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#9 YONATHAN ADAMCHUCK LOCOMOTIVA DE IDEIAS BOLSA DE VALORES COPA DO MUNDO ATITUDES QUE MOVEM O SEU MUNDO •O Lado da História •Jovem, Cara e Coragem •Finanças •Tag de Viagem •Ponto Alternativo #28 # 30 # 38 #16

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Nossa edição traz matérias sobre a reciclagem, exemplos na qualidade de vida e a preocupação em cuidarmos do meio ambiente! Se joga e ótima leitura...

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#9 YONATHANADAMCHUCK

LOCOMOTIVADE IDEIAS

BOLSA DEVALORES

COPA DOMUNDO

ATITUDES QUEMOVEM OSEU MUNDO

•O Lado da História

•Jovem, Cara e Coragem •Finanças •Tag de Viagem

•Ponto Alternativo

#28 # 30 # 38

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Por: Bárbara CorrêaFotos: Yonathan Adamchuk

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Yonathan Esequiel Adamchuk, mais conhecido como Yona, tem 24 anos e é Argentino, nasceu em Misiones, na fronteira com o Paraguai e Brasil. Com orgulho ele fala da sua terra natal que o

ensinou a ver as paisagens e as pessoas de outra maneira, aprendeu a valorizar o trabalho e cresceu na educação disciplinada de sua mãe, que criou os 4 filhos sozinha. Yona é fotógrafo, quando visua-lizamos suas fotos entendemos que ali há mais que fotojornalismo, há mais que trabalho, há mais que relato. São sentimentos inúmeros que nos fazem apreciar por muito tempo as suas fotografias. Yona tem um coração gigantesco, um olhar apurado e muito talento. Respondeu à nossa entrevista no Chile, no meio da Cordilheira dos Andes enquanto esperava o frio e a neve se acalmarem. Conhe-cer sua história é trazer um pouco de cor revelada às nossas páginas. Que a sensibilidade de Yona e seu amor que virou profissão possam nos inspirar também. Boa aventura!

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Quem são seus pais? Você tem irmãos? Minha família é composta por minha mãe Carmen, minhas irmãs: Belen, Fernanda, Laly e eu sou o único homem. Minha mãe é mãe solteira, trabalhou duro a vida inteira para nos dar educação e atender a todas as nossas necessidades. Hoje dou graças por sua vida e tudo o que ela fez por nós. Há quanto tempo trabalha com fotografia? E como você começou? Há 4 anos eu comecei essa aventura. Em 2008, fiz um trabalho de design para um lar de crianças na minha cidade, nesta ocasião fiz as fotos com a minha câmera compacta e, quando terminei o trabalho, quase não acreditei no resultado alcançado. Algumas pessoas diziam que pareciam fotos da internet, mas eu sabia que eram as minhas fotos, imagens simples, mas emocionantes. Lá, eu percebi que tinha sensibi-lidade para capturar momentos. A crítica veio rapida-mente logo depois de viajar para um acampamento na cidade de Córdoba, onde peguei minha câmera ‘reflex’ pra fazer algumas fotos e uma pessoa me disse: “Você tem olhar muito bom para fotografia, você deveria se dedicar nisso”. Fui para casa impres-sionado com o que tinha acontecido e conversei com meus amigos Carina e Facundo, contando sobre o interesse de comprar uma câmera profissional. Nesse momento eu queria uma câmera melhor. Surpresa! Eles me deram uma câmera semi-profissional FZ50 Lumix, era tudo que eu precisava. Um bom zoom, profundidade de campo, anel de foco e um corpo maior. Esse foi o começo, eu viajei muito com ela, as pessoas começaram a me chamar de “fotógrafo”, isso confirmava meu futuro.O que realmente chama a atenção na arte de fotografar? Quando comecei, meu foco era fotografar a necessi-dade das pessoas. A minha primeira expedição foi em um bairro muito pobre da minha cidade, fotografei o ambiente onde viviam, seus rostos, suas necessida-des, tinha conseguido boas fotos lá. As fotos mobili-zaram muitas pessoas que decidiram ajudar, havia revelado uma realidade que a cidade não conhecia. Eu tinha percebido que a fotografia não poderia mudar as pessoas, mas sim mostrar a realidade delas. Hoje adoro fotografar culturas. Eu consigo as melhores fotografias misturando-me com a cultura, sendo parte deles por vários dias, comendo e dormindo, então você ganha confiança e as pessoas vão perdendo o medo da câmera.Como começou suas viagens pelo mundo? Boa pergunta (risos). O meu sonho era descobrir a humanidade, parece uma loucura, mas tornou-se minha aventura como fotógrafo. Eu trabalhei para viajar, tenho um espírito aventureiro e foi combinando com a fotografia, uma ótima combinação! Faz um ano que eu viajo para qualquer lugar, com uma agenda de trabalho muito apertada por fotos documentais.Quais são os principais objetivos da viagem? Cada viagem tem a sua finalidade. Trabalho em uma produtora como freelancer, eu produzo documentá-rios e, sempre que há uma ideia ou projeto cultural,

me chamam pra documentar. Tenho uma agenda organizada para os lugares onde vou estar e para que eu continue trabalhando, estando sempre em movimento.Em quais países você esteve? No início viajei pela Argentina, e depois me aventurei pelo Chile, Peru, Bolívia, Paraguai, Brasil e Quênia. Qual o equipamento necessário para a viagem? Agora, enquanto escrevo, eu estou viajando. Estou sempre com duas mochilas, uma na parte de trás, com roupas e acessórios, e na outra levo o equipa-mento fotográfico e de vídeo. Sempre levo mais equipamentos que roupas (risos). O equipamento que tenho hoje, é meu sonho realizado, nunca imaginei tê-lo. Eu tenho uma câmera SLR Canon 5D Mark II com lente 24-105 F4 L + 50mm f1.4 usm 300mm f4 + 70 5.6 usm, gravadores de áudio, notebook para baixar e editar o material, discos rígidos e outros acessórios necessários ao documentar.Qual e a maior dificuldade da viagem? Sempre há muitas dificuldades. Agora, por exemplo, é o clima, estou na fronteira com o Chile tentando cruza-lá há quatro dias. O inverno chegou forte e há muita neve, o que dificulta a abertura do caminho, o tempo está ficando feio e talvez eu fique preso na Cordilheira dos Andes novamente. Mas eu aproveito cada segundo, as simples belezas da paisagem são lindas demais para perder. Outra dificuldade foi a língua, quando viajei para o Quênia, graças a Deus eu nunca tive um problema sério, Ele sempre cuida de mim em todo lugar. Como planeja suas viagens? Muitos desejos de viagens surgem do coração, os sonhos, os convites. Um deles foi viajar para o Quênia com uma ONG do Chile em uma viagem humanitá-ria ao continente africano. Recebi o convite em 2011 para ir realizar um trabalho documental em um lar para crianças numa aldeia chamada Mosocho, 270km da capital do Quênia, Nairóbi. Foi um longo processo para planejar tudo, quando fui convidado não possuía o equipamento de fotografia adequado, apenas o desejo e um coração disposto a ir. Trabalhei duro e com a ajuda de muitas pessoas eu realizei meu sonho, em setembro do ano passado. Foi uma das grandes experiências da minha vida até agora.Você fotografa um monte de gente em lugares diferentes? Estou sempre fotografando realidades e momentos de diferentes pessoas, há momentos tristes e momentos felizes. Adoro conhecer novas pessoas o tempo todo. Para viver bem da fotografia eu comecei a fotografar casamentos. Com os olhos de um fotojornalista, eu fotografei casamentos em muitos lugares como Rio de Janeiro, Santiago e várias cidades da Argentina. Ainda tenho muito para me aperfeiçoar.Quais são seus sentimentos ao registrar histórias? Às vezes me envolvo demais com as histórias e tento ajudar. Em 2011, fui documentar a maneira de viver de uma aldeia guarani em Misiones, ela marcou um

