressões que sua produção e ati-vidades possam fazer ao meio ambiente.

Aumentando o patrimônio da empresa Para aumentar o valor do patrimônio de uma

empresa a administração financeira precisa ter em mente alguns aspectos, como as perspectivas de investimento a longo prazo, a destinação do lucro em exercício, a consideração do risco assumido e o aumento ou a manutenção do valor de mercado da empresa.

O investimento a longo prazo Chamamos de investimento todos os gastos que

uma empresa faz para melhorar a qualidade de seus serviços. Para garantir a manutenção das ati-vidades e a consecução dos lucros, toda empresa realiza investimentos, que podem ser de curto ou de longo prazo.

Como toda empresa é constituída com a pers-

pectiva da evolução dos lucros e da manutenção de suas atividades por tempo indeterminado, a admi-nistração financeira precisa considerar, sempre, a importância do investimento a longo prazo. Ao pla-nejar esses investimentos, muitas vezes a adminis-tração financeira pode até sacrificar um lucro imedi-ato com o objetivo de conseguir maiores benefícios futuros para a empresa.

Todo investimento a longo prazo precisa de um

acompanhamento e de uma avaliação sobre as ten-dências e o desenvolvimento do mercado. Ao mes-mo tempo, a empresa que realiza investimentos em tecnologia, novos produtos e treinamento de pesso-al estará mais bem preparada para assimilar e se adaptar às mudanças, seja nos processos de traba-lho, seja atendendo às novas exigências do merca-do.

Destinação do lucro 0 lucro apurado no final de um período contábil

pode ter várias destinações, como criação de reser-vas (que não são distribuídas aos acionistas); boni-ficações (distribuídas aos acionistas em forma de novas ações) ou dividendos (distribuídos aos acio-nistas em forma de dinheiro).

Ao estabelecer uma política de dividendos, cabe

à administração financeira questionar quanto do lu-cro deve ser distribuído aos acionistas e quanto de-ve ser retido para financiar a expansão dos negó-cios.

O risco A administração financeira precisa sempre con-

siderar os riscos a serem assumidos. 0 investidor só considera satisfatório deixar de receber os lucros de uma aplicação, no prazo combinado, caso haja pos-sibilidade de recebê-los com rendimentos maiores no futuro. 0 retorno deve ser compatível com o risco assumido.

* valor de mercado * capacidade de uma empresa gerar lucros, seu

conceito junto aos credores, assim como sua tecno-logia e sua competência gerencial são fatores que podem manter ou aumentar o valor da empresa no mercado.

Logo, nenhum desses fatores pode deixar de ser

considerado nas pesquisas e nos projetos de inves-timento da administração financeira.

AS FUNÇÕES Vamos analisar a seguinte situação, vivida pela

empresa Delta: ela apresenta saldo de caixa inativo, excesso de estoque e três máquinas paralisadas à espera de reposição de peças.

Na sua opinião, o administrador financeiro da

empresa Delta está cumprindo suas funções de forma eficiente?

Mesmo sem sabermos quais são as funções de

um administrador financeiro, percebemos que em nenhuma empresa pode ocorrer uma situação se-melhante à da empresa Delta.

Para que a administração financeira atinja seus

objetivos ela deve executar suas funções essenci-ais, que são planejamento financeiro, aquisição, o-timização e distribuição dos recursos, além do con-trole financeiro.

Planejamento financeiro É comum usarmos o verbo planejar para expres-

sar aquilo que estamos pensando em realizar. Veja só: Luiza está planejando viajar.

Luiza também planejou a compra de seu apar-

tamento, mas foi obrigada a mudar os planos. Frases como essas são usuais porque tudo na

vida merece um planejamento, seja ele simples, se-ja complexo.

Mas por que sentimos essa necessidade? Por-

que precisamos definir antecipadamente o que de-sejamos alcançar, como e quando será feito e por quanto e por quem será feito.

Na administração financeira, o planejamento visa a estabelecer a quantidade de recursos que serão investidos em novos mercados e quanto será desti-nado ao reaparelhamento de máquinas, veículos, móveis, equipamentos, etc.

Aquisição de recursos

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Os recursos de uma empresa podem ser obtidos

internamente, por meio das próprias operações da firma (venda de suas mercadorias ou serviços), ou externamente (empréstimos bancários, créditos concedidos pelo governo, etc.), através de negocia-ções de financiamento. Cabe à administração finan-ceira decidir qual é a forma de captação mais ade-quada às operações normais, rotineiras e aos novos projetos a serem implantados na empresa.

Os recursos podem ser utilizados para adquirir

maiores estoques, financiar um volume maior de vendas a crédito, comprar ativos imobilizados (au-tomóveis, terrenos, jóias, etc.) e aumentar o saldo de caixa para transações ou mesmo por precaução.

Otimização dos recursos Toda empresa, desde o momento em que inicia

suas operações e começa a funcionar, realiza gas-tos. Os gastos de uma empresa são as despesas, os custos ou mesmo os investimentos feitos para a produção de bens e serviços.

DESPESAS são os gastos que decorrem das atividades ope-

racionais. CUSTOS são os gastos atribuídos à fabricação dos produ-

tos ou à realização dos serviços. INVESTIMENTOS como você já viu, são os gastos efetuados para

manter as atividades e permitir a obtenção dos lu-cros.

Otimizar os recursos de uma empresa significa

exatamente aplicá-los com eficácia, procurando um adequado equilíbrio orçamentário entre as despe-sas, os custos e os investimentos.

Por exemplo, no momento em que uma empresa

é criada, surgem os gastos iniciais com a legaliza-ção. A partir daí, toma-se necessário contratar um contador ou um técnico em contabilidade para orien-tar os procedimentos de abertura da empresa, regis-trar o contrato social e cadastrar a empresa em vá-rios órgãos da Prefeitura, Estado, Receita Federal, etc.

Depois que a empresa está registrada, já poden-

do exercer sua atividade legal, o próprio objetivo do negócio gera outros gastos, como contratação de pessoal para o trabalho; pagamento de aluguel e ta-xas públicas (despesas); pagamento de impostos li-gados à produção e à venda (custos); compra de matéria-prima ou mercadorias (custos); treinamento do pessoal para desempenho das funções (investi-mento) e compra de equipamentos (investimento).

Distribuição eficiente de recursos Para alcançar o lucro desejado e preservar a ca-

pacidade de pagar seus compromissos nos venci-mentos, torna-se necessário que a empresa distri-bua equilibradamente os recursos por todos os seus setores.

É importante destacar que para uma correta dis-

tribuição de recursos, com menor probabilidade de

erro, a área financeira precisa estar integrada às demais áreas da empresa.

Controle financeiro O controle financeiro tem início no ponto em que

o planejamento da empresa termina. Esse controle tem por objetivo verificar se os re-

cursos destinados à consecução das atividades es-tão sendo aplicados conforme o planejado e avaliar a necessidade de correções e adaptações para que os resultados previstos ao longo do planejamento sejam atingidos.

ADMINISTRAÇÃO FI-NANCEIRA PÚBLICA

Difere da administração financeira particular e

está regulamentada pela Lei Complementar nº 101/2000 a seguir:

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO

DE 2000.

Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber

que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece nor-

mas de finanças públicas voltadas para a responsa-bilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressu-põe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afe-tar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despe-sas com pessoal, da seguridade social e outras, dí-vidas consolidada e mobiliária, operações de crédi-to, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

§ 2o As disposições desta Lei Complementar o-brigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

§ 3o Nas referências: I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios, estão compreendidos: a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste

abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciá-rio e o Ministério Público;

b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais depen-dentes;

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II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;

III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribu-nal de Contas da União, Tribunal de Contas do Es-tado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Mu-nicípios e Tribunal de Contas do Município.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar,

entende-se como: I - ente da Federação: a União, cada Estado, o

Distrito Federal e cada Município; II - empresa controlada: sociedade cuja maioria

do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

III - empresa estatal dependente: empresa con-trolada que receba do ente controlador recursos fi-nanceiros para pagamento de despesas com pes-soal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

IV - receita corrente líquida: somatório das recei-tas tributárias, de contribuições, patrimoniais, indus-triais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, de-duzidos:

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou le-gal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Muni-cípios por determinação constitucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as re-ceitas provenientes da compensação financeira ci-tada no § 9o do art. 201 da Constituição.

§ 1o Serão computados no cálculo da receita cor-rente líquida os valores pagos e recebidos em de-corrência da Lei Complementar no 87, de 13 de se-tembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19.

§ 3o A receita corrente líquida será apurada so-mando-se as receitas arrecadadas no mês em refe-rência e nos onze anteriores, excluídas as duplici-dades.

CAPÍTULO II

DO PLANEJAMENTO

Seção I Do Plano Plurianual

Art. 3o (VETADO)

Seção II

Da Lei de Diretrizes Orçamentárias Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá

o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: I - disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a

ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;

c) (VETADO) d) (VETADO)

e) normas relativas ao controle de custos e à a-valiação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;

f) demais condições e exigências para transfe-rências de recursos a entidades públicas e privadas;

II - (VETADO) III - (VETADO) § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orça-

mentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resulta-dos nominal e primário e montante da dívida públi-ca, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

§ 2o O Anexo conterá, ainda: I - avaliação do cumprimento das metas relativas

ao ano anterior; II - demonstrativo das metas anuais, instruído

com memória e metodologia de cálculo que justifi-quem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evi-denciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a a-plicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

IV - avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e pró-

prio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

b) dos demais fundos públicos e programas esta-tais de natureza atuarial;

V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providên-cias a serem tomadas, caso se concretizem.

§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objeti-vos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.

Seção III

Da Lei Orçamentária Anual Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, ela-

borado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as nor-mas desta Lei Complementar:

I - conterá, em anexo, demonstrativo da compa-tibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o;

II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de recei-ta e ao aumento de despesas obrigatórias de cará-ter continuado;

III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na re-ceita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:

a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e ou-

tros riscos e eventos fiscais imprevistos.

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§ 1o Todas as despesas relativas à dívida públi-ca, mobiliária ou contratual, e as receitas que as a-tenderão, constarão da lei orçamentária anual.

§ 2o O refinanciamento da dívida pública consta-rá separadamente na lei orçamentária e nas de cré-dito adicional.

§ 3o A atualização monetária do principal da dívi-da mobiliária refinanciada não poderá superar a va-riação do índice de preços previsto na lei de diretri-zes orçamentárias, ou em legislação específica.

§ 4o É vedado consignar na lei orçamentária cré-dito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimi-tada.

§ 5o A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exer-cício financeiro que não esteja previsto no plano plu-rianual ou em lei que autorize a sua inclusão, con-forme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição.

§ 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a be-nefícios e assistência aos servidores, e a investi-mentos.

§ 7o (VETADO) Art. 6o (VETADO) Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil,

apurado após a constituição ou reversão de reser-vas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subseqüente à a-provação dos balanços semestrais.

§ 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orça-mento.

§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão de-monstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.

§ 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacan-do os de emissão da União.

Seção IV

Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas

Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos or-

çamentos, nos termos em que dispuser a lei de dire-trizes orçamentárias e observado o disposto na alí-nea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo esta-belecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Parágrafo único. Os recursos legalmente vincu-lados a finalidade específica serão utilizados exclu-sivamente para atender ao objeto de sua vincula-ção, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre,

que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movi-mentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1o No caso de restabelecimento da receita pre-vista, ainda que parcial, a recomposição das dota-ções cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de di-retrizes orçamentárias.

§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judici-ário e o Ministério Público não promoverem a limita-ção no prazo estabelecido no caput, é o Poder Exe-cutivo autorizado a limitar os valores financeiros se-gundo os critérios fixados pela lei de diretrizes or-çamentárias.

§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadri-mestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

§ 5o No prazo de noventa dias após o encerra-mento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avali-ação do cumprimento dos objetivos e metas das po-líticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

Art. 10. A execução orçamentária e financeira

identificará os beneficiários de pagamento de sen-tenças judiciais, por meio de sistema de contabilida-de e administração financeira, para fins de obser-vância da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.

CAPÍTULO III

DA RECEITA PÚBLICA

Seção I Da Previsão e da Arrecadação

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da res-

ponsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da com-petência constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de trans-ferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Art. 12. As previsões de receita observarão as

normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qual-quer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três a-nos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

§ 2o O montante previsto para as receitas de o-perações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei or-çamentária.

§ 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Pú-blico, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o e-

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xercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas

previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especi-ficação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívi-da ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança adminis-trativa.

Seção II Da Renúncia de Receita

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo

ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretri-zes orçamentárias e a pelo menos uma das seguin-tes condições:

I - demonstração pelo proponente de que a re-núncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compen-sação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modi-ficação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferen-ciado.

§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do in-centivo ou benefício de que trata o caput deste arti-go decorrer da condição contida no inciso II, o bene-fício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica: I - às alterações das alíquotas dos impostos pre-

vistos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Consti-tuição, na forma do seu § 1o;

II - ao cancelamento de débito cujo montante se-ja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

CAPÍTULO IV

DA DESPESA PÚBLICA

Seção I Da Geração da Despesa

Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, ir-

regulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não a-tendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento

de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financei-ra com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes or-çamentárias.

§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, consi-dera-se:

I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no pro-grama de trabalho, não sejam ultrapassados os limi-tes estabelecidos para o exercício;

II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se confor-me com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qual-quer de suas disposições.

§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.

§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a des-pesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para:

I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;

II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição.

Subseção I

Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter con-

tinuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.

§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despe-sa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e de-monstrar a origem dos recursos para seu custeio.

§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato se-rá acompanhado de comprovação de que a despe-sa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majora-ção ou criação de tributo ou contribuição.

§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresenta-da pelo proponente, conterá as premissas e meto-dologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exa-me de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes or-çamentárias.

§ 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas re-feridas no § 2o, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.

§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despe-sas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajus-tamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.

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§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorro-gação daquela criada por prazo determinado.

Seção II

Das Despesas com Pessoal

Subseção I Definições e Limites

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar,

entende-se como despesa total com pessoal: o so-matório dos gastos do ente da Federação com os a-tivos, os inativos e os pensionistas, relativos a man-datos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive a-dicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às enti-dades de previdência.

§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de ser-vidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".

§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art.

169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% (sessenta por cento). § 1o Na verificação do atendimento dos limites

definidos neste artigo, não serão computadas as despesas:

I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

II - relativas a incentivos à demissão voluntária; III - derivadas da aplicação do disposto no inciso

II do § 6o do art. 57 da Constituição; IV - decorrentes de decisão judicial e da compe-

tência de período anterior ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;

V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Esta-dos do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da E-menda Constitucional no 19;

VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenien-tes:

a) da arrecadação de contribuições dos segura-dos;

b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;

c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o pro-duto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Po-der ou órgão referido no art. 20.

Art. 20. A repartição dos limites globais do art.

19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

I - na esfera federal: a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento)

para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;

b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por

cento) para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verifica-das nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complemen-tar;

d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministé-rio Público da União;

II - na esfera estadual: a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído

o Tribunal de Contas do Estado; b) 6% (seis por cento) para o Judiciário; c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Exe-

cutivo; d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público

dos Estados; III - na esfera municipal: a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído

o Tribunal de Contas do Município, quando houver; b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o E-

xecutivo. § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de ca-

da esfera, os limites serão repartidos entre seus ór-gãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente lí-quida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:

I - o Ministério Público; II- no Poder Legislativo: a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de

Contas da União; b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribu-

nais de Contas; c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o

Tribunal de Contas do Distrito Federal; d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribu-

nal de Contas do Município, quando houver; III - no Poder Judiciário: a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da

Constituição; b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros,

quando houver. § 3o Os limites para as despesas com pessoal do

Poder Judiciário, a cargo da União por força do inci-so XIII do art. 21 da Constituição, serão estabeleci-dos mediante aplicação da regra do § 1o.

§ 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, respecti-vamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).

§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Consti-tuição, a entrega dos recursos financeiros corres-pondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentu-ais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 6o (VETADO)

Subseção II

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Do Controle da Despesa Total com Pessoal Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provo-

que aumento da despesa com pessoal e não aten-da:

I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição;

II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pes-soal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites

estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao fi-nal de cada quadrimestre.

Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:

I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determina-ção legal ou contratual, ressalvada a revisão previs-ta no inciso X do art. 37 da Constituição;

II - criação de cargo, emprego ou função; III - alteração de estrutura de carreira que impli-

que aumento de despesa; IV - provimento de cargo público, admissão ou

contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou faleci-mento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constitui-ção e as situações previstas na lei de diretrizes or-çamentárias.

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Po-

der ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limi-tes definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual exceden-te terá de ser eliminado nos dois quadrimestres se-guintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.

§ 1o No caso do inciso I do § 3o do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela re-dução dos valores a eles atribuídos.

§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à no-va carga horária.

§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabe-lecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

I - receber transferências voluntárias; II - obter garantia, direta ou indireta, de outro en-

te; III - contratar operações de crédito, ressalvadas

as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliá-ria e as que visem à redução das despesas com pessoal.

§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediata-mente se a despesa total com pessoal exceder o li-mite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.

Seção III

Das Despesas com a Seguridade Social Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à

seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição, a-tendidas ainda as exigências do art. 17.

§ 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de despesa decorrente de:

I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na legislação per-tinente;

II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;

III - reajustamento de valor do benefício ou servi-ço, a fim de preservar o seu valor real.

§ 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência soci-al, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.

CAPÍTULO V

DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, en-

tende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Fe-deração, a título de cooperação, auxílio ou assistên-cia financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.

§ 1o São exigências para a realização de transfe-rência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:

I - existência de dotação específica; II - (VETADO) III - observância do disposto no inciso X do art.

167 da Constituição; IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: a) que se acha em dia quanto ao pagamento de

tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

b) cumprimento dos limites constitucionais relati-vos à educação e à saúde;

c) observância dos limites das dívidas consolida-da e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

d) previsão orçamentária de contrapartida. § 2o É vedada a utilização de recursos transferi-

dos em finalidade diversa da pactuada. § 3o Para fins da aplicação das sanções de sus-

pensão de transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas rela-tivas a ações de educação, saúde e assistência so-cial.

CAPÍTULO VI

DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou

indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físi-cas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser auto-rizada por lei específica, atender às condições esta-belecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicio-nais.

§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a ad-ministração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas a-

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tribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

§ 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composi-ção de dívidas, a concessão de subvenções e a par-ticipação em constituição ou aumento de capital.

Art. 27. Na concessão de crédito por ente da

Federação a pessoa física, ou jurídica que não este-ja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dí-vidas decorrentes de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou financiamen-tos em desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.

Art. 28. Salvo mediante lei específica, não pode-

rão ser utilizados recursos públicos, inclusive de o-perações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou fi-nanciamentos para mudança de controle acionário.

§ 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financei-ro Nacional, na forma da lei.

§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições finan-ceiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

CAPÍTULO VII DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO

Seção I

Definições Básicas Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar,

são adotadas as seguintes definições: I - dívida pública consolidada ou fundada: mon-

tante total, apurado sem duplicidade, das obriga-ções financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amor-tização em prazo superior a doze meses;

II - dívida pública mobiliária: dívida pública repre-sentada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenien-tes da venda a termo de bens e serviços, arrenda-mento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

IV - concessão de garantia: compromisso de a-dimplência de obrigação financeira ou contratual as-sumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assun-ção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumpri-mento das exigências dos arts. 15 e 16.

§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de respon-sabilidade do Banco Central do Brasil.

§ 3o Também integram a dívida pública consoli-dada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do or-çamento.

§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercí-cio financeiro, o montante do final do exercício ante-rior, somado ao das operações de crédito autoriza-das no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

Seção II

Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito

Art. 30. No prazo de noventa dias após a publi-

cação desta Lei Complementar, o Presidente da República submeterá ao:

I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;

II - Congresso Nacional: projeto de lei que esta-beleça limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.

§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas alterações conterão:

I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos da polí-tica fiscal;

II - estimativas do impacto da aplicação dos limi-tes a cada uma das três esferas de governo;

III - razões de eventual proposição de limites di-ferenciados por esfera de governo;

IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.

§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração.

§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados em percentual da receita cor-rente líquida para cada esfera de governo e aplica-dos igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.

§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolida-da será efetuada ao final de cada quadrimestre.

§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará ao Senado Federal ou ao Con-gresso Nacional, conforme o caso, proposta de ma-nutenção ou alteração dos limites e condições pre-vistos nos incisos I e II do caput.

§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em razão de ins-tabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República

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poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Con-gresso Nacional solicitação de revisão dos limites.

§ 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido in-cluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.

Seção III

Da Recondução da Dívida aos Limites Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da

Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o exce-dente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:

I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de re-ceita, ressalvado o refinanciamento do principal atu-alizado da dívida mobiliária;

II - obterá resultado primário necessário à recon-dução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.

§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências volun-tárias da União ou do Estado.

§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediata-mente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

§ 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensal-mente, a relação dos entes que tenham ultrapassa-do os limites das dívidas consolidada e mobiliária.

§ 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito internas e ex-ternas.

Seção IV

Das Operações de Crédito

Subseção I Da Contratação

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o

cumprimento dos limites e condições relativos à rea-lização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles contro-ladas, direta ou indiretamente.

§ 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni-cos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera-ção e o atendimento das seguintes condições:

I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;

II - inclusão no orçamento ou em créditos adicio-nais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita;

III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;

IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;

V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;

VI - observância das demais restrições estabele-cidas nesta Lei Complementar.

§ 2o As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto da lei orçamentária ou

de créditos adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda às suas especificidades.

§ 3o Para fins do disposto no inciso V do § 1o, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o to-tal dos recursos de operações de crédito nele in-gressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:

I - não serão computadas nas despesas de capi-tal as realizadas sob a forma de empréstimo ou fi-nanciamento a contribuinte, com o intuito de promo-ver incentivo fiscal, tendo por base tributo de com-petência do ente da Federação, se resultar a dimi-nuição, direta ou indireta, do ônus deste;

II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição finan-ceira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital;

III - (VETADO) § 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do

Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Mi-nistério da Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas inter-na e externa, garantido o acesso público às infor-mações, que incluirão:

I - encargos e condições de contratação; II - saldos atualizados e limites relativos às dívi-

das consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.

§ 5o Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos.

Art. 33. A instituição financeira que contratar o-

peração de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, de-verá exigir comprovação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos.

§ 1o A operação realizada com infração do dis-posto nesta Lei Complementar será considerada nu-la, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de ju-ros e demais encargos financeiros.

§ 2o Se a devolução não for efetuada no exercí-cio de ingresso dos recursos, será consignada re-serva específica na lei orçamentária para o exercí-cio seguinte.

§ 3o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3o do art. 23.

§ 4o Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, considera-das as disposições do § 3o do art. 32.

Subseção II

Das Vedações Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá tí-

tulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.

Art. 35. É vedada a realização de operação de

crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou posterga-ção de dívida contraída anteriormente.

§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira esta-tal e outro ente da Federação, inclusive suas enti-dades da administração indireta, que não se desti-nem a:

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I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;

II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.

§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.

Art. 36. É proibida a operação de crédito entre

uma instituição financeira estatal e o ente da Fede-ração que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.

Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mer-cado, títulos da dívida pública para atender investi-mento de seus clientes, ou títulos da dívida de e-missão da União para aplicação de recursos pró-prios.

