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Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 01

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10ª edição

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Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 01

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Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 03

Prezado Leitor, Nas edições anteriores abordei temas de alta relevância para nossa cidade,

como: “Iluminação Pública, Comércio Ambulante, Revitalização da Área Central, Transposição da Linha Férrea, Transporte Urbano, Edifícios Garagens e Hidrantes”.

Nesta iremos abordar um assunto não menos importante, mas que merece nossos comentários: o Código de Posturas do Município.

O Código de Posturas de nossa cidade dispõe no seu Capitulo II sobre o “Horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços existentes no município”. Para que o leitor possa entender melhor, torna-se imperativo esclarecer que o referido Código, aprovado pela Câmara Municipal pela lei 11.197 de 3/8/2006, foi regulamentado pelo poder executivo.

Pois bem, voltando ao Capítulo II, o seu Artigo 86º transcreve que “é livre o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços, desde que haja prévio acordo ou convenção coletiva”. O Artigo 499º do Decreto 9117 de 1/2/2007, que regulamentou a lei, diz que poderá ser “livre o horário de funcionamento, desde que respeitadas as legislações específicas”. Percebam que a regulamentação não transcreveu de forma clara e contundente o Artigo 86º para regulamentá-lo. Ou seja, a regulamentação é inócua, pois, da maneira que transcreve o artigo regulamentado, não se reporta sobre a “competência” e a “necessidade de acordo ou convenção coletiva”, mas sim, à exigência de seguir “legislações específicas”.

A nossa Constituição Federal atribui ao Município, em seu Artigo 30º, Inciso I, a competência para legislar sobre assuntos de interesse local. Não tenho dúvida que “horário de funcionamento é um assunto de interesse local”. Portanto, o Artigo 86º, aprovado pela Câmara, que dispõe que os horários de funcionamento da indústria e do comércio são coordenados por Sindicatos e não pelo Município, além de inconstitucional, pois agride frontalmente a Constituição Federal, é uma verdadeira aberração jurídica.

É descabido pensar que presidentes de Sindicatos, patronais e laborais, possam ser mais importantes que o Prefeito, representante do executivo municipal, no que diz respeito ao regulamento de horários de funcionamento da indústria, comércio, serviços e turismo da cidade. Outrossim, Sindicatos são importantes e competentes, por exemplo, para regular a carga horária do trabalhador, além de negociar salários e cláusulas sociais inseridas em suas Convenções Coletivas.

Portanto, cabe aos atuais vereadores de nossa cidade a sabedoria da correção deste grave erro do passado para o bem dos seus 570.000 habitantes, restabelecendo a legítima competência do Município na atribuição de regular horário de funcionamento das atividades empresariais em Juiz de Fora, evitando assim que a cidade esteja coordenada em seus horários de funcionamento por sindicatos, ou que uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), impetrada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais a pedido de seu filiado, Sindicato do Comércio de Juiz de Fora - Sindicomércio-JF, atue contra este artigo erroneamente presente no Código de Posturas de nossa cidade.

Termino enaltecendo a matéria de capa. A C L T faz 70 anos. O fato merece ser comemorado sim,mas é fundamental que seja submetida a uma ampla reforma, acompanhando a evolução dos tempos atuais. Os depoimentos sobre o assunto comprovam e fortalecem nossa constatação.

Emerson Beloti de SouzaPresidente do Sindicomércio - JFVice-Presidente do Sistema Fecomércio Minas

“A nossa Constituição Federal atribui ao Município a

competência para legislar sobre assuntos

de interesse local.”

mEnSagEm do prESidEntE

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Dia das mães e dia dos namorados aquecem vendas no comércio juiz-forano

03. Mensagem do Presidente

06. Notas

08. Entrevista com o prefeito Bruno Siqueira

10. Como as empresas podem evitar problemas com o PROCON?

11. As empresas optantes pelo Simples e o diferencial do ICMS

12. Contabilidade gerencial e seus benefícios para as MPE

13. Seus funcionários estão motivados?

14. PEC das domésticas e a mudança nas relações de trabalho

16. Segmento atacadista cresce em Juiz de Fora

17. Dia das mães e dos namorados aquecem vendas no comércio juiz-forano

18. Serviços bancários ganham novas regras

19. Brasileiro deve gastar quase R$800,00 com vestuário este ano

20. Treinamento de funcionários pode valer dedução no Imposto de Renda

22. Governo lança plano nacional de consumo e cidadania

23. Comunicação: Uma arte também do comércio

24. Conheça as modalidades de garantia para alugar um imóvel

25. Você lê o que assina?

26. Interesse por programas de fidelidade cresce entre consumidores

28. CLT comemora 70 anos

Capa - CLT comemora70 anos

Emerson Beloti de SouzaPresidente

Rui Mussel da Silva1º Vice-presidente

Oddone Villar Turolla2º Vice-presidente

Nilton Ramos da Silva3º Vice-presidente

Paulo Roberto Lopes4º Vice-presidente

Nício Fortes Garcia1º Secretário

Marcelo Rodrigues Sepúlveda2º Secretário

Carlos Alberto Martins de Pinho3º Secretário

Alexandre Tassi Brugiolo1º Tesoureiro

Gilson Guimarães Peixoto2º Tesoureiro

Zênio Fernandes Filho3º Tesoureiro

Sergio Costa de PaulaSuperintendente

Diretoria 2010 / 2014

índicE

Entrevista com o PrefeitoBruno Siqueira

28608 17

CLT

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30. Promoção: Prepare-se para as novas responsabilidades do cargo

32. Liderança: O papel de um líder na organização

33. Informações relevantes para um currículo

34. Benchmarking: Trocando experiências para crescer

35. Conheça um novo conceito: Store Design

36. Gerencie melhor seu tempo

37. Direitos e deveres do e-commerce

38. CNC - Uma vitrine para o sistema comércio

39. Fecomércio MG - Atendimento é o diferencial dos idosos

40. SESC - Vida ativa após os 60

41. SENAC - Alimentação funcional e a importância no Brasil

42. SEBRAE - Inscrições abertas para rodada de negócios do sudeste mineiro

43. Comércio se beneficia com desoneração

44. Sindicomércio participa da Mesa de Debates

45. História dos associados

46. Novos associados

51. A importância das vitaminas na alimentação

52. Os benefícios da prática frequente de exercícios físicos

53. O que as escolas não ensinam

Gerencie melhorseu tempo

Sindicomércio participa da Mesa de Debates

36 44

Expediente:

conselho EditorialEmerson BelotiSergio Costa de PaulaFernanda Assis

Jornalistas responsáveisFernanda Assis – 16754/MGGisele Simões – 5784/MG

colaboradoresRubens Andrade NetoEvandro Luiz NunesCristina Gama LaraMichelle RonzaniJozeane Oliveira dos ReisCNCFecomércio MinasSesc-MGSenac-MGSebrae-MG

agradecimentos(Fotos gentilmente cedidas pelos mesmos):Manoel Dias – Ministro do Trabalho e EmpregoLásaro Luiz Gonzaga – Presidente da Fecomércio MinasDra. Martha Halfeld – Juíza do 3ª Vara TRT-JFDr. Denilson Closato – Presidente da OAB-JFAntônio Jorge Marques - Presidente SHRBS-JF

FontesJornais: Diário Regional, Folha de São Paulo, Informativo Fecomércio, Minas Marca, Pacto e Sumário Econômico.Revistas: Comércio e Serviços (Fecomércio-GO) e PEGNSites: Agência Brasil, Ibope, JusBrasil , MTE, Planalto Federal, Segs

FotografiasGil VellosoCarlos MendonçaArquivo CNCArquivo Sesc-MGArquivo Senac-MGArquivo Sebrae – MGArquivo Modas JennyArquivo FermacilArquivo G4 InformáticaArquivo HidromisaArquivo WanMarketingArquivo Líder Interiores

imagens: Shutterstock.com

dpto. comercial e marketing:Ana Carolina Fernandes(32) 9198-0535

projeto gráfico e Editoração:ArtWork Propaganda(32) 3215-7075

periodicidade: Bimestraltiragem: 5.000 exemplaresimpressão: Gráfica América

contato: Telefone: (32)3215-1317e-mail:[email protected]: www.sindicatodocomercio.org.brTwitter: @sindicomerciojfFacebook: Sindicomércio - JFEndereço: Av. Rio Branco, 2588, 5º andar – Centro - Juiz de Fora / MG

Horário de funcionamento: De segunda a sexta, 8h30 às 18h30

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Conexão Comércio - Mai/Jun 201306

notaS

conSUmidor EStÁ poUpando maiSE inVEStindo no LaZEr

Pesquisa realizada pela Fecomércio-MG com consumidores da capital mineira revelou que a maioria destina os recursos excedentes à poupança e ao lazer. Pelos dados levantados no mês de março, 36,9% dos entrevistados afirmaram que aplicam o dinheiro na poupança e 33,6% em lazer. Em terceiro lugar, estão as compras, com 15% das respostas. A quitação de dívidas vem em seguida, com 12,6%. Já os interessados em turismo foram apenas 1,1%. Completando a pesquisa, apenas 0,8% pensaram em investir em planos de aposentadoria.

Com um número cada vez mais crescente de empreendedores, as lo-jas de roupas e as confecções são os tipos de negócios campeões na pre-ferência de quem quer abrir o próprio negócio. O levantamento foi feito a partir do número de downloads das cartilhas da série Ponto de Partida no site do Sebrae Minas, que é composta por mais de 250 cartilhas, com informações sobre legislação, funcionamento da empresa, equipamen-tos, instituições ligadas à atividade pretendida e sugestão para leitura e vídeos. O download é gratuito e pode ser feito no www.sebraemg.com.br.

A Lei nº 12.790/2013 , que regulamenta a profissão de comerciário, foi san-cionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de março. A nova legislação garante a jornada de trabalho de 8 horas diárias ou 44 horas semanais, que só pode ser alterada a partir de convenção ou acordo coletivo. A jornada de seis horas é permitida para atividades realizadas em turno de revezamento, desde que não haja perda de re-muneração.

proFiSSão dE comErciÁrio é rEgULamEntada

oS cinco nEgócioSmaiS procUradoSpELoS EmprEEndEdorES

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Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 07

notaS

EmprESÁrioS agUardam a ampLiaÇãodo tEto do LUcro prESUmido

O SESCON-SP aguarda com expectativa a análise, pela presidente Dilma Rous-seff, do Projeto de Lei de Conversão nº 01/2013, que passa de R$ 48 milhões para

R$ 72 milhões o teto para as empresas que adotam o regime de Lucro Presumido. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, faltando apenas sanção da Presidência da República. Atualmente, cerca de 1,5 milhões de empresas estão inseridas no sistema de Lucro Presumido.

A exemplo do que aconteceu com os eletrodomésticos e com os automóveis, que tiveram impostos reduzidos e, graças a isso, queda nos preços, a indústria farmacêutica está articulando junto à classe política, pleiteando corte nos tributos federais como PIS e Cofins.

De acordo com simulação da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), sem os dois impostos, a economia para o consu-midor seria de 11,27%. De acordo com o presidente da Interfarma, An-tônio Britto, como os medicamentos são tabelados pelo governo, o im-pacto nos preços seria imediato. A isenção de impostos poderia, ainda, ampliar a demanda do setor, pois, segundo Britto, 52% dos tratamentos são abandonados no meio.

Até o final de 2013, o número de assinaturas de telefones celulares chegará a quase 7 bilhões, ou seja, quase o mesmo número de habitantes da Terra, se-gundo estimativas da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Já os internautas serão 2,7 bilhões de pessoas ou 39% da população mun-dial até dezembro. A Europa continua sendo o continente com maior número de pessoas conectadas. No Velho Continente, a penetração da internet é de 75%, enquanto na Ásia são 32% e na África, 16%.

númEro dE cELULarES E pESSoaS no mUndo SE igUaLarÁ Em 2013

SEm piS/conFinS, Economia do conSUmidor SEria dE maiS dE 11%

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rEportagEmESpEciaL

EntrEViSta com o prEFEitoBrUno SiqUEira

conexão comércio: Existe algum investimento previsto para melhorar a iluminação pública nas áreas comerciais da cidade?

Bruno Siqueira: Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel), a partir do ano que vem a responsabilidade da iluminação pública será das prefeituras. Isso significa que a partir de 2014 serão mais recursos direcionados a este setor. No momento, o que nos cabe fazer é intensificar a fiscalização e exigir mais qualidade dos serviços prestados.

cc: Para o Sindicomércio, investimentos em iluminação pública são estratégicos, pois além de valorizar o local, ajudam a garantir a segurança da população. O Sr. está de acordo com essa opi-nião?

BS: Sem dúvida, investimentos em iluminação pública podem garantir mais segurança à popula-ção. Além disso, estamos em andamento com o projeto “Olho Vivo”, uma parceria com a Polícia Militar. Serão 54 câmeras de monitoramento dis-tribuídas em pontos estratégicos da cidade, que vão acompanhar o movimento de pedestres e carros, a fim de inibir ações criminosas.

A Revista Conexão Comércio traz nesta edição uma entrevista especial com o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, que falou sobre os desafios da sua administra-ção, bem como suas prioridades e projetos para cidade.

O prefeito defende que sua campanha foi realista, sem falsas promessas nem soluções milagrosas. Ele afir-ma estar ciente dos problemas e diz que toda sua equipe está empenhada a resolver essas questões o mais rápido possível.

cc: Quando será implantado este projeto?BS: O “Olho Vivo” é um projeto do governo do

estado em parceria com a prefeitura. A expectati-va é que seja implementado nos próximos meses. Cabe a nós o apoio logístico ao projeto. Inicial-mente, as câmeras serão instaladas no centro e em bairros onde tem comércio, para monitorar e garantir a segurança de todos, moradores e con-sumidores. É importante destacar que a seguran-ça pública é de responsabilidade do estado e não da prefeitura.

cc: A atuação da Guarda Municipal sempre foi criticada pela população, seja pela falta de enten-dimento de suas atribuições, seja por não estar em acordo com os limites de sua atuação. Sendo assim, quais são seus planos para a Guarda Mu-nicipal?