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antes e um depois na minha vida, eu sempre procuro voltar para a aldeia visitá-los. No Quênia, trabalhando em um orfanato, cada retrato que fiz ficou gravado no meu coração. Eu estou trabalhando num documentá-rio sobre as Malvinas, a fim de mobilizar as pessoas da América Latina para ajudar, mostrando o outro ponto de vista deles, me apaixono demais com projetos sociais. Espero que através da fotografia as pessoas possam ver o amor e a paixão que coloco nas fotos. Há uma frase de um fotografo que eu realmente gosto e tomo como exemplo: “Ninguém pode achar que é uma pessoa sensata ou boa se as fotos não refletem a bondade ou sensibilidade. Se um é egoísta ou culpado de falta de humildade sua obra reflete a personali-dade da mesma forma que reflete a paixão e amor”.Qual das histórias você lembra com carinho? Em Mosocho - África me surpreendeu a atitude de uma criança. Ele tinha um pedaço de pão e dividiu com mais 10 crianças que estavam lá com ele. Em Córdoba, numa casa de campo um homem chamado Carlos, com problemas de saúde e sem movimento nas pernas vivia em condições deploráveis, de abandono e sem as principais necessidades básicas de uma pessoa, vivia em meio a lixos, sem cadeira de rodas, se arrastado pelo chão. Eu cheguei lá graças a jovens que juntaram-se para construir uma casa para ele. É uma imagem que me impressionou muito. Não é apenas sobre fazer fotos bonitas, há fortes histórias por trás delas.Você já visitou o Brasil? Sim, eu estive no Rio de Janeiro duas vezes e em Santa Rosa. Estou realmente estou ansioso pela Copa do

Mundo, eu tenho muitos bons amigos no Brasil.Qual é a sua opinião sobre nosso país? Vocês têm um belo país. Pelo pouco que andei, descobri pessoas apaixonadas, muito apaixonadas, pessoas felizes e lutadoras. As paisagens naturais são maravilhosas, na próxima visita ao Brasil gostaria de fotografar histórias nas favelas. Descobrir a favela por meio da fotografia. Como você vê a humanidade? “As pessoas olham, os fotógrafos observam”. Eu descrevo meu redor, neste momento estou viajando de noite através das montanhas da Cordilheira dos Andes. Quando li essa pergunta eu comecei a pensar, olhei para fora e não podia acreditar que estou onde estou, cercado por montanhas nevadas, a vastidão, a lua cheia iluminando o cume, o frio. Acho que não somos nada diante da tão bela criação, mas Deus deu a cada um de nós um propósito para viver e se destacar em alguma coisa. Eu vejo a esperança em um mundo difícil, a vida é uma viagem.O que a fotografia te ensinou até agora? A fotografia me ensinou a viver, através da lente vi muitas realidades que você não quer para sua vida. Eu acho bom tentar mudar o que está errado indivi-dualmente. Ela me ensinou a apreciar e viver cada momento de uma forma diferente.Que imagem carrega na sua história? São muitas fotos que têm uma boa história. Há um retrato de uma menina Mbya (aldeia Guarani) que fiz há muito tempo, essa imagem, cada vez que vejo me emociona e sempre observo novamente. As fotos falam por si.

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E Sobre cinema, amores e incomunicabilidades“Fico com o rádio ligado, pensando em você,

chego a me cansar de tanto pensar em ti.” Me diz Irandhir Santos na pele de um geólogo nordestino que viaja a trabalho pelo sertão. O filme tem a direção de Karim Ainouz e Marcelo Gomes, intitulado Viajo porque preciso, volto porque te amo. Há dias na solidão da estrada, José Renato, personagem de Irandhir, sente o vazio e o abandono da estrada. A saudade da esposa se derrama na tela tal qual o pôr do sol que acompanha os fins de tarde do personagem. “Saudade da porra. Sinto amores e ódios repentinos por você.” Tudo embalado ao som da dramática trilha “se ela é o morango aqui do nordeste...”

No filme francês Amores Imaginários (direção de Xávier Dolan), Marie me confessa um desejo careta: “é isso que importa, dormir de conchinha”. E no final, o amor platônico que ela e Francis sentem por Nícolas um dia acaba. O amor definha, apesar de uma nova esperança que surge encarnada por Louis Garrel. Em outro filme francês chamado Um estranho no lago, Franck me mostra ser alguém que não se ama, prefere o sexo perigoso com Michel a amizade sincera e afetuosa de Henri. E o desfecho do filme, mesmo que alguns digam que não, está lá sim: Franck não sabe amar-se. Franck é medo, contratempo, solidão da vida moderna.

Um dos filmes de Bergman que mais gosto é Sonata de Outono. Nele, Ingrid Bergman e Liv Ullman encarnam mãe e filha. E numa dada cena, depois de uma discussão verborrágica, a mãe pergunta à filha: “Por que você nunca disse

nada? Porque você nunca ouviu. Você foge de tudo, é emocionalmente incapaz.”

Mas como diria Belchior: “tenho 25 anos de sonho, de sangue e de América do sul”. E é por este motivo que desamores latinos me doem tanto mais. No filme argentino Contracorrente, Santiago e Miguel me doem:

-Por que você não fica?- Aonde?- Aqui. Comigo.- Eu esperei um bom tempo pra ouvir isso e olha

quando você decide me dizer.- Antes nós não podíamos, agora nós podemos.

Pensei que estivesse feliz.- Estou feliz quando estou com você, mas quando

não estou, eu não tenho nada.- Eu sei que não posso te prometer nada, mas

gostaria que você ficasse comigo.Em Amarelo Manga (filme de Cláudio Assis),

Lígia me diz em tom desolado: “Às vezes eu fico imaginando de que forma que as coisas acontecem. Primeiro vem um dia, tudo acontece naquele dia. Até chegar a noite, que é a melhor parte. Mas logo depois vem o dia outra vez. E vai, vai, vai. E é sem parar.”

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Sobre cinema, amores e incomunicabilidadesPor: Dieison Marconi

Em outro filme de Karim, chamado o Céu de Suely, a personagem interpretada por Hermila Guedes volta para a cidade natal no Nordeste com o filho e se perde à espera do marido que não vem. Em O Abismo Prateado, a personagem de Alessandra Negrini percorre em círculos as ruas do Rio de Janeiro para absorver a fuga do marido. Agora, em Praia do Futuro, o mesmo diretor mostra novamente a incomunicabilidade, a fuga, o medo, o amor. Em Deu Pra ti, anos 70 (filme de Giba Assis e Nelson Nadotti), um casal de jovens transam enquanto nasce a década de 80: esperança. No filme Frances Ha, dirigido por Noam Baumbach, Frances corre esperançosa e alegre pela rua ao som de Modern Love, música do camaleão David Bowie: amor.

O que eu queria dizer com tudo isso? Não chegar a um ponto de ter de repetir o que a personagem de Mia Farrow diz em Another Woman: todos imaginamos o que podia ter sido da nossa vida.

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IVO Atitudes que movem

o seu mundo

Manter o verde de nossas matas é essencial; travar o des-matamento da Amazônia; reflorestar áreas devastadas; preservar as encostas de rios; diminuir a emissão de CFC (clorofluorcarbono); evitar qualquer forma de desperdí-cio de água e também a poluição de afluentes; incentivar a produção de energias renováveis; biodiesel; extinguir o uso de agrotóxicos; preferir alimentos orgânicos; ali-mente-se bem; seja saudável; faça você mesmo...

Podemos falar, falar e falar, ouvir, ouvir e ouvir, princi-palmente ouvir, e o resultado de tudo isso? Pergunto de um modo geral, pedindo por uma resposta geral. A in-tenção é te forçar a ser crítico o suficiente para reconhe-cer que se não estiveres sendo falho quando o assunto é meio ambiente, vida sustentável, preservação, se não estiveres sendo falho, ao menos pode fazer mais. Como?

De muitíssimas maneiras. Cada qual pode encontrar seu ponto de ação nesse todo, mas há requisitos mínimos de um pensar sustentável, de um viver sustentável, de práticas sustentáveis, das quais não se pode fugir. Não são como procedimentos para se ter uma boa saúde, você segue se quiser e se não seguir, encara as consequências. As estatísticas ambientais estão aí, não para assombrar ou preocupar a um, ou dois. Para não parecer que isso vai ficar em lição de moral (e não é isso, vos garanto), va-mos pensar em sacolas. Sacolas plásticas. Uma alterna-tiva: sacolas biodegradáveis, sacolas de tecido, caixas de papelão. Se não tiver como evitar, levaremos o menos possível. Para colocar o lixo existem também sacos de lixo próprios para lixo. Produzir menos lixo também é muito bom. E para não dizer que é só trabalho, cuidados, “policiar-se”, o essencial também inclui desfrutar da re-compensa por todo o esforço.

Pegar a bicicleta, procurar um parque, um lago, um rio e voltar pra realidade. Aí, parar e pensar se é mesmo tão difícil de fazer disso a realidade. Só não podemos esque-cer, quando voltarmos, de trazer junto o lixo.

