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Dicas Úteis para Concurseiros WALLACE SOUSA CIRCUNCISÃO Blog Desafiando Limites Brasília, DF – outubro/2011 Brasília, DF – outubro/2011

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Dicas de estudo para concursos, vestibulares, etc. Nível iniciante.

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Page 1: Concurso Público - Como Estudar Corretamente - 5ª ed

Dicas Úteis para Concurseiros

WALLACE SOUSA CIRCUNCISÃO

Blog Desafiando Limites

Brasília, DF – outubro/2011Brasília, DF – outubro/2011

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 1

Concurso PúblicoConcurso PúblicoComo estudar de forma a obter sucesso

Dedicatória

Dedico este singelo trabalho em primeiro lugar a Deus, que me

capacitou a estar hoje agradecendo pelas vitórias alcançadas, muitas das

quais eu, sinceramente, não esperava obter. Gostaria de conseguir

expressar em palavras e traduzir meus sentimentos de gratidão ao Senhor

por aquilo que Ele me concedeu, mas sou obrigado a reconhecer minha

pouca capacidade de fazê-lo. Ainda bem que Ele conhece meu coração e

sabe entender aquilo que as palavras não expressam, mas que uma

lágrima, às vezes, é suficiente para isso. A Deus seja a glória.

Também faço questão de expressar minha sincera gratidão à

minha esposa Eva, que sem seu apoio e incentivo, como também

compreensão pelos meus rompantes de ansiedade e “ausência em carne e

osso”, eu não teria sido capaz de tamanhas conquistas. Você foi um

presente de Deus para mim, melhor do que todos os concursos que passei

ou virei a passar e, por isso, dedico também a você estas linhas.

Se deixasse de mencionar meus pais, seria muitíssimo ingrato, o

que jamais faria. Apesar de silenciosos em parte, essas conquistas

geraram grande orgulho para eles. Mas devo admitir que o maior orgulho é

meu, principalmente em saber que foi com eles que aprendi a ser

batalhador. E hoje tenho o prazer de dizer que minha mãe, mesmo após

anos longe dos livros e salas de aula, concluiu o ensino médio e está para

ingressar em um curso superior. Não afirmo que foi por minha causa que

ela fez isso, mas que deixou o filhote aqui rindo à toa isso deixou.

Quero dedicar também aos concurseiros deste imenso Brasil,

sabedor que sou das terríveis provações a que são submetidos, às

pressões sem medida no curso desse processo tão complexo que é

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 2

enfrentar e sair vencedor de um concurso público, concorrendo com

dezenas, centenas e às vezes milhares de candidatos com objetivos tão

diversos, mas com um sonho em comum: realização financeira e

profissional. A vocês, batalhadores anônimos de uma luta sem trégua, da

qual apenas poucos vencedores são lembrados, embora a vitória, de várias

formas, faça-se presente na superação dos limites de cada um, muito mais

recompensador do que qualquer contracheque no fim do mês, a vocês

parceiros, deixo registrada minha profunda admiração pela coragem de

enfrentar tão árdua luta.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 3

Agradecimento

Confesso que fico até encabulado de registrar meus

agradecimentos, mesmo por que parece que misturei um pouco de

gratidão na dedicatória, entretanto sinto-me no dever de agradecer

mesmo assim, até porque quero deixar claro que chegar aqui não foi

mérito exclusivamente meu, ou seja, tive auxílios variados e não tenho

intenção de desprezá-los.

Sou grato ao meu colega e amigo Halex Maciel, a quem devo muito

por ter compartilhado comigo um material de qualidade que me

possibilitou uma preparação excelente. Obrigado Halex, sem você eu não

estaria hoje aqui. Desejo que em breve eu possa estar lendo sua história

de vitórias.

Há uma série de pessoas que também foram importantes na minha

preparação, e listá-las aqui seria cansativo e mais, tenho receio que

deixaria de citar alguém e cometer injustiças, logo farei um agradecimento

geral em favor daqueles que contribuíram, de uma forma ou de outra, para

o meu sucesso: professores, colegas, amigos, família de modo geral. A

todos vocês, a quem Deus e eu sabemos que vocês foram importantes

para mim, minha sincera gratidão.

Sinto-me no dever de agradecer também a algumas pessoas às

quais não conheço pessoalmente, mas que foram importantes, diria

imprescindíveis no meu sucesso: William Douglas e Alex Meirelles. Do

primeiro li seu livro “Guia de Leitura Rápida: Como passar em provas e

concursos”, e do segundo seu “Dicas para concursos do Alex Meirelles”.

Sequer trocamos emails, salvo engano, mas seus conselhos foram

essenciais mesmo para que eu pudesse encontrar meu ritmo de estudo e

me preparar com a qualidade e excelência necessárias para as conquistas

do porte que logrei êxito. Obrigado por disporem de seu tempo e

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 4

compartilhar experiências fantásticas que me permitiram traçar um

caminho direcionado e permanecer nele até o fim.

Agradeço, finalmente, ao Senhor Jesus, que me possibilitou poder

ajudar outros nessa árdua tarefa que é estudar para concursos. Eu, que já

me considero vitorioso em poder contar minhas vitórias, agora me sinto

mais que vencedor por poder orientar outros a serem vitoriosos também.

Senhor, eu te agradeço.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 5

Introdução:

Atrativos dos concursos, dedicação dos candidatos, desafios, noites

sem dormir, incompreensões, estabilidade, sonhos, conquistas, ansiedades

e medos, fracassos e vitórias, tristezas e alegrias, etc. Quem é concurseiro

já conhece muito bem a maioria desses termos, talvez com uma

intensidade muito maior que a maioria das pessoas. E se alguém pensa em

seguir esse rumo certamente vai se defrontar com eles, mais cedo ou mais

tarde, quer queira quer não.

Resolvi contar um pouco de minha história aqui porque sei que

muitos, assim como eu no início, cometemos muitos erros por ignorância e

desconhecimento da forma correta de se proceder. Baseado em alguns dos

meus erros e também dos acertos, propus-me a mostrar o que funciona e

o que atrapalha os estudos de um concurseiro que se dispõe a estudar até

passar.

Tentarei ao máximo utilizar uma linguagem direta e acessível,

proporcionando a melhor compreensão possível a todos, entretanto devo

advertir que este é um trabalho modesto e com limitações, existindo

outros muito superiores a ele, aos quais remeto os interessados a um

entendimento mais profundo acerca do tema.

Não há, aqui, praticamente nada de novo ou especial, nenhuma

receita mágica ou macete espetacular. O máximo que espero é que sirva

de texto inicial para aqueles que estão sem um rumo ou método a seguir e

carecem dessa orientação. Há, de fato, métodos consagrados pela prática

e extremamente úteis a quem de fato se dispuser a pô-los em uso na sua

preparação diária, e não são difíceis de serem seguidos. Os resultados

serão, garanto, mais que recompensadores.

A didática a ser seguida é um texto explicativo seguido, sempre

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 6

que necessário, de ilustrações ou exemplos como forma de sedimentar e

fixar o que foi dito, procurando conscientizar o candidato que o melhor

caminho a ser seguido tem um motivo para ser trilhado, ou seja, direi o

que fazer e o porquê fazê-lo daquela forma. Não conheço outra forma de

se ensinar adequadamente aquilo que considero essencial, imprescindível.

Tenho certeza que agindo assim, será possível um nível de aprendizado e

assimilação satisfatórios.

