conflito entre israel e palestina - caesp.com.br bimestre/9 ano/9... · origem do judaísmo •os...
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• Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antigüidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”),
• Localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão.
• Há 70 anos tem sido alvo de
violenta disputa entre árabes
e judeus.
• A Palestina foi conquistada
pelos hebreus ou israelitas
(mais tarde também
conhecidos como judeus)
por volta de 1200 a.C.
Origem do Judaísmo
• Os relatos bíblicos são a principal fonte de informações para
entender as origens dos judeus.
• Segundo a Bíblia, Abraão recebeu de Deus a missão de levar seu
povo até Canaã, a Terra Prometida, região que passaria a ser
conhecida como Palestina. Os judeus tradicionalistas preferem
chamar de Sion.
A DIÁSPORA• No ano de 135, o imperador romano expulsou os judeus da
Palestina. O povo judeu então se espalhou por todo o mundo,
num movimento conhecido como diáspora.
• Os judeus levaram seus costumes e tradições para todo o
mundo. Mesmo adotando as línguas e os costumes dos países
onde passaram a viver conseguiram preservar suas tradições e
crenças, reunidas nos cinco primeiros livros da Bíblia,
chamados Torá.
ÁRABES
• Ocuparam a região durante sua expansão (entre os
séc. VII e XV).
• Permaneceram na região durante o domínio do
Império Otomano e do protetorado britânico.
• Também denominados de palestinos.
O Movimento Sionista• Movimento que defendia a volta dos judeus a sua área
original e o estabelecimento de um Estado judaico na Palestina .
• Em finais do século XIX, os imigrantes judeus provenientes da Europa começaram a adquirir terras na Palestina.
• O Reino Unido reconhecia como legítimo o movimento migratório de retorno à Terra Prometida , chegando a formalizar o direito do povo judeu estabelecer um lar nacional na palestina num documento conhecido como Declaração Balfour.
• Os árabes que viviam na Palestina, quase todos
muçulmanos sunitas, sentiam-se ameaçados pelo
movimento sionista e pela política inglesa. Temiam ser
submetidos e desapropriados pelos judeus.
• Após a 1ª Guerra Mundial a Palestina passou a ser
controlada pelos britânicos e a divisão entre palestinos e
judeus ficou cada vez mais clara.
• Segunda Guerra Mundial: Holocausto.
• Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial.
• Estima-se que entre 5,1 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos, o que representava na época cerca de 60% da população judaica na Europa.
1947 – ONU APROVA A
PARTILHA DA PALESTINA
• Estado Judeu (Israel) 56,7% da áreas
• Estado Palestino 42,6% da área
• Jerusalém Área Internacional sob administração
da ONU
1947 – ONU APROVA A
PARTILHA DA PALESTINA
• Palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2
• Judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
• Os judeus transformam suas terras áridas em produtivas.
• 1948 criação do Estado de Israel. Palestinos reagem atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre.
• Com a criação do Estado de Israel diversos grupos palestinos
consideraram essa situação como uma invasão do seu território.
• Formou-se alguns grupos para lutar por seus interesses:
• Fatah (1959)
• OLP (1964)
REAÇÃO PALESTINA - A OLP
• 1959 – o líder palestino Yasser Arafat cria o organização Al-Fatah, que passou a lutar pela recuperação dos territórios palestinos
• Em 1964, a Al-Fatah transformou-se na OLP (Organização para a Libertação da Palestina)
• Instalada na Jordânia, a OLP passou a atacar Israel e também a receber ataques israelenses (apoiados pelos EUA)
• Em 1970, a OLP foi expulsa da Jordânia e migrou para Beirute, atacando Israel a partir do sul do Líbano
• Em 1982, devido aos intensos ataques de Israel ao Líbano, a OLP deixou o país, instalando-se na Tunísia
Intifada
• Em 1987 explode a Intifada, ou revolta das pedras, movimento de resistência palestina contra a ocupação israelense.
• Evitando o uso de armas, a população palestina praticou a desobediência civil : não respeitava o toque de recolher do exército israelense, saía as ruas para protestar, desfiando de todas as formas o governo de Israel.
• Com a Intifada, o movimento palestino ganhou simpatia da opinião pública internacional, revelando um povo palestino que vive em territórios ocupados por israelenses.
DIÁLOGO ENTRE A OLP E
ISRAEL
• Em 1988, a OLP mudou seu discurso e Arafat renunciou ao terrorismo, aceitando dialogar com os representantes israelenses
• Início dos anos 90 – pequena esperança de paz na região (líderes moderados assumiram o poder em Israel)
Acordos de paz
• 1993 – Acordo de Oslo : foi uma série de acordos entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo então presidente dos EUA, Bill Clinton.
