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ISRAEL E A QUESTÃO DA PALESTINA

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ISRAEL E A QUESTÃO DA

PALESTINA

• Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antigüidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”),

• Localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão.

• Há 70 anos tem sido alvo de

violenta disputa entre árabes

e judeus.

• A Palestina foi conquistada

pelos hebreus ou israelitas

(mais tarde também

conhecidos como judeus)

por volta de 1200 a.C.

Palestina antes da

partilha de 1947,

realizada pela ONU

Origem do Judaísmo

• Os relatos bíblicos são a principal fonte de informações para

entender as origens dos judeus.

• Segundo a Bíblia, Abraão recebeu de Deus a missão de levar seu

povo até Canaã, a Terra Prometida, região que passaria a ser

conhecida como Palestina. Os judeus tradicionalistas preferem

chamar de Sion.

A DIÁSPORA• No ano de 135, o imperador romano expulsou os judeus da

Palestina. O povo judeu então se espalhou por todo o mundo,

num movimento conhecido como diáspora.

• Os judeus levaram seus costumes e tradições para todo o

mundo. Mesmo adotando as línguas e os costumes dos países

onde passaram a viver conseguiram preservar suas tradições e

crenças, reunidas nos cinco primeiros livros da Bíblia,

chamados Torá.

ÁRABES

• Ocuparam a região durante sua expansão (entre os

séc. VII e XV).

• Permaneceram na região durante o domínio do

Império Otomano e do protetorado britânico.

• Também denominados de palestinos.

O Movimento Sionista• Movimento que defendia a volta dos judeus a sua área

original e o estabelecimento de um Estado judaico na Palestina .

• Em finais do século XIX, os imigrantes judeus provenientes da Europa começaram a adquirir terras na Palestina.

• O Reino Unido reconhecia como legítimo o movimento migratório de retorno à Terra Prometida , chegando a formalizar o direito do povo judeu estabelecer um lar nacional na palestina num documento conhecido como Declaração Balfour.

• Os árabes que viviam na Palestina, quase todos

muçulmanos sunitas, sentiam-se ameaçados pelo

movimento sionista e pela política inglesa. Temiam ser

submetidos e desapropriados pelos judeus.

• Após a 1ª Guerra Mundial a Palestina passou a ser

controlada pelos britânicos e a divisão entre palestinos e

judeus ficou cada vez mais clara.

• Segunda Guerra Mundial: Holocausto.

• Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial.

• Estima-se que entre 5,1 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos, o que representava na época cerca de 60% da população judaica na Europa.

1947 – ONU APROVA A

PARTILHA DA PALESTINA

• Estado Judeu (Israel) 56,7% da áreas

• Estado Palestino 42,6% da área

• Jerusalém Área Internacional sob administração

da ONU

1947 – ONU APROVA A

PARTILHA DA PALESTINA

• Palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2

• Judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.

• Os judeus transformam suas terras áridas em produtivas.

• 1948 criação do Estado de Israel. Palestinos reagem atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre.

• Com a criação do Estado de Israel diversos grupos palestinos

consideraram essa situação como uma invasão do seu território.

• Formou-se alguns grupos para lutar por seus interesses:

• Fatah (1959)

• OLP (1964)

REAÇÃO PALESTINA - A OLP

• 1959 – o líder palestino Yasser Arafat cria o organização Al-Fatah, que passou a lutar pela recuperação dos territórios palestinos

• Em 1964, a Al-Fatah transformou-se na OLP (Organização para a Libertação da Palestina)

• Instalada na Jordânia, a OLP passou a atacar Israel e também a receber ataques israelenses (apoiados pelos EUA)

• Em 1970, a OLP foi expulsa da Jordânia e migrou para Beirute, atacando Israel a partir do sul do Líbano

• Em 1982, devido aos intensos ataques de Israel ao Líbano, a OLP deixou o país, instalando-se na Tunísia

Intifada

• Em 1987 explode a Intifada, ou revolta das pedras, movimento de resistência palestina contra a ocupação israelense.

• Evitando o uso de armas, a população palestina praticou a desobediência civil : não respeitava o toque de recolher do exército israelense, saía as ruas para protestar, desfiando de todas as formas o governo de Israel.

• Com a Intifada, o movimento palestino ganhou simpatia da opinião pública internacional, revelando um povo palestino que vive em territórios ocupados por israelenses.

DIÁLOGO ENTRE A OLP E

ISRAEL

• Em 1988, a OLP mudou seu discurso e Arafat renunciou ao terrorismo, aceitando dialogar com os representantes israelenses

• Início dos anos 90 – pequena esperança de paz na região (líderes moderados assumiram o poder em Israel)

Acordos de paz

• 1993 – Acordo de Oslo : foi uma série de acordos entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo então presidente dos EUA, Bill Clinton.

