confiabilidade de componentes e sistemas

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Confiahilidade de Co mpo 11 et ú es e Sistemas e1tJ 722. 6/ogs pot.com.br I -Fund ame ntos de Confiabilidade Introdução A melhor maneira de aprender um novo conceito é partir de algo que é muito familiar, cuja ideia é por demais conhecida, e acrescentar elemento a elemento até que um novo conceito passe a ser também familiar. Assim, uma vez que o curso é de confiabilidade e isso lida com tempos de quebra de itens de uma forma estatística, vamos iniciar quebrando, hipoteticamente, um conjunto de N equipamentos idênticos que pertençam a um mesmo lote de fabricação. Desta forma todos se r ão submetidos às mesmas condições operacionais previamente especificadas. Entende-se por condições operacionais tanto a carga de trabalho a que o equipamento es tá submetido, por exemplo: frequência de utilização, período de operação; quanto as variáveis ambientais, por exemplo: vib ração, temperatura, tensão, radiação. Essas condições operacionais têm que ser identificadas e especificadas, pois sua alteração influencia na confiabilidade do equipamento. Essa dependência será inclusive uti liza da de forma proveitosa quando quisermos acelerar os ensaios, por hora as manteremos fixas. Neste ponto estamos aptos a fazer uma definição: A Confiabilidade de um i tem é a probabili dade dele não apresentar qualquer falha desde sua entrada em operação até um tempo determ inado, sob condições operacionais específicas. Feitas essas considerações, pressupõe- se que os nossos N equipamentos apresentarão tempos de falha de forma aleatória, cuja distribuição pretende-se modelar matematicamente. Por exemplo: suponhamos a seguinte tabela com a quebra de 50 itens cujos tempos estão em horas: Tabela 1.1- Dados de quebra em horas de 50 component es. 14 84 11 9 137 158 183 218 255 312 415 22 96 121 140 162 189 225 26 4 330 420 61 1 04 125 145 167 190 230 273 345 447 77 111 128 149 171 197 237 282 360 472 80 112 132 153 175 210 243 301 383 490 Vale, ainda, le mbrar que o estudo de confiabilidade também lida com variáveis aleatórias distintas do tempo de quebra, por exemplo, quilo metragem rodada, número de missões realizadas, número de ciclos executados, etc .. Hi s tograma A primeira análise gráfica que pode ser feita é a construção do Histograma das quebras. Para tanto devemos definir a quantidade de classes bem como seus intervalos. A regra é que o número de classes seja um número inteiro o mais próximo da raiz quadrada do Pereira llma I

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  • Confiahilidade de Compo11etes e Sistemas e1tJ 722.6/ogspot.com.br

    I -Fundamentos de Confiabilidade

    Introduo

    A melhor maneira de aprender um novo conceito partir de algo que muito familiar,

    cuja ideia por demais conhecida, e acrescentar elemento a elemento at que um novo conceito passe a ser tambm fami liar. Assim, uma vez que o curso de confiabilidade e isso

    lida com tempos de quebra de itens de uma forma estatstica, vamos iniciar quebrando,

    hipoteticamente, um conjunto de N equipamentos idnticos que pertenam a um mesmo lote de fabricao.

    Desta forma todos sero submetidos s mesmas condies operacionais previamente

    especificadas. Entende-se por condies operacionais tanto a carga de trabalho a que o

    equipamento est submetido, por exemplo: frequncia de utilizao, perodo de operao;

    quanto as variveis ambientais, por exemplo: vibrao, temperatura, tenso, radiao. Essas

    condies operacionais tm que ser identificadas e especificadas, pois sua alterao influencia

    na confiabilidade do equipamento. Essa dependncia ser inclusive utilizada de forma

    proveitosa quando quisermos acelerar os ensaios, por hora as manteremos fixas.

    Neste ponto estamos aptos a fazer uma definio: A Confiabilidade de um item a

    probabilidade dele no apresentar qualquer falha desde sua entrada em operao at um

    tempo determinado, sob condies operacionais especficas.

    Feitas essas consideraes, pressupe-se que os nossos N equipamentos apresentaro

    tempos de falha de forma aleatria, cuja distribuio pretende-se modelar matematicamente. Por exemplo: suponhamos a seguinte tabela com a quebra de 50 itens cujos tempos esto em horas:

    Tabela 1.1- Dados de quebra em horas de 50 component es.

    14 84 119 137 158 183 218 255 312 415 22 96 121 140 162 189 225 264 330 420 61 104 125 145 167 190 230 273 345 447 77 111 128 149 171 197 237 282 360 472 80 112 132 153 175 210 243 301 383 490

    Vale, ainda, lembrar que o estudo de confiabilidade tambm lida com variveis

    aleatrias distintas do tempo de quebra, por exemplo, quilometragem rodada, nmero de

    misses realizadas, nmero de ciclos executados, etc ..

    Histograma

    A primeira anlise grfica que pode ser feita a construo do Histograma das

    quebras. Para tanto devemos definir a quantidade de classes bem como seus intervalos. A

    regra que o nmero de classes seja um nmero inteiro o mais prximo da raiz quadrada do

    Pereirallma I

  • Confiabilidade de Comp0111!1es e Sistemas t7t3722.bJgspot.com.br

    nmero de elementos na amostra. O intervalo calculado com base na diferena entre o

    maior e o menor valores encontrados dividida pelo nmero de classes. Por conveno, se o

    tempo de quebra coincidir com os limites da classe, ser contado sempre na classe anterior.

    Neste caso, adotaremos 7 classes com intervalos de 70 h cada. Assim pode-se obter a

    distribuio de frequncia dos tempos de quebra simplesmente contando o nmero de

    quebras cujos tempos estejam compreendidos entre os limites da classe. O resultado apresentado na tabela 1.2 e seu grfico na figura 1.1.

    Tabela 1.2- Histograma de quebra de 50 componentes em sete classes de 70 horas cada.

    Classes (h)

    Frequnda q()

    16 14 12 10 8 6 4 2

    o

    I

    o

    -i ~ ~ ~

    o 70 140 210 A A A A 70 140 210 280 3 14 13 8

    Histograma

    }~ ,' ~-.

    ~,

    I I ' ~ !'~

    100 200 300

    280 350 420 A A A

    350 420 490 5 4 3

    t- 1-

    .... I trrN 400 500

    Figura 1.1- Histograma de quebra de 50 componentes em sete classes de 70 horas cada.

    Probabilidade lntervalar

    De posse do grfico do histograma pode-se obter o grfico da probabilidade de

    ocorrncia de cada classe, simplesmente dividindo a frequncia pelo nmero total de

    elementos da amostra. Assim obtm-se os valores apresentados na tabela 1.3 e seu grfico na

    figura 1.2. usual tomar o ponto mdio da classe para o seu posicionamento. Tabela 1.3- Probabilidade lntervalar de 50 componentes em sete classes de 70 horas cada.

    Classes (h) 35 105 175 245 315 385 455 Probabilidade % 6 28 26 16 10 8 6

    Pereira/i ma 2

  • Conflahilidade de Compo11etrtes e Sistemas enJ722.hJgspot.cotn.br

    Probabilidade lntervalar 30,00%

    5,00%

    ~~ -,1 I I I I I' [I 1', I I

    -~

    ~I ' ~ 4 I I 1 -~ I ~ , ~~ .. !" ~' ~ ~ ~ ~

    25,00%

    20,00%

    15,00%

    10,00%

    0,00% . - ~ T o 100 200 300 400 500

    Figura 1.2- Grfico da Probabilidade de Ocorrncia de cada classe.

    Densidade de Probabilidade

    De posse do grfico da probabilidade intervalar pode-se obter o grfico da funo

    densidade de probabilidade. A funo tem este nome porque ao se integr-la no intervalo da

    classe obtm-se a probabilidade de ocorrncia da classe, assim: ,,

    P(t1

  • Conflahilidade de Cotnponetes e Sistemas enJ722.hJgspot.com.br

    4,50E-03 4,00E-03 3,50E-03 3,00E-03 2,50E-03 2,00E-03 1,50E-03 1,00E-03 5,00E-04 O,OOE+OO

    o

    "1

    I I A- .

    l I'

    .'

    i ,

    100

    Densidade de Probabilidade

    ,._ ...

    -~ I I

    ' ... ~ ~~

    ~ ~-1-~ ~ 200 300 400

    Figura 1.3 - Funo Densidade de Probabilidade (H"1]. Probabilidade Acumulada

    500

    A probabilidade de falha obtida pela simples integrao da densidade de

    probabilidade e a probabilidade de ocorrer a falha desde o tempo inicial (O) at o tempo de anlise (t), assim:

    Seguem as propriedades:

    I

    F(t) = P( O=:; t' =:; t) =f J(t'}dt' o

    ou ainda dF(t) = J(t) dt

    o ~

    F(O)= f J(t).dt=O F(oo)= f J(t}dt =l o o

    (1.4)

    (1.5) Assim, para o nosso exemplo, obtm-se os valores apresentados na tabela 1.5 e seu

    grfico na figura 1.4. Observa-se que a funo monotnica crescente.

    - --

    Ptrelrallma

    100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%

    o

    Probabilidade de Falha J. ~~

    -~4 ~ I _L

    ~ ~ .4

    ~~ ~, ' ' j

    _l _j_

    100 200 300 400

    Figura 1.4- Funo Probabilidade de Falha.

    500

  • Colifiabilldade de Compo111!1es e Sistemas e11J 722.blqgspot.com.br

    Tabela 1.5 - Probabilidade de Falhas de 50 componentes em sete classes de 70 horas. Classes [h) 35 105 175 245 315 385 455

    Probabilidade% 6 34 60 76 86 94 100

    Probabilidade Complementar

    A confiabilidade justamente a probabilidade de no ocorrer falha desde o tempo inicial (O) at o tempo de anlise (t) e, portanto ser o complementar da probabilidade de fa lha e obtida subtraindo-se de 1 o valor desta lt ima.