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e

estão vedados: I - captação de recursos a título de antecipação

de receita de tributo ou contribuição cujo fato gera-dor ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do dis-posto no § 7o do art. 150 da Constituição;

II - recebimento antecipado de valores de em-presa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legis-lação;

III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornece-dor de bens, mercadorias ou serviços, mediante e-missão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais depen-dentes;

IV - assunção de obrigação, sem autorização or-çamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.

Subseção III

Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária

Art. 38. A operação de crédito por antecipação

de receita destina-se a atender insuficiência de cai-xa durante o exercício financeiro e cumprirá as exi-gências mencionadas no art. 32 e mais as seguin-tes:

I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;

II - deverá ser liquidada, com juros e outros en-cargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;

III - não será autorizada se forem cobrados ou-tros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa bási-ca financeira, ou à que vier a esta substituir;

IV - estará proibida: a) enquanto existir operação anterior da mesma

natureza não integralmente resgatada; b) no último ano de mandato do Presidente, Go-

vernador ou Prefeito Municipal. § 1o As operações de que trata este artigo não

serão computadas para efeito do que dispõe o inci-so III do art. 167 da Constituição, desde que liquida-das no prazo definido no inciso II do caput.

§ 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à insti-tuição financeira vencedora em processo competiti-vo eletrônico promovido pelo Banco Central do Bra-sil.

§ 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, apli-cará as sanções cabíveis à instituição credora.

Subseção IV

Das Operações com o Banco Central do Brasil Art. 39. Nas suas relações com ente da Federa-

ção, o Banco Central do Brasil está sujeito às veda-ções constantes do art. 35 e mais às seguintes:

I - compra de título da dívida, na data de sua co-locação no mercado, ressalvado o disposto no § 2o deste artigo;

II - permuta, ainda que temporária, por intermé-dio de instituição financeira ou não, de título da dívi-da de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja seme-lhante à permuta;

III - concessão de garantia. § 1o O disposto no inciso II, in fine, não se aplica

ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante no-vas operações de venda a termo.

§ 2o O Banco Central do Brasil só poderá com-prar diretamente títulos emitidos pela União para re-financiar a dívida mobiliária federal que estiver ven-cendo na sua carteira.

§ 3o A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público.

§ 4o É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títu-los da dívida pública federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.

Seção V

Da Garantia e da Contragarantia Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em

operações de crédito internas ou externas, observa-dos o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal.

§ 1o A garantia estará condicionada ao ofereci-mento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obriga-ções junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:

I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;

II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, po-derá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transfe-rências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo va-lor na liquidação da dívida vencida.

§ 2o No caso de operação de crédito junto a or-ganismo financeiro internacional, ou a instituição fe-deral de crédito e fomento para o repasse de recur-sos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1o, as exigências legais para o recebimento de transferências voluntá-rias.

§ 3o (VETADO) § 4o (VETADO) § 5o É nula a garantia concedida acima dos limi-

tes fixados pelo Senado Federal.

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§ 6o É vedado às entidades da administração in-direta, inclusive suas empresas controladas e sub-sidiárias, conceder garantia, ainda que com recur-sos de fundos.

§ 7o O disposto no § 6o não se aplica à conces-são de garantia por:

I - empresa controlada a subsidiária ou controla-da sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;

II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

§ 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garan-tia prestada:

I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições fi-nanceiras privadas, de acordo com a legislação per-tinente;

II - pela União, na forma de lei federal, a empre-sas de natureza financeira por ela controladas, dire-ta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.

§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucio-nais ao ressarcimento daquele pagamento.

§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financia-mentos até a total liquidação da mencionada dívida.

Seção VI

Dos Restos a Pagar Art. 41. (VETADO) Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão

referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Parágrafo único. Na determinação da disponibili-dade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

CAPÍTULO VIII

DA GESTÃO PATRIMONIAL

Seção I Das Disponibilidades de Caixa

Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes

da Federação serão depositadas conforme estabe-lece o § 3o do art. 164 da Constituição.

§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas con-dições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.

§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o em:

I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da Fede-ração;

II - empréstimos, de qualquer natureza, aos se-gurados e ao Poder Público, inclusive a suas em-presas controladas.

Seção II

Da Preservação do Patrimônio Público Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capi-

tal derivada da alienação de bens e direitos que in-tegram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos re-gimes de previdência social, geral e próprio dos ser-vidores públicos.

Art. 45. Observado o disposto no § 5o do art. 5o,

a lei orçamentária e as de créditos adicionais só in-cluirão novos projetos após adequadamente atendi-dos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Parágrafo único. O Poder Executivo de cada en-te encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relató-rio com as informações necessárias ao cumprimen-to do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação.

Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapro-

priação de imóvel urbano expedido sem o atendi-mento do disposto no § 3o do art. 182 da Constitui-ção, ou prévio depósito judicial do valor da indeni-zação.

Seção III

Das Empresas Controladas pelo Setor Público Art. 47. A empresa controlada que firmar contra-

to de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II do § 5o do art. 165 da Constituição.

Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa em que informará:

I - fornecimento de bens e serviços ao controla-dor, com respectivos preços e condições, compa-rando-os com os praticados no mercado;

II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação;

III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.

CAPÍTULO IX

DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALI-ZAÇÃO

Seção I

Da Transparência da Gestão Fiscal Art. 48. São instrumentos de transparência da

gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulga-ção, inclusive em meios eletrônicos de acesso pú-blico: os planos, orçamentos e leis de diretrizes or-çamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Parágrafo único. A transparência será assegura-da também mediante incentivo à participação popu-lar e realização de audiências públicas, durante os

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processos de elaboração e de discussão dos pla-nos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do

Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no ór-gão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financia-mentos concedidos com recursos oriundos dos or-çamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

Seção II

Da Escrituração e Consolidação das Contas Art. 50. Além de obedecer às demais normas de

contabilidade pública, a escrituração das contas pú-blicas observará as seguintes:

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a ór-gão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identifica-dos e escriturados de forma individualizada;

II - a despesa e a assunção de compromisso se-rão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

III - as demonstrações contábeis compreende-rão, isolada e conjuntamente, as transações e ope-rações de cada órgão, fundo ou entidade da admi-nistração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;

IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e or-çamentários específicos;

V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamen-to ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de cre-dor;

VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.

§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, ex-cluir-se-ão as operações intragovernamentais.

§ 2o A edição de normas gerais para consolida-ção das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.

§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamen-to da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá,

até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Fe-deração relativas ao exercício anterior, e a sua di-vulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.

§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos se-guintes prazos:

I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;

II - Estados, até trinta e um de maio.

§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regu-larizada, que o ente da Federação receba transfe-rências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do princi-pal atualizado da dívida mobiliária.

Seção III

Do Relatório Resumido da Execução Orçamentá-ria

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art.

165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:

I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:

a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;

b) despesas por grupo de natureza, discriminan-do a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;

II - demonstrativos da execução das: a) receitas, por categoria econômica e fonte, es-

pecificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;

b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação ini-cial, dotação para o exercício, despesas empenha-da e liquidada, no bimestre e no exercício;

c) despesas, por função e subfunção. § 1o Os valores referentes ao refinanciamento da

dívida mobiliária constarão destacadamente nas re-ceitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.

§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2o do art. 51.

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido

demonstrativos relativos a: I - apuração da receita corrente líquida, na forma

definida no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;

III - resultados nominal e primário; IV - despesas com juros, na forma do inciso II do

art. 4o; V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e ór-

gão referido no art. 20, os valores inscritos, os pa-gamentos realizados e o montante a pagar.

§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demons-trativos:

I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3o do art. 32;

II - das projeções atuariais dos regimes de previ-dência social, geral e próprio dos servidores públi-cos;

III - da variação patrimonial, evidenciando a alie-nação de ativos e a aplicação dos recursos dela de-correntes.

§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas jus-tificativas:

I - da limitação de empenho; II - da frustração de receitas, especificando as

medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

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Seção IV Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emi-

tido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

I - Chefe do Poder Executivo; II - Presidente e demais membros da Mesa Dire-

tora ou órgão decisório equivalente, conforme regi-mentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;

III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório e-quivalente, conforme regimentos internos dos ór-gãos do Poder Judiciário;

IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

Parágrafo único. O relatório também será assi-nado pelas autoridades responsáveis pela adminis-tração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.

Art. 55. O relatório conterá: I - comparativo com os limites de que trata esta

Lei Complementar, dos seguintes montantes: a) despesa total com pessoal, distinguindo a com

inativos e pensionistas; b) dívidas consolidada e mobiliária; c) concessão de garantias; d) operações de crédito, inclusive por antecipa-

ção de receita; e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o; II - indicação das medidas corretivas adotadas

ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites; III - demonstrativos, no último quadrimestre: a) do montante das disponibilidades de caixa em

trinta e um de dezembro; b) da inscrição em Restos a Pagar, das despe-

sas: 1) liquidadas; 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por

atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;

3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;

4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencio-nados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá ape-nas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.

§ 2o O relatório será publicado até trinta dias a-pós o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio e-letrônico.

§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.

§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 de-verão ser elaborados de forma padronizada, segun-do modelos que poderão ser atualizados pelo con-selho de que trata o art. 67.

Seção V

Das Prestações de Contas Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do

Poder Executivo incluirão, além das suas próprias,

as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legis-lativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer pré-vio, separadamente, do respectivo Tribunal de Con-tas.

§ 1o As contas do Poder Judiciário serão apre-sentadas no âmbito:

I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tri-bunal Federal e dos Tribunais Superiores, consoli-dando as dos respectivos tribunais;

II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.

§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.

§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.

Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer

prévio conclusivo sobre as contas no prazo de ses-senta dias do recebimento, se outro não estiver es-tabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.

§ 1o No caso de Municípios que não sejam capi-tais e que tenham menos de duzentos mil habitan-tes o prazo será de cento e oitenta dias.

§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em re-cesso enquanto existirem contas de Poder, ou ór-gão referido no art. 20, pendentes de parecer pré-vio.

Art. 58. A prestação de contas evidenciará o de-

sempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais me-didas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.

Seção VI

Da Fiscalização da Gestão Fiscal Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com

o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Pú-blico, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;

II - limites e condições para realização de opera-ções de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;

IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dí-vidas consolidada e mobiliária aos respectivos limi-tes;

V - destinação de recursos obtidos com a aliena-ção de ativos, tendo em vista as restrições constitu-cionais e as desta Lei Complementar;

VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.

§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Pode-res ou órgãos referidos no art. 20 quando constata-rem:

I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4o e no art. 9o;

II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

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III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;

IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;

V - fatos que comprometam os custos ou os re-sultados dos programas ou indícios de irregularida-des na gestão orçamentária.

§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas ve-rificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.

§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanha-rá o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.

CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar

limites inferiores àqueles previstos nesta Lei Com-plementar para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.

Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que

devidamente escriturados em sistema centralizado de liquidação e custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo seu valor econô-mico, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.

Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o

custeio de despesas de competência de outros en-tes da Federação se houver:

I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;

II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, con-forme sua legislação.

Art. 63. É facultado aos Municípios com popula-

ção inferior a cinqüenta mil habitantes optar por: I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art.

30 ao final do semestre; II - divulgar semestralmente: a) (VETADO) b) o Relatório de Gestão Fiscal; c) os demonstrativos de que trata o art. 53; III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano

plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do art. 5o a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias após o en-cerramento do semestre.

§ 2o Se ultrapassados os limites relativos à des-pesa total com pessoal ou à dívida consolidada, en-quanto perdurar esta situação, o Município ficará su-jeito aos mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite definidos para os demais entes.

Art. 64. A União prestará assistência técnica e

cooperação financeira aos Municípios para a mo-dernização das respectivas administrações tributá-ria, financeira, patrimonial e previdenciária, com vis-tas ao cumprimento das normas desta Lei Comple-mentar.

§ 1o A assistência técnica consistirá no treina-mento e desenvolvimento de recursos humanos e na transferência de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso público.

§ 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e valores, o financiamento por in-termédio das instituições financeiras federais e o re-passe de recursos oriundos de operações externas.

Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública re-

conhecida pelo Congresso Nacional, no caso da U-nião, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipóte-se dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:

I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70;

II - serão dispensados o atingimento dos resulta-dos fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9o.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição.

Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31

e 70 serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres.

§ 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por cento), no período correspon-dente aos quatro últimos trimestres.

§ 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica ou outro órgão que vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para apuração dos PIB nacio-nal, estadual e regional.

§ 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser a-dotadas as medidas previstas no art. 22.

§ 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução das polí ticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o pra-zo referido no caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de

forma permanente, da política e da operacionalida-de da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de to-dos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:

I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;

II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;

III - adoção de normas de consolidação das con-tas públicas, padronização das prestações de con-tas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fis-cal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;

IV - divulgação de análises, estudos e diagnósti-cos.

§ 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meri-tórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pau-tada pelas normas desta Lei Complementar.

§ 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho.

Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é

criado o Fundo do Regime Geral de Previdência

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48

Social, vinculado ao Ministério da Previdência e As-sistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social.

§ 1o O Fundo será constituído de: I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do

Instituto Nacional do Seguro Social não utilizados na operacionalização deste;

II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe se-jam adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de lei;

III - receita das contribuições sociais para a se-guridade social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 da Constituição;

IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em débito com a Previdên-cia Social;

V - resultado da aplicação financeira de seus ati-vos;

VI - recursos provenientes do orçamento da Uni-ão.

§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na forma da lei.

Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou

vier a instituir regime próprio de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contribu-tivo e o organizará com base em normas de contabi-lidade e atuária que preservem seu equilíbrio finan-ceiro e atuarial.

Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja

despesa total com pessoal no exercício anterior ao da publicação desta Lei Complementar estiver aci-ma dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deve-rá enquadrar-se no respectivo limite em até dois e-xercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinqüenta por cen-to ao ano), mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.

Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o do art. 23.

Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do

art. 37 da Constituição, até o término do terceiro e-xercício financeiro seguinte à entrada em vigor des-ta Lei Complementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não ultra-passará, em percentual da receita corrente líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior, acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite definido na forma do art. 20.

Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos

Poderes e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o término do terceiro exercício seguinte.

Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei

Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o De-creto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente.

Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor

na data da sua publicação.

Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio de 1999.

Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Indepen-dência e 112o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan Martus Tavares

NOÇÕES DE RECURSOS HUMANOS

ORGANIZAÇÃO PESSOAL

E NO TRABALHO

AS PESSOAS E AS ORGANIZAÇÕES As pessoas possuem objetivos individuais e co-

muns. Os objetivos comuns, em virtude das limita-ções individuais, são perseguidos e obtidos, muitas vezes, através de agrupamentos das pessoas em organizações.

Com o crescimento das organizações, que tam-

bém possuem objetivos, há um distanciamento gra-dativo entre seus objetivos e aqueles almejados pe-los indivíduos que integram a organização.

Deste divergência de objetivos podem surgir sé-

rios conflitos no relacionamento indivíduo x organi-zação. Porém, assim como a organização precisa dos indivíduos para alcançar seus objetivos, os chamados objetivos organizacionais (produzir, redu-zir custos, ampliar o mercado, aumentar a satisfa-ção dos clientes), também os indivíduos utilizam-se da organização para alcançarem os objetivos pes-soais.

Assim, considerando que nem sempre é possível

obter um relacionamento cooperativo e satisfatório, pelo contrario, estes se apresentam tensos e confli-tivos, a alta administração da empresa deve preo-cupar-se em delinear rumos para uma integração, indivíduo x organização realmente efetiva.

Uma maior integração entre os objetivos da or-

ganização e os dos indivíduos possibilita que estes últimos não sejam subjugados aos objetivos da or-ganização, porém, mesmo sem deixar de cumprir suas obrigações para com a empresa, possam tam-bém alcançar satisfação própria através de melho-res salários, lazer, conforto, horário de ,trabalho mais favorável, oportunidades de carreira, seguran-ça no cargo, etc.

A interação entre pessoal e organizações é com-

plexa e dinâmica. O indivíduo precisa ser eficaz (a-tingir os objetivos organizacionais por meio de sua participação) e ser eficiente (satisfazer suas neces-sidades individuais mediante sua participação).

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A reciprocidade entre indivíduo e organização é

alcançada através das "normas de reciprocidade", também chamadas de "contrato psicológico". A ex-pectativa recíproca transmitida pelo contrato psico-lógico vai além de qualquer contrato formal de em-prego. Enquanto este último apenas pactua o traba-lho a ser realizado e a recompensa financeira cor-respondente, o contrato psicológico reflete as ex-pectativas sobre o que a organização e o indivíduo esperam ganhar com o novo relacionamento.

Uma constante busca de equilíbrio entre os re-

cursos despendidos pela organização no sentido de alcançar um maior grau de satisfarão de seus em-pregados e a contribuição que o indivíduo motivado proporcional organização chamamos de relações de intercâmbio.

De um lado, as organizações oferecem incenti-

ves ou alicientes, enquanto as pessoas oferecem contribuições.

O equilíbrio organizacional reflete o êxito da or-

ganização em "remunerar" seus integrantes com in-centives adequados e motiva-los a continuar fazen-do contribuições e organização, garantindo com is-so, sua sobrevivência e eficácia.

O SISTEMA E A ADMINISTRAÇÃO DE RE-

CURSOS HUMANOS Administrar significa gerir os recursos disponíveis

para que os objetivos sejam at ingidos da melhor forma possível.

Os recursos de uma organização podem ser

classificados em cinco grupos: a) recursos físicos ou materiais; b) recursos financeiros; c) recursos humanos; d) recursos mercadológicos; e) recursos administrativos. A administração de recursos humanos (ARH) é

orientada por diversas teorias que norteiam o en-quadramento das pessoas dentro das organizações.

A Teoria "X", de McGregor, que, predominava no

século passado, hoje esta ultrapassada, pois fun-damenta-se em certas premissas e concepções er-radas acerca da natureza do homem.

Entre outras distorções dizia que: a) o homem é primariamente motivado por incen-

tivos econômicos; b) se os objetivos individuais se opõem aos obje-

tivos da organização deve ser imposto um controle mais rígido;

c) as organizações podem e devem ser planeja-das de tal forma que o sentimento e as característi-cas imprevisíveis possam ser neutralizados e con-trolados.

Posteriormente McGregor expressa uma nova

concepção da administração, que passou a ser co-nhecida como a Teoria "Y".

Entre as premissas constam: a) a aplicação de esforço físico ou mental em um

trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar, dependendo de certas condições controláveis;

b) o controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de obter o esforço de alcançar os objetivos organizacionais, mas o homem deve exercitar a autodireção e o autocontrole a serviço dos objetivos que lhe são confiados;

c) confiar objetivos é uma função de premiar, as-sociada com seu alcance efetivo; o homem médio aprende, sob certas condições, não só a aceitar, mas também a procurar responsabilidade;

d) a capacidade de aplicar um alto grau de ima-ginação, de engenhosidade, na solução de proble-mas organizacionais é amplamente, e não escas-samente, distribuída na população;

e) sob as condições da moderna vida industrial, as potencialidades intelectuais do homem médio são apenas parcialmente utilizadas.

Como pode-se observar, a Teoria "X" apregoava

um estilo administrativo voltado para a submissão e o controle rigoroso sobre o indivíduo.

De forma bem mais liberal, a Teoria "Y" propõe o

engajamento do indivíduo na empresa, tornando-o mais participativa, através de um estilo de adminis-tração mais democrática e aberta.

Uma outra teoria, a Teoria "Z", aplicada mais A

concepção japonesa de administração, escrita por Ouch!, realça o senso de responsabilidade comuni-tária como base para a cultura organizacional.

Quanto aos sistemas de administração das or-

ganizações humanas, Rensis Likert, em seu livro "Novos Padrões de Administração", cita quatro sis-temas administrativos:

Sistema 1: Sistema autoritário e forte; Sistema 2: Sistema autoritário benévolo; Sistema 3: Sistema participativo, consultivo; Sistema 4: Sistema participativo de grupo. Considerando este conjunto de teorias, a ARH

assume um caráter multivariado, pois objetiva criar, manter e desenvolver um contingente de recursos humanos com habilidades e motivação para realizar os objetivos da organização. Também é necessário criar, manter e desenvolver condições organizacio-nais de aplicação, desenvolvimento e satisfação plena dos recursos humanos, para que se verifique o alcance dos objetivos individuais. Por fim, também é objetivo da ARH, alcançar a eficiência e eficácia através dos recursos humanos disponíveis.

DESENVOLVIMENTO E

MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Desenvolvimento de Recursos Humanos: Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal

Dentro do sistema de Administração de Recur-

sos Humanos há um subsistema chamado de De-senvolvimento de Recursos Humanos, o qual tem sob sua responsabilidade o treinamento e desenvol-vimento de pessoal.

O treinamento e desenvolvimento de pessoal es-

ta mais voltado para a psicologia industrial, enquan-to o desenvolvimento organizacional se fundamenta na psicologia organizacional.

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50

Embora os dois fatores estejam intimamente li-gados, o treinamento e desenvolvimento de pessoal tenta descobrir ou aperfeiçoar métodos e procedi-mentos que podem ser usados visando a maximiza-ção do trabalho e a satisfação com o trabalho.

Por outro lado, o desenvolvimento organizacional

se preocupa em descobrir que fatores que influem no desempenho do indivíduo no trabalho e que fato-res influem sobre a satisfação do indivíduo com o trabalho. Cabe destacar que o setor de treinamento e desenvolvimento de pessoal também se preocupa em identificar estes fatores, porém, concentra sua maior atenção nas soluções, conforme referido o parágrafo precedente.

O desenvolvimento de recursos humanos é divi-

dido em: a)educação b) treinamento A educação esta mais voltada para o preparo da

pessoa para o ambiente, dentro ou fora da empresa. O treinamento, por outro lado, prepara a pessoa

para o desempenho no cargo, especificamente. A educação e o treinamento fazem parte da edu-

cação profissional, que por sua vez é dividida em três grupos:

a) formação profissional; b) desenvolvimento profissional ou aperfeiçoa-

mento; c) treinamento. A formação profissional tem objetivos de longo

prazo e muito amplos. Não prepara o homem para a profissão, mas sim para uma profissão futura. É normalmente dada nas escolas de primeiro, segun-do e terceiro grau, embora também possa ser dada nas empresas.

O desenvolvimento profissional, também chama-

do de aperfeiçoamento, já é bem mais especifica do que a formação profissional. É a educação profis-sional que aperfeiçoa o homem para uma carreira dentro de uma profissão. Seus objetivos também não são imediatos, mas de médio prazo. Normal-mente é utilizado para preparar o indivíduo para um cargo superior dentro da própria organização, quan-do deverá assumir mais responsabilidade e conhe-cimentos que transcendem ao cargo atualmente o-cupado. O desenvolvimento profissional normalmen-te é dado na própria empresa, embora também seja comum executa-lo em empresas especializadas em desenvolvimento de pessoal.

O treinamento, por sua vez objetiva adaptar o homem para um cargo ou função. Seus objetivos são imediatos. Normalmente é exigido quando da seleção de novos empregados. O treinamento qua-se sempre é orientado pelo chefe imediato ou mes-mo por um colega de trabalho. Pode ser realizado na própria empresa ou em empresas especializadas em desenvolvimento de recursos humanos.

Tragadas as diferenças entre formação profis-

sional, desenvolvimento profissional e treinamento, e considerando as exigências do programa, vamos desenvolver o item treinamento.