Ao final, anexei duas entrevistas: uma foi feita por um colega que

me mandou as perguntas informalmente, mas foram tão boas que resolvi

enriquecer o texto com elas. A outra foi do Fórum Concurseiros, que me foi

enviada após sair o resultado do MPU. Ficou um pouco extensa, mas é

possível escolher quais perguntas são mais interessantes e ver quais as

respostas que atendem às dúvidas do candidato.

Após as entrevistas, há outro anexo com algumas dicas práticas

ilustradas com o intuito de facilitar a compreensão e mostrar como a teoria

pode ser vista na vida real. Essas dicas serão de grande valia para aplicar

em seus estudos as técnicas e métodos aqui expostos.

Obviamente deixo claro também que críticas e sugestões serão

bem-vindas, sempre no intuito de permitir aos concurseiros de todo o país

a melhor preparação possível.

Mãos à obra então!

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1ª Parte: Como fazer um planejamento eficiente com vistas

ao alcance de resultados satisfatórios

I. 4 Coisas para se fazer: uma das coisas que mais aflige os

candidatos é saber por onde começar, o que fazer. Nesse turbilhão de

dúvidas, geralmente se tem a impressão que há muito a ser feito e

poucos recursos para torná-lo realidade. A primeira falsa idéia que

deve ser eliminada é a sensação desagradável que a tarefa é

infinitamente superior às nossas forças. Se a grande dúvida que

surge inicialmente é essa, é justo que a ataquemos logo de imediato,

antes que se alastre e produza maiores estragos.

Vamos tentar esclarecer isso da forma mais simples possível:

comece sempre pelo começo. É tão óbvio que chega a parecer ridículo, não

é mesmo? Mas não deixa de ser a pura verdade.

Todo atleta, antes de iniciar seus treinamentos, faz uma série de

exercícios de aquecimento e alongamento, previamente estabelecidos em

um programa específico. Talvez nem todos façam isso, mas certamente

todos os atletas bem-sucedidos o fazem. Quer ser bem-sucedido?

Programe-se! Começar pelo começo é isso: planejar. A diferença entre o

sucesso e o fracasso pode estar exatamente aí.

Basicamente, tudo o que você precisa para se dar bem em um

concurso público, seja ele qual for, é: estudar, estudar, estudar e estudar.

É bem provável que neste exato momento você esteja pensando: “puxa,

quando eu pensei que iria aprender algo útil, lá vem ele me dizer aquilo

que já estou cansado (literalmente) de saber!”.

Exatamente, sei que você sabe disso, mas talvez o que você ainda

não saiba é o que fazer com esse conhecimento ou como aplicá-lo de forma

útil para seus estudos. E é para isso mesmo que me propus essa tarefa:

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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ajudá-lo como fazer mais com aquilo que você já sabe. Vamos examinar

melhor o real significado daquele “ESTUDAR” repetido 4 vezes:

a. ESTUDAR “muito”: tempo + dedicação + perseverança: esse é, sem

dúvida, o melhor conselho que se pode dar a alguém que quer passar

em um concurso: estudar muito. Podem dizer o que quiserem, mas

ainda não inventaram uma fórmula melhor para passar em concursos do

que estudar, pelo menos não dentro da lei, claro;

⇒ Os verdadeiros resultados só aparecem depois de um certo tempo.

Estude não para passar, mas estude até passar, como sempre diz o

bom WD (William Douglas). Não espere obter grandes conquistas

dedicando-se pouco ou nada aos alvos traçados, mas também não

desista diante dos primeiros fracassos. Seja inteligente e sábio

utilizando seus insucessos como degraus para chegar cada vez mais

perto de seus objetivos. Perseverar é estudar com regularidade, ou

sempre, nem que seja devagar mas que seja sempre. É melhor ser

uma tartaruga e chegar em 1º do que ser uma lebre e perder a

corrida.

b. ESTUDAR “bem”: material + atenção + concentração + organização:

não basta estudar muito, é imprescindível estudar de forma correta, ou

seja, estudar bem. É melhor você estudar bem apenas 1h do que ficar

enrolando 4h e depois se iludir dizendo que está estudando muito.

Estude com qualidade, seu cérebro agradece. Ou estude com ilusão,

seus concorrentes agradecem;

⇒ Turbine seu cérebro – esse texto da Profª. Nanci (disponível no site

da Ed. Ferreira) traz excelentes dicas e informações que poderão

mudar seus conceitos acerca de seu potencial e da forma de encarar

os desafios;

⇒ Em seu texto “Dicas para Concursos” o AM (Alex Meirelles) toca em

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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pontos cruciais – verdadeiros calos de todo concurseiro – sobre o que

fazer e coisas a se evitar no planejamento dos estudos. O termo

'desculpite', cunhado por ele, tem tudo para figurar em qualquer

pretenso vocabulário de um concurseiro que se preze.

c. ESTUDAR “objetivamente”: focar o objetivo pretendido também é

uma forma de potencializar seus resultados; quem fica pulando de

concurso em concurso, ou seja, fazendo vários concursos sem muita

semelhança entre si tem bem menos chances de ser bem sucedido. O

ideal é que se passe em um concurso, mesmo que não seja aquele tão

sonhado, e depois seja feita uma programação direcionada a ele;

⇒ Defina seu objetivo e concentre seus esforços nesse sentido. É

melhor um só tiro certeiro do que vários que apenas raspam o alvo.

Ser objetivo é a forma mais rápida de sair do 'quase' e chegar no

'finalmente'.

d. ESTUDAR “estrategicamente”: otimize seu estudo através de:

⇒ Dissecação do edital e suas peculiaridades, pesos, desempates, etc.

A dissecação do edital simplesmente orienta seus estudos para aquilo

que realmente importa – o conteúdo exigido e o que desse conteúdo

deve ser priorizado. Analise o edital até saber praticamente de cor o

que é importante, principalmente em relação à matéria e critérios de

desempate e pesos de conhecimentos gerais e específicos;

⇒ Tentar descobrir o modo de raciocínio do examinador e aquilo que é

mais considerado pela banca – lei seca, doutrina, jurisprudência,

autores preferidos, etc. Faça isso analisando concursos anteriores e

seus editais, mas principalmente as provas, porque serão elas que

darão a dica principal – qual autor preferido e que linha de

pensamento/interpretação é adotada;

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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⇒ Praticar bastantes exercícios (provas anteriores) para se adaptar ao

estilo e às questões da banca, o que lhe trará, entre outros

benefícios, agilidade e rapidez nas respostas e diminuição da tensão

emocional na hora da prova. Pense nisso como o treino de

penalidades. Pode parecer chato, mas o jogador bem treinado já

errou muitas vezes e tem conhecimento suficiente para saber o deve

e o que NÃO deve fazer. Não se deixe surpreender, treine bastante.

No MPU2007, por exemplo, eu havia respondido mais de 60 provas

de português da FCC, o que daria em torno de 1.000 questões ou

mais. No fim das contas, fui um dos poucos em todo Brasil que

conseguiu responder corretamente pelo menos 80% daquela

verdadeira trituradora de cérebros.

Resumindo tudo em uma única frase:

“Apaixone-se pelo estudo, case com ele e seja feliz até que a posse

os separe”!

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2ª Parte: Estratégias de abordagem de conteúdo

I. 4 Maneiras de se estudar corretamente: Para ajudá-lo na tarefa

de se programar com eficiência, vou lhes passar essa técnica que

adaptei aos meus estudos, de forma rápida e simples para facilitar

seu entendimento e também para pô-la em prática sem maiores

traumas.