    ~ I M

    R(t) = 1- F(t) =f J(t').dt' - f J(t').dt' =f J(t').dt' 0 0 I

    ou ainda dR(t) =-f (t) dt (1.6)

    Assim, para o nosso exemplo, obtm-se os valores apresentados na tabela 1.6 e seu

    grfico na figura 1.5. Observa-se que a funo monotnica decrescente.

    Tabela 1.6- Confiabilidade de 50 componentes em sete classes de 70 horas.

    Exerccios

    Classes [h) Confiabilidade%

    100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%

    o

    '

    35 105 175 245 315 385 455 94 66 40 24 14 6 o

    Confiabilidade ,....-

    ~

    ~ ' .. I 1-

    -

    ' ~ ~~ ... ~

    i .. ~" i~ ~ 100 200 300 400 500

    Figura 1.5- Funo Confiabilidade [%].

    1.1 -Modifique os dados da tabela 1.1 multiplicando-os por n e subtraindo 10. Com os

    novos valores determine o histograma, a funo densidade de probabilidade, a probabilidade

    de falha acumulada e a confiabilidade. Faa o grfico de cada uma destas funes.

    1.2 - Modifique os dados da tabela 1.1 dividindo-os por e, adicionando 20. Com os

    novos valores determine o histograma, a funo densidade de probabilidade, a probabilidade

    de falha acumulada e a conftabilidade. Faa o grfico de cada uma destas funes.

    Pereira/i ma 5

  • Confiahilidade de Compolletrles e Sistemas enJ722.bJgspot.colll.bT

    11 -Funo de Weibull e MTBF

    Densidade de Risco

    Para continuarmos na busca de um modelo matemtico precisamos da funo

    densidade de risco, que definida como o oposto da taxa de confiabilidade:

    h(t)= -1 dR(t) _ J(t) - R(t). dt - R(t)

    I

    (2.1) - Jh(()dr'

    Integrando esta equao por separao de variveis, obtm-se: R(t) = R( O ).e 0 mas como F(O) = O ~ R(O) = 1 , segue que:

    I

    -J lt(t')til R(t) =e o (2.2)

    Assim, para o nosso exemplo, obtm-se os valores apresentados na tabela 2.1 e seu grfico na figura 2.1. Observa-se que a funo no negativa.

    Tabela 2.1- Densidade de Risco de 50 componentes em sete classes de 70 horas.

    Cla.sses [h] 35 105 175 245 315 385 Densidade (10 . h.1) 0,912 6,06 9,29 9,52 1,02 1,90

    Densidade de Risco 2,00E-02

    ' ,

    I 1,50E-02

    I I

    .. ~ ...

    _."' I~ j~ j~ 1-l~"' ~ ~

    1 ,OOE-02

    5,00E-03

    O,OOE+OO o 100 200 300 400 500

    Figura 2.1- Densidade de Risco [h'1]. Risco Acumulado

    Para facilitar a modelagem, define-se a funo de risco acumulado como:

    O que implica em: ou ainda:

    I

    H (t) = f h(t')dt' o

    R(t) = e- H(r) H(t) = - ln[R(t ))

    455 -

    (2.3) Assim, para o nosso exemplo, obtm-se os valores apresentados na tabela 2.2 e seu

    grfico na figura 2.2. Observa-se que a funo monotnica crescente. Tabela 2.2- Risco Acumulado de 50 componentes em sete classes de 70 horas.

    Cla.sses [h) 35 105 175 245 315 385 455 Risco[#] 0,0269 o, 181 0,398 0,620 0,854 1,22 .

    Perelrallma 6

  • Conflahilidade de Compo11etes e Sistemas enJ722.hJgspot.cotn.br

    Risco Acumulado

    I 1 ,40E+00 1 ,20E+00 1 ,OOE+OO S,OOE-01 6,00E-01 4,00E-01 2,00E-01 0,00E+00

    I I I ~-

    l_ ._., I I _L I~ I I ' I :,ilft-

    ,. ..

    4i'! ~~ 1- o 100 200 300 400 500

    Figura 2.2- Risco Acumulado .

    Funes de Weibu/1 e Log-Weibu/1 A modelagem agora pode ser encerrada com uma proposta para a funo H(t}. Vamos

    estudar a funo proposta por Weibull:

    (f - Jl. )r H(t) = a para t > Jl. posto queos parmetros :jl., a , re R ..

    eH(t) = O paraJ.L> t >O (2.4) E tambm a sua similar Log-Weibull:

    H(t) = cn(t!- Jl. r para t > eP posto que os parmetros :Jl., a , re R+ eH(t) =O para ~ '2:: t '2:: O (2.5) Trs exemplos da funo de Weibull podem ser vistos na figura 2.3. Do-se nomes

    particulares para a funo Confiabilidade de acordo com o valor de y: assim, quando y=l a

    funo ser a Exponencial, e quando y=2 a funo ser a Normal.

    Funo de Weibull 8,00 ,..------------------

    gama=2

    gama=l 2,00 ~-----~=~~~~~:: gama=O,S

    mu=l a=lSO o 100 200 300 400 500 600

    Obs: o parmetro l.l desloca

    a funo para a direita; o

    parmet ro a inclina a funo

    com relao abscissa; o

    parmetro Y d curvatura

    funo.

    Figura 2.3- Funo de Weibull para r= 2; r= l; r= 0.5 ; ~l = 100; a= 150

    Para visualizar a funo Log-Weibull basta substituir o eixo das abscissas por ln(t) ao invs de t.

    - - -

    P~reim/lmn 7

  • Confiabilidade de Compotretes e Sistemas ettJ 722.bJgspot.com.br

    CutVa da Banheira da Densidade de Risco A curva da banheira, muito estudada, retrata o fato de o parmetro y, na funo de

    Weibull, no permanecer constante ao longo do tempo. Assim, a funo densidade de risco:

    ( )r-

    h(t) = ~ 1-: apresentaria trs fases: a primeira, decrescente com o tempo, conhecida como mortalidade infantil, para r< 1; a segunda, constante no tempo, conhecida como taxa

    de falhas constante, para r= 1 ; e a terceira, crescente no tempo, conhecida como

    envelhecimento precoce, para r> 2.

    Tempo Mdio entre/at Falha Um parmetro de muita utilidade o MTBF ou MTTF (Mean Time Between/To Failure),

    ..

    que pode ser obtido da definio de mdia: MTTF = J t.f(t ).dt Lembrando ainda que: o

    .. ..f dR(t) .. f t.R(t~0 = t. .dt + l.R(t).dt o dt o

    , tendo em vista que: t.R(t ~; = O ento:

    -

    MTTF = f R(t }dt (2.6) o

    Dois casos so de particular interesse, pois os respectivos MTTF's podem ser

    calculados analiticamente, so eles: a confiabilidade Exponencial, e a confiabilidade Normal.

    MTTFexp = j R(t }dt =f l.dt + j e{'-,: ) .dt = JL + j e-z .o-.dz = JL +O" o o p o (2.7)

    (2.8) Dema is casos so ca lculados por int egrao numrica. Alternativamente integrao,

    para o intervalo I ~r~2, pode-se uti lizar a seguinte interpolao:

    MTTF = p + 1,1138 .u- 0 ,1138 .u.r.

    Taxa de Falha

    Outro parmetro comum a taxa de falha A, definida como: . = u - No caso

    particular da confiabilidade ser exponencial, e ainda para J..l=O, o MTTF ser o inverso da taxa

    de falha.

    Consideraes

    Todo desenvolvimento realizado para se modelar estatisticamente os tempos de

    quebra pode ser rigorosamente aplicado a qualquer outra varivel aleatria.

    Pereira/i ma 8

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    Tempo Mdio entre Falhas Condicionado

    Uma informao interessante a estimativa do tempo que ainda se deve esperar

    antes que um item apresente falha sabendo que at aquele instante no apresentou falha,

    denominado tempo mdio de vida residual. Este parmetro pode ser calculado pela obteno

    do MTBF em t* condicionado informao de que no houve falha at t*. Trata-se do clculo

    de probabilidade condicionada, resolvido pelo teorema de Bayes.

    Teorema de Bayes

    Este nos diz que a probabilidade de um evento A acontecer, sabendo-se que um

    evento B ocorreu igual probabilidade de ocorrncia dos dois eventos A e B, dividida pela

    probabi lidade do evento B ocorrer. Em linguagem matemtica tem-se:

    P(A/B)= P(A.e.B) P(B) (2 .10}

    Para exemplificar pode-se verificar que a probabilidade de, em um lanamento de

    dados, sair o nmero 2, sabendo-se que o nmero que saiu par, 1/3. Pois:

    A={2} P(A) =l/6

    B ={2,4,6} P(B) = 3/ 6

    Ae.B={2} P(A.e.B) = 1/ 6

    Eventos Independentes e Mutuamente Exclusivos

    => P(A/B)= P(A.e.B) = 1/6 =_! P(B) 3/ 6 3

    Antes de prosseguirmos, precisamos ainda saber as relaes de unio e interseco

    destes eventos.