O treinamento geralmente, é voltado para os se-guintes conteúdos:

a) transmissão de informações, tais como infor-

mações gerais sobre a empresa; sobre seus produ-tos, clientes, mercados; sobre diretrizes e políticas da organização; sobre normas e procedimentos in-ternos; etc.

b) desenvolvimento de habilidades, geralmente voltado diretamente para a execução das tarefas e operações a serem executa as, tais como operar o equipamento, conhecer as rotinas, etc.

c) desenvolvimento ou modificação de atitudes, com objetivos de melhorar a motivação e o relacio-namento com colegas de trabalho, clientes, etc., centra-se no desenvolvimento da sensibilidade das pessoas.

d) desenvolvimento de conceitos, é normalmente voltado a empregados a nível de gerência e procura a uniformização da linguagem organizacional ou a elevação do nível de conceitos, ou mesmo a modifi-cação de concertos viciados ou ultrapassados.

Os objetivos do treinamento podem ser resumi-

dos nos seguintes itens: a) habilitar o pessoal, de forma imediata, capaci-

tando-o para a imediata execução de tarefas sim-ples, presentes na rotina operacional da empresa, tanto na área industrial como na administrativa;

b) criar um sistema de oportunidades, para que os indivíduos possam se desenvolver e progredir funcionalmente, galgando cargos mais elevados;

c) modificar as atitudes do pessoal no sentido de torná-los mais conscientes das tarefas que execu-tam com vistas a uma melhora na qualidade e ain-da, torna-los mais receptivos às técnicas de super-visão e gerência.

A programação de treinamentos em qualquer á-

rea da empresa, envolve quatro etapas distintas: a) levantamento das necessidades de treinamen-

to; b) programa de treinamentos que atendam as

necessidades diagnosticadas; c) implementação e execução dos treinamentos

programadas; d) avaliação dos resultados. A programação de treinamento visa planejar co-

mo as necessidades diagnosticadas deverão ser a-tendidas: o que treinar, quem treinar, quando trei-nar, onde treinar e como treinar, a fim de utilizar a tecnologia instrucional mais adequada.

A execução do treinamento envolve o binômio

instrutor x treinando e uma relação instrução x a-prendizagem.

A avaliação dos resultados objetiva a medirão

dos resultados obtidos com o treinamento, mediante comparação dos padrões anteriores com os conse-guidos após o treinamento. A avaliação pode ser realizada pela ARH ou a nível de tarefas e opera-ções.

DESENVOLVIMENTO E MUDANÇA ORGANI-

ZACIONAL No capítulo precedente falou-se em desenvolvi-

mento de recursos humanos. O presente capítulo trata do desenvolvimento organizacional. Estabele-

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ce-se uma profunda diferenciação entre os dois "de-senvolvimentos". Enquanto o desenvolvimento de recursos humanos projeta uma noção micro, voltada ao indivíduo, normalmente de curto e médio prazos, o desenvolvimento organizacional abrange uma vi-são macroscópica e sistêmica. Envolve toda a orga-nização no contexto econômico e social, com objeti-vos, não de curto e médio prazos, mas sim de longo prazo.

O desenvolvimento organizacional baseia-se nos

concertos e métodos das ciências do comportamen-to, visualize a organização como um sistema total e compromete-se a melhorar a eficácia da organiza-ção a longo prazo, mediante intervenções construti-vas em processes e estrutura organizacionais.

São pressupostos básicos do desenvolvimento

organizacional: a) conceito de organização; b) conceito de cultura organizacional; c) conceito de mudança organizacional; d) necessidade de contínua adaptação e mudan-

ça; e) a interação organização x ambiente; f) a interação indivíduo x organização; g) os objetivos individuais e os objetivos organi-

zacionais. Os elementos essenciais de qualquer esforço de

desenvolvimento organizacional (DO) são: a) projetado para obter resultados de longo pra-

zo; b) concentrado na obtenção de uma maior eficá-

cia da organização como um todo, e não uma parte dela;

c) o diagnóstico deve ser desenvolvido em con-junto, consultoria e gerentes de linha;

d) a intervenção do esforço de desenvolvimento organizacional deve ser implementado em conjunto, consultoria e gerentes de linha.

O processo de desenvolvimento organizacional

envolve as seguintes etapas: a) colheita de dados; b) analise dos dados colhidos; c) diagnóstico organizacional; d) ação de intervenção. As principais técnicas de intervenção são: a) método de realimentação de dados; b) desenvolvimento de equipes; c) enriquecimento e ampliação do cargo; d) treinamento da sensitividade; e) consultoria de procedimentos. CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS:

BANCO DE DADOS E SISTEMAS DE INFORMA-ÇÕES E AUDITORIA DE RECURSOS HUMANOS

A administração de recursos humanos, através

do subsistema de controle de recursos humanos, preocupa-se com banco de dados e sistemas de in-formações e com a auditoria de recursos humanos.

Koontz e O"Donnell conceituam: "controle é a

função administrativa que consiste em medir e cor-rigir o desempenho de subordinados, a fim de asse-gurar que os objetivos da empresa e os planos deli-neados para alcançá-los sejam realizados. É, pois,

a função segundo a qual cada administrador, do presidente ao mestre, se certifica de que aquilo que é feito esta de acordo com o que se tencionava fa-zer."

São etapas fundamentais do processo de contro-

le: a) o estabelecimento de padrões desejados; b) a verificação do desempenho; c) o estudo comparativo do desempenho pratica-

do com os padrões desejados; d) a implementação de processes de correção

dos desvios detectados. Banco de dados e sistemas de informações Idalberto Chiavenato conceitua dados e informa-

ções. "Dados são os elementos que servem de base para a resolução de problemas ou para a formação de juízo. Um dado é apenas um índice, uma mani-festação objetiva, passível de análise subjetiva, isto é, exige interpretação do indivíduo para sua manipu-lação. Em si mesmo, cada dado tem pouco valor.

Todavia, quando classificados, armazenados e

relacionados entre si, os dados permitem a obten-ção da informação. Assim como os dados não cons-tituem informação, a informação, isoladamente, não é significativa. Se os dados exigem processamento (classificação, armazenamento e relacionamento), para que possam realmente informar, a informação também exige processamento, para que possa ad-quirir significado. A informação apresenta intencio-nalidade, aspecto fundamental que a diferencia do dado simples".

Banco de dados O banco de dados, relativamente aos recursos

humanos, pode armazenar dados das mais variadas origens e para as mais diversas finalidades, entre os quais podemos relacionar:

a) dados que compõem o cadastro individual de

cada empregado; b) dados sobre os ocupantes de cada cargo,

formando um cadastro de cargos; c) dados sobre os empregados lotados nas di-

versas seções, departamentos ou divisões, forman-do um cadastro por setor;

d) dados sobre a remuneração individual de cada empregado, formando um cadastro de remunera-ção, importante para a elaboração da folha de salá-rios;

e) dados sobre candidates que podem potenci-almente virem a ser contratados;

f) dados sobre candidates a treinamentos especí-ficos, programados;

Muitas vezes a empresa encontra dificuldades

para manter atualizados os dados cadastrais dos empregados, especialmente aqueles de origem ex-ternal como número de filhos, endereço, formação, etc.

Para suprir o banco de dados com dados atuali-

zados, há o sistema de informações de recursos humanos que, através de fichas cadastrais, entre-vistas, pesquisas, etc. procura suprir O banco de dados com dados novos, ou substituir os desatuali-zados.

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Sistema de informações Sistema de informação é um conjunto de ele-

mentos interdependentes (subsistemas) logicamen-te associados, para que de sua interação sejam ge-radas informações necessárias à tomada de deci-sões.

O sistema de informações tem como ponto de

partida o banco de dados. Seu objetivo à possibilitar a tomada de decisões, suprindo as chefias com in-formações sobre seus subordinados, ou mesmo, sobre empregados de outras seções.

Auditoria de recursos humanos A auditoria de recursos humanos é definida com

sendo a análise das políticas e praticas de pessoal de uma organização, e avaliação do seu funciona-mento atual, seguida de sugestões para melhoria.

O objetivo da auditoria de recursos humanos é, a

partir do programa de desenvolvimento, identificar distorções de funcionamento que prejudicam a or-ganização ou que não compensam o custo, ou, ain-da, identificar falhas e deficiências que devem ser supridas.

Em resumo podemos dizer que a auditoria de re-

cursos humanos é um sistema permanente de revi-são e controle, informando a administração sobre a eficiência e a eficácia do programa de desenvolvi-mento.

Objetivamente o controle é exercido, comparan-

do-se os procedimentos adotados na organização com os padrões pré-estabelecidos.

"Os padrões podem ser estabelecidos em diver-

sos parâmetros. Os mais comuns são: a) parâmetros fixados em função de qualidade; b) parâmetros fixados em função de quantidade; c) parâmetros fixados em f unção do tempo gas-

to; d) parâmetros fixados em função de custos. As fontes de informação para a auditoria de RH

tem o seu limite estabelecido pelas próprias funções da ARH, portanto, extremamente amplas.

Tem sua aplicação normalmente voltada para os

seguintes níveis de abordagens: - resultados - programa - políticas - filosofias - teorias A auditoria de recursos humanos, ou seja, o a-

gente de auditoria pode ser um especialista nesta área, ou mesmo uma comissão formada na própria empresa.

NOÇÕES DE

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL

Nenhuma empresa funciona sem matéria-prima,

produtos, equipamentos, instrumentos, peças de manutenção e tantos outros materiais.

E todos eles precisam ser guardados, conserva-

dos, movimentados de um setor para outro. Eles precisam ser administrados.

A Administração de Material trata de todas as e-

tapas de movimentação e de guarda desses materi-ais, visando garantir que o investimento em esto-ques seja de rentabilidade segura, em termos de lu-cro e de atendimento às metas da organização.

Rentabilidade é o grau de êxito econômico obti-

do por uma empresa em relação ao que nela é in-vestido.

Para atingir esse objetivo, os profissionais da

administração de materiais devem tornar eficientes os meios de planejamento e controle, de modo a diminuir as necessidades de capital para o estoque.

Capital, aqui, tem o sentido de riqueza, valores

disponíveis. E quem faz a articulação constante entre neces-

sidade de estoque, controle de estoque e capital é o Sistema de Materiais da empresa.

Sistema de Materiais é o conjunto dos setores

da empresa que são responsáveis por todo o mate-rial nela existente. Ele cuida do fluxo de circulação dos materiais, desde o momento em que entram na empresa.

Conheça um pouco sobre cada setor que com-

põe o Sistema de Materiais.

Setor O que faz Em que em-presas

Planejamento e Controle da Produção

Programa e controla o pro-cesso produtivo

Empresas de indústria, co-mércio e servi-ços

Importação Responsabili-za-se pelo pro-cesso de impor-tação de mer-cadorias

Empresas de indústria, co-mércio e servi-ços

Transporte e Distribuição

Entrega os pro-dutos aos clien-tes e os materi-ais à empresa

Empresas de indústria e co-mércio

Compras Planeja e coor-dena o proces-so de aquisição de materiais

Qualquer tipo de empresa

Controle de Es-toque

Acompanha e controla o nível de estoque e o investimento fi-nanceiro envol-vido

Qualquer tipo de empresa

Almoxarifado Guarda os ma- Qualquer tipo

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53

teriais entre-gues por forne-cedores para uso exclusivo da empresa

de empresa

Os aspectos da administração de material de

que iremos tratar neste livro dizem respeito ao con-trole de estoque e ao almoxarifado. A diferença en-tre esses setores está no fato de os materiais com que trabalham serem ou não geradores de riquezas.

O estoque é gerador de riquezas, uma vez que

ele representa as mercadorias que serão colocadas à disposição do consumidor, isto é, serão vendidas.

O material sob a responsabilidade do almoxari-

fado, por sua vez, não é gerador de riquezas, já que ele é para uso da própria empresa. Chamado de material de consumo, está presente em todas as empresas - independentemente do tipo ou porte - e se constitui em papéis, canetas, clips, pastas sus-pensas de arquivos, produtos higiênicos e de limpe-za, dentre tantos outros.

Na prática, no entanto, não existem diferenças

significativas entre as características gerais de um setor e outro.

MANUTENÇÃO DE ESTOQUES Seja na Indústria, no Comércio ou em Serviços,

a manutenção de estoques de materiais mostra-se necessária como forma de garantir o ritmo da pro-dução, aqui entendida no sentido genérico de traba-lho.

Pense, por exemplo, numa fábrica que mantém

estoques para entregar ao comércio. Esse, por sua vez, conserva estoques para entregar ao cliente.

A manutenção de estoques torna o processo

produtivo mais ágil, possibilitando o aumento da produção sem necessidade de esperar pelo proces-samento de novos pedidos ou pelas entregas.

No comércio, por exemplo, os estoques de pro-

dutos prontos permitem o aumento do nível de ven-das, independentemente da produção ou dos esto-ques de fábrica.

Cada atividade produtiva tem necessidades es-

pecíficas. Portanto, varia o tipo de material que pre-cisa ser mantido em estoque.

Na Indústria, os tipos de estoque mais comuns

são os de matéria-prima, os de produtos e os de peças de manutenção.

Matéria-prima é o material básico e fundamental

para a elaboração de produtos. Produto, por sua vez, é o resultado do processo

pelo qual passou a matéria-prima. Os produtos po-dem ser acabados ou estar em processo. No primei-ro caso, estão aqueles que já adquiriram forma final, mas ainda não foram vendidos. No segundo, estão os que ainda não ficaram prontos.

Peças de manutenção são todos os elementos

que concorrem para o funcionamento regular e permanente dos produtos, máquinas e motores. A

falta dessas peças pode causar interrupção da pro-dução, ocasionando graves prejuízos para a empre-sa.

Numa indústria de móveis de escritório, por e-

xemplo, podemos encontrar vários tipos de materi-ais em estoque:

Troncos de madeira e barras de ferro

não-trabalhados (matérias-primas). Madeira e ferro já trabalhados na medida

dos móveis que serão fabricados (produtos em processo).

Mesas e cadeiras prontas para revenda (produtos acabados).

Pregos, parafusos, cola (peças de manuten-ção).

No Comércio, os tipos de estoques mais comuns

são os de produtos e os de embalagens. Aqui, produtos são os materiais, expostos ou

não, a serem comercializados. E embalagens são os invólucros ou recipientes

usados no comércio varejista ou atacadista para a-condicionar os produtos.

Artefatos para embalagens são também comu-

mente mantidos em estoque. Artefato vem do latim arte factu e quer dizer feito

com arte. Um artefato é qualquer objeto trabalhado manualmente.

A embalagem é fator muito importante no comér-

cio, na medida em que tem como principal função manter a integridade do produto no seu transporte até o destino. Mas ela também funciona como apelo à publicidade. Afinal, uma loja que acondiciona suas mercadorias em belas embalagens tem um chama-riz a mais...

E o que acontece com os Serviços? Imagine um salão de cabeleireiro. Trata-se de

uma prestação de serviço que usa produtos próprios no atendimento ao cliente. Esmaltes de unha, tintu-ras, xampus, cremes. Esse material, muitas vezes preparado a partir de outros produtos, fica estocado no salão.

Agora pense numa assistência técnica para um

aparelho de som que apresentou defeito. Se for ne-cessária a reposição de alguma peça, muito prova-velmente a loja a terá em estoque.

Mas quando você leva seu carro a uma oficina

mecânica para ser consertado e o reparo exige a troca de alguma peça, muito provavelmente a ofici-na irá comprá-la em uma revendedora de autope-ças, porque não é comum ela ter guardado esse ti-po de material para reposição.

Nos Serviços, o estoque, quando existe, pode

ser de dois tipos: peças para reposição e produtos próprios.

PLANEJAMENTO DE ESTOQUES O planejamento é muito importante para a manu-

tenção dos níveis de estoque. Um estoque mal pla-

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nejado pode gerar conflitos internos no Sistema de Materiais e até mesmo na administração geral da empresa, pois enquanto o setor de vendas deseja um estoque elevado para atender aos clientes, por exemplo, o setor financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido.

É imprescindível haver uma conciliação entre os

objetivos das diferentes áreas, para que as ações da empresa não sofram nenhum prejuízo. E cabe à administração de material a responsabilidade pelas decisões relacionadas ao dimensionamento dos es-toques.

Mas como proceder para o dimensionamento

dos estoques?

Os produtos devem ficar estocados o menor tempo possível, pois isso significa que o capital investido na sua aquisição retornou rapidamente aos cofres da empresa.

estoque precisa garantir o alcance do objetivo operacional da empresa, seja ele a produção, a venda ou a prestação de serviços.

custo de manutenção dos estoques aumenta na propo rção de sua dimensão. Isso significa que quanto maior o estoque, maior deverá ser o es-paço físico para guardá-lo, maior deverá ser o número de pessoas para cuidar dele, mais gas-tos serão necessários para o controle. É preciso estabelecer qual o estoque ideal para a manu-tenção da atividade da empresa.

Dimensionar o estoque é exatamente desenvol-

ver um planejamento, confrontando aspectos relati-vos ao capital, ao estoque e à demanda.

Para que a administração de estoques funcione

adequadamente, é necessário o estabelecimento de alguns critérios básicos, como, por exemplo:

Determinação de metas quanto a prazos de

entrega de produtos aos clientes (no caso de empresa fornecedora).

Conhecimento dos prazos de entrega por parte dos fornecedores (no caso de empresa compradora).

Definição dos materiais a serem estocados. Determinação da quantidade e do porte dos

locais próprios à estocagem - almoxarifado ou depósitos.

Fixação do nível de flutuação dos estoques. Flutuação é a mudança de dimensionamento do

estoque de acordo com a demanda, seja para aten-der a uma alta ou baixa de vendas, seja para aten-der à alteração de consumo nos setores da empre-sa.

Indicação das possibilidades de especular

com o estoque. Especular significa valer-se de determinadas

circunstâncias para obter Vantagens. Uma das for-mas de especular com o estoque é fazer compras antecipadas com preços mais baixos ou comprar uma quantidade maior para conseguir descontos.

Definição do fluxo de rotatividade dos esto-

ques.

Rotatividade é a alternância de fatos, de situa-ções. A rotatividade de estoque tem a ver com o número de vezes em que o estoque foi renovado em determinado período.

Definição sobre alterações no capital de giro

e no ativo da empresa. Capital de giro é terminologia própria da Admi-

nistração Financeira. Trata-se do valor monetário relativo à aquisição

de bens destinados à revenda ou à produção de ou-tros bens que constituam o objeto do negócio da empresa.

Por exemplo: o valor investido na compra de

mercadorias representa capital de giro, pois espe-ra-se que os produtos sejam vendidos o mais rápido possível para que o dinheiro aplicado retorne aos cofres da empresa e reverta na compra de mais mercadorias.

Ativo de uma empresa é o conjunto dos recur-

sos iniciais nela investidos e os bens e direitos ad-quiridos no decorrer de sua atividade.

É assim que se define a política de estoques da

empresa. Um outro aspecto importante, que faz parte des-

sa política, é a definição da posição da empresa no que se refere ao estoque de segurança.

Estoque de segurança é a manutenção de uma

quantidade mínima de materiais nos estoques da empresa para evitar desabastecer a produção e a venda de produtos acabados.

À medida que os materiais vão sendo requisita-

dos e encaminhados, o nível de estoque vai baixan-do até chegar ao limite mínimo considerado como de segurança. A esse nível-limite chamamos ponto de reposição. O ponto de reposição indica a neces-sidade de emissão de uma nova ordem de compras.

A definição dos níveis de estoque de segurança

leva em conta, entre outros aspectos, o tempo que o fornecedor tem para atender aos pedidos e a pro-gramação de demanda pelos materiais.

Calcular o estoque de segurança de um produto

- o seu ponto de reposição - não é difícil. Observe só.

Nos seis primeiros meses do ano, uma empresa

vendeu um determinado produto nas seguintes quantidades:

janeiro 45 unidades fevereiro 42 unidades março 50 unidades abril 70 unidades maio 37 unidades junho 56 unidades O tempo de reposição desse produto - ou seja, o

período necessário entre o acionamento da compra e a disponibilidade de material - é de 15 dias.

Qual o estoque de segurança desse produto?

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O primeiro passo é calcular o consumo médio mensal da empresa. E isso é feito dividindo-se o to-tal de unidades vendidas nos meses pelo número de meses dessa venda.

Assim, o consumo médio mensal, nesse caso, é: (45 + 42 + 50 + 70 + 37 + 56) /6 = 50 Para calcular o estoque de segurança é preciso

multiplicar o consumo médio mensal da empresa pelo tempo de reposição do produto.

Tomando como base o mês (30 dias), o tempo

de reposição de 15 dias representa a metade do mês.

Assim, o estoque de segurança será: 50 x fi = 25 Isso significa que o ponto de reposição é de 25

unidades da mercadoria. Por ,sofrerem ação do ambiente externo (dificuldades de ordem política, econômica e social ou no processo de importação) e também do ambiente interno ( demanda não-planejada de incremento da produção ou dos serviços), os estoques de segurança devem ser a-cionados sempre que surgir o risco de esgotamento dos materiais para produção.

Analise estas situações, que não são difíceis de

acontecer.. Em uma fábrica de sapatos, o couro não chega

na data prevista. Sem matéria-prima, a produção tem de parar. Pense no prejuízo...

Em uma loja atacadista, falta mercadoria para

vender. A loja corre o risco de perder um importante cliente!

Em um hospital, todas as cirurgias marcadas pa-

ra o dia são suspensas, por falta de material anes-tésico. O que será dos pacientes?

Nessas situações, você deve ter identificado a

paralisação da produção; o atraso na entrega de produtos acabados; a omissão na prestação de um serviço. Tudo isso por falta de estoque!

A ausência de estoques de segurança represen-

ta um custo muito alto, trazendo prejuízos à empre-sa.

Para as empresas que trabalham com produtos

ou serviços de demando sazonal, pode ser interes-sante manter estoques de antecipação. Esses esto-ques são formados, em geral, durante o período i-mediatamente anterior ao da oportunidade de negó-cios.

Demanda sazonal significa a procura em deter-

minadas épocas do ano. Exemplos de demanda sa-zonal são as fantasias e adereços na época do Car-naval; material escolar no início do ano letivo; hos-pedagem em época de férias.

Tão importante quanto o planejamento é o con-trole de estoques. Veja a seguir, do que trata essa função.

CONTROLE DE ESTOQUES

Sabemos que os estoques são mantidos com a finalidade de alimentar a produção e a comercializa-ção de bens e, em alguns casos, a prestação de serviços.

O controle de estoques, portanto, é necessário

para que haja sempre um nível de material suficien-te para o alcance do objetivo operacional da empre-sa, o que lhe possibilita agir com mais segurança e tranqüilidade. É ele que vai permitir verificar se o planejamento vem sendo seguido e que tipo de a-juste precisa ser feito.

Cada empresa, de acordo com a atividade que

desenvolve e com os recursos de que dispõe, esta-belece uma rotina própria para o controle de seus estoques, geralmente definindo:

objetivo do controle, isto é, que padrões serão

considerados. que, como e quando controlar. Como divulgar os resultados. Como corrigir os desvios.

Qualquer que seja a técnica de controle adotada,

estarão sempre presentes um sistema de registro, coleta e processamento de informações e um con-junto de rotinas que se integram nos vários níveis da empresa.

