congresso nacional de secretarias municipais de saÚde brasÍlia/df julho 2013
TRANSCRIPT
CONGRESSO NACIONAL
DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE
BRASÍLIA/DF
JULHO 2013
RESPONSABILIDADES
DO GESTOR MUNICIPAL EM FACE
DO CONTROLE SOCIAL E DOS
ÓRGÃOS DE CONTROLE
E A LEI COMPLEMENTAR
N° 141, 13/01/2012
(Implicações pessoais/institucionais)
LEI 8.142/90 (Art. 1º, § 2º)
O Conselho de Saúde:•Órgão colegiado (usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço);•Caráter permanente e deliberativo;•Formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
LEI 8080/90 (At. 33)•Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial e movimentados sob fiscalização dos respectivos conselhos de saúde.
CRFB/88 – ART. 77, § 3º – ADCT – EC 29/00
•Recursos destinados às ações e serviços públicos
de saúde serão aplicados por meio de Fundo de
Saúde e acompanhado e fiscalizado pelo Conselho
de Saúde.
•Tribunais Contas
•Poder Legislativo
•LEI COMPLEMENTAR N° 141, DE 13/01/2012
Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal
ART. 1º
I - o valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo
a ser aplicado, anualmente, pela União em ações e serviços
públicos de saúde;
II - percentuais mínimos do produto da arrecadação de
impostos a serem aplicados anualmente pelos Estados,
pelo Distrito Federal e pelos Municípios em ações e
serviços públicos de saúde;
•LEI COMPLEMENTAR N° 141, DE 13/01/2012
III - critérios de rateio dos recursos da União vinculados à
saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, e dos Estados destinados aos seus respectivos
Municípios, visando à progressiva redução das disparidades
regionais;
IV - normas de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas três esferas de governo.
•RECURSOS MÍNIMOS (PERCENTUAL)
Art. 5º - UNIÃO = valor empenhado no exercício anterior,
acrescido do percentual da variação nominal PIB
Art. 6º/8º - ESTADOS/DF = 12% da arrecadação impostos
e transferências (Artigos 155, 157, I, “a” e 159, II > CF/88)
Art. 7º - MUNICÍPIOS/DF = 15% da arrecadação impostos
e transferências (Arts. 156, 158, I, “b” e 159, § 3º > CF/88)
•Art. 11 - RESSALVADA DISPOSIÇÃO LOM/CE
•PISO MÍNIMO NÃO É TETO
•REPASSES E APLICAÇÃO DOS RECURSOS
•Art. 12, § 2º - Transferências da União em conta específica
(Portaria MS/GM 412/13)
•Art. 14 - Garantir a aplicação dos recursos do SUS através
do FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE, instituído por lei.
•Unidade gestora orçamento.
FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE
(SEM PERSONALIDADE JURÍDICA)
(natureza meramente contábil)
-Obrigatoriedade Inscrição no CNPJ - MATRIZ
-IN RFB n° 1.183, 19/08/2011 Art. 5º
-São obrigados a se inscrever no CNPJ:
X - fundos públicos a que se refere o art. 71 da Lei 4.320,
de 17/03/1964
•APLICAÇÃO DOS RECURSOS (forma pagamento)
Art. 12, § 4º - Exclusivamente, cheque nominal, ordem
bancária, transferência eletrônica ou outra modalidade de
saque autorizada pelo BCB, identificada a destinação e o
credor.
Decreto n° 7.507, de 27/06/2011 e Portaria nº 2.707, de
17/11/2011
Exclusivamente por meio eletrônico.
•Art. 22 – Veda exigência de restrição:
•(transferências obrigatórias e automáticas)
•CONDICIONANTES > GARANTIR
•Instituição e funcionamento do FMS
•Instituição e funcionamento do CMS
•Elaboração do Plano de Saúde
CÁLCULO DOS RECURSOS MÍNIMOS (Art. 24)
I - despesas liquidadas e pagas no exercício;
II - despesas empenhadas e não liquidadas, inscritas em
Restos a Pagar até o limite das disponibilidades de caixa ao
final do exercício.
> RP cancelados ou prescritos – obrigação de aplicar em
ações e serviços de saúde.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
Art. 30 - O PPA, a LDO, a LOA e os planos de aplicação
dos recursos dos fundos de saúde serão elaborados de
modo a dar cumprimento ao disposto na Lei Complementar
n° 141/12.
§ 4o - Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as
diretrizes para o estabelecimento de prioridades.
Da Transparência e Visibilidade da Gestão da Saúde
Art. 31. Os órgãos gestores do SUS darão ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso
público, das prestações de contas periódicas da área da
saúde, com ênfase no que se refere a:
I - comprovação do cumprimento do disposto na Lei
Complementar 141/12;
II - Relatório de Gestão do SUS;
III - avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do
SUS.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Art. 36. O gestor do SUS elaborará Relatório detalhado
referente ao quadrimestre anterior, o qual conterá, no
mínimo, as seguintes informações:
I - montante e fonte dos recursos aplicados no período;
II - auditorias realizadas ou em fase de execução no período
e suas recomendações e determinações;
III - oferta e produção de serviços na rede assistencial
própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados
com os indicadores de saúde da população.
PRESTAÇÃO DE CONTAS (Art. 36, § 1º)
O Gestor do SUS deverá enviar o RAG ao Conselho de
Saúde, até o dia 30 de março do ano seguinte ao da
execução financeira, para emissão de parecer conclusivo
sobre o cumprimento ou não das normas da LC 141/12.