    Para dois eventos quaisquer a relao de unio :

    P(A.ou. B)= P(A)+ P(B )- P(A.e.B) (2.11} Dois eventos so independentes se a ocorrncia de um no altera a probabilidade de

    ocorrncia do outro, e vice-versa, assim: P(A/ B)=P(A) e P(B/ A) =P(B) . Pelo Teorema de Bayes segue que: P(Ae.B)= P(A).P(B), o que implica em:

    P(A.ou.B)= P(A)+ P(B)- P(A).P(B) (2.12} Dois eventos so mutuamente exclusivos se a ocorrncia de um anula a probabilidade

    de ocorrncia do outro, e vice-versa, assim: P(A/ B) =O e P(B/ A) = O. Pelo Teorema de Bayes segue que: P(A.e.B) =O, o que implica em:

    P(A.ou.B)= P(A)+ P(B) (2.13}

    - --

    Pereira/i ma 9

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    Tempo M dio de Vida Residual

    Uma vez compreendido o teorema, vamos aplic-lo ao clculo do MTBF, condicionado

    ao fato de que o item no apresentou falha at t*, e, para evitar confuso, vamos nome-lo t' ..

    MTBF* , assim: MTBF = J R(t )dt + J R(t )dt, sendo R*(t) a confiablidade condicionada ao o ,

    fato de que o item no apresentou fa lha at t*.

    Nomeemos os eventos:

    Evento A: o item no falhou no intervalo (0, t) ou equivalentemente falhar no intervalo (t, oo) Evento B: o item no falhou no intervalo (0/ ) ou equivalentemente falhar no intervalo (t*, oo)

    Para ca lcularmos a co nfiabilidade condi cionada devemos aplicar o Teo rema de Bayes e

    para isso precisamos ca lcular P(AeB) para cada um dos dois intervalos de integrao:

    1" intervalo r > t AeB = (r, oo) ~ P(AeB) = p~ < 1' < oo )= R(, ) 2intervalot

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    Exerccios

    2.1-Determine o tmvr para confiabilidade exponencial (Y.-1, Ji=O). 2.2- Faa o desenvolvimento da integral da expresso {2.8}. 2.3 -Para os tempos da tabela 1.1, calcule a confiabilidade experimental como:

    R{t1)= N;i, sendo No tamanho da amostra e H(tJ=~N~J Faa os grficos destas funes e compare com os grficos das figuras 1.4 e 2.2.

    - --- -

    Perelrallm4 11

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    111 - Det erminao de Parmetros

    Uma vez estabelecida a funo de risco acumulado, resta determinar os valores de

    seus parmetros a partir dos tempos de quebra experimentais. Neste captulo ser

    apresentado o critrio da mxima verossimilhana bem como o desenvolvimento para sua

    determinao.

    Probabilidade de variveis discretas

    Em um lanamento de um dado sextavado, a probabilidade de ocorrncia de qualquer

    uma das faces um dividido pelo nmero de faces, 1/6 e no h qualquer dificuldade nesta

    determinao. Pode-se ainda raciocinar que o valor da probabilidade uma relao entre as

    reas de uma face somente e a soma de todas as faces.

    Agora, se alterarmos o experimento para um gerador aleatrio de nmeros rea1s

    compreendidos no intervalo [0;6], ento a probabilidade de ocorrncia de um nmero qualquer nula, apesar de um nmero sempre ser sorteado. Nossa anlise quantitativa falha

    porque no h como comparar um ponto com um segmento de reta.

    Probabildade de intervalos de variveis contnuas

    No entanto, se alterarmos nossa pergunta admitindo certa incerteza em torno do

    nmero de interesse, passamos a ter como comparar o segmento [x-e;x+e] para x E [0 + e;6- e], com o segmento [0;6] e ento a probabilidade pode ser determinada como a relao entre os comprimentos dos segment os obtendo-se P[x-e < t ~ x +e]= e/3

    Essa forma de compreender a probabilidade de ocorrncia de um evento contnuo nos

    possibilita responder seguinte pergunta: Qual a probabilidade de que em um ensaio de

    quebras de componentes os tempos sejam os verificados? Admitindo-se uma incerteza E em torno de um tempo i determinado, sabemos:

    r1+e

    P; [t; -e ~ t ~ t; +e]= J J(t ).dt = 2.e.f(t;). Mas como uma quebra qualquer totalmente independente em relao a outra

    quebra, a probabilidade de que todas elas ocorram ser o seu produto:

    n n

    p = rr ~ = (2.e)".I1 J(t;) i =l i=l

    Se alm destes n componentes que quebraram, tivssemos encerrado o ensaio no

    tempo t1 e ainda restado r componentes funcionando, ento, a probabildade deste evento ter

    acontecido tambm deve ser levada em conta. A probabilidade de um componente no fa lhar

    Pereira/i ma 12

  • Confiahilidade de Co~trpo1Jetrtes e Sistemas tlt1722.bJgspot.com.br

    at o tempo t1 sua confiabilidade R(t1), e a de r componentes no falharem Fr(t1); incorporando probabilidade anterior tem-se:

    n

    P = (2.et0 J(tJK(t1 ) i =I (3.1}

    Verossimilhana

    Esta probabilidade pode ser mais bem condicionada se tomarmos o logaritmo

    neperiano, e assim, definimos a funo Verossimilhana como: n 1r

    L= ~)n[h(t1 ).R(t;)]+ r.ln[R(t1 )] =I {ln[h(t; ))- H(t;)} - r.H(t1 ) i=l l=i (3.2)

    O termo constante e arbitrrio dependent e de E foi eliminado da definio, pois como

    veremos a seguir no interfere na derivada.

    Critrio da Mxima Verossimilhana

    Estamos interessados em determinar os parmetros da distribuio que melhor se

    ajustem aos dados de quebra, ou seja, maximizar a probabilidade da ocorrncia, assim, basta derivar a funo Verossimilhana em relao a um parmetro e desejado e igualar a zero:

    ()L n - =I ae i=l

    1 dh(t;) _ dH(t1) _ r H(tJ _ O h(t1) ae ae ae - (3.3)

    Parmetros da funo de Weibu/1 para Mxima Verossimilhana

    Vamos determinar os parmetros da funo proposta por Weibull, usando o critrio da

    mxima verossimilhana:

    H(t)=e:J eH(t)=O

    ( )r-1

    =?h(t)=; t-: =?h(t)=O

    para t ~f.L

    para f.L> t ~O posto que os parmetros f.L, (j, ye R+*

    Para o parmetro o t em-se:

    H =-LH(t)=? h = -L11(t) a(j (j a(j (j L = f_ (LH(tJ- L)+ rLH(t1 )=O ()(j i:l (j (j (j

    n

    I H(t1)-n +r.H(t1 )=O 1=1

    " (t _ )r ~ ; (jf.L +r = n - -

    Pereira/Imo IJ

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    n L (t; - J.i Y + r.(t f - J.i )r = n.O'r 1=1

    Para o parmetro y tem-se:

    ()H = ln(t- J.i ).H (t) ~ ar (j

    ~=i r- + [H(t1) -1].1n(ti - P)-1 or 1=1 (j '{'

    1 +In(':) .h(t) ( ) t - p +rH tf .In ~f~-

    0'

    {3.4)

    - 1

    = 0

    Esta equao t ra nscendental, sua soluo ser numrica e it erativa e, pelo mtodo do

    gradiente ascendente, dada por:

    ()L 1 r k+1 = r k +1J.a sendo o< 1J < 1 porex.1J =-

    r r,,p, n {3.5) Para o parmetro 1.1 tem-se:

    aH r ( ) ah (r-t) ( ) ( )H t ~ - =-( )h t ap t-P ap , - p

    -I - I

    + r.H (t f = 0

    Esta equao t ambm transcendental, sua soluo ser numrica e iterativa e, pelo mtodo

    do gradient e ascendente, dada por:

    ()L 1 J.ik+l = J.ik +1J. sendo O

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    Mtodo de soluo iterativo

    Uma vez que duas das equaes de determinao dos parmetros so

    transcendentais, a soluo ser iterativa e simultnea na determinao dos parmetros y e IJ.

    O mtodo ser primeiro calcular o valor de o usando os valores iniciais para y e IJ; note

    que na sua equao seu valor no depende dele prprio. De posse dos trs valores, utilizam-se

    as relaes de y e 1J para a determinao de seus novos valores, e iterativamente repete-se o

    processo at a sua convergncia.

    Para os nossos dados, ajustando-se a funo de Risco Acumulado por Weibull, obtivemos os valores apresentados nos grficos das figuras 3.1 e 3.3.

    Um bom ponto de partida para o ajuste da funo de Weibull J1o = t1j2,e r o= l.

    Ptrelrallma

    I li l tl I I 1 11111 I I 1 1 1111 -r i titiir- 1 r ,,,,'jj,-- r r,,, ..

    111 11111 1 11 111111 1 11 1 1111 1 - 't 1 't l "i11" 1 ~ - T t-Ht+l~ - ~'i" TI~ ITII-- ~ T r t~l -

    11111 1111 I 1111111 1 11 111111 111 1 1111 6.5 - J. J .I. IJillt..- L ..l UWL- L. J. LI.HJJI_- L.1 L I.J. I

    I I 1 1 11111 I I I 11111 I I 1 111111 I I 111 111 I 11111111 f li IIIJ I 11 111111 I 1111111

    6 -r7TI1tTir - rr r -rtrnmt-- rrrn 5.