Chamo-a de “Técnica dos 4 I's”, talvez por falta de um nome melhor,

talvez pela facilidade de associá-la ao dia-a-dia. Vamos a ela:

a. 1º “I”: jamais esqueça o Imprescindível;

⇒ É tudo aquilo que não pode ser deixado de lado. São os principais

conceitos de cada disciplina que formam seu arcabouço teórico e que

são cobrados exaustivamente pelas bancas examinadoras. Examine o

conteúdo programático pelo edital e veja quais as matérias mais

importantes, as de maior peso e, dentre essas, aquilo que é figurinha

repetida nas provas. É o que eu chamo de “filé mignon” do edital.

b. 2º “I”: nunca despreze o Importante;

⇒ É o 2º escalão no grau de importância dos estudos, configurando-se

como o que de mais recente vem sendo cobrado e alterações

importantes com grandes chances de serem exigidas nas provas, ex.

EC45 no TRF12006. Esteja atento principalmente para mudanças

relevantes na legislação específica e nas mudanças recentes que

atinjam diretamente a matéria cobrada no edital.

c. 3º “I”: não descarte o Interessante;

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 12

⇒ Podemos dizer que o interessante é aquela matéria ou conteúdo da

disciplina que é cobrada esporadicamente nas provas, de tempos em

tempos, sem, contudo, obedecer a uma regularidade que nos indique

se será exigida logo a seguir. Todavia, se houver tempo, essa

matéria pode ser estudada como complemento ao entendimento de

outros tópicos nebulosos ou mesmo para desanuviar a mente. Preste

atenção também a tópicos atuais e matérias que vêm ganhando

espaço e importância no “mundo real”, como por exemplo

“segurança da informação”, que tem tudo para sair de interessante

e se tornar importante num futuro próximo.

d. 4º “I”: não perca tempo com o Irrelevante;

⇒ Deter-se aqui é o mesmo que perder tempo e esforços preciosos. Se

você está com a mente cansada, a melhor saída é parar um pouco e

se movimentar, andar, ler um livro ou revista interessantes e logo

voltar ao batente. Aqui poderíamos citar aqueles artigos legais jamais

cobrados ou matérias/conteúdos importantes, mas que não foram

exigidos especificamente no edital. Pro MPU não tive condições de

estudar a monstruosa LOMP LC 75/93 (+ de 200 artigos), então

estudei apenas através de exercícios para tentar descobrir o que as

bancas achavam de importante nela. Resultado: da prova de 70

questões caiu apenas uma (com peso 1) e acertei a bendita. Pode

parecer irrelevante, mas muita gente estudou/perdeu tempo

estudando pra uma matéria que teve 0,66% de importância no

certame, ou seja, apenas um ponto de 150 possíveis.

⇒ Pergunta: como descobrir quem é quem – dos 4 “I's” – no

meio de um turbilhão de conteúdo quase indecifrável?

Resposta: Através da análise das provas anteriores é possível

identificar nas perguntas e respostas a linha de raciocínio e da forma

de cobrança da matéria e autores utilizados pela Banca Examinadora.

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 13

Isso é, talvez, a melhor dica que poderia ser dada a alguém que vai

fazer um concurso ou está se preparando para um a médio ou longo

prazo.

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 14

3ª Parte: Atitudes emocionais positivas

I. Ao contrário do imaginário popular, ajudar concorrentes não é trair a si

mesmo nem contribuir para o próprio fracasso. Transformar concorrentes

em aliados é uma estratégia inteligente que pode encurtar o longo caminho

até à tão desejada aprovação. Entenda dessa forma: ajudando aos outros

você está dizendo a si mesmo que está em um nível bom, ou seja, que as

pessoas precisam crescer para alcançar você. Ao contrário, as pessoas que

“sabotam” os “concorrentes” estão como que dizendo a si mesmos que

estão em um nível que qualquer um pode ultrapassá-los, e se tornam um

verdadeiro poço de insegurança. Se você se dispuser a auxiliar seus

colegas, mesmo que sejam seus concorrentes diretos (se bem que

considero concorrente direto apenas quando há uma única vaga, fora isso

você concorre consigo mesmo), você acumula créditos para ser ajudado no

futuro. Eu fui muito ajudado, e agora estou procurando ajudar você. Vale a

pena? Veja meu currículo e tire suas próprias conclusões. Por tudo isso,

comece a cultivar e desenvolver desde logo estas qualidades, pois você só

tem a ganhar:

a. Perseverança : a forma mais fácil de não se conseguir é nem tentar e a

2ª mais fácil é desistir logo que surgir a primeira dificuldade. Todo

vencedor ostenta um traço marcante: a persistência. Além disso, é

necessário fazer surgir em si a incrível capacidade de transformar os

comentários negativos em motivação. Sinceramente, não sei dizer como

esse processo funciona, mas o desânimo por causa de comentários

negativos é um dos principais fatores que levam alguém a desistir de

seus sonhos e ideais. Mantenha o máximo possível de distância de quem

só usa o tempo em pôr os outros pra baixo; você, pelo contrário, use as

palavras para incentivar seus colegas e amigos;

b. Humildade : apesar de todos sabermos e repetirmos isso de que

ninguém sabe tudo, muitas vezes agimos como se soubéssemos e

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desprezamos auxílios que poderiam nos elevar a um nível inesperado.

Não há candidatos melhores que outros, mas o que há são candidatos

mais bem preparados que outros. Ser humilde é o mesmo que dizer a si

mesmo: é possível melhorar, dá para ir mais longe, ainda não cheguei

lá, mas vou conseguir;

c. Companheirismo : atrelado ao tópico anterior, na prática quem ajuda

aos colegas também é ajudado de uma forma ou de outra e desenvolve

relacionamentos saudáveis e tranqüilidade para a hora “H”. Quando

você ajuda quem precisa, vai para prova com a sensação de que precisa

apenas dar o máximo de si pra se sair bem; quando você não ajuda é

como se estivesse concorrendo com o resto do mundo, carregando um

fardo insuportável numa ladeira íngreme. Nunca se esqueça disso: Evite

relacionar-se com pessoas pessimistas ou otimistas demais. Se umas se

iludem a respeito das dificuldades, as outras iludem os outros a respeito

das facilidades, ou seja, ninguém merece. Evite também aquelas que

são desleais aos companheiros; você não precisa de uma punhalada nas

costas justamente quando o que mais carece é de auxílio.

d. Tranqüilidade : a soma dos fatores anteriores resultará em

tranqüilidade na hora da prova. Muitos candidatos bem preparados

sucumbiram diante da prova por lhes faltar apenas isso. Uma boa dica

que vai ser útil para muitos candidatos é não estudar na véspera. Se

você estuda na véspera e chega à prova ansioso, é sinal que é melhor

mudar de tática. Talvez você não acredite, mas não estudar na véspera

produz melhores resultados do que estudar, lógico que isso não é uma

regra infalível. Outra consideração importante: um dos maiores

causadores de nervosismo é impor a si mesmo uma carga de cobrança

exorbitante ou fora da realidade pessoal. Cobre-se na hora do estudo,

na hora da prova apenas relaxe e resolva-a com a maior calma possível.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 16

4ª Parte: Quebra de paradigmas (tabus, mitos), máximas e4ª Parte: Quebra de paradigmas (tabus, mitos), máximas e macetes úteis na caminhada e Conclusão.macetes úteis na caminhada e Conclusão.