BS: A Guarda Municipal foi criada por deter-minação de uma lei aprovada pela Câmara Mu-nicipal, que prevê seus limites de atuação. Sua atuação não pode interferir no trabalho da Policia Militar, até porque ela não tem condições para isto, haja vista que não utiliza armas de fogo. Sua responsabilidade é resguardar os prédios e es-paços municipais. A segurança pública armada e

EntrEViStaESpEciaL

Foto: Gil Velloso

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EntrEViStaESpEciaL

repressiva continuará a ser responsabilidade da Polícia Militar.

cc: Sobre segurança pública, quais os planos da Administração para a cidade?

BS: Já solicitei ao governador Anastasia o au-mento do efetivo e dos equipamentos da Polícia Militar e melhorias na segurança pública. Cabe à prefeitura apoiar as ações da PM. O governador ficou de estudar o caso.

cc: A Administração anterior previa um proje-to de revitalização na Av. Getúlio Vargas. Na sua fase inicial estava previsto o deslocamento dos ambulantes para um local mais adequado. Este projeto terá continuidade na sua administração? Quais são suas ideias para resolver o problema dos ambulantes?

BS: Nós conseguimos os recursos necessários para fazer as intervenções na Avenida Getúlio Vargas, Rua Marechal Deodoro (entre a Rua Ba-tista de Oliveira e Avenida Barão do Rio Branco) e na Rua Batista de Oliveira (entre as ruas Marechal Deodoro e São João). Estas últimas duas vias se-rão transformadas em calçadão para o movimen-to de pedestres. Conseguimos o mais difícil que são os recursos, agora vamos fazer os projetos.

cc: E quanto à questão dos ambulantes?BS: Nós só vamos debater a questão do co-

mércio ambulante em Juiz de Fora quando come-çarem as intervenções (obras). Acredito que este momento seja o mais oportuno.

cc: Qual é a real situação das obras viárias ini-ciadas pela administração anterior? Há disponibi-lidade de todos os recursos necessários?

BS: Diferentemente do que foi divulgado, ain-da não temos os recursos necessários para viabili-zar toda a obra. No momento, estamos em busca de recursos federais para completar o orçamento. Se colocarmos essa obra no PAC 2, resolvemos o problema. Enquanto isso, vamos fazer as obras aos poucos.

cc: O Sr. tem planos para melhorar a qualida-de do transporte coletivo urbano? Existe algum projeto para criar ônibus seletivos?

BS: São mais de 30 anos sem licitações e, por isso, queremos fazer uma licitação para o trans-porte público. Nela, tentaremos exigir melhorias na prestação do serviço. Hoje existe um contrato e nossa ação fica restrita as suas condições.

cc: Com relação aos táxis, existe algum es-tudo para aumentar a oferta destes veículos na cidade?

BS: A Prefeitura de Juiz de Fora está fazendo um estudo para quantificar a demanda e, por consequência, o número de veículos necessários. É preciso aguardar os resultados.

cc: O horário de funcionamento das empre-sas do comércio, serviços e indústrias está condi-cionado a um acordo entre o sindicato laboral e o patronal, como determina o código de posturas do município. O Sr. não acha que, respeitada a carga horária do trabalhador, regida pela CLT, isso deveria ser de competência da Administração Municipal? Não poderia gerar mais empregos?

BS: Esta questão foi discutida pela Câmara Municipal há mais ou menos 6 anos, e nós va-mos continuar a acatar o que foi decidido. No momento, não pretendemos entrar neste debate e nem vamos encaminhar projetos. Eu acredito sim que a ampliação do horário de funcionamen-to poderia aumentar o número de empregos.

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coLUna dirEito E EmprESa

Em todo o Brasil, fiscais da defesa do consu-midor do PROCON estão atuando de forma inten-sa para evitar abusos nas relações de consumo. Estes órgãos não só recebem reclamações, como também, assumem o papel de vigilantes das rela-ções consumeristas, utilizando como meios para fiscalização as inspeções nas empresas e os SAC’s (Serviços de Atendimento aos Clientes). Com o fe-nômeno das redes sociais, a utilização da internet também tem sido um canal atuante de reclama-ções. O aumento da fiscalização gera automatica-mente um crescimento no número de multas e, por isso, as empresas devem estar por dentro até das leis mais recen-tes.

Diversos temas polê-micos que envol-

vem compras costumam ser objeto de operações rotineiras realiza-das pelos órgãos fiscalizadores. Entre

essas operações estão a Lei da Entrega Agendada, os procedimentos para

recall e a Lei do SAC, que inicial-mente se aplica apenas às em-presas fornecedoras de serviços

regulados pelo Poder Público Federal, como, bancos, opera-

doras de telefonia celular e fixa, empresas de transpor-tes, energia elétrica, sane-amento básico, TVs a cabo,

dentre outras.

como aS EmprESaS podEm EVitar proBLEmaS com o procon?

rubens andradeMestre em Ciências Jurídico-Empresariais pela Universidade de Coimbra - Portugal e Diretor da Rubens Andrade Advogados.

Fique atento! decreto publicado recente-mente atualiza algumas questões sobre comér-cio eletrônico.

O Decreto nº 7.962/2013, publicado em 15 de março, regulamenta as questões voltadas à con-tratação no comércio eletrônico e passará a viger após 60 dias da sua publicação. Os empresários devem aproveitar este prazo para se inteirarem do teor deste Decreto e colocá-lo em prática, a fim de evitar futuras demandas.

Com o Decreto implemen-tado, as páginas eletrônicas so-frem uma série de obrigações e devem ser adaptadas para tal, como, por exemplo, devem di-vulgar informações precisas so-bre o produto e condições de venda, bem como o prazo para utilização da oferta. Além dis-so, o tempo de entrega deve ser amplamente observado e o

contrato deve ser divulgado de uma maneira que o consumidor tenha acesso para conservação e reprodução.

Devido às constantes mudanças na lei, ressal-ta-se a importância de conhecer a legislação, bem como possuir uma assessoria preventiva com a intenção de evitar não só as multas aplicadas pelos órgãos de proteção ao consumidor, como também demandas judiciais dos consumidores. Dessa forma, é possível obter um suporte jurídico que defenda o empresário tanto das reclamações movidas pelos consumidores no PROCON, quanto das ações impetradas na Justiça.

Co-autora: Aline Elerati Schmidt, especialista em Direito do Consumidor

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coLUna adVogado

Evandro Luiz nunesEscritório Vimieiro Nunes

A questão relativa à cobrança do diferencial de alíquota do ICMS nas operações interestaduais realizadas por empresas optantes pelo Simples Nacional, seja pela intensificação dos estados da Federação na fiscalização das empresas sujeitas ao referido regime de tributação, seja em função do reconhecimento pelo Supremo Tribunal Fede-ral da repercussão geral da questão constitucio-nal, analisada no Recurso Extraordinário registra-do sob o nº 632783 (interposto por uma empresa do ramo de importação e exportação contra acór-dão do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – TJRO), ganhou, recentemente, novos contornos.

A discussão, já travada há algum tempo no Ju-diciário, pauta-se, basicamente, em dois pontos bastante controversos, os quais merecem uma breve explanação. De um lado, os estados da Federação, tomando por base o disposto na Lei Complementar 123/2006 (lei que instituiu o regi-me de recolhimento unificado de impostos e con-tribuições para as Micro e Pequenas empresas, conhecido como “Simples Nacional”), defendem a cobrança do diferencial de alíquotas ao argu-mento de não se tratar o indigitado recolhimento em uma forma de tributação das operações de saída promovidas pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, mas, sim, da complementação do valor do imposto (ICMS) devido na operação interestadual, o que, por sua vez, contribui para a diminuição da guerra fiscal entre os estados. Em contraposição à tese defendida pelos entes fede-rativos, os contribuintes do imposto questionam, dentre outras coisas, a clara ofensa desferida por tal sistemática ao princípio da não-cumulativi-dade do ICMS (haja vista a impossibilidade das empresas optantes pelo referido regime de tribu-tação efetuarem a dedução posterior desse valor pago a título de ICMS quando da saída do pro-duto, como fazem as empresas optantes pelo sistema de Créditos e Débitos), bem como o

total desrespeito ao principal objetivo persegui-do quando da criação da sistemática do Simples Nacional, isto é, à ideia de fomento das pequenas empresas.

Antagonismos à parte, o fato é que, sobretudo em função de o STJ já ter se pronunciado ante-riormente de forma desfavorável à tese defendida pelas empresas optantes pelo Simples Nacional – ocasião em que se manifestou entendimento no sentido de que, além da cobrança estar prevista na Lei Complementar nº 123/06, a impossibili-dade de creditamento e compensação com as operações subsequentes é vedada em qualquer hipótese, e não apenas no caso do diferencial de alíquotas –, não há como deixar de reconhecer que o recente posicionamento do STF, ao enten-der que a matéria em questão constitui-se num tema de repercussão geral, reascendeu uma dis-cussão que parecia já perdida para as Micro e Pe-quenas Empresas contribuintes do ICMS.

Por todo o exposto, não há dúvidas de que a questão em comento é, de fato, muito relevante. Logo, caso seu desfecho seja positivo para as em-presas optantes pelo Simples Nacional, a decisão será imediatamente aplicada nas ações já ajuiza-das e propiciará um ganho financeiro bastante significativo para as empresas que adotaram tal expediente. Por isso, a orientação é no sentido de as empresas optantes pelo Sim-ples Nacional questionarem judicialmente a exigibili-dade do recolhimento do diferencial de alí-quota do ICMS.

aS EmprESaS optantES pELo SimpLESE o diFErEnciaL no icmS

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Conexão Comércio - Mai/Jun 201312

Estudos recentes apontam que as Micros e Pe-quenas Empresas são um seguimento que repre-senta mais de 90% das empresas do Brasil e que mais da metade exercem suas atividades na Re-gião Sudeste, o que nos leva a prestar maior aten-ção a essas empresas, pois são as responsáveis pela maior parte da geração de empregos e renda na economia do país.

O que nos preocupa é que 80% delas sucum-bem antes mesmo de completar um ano de ativi-dade, pelo fato de não contarem com um sistema de gestão eficaz, muitas vezes por desconhecimen-to ou falta de assessoria de seus contadores, o que leva os empreendedores a tomar decisões basea-das no conhecimento de seus administradores, em relação a determinado ramo, que na maioria das vezes não é suficiente para alcançar os resultados esperados ou mais expressivos.

Diante deste panorama, a contabilidade vem evoluindo e se transformando em meio de comunicação e análise empresarial. Hoje, nós contado-res, não podemos mais nos pre-ocupar apenas com as obrigações contábeis e fiscais das empresas. Temos também que apresentar para nossos clientes relatórios gerenciais de qualidade, ca-pazes de produzir indica-dores econômicos e fi-nanceiros seguros, para que essas empresas pos-sam ser administradas de forma mais eficiente,

contaBiLidadE gErEnciaL E SEUS BEnEFícioS para aS mpE

coLUnarH

aumentando significativamente sua longevidade e sobrevivência, tornando-as cada vez mais compe-titivas.

No mundo dos negócios, grande parte dos em-presários não se dá conta de que a lucratividade de suas empresas está diretamente relacionada com a qualidade dos serviços contábeis que lhes são prestados.

Através da Contabilidade Gerencial, é possível acompanhar o desempenho da empresa, facilitan-do seu planejamento, a fim de alcançar um cresci-mento satisfatório.

Assim considerando, seria de grande valia que as Micros e Pequenas Empresas atribuíssem mais importância à contabilidade gerencial, lembrando sempre que o contador não implica necessaria-mente custo para sua empresa, mas sim investi-mento.

coLUna docontador

cristina gama LaraLucrative Contabilidade

Page 13: Conexão Comércio

Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 13

Uma organização nunca está acima de um co-laborador, mas anda lado a lado e na dependência de suas motivações. Embora ter um bom salário seja um atrativo, a verdadeira força motriz de uma empresa está em algo que vai muito além deste fa-tor. O dinheiro é só um dos vetores de satisfação profissional.

Estar motivado quer dizer que uma pessoa re-úne uma série de fatores internos que a faz querer realizar algo. Assim, as ações do presente visam realizações futuras, ou seja, nós agimos hoje na expectativa de colher amanhã. Um indivíduo mo-tivado precisa ter sonhos, ambição, querer crescer, porque será através do seu trabalho que ele alcan-çará suas metas e objetivos de vida.

Para isso acontecer, a empresa deve proporcio-nar meios a fim de que este colaborador consiga se realizar na vida particular e profissional, caso con-trário, seu rendimento tende a diminuir. As empre-sas que oferecem condições e oportunidades para

coLUna rH

SEUS FUncionÁrioS EStão motiVadoS?

as realizações de planos e sonhos têm colaborado-res mais comprometidos.

Alguns fatores precisam ser observados: re-conhecimento pessoal e profissional, chance de crescimento, satisfação dos colaboradores naquilo que fazem e responsabilidade no exercício de suas funções.

Enfim, uma pessoa se motiva basicamente pela possibilidade de crescimento, valorização da fa-mília e/ou comunidade, bem como pelo poder e sucesso. A motivação é individual e depende do momento em que o indivíduo vive, sua cultura, suas ambições e o meio que está inserido. Estan-do estes relacionados também a fatores internos de personalidade e cognição como comunicação, estilo de trabalho, leque de recursos, tomada de decisão, atitude frente à vida, atitude frente aos outros, suas crenças e valores pessoais.