    1 I 1111111 I I 111 11 I I 1111111 I I 111111 -f' 1 'tl"' rtU"'- t" "t T"H t-- J- "t 1"1,11'11-- J- 1" rt"tl

    I I 1111111 I I 11111 I I 1111111 I I 111111 -1. .l J.UWL_ L ..1 J.UW _L.! J. I.JI!II __ L .l LUI

    I I 1111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 111111 111111111111111111111111111

    -i 1 ilitTtr- r 1 T1Tn- r 1 it11Tit-- r r.-,, .. I I I 111111 I I I 111111 1 11 11111 I I 11 1111

    4 -r~ THrt1~- r -r THH1~- "f ThttH-- ~ t" rl"ff 111111111 111111111 111111111 11111111

    3.5 -L J !UI.IIL -L J LUiliL _ L LIJIJJI __ L 1 LtJI I I I I 11111 I I I 111111 I H 11111 f I I 11111 I I 1111111 I 11111111 I 1111111 t I 111111

    3 -tTTtlTr-rtltl.nr-r. -~n,--rrr.itl I I 1111111 I 11111111 I I 11111 I I 111111

    2.5 -i" -4 'tH tHI- - f-~ t-Ht+l~ - I- -++- HH- - I-+ rt~l I I 1 1 1 1111 I t 1111111 I I 11 111 I I 11 1111

    ~ t~ ~ ~ ti Figura 3.t lera;Oes paa IN ....,;oriz.mo a Verossinihan;a

    2r~"~rr-~~mrr-.~~m-~~~ I li I 11111 11 I I 1 1 111 1 I 1111111 1 111111 11 1 1 1111 111 1 1 1111 111 1 1 11 1111

    1.9 - to .... l of l fol ... - foo ""I+ I+H-- ._ + ... HIHI-- 1- ~ ... l -t i 1 11 11 1111 1 1 1111 111 1 11 1 11111 1 11 1 11 11 1 11 1 111 11 1 1 1111 111 111 1

    1.8 -r T l"t"Tin- r -r T r n1m-- r r ri TI

    1.7 1 11 1 1111 1111 1 11 1 11 111 1 1 11 1111

    ! IJ ll i L _ L .!. !..111! 11 __ L .!.. .!.1.!.1!!1 __ L !. L ' .!.. l ll 111 1111 I I 1111 111 I I 1 1 11111 I I 1 11 111

    1111 1111 1 11 111 111 1 11 111111 1 11 11 111 1.6 - + ~l~ l.f.l~ -I- -L ~11~1-- ~..a.. 4+1UI-- 1- ;. ~~ ~~

    t.3

    1 11 1 11111 111111111 1 11 11 1111 1 11 111 11 I I 1 1 11111 I I 1111111 I I 1 11 1111 I I 1 11 111 ,_ T ~t"'T tnr- r T rt'ttnr- r.,.. r t"flnt-- r r rrrt I 11 1 11111 I 11111111 I I 1 111111 I 11 111 11 !.. .l ! IJiliL- L J. !.lli.L.JI_- L.!. !.I.!.IUI __ ,_L L IJ.II I 11 1 11111 I 11111111 I 11 111111 I 11 111 11 I f 1 1 11111 I lllllllf I 11111111 I 1111111 L. .L J.I . ULU .. -L. J. L.IJ.IJJ~ -L.. J.. U .LIUI- - L L LIJ.I 1 I 1111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 111111

    1.2 - r 1 ,.I"'T mr- - r "t r r'tnH- -r .,.. r 1 "ttnt- - r r rn1 I I 1111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 1111111 I I 111111

    1.1 -f 1 Tt1iu-- f I l111i11- - ~- I l tl 1ii1-- f J tlut I 11111111 I 11111111 I 11111111 I 1111111 t~~WU~L-~LU~L-~LU~L-~WU~ 10 t01 VJ' 10' to'

    f'Oira 3.3 lera;OO$ paa

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    Exerccios

    3.1- Mostre que para a confiabilidade exponencial {Y=1), um bom estimador do MTBF, usando o critrio da mxima verossimilhana, a mdia dos tempos de falha da amostra, desde que todos os componentes tenham falhado.

    3.2 - Escreva uma rotina computacional e determine numericamente os parmetros

    para os dados de quebra da tabela 1.1 usando o critrio da mxima verossimilhana. Compore seus resultados com os grficos das figuras 3.1 e 3.3.

    3.3 -Faa o desenvolvimento analtico para determinao dos parmetros utilizando a funo Log-Weibu/1 e o critrio da mxima verossimilhana.

    -- -- -

    l!trelrallma 16

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    IV- Ensaios Acelerados

    Justificativa Muitas vezes, o tempo necessrio para que um dado item apresente falha pode ser

    muito elevado, o que no s encarece o ensaio como tambm pode inviabiliz-lo, pois a

    informao j no ter utilidade quando estiver disponvel. Sendo assim muito interessante utilizar o fato de que os fatores de estresse, tanto as condies ambientais quanto a carga de

    trabalho, diminuem o MTIF na medida em que so aumentados. Desta forma o ensaio poder

    ser realizado em um tempo menor e os dados obtidos serem correlacionados s condies

    operacionais desejadas. Hipteses

    Para que possamos tirar proveito da influncia que os fatores de estresse exercem

    sobre a distribuio de falhas, necessrio estabelecer hipteses de trabalho para que os

    valores dos parmetros das distribuies em diferentes nveis de estresse possam ser

    correlacionados. So duas as hipteses:

    1. Hiptese de equiprobabilidade: R(t, B) = R'(t', B') 2. Hiptese de proporcionalidade: t = A(s,s'}t' (4.1)

    Os apstrofos indicam variveis no nvel mais estressado, enquanto sem o apstrofo

    no nvel menos estressado. A o fator de acelerao, maior do que um, e dependente dos

    nveis de estresse comparados (s, s'). O diagrama apresent ado na figura 4.1 utilizado em Lgica Fuzzy para ilustrar o

    princpio de extenso de Zadeh, que suporta toda matemtica de funes de variveis fuzzy,

    aqui ns o utilizamos para ilustrar as duas hiptese acima alm de estabelecer uma

    comparao com o princpio de Zadeh.

    t t=A.t'

    R'(t' )

    Figura 4.1- Diagrama ilustrativo do Princpio de Zadeh.

    Pereira// ma 17

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    No quarto quadrante plotado o grfico de R'(t' ) obtido no ensaio acelerado; no primeiro quadrante plotada a relao linear entre te t', hiptese 2; no segundo quadrante

    plotado o grfico de R(t) admitindo a igualdade com R'(t' ), hiptese 1. A comparao com o princpio de Zadeh se faz ao tomarmos nossa varivel aleatria tempo de quebra como uma

    varivel fuzzy e a confiabilidade como uma funo de pertinncia.

    Nossas hipteses trazem as seguintes consequncias imediatas:

    - consequncias da equiprobabilidade

    F(t , B) = 1- R(t, B) = 1- R'(t', B') = F'(t', B') H(t, B) = -ln[R(t, B)] = - ln[R'(t', B')) = H'(t', B') - consequncias da proporcionalidade para as derivadas

    J (t, B) = dF(t,B) = dF'(t', B'). dt' = I_ f'(t' ,B') dt dt' dt A

    h(t B) = dH(t ,B) = dH'(t', B').dt' = ~h'(t' B') ' dt dt' dt A '

    - consequncia da proporcionalidade para a integral

    MITF(B) = r R(t,B}dt =r R'(t', B').A.dt' = AMITF'(B') Correlao entre parmetros para diferentes nveis de estresse

    (4.2)

    (4.3)

    (4.4)

    Calculemos agora a correlao existente entre os parmetros das distribuies para

    diferentes nveis de estresse a partir do valor do fator de acelerao:

    ( t - J.L)' Funo deWeibull: H(t)= . a parat > J.l O para O < t < J.l

    Usando-se as hipteses e suas consequncias obtm-se:

    r=r ou

    I a = A.a

    ,

    J.l = A.j.t (4.5) Lembre que a confiabilidade exponencial e a normal so casos particulares de Weibull

    para os valores de r = 1 e r = 2' respectivamente.

    ( ln{t~- J.l ) 7 parat > e11 Funo Log-Weibull: H(t) = O para O < t < e 11

    Usando-se as hipteses e suas consequncias obtm-se:

    Pere/r(/ma 18

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    ou

    (4.6) Determinao do fator de acelerao

    Vamos admitir que se queira ajustar a funo de Weibull. Para isso determinam-se primeiramente quais nveis de est resse sero ensaiados, respeitando-se um nmero mnimo

    de dois nveis distintos.

    Para efeito de raciocnio, podemos utilizar o critrio da mxima verossimilhana ao

    conjunto de dados de quebra do nvel de estresse mais prximo das condies norma is, e determinar os parmetros J.t, a, Y. Como visto anteriormente, o parmetro Yk no modificado

    pelo fator de acelerao, sendo, portanto feito constante para todos os demais nveis de

    estresse ensaiados quando da determinao dos demais parmetros """' ak.

    No entanto estes parmetros no esto livres para variar, pois devem respeitar a:

    f.L = Ak 1-lt e

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    Agora podemos pensar numa funo verossimilhana que englobe todos os ensaios

    acelerados e impor sua maximizao para determinao dos parmetros Jl, a, Y.

    Onde: k o contador do ensaio, variando de O a m;

    i o contador do tempo de quebra de cada ensaio, variando de 1 a nk

    O o ensaio com nvel de estresse mais prximo s condies normais, e Ao=1

    Para o parmetro cr tem-se:

    m n*

    L LH.t(t;k )+rk.Hk(tfk ) k=O 1=1

    I 1 m "t r

    u = =L L (A:Jik- ,u}Y+rk.(Ak.tjk- ,u)r n .t,:Q 1=1

    Para o parmetro v tem-se:

    (4.8)

    Esta equao transcendental, sua soluo ser numrica e iterativa e, pelo mtodo do

    gradiente ascendente, dada por:

    aL 1 "' r p+l = r p +TJ.- sendo o

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    Lei da potncia inversa

    O problema da determinao dos parmetros da funo de risco acumulado em

    condies normais (sn), uma vez conhecidos estes parmetros em condies estressantes {s0), passa a ser a determinao do fator de acelerao A{sn.s0).

    Agora podemos propor uma funo para o fator de acelerao em funo do nvel de

    estresse, proceder ao seu ajuste e finalmente us-la para fazer a extrapolao para as condies normais.