Hoje em dia, um controle de estoques que envol-

ve grandes massas de dados faz uso de ferramen-tas informatizadas. Isso traz inúmeras vantagens, dentre as quais maior velocidade na coleta e no processamento das informações.

Seja qual for o modo escolhido pela empresa pa-

ra desenvolver o controle de estoques, na prática as atribuições do setor responsável por essa função não diferem muito.

São essas as atribuições mais comuns: Verificação dos itens ou produtos que devem

permanecer em estoque. Recebimento e armazenagem dos materiais. Atendimento aos pedidos de materiais esto-

cados, de acordo com as solicitações de ou-tros setores.

Controle das quantidades e do valor dos es-toques.

Realização de inventários periódicos para avaliação das quantidades e do estado dos materiais estocados.

Identificação e retirada dos itens obsoletos e danificados.

Controle do tempo de reposição de material. Encaminhamento de pedidos de compra de

materiais, sempre que necessário. Sem dúvida o controle de estoques repercute na

produtividade da empresa, podendo qualquer des-cuido causar grandes prejuízos. Quando, por exem-plo, um pedido de compra é feito, torna-se necessá-rio não só verificar a quantidade de material a ser solicitada e o momento adequado para o enca-minhamento, mas, também, transmitir ao setor en-carregado pela compra as especificações precisas e completas sobre o produto.

MOVIMENTAÇÃO DE ESTOQUES

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Sabemos que os materiais em estoque circulam, seja qual for o tipo de empresa: é a matéria-prima indo para a linha de produção; são as peças sendo entregues ao setor de manutenção; são os produtos saindo do estoque para os postos de venda. Isso só para citar alguns exemplos...

A movimentação dos materiais em estoque é fa-

tor importante para a agilização dos serviços que precisam ser executados, merecendo também pla-nejamento criterioso por parte dos responsáveis pe-la administração dos materiais.

O planejamento da movimentação de materiais

visa garantir que o volume de estoques seja mani-pulado com rapidez e de forma econômica - em ter-mos de aplicação de recursos financeiros, materiais e humanos -, evitando perdas e desperdícios.

Para atingir esse objetivo, o planejamento tem

que tratar dos múltiplos aspectos que, de alguma forma, interferem no "caminho" percorrido pelos ma-teriais. São eles:

Sua entrada na empresa. Seu encaminhamento ao local de armazena-

mento. As próprias condições físicas do local de arma-

zenamento. Sua distribuição interna, no caso de terem sido

solicitados pelos setores, ou seu encaminha-mento ao consumidor.

Na maioria das empresas, o controle do fluxo

dos materiais é realizado a partir de um estudo mensal ou quinzenal dos pedidos de estoque. Uma forma de programação, com pedidos antecipados por parte dos setores, incluindo as necessidades médias de materiais, possibilita um melhor rendi-mento do trabalho no setor e na empresa como um todo.

A organização dos espaços destinados ao arma-

zenamento dos materiais é um dos aspectos mais importantes do planejamento.

Como utilizar da melhor maneira possível a área

disponível? Como facilitar o fluxo de pessoas e materiais pa-

ra economizar tempo nas operações de rotina? São necessárias condições especiais para garantir a qualidade dos materiais?

Essas e outras perguntas são feitas, normalmen-

te, quando se pretende eficiência e eficácia no setor que cuida da movimentação dos materiais. E de modo a permitir respostas mais adequadas, um es-tudo gráfico - usando diagramas e maquetes - pode ser bastante útil.

A análise desses gráficos é importante, na medi-

da em que pode propiciar informações que benefici-am o planejamento e o desenvolvimento do traba-lho.

CUSTOS DE ESTOQUES Vários são os itens que concorrem para a deter-

minação dos custos relativos ao armazenamento de materiais em uma empresa. E é importante conhe-

cêlos, uma vez que eles são considerados na defi-nição do preço de venda de qualquer produto.

Assim, o estabelecimento do preço de venda de

um produto deve levar em conta o custo de sua a-quisição, o custo de armazenagem e a margem de lucro desejada.

Em tempos idos não era dada a atenção devida

ao custo de manutenção de estoques. Hoje, consi-derando a preocupação crescente com a produtivi-dade e, principalmente, com a intensificação da concorrência em todas as áreas, as empresas vêm demonstrando especial cuidado com o controle des-se tipo de custo.

Os custos de armazenagem podem ser calcula-

dos a partir de: Custos com pessoal são os salários e encar-

gos sociais dos que trabalham na área, ou seja, toda despesa com a mão-de-obra en-volvida.

Custos com edificação são os recursos fi-nanceiros usados na conservação do prédio, em pagamento de aluguel, de energia elétri-ca, enfim, todas as despesas com a parte fí-sica do local de armazenamento.

Custos com manutenção são os valores gas-tos na conservação dos equipamentos. Aí se computam também as perdas com a eventu-al deteriorização e obsolescência desses equipamentos.

Custos de capital são os valores investidos na compra de mercadorias armazenadas no estoque. Esses valores, portanto, perdem temporariamente o poder de circulação, pois são repostos apenas na venda.

Todos esses custos são calculados em índice

percentual sobre o valor total do estoque. Forma-se, assim, o fator de armazenagem, um índice que ser-ve para acompanhar o crescimento ou a redução dos custos de armazenagem ao longo de um de-terminado período.

É importante saber que os custos de estoques

afetam em muito a rentabilidade da empresa, po-dendo gerar inúmeros problemas quando superam os benefícios.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liber-dade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconcei-tos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífi-

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ca das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚ-BLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis-

tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-sileiros e aos estrangeiros residentes no País a invi-olabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-de, à segurança e à propriedade, nos termos se-guintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tra-tamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sen-do vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, propor-cional ao agravo, além da indenização por dano ma-terial, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cul-tos religiosos e garantida, na forma da lei, a prote-ção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a presta-ção de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou po-lítica, salvo se as invocar para eximir-se de obriga-ção legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independen-temente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direi-to a indenização pelo dano material ou moral decor-rente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-guém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de-sastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das co-municações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofí-cio ou profissão, atendidas as qualificações profis-sionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informa-ção e resguardado o sigilo da fonte, quando neces-sário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ter-mos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independen-temente de autorização, desde que não frustrem ou-tra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autorida-de competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcio-namento;

XIX - as associações só poderão ser compulso-riamente dissolvidas ou ter suas atividades suspen-sas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expres-samente autorizadas, têm legitimidade para repre-sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função so-

cial; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para

desapropriação por necessidade ou utilidade públi-ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos pre-vistos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a au-toridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim defi-nida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvi-mento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas o-bras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em o-

bras coletivas e à reprodução da imagem e voz hu-manas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que partici-parem aos criadores, aos intérpretes e às respecti-vas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à pro-priedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situ-

ados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sem-pre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, res-salvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

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XXXIV - são a todos assegurados, independen-temente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públi-cas, para defesa de direitos e esclarecimento de si-tuações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Po-der Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exce-ção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes

dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de-

fina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para benefi-

ciar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atenta-

tória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafi-

ançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescrití-vel a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrá-tico;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos ter-mos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,

nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabeleci-

mentos distintos, de acordo com a natureza do deli-to, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à in-tegridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos du-rante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvi-mento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangei-ro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou ad-ministrativo, e aos acusados em geral são assegu-rados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será subme-tido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo le-gal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante de-lito ou por ordem escrita e fundamentada de autori-dade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogató-rio policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxa-da pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e i-nescusável de obrigação alimentícia e a do deposi-tário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomo-ção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Con-gresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funciona-mento há pelo menos um ano, em defesa dos inte-resses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades consti-tucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali-dade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informa-

ções relativas à pessoa do impetrante, constantes

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de registros ou bancos de dados de entidades go-vernamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou ad-ministrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio am-biente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas ju-diciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica in-tegral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por er-ro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-

corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e ga-rantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do re-gime e dos princípios por ela adotados, ou dos tra-tados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS SOCIAIS (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 26, de 14/02/2000: "Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previ-dência social, a proteção à maternidade e à infân-cia, a assistência aos desamparados, na forma des-ta Constituição."

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e

rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedi-da arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensa-tória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desempre-go involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente

unificado, capaz de atender a suas necessidades vi-tais básicas e às de sua família com moradia, ali-mentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie-ne, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao míni-mo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remu-neração integral ou no valor da aposentadoria;

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constitu-indo crime sua retenção dolosa;

XI – participação nos lucros, ou resultados, des-vinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme defi-nido em lei;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 2 0, de 15/12/98: "XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;"

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, fa-cultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho reali-zado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferenci-almente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário su-perior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nor-mal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em-prego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mu-lher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de ser-viço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as ativida-des penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependen-

tes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenções e acor-dos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na for-ma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 28, de 25/05/2000: "XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;"

a) Revogado pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000

b) Revogado pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000

XXX - proibição de diferença de salários, de e-xercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do traba-lhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho ma-nual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

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(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 20, de 15/12/98: "XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba-lho a menores de dezesseis anos, salvo na condi-ção de aprendiz, a partir de quatorze anos;"

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalha-dor avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência so-cial.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindi-

cal, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado

para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindi-cal;

II - é vedada a criação de mais de uma organiza-ção sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma ba-se territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser in-ferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in-teresses coletivos ou individuais da categoria, inclu-sive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será des-contada em folha, para custeio do sistema confede-rativo da representação sindical respectiva, inde-pendentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man-ter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindi-calizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, a-inda que suplente, até um ano após o final do man-dato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo a-plicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, compe-

tindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunida-de de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades es-senciais e disporá sobre o atendimento das neces-sidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os respon-sáveis às penas da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos traba-

lhadores e empregadores nos colegiados dos ór-gãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e de-liberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos em-

pregados, é assegurada a eleição de um represen-tante destes com a finalidade exclusiva de promo-ver-lhes o entendimento direto com os empregado-res.

CAPÍTULO III

DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Bra-

sil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 3, de 07/06/94: "c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na Re-pública Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;"

II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionali-

dade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 3, de 07/06/ 94: "b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, resi-dentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação pe-nal, desde que requeiram a nacionalidade brasilei-ra."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 3, de 07/06/ 94: "§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasi-leiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao bra-sileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição."

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção en-tre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos ca-sos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. Inciso incluído pela Emenda Constitucional nº

23, de 02/09/99: " VII - de Ministro de Estado da Defesa"

§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por senten-ça judicial, em virtude de atividade nociva ao inte-resse nacional;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 3, de 07/06/ 94: "II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma es-trangeira, ao brasileiro residente em estado estran-geiro, como condição para permanência em seu ter-ritório ou para o exercício de direitos civis;"

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da

República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do

Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacio-nais.

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULO IV

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DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo

sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, median-te:

I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoi-

to anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os es-

trangeiros e, durante o período do serviço militar o-brigatório, os conscritos.

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-

Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-

Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, De-

putado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfa-

betos. (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 16, de 04/06/97: "§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único perí-odo subseqüente."

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Pre-sidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Pre-sidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses an-teriores ao pleito, salvo se já titular de mandato ele-tivo e candidato à reeleição.

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, de-verá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-sará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 4, de 07/06/ 94: "§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a mora-lidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimi-dade das eleições contra a influência do poder eco-

nômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta."

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias con-tados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato trami-tará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políti-

cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado,

enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta

ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do

art. 37, § 4º. (*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 4, de 14/09/93: "Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entra-rá em vigor na data de sua publicação, não se apli-cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência."

CAPÍTULO V

DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e

extinção de partidos políticos, resguardados a sobe-rania nacional, o regime democrático, o pluripartida-rismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos finan-

ceiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a

lei. § 1º - É assegurada aos partidos políticos auto-

nomia para definir sua estrutura interna, organiza-ção e funcionamento, devendo seus estatutos esta-belecer normas de fidelidade e disciplina partidárias.

§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem per-sonalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à te-levisão, na forma da lei.

§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políti-cos de organização paramilitar.

TÍTULO III

Da Organização do Estado

CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-

ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da

República Federativa do Brasil compreende a Uni-ão, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

§ 1º - Brasília é a Capital Federal. § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e

sua criação, transformação em Estado ou reintegra-

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ção ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população dire-tamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 15, de 13/09/96: "§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o des-membramento de Municípios, far-se-ão por lei esta-dual, dentro do período determinado por Lei Com-plementar Federal, e dependerão de consulta pré-via, mediante plebiscito, às populações dos Municí-pios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei."

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Dis-

trito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, sub-

vencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferên-

cias entre si.

CAPÍTULO II DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe

vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa

das fronteiras, das fortificações e construções milita-res, das vias federais de comunicação e à preserva-ção ambiental, definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele pro-venham, bem como os terrenos marginais e as prai-as fluviais;

IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítro-fes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as á-reas referidas no art. 26, II;

V - os recursos naturais da plataforma continen-tal e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subso-

lo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sí-

tios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos

índios. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Es-

tados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de ge-ração de energia elétrica e de outros recursos mine-rais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilôme-tros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada

fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e

participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei comple-

mentar, que forças estrangeiras transitem pelo terri-tório nacional ou nele permaneçam temporariamen-te;

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comér-cio de material bélico;

VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e

fiscalizar as operações de natureza financeira, es-pecialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;

IX - elaborar e executar planos nacionais e regi-onais de ordenação do território e de desenvolvi-mento econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo na-cional;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 8, de 15/08/95: "XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomu-nicações, nos termos da lei, que disporá sobre a or-ganização dos serviços, a criação de um órgão re-gulador e outros aspectos institucionais;"

XII - explorar, diretamente ou mediante autoriza-ção, concessão ou permissão:

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 8, de 15/08/95 : "a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;"

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquavi-ário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Territó-rio;

e) os serviços de transporte rodoviário interesta-dual e internacional de passageiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o

Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia mi-litar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Fede-ral, bem como prestar assistência financeira ao Dis-trito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;"

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âm-bito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicati-vo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;

XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente

contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;

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XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XXII - executar os serviços de polícia marítima, ae-roportuária e de fronteiras; "

XXIII - explorar os serviços e instalações nuclea-res de qualquer natureza e exercer monopólio esta-tal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e re-processamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e median-te aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de concessão ou permissão, é au-torizada a utilização de radioisótopos para a pesqui-sa e usos medicinais, agrícolas, industriais e ativi-dades análogas;

c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar

sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, elei-

toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de imi-

nente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunica-

ções e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e

garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e trans-

ferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvi-

al, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e

metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição

e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de em-

prego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Públi-

co e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos,

material bélico, garantias, convocação e mobiliza-

ção das polícias militares e corpos de bombeiros mi-litares;

XXII - competência da polícia federal e das polí-cias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer nature-

za; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da Uni-ão, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedeci-do o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos ter-mos do art. 173, § 1°, III;"

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;

XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá auto-

rizar os Estados a legislar sobre questões específi-cas das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 23. É competência comum da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e

das instituições democráticas e conservar o patri-mônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da pro-teção e garantia das pessoas portadoras de defici-ência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os mo-numentos, as paisagens naturais notáveis e os sí-tios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descarac-terização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a polu-ição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e orga-

nizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de mo-

radias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as conces-sões de direitos de pesquisa e exploração de recur-sos hídricos e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educa-ção para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis-

trito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, eco-

nômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo;

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VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, ar-tístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambien-te, ao consumidor, a bens e direitos de valor artísti-co, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - criação, funcionamento e processo do juizado

de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da sa-

úde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas

portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres

das polícias civis. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a

competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar so-bre normas gerais não exclui a competência suple-mentar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa ple-na, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre nor-mas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

CAPÍTULO III

DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se

pelas Constituições e leis que adotarem, observa-dos os princípios desta Constituição.

§ 1º - São reservadas aos Estados as competên-cias que não lhes sejam vedadas por esta Constitui-ção.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 5, de 15/08/95: "§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás ca-nalizado, na forma da lei, vedada a edição de medi-da provisória para a sua regulamentação."

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei com-plementar, instituir regiões metropolitanas, aglome-rações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para inte-grar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluen-

tes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia

Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos

quantos forem os Deputados Federais acima de do-ze.

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Depu-tados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licen-ça, impedimentos e incorporação às Forças Arma-das.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fi-xado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputa-dos Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. "

§ 3º - Compete às Assembléias Legislativas dis-por sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os res-pectivos cargos.

§ 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 16, de 04/06/97: "Art. 28. A eleição do Governador e do V ice-Governador de Estado, para mandato de quatro a-nos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a pos-se ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subse-qüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77."

(*) Parágrafo único. (*) Transformado em § 1º pela Emenda Cons-

titucional nº 19, de 04/06/98: "§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública dire-ta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixa-dos por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I."

CAPÍTULO IV

Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,

votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Ve-readores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 16, de 04/06/97: "II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, apli-cadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;"

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;

IV - número de Vereadores proporcional à popu-lação do Município, observados os seguintes limites:

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a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhão de habitantes;

b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes;

c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cin-qüenta e cinco nos Municípios de mais de cinco mi-lhões de habitantes;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;'

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 25, de 14/02/2000: "VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:

a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estadu-ais;

b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

e) em Municípios de trezentos mil e um a qui-nhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Ve-readores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;

f) em Municípios de mais de quinhentos mil habi-tantes, o subsídio máximo dos Vereadores corres-ponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;"

Inciso incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "VII - o total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do município;"

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opi-niões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;"

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e, na Constituição do respectivo Estado, para os membros da Assembléia Legislativa;'

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "X – julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;"

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "XI – organização das funções legislativas e fiscali-zadoras da Câmara Municipal;"

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92:

"XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal;'

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "XIII – iniciativa popular de projetos de lei de inte-resse específico do Município, da cidade ou de bair-ros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;"

(*) Renumerado pela Emenda Constitucional nº 1, de 31/03/92: "XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único."

Artigo incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 14/02/2000: "Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultra-passar os seguintes percentuais, relativos ao soma-tório da receita tributária e das transferências previs-tas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efeti-vamente realizado no exercício anterior:

I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil habitantes;

II - sete por cento para Municípios com popula-ção entre cem mil e um e trezentos mil habitantes;

III - seis por cento para Municípios com popula-ção entre trezentos mil e um e quinhentos mil habi-tantes;

IV - cinco por cento para Municípios com popula-ção acima de quinhentos mil habitantes.

§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pa-gamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Pre-feito Municipal:

I - efetuar repasse que supere os limites defini-dos neste artigo;

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fi-xada na Lei Orçamentária.

§ 3o Constitui crime de responsabilidade do Pre-sidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo."

Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual

no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua com-

petência, bem como aplicar suas rendas, sem preju-ízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observa-da a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regi-me de concessão ou permissão, os serviços públi-cos de interesse local, incluído o de transporte cole-tivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e finan-ceira da União e do Estado, programas de educa-ção pré-escolar e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e finan-ceira da União e do Estado, serviços de atendimen-to à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado orde-namento territorial, mediante planejamento e contro-le do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fisca-lizadora federal e estadual.

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Art. 31. A fiscalização do Município será exerci-

da pelo Poder Legislativo Municipal, mediante con-trole externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão com-petente sobre as contas que o Prefeito deve anual-mente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qual-quer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conse-lhos ou órgãos de Contas Municipais.

CAPÍTULO V

DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓ-RIOS Seção I

DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão

em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabele-cidos nesta Constituição.

§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as com-petências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

§ 2º - A eleição do Governador e do V ice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governa-dores e Deputados Estaduais, para mandato de i-gual duração.

§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Le-gislativa aplica-se o disposto no art. 27.

§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e mili-tar e do corpo de bombeiros militar.

Seção II DOS TERRITÓRIOS

Art. 33. A lei disporá sobre a organização admi-

nistrativa e judiciária dos Territórios. § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em

Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Minis-tério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VI

DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem

no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unida-

de da Federação em outra;

III - pôr termo a grave comprometimento da or-dem pública;

IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

V - reorganizar as finanças da unidade da Fede-ração que:

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tri-butárias fixadas nesta Constituição, dentro dos pra-zos estabelecidos em lei;

VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública,

direta e indireta. (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 29, de 13/09/00: "e) aplicação do mínimo exigido da receita resultan-te de impostos estaduais, compreendida a proveni-ente de transferências, na manutenção e desenvol-vimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde."

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municí-

pios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força mai-or, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na for-ma da lei;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal n º 29, de 13/09/00: "III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da re-ceita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saú-de;"

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a re-presentação para assegurar a observância de prin-cípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder

Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impe-dido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;

II - no caso de desobediência a ordem ou deci-são judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tri-bunal Superior Eleitoral;

III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Fede-ral, de representação do Procurador-Geral da Re-pública, na hipótese do art. 34, VII;

IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de lei fe-deral.

§ 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será subme-tido à apreciação do Congresso Nacional ou da As-sembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á con-

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vocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.

§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impug-nado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.

§ 4º - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes volta-rão, salvo impedimento legal.

CAPÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-de, publicidade e eficiência e, também, ao seguin-te:"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "I - os cargos, empregos e funções públicas são a-cessíveis aos brasileiros que preencham os requisi-tos estabelecidos em lei, assim como aos estrangei-ros, na forma da lei;"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "II - a investidura em cargo ou emprego público de-pende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a na-tureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;"

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual pe-ríodo;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concur-so público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursa-dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-mente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e per-centuais mínimos previstos em lei, destinam-se a-penas às atribuições de direção, chefia e assesso-ramento;"

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;"

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-pregos públicos para as pessoas portadoras de de-ficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente po-

derão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;" (Regulamento)

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/ 98: "XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administra-ção direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espé-cie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;"

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legis-lativo e do Poder Judiciário não poderão ser superi-ores aos pagos pelo Poder Executivo;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumu-lados para fins de concessão de acréscimos ulterio-res;"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 18, de 05/02/98: "XV -

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98: "XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste ar-tigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XVI - é vedada a acumulação remunerada de car-gos públicos, exceto, quando houver compatibilida-de de horários, observado em qualquer caso o dis-posto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico

ou científico; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 34, de 13/12/2001: c) a de dois cargos ou empregos privativos de pro-fissionais de saúde, com profissões regulamenta-das; (NR)

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XVII - a proibição de acumular estende-se a em-pregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;'

XVIII - a administração fazendária e seus servi-dores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe-tência e jurisdição, precedência sobre os demais se-tores administrativos, na forma da lei;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pú-blica, de sociedade de economia mista e de funda-ção, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;"

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XX - depende de autorização legislativa, em ca-da caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a parti-cipação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na le-gislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a to-dos os concorrentes, com cláusulas que estabele-çam obrigações de pagamento, mantidas as condi-ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da au-toridade responsável, nos termos da lei.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos ser-viços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos servi-ços;

II - o acesso dos usuários a registros administra-tivos e a informações sobre atos de governo, obser-vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III - a disciplina da representação contra o exer-cício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública."

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa im-portarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação pre-vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalva-das as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direi-to de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informa-ções privilegiadas."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e finan-ceira dos órgãos e entidades da administração dire-ta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de de-

sempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal." Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 20, de 15/12/98: "§ 10. É vedada a percepção simultânea de proven-tos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, em-prego ou função pública, ressalvados os cargos a-cumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Art. 38. Ao servidor público da administração dire-ta, autárquica e fundacional, no exercício de manda-to eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:"

I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta-dual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-prego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afas-tado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-tado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuí-zo da remuneração do cargo eletivo, e, não haven-do compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determina-dos como se no exercício estivesse.