I. A experiência pessoal é um bem adquirido através de muito esforço e

sacrifício, e aqueles que se dispõem a repassá-las aos outros estão dando a

eles a imperdível oportunidade de aprenderem com seus acertos e não

repetirem seus erros. Não, não estou elogiando a mim mesmo, mas ao

dizer isso estou fazendo referência àqueles que antes de mim agiram

assim, e foi com eles que aprendi a estudar adequadamente e tento

repassar o que aprendi. Por isso, nunca desperdice a oportunidade de

aprender com a experiência de alguém mais tarimbado, pois pode significar

uma economia incrível de tempo e esforço que serão direcionados para

outros alvos igualmente importantes.

a. Mitos e tabus acerca dos concursos públicos :

i. só passa gênio : errado, passa quem estuda seguindo os passos

relatados anteriormente. Quer um exemplo? Eu mesmo. Não sou

gênio nem superdotado, mas já passei em concursos super-difíceis e,

garanto, não foi sorte nem comprei “gabarito”;

ii. só tem mutreta : a fraude é exceção, a regra é a lisura – aliás, se

nosso país seguisse a escrita de transparência dos concursos públicos

ele seria muito melhor. Ou seja, vale a pena estudar, pois ainda há

instituições sérias nesse país, e o instituto do concurso público é uma

delas;

iii. passa na sorte : sorte pode ser conceituada como a união de duas

variáveis, quais sejam: a preparação e a oportunidade. Quem estiver

bem preparado quando a oportunidade surgir saberá aproveitá-la

adequadamente. Percebeu que a preparação necessariamente

antecede a oportunidade? Pois se quiser passar em um bom concurso

a partir de hoje, comece a estudar a partir de “ontem”;

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 17

iv. qualquer coisa serve : aprenda isso, que sem foco e sem objetivos

não se chega a lugar nenhum. Hoje em dia acabou o amadorismo em

concursos públicos, pelo menos nos de maior porte e nos de salários

mais atraentes. Sem uma preparação adequada não se consegue um

resultado satisfatório. É possível que seja escolhido de imediato um

concurso inferior ao pretendido para adquirir certa estabilidade e

então ser feito um planejamento específico ao sonho almejado;

v. encarar a concorrência de forma realista : não é o nº de candidatos

que vai dizer se você será vitorioso ou não, mas a sua história

pessoal e a preparação. Seu maior concorrente é você mesmo, é

você quem pode te tirar ou colocar dentro das vagas, além do mais

você precisa apenas de uma vaga. Parece fácil demais para ser

realidade, não é? Mas é isso mesmo, nós é que complicamos aquilo

que pode ser fácil e feito sem muita complicação.

vi. não tenha medo de seus concorrentes : aja de forma – saudável,

claro – que sejam seus concorrentes a terem medo de você. Como

impor medo aos concorrentes? Preparando-se com antecedência e de

forma correta. Mas também não saia dizendo a torto e a direito que

você é “o cara”, que é isso, que é aquilo. Se assim fizer, apenas

demonstrará que está apto a assumir a próxima vaga no hospital

psiquiátrico, na em uma repartição pública. Quem olha pra

concorrência ainda não está seguro o suficiente de si mesmo para

atingir todo o seu potencial. Mas nunca deixe de tentar, mesmo que

a concorrência seja estratosférica; sua verdadeira e primeira batalha

é com a prova, depois com o desempenho dos concorrentes caso

passe na primeira;

b. Máximas e conselhos úteis : são os famosos bizus dos bam-bam-

bans do momento, aqueles que chegaram a uma espécie de “olimpo”

dos concurseiros. São vistos por muitos candidatos como heróis, mas

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 18

são tão humanos como nós mesmos, apenas mais dedicados, talvez.

Mas com certeza dignos de nossa admiração e do nosso sincero

reconhecimento pelos seus grandes feitos. Alguns desses “heróis” - que

compartilham conosco – por isso que faço questão de chamá-los

“heróis” – meros mortais, seus métodos e receitas de sucesso:

i. William Douglas, Alexandre Meirelles e Demétrio Pepice, Gustavo

Barchet – todos estes, e outros mais, têm algo de importante a dizer

e lições a repassar. Alguns montaram sites incríveis com orientações

fantásticas, não só para o mundo dos concursos, mas também para

uma vida melhor, vivida de forma vitoriosa em vários aspectos. Aliás,

estudar com dedicação sempre fará bem a qualquer um,

independente do nº. de concursos ou aprovações que sejam

conquistadas;

ii. faça resumos, rabisque à vontade de acordo com seu entendimento,

faça esboços e invente siglas. Isso pode ser a diferença entre o

sucesso e o fracasso na sua preparação (ex.: TRF1_2006 – questão

de AFO, disponível no anexo III em forma gráfica);

iii. faça o máximo de provas anteriores da banca examinadora , pois

isso pode ser essencial na resolução de algumas questões e no ganho

de tempo. Muitas questões repetem-se com o passar do tempo, ou

mesmo são semelhantes a outras já elaboradas, tornando mais fácil

a tarefa de descobrir a linha de raciocínio adotada pela banca. Se não

houver nenhum outro ganho palpável, pelo menos já vale o de te

deixar afiado e ágil no momento mais crucial de todos: responder a

prova;

iv. estude através de ciclos : para a maioria será a melhor experiência

de todas, que é estudar várias matérias praticamente ao mesmo

tempo e assimilar seu conteúdo. É algo incrível mesmo, que pode

simplesmente propulsionar sua aprendizagem a níveis jamais

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 19

alcançados. O Alex Meirelles em seu texto explica como fazê-lo de

uma forma bem didática, disponível para baixar em seu site.

c. O chute consciente : existe o chute consciente? Sim, ele existe, mas

não deve ser usado de maneira indiscriminada e é apenas um recurso

adicional. Através do chute consciente você pode potencializar as

chances de acerto em questões intrigantes, dúbias ou até então

desconhecidas:

i. identifique com precisão o que o enunciado/comando da questão

exige – isso é de importância fundamental. Evite os mesmos erros

que eu, como por exemplo, errar a questão mais fácil da prova do

MPU2007 porque marquei a CORRETA quando na verdade era para

assinalar a INCORRETA;

ii. verifique de imediato as alternativas absurdas ou ilógicas, levando-

se em conta o enunciado. Quando seu nível de estudo atinge certo

patamar, visualizar alternativas que são verdadeiras “aberrações”, na

grande maioria das vezes, não é coisa complicada de se fazer;

iii. verifique se há questões espelho (auto-excludentes). Mesmo que

você saiba absolutamente nada da questão em si, se duas

alternativas forem o contrário da outra, há mais de 90% de chance

de a resposta certa ser uma delas; ex. DNIT2006 – ADM/S01

disponível no anexo III;

iv. verifique suas marcações anteriores e observe as alternativas

restantes. No concurso TTN1994, ao responder a prova de

matemática, que consistia de 8 questões, respondi com certeza

apenas as 5 primeiras. Todavia, percebi que nenhuma das respostas

apontava a alternativa “E”, logo foi minha primeira opção de “chute”,

esperando acertar pelo menos uma das três tentativas. Dei sorte,

pois das três, duas eram a alternativa “E” e ganhei pontos preciosos.