    Uma proposta de funo bastante intuitiva a proporcional a uma potncia do nvel

    de estresse (tambm conhecida como potncia inversa), de expoente q E R..,. ajustado

    experimenta lmente, assim: (s1) = s1 So

    Para mais facilmente aplicarmos o critrio dos mnimos quadrados e obtermos o valor

    S; ( ) do expoente {, vamos definir as variveis auxiliares: x1 = ln e y1 = ln A; , ficando a so

    1 m ? Definindo o erro quadrtico mdio como: EQM =-L (y1 - y1 )- e minimizando o

    nl 1=1

    m

    L Y; .X; seu valor em relao ao expoente { obtm-se: q = -=~==-!-, --

    2:x/ 1=1

    (4.8)

    Obs.: Caso a varivel de estresse seja a carga de trabalho, ento o parmetro {pode, a priori, ser igua lado unidade, prescindindo-se de um segundo ensaio.

    Agora podemos extrapolar o fator de acelerao para as condies normais, e uma vez

    que, o fator de acelerao definido como maior que a unidade, procede-se ao seu clculo

    ~ e, finalmente, O'N =0'0.(sN)

    -- -

    Ptrelrallma 21

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    Estresse sob mltiplos fatores A fim de acelerar ainda mais os ensaios de quebra, pode-se submeter o componente a

    estresse mltiplo, aumentando-se simultaneamente os valores de mais de uma varivel

    operacional. Neste caso, o fator de acelerao tambm ser funo de mltiplos fatores.

    Uma funo razovel, consequncia da potncia inversa, a produtria de potncias

    dos fatores de estresse. Assim:

    Onde: i o contador do ensaio, variando de 1 a m;

    k o cont ador do fator de estresse, variando de 1 a n .. I

    O o ndice do ensaio de referncia onde todos os fatores de estresse esto mais perto

    das condies normais.

    Para mais facilmente aplicarmos o critrio dos mnimos quadrados e obtermos o valor

    dos expoentes {k, vamos definir as variveis auxiliares: xk (i)= In

    ficando a estimativa y(i) = In([s(O ), s(i )])=f t .xt (i). k=l

    1 m ? Definindo o erro quadrtico mdio como: EQM = - L(.y(i) - y(i))- e minimizando

    m t=l

    o seu valor em relao a cada um dos expoentes {1 obtm-se:

    111 1/1

    L x2(i).xi (i) = L Y(i).xi (i); para j = lan i=l 1=1

    e finalmente:

    m m - I

    m m

    l LX1 (i).x1 (i) L~(i).x. (i) L x, (i).x1 (i) L y(i ).x1 (i) i=l =l =l I= I no m m 111

    2 LX1 (i ).x2 (i) Lx2(i~~(i) ... L x, (i ).x2(i) LY(i~x2 (i) 1=1 /=I 1=1 i=l (4.9) . .

    .

    . , no m 111 m L x l (i ).x, (i) L ~(i).x, (i) L XII (i ).x, (i) L Y(i ~x,(i) ... i=l i= I =l 1=1

    Ptrt.lra/lmn 22

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    Modelos f sicos para determinao do fator de acelerao

    Em alguns casos possvel estabelecer uma lei fsico-qumica entre o valor do fator de

    acelerao e a varivel ambiental, facilitando o clculo da extrapolao. O modelo de

    Arrhenius relaciona o fator de acelerao A1 com a Temperatura T1 atravs de;

    Os valores das temperaturas na frmula de Arrhenius esto em Kelvin.

    Para essa lei preciso determinar-se o valor de {r, assim, pelo menos dois ensaios em temperaturas distintas so necessrios.

    Analogamente ao que foi feito anteriormente para aplicarmos o critrio dos mnimos

    quadrados e obtermos o valor do expoente { r, vamos definir as variveis auxiliares:

    x. = , ~ _ _.!_ e y1 = ln(A;), ficando a estimativa y1 = ln ((T; ))= ~r .x1 I;, ~ Define-se o erro quadrtico mdio e minimiza-se o seu valor em relao ao expoente

    { r e obtm-se a frmula (4.8). Por ltimo pode-se misturar mais de um modelo, para vrios fatores de estresse,

    multiplicando-se as funes. O nmero total de ensaios ser o do nmero de variveis de

    estresse acrescido de um, para a referncia.

    Exerclcios

    4.1- Desenvolva a frmula para determinao do fator de acelerao caso a funo de

    Risco Acumulado que se quer ajustar seja a Log-Weibulf.

    - --

    Perelralhnr~ 23

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    V - Associaes Fundamentais

    Componentes so montados de formas bastante particulares dando origem a modelos

    complexos. Para que possamos analisar estes modelos vamos iniciar estudando associaes

    bsicas e deduzir suas relaes fundamentais, ou seja, determinar a confiabilidade do sistema a partir das confiabilidades conhecidas de seus componentes.

    Associao Sr ie

    A primeira e mais simples das associaes a Srie, nela est representada a situao

    onde o funcionamento do sistema depende do funcionamento de todos os seus componentes.

    A fa lha de qualquer um deles leva falha do sistema. Graficamente pode ser representada ou

    pelo Diagrama de Confiabilidade, f igura 5.1.a, ou pela rvore de Falhas, figura 5.l.b.

    F alha do S istema

    l R1 R2 ~ ou v I I I I

    F1 '2 'N Figura 5.1.a- Diagrama de Confiabilidade Figura 5.1.b- rvore de Falhas

    A probabilidade de o sistema estar operante ser a probabilidade de todos os

    componentes estarem operantes, e como so independentes entre si, tm-se:

    N

    Rs(t)= n R;(t) (5.1) =l

    Associao Paralelo

    A segunda e no menos simples das associaes a Paralelo, nela est representada a

    situao onde a falha do sistema depende da falha de todos os seus componentes. A operao

    de qualquer um deles garante a operao do sistema. Graficamente representada conforme

    figuras 5.2 a e b.

    Rl F a lha d o S1stema

    R2

    E '\ ~I I I I

    I I 1 l Rn F1 '2 ~

    Figura 5.2.a -Diagrama de Confiabilidade Figura 5.2.b- rvore de Falhas

    Pereir(ima

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    A probabilidade de o sistema falhar ser a probabilidade de todos os componentes falharem, e como so independentes entre si, tm-se:

    (5.2) i: I

    A.ssociao Srie(de)-Paralelo(s)

    Uma combinao elementar das duas anteriores uma srie de associaes em

    paralelo. Graficamente representada conforme figuras 5.3 a e b.

    Falha do S1stema

    ,-- R1 1- R2

    L- R1 1- R2

    Figura 5.3.a -Diagrama de Confiabilidade Figura 5.3.b- rvore de Falhas A probabi lidade de o sistema estar operante ser a probabil idade de todas as

    associaes paralelo estarem operantes:

    2 2

    RsP(t)= f1 1-fi F {5.3) i=l j =l

    Associao Paralelo(de)-Srie(s)

    Out ra combinao elementar das duas bsicas um paralelo de associaes em srie.

    Graficamente representada conforme figuras 5.4 a e b.

    Falha do Sisttema

    E

    - R1 R2

    - R1 R2

    Figura 5.4.a - Diagrama de Confiabilidade Figura 5.4.b -rvore de Falhas A probabilidade de o sistema falhar ser a probabilidade de todas as associaes srie

    2 2 falharem: FPS (t)= rr 1-rrR (5.4)

    i =l j=l

    Ptrelrallmn 25

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    Uma comparao entre essas duas associaes, tomando-se n componentes por

    associao e n associaes, pode ser feita para pequenos valores de F (F l/n), assim:

    RPs{t)- 1- n" .F"(t) R5p(t) = 1- n.F"(t)

    chegando-se concluso que as redundncias em nvel mais elementar produzem melhor

    confiabilidade sistmica do que as redundncias em nvel mais elaborado.

    Associao Paralelo K (fora) de N Uma associao tambm muito til a associao em paralelo onde um nmero

    limitado de componentes, no caso k (k

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    VI - Associaes Complexas

    Modelos mais complexos no admitem a aplicao imediata das tcnicas apresentadas

    no capitulo anterior, exigem mtodos de soluo diferenciados. Neste capitulo sero

    abordados quatro mtodos de soluo: Decomposio, Tie-Set, Cut-Set e Tabela Booleana.

    Mtodo da Decomposio

    O mtodo consiste em decompor o evento em dois conjuntos mutuamente exclusivos e recuperar a confiabilidade do todo pela soma das partes. Assim, supondo que S designe o

    sistema complexo que desejamos calcular a sua confiabilidade e A um de seus componentes:

    U = (A.ou.A ) ( ) ( -) => S = S.e.A .ou. S.e.A

    S = S.e.U => R(S)= R(Sj A).R(A)+ R(S/A).R(A)

    Ou dito de outra forma, a confiabilidade do sistema igual confiabilidade do sistema

    sabendo-se que o componente A no apresenta falha multiplicada pela confiabilidade do

    componente mais a confiabilidade do sistema sabendo-se que o componente A apresentou

    falha multiplicada pela probabilidade de falha do componente.

    comum usar-se a seguinte notao: (6.1)

    Sendo que 11 e o, indicam a substituio do componente i no sistema ou por um componente

    infalvel (11) ou por outro que j falhou (O;). Convm mencionar uma propriedade importante: a confiabilidade do sistema linearmente dependente da confiabilidade de cada componente

    tomado isoladamente:

    (6.2)

    Esta propriedade ser explorada no ca ptulo sobre ndices de desempenho.

    Como exemplo do mtodo da decomposio, vamos calcular a confiabilidade do

    sistema complexo visto na figura 6.1.