Por André J. Schmidt

Sobre duas rodas

Não é nem preciso falar que a quantidade de automóveis nas ruas de Santa Rosa, e do planeta, é cada vez maior. Dados da secretaria de Habitação e Mobilidade Urbana indicam que a frota da cidade soma 44 mil veículos e, le-vando-se em conta o acréscimo de demais carros prove-nientes das cidades da região, estima-se que o montante seja de 50 mil. Mas, em meio a tantos carros, podemos ver, elas estão lá, as bicicletas. E numa destas bicicletas está o Jéferson. Jéferson Rossi Furtado, 47 anos, ciclista desde sempre, como a maioria de nós que teve sua bici na infância. A diferença é que o Jéferson seguiu peda-lando, e segue, nos fazendo perder o fôlego ao imaginar um percurso de 2700km, realizado em 17 dias, daqui até Valparaíso, no Chile. Para não perder o fôlego, Jéferson mantém uma rotina de percursos toda a semana.

Terças, quintas e também nos sábados ou domingos, acompanhado de demais ciclistas. Para isso, ele faz parte da “diretoria” da Associação de Ciclistas de Santa Rosa (ACISAR), que, segundo o próprio Jéferson, está mais para um grupo de amigos, sempre com uma vaga dispo-nível. Nas terças o passeio é mais leve, composto por um número que varia de 5 a 10 ciclistas com não tanto tem-po de experiência em longas distâncias, pedalando pelas ruas da cidade. Às quintas-feiras o tranco é mais puxado, onde os veteranos entram em cena, num trajeto noturno de 50 a 60 km pelo interior da região. O que resta pro fim de semana? O level hard, uma média de 100 km de muito vento no rosto até alguma cidade próxima, normalmente Horizontina ou Três de Maio.

Apesar de ser um participante eventual de pedaladas, como o caso da última que participou em Ijuí, com uma meta de 100 km, Jéferson destaca antes de tudo o desafio pessoal. Ele fala por ele mesmo e também pelo convívio com os demais amigos: os mais válidos são os desafios pessoais, suas próprias imposições, a superação de barreiras. “Os benefícios são evidentes, para a saúde física e

Conheça a história de pessoas queacreditam e transformam seushábitos em ecológicos e corretos.

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também mental. Posso falar também dos lugares e das pessoas que vou conhecendo pelo caminho quando faço essas viagens de longa distância, uma vez por ano, nas férias”, conclui Jéferson. Claro, temos de incluir aí também as recomendações de não querer ganhar o mundo em pedaladas de um dia para o outro e, o principal, as questões de segurança. Os acessórios básicos: capacete, farol à bateria com uma duração de 3 a 4 horas, sinaleira traseira e ainda, de preferência usar roupa clara, para se fazer ainda mais visível aos motoristas. Mais um ponto importante, uma questão de consciência: colaborar com o trânsito. Seguir o fluxo do trânsito, não pedalar na mão contrária, e tentar manter uma distância de 1,5 metros do movimento do tráfego.

Pensar nestas questões invariavelmente nos remete a pensar na ciclovia da Avenida Expedicionário Weber, em Santa Rosa. Uma via de muito movimento, sim, porém o principal problema tem sido o descuido dos ciclistas com a ausência dos equipamentos de segurança citados acima e, principalmente, da falta de respeito à faixa vermelha por parte dos motoristas. O mais usual da faixa destinada aos ciclistas é servir como via de ultrapassagem para veí-culos. “É uma ciclovia é muito perigosa. O ideal seria não precisar dos tachões, mas o pessoal não tem a paciência de segurar um pouquinho”, avalia Jéferson.

Conforme as palavras do secretário de Habitação e Mo-bilidade Urbana, Darci Petrazzini, há um projeto para deslocar esta ciclofaixa que hoje contorna o canteiro central da avenida dos dois lados, para o lado direito da Avenida Expedicionário Weber, no sentido bairro-centro. Não haveria mais estacionamento deste lado da faixa, do lado da viação férrea, e este espaço abarcaria as duas fai-xas da ciclovia, com extensão desde a rótula com a Flo-res da Cunha até a academia aberta. A separação desta para com a faixa de rolamento para veículos dar-se-ia de forma física, com tachões, uma outra estrutura de maior tamanho que ainda está sob estudo e a pintura da pista da ciclovia, de vermelho. A obra tem estimativa de ser iniciada após o recapeamento da Avenida Expedicionário Weber, “queremos fazer tão logo terminarmos o recapea-mento, que está para ser iniciado”, conclui Petrazzini.

Eco Villa Recanto da Natureza

Um recanto da natureza, em todo seu esplendor. Um lu-gar de apreciação já muito conhecido pelos moradores da cidade de Independência, às margens do Rio Buricá,

esta estrada d’água perpassa ainda pelas cidades de Ale-gria, Boa Vista do Buricá, Chiapetta, Crissiumal, Doutor Maurício Cardoso, Horizontina, Independência, São José do Inhacorá e Três de Maio, até desaguar no Rio Uruguai.

A bióloga Noemí de Araújo Bauer, 53 anos, e o marido Rubens adquiriram a área onde se localiza o balneário, há 10 anos, local este que passou a ser seu refúgio, já que o casal continua morando na cidade. Para ser mais específico, situa-se na localidade de Ponte Schmith. Nem tudo eram flores quando o casal tomou parte deste pedaço nobre de Independência. Noemí é mais específica ao declarar: “Quando adquirimos a área, a mesma estava bastante degradada. Tínhamos vários sonhos, principalmente na questão da preservação e sustentabilidade e começamos a recuperá-la”. Fosse perguntado o porquê de ser justa-mente este o escolhido dentre tantos balneários, áreas verdes, recantos... Aí chovem argumentos.

Não é de se espantar que uma bióloga queira transpassar o conhecimento acadêmico e pôr em prática suas pes-quisas, seus ensinamentos. Aliás, professora de Biologia aposentada, depois de 30 anos lecionando. No espaço Recanto da Natureza existe uma cascata, ponto atrati-vo para visitantes nos dias mormacentos deste nosso agradabilíssimo verão. Pedras lapidadas pela passagem da água e do tempo formaram um excelente lugar, qua-se como uma arquibancada, para apreciar aquilo que se espera de um refúgio como este: o barulho da água, a corrente de vento proveniente da mata e o vislumbre do céu. E não é “só” isso, as questões superam a simples apreciação, pois o balneário é também refúgio para fauna e flora, onde se pode observar o fenômeno da piracema de pequenas espécies de peixes, a alimentação do mar-tim-pescador (vale a pena procurar por uma imagem, garanto!), a incidência de esponjas de água doce, musgos aquáticos, aqueles mesmos que quase todos nós vimos nos livros de biologia.

Entretanto, como elucida Noemí Bauer, a falta de apreço pelo ambiente de alguns (destaque para este “alguns”) tem fomentado a ideia de transição de balneário para eco-vila, restringindo um tanto o acesso sim, mas tam-bém oportunizando melhores cuidados e práticas de es-tudo, ações de recuperação e preservação pelos futuros moradores. A ideia é que áreas possam ser adquiridas e nestas sejam construídas somente moradias que primem por uma prática sustentável. Neste panorama, encai-

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xam-se muitos dos sonhos citados por Noemí, os quais poderíamos chamar de metas:

* Incentivar práticas educativas e oficinas de estudo, bem como realizar eventos culturais no local, sempre tendo em vista a concomitância entre lazer e preservação;

* Recuperar a mata ciliar e identificar as espécies de ár-vores nativa existentes na área;

* Valorizar o Rio Buricá, através de um resgate histórico do uso que se tem feito de suas águas até então, realizar um concurso para a criação de uma música para o mesmo e também organizar um livro, no qual se destacariam as falas dos moradores ribeirinhos.

Nosso lixo de cada dia

É inevitável, acordamos gerando lixo e dormimos gerando lixo. A principal questão é onde vai parar o destino desta tralha toda. Quando você se depara com aquela fileira de lixeiras coloridas que chegam a passar a imagem de que o mundo é preocupado e justo, sabe qual serve para o quê? Azul: papel e papelão, Vermelho: plástico, Verde: vidro, Amarelo: metal, Roxo: resíduos radioativos, Marrom: re-síduos orgânicos, Cinza: resíduos não recicláveis, Preto: madeira, Laranja: resíduos perigosos e Branco: resíduos dos serviços de saúde. Tantas cores quanto o catálogo de tintas para pintar a casa, porém nas lixeiras está especifi-cado por escrito qual o lixo se destina em cada lixeira e as que mais podem ser localizadas por praças e vias públi-cas são as de lixo orgânico e reciclável, comumente verde e marrom, respectivamente.