Seção II

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 18, de 05/02/98:

"DOS SERVIDORES PÚBLICOS" (*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Pode-res."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório ob-servará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos." (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal man-terão escolas de governo para a formação e o aper-feiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a cele-

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bração de convênios ou contratos entre os entes fe-derados."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admis-são quando a natureza do cargo o exigir."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Es-taduais e Municipais serão remunerados exclusiva-mente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, a-bono, prêmio, verba de representação ou outra es-pécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores pú-blicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recur-sos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamen-to e desenvolvimento, modernização, reaparelha-mento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtivida-de."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 8º A remuneração dos servidores públicos orga-nizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º."

(*) Redação dada ao artigo pela Emenda

Constitucional nº 20, de 15/12 /98: "Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter con-tributivo, observados critérios que preservem o equi-líbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposen-tados, calculados os seus proventos a partir dos va-lores fixados na forma do § 3°:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profis-sional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida-de, com proventos proporcionais ao tempo de con-tribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se da-

rá a aposentadoria, observadas as seguintes condi-ções:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pen-sões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pen-são.

§ 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corres-ponderão à totalidade da remuneração.

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas ex-clusivamente sob condições especiais que prejudi-quem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contri-buição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1°, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercí-cio das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constitui-ção, é vedada a percepção de mais de uma aposen-tadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos pro-ventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º.

§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI, os pro-ventos de aposentadoria e as pensões serão revis-tos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposenta-dos e aos pensionistas quaisquer benefícios ou van-tagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou fun-ção em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na for-ma da lei.

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposenta-doria e o tempo de serviço correspondente para e-feito de disponibilidade.

§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer for-ma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previ-dência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, car-go em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de car-

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go efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome-ação e exoneração bem como de outro cargo tem-porário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previ-dência complementar para os seus respectivos ser-vidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem con-cedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15. Observado o disposto no art. 202, lei com-plementar disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titula-res de cargo efetivo.

§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplica-do ao servidor que tiver ingressado no serviço públi-co até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complemen-tar."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo e-xercício os servidores nomeados para cargo de pro-vimento efetivo em virtude de concurso público."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação perió-dica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/ 06/98: "§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desneces-sidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de servi-ço, até seu adequado aproveitamento em outro car-go."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal n º 19, de 04/06/98: "§ 4º Como condição para a aquisição da estabili-dade, é obrigatória a avaliação especial de desem-penho por comissão instituída para essa finalidade."

Seção III

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 18, de 05/02/98:

"DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS"

(*) Redação dada ao artigo pela Emenda

Constitucional nº 18, de 05/02 /98:

"Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Cor-pos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 20, de 15/12/98: "§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Dis-trito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei es-tadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 05/02/98: "§ 2º "

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98: "§ 2º Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e a seus pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 7º e 8º."

Seção IV

DAS REGIÕES Art. 43. Para efeitos administrativos, a União po-

derá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvi-mento e à redução das desigualdades regionais.

§ 1º - Lei complementar disporá sobre: I - as condições para integração de regiões em

desenvolvimento; II - a composição dos organismos regionais que

executarão, na forma da lei, os planos regionais, in-tegrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com es-tes.

§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

II - juros favorecidos para financiamento de ativi-dades prioritárias;

III - isenções, reduções ou diferimento temporá-rio de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;

IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a U-nião incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

TÍTULO IV

Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO

Seção I

DO CONGRESSO NACIONAL Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo

Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

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Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro-porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcio-nalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de repre-

sentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

§ 2º - A representação de cada Estado e do Dis-trito Federal será renovada de quatro em quatro a-nos, alternadamente, por um e dois terços.

§ 3º - Cada Senador será eleito com dois suplen-tes.

Art. 47. Salvo disposição constitucional em con-

trário, as deliberações de cada Casa e de suas Co-missões serão tomadas por maioria dos votos, pre-sente a maioria absoluta de seus membros.

Seção II

DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NA-CIONAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a

sanção do Presidente da República, não exigida es-ta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or-çamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;

VI - incorporação, subdivisão ou desmembra-mento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;

VII - transferência temporária da sede do Gover-no Federal;

VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Mi-

nistério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministé-rio Público e da Defensoria Pública do Distrito Fede-ral;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 32, de 11/9/2001: X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que es-tabelece o art. 84, VI, b;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 32, de 11/9/2001: XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;

XII - telecomunicações e radiodifusão;

XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montan-te da dívida mobiliária federal.

Inciso incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/98: "XV – fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputa-dos, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Fe-deral, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I."

Art. 49. É da competência exclusiva do Con-

gresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acor-

dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II - autorizar o Presidente da República a decla-rar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou ne-le permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a au-sência exceder a quinze dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

VI - mudar temporariamente sua sede; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Fe-derais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; "

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "VIII – fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;"

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios so-bre a execução dos planos de governo;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executi-vo, incluídos os da administração indireta;

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos ou-tros Poderes;

XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;

XIII - escolher dois terços dos membros do Tri-bunal de Contas da União;

XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo refe-rentes a atividades nucleares;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a explora-

ção e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;

XVII - aprovar, previamente, a alienação ou con-cessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

de Revisão nº 2, de 07/06/94: "Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Fe-deral, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares

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de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, infor-mações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada."

§ 1º - Os Ministros de Estado poderão compare-cer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 2, de 07/06/ 94: "§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escri-tos de informações a Ministros de Estado ou a qual-quer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas."

Seção III

DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos

Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a

instauração de processo contra o Presidente e o Vi-ce-Presidente da República e os Ministros de Esta-do;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Con-gresso Nacional dentro de sessenta dias após a a-bertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos car-gos, empregos e funções de seus serviços, e a ini-ciativa de lei para fixação da respectiva remunera-ção, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;"

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

Seção IV

DO SENADO FEDERAL Art. 52. Compete privativamente ao Senado Fe-

deral: (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 23, de 02/09/99: " I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabi-lidade, bem como os Ministros de Estado e os Co-mandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-ca nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;"

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de respon-sabilidade;

III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indi-cados pelo Presidente da República;

c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do Banco Central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;

V - autorizar operações externas de natureza fi-nanceira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da Repúbli-ca, limites globais para o montante da dívida conso-lidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições pa-ra as operações de crédito externo e interno da Uni-ão, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios, de suas autarquias e demais entidades contro-ladas pelo Poder Público federal;

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definiti-va do Supremo Tribunal Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto se-creto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 19, de 04/06/98: "XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos car-gos, empregos e funções de seus serviços, e a ini-ciativa de lei para fixação da respectiva remunera-ção, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;"

XIV - eleger membros do Conselho da Repúbli-ca, nos termos do art. 89, VII.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Seção V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 35, de 20/12/2001 Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro ho-ras à Casa respectiva, para que, pelo voto da maio-ria de seus membros, resolva sobre a prisão.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou De-putado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa res-

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pectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus mem-bros, poderá, até a decisão final, sustar o andamen-to da ação.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Ca-sa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20/12/2001 § 6º Os Deputados e Senadores não serão obriga-dos a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles re-ceberam informações.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 20 /12/2001 § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputa-dos e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 35, de 20/12/2001 § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medi-da.

Art. 54. Os Deputados e Senadores não pode-

rão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica

de direito público, autarquia, empresa pública, soci-edade de economia mista ou empresa concessioná-ria de serviço público, salvo quando o contrato obe-decer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea an-terior;

II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores

de empresa que goze de favor decorrente de con-trato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demis-síveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Se-

nador: I - que infringir qualquer das proibições estabele-

cidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível

com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão

legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos po-líticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos ca-sos previstos nesta Constituição;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respecti-va, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político represen-tado no Congresso Nacional, assegurada ampla de-fesa.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal de Revisão nº 6, de 07/06/94 : "§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a pro-cesso que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspen-sos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º."

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou

Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Go-

vernador de Território, Secretário de Estado, do Dis-trito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de inte-resse particular, desde que, neste caso, o afasta-mento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste ar-tigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la de faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Se-nador poderá optar pela remuneração do mandato.

Seção VI DAS REUNIÕES

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anu-

almente, na Capital Federal, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subse-qüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes or-çamentárias.

§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:

I - inaugurar a sessão legislativa;

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II - elaborar o regimento comum e regular a cria-ção de serviços comuns às duas Casas;

III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;

IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. § 4º - Cada uma das Casas reunir-se-á em ses-

sões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüen-te.

§ 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presi-dida pelo Presidente do Senado Federal, e os de-mais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

§ 6º - A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:

I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de interven-ção federal, de pedido de autorização para a decre-tação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presi-dente da República;

II - pelo Presidente da República, pelos Presi-dentes da Câmara dos Deputados e do Senado Fe-deral, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou inte-resse público relevante.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Con-gresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º, vedado o pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao subsídio mensal.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/20 01: § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacio-nal, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação."(NR)

Seção VII

DAS COMISSÕES Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas te-

rão comissões permanentes e temporárias, constitu-ídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Co-missão, é assegurada, tanto quanto possível, a re-presentação proporcional dos partidos ou dos blo-cos parlamentares que participam da respectiva Ca-sa.

§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos mem-bros da Casa;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - convocar Ministros de Estado para prestar in-formações sobre assuntos inerentes a suas atribui-ções;

IV - receber petições, reclamações, representa-ções ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programas de obras, planos nacio-nais, regionais e setoriais de desenvolvimento e so-bre eles emitir parecer.

§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das au-toridades judiciais, além de outros previstos nos re-gimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Minis-tério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto pos-sível, a proporcionalidade da representação partidá-ria.

Seção VIII

DO PROCESSO LEGISLATIVO Subseção I

Disposição Geral Art. 59. O processo legislativo compreende a e-

laboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre

a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

Subseção II Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada

mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da

Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legisla-

tivas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de de-fesa ou de estado de sítio.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em ca-da Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Sena-do Federal, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º - A matéria constante de proposta de emen-

da rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislati-va.

Subseção III Das Leis

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Art. 61. A iniciativa das leis complementares e

ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superi-ores, ao Procurador-Geral da República e aos cida-dãos, na forma e nos casos previstos nesta Consti-tuição.

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos pú-

blicos na administração direta e autárquica ou au-mento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, maté-ria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 18, de 05/02/98: "c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;"

d) organização do Ministério Público e da Defen-soria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da De-fensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;

Alínea incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 05/02/98: "f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídi-co, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reser-va."

§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do e-leitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 32, de 11/9/2001: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presi-dente da República poderá adotar medidas provisó-rias, com força de lei, devendo submetê-las de ime-diato ao Congresso Nacional.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 1º É vedada a edição de medidas provisórias so-bre matéria:

I – relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos,

partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual

civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministé-

rio Público, a carreira e a garantia de seus mem-bros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo finan-ceiro;

III – reservada a lei complementar;

IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido con-vertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de ses-senta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacio-nal disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Na-cional.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Con-gresso Nacional sobre o mérito das medidas provi-sórias dependerá de juízo prévio sobre o atendi-mento de seus pressupostos constitucionais.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publica-ção, entrará em regime de urgência, subseqüente-mente, em cada uma das Casas do Congresso Na-cional, ficando sobrestadas, até que se ultime a vo-tação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Con-gresso Nacional.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 8º As medidas provisórias terão sua votação inici-ada na Câmara dos Deputados.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Se-nadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legis-lativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 11. Não editado o decreto legislativo a que se re-fere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos pratica-dos durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

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Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 32, de 11/9/2001: § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alteran-do o texto original da medida provisória, esta man-ter-se-á integralmente em vigor até que seja sancio-nado ou vetado o projeto."(NR)

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa

prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presi-

dente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Se-nado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministé-rio Público.

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de

lei de iniciativa do Presidente da República, do Su-premo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciati-va.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 11/9/2001: § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até qua-renta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional de-terminado, até que se ultime a votação.

§ 3º - A apreciação das emendas do Senado Fe-deral pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

§ 4º - Os prazos do § 2º não correm nos perío-dos de recesso do Congresso Nacional, nem se a-plicam aos projetos de código.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa

será revisto pela outra, em um só turno de discus-são e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o re-jeitar.

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, vol-tará à Casa iniciadora.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a

votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou par-cialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Fe-deral os motivos do veto.

§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto in-tegral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alí-nea.

§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silên-cio do Presidente da República importará sanção.

§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria abso-luta dos Deputados e Senadores, em escrutínio se-creto.

§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da Re-pública.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 11/9/2001: § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabeleci-do no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposi-ções, até sua votação final.

§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de qua-renta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei re-

jeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante pro-posta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo

Presidente da República, que deverá solicitar a de-legação ao Congresso Nacional.

§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministé-rio Público, a carreira e a garantia de seus mem-bros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;

III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em vo-tação única, vedada qualquer emenda.

Art. 69. As leis complementares serão aprova-

das por maioria absoluta.

Seção IX DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA

E ORÇAMENTÁRIA Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orça-

mentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exerci-da pelo Congresso Nacional, mediante controle ex-terno, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

(*) Parágrafo único. (*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, ar-recade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União res-ponda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária."

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congres-

so Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

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II - julgar as contas dos administradores e de-mais responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-blicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregula-ridade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fun-dações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimen-to em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o funda-mento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-cional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União parti-cipe, de forma direta ou indireta, nos termos do tra-tado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Esta-do, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-racional e patrimonial e sobre resultados de audito-rias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilega-lidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cum-primento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irre-gularidades ou abusos apurados.

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação se-rá adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Exe-cutivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte im-putação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Na-cional, trimestral e anualmente, relatório de suas a-tividades.

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se

refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despe-sas não autorizadas, ainda que sob a forma de in-vestimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governa-mental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solici-tará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar da-no irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integra-

do por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as a-tribuições previstas no art. 96. .

§ 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da U-nião serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-çam os seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,

econômicos e financeiros ou de administração pú-blica;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhe-cimentos mencionados no inciso anterior.

§ 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da U-nião serão escolhidos:

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alterna-damente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional. (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 20, de 15/12/98: "§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedi-mentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas cons-tantes do art. 40."

§ 4º - O auditor, quando em substituição a Minis-tro, terá as mesmas garantias e impedimentos do ti-tular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Fede-ral.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Ju-

diciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de go-verno e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resulta-dos, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e enti-dades da administração federal, bem como da apli-cação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade so-lidária.

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associ-ação ou sindicato é parte legítima para, na forma da

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lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades peran-te o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção

aplicam-se, no que couber, à organização, compo-sição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribu-nais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais dis-porão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seção I

DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Pre-

sidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 16, de 04/06/97: "Art. 77. A eleição do Presidente e do V ice-Presidente da República realizar-se-á, simultanea-mente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente."

§ 1º - A eleição do Presidente da República im-portará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o can-didato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria ab-soluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candi-dato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da

República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, de-fender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de im-

pedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

Parágrafo único. O Vice-Presidente da Repúbli-ca, além de outras atribuições que lhe forem confe-ridas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões espe-ciais.

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercí-cio da Presidência o Presidente da Câmara dos De-putados, o do Senado Federal e o do Supremo Tri-bunal Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vi-

ce-Presidente da República, far-se-á eleição noven-ta dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois a-nos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última va-ga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 16, de 04/06/97: "Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição."

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da

República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Seção II

Das Atribuições do Presidente da República Art. 84. Compete privativamente ao Presidente

da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Esta-

do, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos

casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,

bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; (*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 32, de 11/9/2001 : VI – dispor, mediante decreto, sobre:

Alínea incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 11/9/2001: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

Alínea incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 11/9/2001: b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos inter-nacionais, sujeitos a referendo do Congresso Na-cional;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao

Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e so-licitando as providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com au-diência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 23, de 02/09/99: " XIII - exercer o comando supremo das Forças Ar-

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madas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;"

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Fe-deral, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Ter-ritórios, o Procurador-Geral da República, o presi-dente e os diretores do Banco Central e outros ser-vidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

XVI - nomear os magistrados, nos casos previs-tos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da Uni-ão;

XVII - nomear membros do Conselho da Repú-blica, nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e presidir o Conselho da Repú-blica e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão es-trangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização na-cional;

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o refe-rendo do Congresso Nacional;

XXI - conferir condecorações e distinções honorí-ficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei com-plementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporaria-mente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentá-rias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Na-cional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos fede-rais, na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

XXVII - exercer outras atribuições previstas nes-ta Constituição.

Parágrafo único. O Presidente da República po-derá delegar as atribuições mencionadas nos inci-sos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limi-tes traçados nas respectivas delegações.

Seção III

Da Responsabilidade do Presidente da Repú-blica

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos

do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Po-

der Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judi-

ciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente

da República, por dois terços da Câmara dos Depu-tados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas fun-ções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, após a ins-tauração do processo pelo Senado Federal.

§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença conde-natória, nas infrações comuns, o Presidente da Re-pública não estará sujeito a prisão.

§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por a-tos estranhos ao exercício de suas funções.

Seção IV

DOS MINISTROS DE ESTADO Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos

dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.

Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervi-são dos órgãos e entidades da administração fede-ral na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;

II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

III - apresentar ao Presidente da República rela-tório anual de sua gestão no Ministério;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presi-dente da República.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 32, de 11/9/2001: Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública."(NR)

Seção V

DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CON-SELHO DE DEFESA NACIONAL

Subseção I Do Conselho da República

Art. 89. O Conselho da República é órgão supe-

rior de consulta do Presidente da República, e dele participam:

I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câma-

ra dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado

Federal; VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais

de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomea-

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dos pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos De-putados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República

pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, estado de defesa e esta-

do de sítio; II - as questões relevantes para a estabilidade

das instituições democráticas. § 1º - O Presidente da República poderá convo-

car Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão rela-cionada com o respectivo Ministério.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funciona-mento do Conselho da República.

Subseção II Do Conselho de Defesa Nacional

Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão

de consulta do Presidente da República nos assun-tos relacionados com a soberania nacional e a defe-sa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:

I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 23, de 02/09/99: " V - o Ministro de Estado da Defesa;"

VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. Inciso incluído pela Emenda Constitucional nº

23, de 02/09/99: " VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica."

§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional: I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra

e de celebração da paz, nos termos desta Constitui-ção;

II - opinar sobre a decretação do estado de defe-sa, do estado de sítio e da intervenção federal;

III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especial-mente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;

IV - estudar, propor e acompanhar o desenvol-vimento de iniciativas necessárias a garantir a inde-pendência nacional e a defesa do Estado democrá-tico.

§ 2º - A lei regulará a organização e o funciona-mento do Conselho de Defesa Nacional.

CAPÍTULO III

DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes

Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Dis-

trito Federal e Territórios.

Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Fede-ral e jurisdição em todo o território nacional.

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Su-

premo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, através de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obe-decendo-se, nas nomeações, à ordem de classifica-ção;

II - promoção de entrância para entrância, alter-nadamente, por antigüidade e merecimento, atendi-das as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento pelos critérios da presteza e segurança no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reco-nhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração da antigüidade, o tribunal somen-te poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus membros, conforme procedi-mento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamen-te, apurados na última entrância ou, onde houver, no Tribunal de Alçada, quando se tratar de promo-ção para o Tribunal de Justiça, de acordo com o in-ciso II e a classe de origem;

IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para ingresso e promoção na carreira;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superio-res corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supre-mo Tribunal Federal e os subsídios dos demais ma-gistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não po-dendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem ex-ceder a noventa e cinco por cento do subsídio men-sal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obede-cido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;"

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 20, de 15/12/98: "VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;"

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca; VIII - o ato de remoção, disponibilidade e apo-

sentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa;

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em de-terminados atos, às próprias partes e a seus advo-gados, ou somente a estes;

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X - as decisões administrativas dos tribunais se-rão motivadas, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores poderá ser constituído órgão espe-cial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno.

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais

Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tri-bunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder E-xecutivo, que, nos vinte dias subseqüentes, esco-lherá um de seus integrantes para nomeação.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garanti-

as: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será

adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o dis-posto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I."

Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro

cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas

ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus

regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das par-tes, dispondo sobre a competência e o funciona-mento dos respectivos órgãos jurisdicionais e admi-nistrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxilia-res e os dos juízos que lhes forem vinculados, ve-lando pelo exercício da atividade correicional res-pectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdi-ção;

d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de

provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à adminis-tração da Justiça, exceto os de confiança assim de-finidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Po-der Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribu-nais inferiores;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "b) a criação e a extinção de cargos e a remunera-ção dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do sub-sídio de seus membros e dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, ressalvado o dis-posto no art. 48, XV;"

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judi-

ciárias; III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes es-

taduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes co-muns e de responsabilidade, ressalvada a compe-tência da Justiça Eleitoral.

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta

de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a in-constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri-

tórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes toga-

dos, ou togados e leigos, competentes para a conci-liação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de me-nor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses pre-vistas em lei, a transação e o julgamento de recur-sos por turmas de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de ci-dadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conci-liatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 22, de 18/03/99: "Parágrafo único. Lei federal disporá sobre a cria-ção de juizados especiais no âmbito da Justiça Fe-deral."

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada auto-

nomia administrativa e financeira. § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas or-

çamentárias dentro dos limites estipulados conjun-tamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Su-premo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Fede-ral e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Art. 100. à exceção dos créditos de natureza a-

limentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sen-tença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designa-ção de casos ou de pessoas nas dotações orça-mentárias e nos créditos adicionais abertos para es-te fim.

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(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00: "§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das en-tidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetaria-mente."(NR)

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00: "§ 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compre-endem aqueles decorrentes de salários, vencimen-tos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado." (AC)*

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00: "§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos aber-tos serão consignados diretamente ao Poder Judici-ário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento se-gundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00: "§ 3º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos pa-gamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sen-tença judicial transitada em julgado."(NR)

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 37, de 12/6/02: § 4º São vedados a expedição de precatório com-plementar ou suplementar de valor pago, bem como fracionamento, repartição ou quebra do valor da e-xecução, a fim de que seu pagamento não se faça, em parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição de precatório.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00 e Renumerado pela Emen-da Constitucional nº 37, de 12 /6/02: "§ 5º A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3º deste artigo, segundo as diferentes capacidades das entidades de direito público." (AC)

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 30, de 13/09/00 e Renumerado pela Emen-da Constitucional nº 37, de 12 /6/02:: "§ 6º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em cri-me de responsabilidade." (AC)

Seção II

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-

se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e re-putação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tri-bunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maio-ria absoluta do Senado Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 3, de 17/03/93: "a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declara-tória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; "

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente- Presidente, os mem-bros do Congresso Nacional, seus próprios Minis-tros e o Procurador-Geral da República;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 23, de 02/09/99: " c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Co-mandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-ca, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de ca-ráter permanente;"

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Fede-ral;

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Es-tados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da admi-nistração indireta;

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; h) a homologação das sentenças estrangeiras e

a concessão do "exequatur" às cartas rogatórias, que podem ser conferidas pelo regimento interno a seu Presidente;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 22, de 18/03/99: "i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for auto-ridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos di-retamente à jurisdição do Supremo Tribunal Fede-ral, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

l) a reclamação para a preservação de sua com-petência e garantia da autoridade de suas decisões;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de a-tribuições para a prática de atos processuais;

n) a ação em que todos os membros da magis-tratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam dire-ta ou indiretamente interessados;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tri-bunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presi-dente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das

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Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tri-bunal de Contas da União, de um dos Tribunais Su-periores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

II - julgar, em recurso ordinário: a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança,

o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político; III - julgar, mediante recurso extraordinário, as

causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou

lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local con-

testado em face desta Constituição. (*) Parágrafo único. (*) Transformado em § 1º pela Emenda Cons-

titucional nº 3, de 17/03/93: "§ 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei."