• Se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.

• O acordo de Oslo não foi suficiente para trazer paz à

região: Rabin foi assassinado em 1995 por um

extremista judeu.

• Grupos radicais islâmicos como o Hamas e o Jihad não reconheceram os acordos realizados pela OLP e

pela sua sucessora ANP e continuam a fazer atentados

contra Israel.

• Colonos israelenses resistem em sair das colônias da

Cisjordânia.

• Diante do impasse explode uma nova Intifada em setembro

de 2000.

• A reação de Israel foi violenta: construiu um muro

separando os povos árabes das colônias judaicas da

Cisjordânia, impedindo a circulação dos palestinos e enviou

tropas para as principais cidades palestinas.

• O líder Yasser Arafat falece em 2004

O MURO DE ISRAEL

• Muro entre Israel e

Cisjordânia, visando proteger

seu território contra ataques

palestinos

• A construção gerou tensões

políticas internas e muitas

críticas palestinas e da

comunidade internacional

• Em agosto de 2005 Israel decidiu esvaziar todas as colônias judaicas da Faixa de Gaza, depois de 38 anos de ocupação. Quatro colônias da Cisjordânia também foram desativadas e cerca de15 mil judeus foram removidos.

• Apesar desta retirada ainda restam mais de 100 colônias judaicas na Cisjordânia e o governo de Israel não está disposto a continuar com as remoções.

• Israel também não pretende abrir mão de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos para ser a capital de seu futuro Estado.

• O presidente dos EUA, Obama, pediu uma total

paralisação das construções nas colônias judias, um dos

principais empecilhos no processo de paz entre

israelenses e palestinos.

• Extremistas da direita nacionalista israelense

anunciaram suas intenções de construir nas próximas

semanas 30 novas áreas judias na Cisjordânia.

• Meir Bretler, membro do grupo “Lealdade à Terra de

Israel”, integrado por colonos judeus, declarou que

algumas áreas serão levantadas em lugares onde não há

assentamentos a fim de se estender no território o

máximo possível.

JERUSALÉM – POMO DA QUESTÃO

• PALESTINOS – presença das mesquitas do Domo da Rocha e de Al-Aqsa (sagradas) na porção oriental, onde o profeta Maomé subiu aos céus, conforme a crença muçulmana

• ISRAELENSES – única capital e centro da vida judaica quando esse povo habitava a Palestina, onde vivia o rei Davi e onde está o Muro das Lamentações

Vista de Jerusalém

Torre de Davi

EXTREMISMOS

• Grupos radicais de ambos os lados não aceitam os acordos estabelecidos por seus respectivos líderes, não admitindo a convivência de um Estado palestino com um Estado judeu

• Árabes – Hezbollah (Partido de Deus), Hamase Jihad não aceitam a representação da OLP e os acordos de paz

• Israel – Kach, Yesha e Eyal

• Fanatismo religioso

• Atentados terroristas – homens-bomba

HAMAS “RESISTÊNCIA ISLÂMICA”

• Hamas é a abreviatura de HarakatAl-Muqawama Al-Islamia (Movimento de Resistência Islâmica), uma organização política palestina que luta contra a existência do Estado de Israel.

• O movimento ficou conhecido somente em 1987, quando este grupo islâmico conservador surgiu atuante na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, tornando questionável a atuação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

JIHAD

• Organização criada por estudantes palestinos no Egito. Em 1981, o Jihah assassinou

o presidente egípcio Anwar Sadat

• O grupo tem uma pequena base de apoio. Ao contrário do Hamas, que é bem maior

e administra escolas e hospitais, a Jihad Islâmica não tem nenhum verdadeiro papel

social ou político.

A facção é baseada na capital da Síria, Damasco, e acredita-se que seus recursos

financeiros venham do Irã.

A Jihad Islâmica tem como objetivo a criação de um Estado palestino islâmico e a

destruição de Israel por meio de uma guerra santa. O grupo também se opõe aos

governos árabes alinhados com o Ocidente.

HEZBOLLAH – Partido de Deus(Organização xiita apoiada pelo governo do Irã)

• Nasceu como uma milícia islâmica após a invasão israelense no Líbano em 1982.

• É considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos. No Líbano, não é visto como uma entidade terrorista, mas como um grupo de resistência contra a invasão israelense ao país, em 1982.

• O grupo também é um dos principais partidos libaneses, realiza ações humanitárias e possui uma rede de escolas e hospitais. Os serviços sociais do Hizbollah concentram-se em cinco áreas: ajuda a familiares de mártires, saúde, educação