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Conheça o ST A Substituição Tributária (ICMS-ST) é o regime pelo qual a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte. A sistemática de recolhimento do ICMS através deste regime diminuiu consideravelmente a evasão fiscal, por esta razão os estados passaram a incluir cada vez mais produtos neste regime. Hoje são mais de 4.500 produtos incluídos no regime de Substituição Tributária. Acompanhar a variação de produtos incluídos no regime já se torna um complicador para o profissional da contabilidade, mas, além disso, é preciso acompanhar a legislação de cada estado que determina as variáveis de alíquota, margem de valor agregado (MVA) ou ajustada por produto. A cada mês são publicados mais de 30 atos legais com novas definições de margens e ou alíquotas para o cálculo do imposto. Pensando nessa complexidade a COAD foi a pioneira em criar um site que acompanhe a legislação diariamente e apresenta com atualização online as regras concernentes ao regime, identifica e lista os produtos que estão no regime de ICMS-ST por estado, informa as alíquotas e MVA de cada produto, e mais: de forma INÉDITA esse site permite que o profissional saiba o valor exato do ICMS a recolher na operação, bastando para isso que informe o produto e os estados de origem e destino da mercadoria. Isso quer dizer que a COAD é a única que informa a MVA do produto de forma automática, calcula o ICMS e ainda simula o preenchimento da Nota Fiscal. Enfim, o ST com atualização online está segmentado nas seguintes áreas: Notícias diárias sobre a legislação de Substituição Tributária; Lista de produtos que estão no regime de ICMS-ST; Lista das margens e alíquotas por produto e por estado; Cálculo automático do ICMS a recolher (único sistema que já fornece a MVA do produto); Simulação de preenchimento da nota fiscal alocando os valores simulados nos campos corretos.

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Page 1: Conheça o ST

Conheça o ST

A Substituição Tributária (ICMS-ST) é o regime pelo qual a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte.

A sistemática de recolhimento do ICMS através deste regime diminuiu consideravelmente a evasão fiscal, por esta razão os estados passaram a incluir cada vez mais produtos neste regime. Hoje são mais de 4.500 produtos incluídos no regime de Substituição Tributária.

Acompanhar a variação de produtos incluídos no regime já se torna um complicador para o profissional da contabilidade, mas, além disso, é preciso acompanhar a legislação de cada estado que determina as variáveis de alíquota, margem de valor agregado (MVA) ou ajustada por produto.

A cada mês são publicados mais de 30 atos legais com novas definições de margens e ou alíquotas para o cálculo do imposto.

Pensando nessa complexidade a COAD foi a pioneira em criar um site que acompanhe a legislação diariamente e apresenta com atualização online as regras concernentes ao regime, identifica e lista os produtos que estão no regime de ICMS-ST por estado, informa as alíquotas e MVA de cada produto, e mais: de forma INÉDITA esse site permite que o profissional saiba o valor exato do ICMS a recolher na operação, bastando para isso que informe o produto e os estados de origem e destino da mercadoria. Isso quer dizer que a COAD é a única que informa a MVA do produto de forma automática, calcula o ICMS e ainda simula o preenchimento da Nota Fiscal.

Enfim, o ST com atualização online está segmentado nas seguintes áreas:

Notícias diárias sobre a legislação de Substituição Tributária; Lista de produtos que estão no regime de ICMS-ST; Lista das margens e alíquotas por produto e por estado; Cálculo automático do ICMS a recolher (único sistema que já fornece a MVA do produto); Simulação de preenchimento da nota fiscal alocando os valores simulados nos campos corretos.

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1. CONCEITO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

O regime de substituição tributária está previsto na Constituição Federal de 1988, artigo 150, § 7º, o qual estabelece que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

Em outras palavras, a lei elege uma terceira pessoa para cumprimento da obrigação tributária, em lugar do contribuinte natural.

Para um melhor entendimento, podemos dizer que este regime consiste, basicamente, na cobrança do imposto devido em operações subsequentes, antes da ocorrência do fato gerador. Ou seja, antes de uma posterior saída ou circulação da mercadoria, o imposto correspondente deve ser retido e recolhido.

Este tipo regime é comumente chamado de substituição tributária para frente.

Os produtos sujeitos ao regime de substituição tributária são relacionados em Convênios, Protocolos e legislações estaduais.

Assim, por exemplo, na venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária efetuada por industrial ao distribuidor, o industrial deverá reter e recolher o ICMS que será gerado nas operações subsequentes com esta mercadoria, ou seja, deverá ser retido o ICMS que será devido na venda do distribuidor para o varejista e na venda do varejista para o consumidor final.

1.1. A quem se destina

O regime de substituição tributária do ICMS atinge a qualquer contribuinte do ICMS.Considera-se contribuinte deste imposto qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

2. OUTRAS MODALIDADES DE SUBSTITUIÇÃO

Existem ainda outras duas formas de aplicação do regime de substituição tributária, são elas: 

2.1. Antecedente ou “Para Trás”

Comumente chamada de diferimento, acontece quando o recolhimento do ICMS é adiado para um momento futuro, transferindo-se a responsabilidade deste imposto para terceiro.

Como exemplo, podemos citar as operações internas com sucata realizada por sucateiro, pessoa física. Mesmo que ocorra o fato gerador do ICMS (circulação da mercadoria), este imposto será diferido até que ocorra a venda da sucata para a indústria ou empresa atacadista, sendo o imposto correspondente à esta operação de responsabilidade do comprador.

2.2. Concomitante

Caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação/prestação, concomitantemente a ocorrência do fato gerador.

Como exemplo, podemos citar os casos de contratação, por contribuinte do ICMS, de serviços transporte de cargas realizado por profissional autônomo, sem inscrição no Cadastro Estadual ou não contribuinte do imposto. Nesta a operação onde ocorre o fato gerador do ICMS onde a responsabilidade seria do próprio prestador de serviço por força da legislação, o tomador de serviço fica sendo o responsável pelo pagamento deste imposto.

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3. CONTRIBUINTES DO REGIME

3.1. Substituto

Aquele que assume a condição de responsável pela retenção e pagamento do imposto é chamado de substituto tributário, contribuinte substituto, ou, simplesmente, responsável.

3.2. Substituído

Os demais envolvidos na cadeia de circulação da mercadoria, ou seja, aqueles que receberão a mercadoria do substituto e sofrerão a retenção, são chamados de substituídos.

4. OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL

O regime de substituição tributária se sobrepõe a qualquer outra forma de tributação a que esteja submetido o contribuinte. Portanto, este regime também se aplica às empresas optantes pelo Simples Nacional, tanto na condição de substituto quanto na condição de substituído. As operações realizadas com mercadorias tributadas no regime de substituição tributária são excluídas da receita total na hora do cálculo do ICMS pelo Simples Nacional. Se um industrial, varejista ou distribuidor de cimento, por exemplo, optar pelo Simples Nacional, ele não terá benefício algum em relação ao ICMS, pois toda a sua receita será tributada pelo regime de substituição tributária. Para o cálculo do ICMS ST dos optantes pelo SIMPLES consulte o item 5- CÁLCULO DO ICMS - ST.

5. CÁLCULO DO ICMS- ST

5.1. Cálculo do ICMS a ser Retido

Por ocasião da saída da mercadoria, o ICMS a ser retido pelo substituto deverá ser calculado como segue:

5.1.1. SUBSTITUTO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL1. Sobre a base de cálculo apurada, deverá ser aplicada a alíquota interna do produto prevista no Estado para onde irá

a mercadoria. O resultado do cálculo corresponde ao ICMS total incidente na operação do substituído;

2. Do ICMS total incidente na operação deve ser deduzido o ICMS da própria operação. No caso de contribuinte enquadrado no Simples Nacional não existe ICMS da própria operação destacado na NF. Assim, apenas para cálculo da retenção, deverá ser presumido o ICMS da própria operação, mediante aplicação da alíquota devida por contribuinte tributado, ou seja, não optante pelo Simples Nacional;

3. O resultado no item 2 é o ICMS a ser retido e recolhido. 

5.1.2. SUBSTITUTO NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL1. Sobre a base de cálculo apurada, deverá ser aplicada a alíquota interna do produto, vigente no Estado para onde irá

a mercadoria. O resultado deste cálculo corresponde ao ICMS total incidente na operação do substituído;

2. Do ICMS total incidente na operação deve ser deduzido o ICMS da própria operação (ICMS normal destacado na Nota Fiscal que o substituto emitir);

3. O resultado apurado no item 2 é o ICMS a ser retido e recolhido.

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5.2. Base de Cálculo

A base de cálculo, para fins de substituição tributária em operações subsequentes, regra geral, será obtida pelo somatório das parcelas relacionadas a seguir:

a) do valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído;

b) do montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) da margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subsequentes, determinada em cada legislação estadual ou em Protocolos e Convênios que determinam a aplicação do regime.

AO CONSULTAR O SISTEMA ST VOCÊ JÁ OBTERÁ A MARGEM DE VALOR AGREGADO BASEADA NA LEGISLAÇÃO DE SEU ESTADO.

5.2.1. Margem de Valor AgregadoA Margem de Valor Agregado – MVA, chamada em alguns estados de Índice de Valor Agregado – IVA, é estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem, ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. Encontramos a MVA em percentuais já prontos para aplicação direta, chamada de “margem original”, normalmente utilizada nas operações internas, e de margem ajustada, que é obtida através de solução de uma fórmula estabelecida nos atos específicos, ou seja, representa um ajuste dos valores em função das alíquotas aplicadas nas operações.

 

5.2.1.2. FÓRMULAS PARA CÁLCULO DA MVAA seguir apresentamos as formulas para cálculo da MVA Ajustada:

MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) ÷ (1- ALQ intra)] -1”,

Onde:

MVA ST original – é a margem de valor agregado prevista na legislação do Estado do destinatário para suas operações internas com produto sujeito ao regime de substituição tributária;

ALQ inter – é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;

ALQ intra – é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga tributária efetiva.

Exemplo do uso da fórmula de MVA ajustada:

Calculo da MVA Ajustada, usando a fórmula citada, onde a MVA original é de 34,87%, alíquota Interestadual (ALQ Inter) = 12%,  e alíquota Interna  (ALQ Intra) =  25%.

Para facilitar o cálculo, é necessário:

Transformar os percentuais ( Alíquotas e MVA original) em números decimais. Logo, 34,87 % =0,3487, 12% = 0,12,  25% = 0,25.

Resolver a fórmula por parte:  [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) ÷ (1- ALQ intra)] -1, onde temos :

MVA ajustada = ((A x B) – 1) x100

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A = (1+ MVA-ST original)

B = (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)

A = (1 + MVA-ST original)

A = (1 + 0,3487)

A = 1,3487

B = (1 - ALQ inter) : (1 - ALQ intra)

B = (1 – 0,12) : (1 – 0,25)

B = 0,88 : 0,75

B = 1,1733

MVA Ajustada

= ((A X B) – 1) x 100

= ((1,3487 x 1,1733) -1) x 100

= 58,24 MVA ajustada.

Atenção!

Nas operações interestaduais em que o optante pelo Simples Nacional esteja na condição de substituto tributário  não será aplicada a MVA ajustada, para determinação da base de cálculo da ST, devendo, nessa hipótese, ser utilizada a MVA original estabelecida no ato legal.  Nos  casos em que a responsabilidade pelo recolhimento for atribuída ao destinatário, não será aplicado o  ajuste do MVA quando o fornecedor for optante pelo Simples Nacional.

5.2.1.2.3. Outras formas de apuração da base de cálculoPara alguns casos específicos, poderão ser adotados os seguintes valores como base de cálculo do ICMS substituição tributária:

 

mercadoria cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixada por órgão público competente, a base de cálculo do ICMS é o preço estabelecido pelo referido órgão;

nos casos de produtos nos quais as práticas comerciais preveem a existência de preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, a legislação também pode estabelecer como base de cálculo este preço;O preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, estabelecido com base em preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser 

6. FALTA DE RETENÇÃO DO ICMS

Nos casos de aquisição de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, sem a devida retenção do ICMS, por desconhecimento do remetente ou por qualquer outro motivo, o adquirente deverá efetuar a antecipação do respectivo imposto, por ocasião da entrada da mercadoria. Para tanto, deverá proceder como segue.

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6.1. Fornecedor não Enquadrado no Simples Nacional1. Considerando os dados constantes da NF do fornecedor, o adquirente e agora responsável pelo pagamento do

ICMS pela entrada, determinará a base de cálculo para retenção de acordo com as regras aplicáveis ao produto;

2. Sobre a base de cálculo da retenção, deverá ser aplicada a alíquota interna do produto prevista naquele Estado. O resultado do cálculo corresponde ao “ICMS total incidente na operação”;

3. Do ICMS total incidente na operação, deve ser deduzido o “ICMS da própria operação” destacado na nota fiscal do remetente;

4. O resultado do item 3 é o ICMS a ser recolhido por antecipação.

6.2. Fornecedor Enquadrado no Simples Nacional1. Considerando os dados constantes da NF do fornecedor, o adquirente e agora responsável pelo pagamento do

ICMS pela entrada, determinará a base de cálculo para retenção de acordo com as regras aplicáveis ao produto;

2. Sobre a base de cálculo da retenção, obtida na 1ª fase, aplicar a alíquota interna do produto prevista naquele Estado. O resultado do cálculo corresponde ao “ICMS  total incidente na operação”;

3. Do ICMS total incidente na operação deve ser deduzido o ICMS da própria operação do fornecedor. Neste caso o fornecedor é contribuinte enquadrado no Simples Nacional e não tem ICMS da própria operação destacado na NF. Assim, apenas para cálculo da antecipação, deverá ser presumido o ICMS da própria operação, mediante aplicação da alíquota devida por contribuinte tributado, ou seja, não optante pelo Simples Nacional, sobre o valor da operação do fornecedor, que consta na NF dele;

4. O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação) obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser recolhido por antecipação, de acordo com o decêndio de entrada.