    R a Rb

    R e Rd

    R c Figura 6.1- Sistema complexo de cinco componentes, sendo o E o componente chave.

    Perelrallma 27

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    Escolhe-se o elemento que mais simplifica a anlise, neste caso o componente E, e

    aplicando o mtodo obtm-se os diagramas mostrados na figura 6.2 a e b.

    R a Rb

    R e Rd

    ~-Re

    R c

    Figura 6.2.a- Diagrama de Confiabilidade aps a decomposio.

    F d

    Falha do Sistema

    E

    F 1- F e

    F c

    Figura 6.2.b -rvore de falhas aps a decomposio .

    Rb

    Rd

    Obs: A rvore de Falhas da figura 6.2.b fo i obt ida a partir do Diagrama de Conf iabilidade aps a aplicao do Mtodo da Decomposio, figura 6.2.a, aplicando-se as Leis de Morgan.

    Finalmente obtemos:

    - -- - -----

    Perelrallmfl 28

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    M todo do Tie-Set

    Este mtodo consiste em se determinar todos os sub-sistemas mnimos de

    componentes que mantm o sistema operacional quando todos os demais componentes no

    pertencentes a este sub-sistema falharam. Para que o sub-sistema escolhido seja mnimo, necessrio que a falha de qualquer um de seus componentes leve falha do sistema. A

    confiabilidade do sistema ser a confiabilidade de todos os subsistemas.

    Vamos, para exemplificar o mtodo do Tie-Set, trabalhar com o mesmo sistema

    complexo apresentado na figura 6.1.

    Os sub-sistemas mnimos so:~ ={A,B} T2 = {E,B} 1'_1 = {E,D} T4 ={C,D} A confiabilidade da unio de todos ser :

    Rs = R(~)+ R(T2 )+ R(T3 )+ R(~)+ - R(T;.e:T2 ) - R(T,.e:rJ- R(T;.ei4 ) - R(T2.ei3 ) - R(T2 .ei4 ) - R(T3.e~ )+ + R(T; .e.T2 .e.J;)+ R(T; .e:I'2 .e:I'4 )+ R(T;.e.J;.e.T4 )+ R(T2 .e:I'3 .e:I'4 )+ - R(T; .e:J'2 .e.T3 .e.T4 )

    Calculando as confiabilidades temos:

    Para os termos unitrios positivos:

    R('T;) = R11 .R8 R(T2 )= RE.R8 R(T3 )= RE.R0 R(TJ= Rc.Ro Para os termos dois a dois negativos:

    R(T; .e.T2 )= R11 .R8 .RE R(T2 .e.T3 )= R8 .R0 .RE

    R(T;.e.T3 )= R11 .R8 .R0 .RE R(T2 .e:T4 ) = R8 .Rc.R0 .RE

    Para os termos t rs a trs positivos:

    R(~.e.T4 ) = R11 .R8 .Rc.R0 R(T3.e:J'4 )= Rc.R0 .RE

    R(T; .e.T2 .e.T3 ) = R11 .R8 .R0 .R E R (r. .e.T3 .e.T4 ) = R11 .R8 .Rc .R0 .RE

    R(I;.e.T2 .e.TJ= R11 .R8 .Rc.R0 .RE R(T2 .e.T3 .e.T4 )= R8 .Rc.R0 .RE

    Para o termo dos quatro, negativo:

    R(~ .e.T2 .e:J;.e.T4 ) = R11 .R8 .Rc .R0 .RE Somando-se todos os t ermos:

    Ptrelrallmn 29

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    M todo do Cut-Set

    Este mtodo consiste em se determinar todos os sub-sistemas mnimos de

    componentes que mantm o sistema inoperante quando todos os demais componentes no

    pertencentes a este sub-sistema esto operantes. Para que o sub-sistema escolhido seja mnimo, necessrio que a operao de qualquer um de seus componentes leve operao

    do sistema. A no confiabilidade do sistema ser a no confiabilidade de todos os subsistemas.

    Vamos, para exemplificar o mtodo do Cut-Set, trabalhar com o mesmo sistema

    complexo apresentado na figura 6.1.

    Os sub-sistemas mnimos so:

    A no confiabilldade da unio de todos ser:

    Fs =F(C,)+F(C2 )+F(C3 )+F(CJ + - F(C1.e.C2 ) - F(C1.e.C3 )- F(C1.e.C4 )- F(C2.e.C3 ) - F(C2 .e.C4 ) - F(C3 .e.C4 )+ + F(C1.e.C2 .e.C3 )+ F(C1.e.C2 .e.C4 )+ F(C1.e.C3 .e.C4 )+ F(C2 .e.C3 .e.C4 )+ - F(C1 .e.C2 .e.C3.e.C4 )

    Calculando as no confiabilidades temos:

    Para os termos unitrios positivos:

    Para os termos dois a dois negativos:

    F(C1.e.C2 )= FA.F8 .Fc.Fo.Fe F(C2 .e.C3 ) = FA .F8 .F0 .F e

    F(C1.e.C3 )= FA.Fc .F0 .Fe F(C2 .e.C4 )= F8 .Fc .F0 .Fe

    F(C1.e.C4 )= FA.F8 .Fc.Fe F(C3 .e.C4 )= FA.F8 .Fc .F0 .Fe

    Para os termos trs a t rs posit ivos:

    F(C1.e.C2 .e.C3 )= FA.F8 .Fc.F0 .Fe F(C1.e.C3 .e.C4 )= FA.F8 .Fc.F0 .Fe

    Para o termo dos quatro, negativo:

    F( C1.e.C2 .e.C4 ) = r~ .F8 .F c .F0 .FE F(C2 .e.C3 .e.C4 )= FA.F8 .Fc .F0 .Fe

    F(C1.e.C2 .e.C3.e.C4 ) = FA .F8 .Fc.F0 .Fe Somando-se todos os termos:

    Ptrelrallma 30

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    Mtodo do Tabela Booleano

    Este mtodo consiste em se montar uma tabela contendo todas as combinaes

    possveis dos estados operante (1) e inoperante (O) de cada componente e o respectivo estado operante/inoperante do sistema. Aps isso, agrupam-se os estados operante/inoperante do

    sistema e extrai-se uma expresso lgica dependente das confiabilidades dos componentes.

    Vamos montar nossa tabela para o sistema da figura 6.1.

    Tabela 6.1- Tabela Booleana para o diagrama de confiabilidade da f igura 6.1 A B c o E s 1 1 1 1 1 1 ABCDE o 1 1 1 1 1 A BC DE BCDE 1 o 1 1 1 1 A BC DE .BC DE COE o o 1 1 1 1 A.BCDE 1 1 o 1 1 1 AB.CDE DE o 1 o 1 1 1 B,CDE B~DE -,oE 1 o o 1 1 1 ABCDE .BJ: DE o o o 1 1 1 AB_cDE 1 1 1 o 1 1 ABC.OE o 1 1 o 1 1 ABC.OE BC,QE 1 o 1 o 1 o o o 1 o 1 o B.OE B.QE 1 1 o o 1 1 AB.CQE B.C.OE o 1 o o 1 1 ABalE 1 o o o 1 o o o o o 1 o 1 1 1 1 o 1 ABCDf o 1 1 1 o 1 ABCDE BCDE 1 o 1 1 o 1 ABCDE .BC DE COE COE o o 1 1 o 1 A.BCOf 1 1 o 1 o 1 AB.CD.E: ABCD.E; ABDf ABOE o 1 o 1 o o 1 o o 1 o o o o o 1 o o 1 1 1 o o 1 ABCD.E o 1 1 o o o 1 o 1 o o o AB.Qf. AB.Qf. AB.Df o o 1 o o o 1 1 o o o 1 AB.CDE o 1 o o o o 1 o o o o o o o o o o o

    Aps as sucessivas simpli f icaes, obtm-se a confiabilldade do sistema com:

    R5 = R0 .RE + R8 .(1 - R0 ).RE + Rc.(l- RE ~R0 + RA.(1- Rc ).R8 .(1- RE ).R0 + RJl - R0 ).R8 .(1-RE) Por ltimo deve-se mencionar que uma forma alternativa pode ser montada a partir

    dos est ados inoperantes do sistema, obtendo-se a no confiabilidade do sistema.

    Verifique que, apesar de aparentemente as frmulas para a confiabilidade do sistema

    determinadas pelos quatro mtodos serem diferentes, ao substituirmos as confiabili dades dos

    componentes pelos respectivos nmeros, as quatro determinam o mesmo valor.

    - --- -

    Pereirfimn 31

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    Ajuste da funo de Risco Acumulado do Sistema Uma vez determinada a expresso da confiabilidade do sistema em funo das

    confiabilidades dos componentes, por qualquer um dos mtodos apresentados, pode-se

    pensar em ajustar uma funo para o Risco Acumulado que reproduza os dados numricos. Neste caso, o critrio para a determinao dos parmetros ser a minimizao do Erro

    Quadrtico Mdio (EQM) entre os dois valores da funo de risco acumulado, o calculado pela funo a ser ajustada e o calculado numericamente a partir dos componentes.

    Critrio do M fnimo Erro Quadrtico Mdio

    Pode-se dete rminar o va lor numrico da funo de risco acumulado como:

    O erro quadrtico mdio associado f ica:

    1 11 2 1 " 2 CJEQM 2 11 CJH(t ) EQM=- :L{H(t1)-Hexp(t;)} =-I: e; com () =-:Le;. () 1 =0

    n r-t n l=t B n 1 .. 1 B

    Parmetros da funo de Weibu/1 para Mnimo EQM

    Admitindo-se a funo de Weibull para a funo de r isco acumulado, procede-se

    derivao em funo de cada um dos seus parmetros.