Os quase 70 mil habitantes de Santa Rosa geram, em conjunto, 60 toneladas de lixo por dia (52ton de lixo orgânico e uma va-riação de 7 a 8ton de lixo seco). Tecnicamente o lixo é chamado de resíduo, então, o recolhimento destes resí-duos é realizado pela empresa Mugica, terceirizada, que transporta os resíduos orgânicos para um aterro na cida-de de Giruá, da empresa Revita. Já os resíduos recicláveis

tem por destino uma empresa localizada aqui mesmo, no Lajeado Ipê, onde é realizada a separação e venda para a reciclagem. A taxa para a destinação correta dos resíduos enviados ao aterro sanitário na cidade de Giruá é de R$ 7 por tonelada, porém, segundo informações coletadas na Secretaria de Meio Ambiente, os gastos totais de Santa Rosa envolvendo o lixo alcança os 1,3 milhões de reais por ano.

Até o ano de 2009 o lixo recolhido em Santa Rosa era depositado no aterro sanitário situado atrás do bairro Sulina. Lá foram acumulados 18 anos de resíduos (1991-2009), formando uma montanha de 80 metros de lixo. O local foi embargado e agora é um problema a ser resolvi-do pelo Poder Executivo Municipal. O lixo permanecerá lá, todavia serão necessárias medidas de recuperação de solo e água, isolamento da área e demais especificações, onde será necessário R$ 1,8 milhão em investimentos. No ano de 2010 foi homologada a Lei 12.305, conheci-da como Lei dos Resíduos Sólidos. Esta lei promove, em essência, que passa a ser de responsabilidade de cada município do estado a destinação dos resíduos gerados pelo mesmo, e que possua um aterro sanitário. O caso de Santa Rosa é específico: o aterro embargado fica pró-ximo ao aeroporto e a Lei 12.725 (vigente a partir de 2012) determina que atividades que atraiam aves não podem ser realizadas a uma distância menor de 20km de áreas de pouso e decolagem de aeronaves, devido aos riscos de acidentes com pássaros e aeronaves.

A Lei dos Resíduos Sólidos estabeleceu que medidas de solução fossem tomadas até 2012 e este prazo foi pror-rogado até este ano. O risco de ser vetado o repasse de verbas federal, caso ocorrer o não cumprimento da lei, tem agilizado os trabalhos de muitos municípios. O edu-cador ambiental componente da equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Santa Rosa, Quim Massotti, considera o planejamento para este fim adiantado na cidade, fala sobre a elaboração de um Plano de Resíduos Sólidos Mu-nicipal em vias de implantação, uma empresa já licitada para prover um diagnóstico da situação do armazena-

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mento e recolhimento de lixo a ser iniciado em julho com um prazo de 7 meses para levantar dados e possibilida-des e apresentá-los. Massotti esclarece sobre campanhas de conscientização em andamento na cidade e considera essencial a participação da população. “O primeiro item desta lei de 2010 é não gerar lixo. Nós temos que começar a ter leis restritivas para que não se gere tantos resíduos. O segundo é reduzir o que se gera e apenas o terceiro é reciclar o que podemos”. Nos dias atuais, a falta de in-formação muitas vezes é utilizada como argumento para desleixos.

A exigência é feita do rei ao bardo, todavia se pararmos para refletir, nem todos praticam a separação do lixo em suas residências... Seria exagero dizer que são pou-quíssimos? Um dos argumentos mais presunçosos: não adianta separar se no final do processo todo o lixo acaba se misturando mesmo. Bom, acho que serve de ajuda e orientação para todos nós, meros mortais, dependen-tes deste planeta e responsáveis por parte deste lixo todo: o recolhimento do lixo orgânico nos bairros ocorre nas segundas, quartas e sextas-feiras a partir das 7 horas. O lixo seco de terças e quintas, também a par-tir das 7 horas. No centro, tanto o orgâ-nico quanto o seco, de segunda a sábado,

a partir das 15 horas. Façamos bom proveito de hábitos praticáveis!

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COMO USAR ROUPAS DE VERÃO NO INVERNO

SHORTS

Nada como uma meia-calça para livrar da mesmice de ter que usar calça jeans todo santo dia. Os shorts escuros são os mais versáteis, dá para combiná-los com um tricô mais soltinho ou moletom, e ainda incrementar com gola ou lenço. Os shorts jeans também podem ser usados no frio, mas prefira usá-los com roupas escuras, elas dão um ar mais sóbrio e invernal ao look.

VESTIDOS

Quando o dia estiver muito frio você pode usar blusas segunda pele ou mesmo um suéter por baixo do vestido, para se manter aquecida. Jaqueta preta, meia-calça grossa, ankle boots e sapatos fechados transfor-mam o visual imediatamente! Lembre-se que peças de couro são as mais “eficientes” nesse caso, pois elas sempre deixam o look mais pesado, com cara de inverno. Um casaco mais comprido, de altura similar ao vestido, também fica super charmoso e ajuda a disfarçar o quadril. Incremente com botinhas, meias 7/8, toucas e cache-cóis, tudo para manter você aquecida.

PEÇAS COLORIDAS

Não é só de preto e cinza que é feito um guarda- roupa de frio! Aquela camisa neon, ou aquele acessório colorido pode fi-car ótimo no meio de tons neutros e sóbrios.

As temperaturas caíram e você já tirou do seu campo de visão todas as roupas que comprou para usar no verão? Calma aí... Com alguns truques você pode multiplicaras possibilidades do seu armário, aproveitando as peças de verão o ano inteiro.

Por: Ketherin Kaffka

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CAMISA

A camisa, além de ajudar a esquentar, dá um super charme no inverno. Use ela à mostra embaixo de suéter, ou então aberta em sobreposições com casacos.

SAIAS

Aproveite o inverno para usar todas as sainhas rodadas que você tem no armá-rio! Elas ficam muito charmosas combi-nadas com blusas de manga comprida, tricôs, cachecóis, cardigãs, jaquetas, botas e meias diferentes.

SAIA LONGA

Se engana quem pensa que saia longa só pode ser usada no verão. Para não passar frio, é só usá-la com uma meia quentinha por baixo. Componha com coletes, peles, jaquetas na altura da cin-tura e tricôs.

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Material:•Tecido de algodão (a quantidade vai dependerdo que será feito);•Enchimento de fibra;•Máquina de costura.

1-Corte quadra-dos de 9x9cm no tecido que fica na parte externa, corte a mesma quantidade de quadrados me-nores, 6x6cm de tecido que será a parte do forro, a parte interna;

Essa é mais uma das técnicas que se usa no patchwork, um trabalho fofo, muito usadoem protetor de berço, trocadores, almofadase também assentos de cadeiras:

Almofadinhas de patchwork

2-Faça uma ou duas pregas do quadrado maior para so-brepor no quadrado menor (conforme a foto), costure um lado de cada vez. Repetindo as pregas nos 4 lados;

3-Junte os qua-drados, costuran-do direito com direito, montan-do o desenho de-sejado;

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Por: Meri Buchholz

Almofadinhas de patchwork

17552_457TaAnSubFelipeHDiesel85x225.indd 1 3/28/14 7:08 PM

4-No avesso, faça um cortezinho no forro e preencha com fibra;

5-A montagem das almofadinhas está pronta para ser aplicada ou costurada no trabalho a ser feito.O formato das almofadinhas depende da largura, quan-tidade ou posição das pregas que poderão ser arredon-dadas ou quadradas.

As fotos do passo a passo acima foram usadas para costurar as laterais desta bolsa:

A aplicação desta técnica fica a seu critério. Bom trabalho!

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GOU

RMET

SpätzleOlá “Coneticos”! Continuando com a nossa edição de pratos do Brasil, desta vez vamos para a região de colonização alemã, em Santa Catarina. Estive recen-temente visitando o restaurante do meu irmão e Chef Fabiano, em Pomerode, e observei que o feijão com arroz da cida-de era o tal do Spätzle, que em dialeto alemão significa pardalzinho, mas há controvérsia sobre a origem do nome, uns dizem que foi uma má tradução da palavra Spezzato, que significa cortado em pedaços, mas trata-se de um tipo de massa caseira. Em certas cidades do norte da Itália, é conhecido por Trof-fi. É muito usada no sul da Alemanha, na Áustria ocidental, na Suíça e fora da Europa, em regiões de imigração alemã, como o sul do Brasil, em Santa Catarina, por exemplo.