7. CÁLCULO INCORRETO DO IMPOSTO

Caso alguma parcela que deva compor a base de cálculo da retenção, não seja incluída, por exemplo: IPI, seguros, MVA/IVA menor, frete FOB, e etc.), ou quem fez a retenção tinha aplicado uma alíquota menor  de ICMS ou de IPI, o adquirente também deve realizar um cálculo na entrada para antecipação complementar do ICMS não retido pelo substituto e deverá observar, no que couberem, as regras gerais para antecipação pela entrada que comentamos neste item. 

8. RECOLHIMENTO

O recolhimento do ICMS ST deve ser realizado por aquele contribuinte que estiver caracterizado como responsável naquela situação de substituição, ou seja, pode ser o remetente ou o destinatário, conforme o caso. É importante ressaltar que o ICMS recolhido por substituição tributária é sempre um recolhimento à parte, não se confundindo com os recolhimentos relativos a outras operações.

8.1. Documento de Arrecadação

Para fins de recolhimento em operações internas são utilizados documentos de arrecadação e códigos de arrecadação específicos, de acordo com cada estado.

8.1.1. Guia Nacional de Recolhimentos de Tributos EstaduaisNos casos em que o contribuinte de um estado realiza recolhimento de ICMS por substituição tributária para outro Estado, o documento de arrecadação a ser utilizado é a , confira neste link GNRE - Guia Nacional de Recolhimentos de Tributos Estaduais, que poderá ser preenchida pelo contribuinte, via internet . Na GNRE deverá ser informado:

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Campo 1 - Código da unidade federada favorecida; Campo 2 - Código da Receita: será preenchido pelo contribuinte, conforme especificado em tabela impressa no

verso da GNRE; Campo 3 - CNPJ/CPF do contribuinte: será identificado o número do CNPJ /MF ou CPF/MF, conforme o caso; Campo 4 - Nº do Documento de Origem: será identificado somente o número do auto de infração, do parcelamento,

da inscrição como dívida ativa ou da declaração da importação, conforme o caso, atendendo as necessidades de cada UF;

Campo 5 - Período de Referência ou Nº Parcela: será indicado o mês e ano (no formato MM/AAAA) referente à ocorrência do fato gerador do tributo ou o número da parcela, quando se tratar de parcelamento;

Campo 6 - Valor Principal: será indicado o valor nominal histórico do tributo; Campo 7 - Atualização Monetária: será indicado o valor da atualização monetária incidente sobre o valor principal; Campo 8 - Juros: será indicado o valor dos juros de mora; Campo 9 - Multa: será indicado o valor da multa de mora ou da multa aplicada em decorrência da infração; Campo 10 - Total a Recolher: será indicado o valor do somatório dos campos 6 a 9; Campo 11 - Reservado: para uso das UFs; Campo 12 - Microfilme; Campo 13 - UF Favorecida: será indicado o nome e a sigla da unidade da Federação favorecida; Campo 14 - Data de Vencimento: indicar o dia, mês e ano (no formato DD/MM/AAAA) em que o tributo deverá ser

recolhido; Campo 15 - Número do Convênio ou Protocolo/Especificação da Mercadoria: será indicado o número do Convênio

ou Protocolo que criou a obrigação tributária e especificada a mercadoria correspondente ao pagamento do tributo; Campo 16 - Nome, Firma ou Razão Social: será indicado o nome, a firma ou a razão social, do contribuinte; Campo 17 - Inscrição Estadual na UF Favorecida: o contribuinte indicará o número de sua inscrição estadual na

unidade da Federação favorecida; Campo 18 - Endereço Completo: será indicado o logradouro, o número e complemento do endereço do contribuinte; Campo 19 - Município: será indicado o Município do contribuinte; Campo 20 - UF: será indicada a sigla da unidade da Federação do contribuinte; Campo 21 - CEP: será indicado o Código de Endereçamento Postal do contribuinte; Campo 22 - DDD/Telefone: será indicado o número do telefone do contribuinte; Campo 23 - Informações Complementares: reservado a outras informações exigidas pela legislação tributária ou que

se façam necessárias; Campo 24 - Autenticação: espaço para aposição da chancela indicativa do recolhimento da receita pelo agente

arrecadador; Campo 25 - Código de Barras: espaço reservado para impressão do Código de Barras. 

 

8.2. PRAZOS

O ICMS relativo à substituição tributária tem prazos específicos previstos nas legislações de cada estado.Os Convênios e Protocolos que tratam de substituição tributária entre estados normalmente trazem prazos específicos para as mercadorias que deles fazem parte. A seguir, relacionamos os prazos de recolhimento do ICMS por substituição tributária nos Estados especificados.

8.2.1. RIO DE JANEIRO

8.2.1.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 9 do mês subsequente ao fato gerador

Recolhimento do imposto retido a favor do Estado do Rio de Janeiro, relativo às operações internas e interestaduais sujeitas ao regime de substituição tributária, referente aos fatos geradores ocorridos no mês, exceto aquelas com prazo específico

8.2.1.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Vencimento até o dia 10 do mês subseqüente

Recolhimento do imposto retido a favor do RJ, relativo às operações com cimento, gasolina automotiva, óleo diesel, combustível e lubrificante, gás liquefeito de petróleo e natural, álcool hidratado, aditivos, agentes de limpeza e anticorrosivos, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês.

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8.2.2. SÃO PAULO

8.2.2.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o 3º dia útil do mês subsequente ao fato gerador

Recolhimento do imposto retido, referente às operações realizadas no mês, com cimento, refrigerante, cerveja, chope e água (exceto água natural, mineral, gasosa ou não, ou potável, em embalagem com capacidade igual ou superior a 5.000 ml que possui vencimento específico)

8.2.2.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 9 do mês subsequente ao fato gerador

ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA/CÓDIGO DE PRAZO DE RECOLHIMENTO 1090 - Recolhimento do imposto retido, referente às operações realizadas, no mês com tintas, vernizes e outros produtos químicos, energia elétrica, veículo novo, veículo automotor de duas rodas, pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha, fumo e seus sucedâneos manufaturados, sorvete de qualquer espécie e preparado para fabricação de sorvete em máquina, bem como pelo contribuinte enquadrado em código de Cnae-Fiscal que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição.

8.2.2.3. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA/CÓDIGO DE PRAZO DE RECOLHIMENTO 1090

Vencimento até o último dia do segundo mês subsequente ao fato gerador,  recolhimento do imposto retido inclusive pelos optantes do Simples Nacional, referente às operações realizadas no mês, com medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria e produtos de higiene pessoal, ração tipo pet para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção, colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, material elétrico e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, água natural, mineral, gasosa ou não, ou potável, em embalagem com capacidade igual ou superior a 5.000 ml.

8.2.2.4. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA/ME E EPP OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL

Vencimento até o até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente ao fato gerador para o  recolhimento do imposto devido por substituição tributária, referente às operações realizadas no mês. Este prazo não será aplicado para as as seguintes mercadorias que possuem vencimentos específicos como:  medicamentos e contraceptivos, bebida alcoólica, exceto cerveja e chope, produtos de perfumaria e produtos de higiene pessoal, ração tipo pet para animais domésticos, produtos de limpeza, produtos fonográficos, autopeças, pilhas e baterias novas, lâmpadas elétricas, papel, produtos da indústria alimentícia, materiais de construção, colchoaria, ferramentas, bicicletas e suas partes, instrumentos musicais, brinquedos, máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos, produtos de papelaria, artefatos de uso doméstico, material elétrico e produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos, água natural, mineral, gasosa ou não, ou potável, em embalagem com capacidade igual ou superior a 5.000 ml.

8.2.3. MINAS GERAIS

8.2.3.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA POR SAÍDAS - vencimento até o dia 09 do mês subsequente ao fato gerador

Recolhimento do imposto retido a favor do Estado de Minas Gerais, referente às operações e prestações realizadas no mês, com as mercadorias e serviços sujeitos a esse regime, exceto aqueles com prazo específico.

8.2.3.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o último dia do mês subsequente ao da saída da mercadoria

Recolhimento do imposto retido a favor do Estado de Minas Gerais, referente às operações realizadas no mês, pelos responsáveis classificados nas CNAEs 1011-2/01 (frigorífico – abate de bovinos), 1012-1/01 (abate de aves), 1012-1/02 (abate de pequenos animais), 1012-1/03 (frigorífico – abate de suínos), 1013-9/01 (fabricação de produtos de carne), 1052-0/00 (fabricação de laticínios), 1121-6/00 (fabricação de

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águas envasadas), 2110-6/00 (fabricação de produtos farmoquímicos), 2121-1/01 (fabricação de medicamentos alopáticos para uso humano), 2121-1/03 (fabricação de produtos fitoterápicos para uso humano), 2123-8/00 (fabricação de preparações farmacêuticas), 3104-7/00 (fabricação de colchões), 4631-1/00 (comércio atacadista de leite e laticínios), 4634-6/01(comércio atacadista de carnes bovinas e suínas e derivadas) e 4634-6/02 (comércio atacadista de aves abatidas e derivados).

8.2.4. SANTA CATARINA

8.2.4.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 10 do mês subsequente ao fato gerador

Recolhimento do imposto retido a favor de Santa Catarina, referente às operações realizadas diversos produtos que não tenham prazos específicos no mês. 

8.2.4.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 20 do mês seguinte ao da apuração

DISTRIBUIDOR OU ATACADISTA DETENTOR DE REGIME ESPECIAL - Recolhimento do imposto retido por substituição tributária, relativo às entradas de rações tipo pet para animais domésticos, cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador, aparelho de barbear, lâmina de barbear descartável e isqueiro, pilhas e baterias elétricas, produtos alimentícios, artefatos de uso doméstico, material de limpeza, artigos de papelaria e brinquedos, provenientes de outras unidades da federação, ocorridas no mês de maio/2012.

8.2.5. ESPÍRITO SANTO

8.2.5.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 09 do mês subsequente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Espírito Santo, relativo às operações realizadas no mês, com: derivados do fumo; cerveja, chope, refrigerante, água mineral ou potável e gelo classificados nas posições 22.01  a 22.03 NBM/SH; açúcar; produtos farmacêuticos; picolés, sorvetes e acessórios ou componentes destinados a integrar ou acondicionar o sorvete, tais como: casquinhas, coberturas, copos ou copinhos, palitos, pazinhas, taças, recipientes, xaropes e outros; pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha, classificados nas posições 4011 e 4013 e na subposição 4012.90 da NCM/SH; tintas, vernizes e outras mercadorias da indústria química; veículos novos com seus respectivos acessórios; filme fotográfico e cinematográfico e slide; aparelhos de barbear, lâminas de barbear e isqueiros de bolso, a gás, não recarregáveis; lâmpada elétrica e eletrônica; reator e starter; pilhas e baterias elétricas, e acumuladores elétricos; disco fonográfico, fita virgem ou gravada e outros suportes para reprodução ou gravação de som ou imagem; material de construção – telhas, cumeeiras e caixas d'água de cimento, amianto, fibrocimento, polietileno e fibra de vidro, inclusive suas tampas;  rações tipo pet para animais domésticos; aparelhos celulares e cartões inteligentes; autopeças; vermute e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados por plantas ou substâncias aromáticas, classificados na posição 22.05, e bebidas alcoólicas quentes, classificadas na posição 22.08 da NCM/SH; colchoaria; bebidas quentes.

8.2.5.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 10 do mês subsequente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Espírito Santo, referente às operações ocorridas no mês, com: cimento de qualquer tipo, exceto o branco e derivados ou não de petróleo – operações internas e interestaduais.

8.2.5.3. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 15 do mês subseqüente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Espírito Santo, relativo às operações ocorridas no mês, com: café torrado ou moído; biscoito; pães industrializados e massas de qualquer espécie (derivados de farinha de trigo); óleos comestíveis, inclusive azeite.

 

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8.2.7. RIO GRANDE DO SUL

8.2.7.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CIMENTO - APURAÇÃO MENSALVencimento até o dia 10 do mês subsequente ao fato gerador , recolhimento do imposto retido a favor do Rio Grande do Sul, referente ao mês nas operações com cimento.

8.2.7.1.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CIMENTO - APURAÇÃO DECENDIALVencimento até o dia 10 do mês subsequente ao fato gerador , recolhimento do imposto decorrente de operações interestaduais realizadas no 3º decêndio  do mês de ocorrência do fato gerador.

8.2.7.1.2.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CIMENTO - APURAÇÃO DECENDIALVencimento até o dia 20 do mês corrente ao fato gerador , recolhimento do imposto decorrente de operações interestaduais realizadas no 1º decêndio  do mês de ocorrência do fato gerador.

8.2.7.1.2.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CIMENTO - APURAÇÃO DECENDIALVencimento até último dia do mês corrente ao fato gerador , recolhimento do imposto decorrente de operações interestaduais realizadas no 1º decêndio  do mês de ocorrência do fato gerador.

8.2.7.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – Vencimento até o dia 9 do mês subseqüente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Rio Grande do Sul, referente às operações realizadas no mês, pelos contribuintes substitutos em geral, exceto os que tenham prazos específicos.

8.2.7.3. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – OPTANTES PELO SIMPLES NACIONALVencimento até o dia 23 do segundo mês subsequente ao fato gerador, recolhimento do imposto retido a favor do Rio Grande do Sul, pelos substitutos tributários optantes pelo Simples Nacional inscritos no CGC/TE, referente às operações realizadas no mês.

8.2.7.4. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – Vencimento até o dia 23 do segundo mês subsequente ao fato geradorVencimento até o dia 23 do segundo mês subsequente ao fato gerador, recolhimento do imposto retido a favor do Rio Grande do Sul, pelos substitutos tributários optantes pelo Simples Nacional inscritos no CGC/TE, referente às operações realizadas no mês .

Recolhimento do imposto retido a favor do Rio Grande do Sul, referente às operações internas realizadas no mês, com:

a) rações tipo pet para animais domésticos; b) autopeças; c) artigos de colchoaria; d) cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador; e) ferramentas; f) materiais elétricos; g) materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno;  

h) bicicletas; i) brinquedos; j) materiais de limpeza; l) produtos alimentícios; m) artefatos de uso doméstico; n) bebidas quentes; o) artigos de papelaria; p) instrumentos musicais; q) produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos;

r) máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos; s) artigos para bebê;  t) artigos de vestuário u) carnes e demais produtos comestíveis frescos, resfriados e congelados, resultantes do abate de aves e de suínos.