Colaboradores motivados, quando atendidos em suas expectativas, trabalham de forma mais prazerosa, com alto nível de produtivida-de e comprometimento.

michelle garofalo ronzaniRecursos Humanos Sindicomércio - JF

Page 14: Conexão Comércio

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Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 72 no último dia 02 de abril, que determina a paridade de direitos entre os empregados domés-ticos e os demais, muito se altera nas relações tra-balhistas no âmbito residencial.

A cultura predominante até então, era de um relacionamento com poucas regras e acordos in-formais sobre situações agora definidas por lei.

Tratando somente de um dos novos direitos da categoria, o limite da jornada de trabalho, já visualizamos vários aspectos práticos a serem mo-dificados.

O hábito de estender ou reduzir a jornada de acordo com a demanda de serviço ou a necessidade das partes, o trabalho do em-pregado que re-side no empre-go, necessitam agora de acom-panhamento e documentação, além do cumpri-mento de várias legislações agrega-das à essa limitação de horas, como o des-canso, o sobre aviso, o controle de horário e a possibilidade de um banco de horas, o que nas empresas só é per-

mitido com a participação do Sindicato. Ainda te-mos o pagamento de adicional noturno, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, a indenização por dispensa sem justa causa, que são alguns dos muitos pontos que agora devem ser considerados em relação à todos os profissionais domésticos.

Os lares brasileiros no aspecto trabalhista, agora se equiparam às empresas, com algumas peculiaridades respeitadas, como prevê a própria emenda, porém com regras a cumprir e passíveis

das penalidades pelo seu descumpri-mento.

Vários direitos ainda estão pendentes de regulamentação, mantendo-se a dúvida de como se dará seu cumprimento. Fala--se da redução dos recolhimen-tos do FGTS e INSS, a criação da

figura do Microempreendedor Doméstico dentre outras

medidas.A aprovação da PEC

marca uma mudança cul-tural nas Relações Traba-lhistas Domésticas no país, e exigirão soluções práticas e o envolvimento da socie-dade como um todo para o bom cumprimento desta Lei, de forma a trazer benefícios a todos.

pEc daS doméSticaSE a mUdanÇa naS rELaÇÕES dE traBaLHo

Jozeane oliveira dos reisEscritório Brandis Contabilidade

artigoESpEciaL

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Conexão Comércio - Mai/Jun 2013 15

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notíciaSUniVErSoJUrídiconotíciaS

Cidade polo para cerca de 2 milhões de pessoas na Zona da Mata mineira, Juiz de Fora tem registrado um crescimento do setor atacadista nas últimas décadas. Atualmente, um dos mais fortes ramos atacadistas de Juiz de Fora é o de gêneros alimentícios, sendo referência para com-pras de consumidores de várias cidades da região. O setor de confecções também tem conquistado consumidores não só na Zona da Mata, mas em outras partes do País.

O gerente de marketing da rede Baha-mas, Nelson Jr., afirma que a expansão para o segmento atacadista deu-se a partir da consolidação da bandeira do supermercado. “Há pelo menos 15 anos, o grupo lançou a bandeira de atacado Suprir. Foram várias ex-periências até chegar à bandeira Bahamas Mix, com venda no atacado e no varejo, na forma de autosserviço. Este conceito consa-grado como ´atacarejo` é um dos que mais cresce no segmento no Brasil”, afirma Nelson Jr.

De acordo com o gerente de marketing, o for-mato de “atacarejo” está preparado para atender todos os públicos, como o consumidor final de va-rejo e de maiores volumes, transformadores em geral, pequenas mercearias e as grandes vendas de atacado, atingindo até cargas fechadas. “Talvez esteja aí um dos pontos positivos do formato. O desafio é cada público se posicionar dentro des-ta ideia, já que existe uma quebra de formato de loja, de exposições de produtos e mix em geral.”

Atuando no formato tradicional de atacado, Henrique Silva Garcia, sócio-proprietário da Dis-tribuidora Garcia, afirma que o forte da empre-sa é a comercialização de produtos de limpeza, higiene, alimentos, descartáveis e condimentos para empresas de pequeno e médio porte. Atu-almente, segundo Garcia, o atacado representa 50% das vendas em relação ao varejo.

Juiz de Fora já teve seus dias de glória no ramo

SEgmEnto atacadiSta crEScE Em JUiZ dE Fora

de malharias, mas algumas empresas conseguiram superar

todas as adversidades, mantendo-se no mercado e até expandindo seus negó-

cios por todo o País. Entre elas a Malhas Keeper que, hoje, trabalha com 70% de sua produção de cuecas no atacado e 30% para o varejo. Já a linha de roupa feminina é toda destinada às oito lojas franqueadas da marca.

O Diretor Administrativo da empresa, Leonar-do Gabriel Rebouças, esclarece: “Em Juiz de Fora, atuamos só a nível de varejo através das lojas com cessão de direito do uso da marca. Para vá-rios Estados, trabalhamos atendendo atacados, lojas de varejo multimarcas e marcas de terceiros de redes de magazines”.

Quanto à projeção de investimentos, Rebou-ças afirma que “foram feitos grandes investimen-tos nos últimos anos, mas, para 2013, estamos com muita cautela. Suspendemos todos os in-vestimentos e vamos trabalhar com os recursos que temos, mantendo o mesmo parque fabril e o mesmo número de lojas franqueadas”.

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Mesmo em um período de cautela por causa da ameaça do retorno da inflação, do aumento dos ju-ros e da crise econômica europeia, o Dia das Mães este ano registrou pequeno aumento nas vendas, dando mais ânimo aos comerciantes, que esperam, agora, que a tendência continue para o Dia dos Na-morados. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Sindicomércio-JF, 74,09% dos entrevistados tinham

intenção de presentear alguém no Dia das Mães.

Entretanto, já foi o tempo que as mães ficavam felizes em receber eletrodo-mésticos, como ba-

tedeira, liquidificador, máquina de lavar ou só

um vasinho de flor no seu dia. Hoje, o que se viu nas

lojas são filhos e maridos à procura de roupas, sapa-tos e cosméticos para pre-sentear mães ou esposas,

cada vez mais modernas e valorizadas. Mesmo os buquês de flores estão

mais caprichados. A pesquisa do Sindico-

mércio-JF revelou que 28,67%% dos

entrevistados es-

notíciaS

dia daS mãES E dia doS namoradoSaqUEcEm VEndaS no comércio JUiZ-Forano

colheram roupas para dar de presente no Dia das Mães. Os cosméticos vinham como segunda opção para 11,19% dos entrevistados.

Gerente da Fator X, Cleidy da Silva Luiz, confir-ma a preferência dos consumidores por roupas. “As vendas na loja nas vésperas do Dia das Mães che-gam a aumentar 70% a 80%. As mães estão muito modernas, por isso nossa aposta foi nas opções mais básicas, como camisas, camisões e conjuntos de veludo, que permitem uma maior diversidade no uso”, afirma Cleidy.

Já o valor dos presentes não mudou muito em re-lação a 2012, oscilando entre R$ 50,00 e R$ 100,00, demonstrando um crescimento da consciência fi-nanceira, ou seja, o consumidor quer agradar, mas não quer se endividar. No Dia dos Namorados, a expectativa é por presentes um pouco mais caros, variando de R$ 100,00 a R$ 150,00, a exemplo de 2012. O preço, inclusive, continua como principal critério de escolha do local de compras da maioria dos entrevistados, seguido da variedade de opções e do atendimento. Com relação ao atendimento, 39,51% dos consumidores procuram por um ven-dedor cortês e bem educado para atendê-los, se-guidos de perto (34,62%) por aqueles que querem atenção exclusiva desse vendedor.

Aproveitando promoções e descontos, a gran-de maioria (64,34%) dos entrevistados, optou por pagar em dinheiro. Em seguida, vieram os cartões de crédito, com 30,42% da preferência, os cartões de débito, com 4,55% e, o cheque pré-datado, com apenas 0,70%.

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notíciaS

SErViÇoS BancÁrioSganHam noVaS rEgraS

Na cobrança por melhor atendimento, o con-sumidor brasileiro tem mais um motivo para co-memorar. A partir do dia 1º de julho de 2013, to-dos os bancos serão obrigados a criar três novos pacotes padronizados de tarifas para contas de depósito, que deverão oferecer um número igual de serviços bancários, como, por exemplo, forne-cimento de cheques, número de saques, extratos e transferências por DOC e TED.

Os detalhes da novidade foram divulgados pelo Banco Central no Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, comemorado em 15 de março, e têm por objetivo aumentar a transparência das informações na contratação de serviços bancá-rios, operações de crédito e câmbio. Com as no-vas regras, deverá acabar a profusão de siglas e códigos presentes hoje, por exemplo, nos extra-tos bancários e que, muitas vezes, são um enigma para os clientes.

Com a iniciativa do Banco Central, o consumi-dor poderá comparar em pé de igualdade os pre-ços cobrados por cada banco e, assim, escolher o que lhe for mais conveniente. Os bancos terão que deixar claro as condições de cada pacote e as diferenças entre as diferentes opções. Para o cliente, a adesão não é obrigatória e, caso neces-site, poderá pagar por serviços avulsos. No entan-to, as regras devem estar claras no contrato de abertura da conta.

No caso das operações de crédito, o banco de-verá informar, antes da contratação do crédito ou do arrendamento financeiro, o Custo Efetivo Total (CET), ou seja, o valor total da dívida mais juros, encargos e despesas. O cálculo do CET também deve constar dos contratos, com a identificação clara de cada despesa e o percentual relativo ao valor total.

Para as operações de câmbio, as regras já es-tão valendo desde o dia 18 de março, quando as Resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. Passou a ser obrigatória a informação do Valor Efetivo Total (VET), que corresponde ao va-lor da taxa de câmbio, dos tributos, como Impos-to sobre Operações Financeiras (IOF), e da tarifa a ser cobrada.

Para o Superintendente Regional do Banco do Brasil, Alberto Maia Valério, a Resolução do Banco Central vai permitir padronizar as informa-ções para o consumidor, que hoje, segundo ele, é vulnerável diante do emaranhado de enunciados e siglas de produtos e serviços bancários. “Não importa o nível financeiro ou intelectual deste consumidor. A grande maioria não entende clara-mente os produtos bancários que são colocados à disposição”, pondera Valério.

De acordo com o Superintendente Regional, hoje, os bancos têm, em média, entre seis a oito planos de serviços. Com as novas regras, vai ha-ver mais clareza e padronização, mas o cliente vai ter como dar um upgrade no plano de acor-do com suas necessidades. “Como os bancos têm programas de relacionamento, acho que vai ha-ver uma adaptação a esses programas. A partir do momento em que ele consuma mais produtos,

que ele seja mais fidelizado, que use os serviços do banco de uma maneira geral como aplica-ções, empréstimos, produtos de seguridade,

comércio exterior, pagamento de impos-tos, provavelmente, ele vai ter benefícios, como isenção de tarifas ou descontos.”

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notíciaS

As tendências para o inverno 2013 começaram a aparecer ti-

midamente nas vitri-nes da cidade, divi-dindo espaço com a coleção prima-vera/verão, gra-ças ao calor que demorou a ir em-bora este ano. A previsão do Ibope

Inteligência é que, este ano, os brasileiros

devem gastar, em média, R$ 786 com vestuário. O valor é

superior a 2012, que teve R$ 670 de média.

Para atrair os consumidores, o mix de texturas vem com força total, com desta-

que para o couro mesclado com renda, ma-telassê, feltro ou veludo, proporcionando mais

sofisticação ao look. O jeans chega mais escuro. A barra da calça

continua mais curta, seja para usar com coturnos ou com sapatos pesados e meias em contraste. A silhueta é rente ao corpo, mas não tão justa como os modelos skinny.

Na moda feminina, os bichos estarão à solta nas ruas de Juiz de Fora durante todo o in-verno. Estampas de onça, leopardo e zebra tomarão conta das vitrines da cidade. A gerente da TOP Brasil, Ju-liana Ferragem, afirma que os tra-dicionais preto, cinza e marrom continuam com seu espaço ga-rantido no inverno 2013, mas a tendência é que dividam este espaço com o vermelho, o verde e o nude.

De acordo com Juliana, as calças legging vão conti-

BraSiLEiro dEVE gaStar qUaSE r$ 800 com VEStUÁrio EStE ano

nuar marcando presença no inverno, junto com as calças de montaria e os macacões. As pantalonas ressurgem inspiradas no sucesso da delegada da fic-ção interpretada pela atriz Giovanna Antonelli.

No segmento infantil, segundo a proprietária da loja Karinha e da XK Teen, Wilma Estefan Dutra, as coleções estão repletas de roupas coloridas, seguin-do a linha adulto na elegância e na versatilidade. As cores estão mais vivas, nas cartelas laranja, azul turquesa, berinjela, vários tons de rosa e verde ban-deira.

Nas sapatarias, a tendência são as botas de cano curto, que dividem espaço com tênis casuais ador-nados com spikes e hot fix. Modelos como o cree-per estão fazendo parte do closet de muitas fashio-nistas, afirma Adriana Mota, sócia da Scapare.

Adriana destaca que a estação está cheia de no-vidades, entre elas a bota country, que aparece com força, mas com o cano curto, proporcionando um ar mais despojado ao look. “O diferencial neste modelo serão as aplicações. O uso do brilho será frequente, com calçados adornados com strass e aplicações em metal.” Os principais materiais são o couro camur-ça e o nobuck, dando mais vida às cores em tons como magenta, azul cobalto e amarelo, e o couro camper. Os saltos ficaram mais baixos e qua-drados.

