conheça o histórico do noroeste fluminense

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Conhea o Histrico do Noroeste FluminenseVisitantes, sejam bem vindos ao blog Noroeste Fluminense. O objetivo da sua criao servir como um ambiente de divulgao do processo histrico e de informao em geral sobre a Regio Noroeste do Estado do Rio de janeiro. A regio composta por 13 municpio:

1. Aperib 2. Bom Jesus do Itabapoana 3. Cambuci 4. Italva 5. Itaocara 6. Itaperuna 7. Lage do Muria 8. Miracema 9. Natividade 10. Porcincula 11. Santo Antnio de Pdua 12. So Jos de Ub 13. Varre-saiProvavelmente no incio da sua colonizao pelos portugueses, muitos escravos foram trazidos para a regio e utilizados no desbravamento dessas terras que foram usadas no passado para o plantio de caf e cana de acar. Este ltimo tipo de lavoura era mais concentrada em alguns municpios que ficam mais prximo da regio canavieira de Campos dos Goytacazes. A partir do meado do sculo XIX a Regio Noroeste Fluminense comeou a receber as lavouras de caf, o que atraiu inclusive imigrantes de outros pases. Portanto seu povo composto de grande miscigenao, ou seja, da mistura de negros, portugueses e imigrantes europeus. Mais o caf teve seu pice no inicio do sculo XX e fim nos anos 30 devido a crise mundial levando o governo a pagar para que os produtores destruissem as lavouras. A partir da teve incio a uma nova atividade: a criao de gado. As lavouras deram lugar as pastagens e os problemas ambientais iniciados com o caf tiveram continuidade levando ao cenrio atual onde resto menos de 3% da floresta original segundo a fundao SOS Mata Atlntica. Atualmente a pecuria leiteira e de corte so uma das principais fontes de renda do Noroeste Fluminense, principalmente em Itaperuna que concentra a indstria leiteira. A agricultura, como o caf e o tomate so tambm de grande importncia dentro de alguns municpios. As lavouras de caf ainda so encontradas em Varre-sai, enquanto o tomate concentrado em So Jos de Ub, sendo que Cambuci e Itaperuna tambm concentram uma parte da produo. Apesar da agropecuria ter seu espao dentro do contexto regional, outras atividades como a indstria tambm vem ganhando espao, sobretudo em Itaperuna, maior cidade da regio, que concentra muitas confeces, e algumas grandes indstrias como a Parmalat e a Boechat. A cidade tambm est se transformando em um grande plo estudantil, concentrando algumas Universidades (UNIG, Redentor, Fundao So Jos, CEDERJ). Em Santo Antnio de Pdua destaca a indstria de pedras decorativas e de papel. O setor comercial desenvolveu muito nos ltimos anos em todas as cidades, mas destaque em Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, Santo Antnio de Pdua e Itaocara. A construo de uma ferrovia no incio do sculo foi de fundamental importncia para o seu desenvolvimento uma vez que era usada para transporte de produtos e pessoas. Naquela poca a malha viria era pssima, no havia asfalto e as estradas de terra eram precrias. Hoje tal estrada de ferro no existe mais, foi desativada na dcada de 80, e as estradas ganharam asfalto e interligam todas as cidades. Infelizmente tais estradas no possuem bom estado de conservao. Recentemente comeou a ser construdo o minerioduto Minas-Rio que tem como objetivo a exportao de minrio de ferro extrado na Regio da bacia do Rio Santo Antnio prximo a Belo Horizonte. Sua extenso de 525 quilmetros e passar pelos municpios de Porcincula, Natividade, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana no Noroeste fluminense. Existe expectativas de gerao de muitos empregos na regio, principalmente durante a sua construo, o que pode favorecer a economia de muitos municpios. Dois grandes rios que nascem em Minas Gerais cortam a regio Noroeste Fluminense: o Rio Pomba e o Rio Muria. Esses rios certamente tiveram grande importncia no passado e ainda tem no presente. Por outro lado e devido ao mau planejamento da construo das cidades em suas margens, a populao das cidades ribeirinhas vem enfrentando srios problemas com enchentes. As aes humanas ao longo do tempo certamente contribuem para