8.2.8. PARANÁ

8.2.8.1. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 9 do mês subsequente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Paraná, relativo aos fatos geradores ocorridos no mês, nas operações com água mineral ou potável, gelo, refrigerante e cerveja, inclusive chope; sorvetes de qualquer espécie e de preparados para fabricação de sorvetes em máquina; veículos; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de borracha; cigarro e outros produtos derivados de fumo, classificados na posição 2402 e no código 2403.10.0100 da NBM/SH; tintas, vernizes e outras mercadorias da indústria química; filme fotográfico e cinematográfico, slide, disco fonográfico e fita virgem ou gravada; rações tipo

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pet para animais domésticos; colchoaria; cosméticos, artigos de perfumaria, de higiene pessoal e de toucador; peças, componentes e acessórios, para veículos automotores e outros fins; produtos farmacêuticos; lâminas de barbear, aparelhos de barbear descartáveis e isqueiros; lâmpadas elétricas; pilhas e baterias elétricas; aparelhos celulares e cartões inteligentes (Smart Cards e Sim Card); produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos; e materiais de construção; acabament; bricolagem ou adorno.

8.2.8.2. ICMS/SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - Vencimento até o dia 15 do mês subsequente ao fato geradorRecolhimento do imposto retido a favor do Paraná, relativo aos fatos geradores ocorridos no mês, nas operações com cimento.

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9. DIFERENÇA ENTRE ALÍQUOTA INTERNA E INTERESTADUAL

A substituição tributária também se aplica à diferença entre a alíquota interna (do Estado de destino da mercadoria) e a interestadual (do remetente da mercadoria) sobre a base de cálculo da operação própria, nos casos em que a mercadoria sujeita ao regime é adquirida para consumo ou ativo permanente do contribuinte do ICMS, cabendo observar que a aplicação no caso de ativo  permanente se aplica a alguns estados. em alguns estados. 

Exemplo:

Uma empresa estabelecida em SP vende uma mercadoria para outra empresa localizada  no RJ, contribuinte do ICMS, e este produto está sujeito ao regime de substituição tributária. Estes estados firmaram acordo  para aplicação do regime atribuindo a responsabilidade pelo pagamento do imposto por substituição tributária à empresa que está remetendo a mercadoria, inclusive nos casos do diferencial de alíquotas.

Alíquotas aplicadas :

Alíquota aplicada nas operações interestaduais entre contribuintes:                      12%

Alíquota aplicada na operação interna no estado do RJ para a mercadoria  (-)       19%

Diferencial a ser recolhido a título de substituição tributária:                                      7%

Deverá ser recolhido 7% a título de diferencial de alíquota em favor do estado do RJ, sobre a base de cálculo da operação própria, incluídos, quando for o caso, os valores de frete, seguro, impostos, e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário.

10. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Separamos, por tipo de contribuinte, as obrigações acessórias inerentes ao regime de substituição tributária. 

10.1. INDUSTRIAIS E IMPORTADORES

A seguir, relacionamos as regras para emissão e escrituração de documentos fiscais pelos contribuintes substitutos tradicionais, ou seja, os Industriais e importadores.  

10.1.1. EMISSÃO DE NOTA FISCAL - CONTRIBUINTE NORMAL – NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL

O contribuinte substituto, no desempenho desta função, ou seja, quando realizar a retenção do ICMS, deve emitir Nota Fiscal, no modelo 1 ou 1-A ou, NF-e, por ocasião da saída da mercadoria sujeita à substituição, que contenha:

a) as indicações gerais exigidas na legislação, e no quadro “Cálculo do Imposto”: base de cálculo do ICMS de sua própria operação; nas hipóteses em que a operação do substituto seja tributada;valor do ICMS de sua própria operação, nas hipóteses em que a operação do substituto seja tributada;valor do frete, seguros e outras despesas acessórias, caso sejam cobradas; b) e, em relação à substituição tributária: no Campo CFOP: código específico de operação sujeita à substituição (Veja relação no item de CFOP);– no quadro “Dados do Produto” : preenchimento normal, com preocupação específica para aposição de CST de operação sujeita à substituição;– no quadro “Cálculo do Imposto“:Campo “Base de Cálculo ICMS Substituição”: o valor que serviu de base de cálculo para a retenção; e Campo “Valor do ICMS Substituição” : o valor do imposto retido. 

Page 13: Conheça o ST

10.1.2. EMISSÃO DE NOTA FISCAL CONTRIBUINTE ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL

O contribuinte substituto enquadrado no Simples Nacional, no desempenho desta função, ou seja, quando realizar a retenção do ICMS nas saídas, deve emitir Nota Fiscal, no modelo 1 ou 1-A, ou NF-e, por ocasião da saída da mercadoria sujeita à substituição, que deverá conter as indicações gerais exigidas na legislação, observado o que segue:

a) no quadro “Cálculo do Imposto”, os campos:- base de cálculo do ICMS de sua própria operação: nenhum valor será lançado, de acordo com a legislação do Simples Nacional;- valor do ICMS de sua própria operação: nenhum valor será lançado, de acordo com a legislação do Simples Nacional;- valor do frete, seguros e outras despesas acessórias, caso sejam cobradas: os respectivos valores deverão ser lançados normalmente.b) e em relação à substituição tributária:

– no Campo "CFOP": lançar código específico de substituto realizando operação sujeita à substituição. (Veja relação no item CFOP);– no quadro “Dados do Produto”: preenchimento normal, com preocupação específica para aposição de CST de operação sujeita à substituição; No preenchimento da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), além de indicar o Código de Situação Tributária (CST), o contribuinte também deverá indicar o Código do Regime Tributário (CRT) e o Código de Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN), conforme o regime de apuração do contribuinte e a situação da mercadoria. (Acesse o item CST, onde esgotamos as possibilidades sobre o assunto);– no quadro “Cálculo do Imposto”: Campo “Base de Cálculo ICMS Substituição”;

– o valor que serviu de base de cálculo para a retenção; e Campo “Valor do ICMS Substituição” – o valor do imposto retido.

 

 

10.1.3. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE SAÍDASAs instruções a seguir não se aplicam às empresas enquadradas no Simples Nacional, pois estas são dispensadas de escrituração do Livro Registro de Saídas (LRS).Sendo assim, as  Notas Fiscais emitidas pelo substituto tributário não enquadrado no Simples Nacional, com produtos sujeitos ao regime de ST, na qual este seja o responsável pela retenção, devem ser lançadas normalmente no Livro Registro de Saídas, observando-se, em especial, o que segue:

a) nas colunas do quadro “ICMS Valores Fiscais“: lançar os dados relativos à sua própria operação; 

b) em relação aos valores do  imposto retido e da respectiva base de cálculo para retenção, o substituto deve adotar o seguinte critério:

– no caso de contribuinte que utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, estes valores devem ser lançados na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou código “ST”;

– no caso de contribuinte que não utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, estes valores devem ser lançados na coluna “Observações” na mesma linha do lançamento da Nota Fiscal, utilizando colunas distintas para tais indicações, sob o título comum “Substituição Tributária”; 

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c) os valores constantes nas colunas relativas ao imposto retido e base de cálculo, mencionados na letra “b“ devem ser totalizados no último dia do período de apuração para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS), separando-se as operações internas e as operações interestaduais, quando for o caso. No caso de empresa enquadrada no Simples Nacional, como não escrituram o LRAICMS, nem o LRS, o controle dessas operações deve ser feito à parte.

 

10.1.4. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DO LIVRO DE ENTRADAS

ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE  ENTRADASO Livro Registro de Entradas deve ser escriturado normalmente pelos substitutos tributários, observadas as regras aplicáveis à respectiva forma de tributação, empresa normal ou optante pelo Simples Nacional, exceto em relação à entrada de mercadoria em devolução (devolução de venda), cujo imposto tenha sido por eles retido anteriormente, que deverá observar o que segue.  

CONTRIBUINTE NORMAL – NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL

a) a Nota Fiscal que acobertou a devolução deve ser escriturada normalmente, nas colunas relativas ao documento e ao valor contábil e, em especial, na coluna “Operações com Crédito do Imposto”;

b) em relação ao valor da base de cálculo da retenção e do ICMS retido, relativos à devolução, deve ser observado o que segue:

• se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar tais valores  na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”;

• se o contribuinte não utilizar o sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar estes valores separadamente na coluna “Observações”, na mesma linha do lançamento da Nota Fiscal de devolução, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”.

Os valores relativos à base de cálculo da retenção e ao ICMS retido, ambos da devolução, devem ser totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no LRAICMS. 

 

10.1.4.1. CONTRIBUINTE NORMAL – NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALa) a Nota Fiscal que acobertou a devolução deve ser escriturada normalmente, nas colunas relativas ao documento e ao valor contábil e, em especial, na coluna “Operações com Crédito do Imposto”;

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b) em relação ao valor da base de cálculo da retenção e do ICMS retido, relativos à devolução, deve ser observado o que segue:

• se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar tais valores  na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”;

• se o contribuinte não utilizar o sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar estes valores separadamente na coluna “Observações”, na mesma linha do lançamento da Nota Fiscal de devolução, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”.

Os valores relativos à base de cálculo da retenção e ao ICMS retido, ambos da devolução, devem ser totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no LRAICMS. 

 

10.1.4.2. CONTRIBUINTE NORMAL – ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALa) a Nota Fiscal que acobertou a devolução deve ser escriturada normalmente, nas colunas relativas ao documento e ao valor contábil.A coluna “Operações com Crédito do Imposto” não deve ser escriturada, pois a legislação do Simples Nacional não permite o aproveitamento de créditos;

b) em relação ao valor da base de cálculo da retenção e do ICMS retido, relativos à devolução, devem ser observado o que segue:

• se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar tais valores  na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”;

• se o contribuinte não utilizar o sistema eletrônico de processamento de dados deverá lançar estes valores separadamente na coluna “Observações”, na mesma linha do lançamento da Nota Fiscal de devolução, sob o título comum “Substituição Tributária” ou  “ST”.

No último dia do período de apuração, os enquadrados no Simples Nacional devem somar os valores relativos à base de cálculo da retenção e ao ICMS retido, relativos à devolução, mantendo um controle à parte, pois não escrituram o LRAICMS.

 

10.1.5. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS

Os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não escrituram o LRAICMS e fazem seus controles de apuração à parte.

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Assim, o contribuinte substituto não enquadrado no Simples Nacional deve escriturar o Livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS) de forma diferenciada, pois, a cada mês, deve utilizar pelo menos duas folhas do Livro, da seguinte forma:

1ª folha – Para apuração do ICMS das operações próprias

Nesta folha é feita a apuração normal dos débitos e créditos do substituto.

2ª folha – Para apuração do ICMS retido em operações internas

Nesta folha, o substituto deve apurar os valores relativos ao ICMS retido, no último dia do respectivo período, com a indicação da expressão “Substituição Tributária”, utilizando, no que couber, os quadros “Débitos do Imposto”, “Crédito do Imposto” e “Apuração dos Saldos”, conforme a seguir:

– no quadro “Débitos do Imposto”, no Campo “Por Saídas com Débito do Imposto”: deve ser lançado o somatório do ICMS retido no mês, escriturado no campo “Observações” do Livro Registro de Saídas;

– no quadro “Créditos do Imposto”, no campo “Por Entradas com Crédito do Imposto”: deve ser lançado o somatório do ICMS retido, relativo às devoluções de venda que porventura ocorrerem no período, escriturado no campo “Observações” do Livro Registro de Entradas;

–  no quadro “Apuração dos Saldos”: deve ser lançada a diferença entre os débitos e os créditos do imposto.

3ª folha – Para apuração do ICMS retido em operações interestaduais

O registro deve ser feito pelos valores totais, detalhando os valores relativos a cada unidade da Federação nos quadros “Entrada” e “Saída”, nas colunas “Base de Cálculo” (para base de cálculo do imposto retido), “Imposto Creditado” e “Imposto Debitado” (para imposto retido, identificando a unidade da Federação na coluna “Valores Contábeis”).

10.2. DISTRIBUIDORES

Os distribuidores devem proceder, da forma descrita a seguir, quando estiverem na condição de substituídos, ou seja, nas situações em que tenha recebido o produto já com o ICMS retido.   

10.2.1. EMISSÃO DE NOTA FISCALO estabelecimento distribuidor, não enquadrado no Simples Nacional, na condição de contribuinte substituído quando der saída interna à mercadoria recebida com ICMS retido e não destinada a processo industrial deve emitir Nota Fiscal no modelo 1 ou 1-A, contendo as indicações gerais exigidas na legislação e, em especial:–  no Campo CFOP – o código específico de operação sujeita à substituição;

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– no quadro “Dados do Produto”: preenchimento normal, com preocupação específica para aposição de CST de operação sujeita à substituição;

– no quadro “Cálculo do Imposto“:

• no Campo “Base de Cálculo ICMS“: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS”: não preencher;

• no Campo “Base de Cálculo ICMS Substituição”: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS Substituição”: não preencher;

• nos Campos “Valor do Frete, ”Valor do Seguro” e “Outras Despesas   Acessórias”: preencher caso estejam sendo cobrados;

• nos demais campos: preenchimento normal;

 – no quadro “Dados Adicionais”:

• no Campo “Informações Complementares“: apor a seguinte declaração ou equivalente: “Imposto retido por substituição.

 

10.2.2. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE SAÍDASAs instruções a seguir não se aplicam às empresas enquadradas no Simples Nacional, pois estas são dispensadas de escrituração do Livro Registro de Saídas (LRS).

Sendo assim, o estabelecimento distribuidor, não enquadrado no Simples Nacional,  na condição de contribuinte substituído, deve lançar as Notas Fiscais que emitir relativas a estes produtos nas colunas: “Valor Contábil” e “Outras”, de “Operações sem Débito do Imposto”, do livro Registro de Saídas.

As operações com produtos sujeitos à tributação normal e demais hipóteses de saídas devem ser escrituradas normalmente.

10.2.3. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE ENTRADASO estabelecimento distribuidor, enquadrado ou não no Simples Nacional, quando receber mercadoria com o ICMS retido, ou seja, com informação da retenção na NF do fornecedor, deve escriturar a Nota Fiscal do fornecedor nas colunas “Valor Contábil“ e  “Outras”, de “Operações sem Crédito do Imposto”.