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notíciaS

trEinamEnto dE FUncionÁrioS podE VaLEr dEdUÇão no impoSto dE rEnda

Tramita, em fase final, no Senado Federal, Projeto de Lei que permite às empresas tributa-das pelo lucro real deduzirem despesas com ca-pacitação e qualificação de seus empregados do valor do Imposto de Renda. O Projeto de Lei nº 149/2011 da senadora amazonense Vanessa Grazziotin foi aprovado em decisão termina-tiva na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, no final do ano passado, e caso seja sancionado, oferecerá às empresas mais segurança jurídica na dedução des-sas despesas. Atualmente, a Receita Fe-deral tem dado interpretação restritiva à formação profissional de empregados, cujos gastos são dedutíveis do Imposto de Renda pelo lucro real.

Pelo Projeto de Lei, poderão se deduzi-das as despesas com qualificação, treinamen-to e formação profissional, inclusive concessão de bolsa de estudos em instituições de qualquer nível, desde que oferecidas em condições de igualdade para todos os empregados.

De acordo com o psicanalista, coach & head training Otavio Jr., de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Estado de São Paulo (estado de referência de volume de negócios no país), 58 fecham as portas antes de completar cinco anos. Há dez anos, esse índice era de 71%. O volume de investimento em aperfeiçoamento e qualificação dos colaboradores era, em média, 35% menor do que hoje. Estes dados são de pesquisa divul-gada pelo Sebrae-SP feita com 3.000 companhias abertas entre 2003 e 2007. “Duas coisas ficam evidentes com tais números: está havendo uma mudança no comportamento empresarial brasi-leiro e esta mudança deve-se às empresas esta-rem cada vez mais preocupadas em buscar apoio em educação alternativa que priorize a elevação de desempenho de seus colaboradores.”

Otavio Jr. afirma que “apesar de ter havido grande mudança nos últimos cinco anos no que diz respeito à qualificação no mercado de traba-

lho, o entendimento de que uma empresa não se faz com números e sim com pessoas, faz toda a diferença. Os números serão sempre reflexo dos comportamentos e preparo da máquina humana que o administra. É muito comum vermos em-presários preocupados em entender de contabi-lidade, tributação, engenharia fabril, negociação, etc., quando o grande diferencial encontra-se na habilidade de lidar com pessoas. Empresas que vislumbraram essa consciência solidificaram-se no mercado, passam por tempestades de modo mais brando e, acima de tudo, montam um qua-dro de colaboradores com menos rotatividade, modo que facilita a consolidação do negócio de um geral, o que é importantíssimo nos dias atuais, nos quais a oferta de empregos supera a procura e a ausência de preenchimento de vagas deve-se, na maioria das vezes, por falta de mão de obra qualificada”.

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Com objetivo de incentivar o desenvolvimento nas relações de consumo e garantir a melhoria na qualidade de produtos e serviços, o Governo Federal lançou no dia 15 de março o Plano Nacional de Consumo e Cidadania (Plandec). A presidente Dilma Rousseff afirmou na ocasião que a iniciativa é um passo importante no fortalecimento das relações comerciais e na projeção da cidadania. A presidente também destacou a importância de fortalecer os Procons, o que deverá diminuir os conflitos ao transformar acordos feitos pelos órgãos em títulos executivos judiciais.

Como parte das ações dos Plandec, será criada uma Câmara Nacional de Relações de Consumo, composta pelos ministérios da Justiça, Fazenda, Desenvolvimento, Planejamento e Casa Civil. Ela terá como primeira obrigação formular uma relação de 30 produtos essenciais ao consumidor, que terão os problemas solucionados imediatamente, cabendo à Câmara acompanhar e fiscalizar o cumprimento das determinações.

Também serão criados três comitês – Comitê Técnico Consumo e Regulação, Comitê Consumo e Turismo, Comitê Consumo e Pós-venda, que formarão um observatório nacional das relações de consumo. Eles serão compostos por representantes de ministérios e das agências reguladoras.

O Comitê Técnico Consumo e Regulação adotará medidas para reduzir os conflitos no setor de serviços. O Comitê Consumo e Turismo vai atuar no aprimoramento dos serviços de atendimento aos turistas nacionais e

notíciaS

goVErno LanÇa pLano nacionaL dE conSUmo E cidadania

estrangeiros, especialmente em grandes eventos, como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas, que prometem atrair os olhares de todo o mundo para o Brasil nos próximos anos. E o Comitê Consumo e Pós-venda terá por objetivo aprimorar os procedimentos de atendimento ao consumidor e criar indicadores de qualidade nas relações de consumo.

O Plandec dará atenção especial ao acompanhamento de custos das tarifas bancárias, individualizadas ou em pacotes oferecidos por instituições financeiras, ao e-commerce e às telecomunicações.

No comércio eletrônico, os varejistas terão 60 dias para adaptar seus sites e fornecer informações mais claras sobre o que está sendo vendido, além de disponibilizar um canal direto de atendimento ao consumidor.

No caso das telecomunicações, um novo regulamento simplifica as regras para atendimento, cobrança e ofertas de serviços. Uma consulta pública será aberta por 30 dias para discutir o assunto. A proposta do Plandec é regulamentar os serviços, criar mecanismos de comparação de preços de pacotes e serviços individualizados e padronizar as regras de ressarcimento e combate à venda casada.

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notíciaS

comUnicaÇão:Uma artE tamBém do comércio

Saber se comunicar é fundamental para o diálogo com os colaboradores, for-

necedores e clientes. Um bom gestor está o tempo todo transmitindo informações a seus

subordinados, seja em reuniões, treinamentos ou em conversas casuais.

“A comunicação não é feita apenas pelas pala-vras; expressão do olhar e da face, gestos, tom, flu-ência, ritmo, dicção e postura são essenciais para a compreensão da mensagem”, afirma a fonoau-dióloga Aline Mendes Ferrugini. Segundo ela, a maioria das pessoas apresenta alguma dificuldade na hora de falar em público, seja por medo, ner-vosismo, insegurança ou problemas de linguagem.

Comunicar-se bem é uma arte que precisa ser desenvolvida e aperfeiçoada cons-tantemente. Em qualquer situação do dia a dia a comunicação é fundamental. Pode-

mos dizer que comunicar-se bem é mais do que transmitir ideias de forma ordena-da, é conseguir ser compreendido pelo outro.

“Falar em público requer treinamento, mesmo para aqueles que já possuem alguma desenvoltu-ra. É muito comum vícios de linguagem, inadequa-ção de tom e ritmo”. Existem procedimentos que podem ajudar na hora de falar em público, inde-pendentemente na situação. A fonoaudióloga dá algumas dicas. Veja no quadro abaixo.

Para quem trabalha no comércio, Aline faz al-gumas observações: “É preciso agir com naturali-dade e ser espontâneo. É muito importante que o vendedor tome a iniciativa e abra o diálogo com o cliente, isso mostra interesse e pró-atividade. Mantenha o contato visual e muito cuidado com a linguagem não-verbal. Excesso de gestos e falta de postura podem distrair ou mesmo afastar o clien-tes. Para não ficar em apuros na hora de falar em público, pratique sempre.

quantos erros poderiam ser evitados se a comunicação fosse clara e objetiva?

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Quem já precisou alugar um imóvel, sabe bem a dificuldade que é para conseguir um fiador que atenda todas as exigências das imobiliárias. Apesar de existirem outras modalidades disponíveis hoje no mercado, o fiador continua sendo a mais utiliza-da. Mas para quem acabou de chegar na cidade ou não consegue alguém que se habilite a endossar a locação, há opções como o seguro-fiança e os títu-los de capitalização.

De acordo com a sócia gerente da Savi Imóveis, Cristiane Ferreira Campos, a fiança continua sendo a mais usada, estando presente em torno de 90% das locações feitas na imobiliária. Também sócio gerente da empresa, Luiz Schuery Procopio Valle, explica que, na fiança, o locatário deve apresentar um fiador com imóvel em Juiz de Fora ou em ci-dades próximas, sendo que este imóvel deve estar registrado e quitado.

Cristiane afirma que, logo em seguida à fiança, vem o depósito em caução, no qual é necessário fazer o depósito no montante de três vezes o valor do aluguel, que ficará em uma caderneta de pou-pança até a entrega efetiva do imóvel, quando o locatário recebe o dinheiro de volta devidamente corrigido.

conHEÇa aS modaLidadES dE garantia para aLUgar Um imóVEL

notíciaS

Sócio e gerente de locação da Wal Imóveis, Luciano Fagundes, afirma que, na imobiliária, a modalidade mais procurada é a caução. “Fica em torno de 70% devido à dificuldade dos inquilinos que vêm de fora e não têm qualquer vínculo com a cidades”, afirma Fagundes.

O gerente de locação da Acervo Imóveis, Peter-son Silveira Soares, afirma que “as novas modali-dades já estão sendo bastante utilizadas em Juiz de Fora e, em termos de aceitação, podemos dizer que, apesar de trazerem mais custos para o locatá-rio, elas podem proporcionar um conforto maior e menor preocupação para o mesmo, pois ele pode realizar suas locações sem a dependência de ter-ceiros. Graças a este ponto forte, o seguro-fiança e os títulos de capitalização vêm tendo uma aceita-ção satisfatória”.

Grandes empresas do setor de seguros já ofe-recem títulos de capitalização específicos para aluguel. Nesta modalidade, inquilino e dono do imóvel acertam o valor do título, em geral, corres-pondente a três a 12 aluguéis. O título serve como garantia enquanto o contrato estiver valendo e, ao seu final, se não houver qualquer pendência, o valor é resgatado, corrigido pela Taxa Referencial

(TR).Para contratar o seguro-fiança, é preciso

comprovar uma renda de duas a três vezes o valor do aluguel. A apólice pode incluir, ain-da, coberturas adicionais para encargos, como IPTU, condomínio, contas de água, luz e gás e danos ao imóvel.

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Diariamente, milhares de pessoas realizam acordos sem se atentarem para as exigências le-gais dos negócios jurídicos. Muitos empresários se preocupam com a qualidade de seu produto, com os anseios do consumidor e com o que os seus concorrentes andam fazendo, mas pecam na parte administrativa, esquecendo de se resguardar juridicamente na confecção e na assinatura de con-tratos. Essa falta de cuidado pode gerar demandas futuras e até mesmo colocar em risco a continuida-de da empresa.

A advogada Aline Elerati Schmidt, integrante do Departamento Civil, Consumidor e Imobiliário da Rubens Andrade Advogados, alerta que, “as pes-soas de um modo geral não têm costume de ler o que assinam. Não raras vezes, acordos não são cumpridos por uma das partes e a falta de um instrumento jurídico disciplinando a relação pode causar problemas. Um contrato formalizado, bem redigido e assessorado por um advogado espe-cialista evita muitos dissabores. Para um futuro e eventual ajuizamento de ação, o contrato poderá constituir o único meio de prova que a parte pos-sui. Um contrato bem elaborado evita discussões diversas, sendo apenas discutido o inadimplemen-to e não a validade ou não das cláusulas.”

De acordo com Aline, o erro mais comum é a adoção de contratos prontos, “emprestados” de al-gum conhecido, o que pode gerar várias falhas em sua elaboração, pois cada área possui situações es-pecíficas. Na locação comercial ou não residencial, por exemplo, caso não tome cuidado, o empresá-rio pode até perder o ponto.

“O contrato é a mais utilizada fonte de obri-gação do direito, traduzida no vínculo jurídico em que um devedor tem de dar, fazer ou não fazer uma prestação ao credor. Para se caracterizar uma obrigação são necessários três elementos: partes, prestação e vínculo jurídico. Deste modo, o contra-to deve, pelo menos, conter cláusulas que abran-jam estes elementos constitutivos da obrigação”, afirma Aline.

Você Lê o qUE aSSina? EmprESÁrioS dEVEm Ficar atEntoS aoS dEtaLHES JUrídicoS

notíciaS

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notíciaS

Lançados na década de 80 por companhias áreas, os programas de fidelidade caíram logo no gosto de consumidores do mundo inteiro e hoje são adotados por uma vasta gama de segmentos comerciais.

O programa nasceu como uma forma de fidelizar os consumidores através de descontos na compra de passagens aéreas. A primeira empresa a lançar um programa deste tipo foi a americana Western Airlines. Em junho de 1980, a companhia lançou o programa Travel Pass, numa das mais movimentadas rotas da época entre Los Angeles e São Francisco. Os passageiros recebiam cupons de desconto de 50 dólares a cada cinco viagens e, devido ao sucesso, rapidamente o programa foi estendido para outras rotas.

Hoje, num mercado cada vez mais competitivo, os programas de fidelidade se tornaram importante ferramenta de marketing para atrair e manter os consumidores, sendo emitidos por cartões de crédito, postos de gasolina, lojas de presentes e de roupas, supermercados, farmácias, perfumarias, livrarias, pet shops, restaurantes, salões de beleza, entre outros.

A modalidade mais comum de programa de fidelidade é a simples anotação num cartão ou o acúmulo de pontos no sistema a cada compra ou serviço, que podem ser trocados na própria empresa. Devido ao sucesso, nova modalidade vem ganhando força, os programas de coalizão, nos quais pode-se resgatar os pontos acumulados em outros parceiros. Mas é preciso que o consumidor fique atento ao prazo de validade do uso dos pontos acumulados para não perder o benefício e se realmente não há taxas embutidas para utilização.