• Se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.
• O acordo de Oslo não foi suficiente para trazer paz à
região: Rabin foi assassinado em 1995 por um
extremista judeu.
• Grupos radicais islâmicos como o Hamas e o Jihad não reconheceram os acordos realizados pela OLP e
pela sua sucessora ANP e continuam a fazer atentados
contra Israel.
• Colonos israelenses resistem em sair das colônias da
Cisjordânia.
• Diante do impasse explode uma nova Intifada em setembro
de 2000.
• A reação de Israel foi violenta: construiu um muro
separando os povos árabes das colônias judaicas da
Cisjordânia, impedindo a circulação dos palestinos e enviou
tropas para as principais cidades palestinas.
• O líder Yasser Arafat falece em 2004
O MURO DE ISRAEL
• Muro entre Israel e
Cisjordânia, visando proteger
seu território contra ataques
palestinos
• A construção gerou tensões
políticas internas e muitas
críticas palestinas e da
comunidade internacional
• Em agosto de 2005 Israel decidiu esvaziar todas as colônias judaicas da Faixa de Gaza, depois de 38 anos de ocupação. Quatro colônias da Cisjordânia também foram desativadas e cerca de15 mil judeus foram removidos.
• Apesar desta retirada ainda restam mais de 100 colônias judaicas na Cisjordânia e o governo de Israel não está disposto a continuar com as remoções.
• Israel também não pretende abrir mão de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos para ser a capital de seu futuro Estado.
• O presidente dos EUA, Obama, pediu uma total
paralisação das construções nas colônias judias, um dos
principais empecilhos no processo de paz entre
israelenses e palestinos.
• Extremistas da direita nacionalista israelense
anunciaram suas intenções de construir nas próximas
semanas 30 novas áreas judias na Cisjordânia.
• Meir Bretler, membro do grupo “Lealdade à Terra de
Israel”, integrado por colonos judeus, declarou que
algumas áreas serão levantadas em lugares onde não há
assentamentos a fim de se estender no território o
máximo possível.
JERUSALÉM – POMO DA QUESTÃO
• PALESTINOS – presença das mesquitas do Domo da Rocha e de Al-Aqsa (sagradas) na porção oriental, onde o profeta Maomé subiu aos céus, conforme a crença muçulmana
• ISRAELENSES – única capital e centro da vida judaica quando esse povo habitava a Palestina, onde vivia o rei Davi e onde está o Muro das Lamentações
Vista de Jerusalém
Torre de Davi
EXTREMISMOS
• Grupos radicais de ambos os lados não aceitam os acordos estabelecidos por seus respectivos líderes, não admitindo a convivência de um Estado palestino com um Estado judeu
• Árabes – Hezbollah (Partido de Deus), Hamase Jihad não aceitam a representação da OLP e os acordos de paz
• Israel – Kach, Yesha e Eyal
• Fanatismo religioso
• Atentados terroristas – homens-bomba
HAMAS “RESISTÊNCIA ISLÂMICA”
• Hamas é a abreviatura de HarakatAl-Muqawama Al-Islamia (Movimento de Resistência Islâmica), uma organização política palestina que luta contra a existência do Estado de Israel.
• O movimento ficou conhecido somente em 1987, quando este grupo islâmico conservador surgiu atuante na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, tornando questionável a atuação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
JIHAD
• Organização criada por estudantes palestinos no Egito. Em 1981, o Jihah assassinou
o presidente egípcio Anwar Sadat
• O grupo tem uma pequena base de apoio. Ao contrário do Hamas, que é bem maior
e administra escolas e hospitais, a Jihad Islâmica não tem nenhum verdadeiro papel
social ou político.
A facção é baseada na capital da Síria, Damasco, e acredita-se que seus recursos
financeiros venham do Irã.
A Jihad Islâmica tem como objetivo a criação de um Estado palestino islâmico e a
destruição de Israel por meio de uma guerra santa. O grupo também se opõe aos
governos árabes alinhados com o Ocidente.
HEZBOLLAH – Partido de Deus(Organização xiita apoiada pelo governo do Irã)
• Nasceu como uma milícia islâmica após a invasão israelense no Líbano em 1982.
• É considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos. No Líbano, não é visto como uma entidade terrorista, mas como um grupo de resistência contra a invasão israelense ao país, em 1982.
• O grupo também é um dos principais partidos libaneses, realiza ações humanitárias e possui uma rede de escolas e hospitais. Os serviços sociais do Hizbollah concentram-se em cinco áreas: ajuda a familiares de mártires, saúde, educação