As operações com produtos sujeitos à tributação normal, e demais hipóteses de entradas, devem ser escrituradas normalmente.

 

10.2.4. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS

Se o distribuidor agir apenas como contribuinte substituído, ou seja,  receber mercadoria já com o ICMS retido, com informação da retenção na NF do fornecedor, e realizar operações com produtos sujeitos a outras formas de tributação, deverá escriturar o LRAICMS com os dados colhidos nos Livros Registro de Entradas e de Saídas.

10.3. ATACADISTAS

Os atacadistas devem proceder da forma descrita a seguir quando estiverem na condição de substituídos, ou seja, nas situações em que tenham recebido o produto já com o ICMS retido.   

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10.3.1. EMISSÃO DE NOTA FISCALEstabelecimento distribuidor ou atacadista, não enquadrado no Simples Nacional, na condição de contribuinte substituído quando der saída interna à mercadoria recebida com ICMS retido e não destinada a processo industrial deve emitir Nota Fiscal no modelo 1 ou 1-A, contendo as indicações gerais exigidas na legislação e,  em especial:–  no Campo CFOP – o código específico de operação sujeita à substituição;

– no quadro “Dados do Produto”: preenchimento normal, com preocupação específica para aposição de CST de operação sujeita à substituição;

– no quadro “Cálculo do Imposto“:

• no Campo “Base de Cálculo ICMS“: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS”: não preencher;

• no Campo “Base de Cálculo ICMS Substituição”: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS Substituição”: não preencher;

• nos Campos “Valor do Frete, ”Valor do Seguro” e “Outras Despesas Acessórias”: preencher caso estejam sendo cobrados;

nos demais campos: preenchimento normal;

 – no quadro “Dados Adicionais”:

• no Campo “Informações Complementares“: apor a seguinte declaração ou equivalente: “Imposto retido por substituição.

 

10.3.2. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO DE SAÍDASAs instruções a seguir não se aplicam às empresas enquadradas no Simples Nacional, pois estas são dispensadas de escrituração do Livro Registro de Saídas (LRS).

Sendo assim, o estabelecimento atacadista, não enquadrado no Simples Nacional,  na condição de contribuinte substituído deve lançar as Notas Fiscais que emitir relativas a estes produtos nas colunas: “Valor Contábil” e “Outras”, de “Operações sem Débito do Imposto”, do livro Registro de Saídas.

As operações com produtos sujeitos à tributação normal e demais hipóteses de saídas devem ser escrituradas normalmente.

10.3.3. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO ENTRADASO estabelecimento atacadista, enquadrado ou não no Simples Nacional, quando receber mercadoria com o ICMS retido, ou seja, com informação da retenção na NF do fornecedor, deve escriturar a Nota Fiscal do fornecedor nas colunas “Valor Contábil “ e  “Outras”, de “Operações sem Crédito do Imposto”.

As operações com produtos sujeitos à tributação normal e demais hipóteses de entradas devem ser escrituradas normalmente.

 

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10.3.4. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS

Se o atacadista agir apenas como contribuinte substituído, ou seja,  receber mercadoria já com o ICMS retido, com informação da retenção na NF do fornecedor, e realizar operações com produtos sujeitos a outras formas de tributação, deverá escriturar o LRAICMS com os dados colhidos nos Livros Registro de Entradas e de Saídas.

10.4. VAREJISTA

Os varejistas, enquadrados ou não no Simples Nacional,  na condição de substituídos, devem proceder da forma descrita a seguir, nas hipóteses de terem sofrido retenção do ICMS ou de terem pago o ICMS pela entrada da mercadoria por recebimento sem retenção. 

10.4.1. EMISSÃO DE DOCUMENTO FISCAL1ª Hipótese: Emissão de Notas Fiscais nos Modelos 1, 1-A ou NF-eNas situações em que o varejista tenha que emitir documentos fiscais nestes modelos, estes devem conter as indicações gerais exigidas na legislação e, em especial:

     –  no Campo CFOP: o código específico de operação sujeita à substituição;

     – no quadro “Dados do Produto”: preenchimento normal, com preocupação específica para aposição de CST de operação sujeita à substituição cujo imposto já foi pago;

    – no quadro “Cálculo do Imposto“:

• no Campo “Base de Cálculo ICMS “: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS ”: não preencher;

• no Campo “Base de Cálculo ICMS Substituição”: não preencher;

• no Campo “Valor do ICMS Substituição”: não preencher; nos   Campos “Valor do Frete, “Valor do Seguro” e “Outras Despesas Acessórias”: preencher caso estejam sendo cobrados;

• nos demais campos: preenchimento normal;

 – no quadro “Dados Adicionais”:

• no Campo “Informações Complementares“: apor a seguinte declaração ou equivalente: “Imposto retido por substituição“.

2ª Hipótese: Emissão de Nota Fiscal no Modelo 2 (Nota Fiscal de Venda a Consumidor)

    Os contribuintes que emitirem documentos fiscais neste modelo devem preenchê-los normalmente e lançar no corpo a seguinte declaração ou equivalente “ICMS retido por substituição tributária”.

3ª Hipótese: Contribuintes Obrigados ao Uso de ECF

Os contribuintes obrigados ao Uso de ECF devem emitir os documentos fiscais por este sistema nas hipóteses determinadas pela legislação e as mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária devem estar cadastradas como ST nos ECF dos usuários destes equipamentos.

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10.4.2. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE SAÍDASAs empresas enquadradas no Simples Nacional são dispensadas de escrituração do Livro Registro de Saídas (LRS).Assim, o estabelecimento varejista, não enquadrado no Simples Nacional,  na condição de contribuinte substituído, por ter recebido a mercadoria com o ICMS já retido, deve lançar as Notas Fiscais que emitir, relativas a estes produtos, nas colunas “Valor Contábil” e “Outras”, de “Operações sem Débito do Imposto”, do livro Registro de Saídas.

As operações com produtos sujeitos à tributação normal e demais hipóteses de saídas devem ser escrituradas normalmente.

 

10.4.3. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE ENTRADASO estabelecimento varejista, enquadrado ou não no Simples Nacional,  quando receber mercadoria com o ICMS retido, ou seja, com informação da retenção na NF do fornecedor, deve escriturar a Nota Fiscal do fornecedor nas colunas “Valor Contábil " e  “Outras”, de “Operações sem Crédito do Imposto”.

10.4.4. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS

Este livro não é escriturado pelos enquadrados no Simples Nacional.Se o varejista, não enquadrado no Simples Naiconal, agir apenas como contribuinte substituído, ou seja, receber mercadoria com o ICMS retido, com informação da retenção na NF do fornecedor, e realizar operações com produtos sujeitos a outras formas de tributação, deverá escriturar o LRAICMS com os dados colhidos nos Livros Registro de Entradas e de Saídas.

 

10.5. GIA STOs contribuintes que são substitutos por saídas nas operações para outros Estados estão sujeitos à entrega da Gia ST.

A GIA-ST deve ser utilizada para a informação e apuração do ICMS devido por substituição tributária à Unidade Federada diversa daquela do domicílio fiscal do substituto. Portanto, se um contribuinte do Rio de Janeiro possuir inscrição como contribuinte substituto em outro Estado, deverá transmitir a GIA-ST para aquele Estado.  

 

10.5.1. Prazo para apresentaçãoA GIA-ST deve ser remetida pelo substituto tributário à repartição fiscal de circunscrição no Estado, até o dia 10 do mês subsequente ao da apuração do imposto, ainda que no período não tenham ocorrido operações sujeitas à substituição tributária, hipótese em que deverá assinalar o campo 1 correspondente à expressão “GIA-ST SEM MOVIMENTO”.

10.5.2. Meio de apresentaçãoA GIA-ST deve ser apresentada por transmissão eletrônica de dados ou em meio magnético, a critério do fisco de cada Estado, após ser validada pelo programa de computador aprovado pela Cotepe/ICMS.

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11. PREENCHIMENTO DA NOTA FISCAL

Os contribuintes do ICMS são obrigados a observar regras específicas ao preencherem a Nota Fiscal de venda de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.  Tais regras referem-se à necessidade ou não de aposição de inscrição estadual de substituto, ao CST, ao CFOP, ao preenchimento ou não dos campos relativos à base de cálculo para retenção, e ao ICMS da operação própria, bem como de menção ou não do imposto retido, ou da condição de que a mercadoria já sofreu retenção.

11.1. CFOPPara emissão das Notas Fiscais e escrituração dos livros fiscais de entrada, saída e apuração do ICMS, os contribuintes que realizarem operações com produtos sujeitos à substituição tributária deverão utilizar CFOP específicos, conforme relacionamos a seguir:

11.1.1. Nas entradasOs códigos iniciados com o algarismo 1 representam entradas internas e os iniciados com 2 entradas interestaduais.

1.400 2.400 ENTRADAS DE MERCADORIAS SUJEITAS AO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

• 1.401/ 2.401 - Compra para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária  

Classificam-se neste código as compras de mercadorias a serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural, decorrentes de operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. Também serão classificadas neste código as compras por estabelecimento industrial ou produtor rural de cooperativa de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 1.403/ 2.403 - Compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária  

Classificam-se neste código as compras de mercadorias a serem comercializadas, decorrentes de operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. Também serão classificadas neste código as compras de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária em estabelecimento comercial de cooperativa. 

• 1.406/ 2.406 - Compra de bem para o ativo imobilizado cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária  

Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao ativo imobilizado do estabelecimento, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 1.407/ 2.407 - Compra de mercadoria para uso ou consumo cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária 

Classificam-se neste código as compras de mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 1.408/ 2.408 - Transferência para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária 

Classificam-se neste código as mercadorias recebidas em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa, para serem industrializadas ou consumidas na produção rural no estabelecimento, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 1.409/ 2.409 - Transferência para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

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Classificam-se neste código as mercadorias recebidas em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa, para serem comercializadas, decorrentes de operações sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 1.410/ 2.410 - Devolução de venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária 

Classificam-se neste código as devoluções de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas como "Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária". 

• 1.411/ 2.411 - Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, cujas saídas tenham sido classificadas como "Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária". 

• 1.414/ 2.414 - Retorno de produção do estabelecimento, remetida para venda fora do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as entradas, em retorno, de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento, remetidos para vendas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, em operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, e não comercializadas. 

• 1.415/ 2.415 -  Retorno de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, remetida para venda fora do estabelecimento em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as entradas, em retorno, de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros remetidas para vendas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, e não comercializadas.

• 1.603/ 2603 - Ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária

Classificam-se neste código os lançamentos destinados ao registro de ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária a contribuinte substituído, efetuado pelo contribuinte substituto, nas hipóteses previstas na legislação aplicável.

11.1.2. Nas saídasOs iniciados em 5 representam saidas internas e os iniciados em 6 as interestaduais

• 5.401/ 6.401 - Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto

Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento em operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto. Também serão classificadas neste código as vendas de produtos industrializados por estabelecimento industrial ou produtor rural de cooperativa sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto. 

• 5.402/ 6.402 - Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime de substituição tributária, em operação entre contribuintes substitutos do mesmo produto

Page 23: Conheça o ST

Classificam-se neste código as vendas de produtos sujeitos ao regime de substituição tributária industrializados no estabelecimento, em operações entre contribuintes substitutos do mesmo produto. 

• 5.403/ 6.403 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto

Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, na condição de contribuinte substituto, em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 6.404 - Venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, cujo imposto já tenha sido retido anteriormente

Classificam-se neste código as vendas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de substituto tributário, exclusivamente nas hipóteses em que o imposto já tenha sido retido anteriormente. 

• 5.405 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituído 

Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituído. 

• 5.408 / 6.408  - Transferência de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código os produtos industrializados ou produzidos no próprio estabelecimento em transferência para outro estabelecimento da mesma empresa de produtos sujeitos ao regime de substituição tributária. 

• 5.409/ 6.409 - Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as transferências para outro estabelecimento da mesma empresa, de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 5.410/ 6.410 -  Devolução de compra para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural cujas entradas tenham sido classificadas como "Compra para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária". 

• 5.411/ 6.411 -  Devolução de compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para serem comercializadas, cujas entradas tenham sido classificadas como "Compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária". 

• 5.412/ 6.412 - Devolução de bem do ativo imobilizado, em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de bens adquiridos para integrar o ativo imobilizado do estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada, respectivamente, nos códigos 1.406 ou 2.406 - "Compra de bem para o ativo imobilizado cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária". 

Page 24: Conheça o ST

• 5.413 - 6.413 Devolução de mercadoria destinada ao uso ou consumo, em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias adquiridas para uso ou consumo do estabelecimento, cuja entrada tenha sido classificada, respectivamente, nos códigos 1.407 ou 2.407 - "Compra de mercadoria para uso ou consumo cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária". 

• 5.414/ 6.414 Remessa de produção do estabelecimento para venda fora do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as remessas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento para serem vendidos fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, em operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária. 

• 5.415 / 6.415 Remessa de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros para venda fora do estabelecimento, em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

Classificam-se neste código as remessas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para serem vendidas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículos, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 

• 5.603 / 6.603 - Ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária

Classificam-se neste código os lançamentos destinados ao registro de ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária a contribuinte substituído, efetuado pelo contribuinte substituto, nas hipóteses previstas na legislação aplicável.

11.2. CST - COSN

O CST – Código de Situação Tributária é formado por três números e tem como finalidade descrever a origem do produto, nacional ou estrangeiro, e a forma  de tributação que o produto está sujeito na operação que está sendo realizada. As operações sujeitas à substituição tributária têm CST específicos a serem utilizados na emissão das notas fiscais.  Veja no quadro a seguir:

11.2.1. Optantes pelo Simples NacionalPara a emissão da NF-e de optantes pelo Simples Nacional, será utilizado o Código do Regime Tributário (CRT) e o Código de Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN), conforme o regime de apuração do contribuinte e a situação da mercadoria.

1. CÓDIGO DE REGIME TRIBUTÁRIO (CRT) 

Este código especifica o regime tributário adotado pelo contribuinte, que deverá ser utilizado da seguinte forma: 

Código 1 – Simples Nacional; 

Código 2 – Simples Nacional (para aqueles contribuintes que excederam o sublimite da receita bruta estabelecida pelo ente federativo ou que estiverem impedidos de recolher o ICMS/ISS por esse regime, conforme Lei Complementar 123/2006); 

Código 3 – Regime Normal. 