A gerente de vendas da O Boticário, Carla Souza Almeida, afirma que a maioria dos consumidores da loja tem o cartão fidelidade da empresa. Pelo programa, cada R$1,00 da compra equivale a um ponto. A cada cem pontos, o benefício pode ser resgatado em descontos nas lojas da empresa em todo o país, limitado a 20% do valor da compra.

intErESSE por programaS dE FidELidadE crEScE EntrE conSUmidorES

Na Livraria Saraiva, o cartão permite a troca a partir dos 1000 pontos acumulados. A cada R$1,00 em compras, o consumidor ganha quatro pontos no caso de livros, ou dois pontos para papelaria, brinquedos, CD/DVD´s, software e games ou cinco pontos para equipamentos de informática, que podem ser resgatados na loja ou pela internet.

Tipo de programas de coalizão, na Farmácia Pague Menos, a cada R$3,00 em compras de produtos de higiene pessoal, beleza e conveniência, o consumidor ganha um “dotz”, que é um tipo de moeda que pode ser trocada em supermercados, postos de combustíveis, lojas online, companhias de viagens, restaurantes e bancos. A gerente Camila Pagane explica que o controle é feito pelo CPF, o controle pelo site, e o cliente pode até pagar contas que possuam código de barra com seus “dotz”.

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UniVErSoJUrídico

EntrEViStaESpEciaL

capa

HistóriaCom a criação da Justiça do Trabalho, em 1939,

surgiu a necessidade de se desenvolver um con-junto de regras para regulamentar as relações in-dividuais e coletivas do trabalho. Em 1942, Getúlio Vargas, o então Ministro do Trabalho, Alexandre Marcondes Filho, e outros juristas começaram a se reunir para elaborar as leis. O projeto final foi apro-vado e assinado no dia 1º de maio de 1943, e a CLT proclamada simbolicamente no Estádio do Vasco da Gama, em São Januário, no Rio de Janeiro. Ini-cialmente, a CLT tratou de apenas três questões: os direitos dos trabalhadores, a organização sindical e os preceitos da Justiça do Trabalho.

A Consolidação das Leis do Trabalho foi tão sig-nificativa para os cidadãos de sua época, que con-sagrou Getúlio Vargas como um dos presidentes mais populares e adorados do Brasil.

A CLT no séc.XXINo último dia 1º de maio, a CLT comemorou

70 anos. Durante este período, o Brasil passou por grandes transformações econômicas e, hoje, é considerado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a sétima maior economia do mundo. Mas, o que aconteceu nas leis que regem as relações en-tre o capital e o trabalho?

Desconsiderando pequenas ações pontuais, a CLT continua a mesma. Sua essência é marcada pela premissa do trabalhador hipossuficiente, vul-nerável a toda e qualquer ação do empregador e/ou mercado. A lei prescreve as mais variadas situa-ções, mas sempre considera o trabalhador em con-dição de desvantagem. Entretanto, ponderando as atuais relações de trabalho, isso nem sempre é verdade.

Entendemos que na época de sua criação,

a grande massa de trabalhadores era semianalfa-beta e os sindicatos eram poucos estruturados. Porém, a realidade de hoje é outra, o que significa dizer que a CLT precisa de revisões em seus arti-gos, pois o Direito do Trabalho não é imune à ação do tempo e suas normas jurídicas precisam evoluir para que não percam atualidade.

A CLT, por exemplo, não tem uma codificação das leis trabalhistas, como outros diplomas do nosso ordenamento jurídico, tais como o Código Penal, o Código Civil e o Código Tributário, e sim uma consolidação. Na codificação, o instrumento jurídico é moderno e globaliza o ordenamento le-gal em um núcleo com uma sequência lógica que deve ser seguida. Já a consolidação nada mais é do que a alteração de diversas leis, reunidas em um só texto e sem qualquer lógica ou sequência. Desta forma, fica difícil conseguir uma harmonia jurídica na relação patrão/empregado.

Trabalhadores e juristas também precisam en-tender as emendas no corpo da CLT que muitas vezes deixam a lei redundante e até incompreen-siva. Para que a CLT possa honrar o trabalho feito até então e sobreviver a outros 70 anos, é preci-so incluir todos os avanços da relação trabalhista, principalmente em face da tecnologia aplicada ao

direito do trabalho.Alguns dos principais representantes de entidades de classe expuseram

sua opinião sobre o assunto:

CLT Comemora 70 aNoSEm tempos de estabilidade econômica e do pleno emprego, é aflitivo recordar as dificuldades enfren-

tadas por nossos antecessores para conquistar salários justos e condições dignas de trabalho. O Brasil, predominantemente agrário, passava por uma intensa transformação no início dos anos 30, com o

surgimento das primeiras indústrias de base. Para consolidar o Estado Novo e ganhar apoio popular, o então Presidente da República, Getúlio

Vargas, concedeu aos trabalhadores alguns direitos sociais, que foram regulamentados em 1943 pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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Receber uma promoção, consequentemente, um reforço na renda mensal, é o sonho de muitos colaboradores, mas nem sempre eles estão pre-parados para assumir também as responsabilida-des que a nova função acarreta. A falta de ade-quação ao novo cargo pode atrapalhar o fluxo de informações, a gestão dos processos, comprome-ter todo o funcionamento do setor e ter reflexos até no faturamento geral da empresa.

A falta de comprometimento com a nova fun-ção pode acarretar problemas e estresse, tanto para a empresa quanto para o funcionário, depen-dendo, por exemplo, do peso da função dentro da empresa e do ramo de atividade. Desta forma, se a preparação do profissional para a nova função não for bem avaliada, pode implicar na empresa perder um funcionário que estava indo bem e o funcionário perder o emprego.

Esta avaliação pode acontecer de ambos os la-dos. O profissional tem que buscar informações sobre a nova função e saber avaliar se está pre-parado e a empresa conhecer seu colaborador e saber se serão necessários treinamentos. Neste caso, é preciso, ainda, alinhar quem vai custear o processo de formação.

A psicóloga Ana Cecília Pereira, especialista em psicologia organizacional e do trabalho, afirma

promoÇão:prEparE-SE para aSSUmir aS noVaS rESponSaBiLidadES do cargo

notíciaS

que poucas empresas têm a avaliação de desem-penho como ferramenta para o desenvolvimento de seus colaboradores. As adeptas desta prática recebem feedback sobre suas atitudes, desempe-nho, como o colaborador está na posição atual e, com isto, o caminho para a nova função é resulta-do. Neste caso, ele terá mais consciência das res-ponsabilidades que o novo cargo vai exigir.

Segundo Ana Cecília, o que acontece na maio-ria das empresas é a promoção sem um acompa-nhamento pré-definido, quando o funcionário é colocado para exercer a nova função e só vai sa-ber maiores detalhes da responsabilidade quan-do é colocado diante das situações. Desta forma, muitas vezes, o que se vê é o funcionário que já assumiu o novo posto, perguntando: Isso é comi-go?; Esta responsabilidade é minha?; Eu não sa-bia que eu tinha que fazer isso!. “Por isso é impor-tante que a promoção seja muito bem elaborada e alinhada entre o funcionário e a empresa, pois a responsabilidade é de quem promove e de quem aceita a promoção”, destaca.

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terça-feira, 7 de maio de 2013 08:53:36

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Ana Cecília ressalta que, hoje em dia, as em-presas estão em busca de profissionais habilido-sos, com senso de urgência, sentimento de dono, pré-disposição para o trabalho em equipe, visão ampliada, conhecimento de mercado, iniciativa, espírito empreendedor, persistência, otimismo, responsabilidade, criatividade e disciplina. “O funcionário que procura estar preparado para o mercado de trabalho, a qualquer momento da sua vida e independentemente do fato de estar ou não empregado, precisa estar pronto para receber mudanças; é competente, ou seja, sabe fazer rápido e bem feito (atendendo às expectati-vas); comprometido, com espírito empreendedor (sentimento de dono); tem equilíbrio emocional; bom relacionamento interpessoal; sabe fazer, em boa dose, seu marketing pessoal, está a caminho de ser bem avaliado para uma função de gestão”, afirma a psicóloga.

Para se preparar para nova função, além da importância de ter que se preparar para compe-tência técnica e de negócio, é imprescindível ao profissional dar ênfase ao aspecto humano, nas pessoas que vai liderar, ou seja, saber ouvir, se preparar para dar e receber feedbacks, confiar e ser confiável, comunicar, man-ter a motivação, acompa-nhar a execução, contro-lar e comandar (dirigir um time), valorizar a inovação e a criativi-dade e preocupar-se em desenvolver e for-mar pessoas e equipe.

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Quanto mais uma empresa cresce, maior é a demanda por conhecimentos administrativos. A gestão precisa estar alinhada aos valores de li-derança para gerar resultados positivos. Liderar é muito mais que supervisionar funções, dar or-dens e estabelecer metas. Ser líder é conseguir resultados através das pessoas em prol do suces-so da empresa, mantendo seus colaboradores motivados e continuamente capacitados para de-senvolver suas atividades.

Assim, existe uma grande diferença entre ser chefe e ser líder. O consultor empresarial João Carlos Batista, da empresa Treinar Assessoria Em-presarial, faz um comparativo entre essas duas personalidades. “Tradicionalmente, o chefe é aquele indivíduo autocrático, cuja personalidade autoritária busca colaboradores obedientes e dis-ciplinados. Em momentos de conflito ou pressão, ele sempre procura culpados, não se preocupan-do com a identificação das reais causas que le-varam ao problema. Seu foco é estabelecer pu-nições energéticas aos seus liderados”. Já o líder traz consigo outros valores que condicionam um novo modelo de administração. “Ele é marcado por um sentimento de igualdade em relação aos seus liderados. Sua gestão é participativa e seu foco está na formação de equipes harmoniosas e motivadas. Faz dos conflitos uma oportunidade de aprendizado. Portanto, a principal responsabi-lidade de um líder é gerir o capital intelectual e a

capacidade de gerar resultados positivos dos liderados”, conclui João Carlos.

o LidEr aLcanÇa SEUS oBJEtiVoS atraVéS do rESpEito E do

EXEmpLo

Estabelecidas as diferenças comportamentais, podemos aferir quais são as funções e responsa-bilidades de um líder dentro uma empresa. Lide-rar e supervisionar são atividades que demandam tempo e paciência. É preciso conhecer o perfil dos colaboradores, para adequar as funções a suas potencialidades. O líder também deve ter uma visão sistêmica dos processos, para que possa suprir eventuais dificuldades. Quando estabelece uma comunicação clara e objetiva, ele consegue passar a seus liderados os procedimentos corre-tos, os objetivos e expectativas da empresa.

Mas, nem tudo são glórias. O líder também precisa assumir seu papel de educador, aplicando advertências, suspensões, e, quando necessário, realizando demissões. É preciso fazer escolhas e tomar decisões o tempo todo, assumindo a res-ponsabilidade pelos fracassos e dividindo os lou-ros do sucesso com sua equipe. Liderança não quer dizer privilégios, títulos e dinheiro (o que pode ser consequência de um trabalho sério, exercido com competência e sucesso). Significa ter responsabilidades e compromisso com resul-tados satisfatórios.

Popularidade não é sinônimo de liderança. Um bom líder é aquele que traz resultados, que faz as coisas acontecerem. Espera-se que seja fle-xível, para ser capaz de lidar com diferentes per-sonalidades e temperamentos.

A liderança nem sempre é nata, mas sempre pode ser desenvolvida e aperfeiçoada através de

treinamentos especializados e da vivência do dia a dia. A arte de liderar torna o pro-cesso de gestão mais moderno e eficaz, aumentando as expectativas e possibili-dades de sucesso.

LidEranÇa: o papEL dE Um LídEr na organiZaÇão

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notíciaS

O momento de escolha de um novo colabo-rador é fundamental para o futuro da empresa. Apesar da oferta de candidatos ser grande, é mui-to difícil avaliar quais informações são relevantes em um currículo, principalmente, quando não se tem qualificação e/ou experiência no assunto.

Em alguns casos, devido à especificidade do trabalho, o empresário opta por aquele colabo-rador que apresentar boa vontade, para em se-guida, capacitá-lo dentro de suas funções. Essa atitude pode até ser uma alternativa para quem precisa de uma solução rápida, mas nunca será a ideal.

O processo seletivo possui algumas etapas que devem ser respeitadas, caso contrário, corre--se o risco de investir em um colaborador que não atenderá as exigências do cargo e nem as neces-sidades da empresa. O primeiro passo é a análise de currículos.

Muitos candidatos já começam errando, ou melhor dizendo, com o pé esquerdo. Quem nun-ca se deparou com um currículo mal diagramado, com erros de ortografia e concordância? Já aí o candidato começa a somar pontos negativos.

Em seguida, é muito importante perceber se o currículo está adequado à vaga ofertada, ou seja, se seu conteúdo condiz com as características do trabalho. Por exemplo: a vaga é para um vende-dor de artigos de informática, e no currículo o candidato diz que além de ter experiência em in-formática, tem também conhecimento em gestão ambiental. Currículos repletos de informações irrelevantes mostram que o candidato não teve o devido cuidado de procurar in-

inFormaÇÕES rELEVantES para Um cUrrícULo

formações sobre o cargo e a empresa. Somente a experiência e os conhecimentos (acadêmicos ou não) relacionados com o cargo devem ser consi-derados.

Também, é muito comum os candidatos co-locarem nos currículos características pessoais que não podem ser avaliadas no momento da entrevista como - pró-atividade, facilidade de aprendizado e trabalho em equipe, dinamismo, persistência, determinação e responsabilidade. Essas informações podem ser desconsideradas a princípio. Entretanto, é possível avaliar o inte-resse, compromisso, pontualidade, carisma, boa aparência e comunicação verbal durante uma en-trevista presencial.

Um currículo deve conter informações sobre experiências profissionais na área oferecida, con-tudo há uma ressalva: quando o candidato apre-sentar várias experiências, em diferentes empre-sas, num curto período de tempo, isso mostra falta de objetividade e foco. Não confunda, expe-riência profissional com experiência acadêmica (estágios e trainees).