IngredIentes:Para massa:•2 ovos;•1/3 de xícara (chá) de manteiga derretida;•2 colheres (sopa) de óleo;•1 pitada de noz-moscada;•7 e ½ xícaras (chá) de farinha de trigo;

LIVRO DE RECEITAS

•Sal a gosto;•2 litros de água;•2 cubos de caldo de galinha.Para acompanhar:•½ xícara (chá) de manteiga;•1 cebola cortada em rodelas;•5 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado.Modo de preparo:Faça a massa: bata os ovos com um garfo, acrescentando a manteiga, o óleo, a noz--moscada, a farinha e o sal, até a mistura se transformar em uma massa de consistência grossa.Em uma panela, coloque 2 litros de água para ferver com os cubos de caldo de gali-nha. Enquanto a água estiver fervente, abra a massa sobre uma tábua de carne, deixan-do-a com 1,5 centímetros de espessura. Leve a tábua com a massa sobre a panela com água fervente e, com uma faca, vá raspando as tirinhas da massa para que caiam direto na água. Cozinhe os Spätzle por 5 minutos, retirando-os com uma escumadeira.Faça o acompanhamento: em outra panela, derreta a manteiga e junte a cebola. Deixe dourar e adicione aos Spätzles. Polvilhe com o queijo ralado e sirva.

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ACO

RDEA RAINHA DO

SAUDOSISMOA analogia com a banda Queen é oportuna: a banda queemplacou grandes hinos do rock & roll anuncia novo álbum.

Dizem que “a panela velha é que faz comida boa”, e há até música pra essa expressão. Não importa o quanto eu tente pesquisar sobre as tendências clichês do nosso século XXI, acabo involuntariamente retornando aos velhos hábitos. Nesse mês que passou, encontrei um DVD de músicas antigas que estava desaparecido há anos. A alegria efusiva tomou conta de mim e, mais do que rapidamente, coloquei-o para escutar. A sensação foi sinestésica. Então me recordei do porquê de eu gostar tanto de artistas épicos, bandas clássicas e arranjos cheios de microfonia por falta de equipamen-tos tecnologicamente adequados: tudo era simples, bruto e, sinceramente, mais encantador.Eis que, em 2014, mais de meio século depois do surgi-mento de Elvis Presley e uma legião de grupos musicais inspirados nos anos do ‘iê, iê, iê’, o guitarrista da ban-da Queen anuncia uma novidade surpreendente: após 19 anos do último álbum (Made in Heaven, de 1995), a banda lançará um disco de músicas inéditas na voz do vocalista original. Em entrevista à rádio BBC, o guitarrista Brian May afirma ter encontrado gravações originais com a voz do vocalista da banda, Freddie Mercury, morto em 1991. É isso aí, gente: Freddie Mercury não morreu! Pelo menos não para a indústria fonográfica mundial.A notícia saiu no último dia 26 de maio e mexeu com o coração de milhares de fãs adormecidos (inclusive eu). “Emocionante, melhor notícia do mundo da música nesse ano” relatou um fã brasileiro no site da BBC. O álbum já tem título e deverá chegar ao mercado ainda

nesse ano. A nós, cabe a espera pela surpresa, que pro-vavelmente deverá trazer aos nossos ouvidos um som novo, mas com toda a nostalgia das músicas produ-zidas outrora.

Você não conhece Queen?•“We are the Champions” é uma de suas canções mais famosas. Eventos esportivos costumam utilizá-la para elencar em grandes vitórias;•Freddie Mercury nutria uma paixão por gatos. Dizem que “Delilah” foi escrita para sua pet felina “Dalilah”;•Freddie Mercury era formado em Design Gráfico e foi ele mesmo quem desenhou a logomarca da banda, e a guitarra de Brian May foi construída pelo próprio gui-tarrista com a ajuda do pai, usando materiais como uma lareira e peças de moto para construção;•O Queen é um dos poucos grupos estrangeiros (bri-tânicos) a ter uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood;•Cada membro da banda teve pelo menos uma música de sucesso. Todos na banda escreviam músicas, canta-vam e tocavam;•“We Will Rock You”: você com toda certeza já cantou e dançou a coreografia dessa música: Tum, Tum, Tá. Duas batidas na mesa seguidas de uma batida de pal-ma (O filme “Coração de Cavalheiro” também popula-rizou a coreografia demonstrando Heath Ledger – que Deus o tenha – ao sair vencedor de um combate);•Há rumores de que Lady Gaga tenha inspirado seu nome artístico no famoso hit “Radio Ga Ga”, do Queen.

Por: Manoella Fiebig

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REUTILIZAR TAMBÉM É OBJETO DE DECORAÇÃO

Sandro é formando de Design Gráfico. Sua história e criatividade chamou nossa atenção, pois além da agência que auxilia e planeja estratégias para clien-tes e suas empresas, o designer cultiva o incrível talento do reaproveitamento. Antes mesmo do design aparecer (trabalha há sete anos no ramo) Sandro já mantinha como hobby a arte de reaproveitar fios de telefone. “Eu sempre gostei de reaproveitar, com os fios de telefone foi assim, comecei a brincar até que surgiu uma técnica interessante”, relata.

A partir dos fios inutilizados Sandro criou bonecos de brinquedo, hoje sua coleção está catalogada em mais de 400 bonequinhos diferentes que são pensa-

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JOVE

M, C

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E CO

RAGE

M

Na Locomotiva de Ideias a decoração tem prioridade, para quem trabalha com design cada detalhe é importante para compor a identidade visual da empresa. Sandro Rogério Loeblein, de 37 anos, e sua esposa Letícia Weber Loeblein, de 36, moram em Ijuí e, desde 2013, trabalham com design estratégico na agência Locomotiva de Ideias.

dos a partir de temas distintos “eu não vendo, é só para colecionar mesmo”, menciona ele sobre as di-versas propostas que teve para venda do produto. Foi seu tio que auxiliou Sandro na descoberta pelo reaproveitamento, quando ainda tinha 17 anos. O colecionador diz que o principal interesse em tra-balhar com os fios é pelo material, pois ele já vem com cor e textura, o que contribui para o trabalho do design suprindo a necessidade de despesas com pintura ou outro tipo de acabamento.

O empenho de desco-brir novas decorações com material alternativo o motivou a inscrever um novo produto na

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REUTILIZAR TAMBÉM É OBJETO DE DECORAÇÃOExpoIjuí, feira realizada anualmente. “A ideia era rea-proveitar um material que é pouco explorado, quando reaproveitado ele vira apenas churrasqueira”. Partindo deste princípio, a parceria surgiu entre a Locomotiva de Ideias e a Metalúrgica Inova que juntas criaram as Poltronas Decorativas. Produzidas com o reapro-veitamento de latões (que armazenam óleo), alguns comprados outros resgatados em sucatas.

Para Sandro, a linha tênue entre sustentabilidade e conforto ainda é um desafio, o material sustentável nem sempre oferece todo conforto necessário, mas o reaproveitamento de um material que estaria degra-dando o meio ambiente é o que mais chama atenção no projeto. A poltrona resiste um peso máximo de 260Kg e pode ser produzida rapidamente. A partir da matéria-prima o latão é recortado de acordo com o molde na máquina da metalúrgica e segue para a ven-

da em torno de R$ 380,00 à R$ 580,00.

“A matéria-prima está escassa. Você preci-sa reaproveitar o material que já existe e

destiná-lo para outros fins”, declara. San-dro entende a sustentabilidade como

uma ação, uma linguagem essencial que necessita de conhecimento, mas não descarta que para insistir nos projetos sustentáveis o idea-lizador precisa de persistência, o preço dos produtos, a localização interiorana e a valorização dos clientes, que nem sempre agrada: “pensar em reciclagem custa caro”, menciona ele.

A Locomotiva de Ideias continua planejando bons projetos como em-

balagens ecológicas e novos produtos de reaproveitamento, além de uma revista com a linha editorial voltada à sustentabilidade. “Eu amo ser designer, amo minhas criações e em todos meus projetos eu vejo sustentabilidade, ela está impregnada em mim”.