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2. CÓDIGO DE SITUAÇÃO DA OPERAÇÃO NO SIMPLES NACIONAL (CSOSN) 

Os contribuintes optantes pelo Simples Nacional deverão utilizar o novo Código de Situação da Operação no Simples Nacional – CSOSN, somente quando o Código de Regime Tributário utilizado for igual a “1”, ou seja, quando se tratar de contribuinte optante pelo regime sem nenhuma restrição. O CSOSN substituirá a Tabela B do Código de Situação Tributária – CST. 

3. CÓDIGO DA SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA (CST) 

Este código que já era preenchido nos documentos fiscais por todos os contribuintes, continuará sendo utilizado na forma abordada no trabalho disponível no campo de Códigos Úteis do Portal COAD. Os optantes do Simples Nacional deixarão de indicar os códigos da Tabela “B”, que serão substituídos pelo CSOSN. 

Os contribuintes optantes do Simples Nacional que excederam o sublimite da receita bruta ou que estiverem impedidos de recolher o ICMS ou ISS pelo regime por qualquer outro motivo deverão continuar utilizando as Tabelas “A” e “B” do CST. 

11.3. Destinatário/Remetente

Dados a serem preenchido pelo emitente da nota fiscal de acordo com a operação a ser realizada, sem rasuras ou emendas com os dados do respectivo cliente ou fornecedor, ou a quem se destina a mercadoria.

11.4. Código e descrição do produto

Caso a empresa adote código para cada produto este campo deverá ser preenchido com este código, quanto a descrição do produto deve ser completado com as informações da forma mais completa para a perfeita identificação do mesmo, como marca, item modelo série se for o caso.

11.5. Unidade, Quantidade e Valor

Deve ser preenchido de acordo com a unidade dada para a mercadoria  como estabelece a legislação. Exemplo:  peça, pares, rolos, Kilos, unidades,  entre outros.

11.6. Alíquota do ICMS

Preenchimento com a  respectiva alíquota atribuída a mercadoria ou a operação tributada.

11.7. Valor do IPIResultado da aplicação da alíquota do IPI sobre a base de cálculo.

11.8. Base do Cálculo do ICMS

Base de cálculo do ICMS é o valor sobre o qual se calcula o ICMS  da operação própria do emissor. Nas operações sujeitas à substituição tributária, este campo somente é preenchido pelos contribuintes substitutos que fazem retenção pela saída, desde que não enquadrados no Simples Nacional.

Os contribuintes substituídos, ou seja, aqueles que sofreram retenção ou que, na entrada, pagaram o ICMS não retido, não preenchem este campo, pois não têm mais que demonstrar débito do ICMS.  

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11.9. Valor do ICMSÉ o valor obtido ao se aplicar a alíquota sobre a base de cálculo da operação própria do emissor. Nas operações sujeitas à substituição tributária, este campo somente é preenchido pelos contribuintes substitutos que fazem retenção pela saída, desde que não enquadrados no Simples Nacional.

Os contribuintes substituídos, ou seja, aqueles que sofreram retenção ou que, na entrada, pagaram o ICMS não retido, não preenchem este campo, pois não têm que demonstrar débito do ICMS. 

Sobre o assunto, o Ajuste Sinief 4/93 estabelece que o contribuinte substituído, na operação que realizar, relativamente à mercadoria recebida com imposto retido, emitirá documento fiscal sem destaque do imposto, contendo, além dos demais requisitos, a declaração "imposto retido por substituição - Convênio ou Protocolo ICMS nº ".

11.10. Base de Cálculo do ICMS SubstituiçãoNas operações sujeitas à substituição tributária, este campo somente é preenchido pelos contribuintes substitutos que fazem retenção pela saída, desde que não enquadrados no Simples Nacional.

Os contribuintes substituídos, ou seja, aqueles que sofreram retenção ou que, na entrada, pagaram o ICMS não retido, não preenchem este campo, pois não têm que demonstrar débito do ICMS. 

Este campo da NF, regra geral, somente deve ser preenchido pelo contribuinte substituto, ou seja, o que está retendo o ICMS  na operação. O substituído não informa nada neste campo.  De todo modo é importante verificar a legislação específica de seu Estado, a qual pode prever procedimento diferente.

11.11. Valor do ICMS Substituição

Regra geral, este campo somente é preenchido pelos contribuintes que fazem retenção nas saídas, sejam eles enquadrados ou não no Simples Nacional, não devendo ser preenchido pelos contribuintes que sofreram retenção ou que pagaram o ICMS ST na entrada.  De todo modo é importante verificar a legislação específica de seu Estado, a qual pode prever procedimento diferente.

11.12. Valor Total dos produtos

Somatório dos valores atribuídos a cada produto do valor unitário multiplicado pela quantidade dos produtos.

11.13. Valor do frete , seguro e outras despesas acessórias

Preenchimento com o valor do serviço de transporte  ou outra despesa,  a ser declarado no documento fiscal ou cobrado do destinatário.

11.14. Valor total da nota

Totalidades dos valores declarados no documento, como totalidade dos produtos, frete, despesas acessórias, IPI , seguro e outros.

11.15. Transportador/Volumes Transportados

Preenchimento  com os dados da empresa responsável pelo transporte das mercadorias, pela prestação de serviço.

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11.16. Dados Adicionais

Neste quadro, no campo de informações complementares da  NF, geralmente, os contribuintes substitutos nada informam sobre a  retenção efetuada. Entretanto, na maioria dos Estados, os contribuintes substituídos devem informar  o valor que já foi retido anteriormente. Como estabelece  o Ajuste Sinief 4/93,  o contribuinte substituído, na operação que realizar, relativamente à mercadoria recebida com imposto retido, emitirá documento fiscal sem destaque do imposto, contendo, além dos demais requisitos, a declaração "imposto retido por substituição  Convênio ou Protocolo ICMS nº ". Esta também é uma informação que deve ser confirmada na legislação de cada estado, pois certamente existem diferenças.

11.17. Inscrição do Contribuinte Substituto

O campo previsto na Nota Fiscal para aposição da inscrição de “contribuinte substituto” somente deve ser preenchido em operações interestaduais nas quais um contribuinte do ICMS  de determinado Estado retêm o ICMS de um contribuinte de outro Estado.  

Isto porque, regra geral, o substituto tributário localizado em um Estado se tiver que fazer retenção para Estado diferente poderá providenciar sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado de destino.

Esta norma está prevista na cláusula sétima do Convênio ICMS 81/93, que disciplina as regras gerais aplicáveis ao regime de substituição tributária.

Para obtenção desta inscrição, além de documentação própria, que poderá ser exigida de acordo com a legislação do Estado destinatário, se fará necessária, a apresentação dos seguintes documentos: 

– requerimento solicitando sua inscrição no cadastro de contribuinte do Estado;

– cópia autenticada do instrumento constitutivo da empresa devidamente atualizado e, quando se tratar de sociedade por ações, também da ata da última assembleia de designação ou eleição da diretoria;

– cópia do CNPJ;

– cópia do CPF e RG do representante legal, procuração do responsável, certidão negativa de tributos estaduais e cópia do cadastro do ICMS;

– registro ou autorização de funcionamento expedido por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica;

– declaração de imposto de renda dos sócios nos 3 últimos exercícios.

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12. ESCRITURAÇÃO

As regras básicas para escrituração de operações sujeitas à substituição tributária estão previstas nacionalmente no Ajuste Sinief 4/93. Entretanto muitos Estados preveem procedimentos distintos em suas legislações internas, que devem ser consideradas. A forma de escrituração que analisaremos a seguir é a prevista no Ajuste Sinief 4/93.

12.1. ESCRITURAÇÃO DO SUBSTITUTO

Nas operações com retenção do ICMS ou nas entradas de mercadoria decorrentes de devolução de vendas efetuadas com retenção do imposto, o substituto tributário escriturará os correspondentes documentos fiscais conforme a seguir:

12.1.1. LIVRO REGISTRO DE SAÍDA1) Utilizará as colunas próprias e lançará os dados relativos à sua operação;2) No caso de contribuinte que utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao ICMS retido e à respectiva base de cálculo devem ser lançados na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum "Substituição Tributária" ou o código "ST". Se não utilizar sistema eletrônico de processamento de dados os valores do ICMS retido e da respectiva base de cálculo da retenção devem ser lançados na coluna "Observações" na mesma linha do lançamento das operações próprias, utilizando colunas distintas para tais indicações, sob o título comum "Substituição Tributária",3) Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido serão totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no Livro Registro de Apuração do ICMS.4) Os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não escrituram o Livro Registro de saídas, tampouco o Livro Registro de Apuração do ICMS e,portanto, o controle do imposto retido deve ser feito à parte da forma estabelecida pelo contribuinte.

12.1.2. LIVRO REGISTRO DE ENTRADAS1) Os lançamentos relativos às entradas devem ocorrer normalmente, considerando os reflexos nas operações próprias do substituto, que pode ser uma empresa tributada normalmente ou enquadrada no Simples nacional, por exemplo. Entretanto, ocorrendo devolução ou retorno de mercadoria que não tenha sido entregue ao destinatário, cuja saída tenha sido com o ICMS retido, o substituto tributário deverá lançar neste livro o documento fiscal relativo à devolução observando o que se segue em especial relativamente ao ICMS ST:

-com utilização das colunas "Operações com Crédito do Imposto", ou "Operações sem Crédito do Imposto” na forma prevista na legislação específica aplicada à tributação do substituto, que pode ser uma empresa tributada normalmente como uma empresa enquadrada no Simples Nacional e neste último caso não aproveita crédito por entrada de mercadoria;-se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido e à respectiva base de cálculo da retenção serão lançados na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum "Substituição Tributária" ou o código "ST". Se não utilizar sistema eletrônico de processamento de dados os valores do ICMS retido e da respectiva base de cálculo da retenção relativos à devolução devem ser lançados na coluna "Observações" na mesma linha do lançamento das operações próprias, utilizando colunas distintas para tais indicações, sob o título comum "Substituição Tributária".2) Os valores constantes na coluna relativa ao imposto retido devem ser totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no Livro Registro de Apuração do ICMS.3) Os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não escrituram o Livro Registro de Apuração do ICMS e portanto o controle do imposto retido deve ser feito à parte da forma estabelecida pelo contribuinte.

12.1.3. LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS1) os valores relativos ao ICMS retido e à sua base de cálculo escriturados no Registro de Saídas devem ser totalizados no último dia do período de apuração para lançamento em folhas separadas, SUBSEQUENTES aquela nas quais escriturar suas próprias operações, a saber:

•Folha para escrituração de retenção em operações internas: Para lançamento nesta folha deve ser utilizado, no que couber, os quadros "Débito do Imposto", "Crédito do Imposto" e "Apuração dos Saldos" devendo lançar:

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- o valor do ICMS retido no campo "Por Saídas com Débito do Imposto";- o valor do ICMS retido informado por seus clientes em devoluções de venda que receber, no campo "Por Entradas com Crédito do Imposto".•Folha para escrituração de retenção em operações interestaduais: lançar pelos valores totais, detalhando os valores relativos à cada unidade da Federação nos quadros "Entrada" e "Saída", nas colunas "Base de Cálculo" (para base de cálculo do imposto retido), "Imposto Creditado" e "Imposto Debitado" (para imposto retido na saída ou referente às devoluções interestaduais de venda com retenção), identificando a unidade da Federação na coluna "Valores Contábeis").

2) Os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não escrituram o Livro Registro de Apuração do ICMS e portanto,o controle do imposto retido deve ser feito à parte, da forma estabelecida pelo contribuinte.

12.2. ESCRITURAÇÃO DO SUBSTITUÍDO

Também como regra geral,  o contribuinte substituído, ou seja, aquele que sofreu retenção nas aquisições ou que pagou o ICMS  ST pela entrada, relativamente às operações com mercadorias recebidas em tais condições, deverá escriturar os livros fiscais conforme a seguir: 

12.2.1. LIVRO REGISTRO DE ENTRADASUtilizar as colunas “Valor Contábil” e "Outras", de "Operações sem Crédito do Imposto. Na escrituração do Livro Registro de Entradas de nota fiscal que acoberte operações interestaduais tributadas e não tributadas, cujas mercadorias estejam sujeitas ao regime de substituição tributária, os valores do imposto retido relativo a tais operações serão lançados, separadamente, na coluna OBSERVAÇÕES, caso não escriture por processamento de dados.  Se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados, os valores relativos ao imposto retido serão lançados na linha abaixo do lançamento da NF. 

12.2.2. LIVRO REGISTRO DE SAÍDASAo realizar saídas posteriores das mercadorias recebidas com o ICMS retido o contribuinte substituído deve utilizar as colunas “Valor Contábil” e "Outras", de "Operações  sem Débito do Imposto". Ressaltamos que as empresas enquadradas no Simples Nacional não escrituram este livro e seu controle deve ser feito à parte.

12.2.3. LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃOOs lançamentos neste livro serão apenas os reflexos dos realizados nos Livros de Entrada e de Saída. Ressaltamos que os enquadrados no Simples Nacional não escrituram o RAICMS.

13. RESTITUIÇÃO

A legislação relativa à substituição tributária, regra  geral, somente prevê a restituição do ICMS pago por antecipação nas hipóteses em que o fato gerador presumido não acontece, ou seja, quando a posterior saída que deveria acontecer e que ensejou a retenção  não ocorre. O fato gerador não realizado caracteriza-se pela inocorrência de operação subsequente por motivo de perda, roubo, quebra , extravio, inutilização ou consumo de mercadoria, salvo disposição em contrário previsto em legislação específica.

Na ocorrência de qualquer destas situações, cada Estado estabelece as normas que aplicará para restituir o imposto aos contribuintes que o recolheram antecipadamente.