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 20

Embora não tenham sido suficientes para ser aprovado, aprendi uma

lição importante com isso;

v. o gabarito FCC, um caso à parte: a FCC tem um estilo peculiar de

atribuir as questões em seus gabaritos, e se você tiver uma

convicção da marcação de algumas questões, há a possibilidade de

se descobrir com razoável certeza uma alternativa na sequência, ex.

de gabarito no anexo.

d. Encarando a prova : na famosa hora “H”, o que é que pode fazer

diferença a seu favor?

i. a tranqüilidade advinda de uma boa preparação . Não há nada que

substitua a tranqüilidade na hora de se responder uma prova que

poderá mudar o rumo de sua vida para melhor;

ii. a serenidade de não se cobrar um resultado irreal ou ilusório . Já

bastam os outros cobrando você, por isso não engrosse ainda mais

essa lista que, muitas vezes, é formada por pessoas que não se

importam com você nem compartilham das suas alegrias e nem

acompanham suas tristezas;

iii. uma boa condição de saúde antes e durante a prova . Invista

também em seu corpo, afinal será ele que terá de suportar as horas

intermináveis de estudos e a terrível provação de enfrentar o

cadernos de questões no dia determinado pela banca. Além disso, há

os exames caso seja aprovado. Ninguém merece passar no concurso

e ser reprovado no exame de fezes, concorda? Foi só para

descontrair, lógico;

iv. uma concentração e atenção elevadas na resolução das questões . É

inútil o candidato saber toda a matéria, de cor e salteada, se não

estiver atento e concentrado ao resolver a prova. Errar o que não se

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 21

sabe não causa grande constrangimento, mas errar o que se sabe é

bastante doloroso, principalmente quando o descobrimos apenas ao

corrigir o gabarito;

v. marcar o gabarito oficial com o máximo de atenção . Esse é outro

erro bastante comum e mais corriqueiro do que se imagina. Qualquer

um pode passar por isso de marcar errado no caderno de respostas

uma (ou mais) questão respondida corretamente na prova. Em

concursos onde uma questão tira ou põe o candidato dentro das

vagas, isso é simplesmente crucial. Eu também já passei por essa

experiência no concurso DNIT2006, mas graças a Deus não perdi a

vaga por essa falta de atenção. Mas isso, infelizmente, não pode ser

dito de todos que passaram por essa experiência tão decepcionante.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 22

ConclusãoConclusão::

I. Passar em um concurso público não é questão de sorte, embora ela

também esteja presente na ampla gama de elementos que podem

determinar o sucesso ou fracasso do candidato. Estudar para um concurso,

mesmo sendo nele reprovado, pode abrir várias outras portas. O tempo e a

dedicação despendidos nesse processo certamente serão úteis em algum

momento da vida, talvez sendo mesmo o diferencial que alçará o indivíduo

à galeria do vencedores.

II. Ser reprovado em um concurso não é o fim do mundo, pelo contrário,

pode até mesmo se tornar em um novo começo, uma nova história. Cada

experiência vivida torna-se mais um degrau vencido, mais uma etapa

ultrapassada, uma distância a menos a ser percorrida no longo caminho ao

sucesso. Desistir nunca foi uma opção para os verdadeiros vencedores,

nem deverá sequer constar em seu vocabulário caso deseje também

figurar um dia no rol dos protagonistas das grandes conquistas, mesmo

que seja considerada uma grande conquista apenas para você mesmo. Vá

em frente, há um lugar de honra à sua espera logo mais à frente.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 23

Fontes de pesquisa úteis:

http://concursos.correioweb.com.br/forum : fórum CorreioWeb;

http://meirellesedeme.googlepages.com : site do AM com links para

diversos sites interessantes, em especial “Dicas para concursos” e

“Entrevista do Deme pro Ponto”, entre outros;

www.editoraferreira.com.br : além de materiais excelentes, dicas úteis;

www.vemconcursos.com.br : materiais e dicas;

www.pontodosconcursos.com.br : excelentes materiais e dicas importantes;

www.pciconcursos.com.br : acompanhamento de editais, downloads de

provas;

www.williamdouglas.com.br : site do WD com textos motivacionais e úteis,

além de outros links, inclusive da Ed. Impetus;

http://www.euvoupassar.com.br/ : site de Aulas de Vídeo para concursos;

www.forumconcurseiros.com : imbatível para concursos da área fiscal.

Identificação:

Wallace Sousa Circuncisão, formado em Administração de Empresas pela

UFRN/1998 – Campus de NATAL/RN e atualmente exercendo o cargo de

Analista Administrativo – Administrador na Administração Pública Federal.

Concursos prestados: Banco do Brasil/1992: 156º lugar;

Banco Meridional do Brasil/1992: 9º lugar;

TTN/1994: classificação não divulgada pela ESAF;

TRE_MT/2005: 119º para Técnico Judiciário Área Administrativa;

DNIT/2006: 2º lugar para Analista Administrativo – Administrador;

SAD_MT/2006: 3º lugar para TAIG/Administrador;

AGU/2006: 4º lugar para Administrador;

TRF1/2006: 5º lugar para Analista Judiciário – Área Administrativa;

MPU/2007: 1° lugar em MT e 5° no Brasil (~ 24.000 inscritos);

TRT/2007: 31º (1850 inscritos);

CGU/2008: 3º (1458 inscritos).

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 24

Anexo I

Perguntas de um concurseiro (feitas via email):

Quantas horas por dia você estudava??olha, como eu trabalho atualmente das 7:30-11:30/13:30-17:30 só tinha

tempo no hor almoço (1h) e à noite, mas dae resolvi acordar + cedo e estudar

1h antes também - foi cansativo, mas vlw mto a pena, sem isso eu ñ teria

conseguido no TRF (eram + de 1600 cand). Isso dava pouco + de 4h/dia

líquidas (tirando as paradas). Mesmo sem trabalhar ñ conseguia, dificilmente,

estudar + q isso (4-5h);

Quanto tempo demorou, em média, de dedicação para você passar nesses concursos

do TRF e também CGU (AGU)??olha, essa perg é difícil pq demanda mto tempo, mas vou tentar resumir pra

vc: eu estudei pro BB em 1992; dae pro TTN em 1994; foi ae q cometi um

grande erro: me acomodei e deixei a vida me levar...rss; voltei a estudar em

2005 pro TRE_MT e com a ñ aprovação me decepcionei e desmotivei de novo e

arriei (desmontei) a égua... a vida me levou de novo...rss; mas no final de

2005 resolvi tomar vergonha na cara e fazer algo decente até o fim, dae

comecei a estudar pro DNIT (nem te conto o q houve) e só passei nesse pq

Jesus foi bom comigo e me ajudou mesmo, sem brincadeira; dae veio a

SAD_MT q peguei + - no embalo e consegui ficar entre os 3 tb; dae mano,

virou vício rss, vi que podia ir + longe e quis tentar vôos + altos. Parei de

estudar em maio (SAD) e retornei em agosto pro TRF quando nem tinha saído

ainda o edital; entre o edital e a prova do TRF1 saiu a AGU e eu sabia q ñ dava

pra estudar pros 2 e resolvi focar o TRF1; estudei msm pra AGU umas 2

semanas intercaladas com TRF1 porque mtas matérias eram semelhantes; foi

outra surpresa ficar em 4º na AGU empatado com a 3ª hehehe, eram 3 vgs!;

dae chegou o TRF1 e ñ fui tão bem como gostaria: fiz 85% e queria fazer

95%; terminei em 5º sem acreditar q chegaria lá... eita Jesus bão! Ah, acho q

você confundiu AGU com CGU, porque o TRF é melhor que AGU mas um pouco

inferior à CGU (um dos meus sonhos...)