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 3, de 17/03/93: "§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações declara-tórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Po-der Judiciário e ao Poder Executivo."

Art. 103. Podem propor a ação de inconstitucio-

nalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; V - o Governador de Estado; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advoga-

dos do Brasil; VIII - partido político com representação no Con-

gresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe

de âmbito nacional. § 1º - O Procurador-Geral da República deverá

ser previamente ouvido nas ações de inconstitucio-nalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por o-missão de medida para tornar efetiva norma consti-tucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apre-ciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto im-pugnado.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 3, de 17/03/93: "§ 4º - A ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câma-ra dos Deputados ou pelo Procurador Geral da Re-pública."

Seção III

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribu-nal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de apro-vada a escolha pelo Senado Federal, sendo:

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regio-nais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, in-dicados na forma do art. 94.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justi-

ça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Es-

tados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de res-ponsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Fede-rais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Traba-lho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 23, de 02/09/99: " b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; "

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 23, de 02 /09/99: " c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua ju-risdição, Ministro de Estado ou Comandante da Ma-rinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;"

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vincula-dos e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua com-petência e garantia da autoridade de suas decisões;

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre auto-ridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração di-reta ou indireta, excetuados os casos de competên-cia do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou úl-

tima instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em úni-ca instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

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c) as causas em que forem partes Estado es-trangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domicili-ada no País;

III - julgar, em recurso especial, as causas deci-didas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válida lei ou ato de governo local con-testado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Parágrafo único. Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe, na forma da lei, exercer a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

Seção IV

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais com-

põem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes fe-derais com mais de cinco anos de exercício, por an-tigüidade e merecimento, alternadamente.

Parágrafo único. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Fede-rais e determinará sua jurisdição e sede.

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Fe-

derais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição,

incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Traba-lho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz fede-ral;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coa-tora for juiz federal;

e) os conflitos de competência entre juízes fede-rais vinculados ao Tribunal;

II - julgar, em grau de recurso, as causas decidi-das pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua ju-risdição.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar

e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárqui-

ca ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponen-

tes, exceto as de falência, as de acidentes de traba-lho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou orga-nismo internacional e Município ou pessoa domicili-ada ou residente no País;

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo in-ternacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais pra-ticadas em detrimento de bens, serviços ou interes-se da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no es-trangeiro, ou reciprocamente;

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento pro-vier de autoridade cujos atos não estejam direta-mente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Mi-litar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregu-lar de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionali-dade, inclusive a respectiva opção, e à naturaliza-ção;

XI - a disputa sobre direitos indígenas. § 1º - As causas em que a União for autora serão

aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.

§ 2º - As causas intentadas contra a União pode-rão ser aforadas na seção judiciária em que for do-miciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde es-teja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou be-neficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recur-so cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Fe-

deral, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas se-gundo o estabelecido em lei.

Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a ju-risdição e as atribuições cometidas aos juízes fede-rais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Seção V

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

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I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; (*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 24, de 9/12/99: "III - Juizes do Trabalho."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 24, de 9/12/99: "§ 1º. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, togados e vitalícios, esco-lhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Se-nado Federal, dos quais onze escolhidos dentre jui-zes dos Tribunais Regionais do Trabalho, integran-tes da carreira da magistratura trabalhista, três den-tre advogados e três dentre membros do Ministério Público do Trabalho."

I Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 9/12/99

II Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 9/12/99

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 24, de 9/12/99: "§ 2º. O Tribunal encaminhará ao Presidente da Re-pública listas tríplices, observando-se, quanto às vagas destinadas aos advogados e aos membros do Ministério Público, o disposto no art. 94; as listas tríplices para o provimento de cargos destinados aos juízes da magistratura trabalhista de carreira deverão ser elaboradas pelos Ministros togados e vitalícios."

§ 3º - A lei disporá sobre a competência do Tri-bunal Superior do Trabalho.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal nº 24, de 9/12/99: "Art. 112 . Haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua ju-risdição aos juízes de direito."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 24, de 9/12/99: "Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investi-dura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho."

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho concili-

ar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cum-primento de suas próprias sentenças, inclusive cole-tivas.

§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à ne-gociação ou à arbitragem, é facultado aos respecti-vos sindicatos ajuizar dissídio coletivo, podendo a Justiça do Trabalho estabelecer normas e condi-ções, respeitadas as disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao trabalho.

Parágrafo incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 20, de 15/12/98: "§ 3° Compete ainda à Justiça do Trabalho execu-tar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decor-rentes das sentenças que proferir."

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 9/12/99. "Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho se-rão compostos de juízes nomeados pelo Presidente da República, observada a proporcionalidade esta-belecida no § 2º do art. 111."

Parágrafo único. Os magistrados dos Tribunais Regionais do Trabalho serão:

I - juízes do trabalho, escolhidos por promoção, alternadamente, por antigüidade e merecimento;

II - advogados e membros do Ministério Público do Trabalho, obedecido o disposto no art. 94;

III Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 9/12/99

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 24, de 9/12/99 "Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular."

Parágrafo único. Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 9/12/99

Art. 117Revogado pela Emenda Constitucio-

nal nº 24, de 9/12/99 Parágrafo único Revogado pela Emenda

Constitucional nº 24, de 9/12/99 Nota: O art 2º da Emenda Constitucional nº

24, de 9.12.99, assegura o cumprimento dos mandatos dos atuais ministros classistas tem-porários do Tribunal Superior do Trabalho e dos atuais juizes classistas temporários dos Tribu-nais Regionais do Trabalho e das Juntas de Conciliação e Julgamento.

Seção VI

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-

se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo

Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior

Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República,

dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral e-legerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corre-gedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tri-bunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral

na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-

se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do

Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, esco-

lhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com

sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em

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qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal res-pectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da Repúbli-ca, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desem-bargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a or-

ganização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de di-reito e os integrantes das juntas eleitorais, no exer-cício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo mo-tivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada cate-goria.

§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Elei-torais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei en-tre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

Seção VII

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES Art. 122. São órgãos da Justiça Militar: I - o Superior Tribunal Militar; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por

lei. Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á

de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presi-dente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aero-náutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.

Parágrafo único. Os Ministros civis serão esco-lhidos pelo Presidente da República dentre brasilei-ros maiores de trinta e cinco anos, sendo:

I - três dentre advogados de notório saber jurídi-co e conduta ilibada, com mais de dez anos de efe-tiva atividade profissional;

II - dois, por escolha paritária, dentre juízes audi-tores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.

Art. 124. à Justiça Militar compete processar e

julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organiza-

ção, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

Seção VIII

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça,

observados os princípios estabelecidos nesta Cons-tituição.

§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organiza-ção judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de repre-sentação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legi-timação para agir a um único órgão.

§ 3º - A lei estadual poderá criar, mediante pro-posta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar esta-dual, constituída, em primeiro grau, pelos Conselhos de Justiça e, em segundo, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Esta-dos em que o efetivo da polícia militar seja superior a vinte mil integrantes.

§ 4º - Compete à Justiça Militar estadual proces-sar e julgar os policiais militares e bombeiros milita-res nos crimes militares, definidos em lei, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tri-

bunal de Justiça designará juízes de entrância es-pecial, com competência exclusiva para questões agrárias.

Parágrafo único. Sempre que necessário à efici-ente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

CAPÍTULO IV

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Seção I DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição per-

manente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regi-me democrático e dos interesses sociais e individu-ais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a indepen-dência funcional.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98: "§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxilia-res, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organiza-ção e funcionamento."

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua propos-ta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreen-

de: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Terri-

tórios;

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II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1º - O Ministério Público da União tem por che-

fe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da car-reira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprova-ção de seu nome pela maioria absoluta dos mem-bros do Senado Federal, para mandato de dois a-nos, permitida a recondução.

§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da Re-pública, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria ab-soluta do Senado Federal.

§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei res-pectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legis-lativo, na forma da lei complementar respectiva.

§ 5º - Leis complementares da União e dos Es-tados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Públi-co, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não

podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado com-petente do Ministério Público, por voto de dois ter-ços de seus membros, assegurada ampla defesa;

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/0 6/98: "c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;"

II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pre-

texto, honorários, percentagens ou custas proces-suais;

b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da

lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qual-

quer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária, salvo ex-

ceções previstas na lei. Art. 129. São funções institucionais do Ministério

Público: I - promover, privativamente, a ação penal públi-

ca, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públi-

cos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil públi-ca, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constitui-ção;

V - defender judicialmente os direitos e interes-ses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos ad-ministrativos de sua competência, requisitando in-

formações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade poli-cial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a ins-tauração de inquérito policial, indicados os funda-mentos jurídicos de suas manifestações processu-ais;

IX - exercer outras funções que lhe forem confe-ridas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a con-sultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o dispos-to nesta Constituição e na lei.

§ 2º - As funções de Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deve-rão residir na comarca da respectiva lotação.

§ 3º - O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e observada, nas nomeações, a or-dem de classificação.

§ 4º - Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93, II e VI.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público jun-

to aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposi-ções desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

Seção II

(*) Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 19, de 04/06/98:

"DA ADVOCACIA PÚBLICA". Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a institu-

ição que, diretamente ou através de órgão vincula-do, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurí-dico do Poder Executivo.

§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carrei-ras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.

§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procu-radoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distri-to Federal, organizados em carreira, na qual o in-gresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advoga-dos do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após rela-tório circunstanciado das corregedorias."

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Seção III DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLI-

CA Art. 133. O advogado é indispensável à adminis-

tração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição es-

sencial à função jurisdicional do Estado, incumbin-do-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LX-XIV.)

Parágrafo único. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carrei-ra, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus inte-grantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institu-cionais.

(*) Redação dada pela Emenda Constitucional

nº 19, de 04/06/98: "Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo se-rão remunerados na forma do art. 39, § 4º."

SERVIÇO PÚBLICO

A CF/88 dispõe que ao Poder Público incumbe, na

forma da lei, a prestação de serviços públicos. Nesse caso, a lei disporá sobre o regime de delegação dos serviços públicos, os direitos dos usuários, a política tarifária, a obrigação de manter o serviço adequado e as reclamações relativas à prestação, tudo em con-formidade com os arts. 175, § único, e 37 § 3º da re-ferida CF/88. Esta insere ainda o serviço público rele-vante, como o de saúde (Art. 197). Também o CDC (Cód. Defesa do Consumidor) destaca, em função disso, como direito básico do usuário a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, o-brigando o Poder Público e seus delegados a presta-rem serviços adequados (Art. 6º do CDC).

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO Serviço Público, segundo Meirelles, é todo aquele

prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer ne-cessidades essenciais ou secundárias da coletivida-de ou simples conveniências do Estado. Fora disso, não há como indicar atividades que constituem servi-ço público, porque variam segundo exigências de ca-da povo e de cada época. O que prevalece é a von-tade soberana do Estado qualificando o serviço como público ou de utilidade pública, para sua prestação di-reta ou indireta, pois serviços há que, por sua nature-za, são privativos do Poder Público e só por seus ór-gãos devem ser executados (justiça, segurança, etc.), enquanto outros são comuns tanto ao Estado como aos particulares, podendo ser realizados por um ou outros.

Os Serviços Públicos pode ser classificados em: Públicos e de Utilidade Pública; Próprios e Im-próprios do Estado; Administrativos e Industriais; “Uti Universi” e “Uti Singulari”, como abaixo se especifica.

a) Serviços Públicos: propriamente ditos, são os

que a Administração presta diretamente à comunida-de, por reconhecer sua necessidade e essencialidade para sobrevivência do grupo social e do próprio Esta-do. Por isto tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a Administra-ção deve prestá-los. Ex.: segurança nacional, servi-ços policiais, preservação da saúde pública, educa-ção básica, serviços de justiça, etc.

b) Serviços de Utilidade Pública: São aqueles que a Administração, reconhecendo sua conveniên-cia (não essencialidade ou necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou concorda que sejam prestados por terceiros (conces-sionários, permissionários ou autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores, mediante remune-ração dos usuários. Ex.: transportes coletivos, ener-gia elétrica, gás, telefonia, etc.

c) Serviços próprios do Estado: são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene, saúde pública, etc.) e para executá-los a Administração usa de sua supremacia sobre os administrados e, por is-so mesmo, só devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas sem delegação de particulares, sendo gratuitos ou de baixa remuneração para alcan-çar a todos.

d) Serviços impróprios do Estado: os que não afetam substancialmente as necessidades da comu-nidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, razão por que a Administração só os pres-tas mediante remuneração, através de órgãos ou en-tidades descentralizadas (autarquias, empresas pú-blicas, soc. economia mista) ou os delega a conces-sionários, permissionários ou autorizatários.

e) Serviços administrativos: são os que a Ad-ministração executa para atender a suas necessida-des internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como os da imprensa ofici-al, estações experimentais e outros dessa natureza.

f) Serviços industriais: são os que produzem renda para quem os presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração esta que se denomina tecnicamente de tarifa por sempre fixada pelo Poder Público, seja quem for que os exe-cute (energia elétrica, telefone, etc).

g) Serviços “uti universi” ou gerais: são os que a Administração presta sem ter usuários determina-dos, para atender a coletividade no seu todo, como serviços policiais, de iluminação pública, e outros. Tratam-se de serviços indivisíveis e satisfazem indis-criminadamente a população sem qualquer direito subjetivo a qualquer administrado, por isto, tais servi-ços devem ser mantidos por imposto e não por taxa ou tarifa, mensurável e proporcional ao serviço.

h) Serviços “uti singuli” ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para destinatário, como ocorre com o telefone, a água, energia elétrica domiciliares. Geram direito subjetivo à sua obtenção para os administra-dos que os usufruem.

REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE Compete sempre ao Poder Público, a regulamen-

tação e o controle do serviço público e de utilidade pública qualquer que seja a modalidade de sua pres-tação aos usuários. O fato de tais serviços serem de-legados a terceiros, estranhos à Administração Públi-ca, não retira do Estado seu poder indeclinável de regulamentá-los e controlá-los, exigindo sempre sua

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atualização e eficiência, além do exato cumprimento das condições impostas para sua prestação ao públi-co.

Em todos os atos ou contratos administrativos que cometem a exploração de serviços públicos a particu-lares, está sempre presente a possibilidade de modi-ficação unilateral de suas cláusulas pelo Poder Públi-co ou de revogação da delegação, desde que o inte-resse coletivo assim o exija. O Estado deve ter sem-pre em vista que o serviço público e de utilidade pú-blica são serviços para o público e que os prestado-res de tais serviços são, na verdade, servidores do público, pois o fim precípuo do serviço público é o de servir o público.

A regulamentação se dá mediante edição de atos administrativos próprios: decretos, portarias, contra-tos, etc.

REQUISITOS DO SERVIÇO E DIREITOS DO

USUÁRIO Os requisitos do serviço público ou de utilidade

pública são, modernamente, sintetizados em cinco princípios que a Administração deve ter sempre pre-sentes para exigi-los de quem os preste: 1) o princí-pio da permanência que impõe continuidade no ser-viço; 2) o da generalidade que impõe o serviço igual para todos; 3) o da eficiência que exige atualização do serviço; 4) o da modicidade exige tarifas razoá-veis; 5) e o da cortesia que se traduz em bom trata-mento para com o público. Caso falte quaisquer des-ses requisitos em um serviço público ou de utilidade pública a Administração deve intervir para restabele-cer seu regular funcionamento ou retomar sua pres-tação.

Os direitos do usuário são os reconhecidos em qualquer serviço público ou de utilidade pública como fundamento para a exigibilidade de sua prestação nas condições regulamentares e em igualdade com os demais utentes. São direitos cívicos, de conteú-do positivo, consistentes no poder de exigir da Admi-nistração ou de seu delegado, o serviço que um ou outro se obrigou a prestar individualmente aos usuá-rios. São direitos públicos subjetivos de exercício pessoal quando se tratar de serviço uti singuli e o u-suário estiver na área de sua prestação. Tais direitos dão ensejo às ações correspondentes, como manda-do de segurança para reparar judicialmente lesão de direito, ou, ainda, na Justiça, ação cominatória para exigir serviço que lhe foi negado pela Administração Pública, entre outras.

COMPETÊNCIA PARA PRESTAÇÃO DE SER-

VIÇO A repartição das competências para a prestação

de um serviço público ou de utilidade pública pelas quatro entidades estatais - U-E-DF-M - opera-se se-gundo os critérios técnicos e jurídicos, tendo-se em vista os interesses próprias de cada esfera adminis-trativa, a natureza e extensão dos serviços, bem co-mo a capacidade para executá-los vantajosamente para a Administração e para os administrados.

As competências estão definidas, constitucional-mente, nos artigos 21 e 22 (União) e remanescentes para os Estados (Art. 25, § 1.º) e para os Municípios (Art. 30), distinguindo a competência executiva da competência legislativa, bem como o critério da pre-dominância do interesse e não da exclusividade, em face das circunstâncias de lugar, natureza e finalida-de do serviço.

A par disso, a prestação dos serviços públicos ou de utilidade pública pode ser centralizada, quando

prestada por seus próprios órgãos, em seu nome ou sob sua exclusiva responsabilidade; descentralizada, quando o Poder Público transfere sua titularidade ou sua execução, por outorga ou delegação a autarqui-as, entidades paraestatais, empresas privadas ou particulares individualmente; ou desconcentrada, que é todo serviço que a Administração executa cen-tralizadamente, mas o distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e ob-tenção pelos usuários. A desconcentração é uma técnica administrativa de simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade, diversamente da descentralização, que é uma técnica de especiali-zação consistente na retirada do serviço dentro de uma entidade e transferência a outra para que o exe-cute com mais perfeição e autonomia. Mesmo assim, nossa legislação confunde freqüentemente descon-centração com descentralização.

CÓDIGO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá

outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber

que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

TÍTULO I

Dos Direitos do Consumidor

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 1° O presente código estabelece normas de

proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou

jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou

jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonali zados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante r emuneração,

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inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

CAPÍTULO II

Da Política Nacional de Relações de Consumo

Art. 4º A Política Nacional das Relações de

Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;

II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:

a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvimento de

associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de

consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com

padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.

III - harmonização dos interesses do s participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;

V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle d e qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;

VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;

VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;

VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.

Art. 5° Para a execução da Política Nacional das

Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:

I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;

II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;

III - criação de delegacias de políc ia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;

IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;

V - concessão de estímulos à criaç ão e desenvolvimento das Associações de Defesa do

Consumidor. § 1° (Vetado). § 2º (Vetado).

CAPÍTULO III

Dos Direitos Básicos do Consumidor Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra

os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igual dade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra prát icas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciário s e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniai s e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quand o for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

IX - (Vetado); X - a adequada e eficaz prestação dos serviços

públicos em geral. Art. 7° Os direitos previstos neste código não

excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas a utoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.

CAPÍTULO IV

Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos

SEÇÃO I

Da Proteção à Saúde e Segurança Art. 8° Os produtos e serviços colocados no

mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência

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de sua natureza e fruição, obr igando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.

Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços

potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade o u periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.

Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no

mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.

§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.

§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.

§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito.

Art. 11. (Vetado).

SEÇÃO II

Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,

nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunst âncias relevantes, entre as quais:

I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se

esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. § 2º O produto não é considerado defeituoso

pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.

§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:

I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no

mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de

terceiro. Art. 13. O comerciante é igualmente

responsável, nos termos do artigo anterior, quando:

I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;

II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, c onstrutor ou importador;

III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

Parágrafo único. Aquele que ef etivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais r esponsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente

dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela

adoção de novas técnicas. § 3° O fornecedor de serviços só não será

responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito

inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de

terceiro. § 4° A responsabilidade pessoa l dos

profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

Art. 15. (Vetado). Art. 16. (Vetado). Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-

se aos consumidores todas as vítimas do evento.

SEÇÃO III Da Responsabilidade por Vício do Produto e

do Serviço Art. 18. Os fornecedores de produtos de

consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impró prios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, p odendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.

§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exig ir, alternativamente e à sua escolha:

I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço. § 2° Poderão as partes convencionar a redução

ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem

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superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.

§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.

§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste arti go, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.

§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.

§ 6° São impróprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam

vencidos; II - os produtos deteriorados, alte rados,

adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;

III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.

Art. 19. Os fornecedores respondem

solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consum idor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - o abatimento proporcional do preço; II - complementação do peso ou medida; III - a substituição do produto por outro da

mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;

IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.

§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.

§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a me dição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos

vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da dispari dade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consum idor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço. § 1° A reexecução dos serviços poderá ser

confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.

§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem

inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.

Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham

por objetivo a reparação de qu alquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mant enham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor.

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas

empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.

Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os

vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.

Art. 24. A garantia legal de adequação do

produto ou serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de

cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.

§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos respon derão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.

§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.

SEÇÃO IV Da Decadência e da Prescrição

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios

aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de

serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de

serviço e de produtos duráveis. § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a

partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.

§ 2° Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada

pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;

II - (Vetado). III - a instauração de inquérito civil, até seu

encerramento. § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo

decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à

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reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

Parágrafo único. (Vetado).

SEÇÃO V Da Desconsideração da Personalidade

Jurídica Art. 28. O juiz poderá desconsidera r a

personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de ins olvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

§ 1° (Vetado). § 2° As sociedades integrantes dos grupos

societários e as sociedades co ntroladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

§ 3° As sociedades consorciada s são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.

§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.

§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

CAPÍTULO V

Das Práticas Comerciais

SEÇÃO I Das Disposições Gerais

Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do

seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.

SEÇÃO II Da Oferta

Art. 30. Toda informação ou publicidade,

suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou

serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão

assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.

Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone

ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial.

Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é

solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos.

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços

recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;

II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;

III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antec ipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.

SEÇÃO III

Da Publicidade Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal

forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.

Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e ci entíficos que dão sustentação à mensagem.

Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou

abusiva. § 1° É enganosa qualquer modal idade de

informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito d a natureza, características, qualidade, qu antidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.

§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.

§ 4° (Vetado). Art. 38. O ônus da prova da veracidade e

correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina.

SEÇÃO IV

Das Práticas Abusivas Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou

serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;

II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e , ainda, de conformidade com os usos e costumes;

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III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;

VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização exp ressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;

VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Inciso acrescentado pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

XI - Dispositivo incorporado pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da converão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999

XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.(Inciso acrescentado pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

XIII - aplicar fórmula ou índice de r eajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.870, d e 23.11.1999)

Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo o brigação de pagamento.

Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a

entregar ao consumidor orçamen to prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.

§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.

§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.

§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio.

Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou

de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada,

podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

SEÇÃO V

Da Cobrança de Dívidas Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor

inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

SEÇÃO VI

Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores

Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto

no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.

§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.

§ 2° A abertura de cadastro, f icha, registro e dados pessoais e de consumo d everá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.

§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários da s informações incorretas.

§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.

§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao créd ito junto aos fornecedores.

Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do

consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.