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14. CRÉDITO DO IMPOSTO

As operações sujeitas à substituição tributária normalmente não geram crédito para o adquirente, pois a suposição é de que este fará suas vendas posteriores utilizando a mesma forma de tributação, ou seja, considerando que o ICMS devido em toda a cadeia de comercialização do produto já foi recolhido.  Assim, as situações em que uma operação sujeita à substituição tributária pode gerar crédito do ICMS para o adquirente são aquelas nas quais o adquirente realizará posteriores operações com tributação normal, ou seja, sem aplicação da substituição tributária, quebrando a cadeia de tributação iniciada com a retenção.  

15. INCLUSÃO /EXCLUSÃO DAS MERCADORIAS NO REGIME

No início e no término do regime de substituição tributária, é necessário que os contribuintes substituídos (atacadistas/distribuidores/varejistas), ou seja, aqueles que recebem as mercadorias com o ICMS retido, ou os que fazem pagamento pela entrada, enquadrados ou não no Simples Nacional, devem levantar os estoques dos produtos que irão entrar no regime ou que dele sairão.

Ressaltamos que os estados têm formas distintas de tratar este assunto, especificamente em relação aos prazos para recolhimento do ICMS na entrada no regime de ST e, no caso de saída do regime, em relação à apuração do ICMS que será aproveitado como crédito. O que analisaremos é o objetivo dos levantamentos e não a forma.Reiteramos que os contribuintes substitutos por natureza, industriais/importadores, ou seja, aqueles que retêm o ICMS nas saídas, não fazem este levantamento para equalização de forma de tributação, uma vez que não sofrem substituição tributária e sim aplicam.

Considerando todo o exposto, o levantamento de tais estoques nos estabelecimentos dos contribuintes substituídos (atacadistas/distribuidores/varejistas) tem o objetivo de igualar a forma de tributação que os produtos neles existentes passarão a ter, pois, afinal, seria confuso para o contribuinte, no mês de início do novo regime, ter no estoque produtos com uma forma de tributação e passar a receber produtos com outra, ou seja, ao dar saída destes produtos o contribuinte não teria como controlar o estoque da mesma mercadoria tendo formas de tributação distintas.

Assim, o estoque que é levantado no final do expediente do dia anterior ao início do regime de substituição tributária tem como finalidade determinar o ICMS que incidiria nas operações subsequentes com tais produtos e obrigar que o detentor delas pague, por antecipação, este ICMS que incidiria nas operações de saída posteriores. Alguns Estados estabelecem formas distintas para determinar o valor a ser considerado no estoque, preveem regras para distribuidores/atacadistas e outras para varejistas, bem como para as empresas enquadradas no Simples Nacional. Alguns preveem prazos longos para pagamento do ICMS do estoque, outros curtos, portanto, é necessário observar a legislação específica de cada um deles.

Já o estoque que é levantado no final do expediente do dia anterior ao término do regime de substituição tributária tem como finalidade determinar o ICMS que o detentor deste estoque tem para aproveitar como crédito, pois, a partir dali, tributará as saídas de tais produtos. Isto porque, o estoque que ele possui ao final deste último dia já teve seu ICMS pago por substituição tributária. Este procedimento evita que a mercadoria seja tributada novamente.Também neste caso os Estados estabelecem formas distintas para determinar o valor a ser considerado no estoque, prevêem regras para distribuidores/atacadistas e regras para varejistas, bem como para enquadrados no Simples Nacional. É necessário, portanto, observar a legislação específica de cada um deles.

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16. EXEMPLOS DE CÁLCULO E RETENÇÃO DO ICMSExemplificaremos a seguir o cálculo da substituição tributária em operações internas e interestaduais de saída, praticadas por empresas tributadas normalmente e por empresas tributadas pelo Simples Nacional, bem como em operações de entrada de mercadorias sem retenção, cujo adquirente deve fazer o pagamento do imposto.

16.1. Retenção pela Saída por Empresa não Enquadrada no Simples Nacional:

16.1.1. OPERAÇÕES INTERNASA Nota Fiscal da indústria tem os seguintes dados:

– Valor de cada saco de cimento .................................... R$ 20,00– Valor total das mercadorias ................................... R$ 2.000,00– Alíquota interna do ICMS no RJ ........................................... 19%– ICMS da operação própria do industrial, incluso no preço total .................................................................... R$ 380,00– IPI incidente na operação (alíquota de 4%) ........... R$ 80,00

• Base de cálculo da retençãoConforme examinamos nas regras gerais, a base de cálculo da retenção corresponde à aplicação da Margem de Valor Agregado relativa ao produto sobre o resultado da soma dos valores relativos à mercadoria + IPI + outros valores cobrados do adquirente.

– MVA de cimento (Protocolo ICM 11/85) ...................... 20%

Neste exemplo, para aplicação do MVA, somaremos apenas o valor das mercadorias e o IPI, pois não houve cobrança de outros valores.

Assim temos:

Valor total das mercadorias ....................................... R$ 2.000,00IPI .....................................................................(+) R$ 80,00 Total .................................................................... R$ 2.080,00Aplicação do MVA: MVA (20% de R$ 2.080,00) ...............................(+) R$ 416,00Base de cálculo da retenção...................................... R$ 2.496,00

• ICMS a ser retido Será calculado mediante a aplicação da alíquota interna do produto no RJ (19%) sobre a base de cálculo da retenção (R$ 2.496,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS da própria operação do industrial (R$ 380,00), ou seja:

R$ 2.496,00 X 19% = R$ 474,24 – R$ 380,00 = R$ 94,24

A NF a ser emitida pelo substituto terá um valor total de R$ 2.174,24, que é o resultado da seguinte soma:

R$ 2.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 80,00 (IPI) + R$ 94,24 (ICMS Retido).

16.1.2. OPERAÇÕES INTERESTADUAISIndústria de Cimentos localizada em MG vendeu 100 sacos de cimento de sua marca  para  uma distribuidora localizada no RJ. A indústria fará a retenção do ICMS baseada na obrigatoriedade determinada pelo Protocolo ICM 11/85, do qual RJ e MG são signatários, entre outros. 

Page 32: Conheça o ST

A Nota Fiscal da indústria tem os seguintes dados:

– Valor de cada saco de cimento .............................  R$     20,00

– Valor total das mercadorias ...................................  R$ 2.000,00

– Alíquota interestadual do ICMS...........................              12%

– ICMS da operação própria do industrial, incluso 

   no preço total .........................................................  R$    240,00

– IPI incidente na operação (alíquota de 4%) ..........  R$       80,00

• Base de cálculo da retenção:Conforme examinamos nas regras gerais, a base de cálculo da retenção corresponde à aplicação da Margem de Valor Agregado relativa ao produto sobre o resultado da soma dos valores relativos à mercadoria + IPI + outros valores cobrados do adquirente. 

– MVA de cimento (Protocolo ICM  11/85) ......................    20%

Neste exemplo, para aplicação do MVA, somaremos apenas o valor das mercadorias e o IPI, pois não houve a cobrança de outros valores.  

Assim temos:

Valor total das mercadorias ......................................  R$ 2.000,00

IPI  .......................................................       (+)    R$      80,00 

Total ................................................................  R$ 2.080,00

Aplicação do MVA: 

MVA (20 % de R$ 2.080,00) .................................(+)  R$   416,00

Base de cálculo da retenção.....................................   R$ 2.496,00 

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• ICMS   a ser retido 

Será calculado mediante a aplicação da alíquota interna do produto no RJ (19%), estado para onde está sendo vendida, sobre a base de cálculo da retenção (R$ 2.496,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS  da própria operação do industrial (R$ 240,00): 

R$ 2.496,00 X 19% = R$ 474,24 – R$ 240,00 = R$ 234,24

A NF a ser emitida pelo substituto terá um valor total de R$ 2.314,24, que é o resultado da seguinte soma:

R$ 2.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 80,00 (IPI) +  R$ 234,24 (ICMS Retido).

16.2. Retenção pela Saída por empresa Enquadrada no Simples

16.2.1. OPERAÇÃO INTERNA?Indústria de Cimentos enquadrada no Simples Nacional e localizada no RJ vendeu 100 sacos de cimento de sua marca  para uma  distribuidora também localizada no RJ.   

A Nota Fiscal da indústria tem os seguintes dados:

– Valor de cada saco de cimento ............................. R$     20,00

– Valor total das mercadorias ................................... R$ 2.000,00

ICMS da operação própria do industrial

Este valor não consta na NF dos enquadrados no Simples Nacional, cuja forma de tributação é sobre a receita. No entanto, para que o cálculo do ICMS a ser retido pela empresa enquadrada no Simples Nacional não ficasse muito alto, a legislação do Simples Nacional passou a permitir que as empresas assim tributadas presumissem uma tributação idêntica aplicável às demais empresas, apenas para cálculo do ICMS por substituição tributária. 

Assim, para cálculo do ICMS ST, vamos considerar os seguintes dados:

– Alíquota interna do ICMS no RJ ...........................             19%

– ICMS da operação própria do industrial, incluso 

   no preço total ......................................................... R$    380,00

Page 34: Conheça o ST

IPI incidente na operação

As empresas enquadradas no Simples Nacional não destacam IPI em suas NF, pois é calculado sobre a receita. 

• Base de cálculo da retenção 

Conforme examinamos nas regras gerais, a base de cálculo da retenção corresponde à aplicação da Margem de Valor Agregado relativa ao produto sobre o resultado da soma dos valores relativos à mercadoria + IPI + outros valores cobrados do adquirente. 

– MVA de cimento (Protocolo ICM  11/85) ......................    20%

Neste exemplo, para aplicação do MVA, teremos apenas o valor das mercadorias, pois não houve a cobrança de outros valores.  

Assim temos:

Valor total das mercadorias ...................................... R$ 2.000,00

MVA (20 % de R$ 2.000,00) .................................(+) R$    400,00

Base de cálculo da retenção..................................  R$ 2.400,00 

• ICMS   a ser retido 

Será calculado mediante a aplicação da alíquota interna do produto no RJ (19%) sobre a base de cálculo da retenção (R$ 2.400,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS  da própria operação do industrial (R$ 380,00): 

R$ 2.400,00 X 19% = R$ 456,00 – R$ 380,00 = R$ 76,00

Page 35: Conheça o ST

A NF a ser emitida pelo substituto terá um valor total de R$ 2.076,00, que é o resultado da seguinte soma:

R$ 2.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 76,00 (ICMS Retido).

16.2.2. OPERAÇÃO INTERESTADUAL?Indústria de Cimentos localizada em MG vendeu 100 sacos de cimento de sua marca  para  uma distribuidora localizada no RJ. A indústria fará a retenção do ICMS baseada na obrigatoriedade determinada pelo Protocolo ICM 11/85 do qual RJ e MG são signatários, entre outros.

A Nota Fiscal da indústria tem os seguintes dados:

– Valor de cada saco de cimento ............................. R$     20,00

– Valor total das mercadorias ................................... R$ 2.000,00

ICMS da operação própria do industrial

Este valor não consta na NF dos enquadrados no Simples Nacional, cuja forma de tributação é sobre a receita. No entanto, para que o cálculo do ICMS a ser retido pela empresa enquadrada no Simples Nacional não ficasse muito alto, a legislação do Simples Nacional passou a permitir que as empresas assim tributadas presumissem uma tributação idêntica a aplicável às demais empresas, apenas para cálculo do ICMS por substituição tributária. 

Assim, para cálculo do ICMS ST, vamos considerar os seguintes dados:

– Alíquota interestadual do ICMS ...........................             12%

– ICMS da operação própria do industrial, incluso 

   no preço total ......................................................... R$    240,00

IPI incidente na operação

As empresas enquadradas no Simples Nacional não destacam IPI em suas NF, pois é calculado sobre a receita. 

• Base de cálculo da retenção 

Page 36: Conheça o ST

Conforme examinamos nas regras gerais, a base de cálculo da retenção corresponde à aplicação da Margem de Valor Agregado relativa ao produto sobre o resultado da soma dos valores relativos à mercadoria + IPI + outros valores cobrados do adquirente. 

– MVA de cimento (Protocolo ICM  11/85) ......................    20%

Neste exemplo, para aplicação do MVA, teremos apenas o valor das mercadorias, pois não houve a cobrança de outros valores.  

Assim temos:

Valor total das mercadorias ...................................... R$ 2.000,00

MVA (20 % de R$ 2.000,00) .................................(+) R$    400,00

Base de cálculo da retenção..................................  R$ 2.400,00 

• ICMS   a ser retido 

Será calculado mediante a aplicação da alíquota interna do produto no RJ (19%) sobre a base de cálculo da retenção (R$ 2.400,00). Do resultado deverá ser deduzido o ICMS  da própria operação do industrial (R$ 240,00): 

R$ 2.400,00 X 19% = R$ 456,00 – R$ 240,00 = R$ 216,00

A NF a ser emitida pelo substituto terá um valor total de R$ 2.216,00, que é o resultado da seguinte soma:

R$ 2.000,00 (Valor total das mercadorias) + R$ 216,00 (ICMS Retido).

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17. PAUTA FISCAL

CONCEITO E UTILIZAÇÃO

Pauta fiscal, pauta de valores, PMPF - Preço médio ponderado a consumidor final - entre outras nomenclaturas estabelecidas nas legislações, são nomes distintos para o mesmo tipo de norma, e nada mais são que tabelas de preços.Estas tabelas/pautas listam informações de produtos específicos como marca, preço e quantidade, que devem ser utilizadas somente para calcular o ICMS do regime de substituição tributária.Cabe ressaltar que os valores estabelecidos nestas tabelas não são preços para venda, e sim valores mínimos aceitáveis pela fiscalização para fins de cálculo do ICMS dos produtos nelas contidos.As pautas possuem regras e produtos que variam de acordo com os estados. Podendo ainda, dentro próprio estado, sofrer modificação . Algumas são de fácil compreensão, outras são complexas e impõem diversas condições de uso.Como regra geral, ao utilizar uma pauta para realização do cálculo da ST o contribuinte deve, verificar, por exemplo :

• se o seu produto está realmente listado dentre os que compõem a relação, considerando em alguns casos a marca, capacidade, etc;

• se ela pode ser utilizada por qualquer revendedor do produto ou somente quem fez algum acordo com o estado tem este direito;

• se ela pode ser utilizada independentemente do preço que você aplica na sua própria operação ou se o uso da pauta está limitado a algum percentual do preço efetivo que você utiliza;

 

Separamos especificamente as pautas por estados das bebidas que podem ser consultadas nos itens seguintes.