Como você aproveitava o seu tempo? Aproveitava mais lendo ou mais resolvendo

exercícios??

Ambos, mas eu aprendo + exercitando porque assimilo melhor a matéria e

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 25

vejo como o examinador cobra a matéria/conteúdo, vendo onde eu passava

batido coisas que ñ achava importante mas eram exigidas em provas.

Estudava sozinho??gosto de estudar sozinho, mas se tivesse q estudar com outro colega

discutindo ñ seria problema, mas acredito que a maior parte do tempo deve-se

estudar sozinho, pelo menos eu rendo melhor assim. Fiz alguns cursinhos até

pegar ritmo; quando você sabe pouco de uma matéria é interessante fazer um

cursinho pra te abrir a mente, mas depois que embalar o melhor é pegar o

melhor material que puder e mandar brasa. Outra coisa: no TRF1 eu estudava

mto só e fazia um curso de resolução de exercícios da FCC, recomendo. Você

estudar e depois ir fazer exerc com o profº explicando os macetes, pegadinhas

etc., é 10!

Você passou em todos os concursos que você fez??hahahahahahahahahahahahahahahaha, isso foi alguma piada? - uma das

minhas maiores decepções foi o TTN1994, estudava na UFRN/Administração,

trabalhava no Banco Meridional (que praticamente me exauria) e estudava o

tempo que sobrava; acho que fiquei entre os 20 colocados, mas minha nota

me possibilitava ocupar 4 de 5 vagas no restante do Brasil - no Nordeste o

negócio era super-pesado, e ainda é. Outra decepção foi o TRE_MT em 2005:

saí do emprego 15dd depois de casar(!) – não via vantagens de continuar lá –

só pra estudar pro TRE e estudei muito errado. Pra começar fazia quase 10

anos que não estudava mais pra concursos; depois o material que consegui

não foi dos melhores; o tempo de estudo foi curtíssimo, menos de 2 meses.

Ainda assim faltou apenas uma (duas, para ser mais exato) questão pra eu

ficar com uma das vagas. Foi até melhor sabe... quem sabe se eu passasse

não teria me acomodado e hoje não estaria tendo tantas experiências pra

contar e vontade de ajudar os outros.

Obs.: fui chamado para esse concurso em set/out2007 e recusei.

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Anexo II

Entrevista por email para Fconcurseiros

Nome: Wallace Sousa CircuncisãoIdade: 34aCasado/Solteiro: casadoFormação: Administrador – UFRN1998.

O Início de Tudo:

Deixe-me avisar vc de algo: esta história é um pouco comprida. Espero que se vc se dispuser a lê-la até o fim, isso possa ser útil em sua vida. Eu gostaria de poder ter um auxílio assim qdo comecei a estudar pra concursos. Minha história começou há algum tempo, uns 10-12 anos para ser mais exato.

Trabalhar na iniciativa privada não me satisfazia, nem pessoalmente nem financeiramente. Daí para os estudos e encarar os concursos públicos foi apenas um pequeno passo. Devo registrar: um passo do qual não me arrependo de tê-lo dado.

Concursos em que foi aprovado e Concursos em que foi reprovado:

Essa é uma conta que não fecha (rss), mas vou tentar equacioná-la aqui, tirando o vestibular: meu primeiro concurso foi o do Bco do Brasil em 1991-92 no RN, a primeira prova foi anulada e na 2ª consegui me sair bem melhor, até pq estudei melhor tb – não me lembro com precisão a classificação e a concorrência. Chamaram pouquíssimos daquele concurso, uma lástima – até hoje ainda acontece.

Aproveitando o embalo (quase não estudei, mas a preparação do BB foi decisiva), fiz o do Bco Meridional, uma SEM – Soc Econ Mista – semelhante ao BB. Fiquei em 9° e fui chamado em torno de 1 ano depois. Trabalhei 3 anos lá, e aprendi que trabalhar em bco sempre foi difícil (rs). Nessa época tive um surto e queria sair de lá a qualquer custo: estudei pro TTN1994. Foi uma coisa de louco: fazia Administração na UFRN, trabalhava no Bco. Merid 6h e estudava o tempo que sobrava.

Naquela época a ESAF não divulgava a relação total dos candidatos, logo não sei dizer qual foi minha classificação, mas eram 8 vagas e devo ter ficado em 15° aprox. [edição abr/2008: qdo fui ver a lista dos aprovados e vi q meu nome não estava lá, ou seja, não vi meu nome lá, parecia q o chão havia sumido de meus pés e me senti tão abatido q me sentei em uma praça próxima e fiquei esperando o mundo se acabar...]. Naquele concurso eu teria passado em 4 de cada 5 lugares do Brasil. Natal foi um dos poucos que não obteria êxito, pro meu azar.

Algumas coisas pessoais me fizeram abandonar a carreira de concurseiro, exatamente qdo eu estava bem próximo de conseguir algo bom. Por muito tempo fiquei me martirizando por isso – nunca resolveu nada. Mas em novembro de 2004 tomei 2 decisões que mudaram o rumo da minha vida: resolvi casar e pedir

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demissão do emprego pra retornar à vida de concurseiro!

Não, não foram 2 decisões malucas... ambas deram certo. Sou grato a Deus pela esposa abençoada que Ele me deu. Mas enfim, estudei menos de 2 meses pro TREMT2005 – nível médio – após mais de 10 anos parado! Resultado? Não passei. Esse foi meu primeiro pensamento. Hoje digo: quase passei; apenas mais 1 questão e eu teria ficado entre as 60 vagas.

Mas isso me levou a ficar todo o resto do ano de 2005 me culpando e chorando pelos cantos – tb não resolveu titica nenhuma. Daí no final de 2005 assisti uma pregação de um pastor que admiro muito (Pr. Silas Malafaia: Ânimo – o agente ativador do ser). Lá eu descobri o verdadeiro culpado de meus problemas: eu mesmo! Então tomei uma decisão revolucionária: “vou deixar de ser parte do problema e me tornar parte da solução!”.

Decidi que só pararia de estudar até passar em um bom concurso. Em dezembro saiu o concurso do DNIT, com as provas marcadas para março2006. Eram 3 vagas para Administrador. Disse á minha esposa: “amor, vou fazer um concurso!”, e ela: “quantas vagas?”, “3!”. “Não tinha um mais fácil não?”; “amor, bons concursos são assim, além do mais eu só preciso de 1 vaga!”. Ganhei ela no papo (rss).

Infelizmente no meio da minha preparação, um grave problema familiar quase me tirou do páreo: o esposo da minha cunhada veio do interior se tratar de uma doença desconhecida e ficou morando conosco. Menos de 1 mês após sua chegada, ele veio a falecer – era câncer! Fiquei totalmente desestabilizado, mas faltando 10 dias para a prova decidi não desperdiçar aquela oportunidade e voltei às apostilas. Resultado: Fiquei em 2° pq passei errado pro gabarito uma questão.

Deus não me deixou fazer aquela prova sozinho, Ele estava comigo. Depois veio SADMT2006 para Administrador: 3º (empatei c/ os 2 primeiros em questões acertadas). Quando essas coisas aconteceram, descobri algo: dava para ir mais longe. E foi o que fiz, continuei estudando para bons concursos que aparecessem. Surgiu o TRF1 – Tribunal Regional Federal 1ª Região. Acompanhei pelos fóruns que logo sairia o edital, daí já iniciei os estudos em agosto e o edital saiu 45dd depois.