Se você deseja conhecer e comprar as poltro-nas decorativas é só acessar a Fanpage da Locomotiva no Facebook:

www.facebook.com/agencialocomotivadeideias

Por: Bárbara CorrêaFotos: Arquivo Pessoal

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FIN

AN

ÇAS Desmistificando a Bolsa de Valores - parte 2

“A bolsa de Valores está repleta de boas oportunidades esperando por você!”Por: Lucas Lorenzen

Olá meus caros leitores! Na edição anterior falei um pouco sobre o mercado de capitais (bolsa de valores). Na primeira parte comentei de uma forma ampla como funciona o mercado de capitais e algumas de suas características, agora o objetivo é saber como investir neste mercado e quando comprar ou vender uma determinada ação.

Primeiramente, o investidor precisa ter a consci-ência que está investindo em um mercado de risco, de alta volatilidade e que isso pode causar perda de capital. Logo, não é recomendável investir um capital muito grande a ponto de comprometer a sua estabili-dade financeira. Particularmente, não recomendo in-vestir mais que 15% de todo seu patrimônio em renda variável. Investindo em ações, o investidor pode ter resultados muito maiores que os obtidos ao investir em renda fixa por exemplo. Ele abre mão da “segu-rança” e assume um pouco mais de risco em busca de retornos mais altos para o seu patrimônio.

Existem duas “escolas” que guiam os investidores no mercado. A análise fundamentalista e a análi-se técnica ou gráfica, como também é conhecida. A lógica da análise fundamentalista está em comprar participações em empresas, possui uma visão de mé-dio e longo prazo, sempre procura analisar o balanço

da empresa bem como a participação de mercado e seus investimentos. Não se importam com variações de curto prazo e quando a ação cai eles compram mais, só vendem quando as perspectivas sobre a em-presa pioram. Já a análise técnica ou gráfica é o estudo do comportamento da ação no mercado através de gráficos e outros indicadores. A análise técnica possui três premissas básicas: o mercado desconta qualquer expectativa, os preços movem-se em tendências e a compreensão de tendências futuras pode estar no estudo de acontecimentos passados.

Você provavelmente já ouviu histórias de pessoas que “quebraram” na bolsa, isso acontece se o investi-dor não tiver uma estratégia bem definida, não tiver conhecimento dos riscos da operação e não fazer um balanceamento adequado dos investimentos. Inves-tidores não correm risco, investidores administram o risco! Para evitar que essa história triste aconteça com você é imprescindível entender cada mercado, seus riscos e potenciais de ganho. Conhecer as operações e seus níveis de risco bem com operar de acordo com o seu perfil e sempre diversificar, jamais colocar todos os ovos na mesma cesta!

Normalmente, as pessoas operam da seguinte for-ma: li que a empresa XYZ vai anunciar lucro recorde

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- comprei as ações e logo em seguida o preço caiu. Me deram um “dica quente”. A ABCD vai anunciar pre-juízo - vendi minhas ações, o prejuízo se confirmou e mesmo assim as ações subiram... Moral da história: não compre ou venda ações baseado apenas em no-tícias, nem acredite em “dicas quentes”. Tenha uma estratégia e siga-a com rigor! Na próxima e última edição sobre Bolsa, vou falar um pouco sobre médias

móveis! É um rastreador de tendência simples e prá-tico para auxiliar na tomada de decisão da compra ou venda de ações. Por hoje é isso, até a próxima. Bons investimentos!

Entre em contato comigo pelo telefone (55) 2103 3604

No gráfico podemos observar que mesmo com as crises a bolsa se valoriza no longo prazo:

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NEG

ÓCI

OS VOCÊ SABE COMO E ONDE UM RELAÇÕES

PÚBLICAS PODE ATUAR NA SOCIEDADE?Por: Luana Cappellari

Responsável pela reputação da empresa, o profissional de RP preocupa-se com os relacionamentos e os públicos que estão envolvidos com o seu negócio. Entenda um pouco do seu trabalho através do infográfico abaixo.

Fonte: conrerp- rio grande do sul

Você tem empresa ou está envolvido com negócios? Gostaria de aprofundar e saber mais sobre algum tema específico? Envie um e-mail com sugestões para: redaçã[email protected] e acompanhe! Sua sugestão pode ser a pauta da próxima edição da nossa coluna.

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1- 12 de junho é a data da abertura da copa do mundo de futebol, onde nesta edição, o Brasil é sede.Também em 12 de junho celebra-se o dia dos namorados no Brasil.Em grande parte dos Países do mundo, celebra-se em 14 de fevereiro, por que no Brasil é diferente?

2- Em 1949 uma loja paulista procurou o publicitário João Dória para que elaborasse uma campanha para aquecer as vendas, pois estava prestes a fazer cortes financeiros. Curiosamente o nome da empresa era Clipper (cortador em inglês).

3- Então, com o slogan “Não é só de beijos que se prova o amor”; João Dória ficou conhecido como o criador do dia dos namorados no Brasil, em 12 de Junho de 1949. Ele escolheu esta data, pois antecedia o dia de Santo Antônio, o qual foi um Frei português que viveu entre os século XII/XIII e tem até hoje a fama de “arranjar casamentos”.

4- Falando em casamento... Há uma curiosidade, na história do nosso País, somente um Presidente casou-se

ENTRE CORTES E TROTES Por: Jefferson Alves

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INFO

GRÁ

FICO

durante seu mandato; foi o Marechal Hermes da Fonseca, em 1913.O Marechal casou com a primeira caricaturista mulher do Brasil - Nair de Teffé.

5- O pedido de casamento aconteceu quando a caricaturista caiu de um cavalo e foi socorri-da pelo então Presidente.O trote impreciso serviu de cupido para Hermes e Nair.

6- Nair de Teffé ficou conhecida como uma pessoa a frente do seu tempo, devido a sua personalidade e inteligência, foi pintora, cantora, atriz e pianista .

7- Então, possíveis cortes em uma loja no ano de 1949 foram a causa da criação do dia dos namorados no Brasil, um dia antes da data do Santo casamenteiro e o trote do cavalo em 1913 serviu de cupido no pedido de casamento do então Marechal Presidente. Entre cortes e trotes essa história com ingredientes românticos conecta-se em Santa Rosa; pois a Rua Santo Antônio e a Rua Marechal Hermes encontram-se no bairro Cruzeiro.

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SOCI

AL O INSUSTENTÁVEL DISCURSO DA BARRAGEM

O termo “desenvolvimento sustentável” foi utilizado pela primeira vez no Relatório Bruntland (Nosso Futuro Comum), de autoria da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvi-mento da ONU, em 1987. Trata-se da busca por um desenvolvimento que atenda as neces-sidades atuais e garanta os meios de atendimento das necessidades das futuras gerações, mantendo um nível social e econômico satisfatório.

Por: Letícia Raddatz

Por esse conceito, as necessidades de hoje são limita-das pela utilização racional dos recursos disponíveis e pela preservação daqueles necessários para as outras pessoas e as futuras gerações.

No entanto, por desconhecimento ou má fé, muitos utilizam essa expressão indevidamente para embele-zar e tornar atrativo qualquer discurso oportunista.

Na nossa região, o grande exemplo da utilização demagógica da sustentabilidade como argumento está no debate sobre as barragens no Rio Uruguai, uma vez que argumenta-se a favor da construção de usinas hidrelétricas por serem fontes de energia renovável, limpa e com baixo custo de manutenção, entre outras vantagens que as tornariam “sustentá-veis”.

No entanto, os graves problemas sociais e ambien-tais, tais como as desapropriações (tratadas como “deslocamento involuntário de população”), a migra-ção das pessoas do meio rural para as cidades (e suas consequências como o impacto cultural, a sujeição a subempregos, moradias precárias, e o colapso dos sistemas de saúde e educação, por exemplo), a criminalização e a violência contra as pessoas e os movimentos sociais que, se opondo às obras, provo-cam o necessário contraponto ao debate, as impre-visíveis alterações climáticas, da fauna e da flora que afetarão definitivamente as nossas vidas, entre outros, são tratados como “impactos socioambientais inerentes às obras de infraestrutura”. Colocado dessa forma fatalista e minimizada, como se fosse pouco e não tivéssemos escolha.

Assim, resta perguntar se estamos agindo de forma sustentável quando os prejuízos de uma obra são minimizados no debate, sendo tratados apenas como “ônus necessários”? Necessário para que? Quem sofre o impacto? A quem essa obra de infraestrutura beneficia?

A grande dica para responder essas questões está em outro conceito.