17.1. Bebidas - ES Confira aqui  as pautas e preços das bebidas quentes no Espírito Santo. Confira aqui  os preços médios de cervejas, chope, regfrigerantes, água e gelo.

17.2. Bebidas - RJ

Confira aqui as pautas e preços das bebidas.

17.3. Bebidas - SC

Confira aqui    os preços médios ponderados a consumidor final para cálculo do ICMS devido por substituição tributária nas operações com cerveja, chope, refrigerante e bebida hidroeletrolítica e energética. Atenção ao consultar este ato verificar as demais alterações.

17.4. Bebidas - MG Confira aqui   os preços médios ponderados a consumidor final (PMPF) para cálculo do ICMS devido por substituição

tributária nas operações com refrigerantes e bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) ou energéticas em Minas Gerais Confira aqui  preços médios ponderados a consumidor final (PMPF) para cálculo do ICMS devido por substituição

tributária nas operações com cerveja e chope em Minas Gerais.

17.5. Bebidas - PR

Confira aqui a pauta de Refrigerante, Cerveja, água mineral.

17.6. Bebidas e Pneumático - DF

Confira aqui   os valores da pauta para Cerveja e Chope.Confira aqui os valores de pauta para bebidas mistas.Confira aqui   os valores de pauta para pneus remold.

17.7. Bebidas- SPConfira aqui os valores da pauta para Cerveja e Chope Confira aqui   os valores da pauta bebidas energéticas e hidroeletrolíticas (Isotônicas) .Confira aqui   os valores de pauta para água mineral.

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Confira aqui   os valores de pauta para  bebida alcoólica, exceto cerveja e chope.Confira aqui os valores de pauta para refrigerantes.

18. HIPÓTESES EM QUE A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE APLICAExistem operações que NÃO ESTÃO sujeitas ao regime de substituição tributária, umas por determinação da legislação, outras por conclusão,  em face da inaplicabilidade do regime.  Cabe ao substituto tributário, aquele que retém o ICMS nas saídas das mercadorias ou aquele que as recebe e faz a antecipação do imposto pela entrada, verificar se na operação o regime será aplicável ou não. Os envolvidos nestas operações devem fazer o procedimento de forma correta a fim de evitar futuras correções complexas.  Vejamos então algumas hipóteses de NÃO aplicação de ST:

 

Nas seguintes operações, internas  ou interestaduais, dependendo do caso: 

a) Saída de mercadoria de estabelecimento de industrial ou importador (substitutos tributários)  com destino a outro contribuinte substituto da MESMA mercadoria;

Alguns estados costumam restringir a aplicação desta regra, estabelecendo que mesma mercadoria é “mesma marca” .

b) Transferência de mercadoria de estabelecimento de contribuinte substituto para outro estabelecimento NÃO varejista do contribuinte substituto. 

Nesta hipótese a obrigação de reter e recolher o ICMS recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa.

c) Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte substituto para utilização em processo de industrialização pelo destinatário.

d) Saída para fora do Estado dos produtos em relação aos quais o regime somente se aplica nas operações internas, ou seja, quando, em relação àquele produto, NÃO há Protocolo ou Convênio entre os estados envolvidos estabelecendo responsabilidade pela retenção interestadual.

e) Saída interna de mercadoria, realizada diretamente do estabelecimento substituto industrial, por exemplo, com destino a consumidor final do produto, seja ele contribuinte ou não do ICMS.

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f) Saída interestadual de mercadoria, quando há protocolo ou convênio com o produto e entre os estados envolvidos, realizada diretamente do estabelecimento substituto (que neste  caso pode ser o industrial, importador, distribuidor ou varejista), com destino a consumidor final que NÃO seja contribuinte do ICMS.

g)Saída interestadual de mercadoria destinada a Estado que não tenha Convênio ou Protocolo de substituição tributária em relação  ao produtos que estão sendo remetidos;

As hipóteses citadas não são exaustivas, em diversos protocolos e convênios que tratam do assunto existem outras situações em que o regime também não será aplicado, a saber :

Protocolo 105/2009:

a) nas operações interestaduais destinadas a contribuinte detentor de regime especial de tributação que lhe atribua a responsabilidade pela retenção e recolhimento do ICMS devido por substituição tributária pelas saídas de mercadorias que promover.

b) na hipótese de saída interestadual promovida com destino a contribuinte detentor de regime especial e considerado “distribuidor hospitalar”, como tal definido pela legislação da unidade federada de destino, que poderá, a seu critério, dispensar a retenção antecipada de que trata este Protocolo.

Protocolo 106/2011:

a)  nas transferências promovidas por estabelecimento de empresa industrial, ou pelo importador, às mercadorias por ele diretamente importadas, para outro estabelecimento da mesma pessoa jurídica, exceto varejista;

b) nas operações que destinem mercadorias a estabelecimento industrial para emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem;

c) nas operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição que seja fabricante da mesma mercadoria;

Protocolo 36/2009

a) nas operações interestaduais promovidas por contribuinte varejista com destino a estabelecimento de contribuinte localizado no Estado de São Paulo;

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19.ORIENTAÇÕES

19.1. RJ: PRODUTOS QUE ENTRARAM NA ST - LEVANTAMENTO DE ESTOQUE

A partir de 1-10-2012, os artefatos de uso doméstico e instrumentos musicais entram no regime de substituição tributária pela primeira vez aqui no Rio de Janeiro. Também foram incluídos outros produtos nas listas de “materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno” e “materiais de limpeza”, que já possuíam uma relação em vigor, conforme Decreto 43.749/2012, divulgado no Fascículo 37, página 375. Com a inclusão das mercadorias no regime de substituição, o contribuinte substituído deverá antecipar o ICMS devido sobre o estoque. Conforme analisamos neste comentário.

1. LEVANTAMENTO DO ESTOQUE A entrada de mercadorias no regime de substituição tributária obriga que os contribuintes considerados como substituídos, aqueles que sofrerão retenção, levantem o estoque destas mercadorias ao final do expediente do último dia anterior ao início do novo regime. No caso em questão é o dia 30-9-2012. O objetivo do levantamento é o recolhimento antecipado do ICMS, para que as saídas destes produtos sejam realizadas com o ICMS já recolhido por antecipação.1.1. CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDOComo definição, substituído é o contribuinte que sofre a retenção do ICMS, ou seja, adquire a mercadoria com o imposto já retido, ou é obrigado a pagar o ICMS pela entrada como responsável em virtude da retenção não ter sido feita. Em geral, os substituídos são: os varejistas e os distribuidores ou atacadistas que não possuam regime especial que os torne substitutos tributários. Já os contribuintes substitutos, os quais retêm o ICMS nas operações que tenham como destinatários os substituídos, e destacam e cobram de seus clientes o ICMS – ST em suas notas fiscais, não devem levantar o estoque, tendo em vista a obrigatoriedade de retenção e destaque no documento fiscal citado.  As normas gerais da substituição tributária definem como substitutos os seguintes contribuintes: os industriais, os importadores dos produtos os distribuidores ou atacadistas possuidores de regime especial que os torne substitutos tributários em relação a tais produtos.1.2. SIMPLES NACIONALEsta obrigação de levantamento de estoque aplica-se também aos contribuintes substituídos enquadrados no Simples Nacional.2. LANÇAMENTO NO INVENTÁRIOO estoque final de 30-9, deve ser levantado unicamente em relação às mercadorias que entram no regime de substituição tributária em 1-10-2012, deverá ser lançado no livro Registro de Inventário, com anotação de quantidades e valores. Os valores a serem lançados no inventário devem ser obtidos conforme as regras a seguir, que levam em consideração a atividade exercida pelo contribuinte. 

2.1. DISTRIBUIDOR OU ATACADISTA O distribuidor ou atacadista deve valorizar o estoque pelo preço de aquisição mais recente da mercadoria. Para tanto, deverá verificar a última nota fiscal recebida e dela obter as informações do preço do produto, somado o frete, seguros, IPI e outras despesas, caso constem do referido documento, inerentes à mercadoria.2.2. VAREJISTAO varejista deve valorizar o estoque pelo preço de venda a consumidor, ou seja, pelo preço de venda que o varejista estiver praticando no dia 30-9-2012.3. CÁLCULO DO ICMS DO ESTOQUEO ICMS relativo ao estoque final do dia 30-9-2012 também deve ser calculado levando em consideração se o contribuinte é ou não optante pelo Simples Nacional a atividade do contribuinte (varejista, atacadista, distribuidor).3.1. DISTRIBUIDOR OU ATACADISTA NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALProcedimentos para cálculo pelos distribuidores ou atacadistas não enquadrados no Simples Nacional:• 1º PASSO: Formação da base de cálculoPara formar a base de cálculo do ICMS a antecipar, deve ser acrescentado ao valor de cada item do estoque final, de 30-9-2012, a MVA (Margem de Valor Agregado) específica de cada produto, prevista para as operações internas.As MVA estão descritas nos itens 28, 31, 42 e 43 da tabela constante no Anexo I do Livro II do RICMS, com redação dada pelo o Decreto 43.749/2012.

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• 2º PASSO: Cálculo do ICMS a anteciparSobre a base de cálculo formada no tópico anterior, aplicar a alíquota interna normal referente ao produto. Do valor resultante deste cálculo, poderá ser deduzido o saldo credor apurado na escrita fiscal no mês de setembro/2012.ExemploSuponhamos os seguintes dados:• Descrição do produto: Revestimento para pavimentos (pisos) e capachos de borracha não endurecida, com a NCM: 4016.91.00- MVA interno do produto:............................................................................................................................................................. 69,43%- Estoque final de 30-9-2012:........................................................................................................................................... 100 unidades- Valor unitário do produto para lançamento no estoque final de 30-9-2012:.......................................................................R$ 20,00 - Valor total das mercadorias: ............................................................................................................................................ R$ 2.000,00• Cálculo do ICMS a antecipar: – Valor total das mercadorias ............................................................................................................................................ R$ 2.000,00- MVA (69,43% de R$ 2.000,00) ..................................................................................................................................... R$ 1.388,60- Base de cálculo................................................................................................................................................................. R$ 3.388,60- Alíquota interna da mercadoria ...................................................................................................................................................... 19% ICMS a antecipar ( 19% de4 R$ 3.388,60)......................................................................................................................... R$ 643,83• Considerando que a empresa não possui saldo credor em sua apuração do ICMS normal no mês de setembro/2012/2012, o valor a pagar de ICMS será de 643,83. Caso possuísse, poderia ser abatido deste valor.

3.2. DISTRIBUIDOR OU ATACADISTA ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALProcedimentos para cálculo pelos distribuidores ou atacadistas enquadrados no Simples Nacional:• 1º PASSO: Formação da base de cálculoAplicar sobre o valor de cada item do estoque final de 30-9-2012 o percentual da MVA específica de cada produto prevista para as operações internas. Neste caso, a base de cálculo é apenas o resultado da aplicação do MVA sobre o estoque que não deve ser somado ao estoque.As MVA estão descritas nos itens 28, 31, 42 e 43 da tabela constante no Anexo I do Livro II do RICMS, com redação dada pelo o Decreto 43.749/2012.• 2º PASSO: Cálculo do ICMS a antecipar Sobre o valor da base de cálculo, obtido no tópico anterior, aplicar a alíquota do ICMS interna normal referente ao produto. O resultado é o ICMS a recolher sobre o estoque.ExemploSuponhamos os seguintes dados:• Descrição do produto: Revestimento para pavimentos (pisos) e capachos de borracha não endurecida,  - MVA interno do produto: ............................................................................................................................................................. 69,43%- Estoque final em 30-9-2012: ........................................................................................................................................... 100 unidades- Valor unitário do produto para lançamento no estoque final de 30-9-2012: ........................................................................ R$ 20,00- Valor total das mercadorias: ................................................................................................................................................ R$ 2.000,00• Cálculo do ICMS a antecipar: – Valor das mercadorias.......................................................................................................................................................... R$ 2.000,00- MVA (69,43% de R$ 2.000,00)........................................................................................................................................... R$ 1.388,60- Base de cálculo...................................................................................................................................................................... R$ 1.388,60

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- Alíquota interna da mercadoria .......................................................................................................................................................... 19% ICMS a antecipar (19% de R$ 1.388,60)................................................................................................................................. R$ 263,833.3. VAREJISTA NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALO cálculo do ICMS devido sobre o estoque dos varejistas substituídos deve ser realizado conforme a seguir:Procedimentos para cálculo:• 1º PASSO: Formação da base de cálculoA base de cálculo do ICMS a antecipar é o mesmo valor do estoque final apurado em 30-9-2012.• 2º PASSO: Cálculo do ICMS a anteciparSobre a base de cálculo formada no tópico anterior, aplicar a alíquota interna normal referente ao produto. Do valor resultante deste cálculo, poderá ser deduzido o saldo credor apurado na escrita fiscal no mês de setembro/2012ExemploSuponhamos os seguintes dados:• Descrição do produto: Revestimento para pavimentos (pisos) e capachos de borracha não endurecida, com a NCM: 4016.91.00- MVA interno do produto: .............................................................................................................................................................. 69,43%- Estoque final em 30-9-2012: ............................................................................................................................................. 100 unidades- Valor unitário do produto para lançamento no estoque final de 30-9-2012: R$ 40,00 - Valor total das mercadorias: ................................................................................................................................................ R$ 4.000,00

• Cálculo do ICMS a antecipar: – Base de cálculo (Valor do estoque)...................................................................................................................................... R$ 4.000,00–Alíquota interna do produto ................................................................................................................................................................ 19% - ICMS a antecipar (19% de R$ 4.000,000)............................................................................................................................. R$ 760,00• Considerando que a empresa não possui saldo credor em sua apuração do ICMS normal no mês de setembro/2012, o valor a recolher do ICMS será de R$ 760,00. Caso possuísse crédito, este poderia ser abatido.