    Para o parmetro o tem-se:

    k ).(t; -p)Y i =I

    I r

    (6.3)

    Esta equao transcendental, sua soluo ser numrica e iterativa e, pelo mtodo do

    gradiente descendente, dada por:

    Pereira/i ma

    CJEQM r~: = rk -TJ. ar sendo O < TJ < 1

    (6.4)

    32

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    Para o parmetro~ tem-se:

    aEQM _-2Ln H( {t;-J.l)-1-0 --=~- - e.. t -a I I IJ.i n j,.j r Esta equao tambm transcendental, sua soluo ser numrica e iterativa e, pelo mtodo

    do gradiente descendente, dada por:

    sendo O < TJ < 1 (6.5)

    Parimetros da Conjiabildade Exponencial para Mnimo EQM

    Quando a confiabi lidade for Exponencial o desenvolvimento ser ligeiramente

    diferente, chegando-se a:

    (6.5.a)

    Parmetros da funo Log-Weibu/1 para Mnimo EQM

    O desenvolvimento anlogo ao realizado para a funo de Weibull, e o resultado

    semelhante, substituindo-se apenas os tempos t1 por ln(t1) nas equaes (6.3) a (6.5).

    M todo de soluo iterativo

    Analogamente determinao dos parmetros para os componentes, aqui tambm a

    soluo ser por iterao numrica, porm, aqui o nmero de termos das somatrias no

    envolve custos de ensaio, uma vez que seus valores so obtidos por simples clculo numrico,

    sendo o nico inconveniente o tempo de processamento.

    Usando-se os dados obtidos no exerccio 2.3 para a funo de r isco acumulado, e

    ajustando-se a funo de Weibull obtivemos os valores apresentados nos grficos das figuras 3.2 e 3.4.

    Exerccios

    5.1 -Faa o desenvolvimento analtico para determinao dos parmetros utilizando a

    funo Log-Weibu/1 e o critrio do mnimo erro quadrtico mdio.

    5.2 - Escreva uma rotina computacional e determine numericamente os parmetros

    para os dados de quebra da tabela 1.1 usando o critrio do mnimo e"o quadrtico mdio.

    Compare seus resultados com os grficos das figuras 3.2 e 3.4.

    Pereirallma 33

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    VIl- fnd ices de Desempenho

    Uma questo muito importante em confiabilidade saber determinar qual

    componente deve ter sua confiabilidade melhorada de forma a otimizar a melhora da

    confiabilidade do sistema. Intuitivamente pode-se responder a esta questo priorizando o

    componente de menor confiabilidade. No entanto, como veremos, isto s valido para

    sistemas srie simples. Outra questo saber identificar rapidamente a causa de uma falha de

    sistema. Para, ento, poder-se responder a estas questes de forma sistemtica e confivel,

    que se desenvolveu o conceito de ndice de desempenho em conflabilidade. E o mais

    interessante que dependendo da questo a responder um ndice ser o mais indicado.

    fndice de Birmbaun

    O ndice de Birmbaun igual probabilidade de um componente estar em estado

    crtico. Um componente se encontra em estado crtico quando o seu estado, operante ou

    inoperante, determina o estado do sistema de forma idntica. Seu clculo obtido pela

    derivada da confiabilidade do sistema em funo da confiabilidade do componente:

    I~ = :iRs ' :iR

    t (7.1) Por esta frmula percebe-se facilmente porque este ndice o indicado para priorizar

    qual dos componentes deve ter sua confiabilidade aumentada para se obter uma melhora da

    confiabilidade do sistema.

    H uma forma alternativa muito prtica para se calcular este ndice, usando o mtodo

    da decomposio para exprimir a confiabilidade do sistema em funo da confiabilidade do

    componente, equao (6.3), e em seguida derivando obtm-se:

    (7.2) Para fixao dos conceitos vamos calcula r o ndice de Birmbaun pela derivada, pe lo

    mtodo da decomposio e pela definio da probabilidade de o componente estar em estado

    crtico.

    A B

    c D

    Figura 7.1-Sistema complexo com quatro componentes.

    Pereira/i ma

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    O clculo da confiabilidade do sistema complexo da figura 7.1 foi executado aplicando-

    se o mtodo da decomposio para o componente A. Alm disso usou-se a notao:

    Calculando o ndice de Birmbaun a partir das derivadas para os componentes da figura

    7.1 obtm-se:

    Faamos ago ra o clculo do ndice de Birmbaun pela definio da probabilidade de o

    componente esta r em estado crtico.

    O componente A estar em estado crtico quando D estiver operante e C estiver 8 - -inoperante, ou quando D estiver inoperante e B estiver o perante assim: I A = R 0 .R c + R8 .R0

    Verifique que esta forma igual anterior.

    O componente B estar em estado crtico quando D estiver inoperante e A estiver 8 -

    operante,assrm: 18 = RA.Rv

    O componente C estar em estado crtico quando A estiver inoperante e D estiver 8 -

    o perante, assrm: I c = R 0 .R A

    O componente D estar em estado crtico quando A estiver operante e B estiver

    inoperante, ou quando A estiver inoperante e C estiver operante assim: /~ = RA .R8 + Rc~. Por ltimo, aplicando o mtodo da decomposio obtm-se:

    I~= Rs (1J- Rs(OJ = (1 - R8 .R0 ) - RcRv l% = Rs (1 8 )- Rs (08 ) = RA .R0 + R0 .(1- RA .RJ- R0 .{1- R" .R c )= RA .R0 Ig = Rs (lc )- Rs (Oc )= RA.RD + RJl- R8 .R0 ) - RJl - R8 .R0 )= RA.RD

    1g = Rs (l0 )- Rs(00 )= {1- RA.Rc )- RAR8 lndice de Importncia Crtica

    Suponhamos que uma pane tenha ocorrido em um sistema de distribuio de energia

    eltrica ou em um sistema de transporte coletivo ferrovirio, em ambos os casos o tempo de

    deteco da falha deve ser minimizado de modo a minimizar o tempo da manuteno

    corretiva. Se houver um mapa de busca dos componentes, ordenados pela sua probabilidade

    de terem causado a pane, ento uma busca orientada por tal mapa, minimizaria em mdia o

    tempo de deteco.

    Ento podemos pensar num ndice de desempenho que mea a probabilidade de um

    determinado componente ter causado a falha no sistema. Neste caso estamos falando da

    - --

    Perelrallma 35

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    probabilidade de "o componente i estar em estado crtico e falhar", evento A, condicionada

    probabilidade de "o sistema falhar", evento B.

    ( ) P(A.e.B) Aplicaremos o teorema de Bayes: P A/ B = P(B)

    O evento A subconjunto do evento B, pois A um dos modos de falha de B, assim: A.e.B = A. J o evento A a ocorrncia de dois eventos independentes, pois "o componente i

    estar em estado crtico", evento C, no depende de "sua prpria falha", evento D, assim:

    Fi na I mente tem-se:

    (7 .3) lndice de Potencial de Melhora

    Este ndice mede o valor mximo que se pode agregar confiabilidade do sistema caso

    fosse possvel levar a confiabilidade do componente i a 100%. , portanto, um valor limite para o ganho da confiabilidade do sistema melhorando-se indefinidamente a confiabilidade do

    componente i.

    Seu clculo decorre imediatamente da definio como:

    (7.4)

    Alternativamente, usando-se a relao da decomposio:

    ItM = 1;8 .(1-R;)= 1;8 .F; (7.5) Comparando-se este ltimo resultado com o ndice de Importncia Crtica v-se que:

    I,''M =I/c .F5 , o que torna estes ndices equivalentes quando comparados dentro de um mesmo sistema.

    Exerccios

    Para os componentes do diagrama de confiabldade da figura 6.1, adote Ra=0,95; Rb=0,75;

    Rc=0,7; Rd=0,9; Re=~B. 7.1- Calcule numericamente os ndices de Birmbaun dos componentes.

    7.2- Calcule numericamente os ndices de Importncia Crtica dos componentes.

    7.3- Calcule numericamente os ndices de Potencial de Melhora dos componentes.

    7.4- Determine qual a melhor ordem dos componentes para detectar o possvel responsvel por uma pane sistmica.

    7.4- Determine qual a melhor ordem dos componentes para melhorar a confiabilidade sistmica.

    Pereira/i ma 36

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    VIII - Processos Estocsticos

    Define-se um processo estocstico como sistemas dinmicos cujas variveis de estado so aleatrias e evoluem ao longo do tempo de acordo com leis de probabilidades. Uma

    sequncia: x(O), x(1), .. , x(n) das variveis de estado uma realizao particular do processo.

    Cadeia de Markov

    Caso o estado atual do sistema x(t) seja dependente somente do estado imediatamente anterior x(t-1} diz-se que este processo estocstico sem memria e constitui-se numa cadeia de Markov de tempo e estados discretos. Especifica-se um processo

    Markoviano por todos os seus estados acessveis e as probabilidades de transio de cada um

    desses estados para todos os demais estados em cada instante t .

    Devem ser conhecidas todas as probabilidades condicionais p ... (t) 1 que a jk

    probabilidade de no instante t+1 o estado ser j sabendo-se que no instante t o estado era k. ~ admit ido que o estado do sistema possa permanecer o mesmo na transio entre t e t+1.

    Como todos os estados so mutuamente exclusivos e como o sistema sempre estar n

    em um dos estados, isto implica em L p ,.. (t) = 1 1 para todo k . j=l jk.

    Define-se a matriz de transio de estados P(t) como: p ... (t)

    11

    p ... (t) P(t) = 2~

    .

    p .. (t) 111

    p ... (t) ... 12

    P- (t) ... 22 .

    .

    p ... (t) 11 2

    .. .

    p .. (t) In

    p ... (t) 2n

    .