O termo “crescimento econômico” é o oposto do desenvolvimento sustentável porque desconsidera as futuras gerações e as questões voltadas para o desen-volvimento social. Trata da liberdade que uns poucos julgam possuir de obter lucro gerando prejuízos so-ciais e ambientais incalculáveis para todos. Refere-se à busca do crescimento da riqueza a qualquer preço, tendo como limitação apenas o esgotamento dos recursos, a escassez e a morte. Reproduz uma lógica algo semelhante com a do câncer.

Quando olhamos para os exemplos anteriores de construções de barragens, não são raros os casos de pessoas que são coagidas a se retirar dos locais onde vivem forçadas a aceitar pequenos valores de inde-nização, que não garantem a aquisição de outra área de terra ou local de moradia.

Além disso, se considerarmos que na nossa região os empregos são mais precários e nossos salários são menores do que aquele de outras regiões, será que a energia de uma nova usina trará mais desenvolvi-mento ou mais exploração para os trabalhadores?

Sem dúvida, parece que a intenção de construir essa barragem se refere muito mais à lógica de crescimento econômico do que de desenvolvimento sustentável.

Nós (e nossos descendentes) somos aqueles que ape-nas sofrerão os impactos, ainda que indiretamente. Mas somos também aqueles que têm o importante papel histórico de organização e enfrentamento dos interesses do capital para garantir um futuro para todos. Inclusive para aqueles que nos olham de cima do pedestal imaginário da própria ignorância, “dando de ombros” e pensando que não têm nada a ver com isso.

Ilusão doce, cara e perigosa.

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Equipamentos modernos e uma área privativa que permite um atendimento personalizado e de qualidade, exclusiva para você, além de proporcionar saúde e bem estar.Bons motivos para praticar Pilates:•Melhora da postura;•Melhora da coordenação motora e do equilíbrio;•Melhora da flexibilidade e força muscular;•Melhora da respiração;•Prevenção de lesões;•Alívio de tensões, estresse e dores crônicas.Além de melhorar o condicionamento físico os novos equipa-mentos alongam, tonificam e definem a musculatura. Os equi-pamentos oferecem ao paciente mais que exercícios, é a garan-tia de qualidade de vida de maneira ainda mais alternativa.

Agora você tem TUDO para praticar pilates!Na Clínica de Fisioterapia Rigo você encontra mais uma novidade: os equipamentos de Pilates!

Por: Letícia Kappes Hentz

Fisioterapeuta com Formação no Método Pilates com equipamentos, Mat Pilates e Pilates Bola, Pós-Graduação em Terapia Manual, inscrita no CREFITO 167.632-F.Atendendo na Clínica de Fisioterapia Rigo.Contato: 3512-6765 ou 9679-5715

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PilatesProporcionando benefícios para o corpo e a mente!

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Sobre o que não <nem sempre> se vêPor Cooperativa Rural de Alunos-Repórteres CooperInfo Rural, Santa Rosa (RS) Jovens com a missão de divulgar as potencialidades e as políticas públicas voltadas ao meio rural

Águas que vão, águas que vem(foto Bruna Gunther)

Que seguem seus rumos, que lavam... a alma (foto Francieli Kissler)

Que são motivo de festa... (Foto Sandra Richard 1)

Águas que dividem, que unem.(Foto Thamiris Duarte)

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S Olhares

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SMUSCULAÇÃO X CORRIDAHoje em dia a busca por uma vida mais saudável tem levado muitas pessoas a praticar a corrida. Um esporte que tem ganhado cada vez mais adeptos e não pára de crescer o número de competições desta modalidade.

Por Talita Martini

Para melhorar o desempenho do praticante nas corridas o ideal é optar pela musculação como treinamento complementar com o foco na resistência muscular, contribuindo para o fortalecimento dos músculos e articulações, prevenindo lesões, doenças musculares, ósseas, metabólicas, dores lombares e melhorando a mobilidade e postura.

Embora muitos praticantes acreditam que o ganho de massa muscular pode atrapalhar a corrida, deixando-os mais lentos e pesados, é cada vez maior o número atletas que recorrem à pratica da musculação, como complemento da sua preparação física, alternando ou fazendo as duas atividades no mesmo dia.

Ao praticar a musculação de forma regular, a corrida é realizada sobre uma base mais firme e sólida, tornando-se mais veloz, pois os mús-culos tendem a ficar mais resistentes, fortes e tonificados, aumentando o desempenho e desafiando o atleta a alcançar metas mais am-biciosas com a corrida.

Para que a musculação traga resultados positi-vos aconselha-se que seja feita de duas a três vezes por semana, com três a quatro séries 12 a 15 repetições, no máximo, com uma carga moderada, tendo muito cuidado para não so-brecarregar os membros inferiores.

Benefícios da musculação para o corredor:

•Proporciona ao corpo do praticante a resistên-

cia e força que precisa, diminuindo o impacto nas articulações gerados pela corrida, principal-mente dos quadris e joelhos;

•Melhora a coordenação motora, a flexibilidade e a postura;

•O treino de musculação específico para corrida ajuda a ganhar mais potência e agilidade, melho-rando o movimento na superação de obstáculos e em diferentes percursos, como subidas e des-cidas, ou na ultrapassagem de um adversário;

•Rende mais energia ao corredor, que poderá evoluir com mais facilidade, conseguindo realizar provas de longa duração;

•Com o tempo o corpo perde naturalmente massa muscular, ainda mais para quem corre, e a musculação é uma forma comprovada de retardar esse processo;

•Nos treinos de corrida, principalmente os de longa distância, perde-se muita massa mus-cular e força, daí o trabalho de musculação ser importante, pois proporciona força e velocidade, diminui futuras lesões, além de ajudar a atingir melhores tempos em prova.

Os corredores devem ser orientados de acordo com a sua capacidade física e objetivo. Lembran-do sempre que para um melhor aproveitamento das atividades aconselha-se o acompanhamento e orientação de um profissional de educação física.

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BELO HORIZONTE ALÉM DAS 4 LINHASA bola rola em Belo Horizonte e os mineiros têm a chance de di-fundir ainda mais a conhecida hospitalidade das Alterosas. Boa comida, um dedinho de prosa e gente bonita são atributos já co-nhecidos por quem teve a experiência de visitar a capital do Esta-do. Mas em época de Copa, as más notícias traduzem o que todos já sabem: politicagem barata (que nos sai tão caro) é a grande catalizadora de problemas nacionais.Deixando de lado as mazelas cotidianas, BH nos dá prova de sua constante efervescência, dentro e além do que foi planejado. Nas Muitas Minas de Guimarães, o destaque tem sido a vereda gas-tronômica. O Estado foi o homenageado no XI Congresso Inter-nacional Gastronômico Madrid Fusión, em 2013, e a capital é um dos melhores destinos no Brasil para o visitante que busca expe-rimentar o mundo com seus próprios sentidos.

Em cada canto um bar pra se amarBH é a capital nacional dos bares. Em toda a cidade existem bo-tecos simples ou sofisticados que têm nos tira-gostos a grande arma para fidelizar os clientes. O visitante pode ficar tranquilo, já que é impossível rodar cinco minutos pela cidade sem se depa-rar com um bom butiquim. Uma região que merece destaque é o Barreiro de Baixo, local onde se concentram os melhores botecos da cidade. Em menos de um quilômetro, estão localizados o tricampeão do Festival Comida de Buteco, o Bar do Zezé (Rua Pinheiro Chagas, 406) e o atual campeão, o Já tô Inno (Rua Beijamim Dias, 379). Comida simples e bons preços. Combinação irresistível aos pala-dares mais exigentes.No centro da cidade, os mil e um aromas e sabores do Mercado Central (Av. Augusto de Lima, 744, Centro) convidam para a me-lhor sinestesia da cidade. Frutas, verduras, artesanato, cachaça, queijos, doces e diversos outros produtos são encontrados pelos corredores. Corredores que também abrigam bares, que têm no cardápio o tradicional fígado acebolado com jiló e balcões mais disputados que alguns assentos dos jogos do Mundial.