3.4. VAREJISTA ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONALProcedimentos para cálculo pelos varejistas enquadrados no Simples Nacional• 1º PASSO: Formação da base de cálculoAplicar sobre o valor de cada item do estoque final de 30-9-2012 o percentual da MVA específica de cada produto prevista para as operações internas, devendo ser observado que o resultado do cálculo não deve ser somado ao valor do estoque. Neste caso, a base de cálculo é apenas o resultado da aplicação do MVA sobre o estoque, que não deve ser somado ao estoque.As MVA estão descritas nos itens 28, 31, 42 e 43 da tabela constante do Anexo I do Livro II do RICMS, com redação dada pelo Decreto 43.749/2012.• PASSO 2: Cálculo do ICMS a antecipar Sobre o valor da base de cálculo, obtido no tópico anterior, aplicar a alíquota do ICMS interna normal referente ao produto. O resultado é o ICMS a recolher sobre o estoque.ExemploSuponhamos os seguintes dados:• Descrição do produto: Revestimento para pavimentos (pisos) e capachos de borracha não endurecida, com a NCM: 4016.91.00- MVA interno do produto: .............................................................................................................................................................. 69,43%- Estoque final de 30-9-2012: .............................................................................................................................................. 100 unidades- Valor unitário do produto para lançamento no estoque final de 30-9-2012: . ........................................................................R$ 40,00 - Valor total das mercadorias: ................................................................................................................................................ R$ 4.000,00

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• Cálculo do ICMS a antecipar: – Base de cálculo: Valor do estoque (69,43% de R$ 4.000,00) ......................................................................................................................... R$ 2.777,20 – Valor total do ICMS a antecipar: Alíquota interna da mercadoria .............................................................................................................................................................19% ICMS antecipar (19% de R$ 2.777,20)......................................................................................................................................R$ 527,66• Considerando que a empresa não possui saldo credor em sua apuração do ICMS normal no mês de setembro/2012, o valor a recolher do ICMS será de R$ 527,66. Caso possuísse crédito este poderia ser abatido.

5. PAGAMENTO DO ICMS DO ESTOQUE:O ICMS calculado sobre o estoque final deve ser pago em quota única, ou em até 12 parcelas mensais, iguais e consecutivas5.1. PARCELAMENTO DO ICMS DO ESTOQUEPara usufruir do parcelamento, o contribuinte, optante ou não do Simples Nacional deverá enviar requerimento à repartição fiscal de sua jurisdição até 22-10-2012, juntamente com o os dados do estoque levantado e escriturado no Livro Registro de Inventário. O vencimento das parcelas será sempre no dia 20, vencendo-se a primeira no mês subsequente ao pedido de parcelamento, no caso. Se o dia 20 não for útil o recolhimento é no próximo dia útil subseqüente. 

5.2. ATRASO NO PAGAMENTO O atraso no pagamento de cada uma das parcelas acarreta cobrança de atualização monetária e acréscimos moratórios.6. RESUMO DAS DATASA pessoa jurídica que comercializa as mercadorias que entrarão no regime de substituição tributária a partir de 1-10-2012, deverá observar as seguintes datas:– 30-9-2012: data de levantamento do estoque;– 22-10-2012: último dia para requer parcelamento;–21-11-2012: último dia para pagar em quota única ou primeira quota do parcelamento;– dia 20 dos meses subsequentes: datas para recolhimento das demais quotas.Fundamentação Legal: Decreto 2.7427, de 17-11-2000 – RICMS – Livro II, artigo 36; Resolução 213 SER, de 7-10-2005 .

19.2. RJ: Confira as mudanças dos prazos de recolhimento do ICMS-ST

A Resolução 537 SEFAZ/2012 consolidou, esclareceu e alterou diversas normas relacionadas à substituição tributária, no que se refere à responsabilidade, aos prazos para recolhimento e à escrituração fiscal.Neste comentário, analisamos a drástica diminuição do prazo para recolhimento do ICMS nas entradas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.

1. ALTERAÇÃO DO PRAZO PARA RECOLHIMENTO

Até o dia 30-9-2012, os prazos eram contados em função do período decendial no qual o produto tivesse dado entrada no estabelecimento, como segue:

– mercadorias que dessem entrada no estabelecimento entre os dias 1º e 10 do mês: recolhimento até o dia 13 do mês;

– mercadorias que dessem entrada no estabelecimento entre os dias 11 e 20 do mês: recolhimento até o dia 23 do mês;

– mercadorias que dessem entrada no estabelecimento entre os dias 21 até o último dia do mês: recolhimento até o dia 3 do mês subsequente.

A partir de 1-10-2012, os contribuintes do ICMS, desde que não sejam substitutos tributários em relação ao produto, quando adquirirem para revenda, produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, sem que a retenção ou recolhimento antecipado do ICMS tenha sido feito, devem obedecer a novos prazos para recolhimento, conforme a

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condição da aquisição, seja operação interestadual ou interna, e a existência ou não de Protocolo ou Convênio entre os Estados.

Nos itens 2, 3 e 4 a seguir esclarecemos como o contribuinte deve proceder a partir de 1-10-2012, consideradas as situações nas quais serão aplicados os novos prazos, ou seja, recolhimento antes da entrada da mercadoria neste Estado ou no mesmo dia da entrada da mercadoria no estabelecimento.

2. AQUISIÇÃO DE ESTADO QUE NÃO MANTÉM ACORDO COM RJ

Nas aquisições de mercadorias de Estado que não possui acordo com o Estado do Rio de Janeiro, através de Convênio ou Protocolo em relação ao produto, o fornecedor do outro Estado não é o responsável pela retenção. A responsabilidade de pagar, por antecipação, o ICMS que não foi retido, é do destinatário e adquirente da mercadoria no Rio de Janeiro.

Sendo a responsabilidade do destinatário no Rio de Janeiro, este deve recolher o ICMS-ST não retido antes da mercadoria entrar no estado fluminense, pois a fiscalização do Estado do Rio de Janeiro exigirá a apresentação do comprovante de pagamento do ICMS devido, ou seja, o DARJ – Documento de Arrecadação de Receitas do Estado do Rio de Janeiro e o DIP – Demonstrativo de Item de Pagamento, que detalha os valores que foram pagos.

2.1. RECOLHIMENTO DO ICMS ANTES DA ENTRADA NO ESTADO

O recolhimento deste ICMS antes da mercadoria entrar no Estado do Rio de Janeiro pode causar dificuldade operacional para o destinatário, pois o DARJ pago deve vir junto com a mercadoria, a fim de ser apresentado na entrada da mercadoria nesse estado, nos casos em que o veículo seja parado em alguma barreira fiscal, ou no trânsito da mercadoria dentro deste Estado até o destinatário.

Para atender a esta norma, o destinatário no Rio de Janeiro terá que tomar providências para que o transportador do produto cruze ou chegue até a fronteira do Estado do Rio de Janeiro já com o DARJ pago.

Como podemos perceber, a realização dessas operações exigirá que o destinatário no RJ estabeleça uma perfeita coordenação de procedimentos com seus fornecedores de outros Estados, pois, para cálculo do imposto e preenchimento correto do DARJ, o destinatário precisa saber o número da nota fiscal e o valor dos produtos que virão.

Embora a legislação seja omissa em relação a quais procedimentos deverão ser adotados para a realização desse processo, sugerimos que, após o pagamento, o DARJ e o DIP sejam enviados ao fornecedor para que este os traga juntamente com a mercadoria.

2.1.1. Documento de Arrecadação

No preenchimento do DARJ com o valor do ICMS, na situação citada anteriormente, devem ser observados os seguintes detalhes:

• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;

• emissão em nome próprio da empresa destinatária;

• anotação, em observações: do tipo, da série, do número e da data de emissão da nota fiscal e do CNPJ de seu emitente.

3. AQUISIÇÃO DE ESTADO QUE MANTÉM CONVÊNIO OU PROTOCOLO

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Nesta operação, os fornecedores são os responsáveis pela retenção e recolhimento do ICMS-ST, em relação às mercadorias que o Estado do fornecedor e o RJ possuírem acordo através de Convênio ou Protocolo. Sendo assim, as regras que estes fornecedores devem observar quanto ao recolhimento do ICMS-ST são as seguintes:

• fornecedores que não possuem inscrição como contribuinte substituto no RJ: as cargas das mercadorias já devem vir com GNRE pagas, individualmente por nota fiscal;

• fornecedores que possuem inscrição de contribuinte substituto no RJ: o ICMS deve vir retido na nota fiscal e o fornecedor deverá recolher nos dias 9 ou 10 do mês subsequente.

3.1 RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO

Embora a responsabilidade seja do remetente, nos casos em que exista Convênio ou Protocolo, o destinatário deve sempre verificar se a inscrição de substituto de seu fornecedor ainda é válida no Rio de Janeiro, pois caso o fornecedor não retenha ou não pague antecipadamente, o destinatário no Rio de Janeiro deve recolher o ICMS não retido na entrada do produto no território do RJ, sob pena do veículo ser parado na barreira fiscal ou na fiscalização no trânsito da mercadoria, ficando o destinatário sujeito à cobrança do ICMS e autuação.

3.2. Dados a informar no DARJ ou GNRE

O DARJ/GNRE referentes à operação, quando emitidos por fornecedor sem inscrição ou pelo destinatário, devem ser preenchidos observados os seguintes detalhes:

• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;

• emissão em nome próprio da empresa destinatária: quando o destinatário for o responsável;

• emissão em nome do fornecedor: quando este for o responsável.

• anotação, em observações: do tipo, da série, do número e da data de emissão da nota fiscal e do CNPJ de seu emitente.

4. AQUISIÇÃO INTERNA DAS MERCADORIAS

Na aquisição interna, os fornecedores são os responsáveis pela retenção ou por informar ao destinatário que o ICMS já foi retido anteriormente. Caso não tenha ocorrido qualquer das situações, o recolhimento do ICMS não retido deve ocorrer no mesmo dia da entrada da mercadoria no estabelecimento. O destinatário deve observar, em especial, os seguintes dados na nota fiscal do fornecedor:

a) aquisição direta de um contribuinte substituto (industrial, importador, distribuidor com regime especial): o ICMS deve vir retido na nota fiscal e o contribuinte substituto deve, nas operações internas, utilizar os seguintes códigos:

• CFOP : 5401 ou 5403;

• CST com finais: 10, 30 ou 70;

• CSOSN com final: 202.

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b) aquisição direta de um contribuinte substituído (varejista e/ou distribuidor que não possui regime especial que o coloque como substituto): o destinatário deve observar, em especial, a existência dos seguintes dados na nota fiscal do fornecedor:

• CFOP : 5405;

• CST : com o final 60;

• CSOSN com o final 500;

• no campo de informações complementares: a expressão: “ICMS retido por substituição, Dec. 27427/2000, Livro II, Anexo I”.

A verificação e confirmação dos dados da nota fiscal com as características que comentamos se faz necessária a fim de evitar que a responsabilidade pelo recolhimento da ST seja transferida para o destinatário/adquirente. Também deve ser verificado o cálculo. Caso esteja a menor do que deveria, a responsabilidade será do adquirente. Nesta hipótese, o destinatário no RJ deve recolher o ICMS não retido no mesmo dia da entrada do produto no seu estabelecimento.

4.1. Dados a informar no DARJ

O DARJ referente à operação relatada deve ser preenchido observados os seguintes detalhes:

• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;

• emissão em nome próprio da empresa destinatária;

• anotação, em observações: do número da nota fiscal na qual os produtos estão descritos.

5. ESCRITURAÇÃO FISCAL DAS ENTRADAS DE MERCADORIAS SEM RETENÇÃO

A Resolução 537 SEFAZ/2012 não alterou as normas para escrituração das entradas sem retenção ou com o ICMS retido em documento de arrecadação à parte, mas esclareceu os procedimentos que o contribuinte deve observar caso utilize a EFD-Escrituração Fiscal Digital e EFD-Sped Fiscal.

Nos subitens a seguir verificamos os procedimentos a serem observados no Livro de Entradas e no Livro de Apuração do ICMS.

5.1. Livro Registro de Entradas

As notas fiscais que entrarem nas condições do item 5 devem ser escrituradas observando-se as seguintes regras:

a) Colunas “Valor Contábil” e “Outras” de “Operações sem Crédito do Imposto”: lançar a nota fiscal relativa à aquisição, com CFOP 1403 ou 2403;

b) Coluna “Observações”: lançar, na mesma linha da nota fiscal de aquisição, os valores relativos a BCR – Base de Cálculo da Retenção e o valor do ICMS-ST devido pelo responsável, utilizando-se colunas distintas para tais indicações, sob o título comum “Substituição Tributária”, ou seja, esta coluna deve ser dividida em dois campos. No caso de uso de SEPD-Sistema Eletrônico de Processamento de Dados, os valores do ICMS-ST e a BCR devem ser escriturados na linha imediatamente abaixo a do lançamento da nota fiscal de aquisição, sob o título comum “Substituição Tributária” ou o código “ST”.

5.1.1. Escrituração pelos Usuários de EFD-Sped Fiscal

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Os contribuintes que utilizem a escrituração fiscal digital devem fornecer, em especial, as informações a seguir:

a) Gerar o registro C100 “Nota Fiscal” com os dados da nota fiscal relativa à aquisição, sem preenchimento dos campos 21 a 24, ou seja, sem os valores: da base de cálculo do ICMS; do ICMS; da BCR; do ICMS – ST;

b) Gerar o registro C197 “AJUSTES E INFORMAÇÕES DE VALORES PROVENIENTES DE DOCUMENTO FISCAL”, observando, em especial, os seguintes detalhes :

– no campo 02 “Código do ajustes/benefício/incentivo”: informar o código RJ71000001;

– nos campos 05 e 07: informar a BCR e o ICMS-ST devido pelo responsável.

5.2. Livro Registro de Apuração do ICMS

Ao escriturar o Livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS), os adquirentes de produtos nas condições ora analisadas devem lançar o valor total do ICMS-ST pago no mês e a respectiva BCR no campo “Observações”, na mesma folha correspondente a da operação do próprio contribuinte, assim como, a data de pagamento dos respectivos DARJ.

Caso o contribuinte utilize a EFD-Sped Fiscal, deverá informar no campo 15 do registro E110 “APURAÇÃO DO ICMS – OPERAÇÕES PRÓPRIAS” Valores recolhidos ou a recolher, extra-apuração, o valor total do ICMS devido por substituição tributária.

Fundamentação Legal: Resolução 537 SEFAZ, de 28-8-2012,  Convênio S/N, de 15-12-70