§ 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta por qualquer interessado.

§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código.

Art. 45. (Vetado).

CAPÍTULO VI Da Proteção Contratual

SEÇÃO I

Disposições Gerais Art. 46. Os contratos que regulam as relações de

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consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade d e tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.

Art. 47. As cláusulas contratuais s erão

interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

Art. 48. As declarações de vontade constantes

de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusiv e execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato,

no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

Art. 50. A garantia contratual é complementar à

legal e será conferida mediante termo escrito. Parágrafo único. O termo de ga rantia ou

equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser -lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de m anual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.

SEÇÃO II

Das Cláusulas Abusivas Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras,

as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;

III - transfiram responsabilidades a terceiros; IV - estabeleçam obrigações consideradas

iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;

V - (Vetado); VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em

prejuízo do consumidor; VII - determinem a utilização compulsória de

arbitragem; VIII - imponham representante para concluir ou

realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou

não o contrato, embora obrigando o consumidor; X - permitam ao fornecedor, direta ou

indiretamente, variação do preço de maneira

unilateral; XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato

unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;

XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;

XIII - autorizem o fornecedor a modif icar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;

XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;

XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;

XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.

§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:

I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;

III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.

§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.

§ 3° (Vetado). § 4° É facultado a qualquer consumidor ou

entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.

Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços

que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:

I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;

II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;

III - acréscimos legalmente previstos; IV - número e periodicidade das prestações; V - soma total a pagar, com e sem

financiamento. § 1° As multas de mora decorrentes do

inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação.(Redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996)

§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos.

§ 3º (Vetado). Art. 53. Nos contratos de compra e venda de

móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado.

§ 1° (Vetado).

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§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.

§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda corrente nacional.

SEÇÃO III

Dos Contratos de Adesão Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas

cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou m odificar substancialmente seu conteúdo.

§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.

§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.

§ 3° Os contratos de adesão escri tos serão redigidos em termos claros e c om caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediat a e fácil compreensão.

§ 5° (Vetado).

CAPÍTULO VII Das Sanções Administrativas

Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal,

em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços.

§ 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias.

§ 2° (Vetado). § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito

Federal e municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consu mo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores.

§ 4° Os órgãos ofici ais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial.

Art. 56. As infrações das normas de defesa do

consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas:

I - multa; II - apreensão do produto; III - inutilização do produto; IV - cassação do registro do produto junto ao

órgão competente; V - proibição de fabricação do produto; VI - suspensão de fornecimento de produtos ou

serviço; VII - suspensão temporária de atividade; VIII - revogação de concessão ou permissão de

uso; IX - cassação de licença do estabelecimento ou

de atividade; X - interdição, total ou parcial, de

estabelecimento, de obra ou de atividade; XI - intervenção administrativa; XII - imposição de contrapropaganda. Parágrafo único. As sanções previstas neste

artigo serão aplicadas pela au toridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo

com a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993)

Parágrafo único. A multa será em montante não inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente que venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993)

Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização

de produtos, de proibição de f abricação de produtos, de suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela administração, mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando forem constatados vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou serviço.

Art. 59. As penas de cassação de alvará de

licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem como a de inter venção administrativa, serão aplicada s mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo.

§ 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou contratual.

§ 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou suspensão da atividade.

§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença.

Art. 60. A imposição de contrapropaganda será

cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator.

§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, fr eqüência e

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dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.

§ 2° (Vetado). § 3° (Vetado).

TÍTULO II Das Infrações Penais

Art. 61. Constituem crimes contra as relações de

consumo previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e lei s especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.

Art. 62. (Vetado). Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre

a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, re cipientes ou publicidade:

Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.

§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.

§ 2° Se o crime é culposo: Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 64. Deixar de comunicar à auto ridade

competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:

Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.

Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.

Art. 65. Executar serviço de alto g rau de

periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente:

Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.

Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.

Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou

omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:

Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.

§ 1º Incorrerá nas mesmas pena s quem patrocinar a oferta.

§ 2º Se o crime é culposo; Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe

ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Parágrafo único. (Vetado). Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe

ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança:

Pena - Detenção de seis meses a dois anos e

multa: Parágrafo único. (Vetado). Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos,

técnicos e científicos que dão base à publicidade: Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 70. Empregar na reparação de produtos,

peça ou componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de

ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:

Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do

consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros:

Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa.

Art. 73. Deixar de corrigir imediat amente

informação sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:

Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o

termo de garantia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo;

Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer

para os crimes referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele proibidas.

Art. 76. São circunstâncias agravantes dos

crimes tipificados neste código: I - serem cometidos em época de grave crise

econômica ou por ocasião de calamidade; II - ocasionarem grave dano individual ou

coletivo; III - dissimular-se a natureza ilícita do

procedimento; IV - quando cometidos: a) por servidor público, ou por pessoa cu ja

condição econômico-social seja manifestamente superior à da vítima;

b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiên cia mental interditadas ou não;

V - serem praticados em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais .

Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção

será fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias de duração da pena privativa da liberdade cominada ao crime. Na individualização desta multa, o juiz observará o disposto no art. 60, §1° do Código Penal.

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Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa, podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:

I - a interdição temporária de direitos; II - a publicação em órgãos de comunicação de

grande circulação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;

III - a prestação de serviços à comunidade. Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que

trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha a substituí-lo.

Parágrafo único. Se assim reco mendar a situação econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:

a) reduzida até a metade do seu valor mínimo; b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. Art. 80. No processo penal atinente aos crimes

previstos neste código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo legal.

TÍTULO III

Da Defesa do Consumidor em Juízo

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos

consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

III - interesses ou direitos individ uais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.

Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,

são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

I - o Ministério Público, II - a União, os Estados, os Municípios e o

Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração

Pública, direta ou indireta, a inda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;

IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este cód igo, dispensada a

autorização assemblear. § 1° O requisito da pré-constituição pode ser

dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

§ 2° (Vetado). § 3° (Vetado). Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses

protegidos por este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de p ropiciar sua adequada e efetiva tutela.

Parágrafo único. (Vetado). Art. 84. Na ação que tenha por obje to o

cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que a ssegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).

§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado o réu.

§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor multa diária a o réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial.

Art. 85. (Vetado). Art. 86. (Vetado). Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este

código não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e despesas processuais.

Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuí zo da responsabilidade por perdas e danos.

Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único

deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.

Art. 89. (Vetado). Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste

título as normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no

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que respeita ao inquérito civil, naquilo que não contrariar suas disposições. civil, naquilo que não contrariar suas disposições.

CAPÍTULO II

Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais Homogêneos

Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82

poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a

ação, atuará sempre como fiscal da lei. Parágrafo único. (Vetado). Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça

Federal, é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer

o dano, quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito

Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de co mpetência concorrente.

Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital

no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.

Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a

condenação será genérica, fixa ndo a responsabilidade do réu pelos danos causados.

Art. 96. (Vetado). Art. 97. A liquidação e a execução de sentença

poderão ser promovidas pela ví tima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.

Parágrafo único. (Vetado). Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo

promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas in denizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.

§ 2° É competente para a execução o juízo: I - da liquidação da sentença ou da ação

condenatória, no caso de execução individual; II - da ação condenatória, quando coletiva a

execução. Art. 99. Em caso de concurso de cré ditos

decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão pre ferência no pagamento.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância recolhida ao

fundo criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser mani festamente suficiente para responder pela integralidade das dívidas.

Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem

habilitação de interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução da indenização devida.

Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.

CAPÍTULO III

Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do

fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:

I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;

II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de respon sabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretament e contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.

Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste

código poderão propor ação visando compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produçã o, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórm ula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.

§ 1° (Vetado). § 2° (Vetado).

CAPÍTULO IV

Da Coisa Julgada Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este

código, a sentença fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado

improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;

II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;

III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo

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100

único do art. 81. § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos

incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.

§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no proc esso como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.

§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.

§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.

Art. 104. As ações coletivas, previstas nos

incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.

TÍTULO IV Do Sistema Nacional de Defesa do

Consumidor Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa

do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor.

Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa

do Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:

I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao consumidor;

II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou sugestões apresentadas por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado;

III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus direitos e garantias;

IV - informar, conscientizar e moti var o consumidor através dos diferentes meios de comunicação;

V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para a apreciação de delito contra os consumidores, nos termos da legislação vigente;

VI - representar ao Ministério Público competente para fins de adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições;

VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de ordem administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores;

VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a fiscalizaç ão de preços, abastecimento, quantidade e segurança de bens e serviços;

IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas especiais, a formação de entidades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos estaduais e municipais;

X - (Vetado). XI - (Vetado). XII - (Vetado). XIII - desenvolver outras atividades compatíveis

com suas finalidades. Parágrafo único. Para a consecução de seus

objetivos, o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e entidades de notória especiali zação técnico-científica.

TÍTULO V

Da Convenção Coletiva de Consumo Art. 107. As entidades civis de consumidores e

as associações de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de consumo.

§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de títulos e documentos.

§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias.

§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento.

Art. 108. (Vetado).

TÍTULO VI

Disposições Finais Art. 109. (Vetado). Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao

art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: "IV - a qualquer outro interesse dif uso ou

coletivo". Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de

24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: "II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a

proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo".

Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24

de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: "§ 3° Em caso de desistência infundada ou

abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa".

Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e

6° ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:

"§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando h aja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos

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101

de que cuida esta lei. § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão

tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante combinações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial".

Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de

julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: "Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em

julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados".

Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n°

7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o caput, com a seguinte redação:

"Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a danos".

Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da

Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: "Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não

haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais".

Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de

julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:

"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor".

Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de

cento e oitenta dias a contar de sua publicação. Art. 119. Revogam-se as disposições em

contrário. Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da

Independência e 102° da República. FERNANDO COLLOR Bernardo Cabral Zélia M. Cardoso de Mello Ozires Silva

TESTES DE

RECURSOS HUMANOS

1 - No que respeita às relações organização x indivíduos, podemos afirmar (assinale a alternativa correta):

a) na organização, o indivíduo precisa ser eficaz, isto é, satisfazer suas necessidades individuais me-diante sua participação;

b) na organização, o indivíduo deve ser eficiente, ou seja, atingir os objetivos organizacionais com a sua participação;

c) o contrato psicológico reflete as expectativas sobre o que a organização e o indivíduo esperam ganhar com o novo relacionamento;

d) o relacionamento entre a organização e o indi-víduo geralmente apresentam-se cooperativo e sa-tisfatório;

e) todas as vantagens oferecidas pela empresa, aos empregados, devem constar no contrato de tra-balho formal.

2) A ARH preocupa-se: a) com os recursos físicos e matérias; b) com os recursos financeiros; c) com os recursos mercadológicos; d) com os recursos humanos; e) com os recursos administrativos. 3) Sobre as Teorias "X" a "Y", de McGregor, é

incorreto afirmar: a) a teoria "X" é cada vez mais atual, pois fun-

damenta-se em premissas e concepções absoluta-mente corretas;

b) a teoria "Y" apregoa uma maior liberalização e participação dos empregados, engajando-os na em-presa, tornando-os mais participativos;

c) uma das premissas da teoria "X" é de que o homem é primariamente motivado por incentives econômicos;

d) a teoria "Y", se comparada A teoria "X", é mais avançada e atual;

e) ambas as teorias tratam de administração de recursos humanos.

4) Tratando-se de suprimento de recursos hu-

manos, a palavra "turnover" significa: a) um turno após o outro; b) rotação de pessoal; c) a recontratação de empregado anteriormente

despedido; d) a contratação para diversos turnos; e) nenhuma das respostas acima é correta. 5) Quanto ao recrutamento de pessoal, é incorre-

to afirmar: a) o recrutamento pode ser interno ou externo; b) o recrutamento externo pode ser efetuado por

anúncios em jornais, rádios ou mesmo por anúncios em placas colocadas As portas da organização;

c) o recrutamento apenas se preocupa em trazer o candidate a empresa para submetê-lo ao proces-so de seleção;

d) o recrutamento interno normalmente é sucedi-do por um recrutamento externo;

e) recrutamento é um processo que se inicia com a requisição para o preenchimento da vaga e se en-cerra quando a vaga esta preenchida.

6) Absenteísmo, quando se fala em ARH, signifi-

ca: a) o número de candidatos recrutados em rela-

ção aos contratados; b) a soma dos períodos em que os empregados

da organização se encontravam ausentes do traba-lho, por qualquer razão;

c) a ausência nAo justificada; d) ausência por motivos de greve; e) ausência por motivos de férias; 7) Na seleção de pessoal, o teste, com finalidade

avaliar o caráter e o temperamento do candidato, é conhecido como:

a) teste de conhecimentos; b) teste de capacidade; c) teste psicométrico; d) teste de personalidade; e) técnicas de simulação. 8) A aplicação de recursos humanos significa:

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102

a) medir a dedicação dos empregados recém contratados;

b) treinar os selecionados para que se apliquem ao máximo, já desde o início do contrato;

c) integrar o selecionado à organização, ao cargo e, a partir daí, avaliar seu desempenho;

d) medir a eficiência do indivíduo recém contra-tado em relação ao anterior;

e) todas as alternativas estão incorretas. 9) Quanto à descrição dos cargos, podemos di-

zer: a) enumera as tarefas a serem executadas; b) informa o tempo de execução; c) descreve a forma de realização da tarefa; d) diz os objetivos da tarefa; e) todas as alternativas estio corretas. 10) Há diversos requisites necessários para a

perfeita análise de cargos. São requisitos mentais (assinale a alternativa incorreta)

a) o grau de instrução mínimo; b) experiência anterior; c) espírito de iniciativa; d) capacidade visual; e) condições de adaptabilidade ao cargo. 11) Na avaliação de desempenho, diversos mé-

todos são utilizados. O método que propõe diversas frases, referindo-se às mais variadas situações, cu-jas respostas admitem apenas o "sim" ou o "não", denomina-se:

a) método das frases descritivas; b) método dos incidentes cr[ticos; c) método da comparação aos pares; d) método da escala gráfica; e) método de escolha forçada. 12) A avaliação de cargos é o processo de anali-

sar e comparar o conteúdo de cargos, no sentido de colocá-los em uma ordem de classes, as quais po-dem ser usadas como base para um sistema de re-muneração. Para a avaliação existem métodos não quantitativos e quantitativos. Assinale a alternativa que contém um método quantitativo:

a) escalonamento de cargos; b) comparação por fatores; c) categorias pré-determinados; d) métodos estatísticos; e) métodos matemáticos. 13) Os benefícios sociais que as empresas con-

cedem aos empregados tem origens legais ou re-presentam mera liberalidade de organização. Assi-nale o benefício que é concedido por liberalidade:

a) salário-família; b) adicional noturno; c) seguro de vida em grupo; d) salário maternidade; e) auxílio doença. 14) É de responsabilidade de segurança do tra-

balho (assinale a incorreta): a) prevenção contra roubos; b) prevenção contra quedas; c) prevenção contra incêndios; d) prevenção contra acidentes; e) prevenção contra doenças ocupacionais. 15) A adaptação de um homem a um cargo a fei-

ta por: a) formação profissional; b) educação;

c) desenvolvimento profissional; d) treinamento; e) aperfeiçoamento. 16) São pressupostos básicos do desenvolvi-

mento organizacional: a) o plano de classificação de cargos; b) o concerto da cultura da empresa; c) a necessidade continua à mudança; d) a interação organização x ambiente; e) os objetivos individuais e os objetivos organi-

zacionais. 17) O esforço de desenvolvimento organizacional

deve considerar os seguintes elementos essenciais: a) trabalhar no longo prazo; b) procurar a eficácia como um todo, e não em

parte da organização; c) o elemento humano da empresa, especial-

mente o gerente de linha, não deve participar dos estudos;

d) o diagnóstico deve ser desenvolvido em con-junto, consultoria e gerentes de linha;

e) a implementação do esforço de DO deve ser conjunta, consultoria e gerentes.

18) "A função administrativa que consisto em

medir a corrigir o desempenho de subordinados, a fim de assegurar que os objetivos da empresa e os planos delineados para alcançá-los selam realiza-dos" é:

a) o desenvolvimento de equipes; b) o controle de recursos humanos; c) o banco de dados; d) a auditoria de recursos humanos; e) o sistema de informações. 19) Sistema de informações é: a) um banco de dados; b) um conjunto de dados que compõem o cadas-

tro individual dos empregados; c) um conjunto de padrões utilizados para efetuar

o controle; d) um conjunto de elementos interdependentes,

logicamente associados, para que de sua interação sejam geradas informações necessárias à tomada de decisões;

e) nenhuma das respostas acima é correta. 20) A auditoria de recursos humanos baseia-se

em padrões pré-estabelecidos. Os parâmetros nor-malmente utilizados são:

a) qualidade; b) quantidade; c) tempo gasto; d) custos; e) políticas.

Gabarito:

1 - c; 2 - d; 3 - a; 4 - b; 5 - e; 6 - b; 7 - d; 8 - c; 9 - e;

10 - d;

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103

11 - a; 12 - b; 13 - c; 14 - e; 15 - d; 16 - a; 17 - c; 18 - b; 19 - d; 20 - e.

TESTES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

1) - A Constituição do Brasil é a) flexível e histórica; b) escrita e rígida; c) semi-rígida e costumeira; d) escrita e flexível; e) dogmática e semi-rígida. 2) Tendo em vista a concepção Kelseniana de

Constituição, esta pode ser considerada no sentido: a) psicossocial da sociedade política; b) sociológica do Estado; c) puramente sociológica; d) lógico-jurídico e jurídico-positivo; e) lógico-jurídico e sociológico-jurídico. 3) A defesa do consumidor será promovida: a) pelos Estados-membros, na forma da lei

complementar federal; b) pelo Município, exclusivamente; c) pelo Estado, na forma estabelecida em lei; d) pelo Estado, independentemente de qual-

quer norma infraconstitucional; e) por associações, vedada ao Estado qual-

quer participação. 4) A nacionalidade mista resulta: a) do casamento e da anexação de território; b) da combinação da filiação (jus sanguinis)

com o local do nascimento (jus soli) c) da nacionalidade adquirida e da vontade do

indivíduo; d) da naturalização e do parentesco; e) do jus soli e da vontade do indivíduo. 5) A Constituição brasileira impõe ao constitu-

inte derivado limitações: a) temporais, materiais e econômicas; b) orçamentárias e materiais; c) temporais, circunstanciais e financeiras; d) circunstanciais e materiais; e) temporais, apenas. 6) A prestação de serviço público incumbe ao

Poder Político com observância da lei: a) diretamente, ou sob regime de permissão,

independentemente de licitação; b) diretamente, ou através das empresas pú-

blicas; c) indiretamente, com ou sem licitação, em

qualquer caso; d) diretamente, ou sob regime de concessão

ou permissão, sempre através de licitação; e) diretamente, ou sob regime de autorização. 7) Assinale a assertiva correta:

a) A competência dos Estados para legislar sobre direito tributário estendesse aos Municípios, quando lhes atenda às peculiaridades;

b) Existindo mora geral da União sobre matéria tributária, os Estados ficam impedidos de legislar supletivamente a respeito;

c) os Estados exercerão a competência legis-lativa plena sobre normas gerais de direito tributário, para atender a suas peculiaridades, ainda que exis-ta lei federal sobre a matéria;

d) Sobrevindo lei federal sobre normas de di-reito tributário, a lei estadual tributária tem sua efi-cácia suspensa, no que aquela lhe for contrária;

e) A competência da União para legislar sobre direito tributário não está sujeita a qualquer limita-ção.

8) No dispositivo da Constituição Federal que

diz caber a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação não há referência expressa a:

a) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

b) dívida ativa tributária; c) definição de espécies de tributos; d) definição de tributos; e) adequado tratamento tributário ao ato coo-

perativo praticado pelas sociedades cooperativas. 9) Não pode ser cobrado no mesmo exercício

financeiro da publicação da lei que o institui: a) o imposto sobre importação de produtos es-

trangeiros; b) o imposto sobre produtos industrializados; c) o imposto sobre operações de crédito, câm-

bio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobili-ários;

d) o imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

e) o imposto sobre grandes fortunas. 10) Indique a assertiva correta: a) Mesmo em casos de iminência de guerra

externa, a União não pode instituir impostos que não estejam compreendidos em sua competência tributária;

b) A isenção de tributo s(5 pode ser concedida por lei específica, federal, estadual ou municipal;

c) A instituição do imposto não previsto na Constituição Federal demanda lei complementar;

d) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclu-sivamente a incidência do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza-retenção na fonte devido na operação de origem;

e) Os impostos instituídos com base na com-petência tributária residual têm que ser cumulativos.

11) A República Federativa do Brasil, formada

pela união indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo-crático de Direito e tem como fundamentais:

a) a soberania, a dignidade da pessoa huma-na; os valores sociais do trabalho e da livre iniciati-va; o pluralismo político;

b) a soberania, a independência nacional; a não intervenção; a autodeterminação dos povos; o pluralismo político;

c) a cidadania; a dignidade da pessoa huma-na; a igualdade entre os Estados o pluralismo políti-co; os valores sociais do trabalho e da livre iniciati-va;

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104

d) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político;

e) n. d. a. 12) Houve em 1993, um plebiscito no pais para

decidir sobre: a) o federalismo; b) a criação de um novo Estado; c) a forma e os sistema de governo; d) a manutenção dos três poderes; e) n. d. a. 13) Sobre o Tribunal de Contas é correto afirmar

que: a) é um órgão auxiliar do poder Judiciário ao

qual pertence; b) pertence ao poder judiciário. enquanto apu-

ra fatos e, ao poder executivo, quando fiscaliza seu chefe supremo;

c) é órgão auxiliar do poder legislativo; d) cada poder tem seu tribunal de contas inde-

pendentes e autônomos; e) n. d. a. 14) O Presidente da República, para ausentar-

se do pais por período de trinta dias: a) precisa de licença do Senado Federal; b) precisa de licença da Câmara dos Deputa-

dos; c) precisa de licença do Congresso Nacional; d) não precisa de licença; e) n. d. a. 15) No processo e julgamento do presidente da

República, por crime de responsabilidade, a quem cabe a admissibilidade da acusação?

a) ao Supremo Tribunal Federal; b) ao Senado Federal; c) à Câmara dos Deputados; d) ao Congresso Nacional; e) n. d. a. 16) As constituições, quanto à forma, são classi-

ficadas em: a) dogmáticas e históricas ou costumeiras; b) populares ou outorgadas; c) escritas e semi-rígidas; d) escritas e não escritas; e) n. d. a. 17) O mandado de segurança coletivo pode, en-

tre outros, ser impetrado por: a) qualquer pessoa jurídica; b) qualquer associação de classe; c) partido político com representação no con-

gresso nacional; d) qualquer partido político; e) n. d. a. 18) Por maioria absoluta de uma casa legislativa

entende-se: a) a metade dos integrantes; b) a metade mais de um dos presentes; c) dois terços dos presentes; d) a metade mais um dos integrantes; e) n. d. a. 19) Por cidadania passiva entende-se: a) a condição do eleitor; b) a privação temporária dos direitos políticos; c) a perda dos direitos políticos; d) a elegibilidade:

e) n. d. a. 20) Sufrágio universal pressupõe: a) direito de voto em trânsito; b) direito de voto para todo o cidadão; c) eleições só para cargos federais; d) regime presidencialista; e) n. d. a. 21) A administração pública, nos termos da

constituição, obedecerá ao(s) seguintes princípios fundamental(ais):

a) da legalidade e da anuidade; b) da legalidade somente; c) da legalidade, da impessoalidade, da mora-

lidade e da publicidade; d) da legalidade e da publicidade, respeitados,

respectivamente, os termos da lei e as restrições quanto à divulgação de matéria publicitária;

e) n.d. a. 22) O direito de greve do funcionário público se-

rá exercido nos termos e nos limites definidos em: a) lei ordinária; b) lei delegada; c) lei complementar; d) resolução; e) n.d. a. 23) Em crime de responsabilidade, o Ministro de

Estado será processado com autorização: a) do senado federal e julgado pela câmara

dos deputados; b) da câmara dos deputados e julgado pelo

senado federal; c) do presidente da república e julgado pelo

supremo tribunal federal; d) da câmara dos deputados e julgado pelo

supremo tribunal federal. 24) O direito de iniciativa de projeto de lei com-

plementar dos tribunais superiores e exercido: a) no Senado Federal; b) no Congresso Nacional; c) na Câmara dos Deputados; d) no Senado Federal ou na Câmara dos De-

putados; e) n. d. a. 25) O Presidente da República não pode dele-

gar aos ministros de Estado a atribuição de: a) dispor sobre a organização e o funciona-

mento da administração federal; b) conceder indulto, com audiência, se neces-

sário, dos órgãos instituídos em lei; c) comutar penas, com audiências, se neces-

sário, dos órgãos instituídos em lei; d) conferir condecorações e distinções honorí-

ficas; e) n. d. a. 26) A competência para processar e julgar origi-

nariamente o habeas-corpus, quando o paciente for membro do conselho de contas dos municípios, é:

a) do juiz da comarca, onde o município estiver situado;

b) do tribunal de justiça; c) do tribunal regional federal; d) do superior tribunal de justiça; e) n. d. a.