Cerveja artesanal, a nova paixão do belo-horizontinoO Ale Street News, importante jornal da cultura cervejeira nor-te-americana, pergunta na capa de fevereiro/março se o Brasil pode ganhar duas Copas, a de futebol e a de cerveja. A da Cerveja nós já vencemos. A Cervejaria Wäls conquistou uma medalha de

Por João Dias – Jornalista – 33 anos

Nesta edição preparamos para você que ficou em casa, deitadão no sofá, só admirando as paisagens e aprendendo sobre as curiosidades das cidades que sediam a Copa do Mundo. Sabemos que muitos de nossos leitores gostariam de estar viajando pelo país para apro-veitar tudo que ele oferece de bom durante o mundial, então para que isso acontecesse rapidamente separamos para vocês três cidades aleatórias. Aqui você encontra dicas e opiniões imperdíveis sobre Belo Horizonte, Recife e Curitiba para você visitar durante ou após a tumultuada Copa do Mundo.

ouro e uma de prata na World Beer Cup, a mais importante pre-miação do segmento (a medalha de ouro foi para a Wäls Dubbel, na categoria de cervejas belgas estilo dubbel e a prata ficou com a Wäls Quadruppel, na categoria cervejas belgas de outros es-tilos).A Wäls é mais famosa das dezenas de micro-cervejarias de BH que levam a sério a paixão por fazer cervejas de qualidade. Deu sede? Então aprecie também os rótulos e chopes das cervejarias Kud Bier, Falke Bier e Taberna do Vale. Certamente, a confraternização com belgas e ingleses, que es-tão na capital mineira para jogos da Copa, será melhor se em-balada com a degustação de boas cervejas fabricadas na cidade e entorno.

45 do segundo tempoPara além do futebol arte, o Circuito de Museus da Praça da Liberdade (circuitoculturalliberdade.com.br) reúne 12 insta-lações culturais, não por acaso o maior complexo cultural do país. Diversas opções como o Museu Mineiro, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Espaço do Conhecimento UFMG prometem entreter os turistas com uma programação diversificada e de qualidade. Entre uma partida e outra, vale a pena visitar o Inhotim (inho-tim.org.br), destino certo pra quem gosta de natureza e cultura. Considerado o maior centro de arte contemporânea da América Latina, o museu fica distante 60km de BH, na cidade de Bruma-dinho. Um grande número de instalações, esculturas, fotogra-fias e vídeos estão espalhadas pelos 120 mil metros de natureza exuberante que por si só já valem o passeio. É gigantesco e uma única visita não basta.

Ah, o futebolMas de volta ao futebol, em Minas a torcida anda bem animada. Tanto os torcedores do Cruzeiro quanto os do Galo estão cheios de si para alardear a paixão pela bola. No entanto, com o foco internacional no país, manifestações e greves pipocam por to-dos lados. Importante é lembrar que tratar bem os visitantes vai além da boa educação, é um momento pra mostrar o que o Brasil tem de melhor. Nossa cultura, natureza, futebol e o povo são atributos pelos quais muita gente busca conhecer o Brasil. Então, jogar contra isso é cartão vermelho.

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Foto: Lucia Sebe

Foto: Lucia Sebe

Foto: Henrique Vivas Foto: Henrique Vivas

Foto: João Dias

Foto: Elcio Paraiso

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Faz 5 anos que moro em Curitiba, o lugar conhecido como a capital Européia do Brasil. Se eu pudesse resu-mir essa cidade em algumas palavras, seriam: araucá-ria, nublada, povo frio, parques, chuva, sertanejo, Coxa x Atlético, frio e garoa. Mas seria muito clichê, Curitiba é muito mais do que isso, é cativante!

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CURITIBA NA COPA

Posso dizer que me apaixonei por vários lugares daqui, dias de sol são raros e tem que aproveitar. Meus favoritos são o Museu Oscar Niemeyer, conhecido como Museu do Olho, o Jardim Botânico e o Centro Histórico, com a feirinha do Largo da Ordem, no domingo de manhã. Depois de um tempo aqui, você começa a fazer amigos. Sim, de-mora, pois as pessoas são fechadas, não conversam com desco-nhecidos e nem cumprimentam os vizinhos. Você vai aos parques com o mate na mão e todos te olham como se fosse um E.T. Você se impressiona com o transporte público, mas logo passa… Você começa a falar ‘você’, mesmo sem querer! E você se sente estra-nho quando volta para Porto Alegre, tudo parece meio velho e as pessoas falam contigo! Chocante!A relação do curitibano com a Copa do Mundo foi tímida. Pou-cos falavam sobre, e os que falavam, reclamavam desconfiados! Aquela frase que virou bordão: “Imagina na Copa” foi muito ouvi-da por aqui. Aos poucos os fãs de futebol iam se mostrando com suas camisas amarelas e bandeiras e acabaram despertando a brasilidade dos demais curitibócas (curitibóca = curitibano que se acha superior aos demais).Acho que a Copa trouxe coisas boas para a cidade: podemos ver novos ônibus circulando; muitas ruas e calçadas foram revitaliza-das; a rodoviária nem parece a mesma e dizem que o aeroporto foi melhorado; o Atlético agora tem um estádio inteiro (antes era só meio…) e finalmente terminaram a Linha Verde (corredor de ônibus na BR), que estava em obras desde que cheguei aqui.Em suma, para os padrões FIFA abrasileirados, Curitiba está sim preparada para a Copa do Mundo 2014 e para receber estrangei-ros. Por mais que seja difícil de compactuar com algumas ironias do governo brasileiro, espero que todos possam deixar a negativi-dade de lado e aproveitem esse momento único, afinal, depois do mundial, tudo tende a voltar ao normal.

Por Letícia Neübuser – Publicitária – 26 anosFotos: Letícia Neübuser

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RECIFE NA COPA

Para resumir o que estou falando, a Arena Pernambuco, que será palco de cinco jogos no mundial, foi construído na cidade de São Lourenço da Mata, distante 19 km do Marco Zero da do Recife. Inaugurada para a Copa das Confederações, em 2013, o local sofre com a falta de mobilidade. O acesso é feito basicamente através de ônibus e metrô, porém as estações são distantes e o torcedor precisa de muita paciência para chegar ao estádio. Os problemas de mobilidade não se limitam aos entornos da Arena. As princi-pais obras de melhoria não foram concluídas dentro do prazo e algumas delas, como o BRT (Bus Rapid Transit), que em resumo é um corredor exclusivo para o sistema de transporte público de ônibus, visando evitar o congestionamento do tráfego, só estará com todas as estações em funcionamento após a Copa. Outra grande obra realizada para desafogar o trânsito é a Via Mangue, que teve sua primeira etapa inaugurada com a presença da pre-sidenta Dilma, mas ainda tem mais duas etapas a serem inaugu-radas. Entretanto, nem só de problemas é movida a capital per-nambucana. Os pontos turísticos e as praias são os pontos fortes da cidade. O Porto do Recife, por exemplo, que é o mais antigo do país, receberá durantes alguns dias cerca de 3,5 mil mexicanos que ficarão hospedados em um transatlântico de 27 mil metros quadrados de área comum. Para receber os turistas, o terminal de passageiros passou por reformas e foi entregue com nova es-trutura em setembro do ano passado. No Marco Zero do Recife os visitantes podem conhecer o Centro de Artesanato de Artesanato de Pernambuco e o Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga... Também no centro histórico da cidade, no Recife Antigo, mais precisamen-te no Cais Paço Alfândega, os conterrâneos e os turistas podem participar da Fan Fest, que causou grande polêmica. Desde o início do ano a prefeitura de Recife declarou que não gastaria um cen-tavo no evento (que custaria algo entorno de R$30 milhões). Após novos cálculos, o valor baixou para R$8 milhões. De última hora, a Fan Fest saiu. Porém, sem shows, ficou aquém do esperado. Mas após o jogo de abertura, que mesmo assim atraiu muita gente no local, comprovou-se que foi um erro o evento não ter sido melhor explorado. Fora essas questões, vi um Recife vidrado na Copa do Mundo. Assisti ao jogo entre Brasil e Croácia do meu apartamento. Do lado de fora, nenhum carro nas ruas – cena rara para o horá-rio de pico. Nos três gols, o que escutei foram centenas de vozes gritando e vibrando. Por alguns instantes, tive a real certeza que todo Pernambuco estava na frente da televisão. Vi também mui-tos mexicanos nas ruas. Vi gringo com mapa na mão querendo atravessar a Avenida Boa Viagem. Vi uma Copa do Mundo na mi-nha frente.

Se nas demais cidades do Brasil muitas promessas não foram cumpridas a tempo para a Copa do Mundo, no Recife não foi diferente. A capital pernambucana dei-xou a desejar em alguns aspectos, principalmente em relação ao transporte público. Após mais de dois anos vivendo aqui, tenho certeza de que, se não fosse esse detalhe, com certeza Recife seria outra cidade.

Por Anderson Malagutti – Jornalista – 25 anos

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