Após a seleção de currículos, inicia-se a fase de entrevistas. O ideal é chamar entre cinco e sete candidatos. Se ainda restarem dúvidas, reco-menda-se uma nova entrevista com os melhores candidatos.

Nesta linha de esclarecimentos, o Sindico-mércio implantou um departamento de Recursos Humanos, que oferece gratuitamente a seus as-sociados o serviço de recrutamento e seleção de

novos colaboradores. Para solicitar o serviço, ligue: 3215-1317.

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Você pode até não ter percebido, mas de certa forma o Benchmarking faz parte da sua vida des-de que nasceu. Isso porque nossos pais buscam incansavelmente transmitir suas experiências para nós, a fim de que possamos crescer sem cometer os mesmos erros. No mundo dos negócios, a troca de experiências e a busca pelas melhores práticas ganhou o nome de Benchmarking.

Benchmarking é uma ferramenta de gestão que surgiu da necessidade de avaliação contínua do desempenho das empresas. Através de métodos comparativos e sistêmicos, procura identificar os melhores processos, as ideias mais inovadoras, os procedimentos mais eficazes, bem como os pontos fortes e fracos de um negócio.

A princípio, nenhuma empresa é a melhor em tudo, o que implica reconhecer que existem no mercado empresas que fazem algo melhor do que nós. Por isso, é preciso analisar o movimento do mercado e aprender com as experiências dos ou-tros. A ideia por trás do Benchmarking é “copiar” modelos de outras empresas para “economizar” tempo e trabalho. Porém, tais “cópias” nunca se-rão iguais, pois sempre haverá ajustes, adaptações e aprimoramentos da idéia original.

O Benchmarking é visto como um processo po-sitivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de otimizar a realização da mesma função ou outra semelhante. Esse processo pode ser aplicado

por qualquer empresa, seja comércio, indústria ou serviços, indepen-

dentemente do porte do negócio. Ele ser-ve tanto para avaliar produtos e serviços, quanto processos de trabalho.

Você deve estar se questionando: Qual empresa permitirá que sua concorrente co-nheça seus processos e métodos de suces-so?

A questão é: quem não gosta de divulgar suas conquistas e vitórias? A empresa escolhida para ser analisada, certamente, não será sua concor-rente direta, mas uma empresa do mesmo setor, que participa de outro mercado. Por exemplo, uma grande confecção de roupas que atue so-mente no sul do país ou mesmo seu fornecedor.

Por fim, existem diversos eventos empresa-riais que apresentam várias cases de sucesso, uma grande oportunidade para aprender e pra-ticar o Benchmarking. Conheça suas vantagens:

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BEncHmarking: trocando EXpEriênciaS para crEScEr

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Nos últimos anos, um novo conceito vem se desenvolvendo no comércio varejista. Em sua concepção, o Store Design explora a apresenta-ção de uma loja, dando destaque a seus valores estéticos e funcionais. Com foco nos detalhes, o Store Design reúne diversos aspectos, desde pe-ças com design arrojado, até o posicionamento da mercadoria, vitrines e iluminação. Com todos esses itens em harmonia, o estabelecimento se torna organizado, confortável e atraente. Apesar ser pouco explorado no Brasil, o número de em-presas que vem investindo neste conceito está crescendo.

O Store Design reflete a identidade, missão, filosofia e objetivos da empresa. Para auxiliar a compreensão do conceito, buscamos em Juiz de Fora algumas empresas que já trabalham com este conceito. De acordo com a empresária De-nise Pereira Aguiar, proprietária da loja Carthil, o Store Design é a solução para quem quer otimizar seu espaço. “Utilizando os itens certos, é possível expor diversos produtos em um espaço pequeno. O ideal é explorar as paredes para deixar o centro da loja livre. Araras cromadas com design arroja-do dão um toque especial na decoração das lojas, assim como os manequins nas vitrines”, afirma.

Para apresentar adequadamente os produtos, a dica é usar a iluminação como aliada. Segundo Elizabeth Ferreira Lamarca, da loja Casa e Luz, os

notíciaS

conHEÇa Um noVo concEito: StorE dESign

clientes ficam encantados, porque a luz é um ar-tifício de destaque, que valoriza as mercadorias em exposição. “Podemos usá-la em vitrines, pro-vadores, nichos e araras. Mas, para ter este resul-tado, é preciso saber escolher a intensidade das lâmpadas”, afirma. Uma novidade neste mercado são as lâmpadas LED, que apesar de serem mais caras, são 88% mais econômicas (em relação às incandescentes) e tem de 5 a 10 anos de vida útil.

Outro aspecto que merece atenção é o confor-to do cliente. “Se o lojista quer que o cliente per-maneça na sua loja por algum tempo, ele precisa oferecer um local para descanso. Neste caso, os pufs são uma ótima opção”, afirma Denise.

Finalmente, para humanizar o espaço e pro-porcionar uma sensação mais agradável, algumas lojas também investem em plantas naturais. Ga-briela Procópio, proprietária da loja Painel Verde, diz que os arranjos de flores são a preferência dos seus clientes. “O cuidado com os detalhes transmite uma imagem de capricho. Contudo, ar-tigos naturais precisam de manutenção e trocas constantes. Então, se não houver tempo para se dedicar a isso, escolha artigos artificiais”. Assim, podemos concluir que Store Design é tudo aquilo que pensamos e desenvolvemos para proporcio-nar ao cliente uma boa experiência no momento da compra.

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Ser dono do próprio negócio não é sinônimo de excesso de responsabilidades, falta de tempo e es-tresse. Porém, grande parte dos empresários estão nesta situação. Suas vidas não têm rotina. Querem aproveitar o expediente para resolver o maior nú-mero possível de problemas. A maioria tem dificul-dade para conciliar os negócios com a família, tirar momentos para o descanso, ir ao médico, ou sim-plesmente, ter um horário para almoçar.

gErEnciE mELHor SEU tEmpoEXcESSo dE traBaLHo E EStrESSE podEm prEJUdicar a SaúdE

mas como ser eficiente sem se estressar?A palavra de ordem é ORGANIZAÇÃO. Primeira-

mente, antes de começar o dia, planeje seus com-promissos. O ideal é fazer isso com alguma ante-cedência, mas nem sempre isso é possível. Defina as prioridades e quantifique seu trabalho. Pense quanto tempo é necessário para desempenhar cada atividade e não deixe para tomar decisões na última hora. Decisões precipitadas podem compro-meter seu negócio.

Em seguida, escolha pessoas de sua confiança para delegar funções. Não é possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo e nem fazer tudo sozi-nho. Esta também é uma oportunidade para envol-ver mais sua equipe. E não se engane: o descanso é uma necessidade física que precisa ser respeitada. Não somos produtivos quando estamos cansados. Ter um momento de pausa é fundamental para repor as energias. Então, por mais difícil que seja, estipule uma carga horária para o trabalho e não se esqueça de separar um tempo para cuidar da famí-lia e da saúde.

Outra dica importante é controlar a ansiedade, que surge quando uma pessoa não consegue deixar de pensar nos problemas do futuro e nem se desli-ga dos fatos do passado. A ansiedade só é positiva quando nos motiva a ser mais produtivos, quando direcionada para alcançar objetivos de curto prazo. Mas, em excesso e sem controle, aliada ao estresse pode desencadear ou agravar doenças graves. Poli-cie seus hábitos e estilo de vida, pois má alimenta-ção e sedentarismo prejudicam ainda mais a saúde.

Para a psicanalista Maria José de Mendonça, “o tempo é o resultado daquilo que você faz e das experiências que vive. Assim, é preciso estabele-cer limites para que o trabalho seja um tempo de crescimento profissional e, principalmente, pesso-al. Quando usamos o nosso tempo com qualidade, melhoramos significativamente a nossa disposição para a vida”.

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Na edição anterior da Revista Conexão Co-mércio apresentamos algumas características do mundo virtual, para que os empresários pudessem refletir sobre as possibilidades do seu negócio nes-te novo ambiente. Destacamos a necessidade de conhecer o mercado, o público-alvo, de analisar a logística e a competitividade do produto, bem como a infraestrutura necessária para tornar a loja virtual um sucesso.

Contudo, no mercado cujo crescimento previs-to para 2012 foi de 25% aproximadamente, segun-do dados do E-bit, é preciso considerar também algumas práticas que resguardem os direitos e as informações pessoais dos consumidores. A busca por segurança é a palavra chave para consolidar este tipo de negócio.

O consumidor que é bem informado será cau-teloso na hora de fazer suas compras. Por isso, é necessário fornecer o maior número possível de informações não só do produto em questão, mas também da sua empresa, para gerar credibilidade e confiança. Desta forma, a probabilidade de con-cretizar a venda é muito maior.

Em seguida, busque tornar o processo de com-pra e venda o mais transparente possível, ou seja, crie meios para se relacionar com o cliente, a fim de que ele satisfaça suas dúvidas antes de reali-zar a compra. Deixe claro também os proce-dimentos de entrega (frete), devolução e/ou substituição do produto, prazos, garan-tias e as demais condições que julgar per-tinente. Mostre que sua empresa está dis-ponível antes, durante e depois da compra.

As formas de pagamento sempre serão uma grande preocupação para os consumi-dores. Poucos optarão por boleto ou depósi-to, pois no mundo virtual o que predomina é cartão de crédito. Além de ser mais fácil, o car-tão é a forma mais segura para o cliente, uma vez que ele pode pedir estorno do valor. Cabe ao empresário escolher uma plataforma segura para receber estes pagamentos. Existem fer-

ramentas de pagamento online bem conhecidas, que possuem credibilidade junto ao público como o Pagseguro, Pagamento Digital e Mercado Pago. Usar estas ferramentas de pagamento pode, sem dúvida, ajudar nas vendas.

Organize e guarde todas as mensagens troca-das, isso valerá como prova em caso de algum mal entendido. Apesar de não existir uma lei específica que regulamenta o e-commerce, o mesmo precisa estar de acordo com o Código de Defesa do Consu-midor, ou seja, o cliente tem o direito de desistir da compra no prazo de sete dias a contar da data de recebimento do produto ou serviço. Diante dessa hipótese, o vendedor deverá devolver ao cliente o valor pago pelo produto acrescido do frete (se hou-ver), monetariamente atualizado.

Lembre-se que a Internet é apenas um meio eletrônico para o exercício das relações de con-sumo e sobre estas estão vigentes todo o orde-namento jurídico consumerista. É importante res-saltar também que todas as informações pessoais fornecidas pelos clientes são exclusivamente para a realização deste específico negócio, sendo proibi-do o uso de tais informações por parte da empresa para qualquer outro fim.

dirEitoS E dEVErES no E-commErcE

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UniVErSoJUrídico

O projeto Site dos Sindicatos da CNC já está em sua segunda fase, que contou com a adesão de 102 entidades sindicais. A intenção do projeto é dispo-nibilizar sites institucionais para os sindicatos que ainda não têm presença na internet, com o objeti-vo de ampliar a visibilidade dessas entidades e criar um canal de comunicação e relacionamento delas com as empresas que representam. O gerente de Programas Externos da CNC, Rodrigo Wepster, ex-plica a importância da adesão ao projeto. “O site é uma ferramenta de uso estratégico, que aproxi-ma o empresário de sua entidade representativa, o sindicato, e a oferta de informações relevantes para o empresário pode promover o associativis-mo”, afirma.

A Fase 2 do projeto contou com a adesão de 15 federações estaduais do comércio (Fecomér-cios) – Minas Gerais entre elas – e duas federações nacionais – Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Segurança, Vigilância e de Transpor-te de Valores (Fenavist) e Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS). A CNC disponibiliza o site e realiza a capacitação dos sindicatos para que publiquem e administrem seus conteúdos nessa ferramenta, mas o papel das

Uma VitrinE para o SiStEma comércio

federações é essencial: são seus facilitadores que acompanham os sindicatos e aprovam o conteúdo final para a publicação do site na internet. “O fa-cilitador da federação tem papel fundamental no monitoramento dos conteúdos postados pelos sin-dicatos, para verificar a qualidade e a atualização constante, e estão atentos à imagem das entida-des do Sistema”, afirma o designer da CNC Marcelo Vital, um dos responsáveis pelo treinamento dos sindicatos.

A carga horária dos treinamentos aumentou a pedido dos participantes da Fase 1– agora, são dois dias, que contabilizam 16 horas. O portal da CNC (www.cnc.org.br) traz mais informações sobre o modelo de site desenvolvido pela Confederação para uso dos Sindicatos.

Arquivo CNC

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UniVErSoJUrídico

EntrEViStaESpEciaL

O país caminha para deixar de ser um país de jovens. O último censo do IBGE confirma que a taxa de fecundidade vem diminuindo e que a po-pulação de idosos cresce com vigor, tanto nos nú-meros quanto na qualidade de vida. Muitos são economicamente ativos. Com esses fatos, a Feco-mércio MG elaborou uma pesquisa que mostra a percepção dos empresários do comércio de Belo Horizonte com relação aos empregados com mais de 65 anos. A qualidade no atendimento ao clien-te, vindo da experiência e comprometimento, é o principal diferencial dos comerciários idosos.

Foram entrevistados empresá-rios de vários segmentos do

comércio. Os supermerca-dos e hipermercados são as empresas que mais empregam pessoas com mais de 65 anos, representando 28,6%. Na sequência estão as óticas, lojas de calça-

dos, vestuário e o segmento de cama, mesa e ba-nho, todos com 14,3% das respostas.

Os funcionários acima dos 65 anos têm como diferencial apontado pelos empresários a experi-ência, representando 37% das respostas. A aten-ção ao cliente e a paciência estão na sequência das percepções, ambos com 15%. O comprome-timento com a função vem em terceiro lugar na lista de diferenciais dos idosos, com 11%. Essas características fazem com que 56% dos empresá-rios entrevistados considerem como ótimo o ser-viço prestado por eles.