esse quadro desolador, pois praticamente no existe mata ciliar nesses rios e em seus afluentes. O crescimento desordenado das cidades aliado a destruio das florestas na regio e em suas nascentes no territrio mineiro, certamente colabora para o cenrio atual das enchentes. A vegetao original da Mata Atlntica destruda auxiliaria a gua da chuva a penetrar no solo (percolao), evitaria o efeito das eroses e soreamento dos rios e impediria um aumento rpido do fluxo de gua durante chuvas torrenciais, minimizando o efeito das enchentes. claro que estamos vivendo uma dinmica de mudanas climticas globais e tais efeitos so sentidos em toda parte do mundo, mais as aes humanas ocorridas ao longo do tempo na regio, certamente pode estar contribuindo para a realidade atual.Dados: Nome: Mesorregio do Noroeste Fluminense Municpio Sede (e/ou Mais Populoso): Itaperuna Populao (2005): 313.128 rea (Km): 5.388,5 Sigla: RJNO

1. CARACTERIZAO REGIONAL1.1 Formao Econmica e Padro Geral de Reprodu o A ocupao territorial e a formao econmica do Noroeste Fluminense tm sua origem ligada ao municpio de Campos dos Goytacazes, que compreendia desde 1673 at o sculoXIX toda a rea das atuais Regies Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.Os desmembramentos comearam a surgir em meados do sculo XIX, resultantes do processo de ocupao, definio e distribuio de propriedades, especializaes produtivas,interaes sociais, dentre outros, que foram caracterizando diferentes espaos territoriais ao longo do sculo.A primeira atividade econmica de destaque em toda essa regio foi o cultivo das lavouras de caf, que comearam a se desenvolver em meados do sculo XIX, alcanando o auge nas primeiras duas dcadas do sculo XX. A cana-de-acar tambm comeou a ser cultivada nesta poca, porm em menor escala, apenas em algumas localidades.O municpio de So Fidlis, atualmente pertencente Regio Norte, foi o primeiro a se desmembrar. Emancipou-se de Campos dos Goytacazes, em 1850, e compreendia os atuais municpios de So Jos do Ub, Cambuci, Santo Antnio de Pdua, Miracema,Aperib e Itaocara. Com uma produo cafeeira de destaque no Estado, escoava sua produo pelo Rio Paraba do Sul at o porto de So Joo da Barra, e tambm atravessava o canal Maca-Campos e chegava ao porto de Maca. Com a implantao da rede ferroviria, este meio de transporte entrou em decadncia.Cabe destacar, que o povoamento das localidades que hoje compem o Noroeste Fluminense, teve incio no sculo XIX, quando comearam a surgir os primeiros povoados s margens do Rio Muria, utilizado ento como meio de transporte de pessoas e tambm para escoamento de mercadorias para o litoral.Verifica-se ento a importncia dos rios no incio da ocupao territorial da Regio, seja pela condio de abastecimento de gua potvel, seja como principal meio de transporte,incentivou o povoamento s suas margens. Com o passar do tempo eles cederam este papel para as ferrovias e rodovias construdas na regio.Com um povoamento mais intenso aps a abolio da escravatura, a regio Noroeste teve uma expressiva colonizao europia em alguns de seus municpios, caracterizando-se como uma regio de colonizao campesina, com o predomnio de pequenas propriedades,as quais prevalecem atualmente. (Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento, 2008).Em fins do sculo XIX, tem incio o processo de composio e definio dos limites da atual Regio Noroeste. So emancipados os municpios de Santo Antnio de Pdua, Itaocara,Cambuci

(desmembrados de So Fidlis) e Itaperuna (desmembrado de Campos dosGoytacazes).No incio dos anos 30, com a crise econmica mundial que atingiu o Brasil e especialmenteos cafeicultores, a atividade cafeeira entrou em decadncia, dando lugar ao aparecimentode outras atividades, principalmente a pecuria.Surge ento um novo ciclo econmico, baseado na mudana da base produtiva, inicialmentecaracterizado por um processo de adaptao dos produtores locais nova realidade