(modelo aprovado CNS).
SARGSUS - Sistema de utilização obrigatória para a
elaboração do RAG e integra o conjunto dos Sistemas
Nacionais de Informação do SUS (Portaria GM n° 575/12).
PRESTAÇÃO DE CONTAS (Art. 36, § 2º)
Os entes da Federação deverão encaminhar a PAS ao
respectivo Conselho de Saúde, para aprovação antes da data
de encaminhamento da LDO do exercício correspondente, à
qual será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público.
-PRAZO FINAL = Até 15 de maio de cada ano.
-(Art. 35, § 2º, II, ADCT) > Ressalva legislação municipal e
estadual.
PRESTAÇÃO DE CONTAS (Art. 36, § 3º)
Anualmente, os entes da Federação atualizarão o cadastro
no SIOPS, com menção às exigências deste artigo, além de
indicar a data de aprovação do Relatório de Gestão pelo
respectivo Conselho de Saúde.
§ 4º - Modelo aprovado pelo CNS (RAG)
PRESTAÇÃO DE CONTAS (Art. 36, § 5º)
O gestor do SUS apresentará, até o final dos meses de maio,
setembro e fevereiro, em audiência pública na Casa
Legislativa do respectivo ente da Federação, o Relatório de
que trata o caput. (Relatório Quadrimestral)
Revogação expressa do Art. 12, da Lei 8.689/93
(Apresentação de contas trimestral ao Conselho de Saúde e,
em audiência pública, às Câmaras de Vereadores, às
Assembleias Legislativas e às duas Casas do Congresso
Nacional).
FISCALIZAÇÃO
Art. 38 - O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio
dos Tribunais de Contas, do sistema de auditoria do SUS, do
órgão de controle interno e do Conselho de Saúde de cada
ente da Federação, sem prejuízo do que dispõe esta Lei
Complementar, fiscalizará o cumprimento das normas desta
Lei Complementar, com ênfase no que diz respeito a:
FISCALIZAÇÃO
I - Elaboração e execução do Plano de Saúde Plurianual;
II - Cumprimento metas para saúde estabelecidas na LDO;
III - Aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços
públicos de saúde, observadas as regras da LC 141;
IV - Transferências dos recursos aos Fundos de Saúde;
V - Aplicação dos recursos vinculados ao SUS;
VI - Destinação dos recursos obtidos com a alienação de
ativos adquiridos com recursos vinculados à saúde.
FISCALIZAÇÃO
Art. 39 - INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SIOPS
§ 1º - Obrigatório e bimestral
§ 2º - Atribui responsabilidade ao gestor da saúde pelas
informações declaradas no SIOPS e pelo cumprimento
dos prazos estabelecidos, assim como pela fidedignidade
dos dados homologados, aos quais se confere fé pública.
FISCALIZAÇÃO
Art. 39, § 5º - O Ministério da Saúde, sempre que
verificar o descumprimento das disposições previstas
nesta Lei Complementar, dará ciência à direção local do
SUS e ao respectivo Conselho de Saúde, bem como aos
órgãos de auditoria do SUS, ao Ministério Público e aos
órgãos de controle interno e externo do respectivo ente
da Federação, observada a origem do recurso para a
adoção das medidas cabíveis.
FISCALIZAÇÃO
Art. 40 - Os Poderes Executivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios disponibilizarão, aos
respectivos Tribunais de Contas, informações sobre o
cumprimento desta Lei Complementar, com a finalidade
de subsidiar as ações de controle e fiscalização.
FISCALIZAÇÃO
Art. 40 - Parágrafo único. Constatadas divergências
entre os dados disponibilizados pelo Poder Executivo e
os obtidos pelos Tribunais de Contas em seus
procedimentos de fiscalização, será dado ciência ao
Poder Executivo e à direção local do SUS, para que
sejam adotadas as medidas cabíveis, sem prejuízo das
sanções previstas em lei.
FISCALIZAÇÃO
Art. 41 - A cada quadrimestre, os Conselhos de Saúde
avaliarão o relatório consolidado do resultado da
execução orçamentária e financeira no âmbito da saúde
e o relatório do Gestor do SUS sobre as condições e a
qualidade dos serviços de saúde e encaminhará ao
Chefe do Poder Executivo as indicações para que sejam
adotadas as medidas corretivas necessárias.
Resolução 453/12 – 4ª Diretriz, item X – Incluir
prestação de contas na pauta a cada quadrimestre.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 44 - No âmbito de cada ente da Federação, o gestor
do SUS disponibilizará ao Conselho de Saúde, com
prioridade para os representantes dos usuários e dos
trabalhadores da saúde, programa permanente de
educação na saúde para qualificar sua atuação na
formulação de estratégias e assegurar efetivo controle
social da execução da política de saúde.
DISPOSIÇÕES FINAIS
INFRAÇÕES E PENALIDADES (Art. 46)
Legislação para tipificação das infrações eventualmente
cometidas, por ação ou omissão;
Penalidade: Administrativa, penal e/ou civil, por crime de
responsabilidade e/ou por ato de improbidade.
Consequências: De ordem patrimonial e/ou restritiva de
direitos (multa pecuniária pessoal e/ou declaração de
inelegibilidade).
OBRIGADO
Mauro Lúcio da SilvaAssessor Jurídico do COSEMSRJ