    11/f

    Se quisermos saber a probabilidade de o sistema ocupar o estado i no instante t+11 e denominemos este evento por A, precisamos conhecer todas as probabil idades de o sistema

    ter ocupado cada estado k no instante t, e denominemos cada um destes eventos por Bk 1 e

    ainda a matriz de transio de estados P(t). ll

    Pelo teorema de Bayes: P(A/Bk).P(Bk)= P(A.e.Bt ), mas: UBk =U e ainda: k=l

    11 n

    A= A.e.U = A.eU Bk = U A.e.Bt , e como os estados so mutuamente exclusivos: L= l k=l

    Perelrallma 37

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    Matricialmente:

    p, (t + 1) P~ (t) P~ (t) P~ (t) p,(r) 11 12 In p2 (t+ 1) P- (t) P- (t) p .. (t) P 2 (t) 21 22 21

    . .

    . .

    .

    . .

    Pn(t+ 1) p,_ (t) P ~ (t) nl n2

    ... p .. (t) "''

    p) r) n

    Para qualquer instante t tem-se: L p i (t) = 1. Caso a matrix P seja independente do j=l

    tempo t : p(t) = P' .p( O), isto nos permite calcular a distribuio final de probabilidades dos estados atravs de (I - P ). p( oo) = O .

    Como a soma dos elementos das col unas da matriz P sempre 1, a matriz {1-P} ser no inversvel, o que permite uma so luo no trivial.

    Em confiabilidade com um haver uma hierarquia nos possveis estados do sistema,

    sendo que este sempre passa de um est ado mais operante para um estado menos operante e

    nunca o contrrio. Isto faz com que a matriz de transio de estados seja triangular inferior. Como exemplo vamos calcular a d istribuio final de probabilidades de um sistema

    que pode assumir trs possveis estados: El = totalmente operante, E2 = parcialmente

    operante e E3 ::: inoperante; com as seguintes probabilidades de transio:

    De El para E1 p .. = 0,990 ; De El para E2 P~ = 0,009; De El para E3 p .. = 0,001 11 21 31

    De E2 para E2 p .. = 0,880; De E2 para E3 p .. = 0,120 ; De E3 para E3 p. = 1,000 22 32 33

    A matriz de transio de estados fica:

    0,990 o o 0,001 o o P = 0,009 0,880 o (l - P) = - 0,009 0,120 o

    0,001 0,120 1 - 0,001 - 0,120 o

    O que leva a p1 (oo) = O p2(oo) = 0 p3(oo) = l.

    PtrelrailltW 38

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    MTTF do usurio

    Uma forma pouco ortodoxa da teoria da confiabilidade a obteno do MTTF

    utilizando-se dados da produo e da assistncia tcnica mensais de um determinado produto

    de uma indstria. Os valores de produo fornecero a quantidade de produtos que so

    colocados em operao ms a ms enquanto os dados da assistncia tcnica fornecero a

    quantidade de produtos que apresentaram falha naquele ms. Neste caso, uma hiptese que

    foi utilizada, a de que as condies operacionais so controladas no vl ida, pois os produtos

    vendidos estaro espalhados geograficamente, no sendo controladas as condies

    ambientais, e, to pouco, a carga de trabalho ser conhecida, pois depende de um nmero

    grande de usurios. Assim teremos que admitir que a variabilidade das condies operacionais

    de natureza aleatria, influenciando a confiabilidade de maneira no enviesada.

    Falta ainda uma informao, que o tempo ocorrido entre o produto ter sido

    colocado em operao at a sua falha. O modelo que ser desenvolvido usa a confiabilidade

    exponencial que prescinde desta informao. Passemos sua apresentao.

    Vamos iniciar a contagem de tempo quando o primeiro lote de produtos for posto no

    mercado e por convenincia vamos batiz-lo de P0, neste ms obviamente no haver

    quebras. A partir deste ms zero, os demais meses apresentaro dados de produo e quebra

    que sero designados genericamente por P;e Q; respectivamente.

    Para o primeiro ms de quebra, tem-se a seguinte relao entre quebra e produo

    usando-se uma funo de confiabilidade exponencial (Y 1 e ~=O na funo de Weibull):

    R(l)=e-.u =F;, - Q.o => Qto = Po ~- e-.u ) Po

    Ql = QIO Para o segundo ms de quebra, tem-se a seguinte re lao entre quebra e produo:

    e-,U = Po - (Q20 + QIO ) => Q20 = Po.(l- e-U )- fo.(J- e-.t.l ) Po

    e-,!.1 = ~ - Q2t => Q = P. .(1-e-.u ) P, 21 I

    I

    Q Q Q P. ( -.t.l -.

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    e-1.3 = Po -(Q3o +Q2o +QIO ) ~ Q30 = Po.(1-e-3 )- Po.(e-.I -e-.2 )- Po.(1-e-.t) Po e-.u = P.- (Q31 + Qz1) ~ Q3, = J=:.(1- e-2 )- J=:.(l- e-.I ) P. e-.I = P2-Q32 ~Q32 =Pz.(1-e--t)

    p2 Q3 = Q3o + Q31 +Q32 = Po.(e-.u - e-.o )+ r:.(e-.t - e-.l )+ P2.(1-e-..tl)

    Por induo tem-se a seguinte relao entre quebra e produo para o ms genrico n : 11

    Q = "' p . f e - .(i- 1) - e -.v) lt L..J ,_, \1 i=l

    e por recorrncia tem-se:

    Este modelo prediz a quantidade de quebras futura, um ms adiante, baseada nos

    dados de quebra e produo presentes e uma estimativa do parmetro taxa de falhas A.

    Podemos agora definir um critrio para a determinao deste parmetro utilizando-se

    uma srie histrica de dados de quebra e produo. Esse critrio ser a minimizao do erro

    quadrtico mdio entre o valor de quebra estimado pelo modelo e o constatado pela

    assistncia tcnica:

    1 11 {;::;. EQM =-L~; - Q}

    n i=l

    Para facilidade na notao das derivadas, vamos definir B = e-.t , assim:

    11 L [(Q,_I - P;_J ).e- (Q, - P;_l )].[Qf-1 - P;_l] =o i= l

    11 L (Q; - P;_l ).(Qi-1 - P;_l ) B = .....:.:i=t;:__ _______ _

    n L (i-1 - P,_l ).(Qi-1 - P;_l) i = I

    Finalmente obtm-se a estimativa do MTIF como:

    PtrelrallrtUI

    1 - 1 MITF = 1 = ln(B)

    (8.1)

    (8.2)

    40

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    Universidade Federal do ABC Engf!. de Instrumentao, Automao e Robtica

    Prof. Dr. Pedro Srgio Pereira/imo [email protected]

    ndice Parte I - Confiabilidade de Componentes

    I - Fundamentos de Confiabilidade Introduo

    Histograma Probabilidade lntervalar

    Densidade de Probabilidade Probabilidade Acumulada

    Probabilidade Complementar Exerclcios

    11 - Funo de Weibull e MTBF Densidade de Risco

    Risco Acumulado Funes de Weibu/1 e Log-Weibu/1

    Curva da Banheira da Densidade de Risco Tempo Mdio entre/at Falha

    Taxa de Falha Consideraes

    Tempo Mdio entre Falhas Condicionado Teorema de Bayes

    Eventos Independentes e Mutuamente Exclusivos Tempo Mdio de Vida Residual

    Interpretao da Densidade de Risco Exerci cios

    111 - Determinao de Parmetros Probabilidade de variveis discretas

    Probab/dade de intervalos de variveis contnuas Verossimilhana

    Critrio da Mxima Verossimilhana Parmetros da funo de Weibu/1 para Mxima Verossimilhana

    Parmetros da confiabilidade Exponencial para Mxima Veros. Parmetros da da funo Log-Weibu/1 para Mxima Veros.

    Perelrallma

    Mtodo de soluo iterativo Exerclcios

    1 1 2 3 4 5 5

    6 6 7 8 8 8 8 9 9 9

    10 10 11

    12 12 13 13 13

    14 14 15 16

    4 1

  • Confiahilldade de Comp011etes e Sistemas

    IV- Ensaios Acelerados Justificativa

    Hipteses Correlao entre parmetros para diferentes nveis de estresse

    Determinao do fator de acelerao Lei da potncia inversa

    Estresse sob mltiplos fatores Modelos f sicos para determinao do fator de acelerao

    Parte 11 - Confiabilidade de Sistemas V - Associaes Fundamentais

    Associao Srie Associao Paralelo

    Associao Srie-Paralelo Associao Paralelo-Srie

    Associao Paralelo K de N VI - Associaes Complexas

    Mtodo da Decomposio Mtodo do Tie-Set Mtodo do Cut-Set

    Mtodo da Tabela Booleana Ajuste da funo de Risco Acumulado do Sistema

    Critrio do Mnimo Erro Quadrtico Mdio Parmetros da funo de Weibu/1 para Mnimo EQM

    Parmetros da confiabilidade Exponencial para M nimo EQM Parmetros da funo Log-Weibu/1 para Mnimo EQM

    Mtodo de soluo iterativo Exerci cios

    VIl- fndices de Desempenho fndice de Birmbaun

    fndice de Importncia Crtica fndice de Potencial de Melhoria

    Exerccios VIII - Processos Estocsticos

    Objetivo

    Cadeia de Markov MTTF do Usurio

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    O objetivo deste blog disponibilizar notas de aula da disciplina optativa Confiabilidade de Componentes e Sistemas - EN3722 aos alunos do curso de Engenharia da UFABC, sendo vedada sua utilizao comercial. Este curso fo i montado em cima da bibliografia bsica: Fogliattto, F.S. e Ribeiro, J.L.D. - Confiabilidade e Manuteno lndustrial 2009 Elsevier.

    Pereira/i ma 42

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