econmica, e que passa a ter como atividade principal a prtica da agropecuria,especialmente a pecuria bovina.Este novo ciclo tambm foi caracterizado por um novo processo de desmembramentos emmeados do sculo XX, quando foram emancipados os municpios de Bom Jesus deItabapoana, Natividade, Porcincula, Laje do Muria (desmembrados de Itaperuna) eMiracema (desmembrada de Santo Antnio de Pdua). E, completando o processo dedesmembramentos e emancipaes, em 1980 o municpio de Italva foi desmembrado deCampos dos Goytacazes, em 1994 Varre-Sai foi desmembrado de Cambuci e em 1997 SoJos de Ub foi desmembrado de Natividade.O ciclo econmico baseado na atividade pecuria, especialmente na bovinocultura leiteirapermanece at os dias atuais. No entanto a regio vem apresentando uma relativadiversificao produtiva, apesar de ainda muito ligada atividade agropecuria. A lavourade arroz j assumiu posio de destaque na regio, no entanto vem perdendo importncia,apesar de alguns sinais de recuperao devido a alguns incentivos localizados. Destaca-seatualmente a produo de tomate, presente em todos os municpios da regio, e odesenvolvimento da fruticultura irrigada. A atividade cafeeira permanece nos municpioslocalizados na parte mais alta do Noroeste Fluminense, destacando-se Varre-Sai.O municpio de Italva, que faz divisa com Campos dos Goytacazes apresentou umatrajetria diferenciada dos demais. Boa parte do seu processo de ocupao foi vinculada aocomplexo sucro-alcooleiro, com plantaes de cana-deacar e a implantao da UsinaSo Pedro Paraso. Com a crise do setor, os pequenos produtores fornecedores de cana-de-acar, se viram empobrecidos e diante da necessidade de alterao da sua baseeconmica, que vem se firmando sobre a agropecuria.A atividade industrial, ainda incipiente na Regio, composta, principalmente peloslaticnios. Santo Antnio de Pdua e Itaperuna apresentam o setor secundrio pouco maisdesenvolvido, com extrao mineral, fbrica de papel, fbrica de lonas de freio, frigorfico econfeces.A extrao mineral feita atravs da explorao de rochas ornamentais na regio de SantoAntnio de Pdua. O APL de Rochas Ornamentais abrange os municpios de Santo Antniode Pdua (principal produtor), Miracema, So Jos do Ub, Itaperuna, Laje do Muria,Natividade, Porcincula, Varre-Sai, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci e Italva.Com o setor de servios mais desenvolvido, Itaperuna constitui-se no principal centroregional, destacando-se no fornecimento de servios de educao e sade para o seuentorno.De certa maneira vem se configurando um novo ciclo, ou um processo de transio para umnovo ciclo de desenvolvimento, onde se faz necessria a adaptao dos produtores, daproduo e dos processos produtivos s exigncias do mercado atual, que caracterizado,essencialmente, pela adoo de prticas sustentveis de utilizao dos fatores produtivos.A pratica da pecuria local um exemplo desta necessidade de mudana e adaptao doprocesso. Caracteristicamente pouco produtiva, foi ao longo dos anos, uma das principaisresponsveis pelo desmatamento que levou destruio de aproximadamente 97% dafloresta original.Esta necessidade de mudana e adaptao constitui-se num grande desafio regional, vistoque, em sua maioria, os pequenos proprietrios encontram-se descapitalizados e compouca

capacidade de realizar os investimentos necessrios. Ou seja, encontram-se comreduzida autonomia na conduo do processo produtivo. Miracema: Dados Geogrficos Localizao O Municpio de Miracema situa-se a 21 2450 de latitude sul e 42o1152 de longitude oeste. Miracema est margem das Rodovias Estaduais RJ 116 e RJ 200. Atravs da RJ 116, o Municpio liga-se BR 356, que se une BR 101 em Campos dos Goitacazes e BR 116 em Muria(MG). Em direo ao sul, a RJ 116 liga MIRACEMA a Santo Antnio de Pdua e Itaocara. A rodovia RJ 200 liga o Municpio de Palma (a partir da divisa) ao Distrito de Paraso do Tobias. Miracema tem como municpios limtrofes:

Ao Norte: Itaperuna e Laje do Muria. Ao Sul: Santo Antnio de Pdua. A Leste: So Jos de Ub. A Oeste: Palma (MG).

Com uma rea de 306 km de extenso e altitude mdia de 137 metros acima do nvel do mar (sede), o Municpio de Miracema composto por trs distritos:

1 Distrito Miracema (SEDE) 2 Distrito Paraso do Tobias 3 Distrito Venda das Flores

Caractersticas Geogrficas Fundao: 3 de maio de 1936 Gentlico: miracemense Prefeito: Ivany Samel rea: 303,353 km Populao: 26.868 hab. est. IBGE/2008 Densidade: 86,5 hab./km Altitude:137 metros Distncia da Capital: 271 Km Clima tropical Aw Fuso horrio: UTC-3 IDH: 0,733 (RJ 72) - mdio PNUD/2000