Com relação às suas funções, a maior par-te dos idosos (20%) trabalha como atendentes, uma vez que a idade avançada limita a execução de tarefas que exijam força e habilidade. Os au-xiliares de serviços gerais representam 15% e os gerentes/vendedores, 10%. Mais da metade dos comerciários idosos, 66%, recebem até dois sa-lários mínimos e 33% recebem de dois até cinco salários.

Mesmo com os diferenciais e com o aumento da população acima dos 65 anos com qualidade de vida, ainda são poucas as empresas do co-mércio de Belo Horizonte que mantêm em seus quadros funcionários nessa faixa etária. Apenas 9% delas aproveitam da experiência, atenção e comprometimentos citados na pesquisa. Por en-quanto, 79% dos empresários não estão dispostos a contratar idosos.

Veja a pesquisa completa no site da Fecomércio MG:

www.fecomerciomg.org.br

atEndimEnto é o diFErEnciaL doS idoSoScomerciários com mais de 65 anos são reconhecidos pela experiência e comprometimento

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Desenvolver ações que contribuam para o bem-estar do trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes. Missão do Sesc Minas, a entidade busca oferecer servi-ços de qualidade para todos e em qualquer idade. Inclusive, para quem já fez 60 anos. Pensando nis-so, o Sesc atende mais de 2.700 idosos em Minas, por meio dos projeto Sesc + Grupos. E em Juiz de Fora não é diferente.

Um dos 20 grupos do Sesc, o grupo de idosos do Sesc Juiz de Fora completa em 2013, 36 anos de existência. Atualmente, conta com cerca de 250 integrantes que frequentam diversas ativida-des de segunda a sexta-feira na unidade. O Proje-to Trabalho Social com Idosos é realizado durante todo o ano e propõe o desenvolvimento de ações em diferentes modalidades: assistência, saúde, educação, cultura, esporte e lazer, visando a exce-lência no seu atendimento.

Lá, eles têm a oportunidade de discutir e con-versar sobre assuntos de interesse dos idosos que

Vida atiVa apóS oS 60SESc inVEStE no traBaLHo SociaL com oS idoSoS

possibilitam sua integração, socialização e partici-pação efetiva na sociedade. Na área da cultura, o folclore brasileiro é trabalhado a partir da dança. Nas oficinas de trabalhos manuais de tricô e tear, os integrantes trabalham a coordenação motora e a capacidade cognitiva, brincando. Além disso, exercitam a solidariedade confeccionando e dis-tribuindo kits (um par de meias, um gorro e um cachecol) para hospitais e instituições de longa permanência para idosos da cidade e região.

E eles não param por aqui. Participam de sessões de cinema, no Cine Sesc; palestras quer abordam temas pertinentes à saúde do idoso; atividades esportivas como alongamento, vôlei, lancebol, boliche adaptado, queimada e peteca; além de muita recreação com o bingo, jogos de mesa, o coral e o baile semanal.

Para participar, basta procurar a secretaria do Sesc Juiz de Fora. As reuniões acontecem quinze-nalmente e os integrantes pagam uma taxa anual de R$ 25 (vinte cinco reais).

Arquivo SESC - MG

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Designa-se alimento funcional, “todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem super-visão médica.”(Resolução CONSU n°0011 d de 1 144/0/066/2/2000066).

O alimento funcional deve ser consumido como parte da alimentação diária, em quanti-dades normais de consumo, contribuindo para a melhora dos aspectos estéticos como celulite, re-tenção hídrica, acne, queda de cabelo, pele seca, unhas frágeis e quebradiças.

Como exemplo de alimentos funcionais te-mos: a vitamina C, encontrada em frutas, vege-tais folhosos e legumes; a vitamina E, encontra-da em óleos vegetais, gérmem de trigo, nozes, amendoim e castanhas em geral; flavonóides, encontados em algumas frutas e bebidas, como chá e vinho. A ingestão destes alimentos tem como efeitos positivos para a saúde, a redução do ritmo do envelhecimento, aumento da defesa orgânica, diminuição dos níveis de colesterol to-tal e da perda óssea.

Baseando-se na importância do consumo de alimentos funcionais, o comercio varejista brasi-leiro tem percebido a necessidade de aumentar a atenção para esse setor, pois tem movimen-tando a economia ao redor do mundo a uma taxa de 14% ao ano, segundo Abia (Associação Brasileira da Indústria da Alimentação).

Segundo Estudos do Euromo-nitor prevêem que até 2014 o mercado brasileiro de alimen-tos saudáveis movimentará R$ 38 bilhões, com expansão de 39% em relação ao volume

aLimEntaÇão FUncionaL E a importância no BraSiL

atual necessitando de investimentos em pesquisa científica e na conscientização da população acer-ca dos benefícios da ingestão de dieta saudável e de alimentos funcionais, salientado-se que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o único órgão para aprovação e regulamentação de novos ingredientes e produtos funcionais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais vários novos produtos estão para che-gar no mercado, como por exemplo: Iogurtes e barras de cereais que prometem inibir o apetite, leite com melatonina que auxilia no combate a insônia, iogurtes ricos em ômega 3 e com extrato de chá verde, vitamina E e óleo de borragem que podem prevenir o envelhecimento.

Por: Carolina Micarello Dias e Adriana R. Macedo Vargas – Nutricionistas

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inScriÇÕES aBErtaS para rodada dE nEgócioS do SUdEStE minEiro

A 3ª edição da Rodada de Negócios Multisse-torial do Sudeste Mineiro será realizada no dia 26 de junho, no Expominas, em Juiz de Fora. As inscrições para âncoras (empresas compradoras) e ofertantes (micro e pequenas empresas que querem vender seus produtos) estão abertas até o dia 7 de junho. Os organizadores calculam que o evento irá gerar uma expectativa de negócios de R$ 80 milhões.

A segunda edição da Rodada, realizada em 2012 gerou aproximadamente R$ 49 milhões em expectativas de negócios. Em 2011 o evento teve previsão de negócios calculada em R$ 34 milhões. Em 2013 está prevista a participação de 66 ânco-ras e 200 empresas ofertantes.

A Rodada de Negócios é uma reunião objetiva que coloca em contato direto potenciais compra-dores e vendedores. Os produtos negociados são bem variados. Nas edições anteriores do evento os itens mais procurados foram: alimentos, bebi-das, softwares, serviços logísticos e gráficos, higie-ne pessoal e limpeza, máquinas e equipamentos.

O evento é realizado pelo Sebrae Minas e tem como parceiros a Prefeitura de Juiz de Fora, As-sociação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, Fiemg e Centro Industrial de Juiz de Fora.

rodada de negócios multissetorial do Sudeste mineiro

Informações e inscrições: (32) 3084-3479www.sebraemg.com.br

Inscrições limitadas

Encontro em Juiz de Fora deve superar resultados do ano passado

Arquivo SEBRAE

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comércio SE BEnEFiciacom dESonEraÇão

A carga tributária é, e sempre foi, alvo de dis-cussões acaloradas no cenário econômico brasi-leiro. O motivo é óbvio: os tributos são um dos principais obstáculos para o desenvolvimento das empresas e, consecutivamente, dificulta a gera-ção de riquezas e empregos no país. Para facilitar a sobrevivência e eficiência das empresas brasilei-ras, o Governo Federal criou o Plano Brasil Maior, que dentre outras ações, prevê a desoneração da folha de pagamento.

No último mês de abril, após ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a Lei 12546/2011 entrou em vigor, beneficiando 40 setores da eco-nomia. Dentro do comércio varejista, 22 setores serão contemplados. Veja no quadro abaixo.

A Lei altera a forma de contribuição à Previ-dência Social, que deixa de ser 20% sobre a folha de pagamento e passa a ser pelo recolhimento de 1% a 2% sobre o faturamento bruto da empresa. Somando todos os setores desonerados, o gover-no contabiliza uma perda de 60 bilhões em arre-cadação nos próximos quatro anos. Só no comér-cio, o governo deixará de arrecadar 1,27 bilhão este ano. Atualmente, o setor contribui com 5,69 bilhões por ano. Com a medida, passará a contri-buir com 3,98 bilhões.

notíciaS

A expectativa é que essa mudança estimule as empresas a criarem novas oportunidades no mer-cado de trabalho. Segundo dados do Caged, o co-mércio de Juiz de Fora está em déficit na geração de empregos. Apesar de natural, se considerar-mos o fim dos contratos temporários, o comércio vem crescendo modestamente nos últimos anos. Na cidade, o setor que atualmente se destaca na geração de empregos é o de serviços. Só em 2012 foram mais de cinco mil vagas.

Alguns fatores podem explicar essa situação. O comércio tem por característica básica o incre-mento nas vendas em datas comerciais como Na-tal, Dia das Mães e Namorados. Isso significa que períodos que antecedem essas datas, o comér-cio contrata novos colaboradores para atender a demanda. Já no setor de serviços a demanda é sempre crescente. Cada vez mais, os empresários do setor estão se diversificando para atender os clientes. Há público para consumir todo tipo de serviço, por isso a necessidade de contratar é per-manente.

Enfim, vamos aguardar as próximas ações do governo, que prometeu fazer de 2013 o ano das desonerações.

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UniVErSoJUrídico

EntrEViStaESpEciaL

Sindicomércio participa da mESa dE dEBatES

O programa Mesa de Debates, da TVE, do úl-timo dia 27 de março, contou entre seus convi-dados com as presenças do presidente Emerson Beloti e do vice, Rui Mussel, que tiveram opor-tunidade de falar sobre as comemorações dos 60 anos do Sindicomércio.

Entre os diversos assuntos abordados durante o programa, a necessidade de ampliação do ho-rário de funcionamento do comércio foi um dos alvos. Perguntado sobre a posição do Sindicomér-cio, o presidente respondeu: “Esta questão preci-sa ser resolvida pelo Poder Executivo. É uma rei-vindicação antiga de nossa entidade. Quem deve decidir o horário de funcionamento do comércio é a administração municipal.

Em Juiz de Fora, pelo Código de Posturas, o po-der de decisão foi transferido para os sindicatos patronal e laboral. Na minha opinião, essa posi-ção tem que ser revista”. Para o vice-presidente do Sindicomércio, a maior dificuldade está no en-tendimento da diferença entre o horário de fun-cionamento da empresa e a jornada de trabalho dos comerciários. “A jornada é de 44 horas sema-nais. A empresa que desejar ficar aberta por mais tempo, deverá se adequar à lei e criar turnos de trabalho de oito horas. Na minha opinião, com o horário de funcionamento estendido, o comércio pode gerar mais empregos”, defende.

aÇÕES dErEprESEntatiVidadE

Outra questão que ganhou destaque foi a si-tuação dos ambulantes. Para Emerson Beloti, o que faltou até o momento foi vontade política para resolver o problema. Ele espera que a atual administração busque soluções para o impasse. Durante o programa, foram feitas referências so-bre o Código de Defesa do Contribuinte, o nível de qualificação dos colaboradores, o crescimento do e-commerce e a necessidade de incentivar o turismo na cidade.

Arquivo Sindicomércio

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modaS JEnnygaLEria EpaminondaS Braga, nº 5 - Bairro: cEntro

Num tempo marcado pelo glamour dos con-cursos de beleza surgiu a Modas Jenny. Leontina Pereira foi a primeira mulher a ter um comércio de vestuário em Juiz de Fora, que em 1939, ano da inauguração, tinha a indústria como principal

atividade econômica. De espírito empreendedor, Leontina ini-

ciou seu negócio com 50 costureiras, que faziam roupas sob encomenda. “Na época, minha mãe encomendava mo-delos da Europa. Chegando aqui, ela desenvolvia os moldes. Algumas clientes da alta so-ciedade pediam exclusividade nos modelos”, lembra sua filha e atual proprietária da loja, Omara Pereira de

HiStória doSaSSociadoS

Martinez.Nos seus 74 anos de história, a Modas Jenny

passou por diversas transformações. Omara re-corda com carinho das ideias visionárias de seu irmão, Osmar Carlos Pereira. “Na década de 50, meu irmão resolveu fazer um grande desfile para divulgar o nome da loja. Ele escolheu como ce-nário o Museu Mariano Procópio. A passarela co-meçava na beira do lago e seguia até as ilhas do centro. Sem dúvida, foi um grande evento”.

A empresária lembra com saudades dos des-files que sua loja promoveu nos clubes de Juiz de Fora. Segundo ela, até a Miss Juiz de Fora e Minas Gerais (1957), Maria Dorotéia Antunes, já desfilou para sua loja. “O que mais me orgulho ao longo de todos esses anos de trabalho é ter conquistado a fidelidade e amizade das clientes”.

O negócio se modernizou. Hoje a Modas Jenny é uma revenda de multimarcas, que trabalha com moda feminina adulta e senhoril. “Trabalhar com a moda é algo curioso, pois as tendências sem-pre voltam. Há algum tempo fiz um desfile com as roupas de maior sucesso da loja. Mostrei para to-dos os espectadores que alguns modelos de anti-gamente continuam atuais”, afirma Omara. “Digo sempre que nosso diferencial é o atendimento, a amizade e a simpatia”.

Arquivo Modas Jenny

Arqu

ivo M

odas

Jenn

y

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noVoSaSSociadoS

L.a. domitHrUa FLoriano pEiXoto, 383 – Bairro: cEntro

“Só quem tem liquidez no mercado pode con-seguir os melhores preços junto com os forne-cedores”. Estas são palavras do empresário Luiz Alexandre Domith, responsável por uma das lojas do grupo Domith. Brinquedos, artigos femininos, itens de papelaria, utilidades para o lar e pre-sentes são alguns dos produtos que podem ser encontrados nas prateleiras das lojas, que há 50 anos está no mercado.