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27) Processar e julgar o advogado-geral da Uni-ão, nos crimes de responsabilidade, é da compe-tência privativa:

a) do Supremo Tribunal Federal; b) do Superior Tribunal de Justiça; c) do Senado Federal; d) da Câmara dos Deputados; e) n. d. a. 28) Qual é o ministro do Estado que participa

dos conselhos da república e de defesa nacional, como membro nato?

a) Ministro do Planejamento; b) Ministro da Justiça; c) Ministro dos Relações Exteriores; d) Ministro da Economia; e) n.d. a. 29) As leis complementares serão aprovadas

por: a) maioria simples; b) maioria absoluta; c) maioria qualificada; d) maioria relativa; e) n.d. a. 30) A constituição se alicerça num pressuposto

lógico-transcendental, numa forma fundamental, que enuncia: devemos conduzir-nos como a consti-tuição prescreve. Esse postulado lembra:

a) São Tomás de Aquino e a escola Tomista; b) Hugo Grácio e o naturalismo; c) Jean-Jacques Rousseau e o contrato social; d) Hanskelsen e o positivismo jurídico; e) n. d. a. 31) É pacífico na doutrina que o poder constitu-

inte originário caracteriza-se como: a) inicial, autônomo e incondicionado; b) inicial, autônomo, ilimitado e incondicionado; c) inicial e ilimitado; d) autônomo, ilimitado e incondicionado; e) n. d. a. 32) Mandado de segurança, mandado de injun-

ção, habeas data são remédios constitucionais: a) que asseguram proteção jurídica aos direi-

tos individuais e coletivos; b) que só se aplicam aos crimes de responsa-

bilidade dos governantes; c) para proteger, indiretamente, qualquer direi-

to violado ou ameaçado de violação; d) empregados contra autoridades que prati-

cam atos lesivos ao interesse público; e) n. d. a. 33) A proposta de emenda à constituição será

discutida e votada em cada casa do Congresso Na-cional em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambas, os votos de:

a) 213 dos membros da Câmara dos Deputa-dos;

b) 213 dos membros presentes em ambos as casas;

c) 115 dos membros da Câmara dos Deputa-dos e do Senado;

d) 315 dos membros da Câmara dos Deputa-dos e do Senado;

e) n. d. a. 34) Os Deputados Federais são eleitos pelo sis-

tema: a) da maioria absoluta;

b) proporcional; c) misto; d) majoritário; e) n. d. a. 35) O chefe do poder executivo participa do

processo de elaboração da lei: a) com sua aquiescência aos termos de um

projeto de lei; b) pela sua discordância dos termos de um

projeto de lei; c) quando veta parcialmente um projeto de lei; d) pela iniciativa, sanção e veto; e) n. d. a. 36) A inviolabilidade dos deputados e senadores

por suas opiniões, palavras e votos caracteriza a imunidade:

a) material; b) processual; c) material e processual; d) política; e) n. d. a. 37) São características da Constituição imperial: a) forma federal de Estado e governo republi-

cano; b) forma federal de Estado e governo monár-

quico; c) forma unitária de Estado e governo monár-

quico; d) forma unitária de Estado e governo republi-

cano; e) n.d. a. 38) Ao menor de 14 anos: a) é totalmente permitido o trabalho; b) apenas é proibido o trabalho noturno, peri-

goso ou insalubre; c) qualquer trabalho é proibido, salvo na com-

panhia de seus responsáveis; d) qualquer trabalho é proibido, salvo no con-

dição de aprendiz; e) n.d. a. 39) O estado de defesa poderá ser decretado

pelo presidente da República, ouvido(a)(s); a) a Câmara dos Deputados; b) o conselho da República e o conselho da

defesa nacional; c) o Senado Federal; d) o conselho da República, o conselho de de-

fesa nacional e o congresso nacional; e) n. d. a. 40) O alistamento eleitoral e o voto são faculta-

tivos para: a) analfabetos, maiores de setenta anos, maio-

res de dezesseis anos e menores de dezoito anos; b) analfabetos, maiores de sessenta e cinco

anos, maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

c) maiores de setenta anos, maiores de de-zesseis anos e menores de vinte e um anos;

d) semi-analfabetos, maiores de sessenta a-nos, maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

e) n. d. a. 41) O Brasil é uma República Federativa, consti-

tuída, sob o regime representativo pela União indis-solúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Terri-tórios, cuja Carta Política:

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a) reconhece a soberania da Unido, sem preju-ízo do reconhecimento de idêntico atributo aos Es-tados-Membros;

b) assegura a autonomia dos Estados, mas re-conhece soberania apenas à União;

c) atribui à Unido e aos Estados a mesma competência legislativa;

d) confere aos Municípios todos os poderes que, explícita ou implicitamente,

não lhes sejam vedados pela mesma Constitui-ção, nem tenham sido confie ridos expressamente à Unido ou aos Estados;

e) n.d. a. 42) O regime federativo do Estado brasileiro, di-

ferentemente do que ocorre noutros Estados Fede-rais:

a) defere competências e rendas tanto à Unido quanto aos Estados e Municípios;

b) atribui competência legislativa apenas à U-nido e aos Estados, conferindo o estes o poder de legislar sobre as matérias de interesse dos seus Municípios;

c) assegura autonomia aos Estado, mas não permite que eles intervenham nos Municípios;

d) confere à União o poder de intervir nos Es-tados e nos Municípios, para prevenir ou reprimir atos subversivos ou de corrupção;

e) n. d. a. 43) A fim de preservar a autonomia dos Esta-

dos-Membros, a Constituição Federal: a) não permite que se criem novas unidades

políticas sem a prévia aprovação dos respectivos Assembléias Legislativas;

b) exige a criação de novos Estados seja apro-vada pela maioria de dois terços do Senado Fede-ral;

c) enumera, taxativamente, as hipóteses em que a União neles pode interir;

d) condiciona a expedição de quaisquer atos interventivos a prévia aprovação do Congresso Na-cional;

e) n. d. a. 44) Ao organizar o Poder Legislativo, a Constitu-

ição do Brasil optou pelo bicameralismo federal, de que resultou:

a) a existência de duas ordens legislativas, a federal e a estadual;

b) a atribuição do poder legislar a um Parla-mento Nacional, dividido em Câmara dos Deputa-dos e Senado Federal;

c) deferirem-se às duas Casas do Congresso Nacional competências: e atribuições idênticas;

d) terem a mesma duração os mandatos de senadores e deputados;

e) n. d. a. 45) Para assegurar a supremacia da nossa

Constituição, o legislador constituinte deferiu ao Po-der Judiciário o controle da constitucionalidade das leis, a ser exercício:

a) exclusivamente pelo STF; b) exclusivamente pelos tribunais com jurisdi-

ção por via de ação; c) por qualquer juiz ou tribunal, mas somente

por via de ação; d) por via de ação ou por via de exceção; e) n. d. a.

46) Declarada, pelo STF, a inconstitucionalidade em tese de lei ou até normativo, federal ou estadual, a cessação da sua eficácia:

a) será imediata e com efeitos "erga omnes"; b) somente ocorrerá depois que o Senado Fe-

deral suspender a sua execução; c) será imediata, se a decisão for tomada pela

maioria absoluta dos juizes da Corte; d) dependerá de ato expresso anulatório da

norma impugnada, baixado pelo presidente do STF; e) n. d. a. 47) A Administração pode anular o ato adminis-

trativo ilegal que praticou: a) desde que sejam respeitados os direitos ad-

quiridos; b) sem que esteja sujeita a qualquer condição

de conveniência administrativas; c) desde que esteja autorizada pelo Presidente

da República; d) n. d. a. 48) Tem legitimidade para propor ação popular: a) o sindicato, na condição de representante

de seus associados; b) a pessoa jurídica de direito privado, em cer-

tos casos; c) qualquer brasileiro maior de dezoito anos; d) n. d. a. 49) O Poder regulamentar, no âmbito federal,

compete: a) ao Presidente da República e aos ministros

de Estado; b) aos ministros de Estado, por delegação do

Presidente da República; c) ao Presidente da República, exclusivamen-

te; d) n. d. a. 50) Comportam regulamentação, em princípio: a) as leis processuais de modo geral; b) as leis civis e comerciais, apenas; c) as leis administrativas, apenas; d) n. d. a. 51) A modificação da base de cálculo do tributo,

que importe torná-lo mais oneroso: a) pode ser estabelecida através de decreto; b) pode ser estabelecida através de instrução

normativa; c) pode ser estabelecida, no âmbito estadual,

através de decreto-lei; d) n. d. a. 52) A revisão "ex officio" do lançamento tributá-

rio: a) é um ato administrativo discricionário; b) é um ato administrativo vinculado; c) é um ato administrativo vinculado, sob cer-

tos aspectos, e discricionário na medida em que é privativo da autoridade administrativa;

d) n. d. a. 53) A concessão de isenção tributária: a) é ato da competência exclusiva do Con-

gresso Nacional; b) pode ser formalizado através de decreto do

Presidente da República; c) está sujeita ao princípio da anterioridade; d) n. d. a. 54) A inscrição do crédito fiscal em dívida ativa:

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a) é causa de interrupção da prescrição; b) é causa de suspensão da prescrição por

prazo indeterminado; c) suspende a prescrição por cento e oitenta

dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se es-ta ocorrer antes de findo aquele prazo;

d) n. d. a. 55) Tratando-se de execução fiscal, o despacho

do juiz que ordena a citação: a) é causa de suspensão da prescrição; b) interrompe a prescrição, desde que a cita-

ção se faça no prazo de 10 dias; c) é causa de interrupção da prescrição; d) n. d. a. 56) A imunidade tributária do comprador: a) estende-se ao produtor, tratando-se de IPI; b) estende-se ao produtor, tratando-se de tri-

buto não vinculado; c) estende-se ao produtor, tratando-se de im-

posto indireto; d) n.d. a. 57) A imunidade tributária reciproca das pesso-

as públicas abrange: a) os tributos vinculados; b) os tributos indiretos, apenas; c) apenas as taxas; d) n. d. a. 58) A competência a tributária remanescente é

conferida: a) aos Estados-Membros; b) à Unido e aos Estados-Membros; c) aos Municípios e à União; d) n. d. a. 59) A competência para a concessão de isen-

ções: a) é conferida à Unido, Estados e Municípios,

relativamente aos impostos de sua competência; b) é privativo da União, mediante lei comple-

mentar, relativamente a tributos de modo geral; c) é exclusiva da União; d) n.d. a. 60) Compete à União, aos Estados e ao Distrito

Federal legislar, concorrentemente, sobre: a) direito eleitoral, tributário e financeiro; b) direito tributário, agrário e financeiro; c) criação, funcionamento e processo do Jui-

zado de Pequenas Causa; d) n.d. a. 61) Ingressando hoje no Serviço Público, medi-

ante regular nomeação, o servidor público é estável com:

a) 2 anos de efetivo exercício; b) 3 anos de efetivo exercício; c) 5 anos de efetivo exercício; d) n. d. a. 62) A Constituição declara como um dos direitos

fundamentais a inviolabilidade do sigilo das comuni-cações telefônicas, salvo:

a) por ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

b) por ordem do Ministério da Justiça, para fins de investigação criminal;

c) em matéria de segurança nacional; d) n.d. a.

63) A Federação Brasileira é composta: a) pela união dos Estados; b) pela união dos Estados, Municípios e Distri-

to Federal; c) pela dos Estados e dos Territórios; d) n.d. a. 64) O orçamento é produzido: a) mediante decreto do Presidente da Repúbli-

ca; b) mediante decreto legislativo do Congresso

Nacional; c) mediante projeto de lei do Presidente da

República votado pelo Congresso Nacional; d) n.d.a 65) Com o disciplinamento dado na Constituição

da República, o Distrito Federal recebeu competên-cias equivalentes às:

a) dos Estados; b) dos Municípios; c) dos Estados e Municípios; d) n. d. a. 66) A Constituição atual faculta a aposentadoria

proporcional ao homem e à mulher respectivamen-te, após:

a) 35 a 30 anos de trabalho; b) 30 a 25 anos de trabalho; c) 25 a 20 anos de trabalho; d) n.d. a. 67) Na administração direta e nas autarquias a

sindicalização dos servidores: a) não é permitida; b) é permitida somente aos empregados cele-

tistas; c) é permitida aos empregados celetistas e aos

funcionários estatutários; d) n. d. a. 68) A Constituição Federal de 1988 adotou, no

campo sindical: a) a unicidade sindical; b) o pluralismo sindical; c) a ampla liberdade sindical, no campo da cri-

ação de entidades, considerada a representação autêntica;

d) n. d. a. 69) Assinale a alternativa correta: a) Ministros do Tribunal de Contas da Unido

não têm as mesmas prerrogativas e vencimentos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) Ministro do Tribunal Superior do Trabalho não pode ser indicado pelo Presidente da República para o Supremo Tribunal Federal;

c) Restringe-se aos dissídios coletivos a com-petência da Justiça do Trabalho, quando o empre-gador é "ente de direito público externo".

d) n. d. a. 70) Assinale a afirmativa correta: a) A Constituição assegura ao Poder Judiciário

autonomia administrativa e financeira; b) A ação de inconstitucionalidade pode ser

proposta pelo Presidente da República, pelo Presi-dente do Congresso Nacional, pelo Governador de Estado e pelo Procurador-Geral da República;

c) Compete ao Supremo Tribunal Federal pro-cessar e julgar originariamente o mandato de segu-rança, contra atos do Presidente da República e de Ministros de Estado.

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d) n. d. a. 71) A respeito do mandato de segurança coleti-

vo, é certo afirmar que: a) pode ser impetrado irrestritamente por as-

sociação de classe legalmente constituída; b) exclui a impetração do mandado de segu-

rança individual; c) é restrito à defesa dos interesses da catego-

ria; d) n. d. a. 72) Assinale a alternativa correta: a) Conceder-se-á "habeas-data" em caso de

direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus";

b) A Constituição Federal de 1988 igualou as re-gras prescricionais de rurícolas e trabalhadores ur-banos, face à isonomia;

c) Abuso de poder de agente de pessoa jurídi-ca no exercício de atribuições do poder público, também autoriza mandato de segurança;

d) n.d. a. 73) Os Governadores são processados e julga-

dos, originalmente: a) pelo Supremo Tribunal Federal; b) pelo Superior Tribunal de Justiça; c) pelo Tribunal de Justiça do Estado; d) n.d. a. 74) A autonomia que é assegurada, constitucio-

nalmente, ao Município é: a) somente política e financeira; b) política, administrativa e financeira; c) também financeira, entre outras, pois lhe

cabe decretar e arrecadar tributos de sua compe-tência e aplicar suas rendas;

d) n. d. a. 75) Entre as garantias constitucionais do cida-

dão, está: a) a tutela judiciária dos direitos individuais; b) a retroatividade da lei penal; c) a do direito de ampla defesa; d) a do respeito ao direito adquirido, ao ato ju-

rídico perfeito e à coisa julgada. 76) Segundo a CF, está em gozo dos direitos

políticos o cidadão: a) que tem capacidade eleitoral ativa e passi-

va, adquirida e exercitável na forma legal; b) que tem capacidade de, dentro de certas

condições expressas, votar e ser votado, em elei-ções para cargos públicos;

c) não perdeu nem tem suspensa sua capaci-dade eleitoral, adquirida através do alistamento;

d) que tem capacidade eleitoral apenas consis-tente em poder escolher seus representantes para cargos públicos eletivos, em sufrágio universal e mediante voto direto, secreto e vinculado;

e) n. d. a. 77) No Sistema Constitucional Brasileiro: a) a Constituição Federal enumera exaustiva-

mente os poderes da Unido, dos Estados-Membros e dos Municípios;

b) a Constituição Federal só enumera os pode-res dos Estados-Membros e dos Municípios;

c) os poderes reservados são dos Estado-Membros;

d) os poderes reservados são da União; e) n. d. a.

78) O tribunal de Contas da União: a) é órgão integrante do Poder Judiciário; b) é órgão integrante do Poder Executivo; c) é órgão integrante do Poder Legislativo; d) pode ser integrado por quem não seja Ba-

charelem Direito, estando vedada a todos os seus membros a atividade político-partidária;

e) n. d. a. 79) O ingresso no serviço público depende a) do preenchimento da condição de brasileiro

nato b) da prestação de concurso público de pro-

vas, ou de provas e títulos, para quaisquer cargos c) da prestação de concurso público de pro-

vas, ou de provas e títulos, salvo para os cargos ou empregos regidos pela CLT

d) da prestação de concurso público de pro-vas, ou de provas e títulos, salvo para os cargos cu-jos titulares sejam demissíveis "ad mutum", e outros indicados em lei.

e) n.d. a. 80) Por meio de representação do Procurador-

Geral da Republica, o Supremo Tribunal Federal não pode declarar a inconstitucionalidade de nor-mas constantes de:

a) Constituição Estadual b) lei municipal c) decreto-lei (abolido pela atual CF) d) resolução de Tribunal Federal e) resolução de Tribunal Estadual 81) O princípio da isonomia: a) veda a prática de atos que configuram pre-

conceito racial b) proíbe qualquer distinção entre classes pro-

fissionais c) impede que a lei exclua da apreciação do

Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual d) significa que ninguém é obrigado a fazer ou

a deixar de fazer alguma coisa, sendo em virtude de lei

82) O mandado de segurança a) pode ser impetrado contra atos de dirigentes

de escolas particulares b) só pode ser impetrado depois do exaurimen-

to da via administrativa c) é remédio constitucional também adequado

à proteção do direito líquido e certo de locomoção d) só pode ser impetrado por pessoas físicas e) n. d. a. 83) A atividade econômica compete: a) ao Estado, sempre sob a forma de monopó-

lio b) às empresas públicas e às sociedades de

economia mista, em caráter preferencial c) às empresas e às sociedades de economia

mista, em caráter suplementar da iniciativa privada d) exclusivamente às empresas privadas e) n. d. a. 84) O direito de greve é: a) permitido tanto aos trabalhadores da esfera

privada, como aos servidores públicos b) permitido sem qualquer limitação ou restri-

ção d) proibido em atividades essenciais, definidas

em lei e) não é permitido no País.

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85) Pode ser decreta intervenção no Município: a) somente em casos expressamente previstos

na Lei Orgânica dos Municípios, editada pelo Esta-do-Membro

b) em casos de descumprimento de decisão judiciária, transita em julgado

c) pela União, quando o Prefeito deixar de prestar contas devidas, no forma da lei

d) na hipótese de o Município ter deixado de aplicar no ensino primário, anualmente 20%, pelo menos, de todas as suas receitas, de qualquer natu-reza

e) n.d. a. 86) Para a elaboração das leis ordinárias da U-

nião o processo legislativo admite a iniciativa: a) exclusivamente de deputados e senadores b) exclusivamente do Presidente da República c) de deputados, senadores, presidentes da

República, dos tribunais superiores, do procurador geral da República e dos cidadãos

d) n.d. a. 87) Com o disciplinamento dado na Constituição

da República o Distrito Federal recebeu competên-cias equivalentes às:

a) dos Estados e dos Municípios b) dos Territórios e dos Municípios c) dos Estados, Territórios e Municípios d) é equipado a um município e) n. d. a. 88) As Medidas Provisórias: a) mantém sua eficácia desde a edição, mes-

mo que convertidas em lei 20 dias após sua publi-cação

b) perdem a eficácia desde sua edição, assim que convertidas em lei, no prazo de 30 dias, a partir da publicação da referida Medida Provisória

c) perdem sua eficácia, somente a partir da da-ta de sua rejeição pelo Poder Legislativo, ficando válidos todos os efeitos produzidos até a referida data.

d) n. d. a. 89) Das afirmativas abaixo, referente ao proces-

so legislativo: 1. O Presidente da República poderá solicitar

urgência para apreciação de projetos de sua iniciati-va.

2. A apreciação das emendas do Senado Fe-deral pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias.

3. A sanção presidencial a projeto de lei só se verifica de forma expressa, nunca tacitamente.

4. Na sistemática constitucional brasileira, o projeto de lei só pode ser vetado por inconstitucio-nalidade ou se contrário ao interesse público.

Estão corretas: a) somente 1, 2 e 3 b) somente 2, 3 e 4 c) somente 1, 2 e 4 d) n. d. a. 90) Assinale a alternativa correta: a) Medidas Provisórias não estão compreendi-

das no processo legislativo, mas as leis delegadas e os decretos legislativos, sim.

b) Assembléias Legislativas, por sua maioria no país, podem propor emendas à Constituição Fe-deral.

c) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a Federação e a Re-pública.

d) n. d. a.

GABARITO

01) b 31) a 61) b 02) d 32) a 62) a 03) c 33) d 63) b 04) b 34) b 64) c 05) d 35) d 65) c 06) d 36) a 66) a 07) d 37) c 67) c 08) b 38) d 68) a 09) e 39) b 69) a 10) c 40) a 70) a 11) d 41) b 71) c 12) c 42) a 72) c 13) c 43) c 73) a 14) c 44) b 74) a 15) c 45) d 75) b 16) d 46) a 76) d 17) c 47) b 77) c 18) d 48) d 78) d 19) d 49) c 79) d 20) b 50) b 80) b 21) c 51) d 81) a 22) c 52) b 82) a 23) d 53) d 83) c 24) c 54) c 84) d 25) d 55) c 85) b 26) d 56) d 86) c 26) c 57) d 87) a 28) b 58) d 88) a 29) b 59) a 89) c 30) d 60) c 90) b

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