Nesse meio tempo saiu o da AGU – Advocacia Geral da União, para Administrador, mas como eu já estava focado no TRF1, nem dei bola. Seria praticamente impossível conciliar trabalho e estudo para ambos os concursos, então o desprezei. Mas falei dele para uma colega minha e afirmei pra ela que aquele era O concurso dela, que eu tinha certeza que uma daquelas vagas era dela! Ela acreditou mesmo e estudou pra valer.

Foi a 1ª disparada e entre as melhores notas do Brasil! Uns 15 dias antes da prova fiz uma revisão rápida, saindo um pouco do TRF1 e consegui ficar em 4º empatado com a 3ª – eram 3 vagas. Então veio a prova do TRF1, não fui tão bem como previa, mas mesmo assim consegui ficar em 5º de mais de 1600 inscritos, uma grande vitória levando em conta minhas limitações.

No MPU é que as coisas complicaram bastante: adoeci logo depois do TRF1 e fiquei de molho uns 15dd sem conseguir olhar pros livros. Depois disso tentei estudar mas o cérebro não assimilava quase nada! Estou perdido, pensei. Houve

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vezes em que tive vontade de chorar olhando para os materiais, sem conseguir estudar. Me deu vontade de desistir umas 5 vezes, pensando que iria “sujar” minha reputação de bons resultados até então.

Tomei uma decisão que me curou disso: “não importa que colocação eu fique, vou fazer essa prova! Nem que eu morra nessa batalha, mas se for para morrer que seja como um guerreiro – lutando!” Orei bastante tb, acordava de madrugada e olhava para o céu, “Senhor”, eu dizia, “me ilumine nessa prova. Vou fazer minha parte, mas me abençoe, por favor”.

E Ele me ouviu: contrariando TODAS as minhas melhores expectativas, fiquei em 1° no Mato Grosso para An. Administrativo e em 5° no Brasil. Se eu não tivesse respondido a alternativa CERTA de uma questão que era pra responder a ERRADA, teria sido o único no Brasil a fazer mais de 60 questões das 70 da prova. Dividi o podium com 2 garotas, uma de Brasília e outra do Espírito Santo – fiquei como “bendito o fruto” (rss).

Fico tremendo só de pensar SE eu tivesse desistido, mas agradeço a Deus por não ter feito essa bobagem.

Qual a estratégia quando o tempo de preparação é muito curto. Digo do edital até a prova?

Focar as matérias principais, as de maior peso e analisar as provas anteriores para descobrir quais pontos são reincidentes e mais explorados pela banca examinadora.

Qual a estratégia quando não temos previsões de concurso?

Estudar as matérias básicas/coringas, que sempre são exigidas para a área pretendida – área fiscal, jurídica, etc. Estudar num ritmo intermediário que não te deixe preguiçoso e que possibilite uma arrancada quando o edital for publicado. Ter um desempenho excelente nas matérias básicas é quase uma garantia de se sair bem no concurso pretendido. As matérias secundárias podem ser cobertas com certa facilidade se vc está bem preparado nas principais.

Quais dicas vc daria para alguém que quer se tornar um Analista do MPU? Por onde começar a preparação?

Tanto um técnico quanto um analista do MPU devem saber bem as matérias de Direito. Dir. Administrativo, Constitucional, Penal e do Trabalho são básicas para quase todos os cargos, tanto os jurídicos quanto os administrativos. Português pode ser o diferencial que vai fazer um candidato galgar posições decisivas, quando tudo o mais estiver truncado.

Como foi o seu planejamento de estudo?

Foi assim mesmo: bem planejado, à exceção dos concursos do MPU e do DNIT, cujas aprovações considero um presente de Deus, que abençoou meus estudos de forma tremenda. Neles meu nível de estudo não era suficiente para chegar aonde cheguei, mas Deus me supriu aquilo que não pude fazer por mim mesmo. Nos demais segui o modelo de estudo por ciclos do Alex Meirelles e a divisão do horário de forma racional, disponível no site do William Douglas.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 29

Um bom planejamento é simplesmente a diferença entre o sucesso e o fracasso nesses tempos de concorrência absurda e candidatos cada vez mais preparados. Um fato marcante foi eu ter feito um simulado uns 20dd antes da prova e ter me saído muito mal, mas mal mesmo. Só que eu já sabia que ia me sair mal. O que eu fiz daí pra frente foi focar aquelas matérias onde estava deficiente, e tentar me manter onde estava bem.

Contabilidade era uma das que estava mal, mas dei uma de inteligente (rss): chamei um colega de trabalho que é contador e passamos a estudar juntos essa matéria. Eu dava dicas pra ele de português e ele me ajudava em contabilidade. Resultado: das 10 consegui acertar 7, o que para mim foi fantástico, sem dizer essencial para a colocação que fiquei.

Qual é a melhor estratégia para quem só estuda, antes e depois do edital? Quantas Horas/Dia?

Difícil dizer, mesmo pq cada um tem seu ritmo, e isso é o mais importante: descobrir seu ritmo. Eu diria, sem medo de errar, que a qtde de horas de estudo deve ser aquela que vc consegue suportar. Como assim? Simples. Enquanto vc estiver estudando e assimilando, continue. Tente descobrir seu limite.

Todavia, depois que tiver descoberto qual seu tempo de estudo máximo diário, não abuse; deixe sempre aquele gostinho de “quero-mais” pro outro dia. Caso contrário, vc poderá se cansar demais num dia e não render nada no outro; o que vale mesmo é a constância e a perseverança. Quando eu estava só estudando, dificilmente conseguia estudar mais de 5h/dia líquidas (de estudo mesmo).

Mas isso era uma questão pessoal minha: nunca consegui estudar muito tempo seguido mesmo, por isso sempre tentei aproveitar ao máximo o tempo efetivamente estudado. Depois que comecei a trabalhar – 7:30-11:30 e 13:30-17:30, estudava 4h/dia. Não estava sendo suficiente, daí comecei a acordar 1h mais cedo pra estudar e assim consegui o 5° lugar no TRF1.

Sinceramente falando, considero que menos de 5h/dia líquidas de estudo são insuficientes para um resultado que possa colocar o candidato dentro das vagas.

Qual é a melhor estratégia para quem trabalha e estuda, antes e depois do edital? Quantas Horas/Dia?

A reposta desta pergunta foi dada na questão anterior.

Quais as dicas que vc daria de Bibliografia para MPU? Quais livros vc utilizou?

Em primeiro lugar, a dica básica: o que NÃO usar: apostilas condensadas! As que prestam são raras. Claro, há exceções, mas prefiro não arriscar, e somente recorro a elas em último caso. Sem dúvida, as melhores dicas de bibliografia são os livros das editoras Ferreira e Impetus.

Eu gosto e utilizo bastante as aulas online do Ponto dos Concursos, tanto pela praticidade quanto pela forma de apresentação do conteúdo. Quando eles fazem

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as aulas direcionadas para o concurso, é certamente uma das melhores opções. A desvantagem é que não são baratas.

Qual a sua opinião a respeito de cursos preparatórios?

Se for um bom cursinho, sem dúvida vale a pena. Eu mesmo freqüentei um aqui em Cuiabá/MT antes do concurso da SAD e foi decisivo, pelo menos para ficar nas primeiras colocações. Mas uma verdade deve ser dita: o que faz o candidato passar não é o cursinho, por melhor que ele seja, mas sim a dedicação individual do candidato, seus estudos particulares.