A empresa que atua no setor de atacado e va-rejo, conta com mais de três mil itens diferentes. “Tenho clientes em toda Zona da Mata, no Sul Fluminense, Sul de Minas e Sul do Espírito Santo. Os clientes atacadistas buscam se identificar com as empresas fornecedoras”. O empresário diz que o objetivo de sua associação ao Sindicomércio foi para fortalecer o associativismo. “Sei da força e

Com a tradição de quase 30 anos no mercado, a Fermacil Ferragens vem conquistando parceiros e clientes em Juiz de Fora e região. Seus princi-pais clientes são serralherias, metalúrgicas, ofici-nas, construção civil e consumidor final. Dentro da sua gama de produtos encontramos máquinas e motores, ferramentas manuais e elétricas, fe-chaduras, parafusos, EPIs, abrasivos, eletrodos, peças fundidas, móveis p/jardins e piscinas, entre outros.

O sócio-proprietário Sandro Henrique Paiva disse que conheceu o trabalho do Sindicomér-cio através da Revista Conexão Comércio e dos e-mails que recebe da entidade. “Quando tomei conhecimento dos benefícios com condições es-peciais, que a entidade oferecia para seus asso-ciados, decidi me associar, entre eles, plano de saúde Unimed, assessoria jurídica e cursos para treinamento e capacitação dos nossos colabora-dores”.

do poder que uma associação tem. Quero divul-gar minhas ideias e ajudar a propor soluções para os problemas do nosso setor.

FErmaciLaV BraSiL, 3369 a – Bairro: cEntro

Arquivo Sindicomércio

Arquivo Fermacil

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noVoSaSSociadoS

A G4 Informática é uma empresa especiali-zada em manutenção de hardware de computa-dores, notebooks, tablets, impressoras, plotters e nobreaks. Há 17 anos no mercado, a empresa também presta consultoria técnica em tecnolo-gia. “Para proporcionar ao cliente a solução com-pleta, quando necessário fazemos parcerias com outras empresas especializadas. Porém, o mais importante é garantir a qualidade do serviço e a segurança das informações do cliente”, afirma o sócio-proprietário Paulo Roberto Gama.

A empresa proporciona garantia de 90 dias sob qualquer serviço prestado e/ou peças. “É desta forma que conquistamos a confiança dos clientes e a credibilidade do mercado”. De acor-do com o empresário, a associação da empresa ao Sindicomércio se deu em razão dos benefícios

g4 inFormÁtica rUa Barão dE catagUaSES, 185 – Bairro: Santa HELEna

que a entidade oferece a seus associados. “Atual-mente, esta é a melhor relação custo X benefício em planos de saúde que tem no mercado”.

Arquivo G4 Informática

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LoJão daS FErragEnSrUa JoSé LoUrEnÇo, 180 – Bairro: São pEdro

noVoSaSSociadoS

O empresário Franklin Peixoto Alexandre atua há nove anos no comércio de ferragens. À frente do Lojão das Ferragens, Franklin acompanhou de perto o crescimento do comércio no bairro São Pedro. Segundo ele, os incentivos federais como o financiamento de casas populares e a redução dos impostos para os materiais de construção, im-pulsionaram as vendas no segmento. “No merca-do tem espaço para todos. Acredito que mesmo o pequeno negócio deve buscar um diferencial. Como meu comércio é de bairro, procuro ter uma grande variedade de itens dentro da loja. São co-nexões, ferramentas, parafusos, chuveiros, mate-riais elétricos e hidráulicos, entre outros”.

Para aproveitar os descontos no plano de saú-de e nas mensalidades do colégio, Franklin deci-diu associar sua empresa ao Sindicomércio. “Não fazia ideia como era o processo. Fiquei surpreso

com a facilidade e agilidade. Com os documentos necessários em mãos, resolvi tudo em dois dias”.

omni FinancEiraaV. gEtúLio VargaS, 351/LoJa 1 - Bairro: cEntro

A Omni Financeira é uma franquia especiali-zada no financiamento de veículos automotores usados. A loja, que já está em Juiz de Fora desde 2001, faz parte de uma rede de 90 lojas espalha-das por todo país. “Trabalho nesta empresa há seis anos e recentemente assumi a responsabi-lidade da franquia. Nós somos uma única finan-ceira com capital próprio, que financia veículos usados com mais de 40 anos de uso (a partir de 1970)”, afirma o empresário Marco Antônio Wer-neck Portilho.

Além do financiamento de veículos, a Omni Financeira também dispõe de empréstimos con-signados (descontados na folha de pagamento). Por indicação, Marco conheceu o Sindicomércio e decidiu se associar para usufruir dos benefícios. “Com os descontos proporcionados pela institui-ção, foi possível fazer um plano de saúde para to-dos os colaboradores da empresa”.

Arquivo Sindicomércio

Arquivo Sindicomércio

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LídEr intEriorESLadEira aLEXandrE LEonEL , 221 - Bairro: São matEUS

Com alto padrão de qualidade e conforto, a Lí-der Interiores é uma das empresas mais sólidas do segmento de móveis e decoração do país. O grupo conta com 22 lojas, 7 fábricas e mais de 1400 funcionários diretos. A empresa possui uma vasta gama de produtos, entre eles: salas de jan-tar, quartos, colchões, estofados, racks, estantes, mesas, almofadas, colchas e futons. “Nossa loja de Juiz de Fora é a maior em móveis e decorações de toda região. Trabalhamos com o que há de me-lhor em matéria-prima na fabricação de móveis”, afirma o empresário Rudolf Paul.

Recentemente, para proporcionar benefícios a seus colaboradores, como plano de saúde, sua loja se associou ao Sindicomércio. “Na minha opi-nião, o maior diferencial desta entidade é dispor de benefícios tanto para os empresários quanto para os funcionários”.

noVoSaSSociadoS

Arquivo Líder Interiores

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Há 15 anos no mercado, a Hidromisa é uma prestadora de serviços que atua junto ao ramo industrial no tratamento de água. A Hidromisa faz manutenções em caldeiras e torres de resfria-mento no estado de Minas Gerais e Rio de Janei-ro. Indústrias de embalagens, refrigerantes, sor-vetes, cosméticos e frigoríficos são seus principais clientes. “Trabalhamos num segmento em que o conhecimento técnico é fundamental. Usamos tecnologia de ponta para melhorar a eficiência do nosso trabalho”, afirma o empresário Pedro Oswaldo Homem Antunes.

Segundo ele, é muito importante fazer parte de uma entidade representativa de classe, prin-cipalmente quando esta oferece diversos benefí-cios, como descontos em planos de saúde e fa-culdades.

HidromiSarUa UBÁ, 58 – Bairro: dEmocrata

wanmarkEtingrUa aStério aLEiXo, 65 – Bairro: qUintaS da aVEnida

Há seis anos desenvolvendo projetos e ações em diversos segmentos do mercado, a WanMa-rketing é uma empresa de assessoria e consul-toria em Marketing, que busca soluções práticas para os problemas do dia a dia. “Nossa missão é oferecer soluções criativas e eficazes aos clien-tes, com credibilidade, confiança, competência e comprometimento”, afirma o empresário Wander Campos Ribeiro.

Segundo ele, o interesse pela associação ao Sindicomércio surgiu quando tomou conheci-mento dos vários benefícios proporcionado pela entidade. “Acredito também que, como se trata de uma instituição forte, idônea e transparente, todos possam ser beneficiados de uma forma em geral”.

noVoSaSSociadoS

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a importânciadaS VitaminaS na aLimEntaÇão

Os nutricionistas e os nutrólogos são unânimes que uma alimentação saudável, balanceada, é o ideal para manter o corpo em equilíbrio e que a maioria dos nutrientes que fazem bem ao organis-mo pode ser encontrada nos alimentos do dia a dia. Um bom truque é montar um prato colorido e variar os alimentos a cada dia. Uma alimentação carente de vitaminas provoca, entre outros problemas, sen-sação de cansaço e desânimo.

A nutricionista Carmen Garcia explica que as vitaminas podem ser de dois tipos: hidrossolúveis (solúveis em água), que são as vitaminas do com-plexo B e a vitamina C, e lipossolúveis (solúveis em gorduras), que são as vitaminas A, D, E e K.

A médica nutróloga Nely Medeiros da Silva orienta que “beliscar” entre as refeições prejudica o metabolismo corporal e provoca gastrite, assim como ficar muito tempo sem se alimentar estimula comer mais na próxima refeição. O ideal é realizar três refeições e dois lanches por dia, sem pular as refeições.

Se as vitaminas são importantes para o organis-mo, a ingestão de água também não fica atrás. A água é fonte de minerais e não contém calorias, ao contrário de outros líquidos. A água é fundamental para a circulação sanguínea, a digestão, a absorção de nutrientes e para muitas outras funções do or-ganismo.

Nely explica que a quantidade recomendada é de 30 a 40 ml por quilo de peso corporal, variando de pessoa para pessoa, ou que, em geral, represen-ta de 1,5 a 3 litros por dia. “A pessoa deve ingerir água mesmo sem sede. Quando temos sede é sinal

que o organismo já está deficiente em água. Es-tudos mostram que pessoas que ingerem em torno de três litros de água por dia têm me-nos declínio da função renal com o decorrer dos anos do que aquelas que ingerem pouca água”, afirma a nutróloga.

ESpaÇo SaúdE

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oS BEnEFícioS da prÁtica FrEqUEntE dE EXErcícioS FíSicoS

Com a aproximação do período mais frio do ano, continuar praticando exercícios físicos regularmen-te torna-se um desafio para muitas pessoas, mas os benefícios da atividade física acabam por atrair de volta os adeptos de uma vida mais saudável. Na prática, as academias registram uma queda de 20% a 30% no número de frequentadores assim que as temperaturas começam a cair, mas a maioria retor-na assim que percebe que a interrupção quebra a rotina, causa indisposição, dores nas costas e nas articulações e uns quilos a mais, como afirma a per-sonal trainer da Sassaki Fitness Center, Márcia de Almeida Sassaki.

Para o professor e personal trainer da Interati-ve Academia de Ginástica, Leandro Garcia Leiras dos Santos, “a prática de exercícios físicos regular-mente proporciona a prevenção e melhorias de várias enfermidades, como depressão e ansiedade,

trombose, asma, problemas cardíacos, osteoporose, hipertensão, enfarte,

diabetes, entre outros. Propor-ciona também a diminuição de

dores, bem-estar físico e emo-cional, manutenção ou de-

senvolvimento das

ESpaÇo SaúdE

estrutras ósseas e musculares, aumento da autoes-tima, melhora na postura, redução da obesidade, incontinência urinária e diminui a necessidade de alguns medicamentos. Desta maneira, a prática de exercícios físicos regulares beneficia não só o corpo, mas também a mente”.

Visando manter o interesse dos praticantes, cada vez mais as academias oferecem atividades va-riadas, que vão da tradicional musculação, aos alon-gamentos, circuitos, jump, bike indoor, step, dan-ças, natação, hidroginástica, hidroterapia, pilates, treinamento funcional e diferentes tipos de luta. Desta forma, o instrutor de musculação e coordena-dor técnico da Atlética Fitness Center, Fábio Barreto Orlando, afirma que monotomia não é uma palavra usual nas academias. A variação deve ser feita pe-riodicamente, mesmo que a pessoa se mantenha na mesma atividade.

Há a necessidade de variação sim, confirma Le-andro Santos. “Manter o mesmo ritmo, sem exigir evolução do próprio corpo, além de não dar resul-tados visíveis, reduz os ganhos à saúde. Essa modi-ficação é necessária, pois torna o exercício menos tedioso. A atividade física é boa para todas as ida-des, o que deve ser avaliado são as limitações de cada um, por isso, é necessário adequar cada tipo

de exercício de acordo com as necessidades do aluno.”

Proprietário e professor da Forum For Fitness, Marcelo Brigatto, “a criatividade

e a diversidade na oferta de exercícios é fundamental para fidelizar o aluno. O

ideal é que se faça diversas atividades sem perder o foco principal, o objeti-

vo do trabalho. Além de variar as ati-vidades, o aluno treina o corpo de maneiras diferentes, atuando em outros feixes do mesmo músculo, por exemplo, tornando a prática de exercícios mais dinâmica e menos monótona. Mais prazer na atividade é igual a melhores resultados”.

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motiVacionaL

Relendo um texto publicado em 2005 e divul-gado pela internet, rememoro lições que compro-vam que o saber, o conhecimento e o uso corre-to da razão são meios que permitem ao homem superar seus medos e suas dificuldades diante de sua trajetória de vida e, principalmente, dian-te da perspectiva de emprego. “O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes”, es-creveu certa feita Cora Coralina. O conhecimento, que provoca a experiência, contribui com o domí-nio e o uso da natureza. A razão, alimentada pelo saber e pelo conhecimento, clareia o futuro.

Dizia o texto que Bill Gates, ao realizar uma

o qUE aS EScoLaS não EnSinam

palestra numa escola secundária, se mostrava in-comodado com a política educacional que estava criando uma geração sem conceito da realidade, e como esta política estava levando as pessoas a falharem em suas vidas profissionais. Com a pla-teia de jovens estudantes atenta, Gates fez refe-rência a 11 coisas que as escolas não ensinam. Veja abaixo.

Sabendo quem é Bill Gates e percebendo que suas palavras ainda são bem atuais, compreende-mos seu sucesso. Na verdade, ele chamava aten-ção para o sonho de uma nova era, mais esclare-cida e mais real, um caminho para o futuro pelo uso da razão.

Por: Sergio Costa de Paula Superintendente do Sindicomércio

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