PIB: R$ 170.759 mil IBGE/2005 PIB per capita: R$ 6.034,00 IBGE/2005 Relevo O relevo acidentado em toda sua extenso, destacando-se as seguintes elevaes: Ponto de Santo Antnio, Pico do Morro Azul, Pico de Santa Maria, Pico Ricardo Simo, Pico do Gavio e as Serras do Sossego, da Cascata, Alto Cabor e a de Flores. Hidrografia A rede hidrogrfica representada por pequenas correntes fluviais, das quais se destacam: Ribeiro Santo Antnio e Bonito e os crregos Sobreiro; gua Limpa: Serra Nova, Liberdade, Barreirinho, Duas Barras, Pirineus, etc. A bacia lacustre formada pela Lagoa Preta e muitos audes. Clima O clima Tropical, com as estaes chuvosas no vero e seca no inverno. A precipitao mdia anual est em torno de 1.200mm de chuvas, sendo junho, julho, e agosto os meses mais secos (mdias de 22,5mm/ms) e novembro, dezembro e janeiro, os meses mais chuvosos (mdia de 266,5mm/ms). As temperaturas so elevadas. Os meses mais quentes so dezembro, janeiro e fevereiro. Os meses mais frios so tambm os mais secos junho, julho e agosto. Solo Os solos do municpio so do tipo latos solo alaranjado, podzlico vermelho amarelo, hidromrficos e associao latossolo alaranjado podzlico. A Vegetao Predominam plantas rasteiras. As reas de matas (Mata Atlntica)esto reduzidas a 7% da rea do municpio. Itaperuna

A Vila de So Jos do Ava, criada pela lei provincial n. 2.921, de 29 de dezembro de 1887, com sede na Estao de Porto Alegre, da Estrada de Ferro Carangola, foi elevada categoria de cidade com a denominao de ITAPERUNA, de acordo com o Decreto n. 2, de 6 de dezembro de 1889, sendo a Comarca instalada com grandes festas no dia 11 de janeiro de 1890. O novo Municpio compunha-se dos seguintes distritos: 1. So Jos do Ava; 2., Nossa Senhora da Penha; 3. Laje do Muria; 4. So Sebastio da Boa Vista; 5. Natividade do Carangola; 6. Santo Antnio do Carangola; 7., Varre-Sai; 8., Santa Clara do Carangola; 9., Arrozal de Sant'Ana do Itabapoana; 10., Bom Jesus do Itabapoana e 11., Santo Antnio do Itabapoana Posteriormente, foram criados mais dois distritos, o 12. e o 13., sendo, respectivamente, Santa Rita de Ouro Fino (Ournia) e So Sebastio da Vista Alegre (Purilndia). No ano de 1890, o Governador Francisco Portela, dividiu o Municpio de Itaperuna em trs Municpios, elevando categoria de Vilas os distritos de Natividade do Carangola e Bom Jesus do Itabapoana, os quais foram extintos com a queda daquele governador, em 1892, e novamente anexados ao Municpio de Itaperuna. O nosso Municpio perdeu uma grande faixa de terras em favor do Municpio de Campos, pela Lei n. 562, de 8 de dezembro de 1902, sem um protesto do representante de Itaperuna, naquela poca, Coronel Antnio Fernandes da Costa Pimenta, campista de origem, cuja lei a seguinte: - "Os limites dos Municpios de Itaperuna e Campos, na zona de Santo Eduardo, 14. distrito dste, ficaro determinados pela presente Lei, por uma linha reta que, partindo do marco da pedra, margem do valo de Santo Eduardo, v terminar no marco do Carabuu, margem do rio Itabapoana."

ItaocaraGeografiaEst a uma altitude de sessenta metros. Sua populao estimada, em 2010, era de 22 902 habitantes. Possui uma rea de 429,68 km. Localiza-se na margem direita do Rio Paraba do Sul.

Serra do CndidoLocalizada no distrito de Laranjais, possui 630 metros de altitude. cercada de rvores de grande porte e se encontra como um atrativo turstico para a localidade de Engenho Central. Do seu pico avista-se grande parte do municpio itaocarense e de outros vizinhos.

Futura UHE ItaocaraO empreendimento, que est sob concesso do Consrcio UHE Itaocara, ser um grande investimento no noroeste fluminense. O lago do reservatrio da represa ir inundar diversos pontos do municpio e da regio. A parte boa que ser replantado em dobro cada rvore desmatada pela gigantesca construo.