O cursinho ajuda muito em relação a tirar dúvidas, resolver questões e descobrir macetes, mas o empenho individual certamente é a mola mestra que catapulta o concurseiro para dentro do número de vagas ou das primeiras colocações.

Quais foram seus maiores erros e acertos na sua preparação para concursos?

Os erros foram muitos, e os acertos poucos, mas louvo a Deus que os acertos foram mais decisivos que os erros! Os erros foram, entre outros, querer desistir várias vezes, desanimar por causa do CR (cadastro reserva, que denominei de sofrimento reserva), que mesmo você sendo bem colocado, não tem qualquer perspectiva de ser chamado – pelo menos na área administrativa.

Os acertos foram não ter desistido (no auge da angústia recebi um email de amigos sobre não desistir, um dos melhores que já li sobre esse tema) e ter lançado mão da ajuda dos amigos, ter focado onde estava fraco e, considero isso essencial, ter orado pedindo a bênção de Deus na hora da prova. Ainda que alguém ache bobagem eu dizer isso, mas ter sido o 5º do Brasil me dá a certeza que fiz a coisa certa.

Outra coisa interessante que ocorreu: decidi não estudar na véspera, tal como fiz pro TRF1. Fiz um acordo com meu cérebro: na reta final tive uma conversa séria comigo mesmo e disse assim pra mim mesmo - “olha cérebro, vou te dar descanso na véspera, mas até lá vou te cobrar muito! E tem mais, vou confiar em você! Vou deixar que você faça como achar melhor para guardar e se lembrar das matérias no dia da prova. No sábado nem vou pegar nos livros, mas no domingo quero você mais afiado que navalha de barbeiro”. E fiz assim mesmo e não me arrependo.

Qual a sua opinião a respeito de se focar ou não em um concurso?

Depende. Na maioria das vezes é importante focar sim, principalmente se você tem tempo disponível e já está estabilizado financeiramente ou tem quem o sustente. Fora isso, uma opção é tentar um concurso mais fácil ou meio-termo e depois fazer um planejamento para o concurso dos sonhos.

Quais os conselhos que vc daria para alguém que está batendo na trave há algum tempo e ainda não chegou lá?

Não desista! Se eu não tivesse parado em 1994, quando quase passei no TTN (hoje TRF), já estaria bem há muito tempo. Quando não passei no TRE2005, por causa de apenas 1 questão, minha 1ª impressão foi: que decepção, estudei tanto

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e não passei. Isso me levou simplesmente a ficar 1 ano totalmente alheio a tudo, desiludido e desanimado.

Se eu tivesse pensado de forma mais sábia, tipo “Puxa, faltou pouco! Mais um pouquinho e chego lá!”, o caminho para o sucesso teria sido muito mais curto e com bem menos sobressaltos. Lembro do que Kaká, da seleção brasileira disse: “Não me incomodo de errar. Quando eu acertar, ninguém vai mais se lembrar dos meus erros, mas todos vao comemorar o gol comigo” (uma paráfrase).

Assim também deve ser conosco, erramos muito, mas quando acertarmos, todo o esforço terá valido a pena e seremos lembrados pelo acertos, não pelos erros. Está batendo na trave? Quem sabe a bola volta, bate no goleiro e entra? Não foi assim que o Brasil perdeu pra França em 1986? pois bem, continue chutando que uma hora entra.

Quanto tempo vc estudou exclusivamente para o MPU? Pq vc escolheu este concurso?

Não muito tempo, mas o que estudei para todos os concursos antes do MPU foram úteis no sucesso que alcancei nele. Ou seja, os estudos pro DNIT, SAD, AGU e TRF12006, todos, sem exceção, contribuíram para que no MPU eu me saísse de forma tão surpreendente (até para mim). Escolhi o MPU porque era o que estava na mira, também porque havia saído do TRF12006 bem classificado, e se passasse nele, teria a oportunidade de ser chamado para ambos e escolher, já que eles se equivaliam.

Como vc se preparou nos dias que antecede e no dia da prova (estudou, revisou ou relaxou)?

Falei sobre isso em pergunta anterior, mas vou acrescentar o seguinte: no TRF12006 estudei na véspera, mas muito mesmo. Que eu me lembre, acertei apenas uma questão de todo o dia que estudei e vi aquela matéria específica. Todavia, errei 2 questões que eu sabia e marquei uma tremenda bobeira. Logo, fazendo um balanço, acho que saí no prejuízo. Não tenho certeza, mas me parece que o stress de estudar na véspera deixa o candidato propenso a errar coisas simples, banais, coisas que ele sabe e não erraria em situação normal.

Depois desse concurso do MPU que relaxei na véspera, não pretendo mais quebrar a cabeça assim. Se eu tiver que ralar, vou ralar até o dia anterior, na véspera vou só relaxar mesmo. Quando fiz o concurso do Banco do Brasil, meu 1º concurso, quando o BB ainda tinha status, relaxei na véspera e o resultado também foi bom. Todavia, no DNIT o estudo da véspera foi crucial, mas nesse ocorreram fatores de força maior que me impediram de estudar no tempo adequado.

Aconselho ao candidato tentar descobrir o que é melhor para ele.

O Fórum Concurseiros: dê sua opinião.

O FConcurseiros é, sem dúvida, um espaço essencial para todo aquele que deseja se preparar para um concurso de forma eficiente e satisfatória. No meu caso, participar de um fórum representou dar um salto de qualidade na minha preparação que foi decisiva. Através do FConcurseiros conheci o Halex Maciel, que compartilhou comigo um material de primeira qualidade, responsável direto pelos

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Dicas Úteis para Concurseiros – 5ª Edição/out2010 32

resultados que obtive da AGU2006 em diante.

Todavia, minha participação no fórum não foi das mais atuantes, por 2 fatores: 1º que a mudança de endereço (servidor) me desvinculou um pouco do contato que tinha; 2º que os concursos que prestei não existiam muitos interessados nele. Mas quero ressaltar que para área fiscal, entre outras, não conheço outro espaço que seja tão importante para os candidatos quanto o FConcurseiros.

Quer falar mais alguma coisa? Pode escrever ou complementar as perguntas.

Curiosidades dos concursos que prestei:

- TREMT2005: faltaram duas questões para me colocar dentro das vagas (eram 60 e fiquei em 119º);

- DNIT2006: errei uma questão ao passar para o gabarito, e perdi o 1º lugar por isso. Não pensei que iria passar, mas tive um sonho que me via surpreso por haver passado em 2 fases de um mesmo concurso (objetiva e discursiva), o que se concretizou;

- AGU2006: estudei 15dd antes da prova especificamente para ele, saindo da preparação do TRF12006. Fiz a 2ª nota em questões, mas nos pesos empatei com a 3ª e fiquei em 4º;

- TRF12006: no meio da preparação, tive um sonho em que eu olhava a relação dos aprovados. Fiquei quase desesperado porque meu nome não estava nem entre os 15 primeiros. Esse foi um dos motivos que me fez começar a estudar também de madrugada e conquistar o 5º lugar. Duro foi ter de aguentar até sair a lista final, pois eu só fiquei despreocupado até sair o resultado da redação! rss

- MPU2007: errei a 1º questão que fiz da prova – a mais fácil de informática! Marquei a CERTA e era pra marcar a ERRADA! Por causa disso, deixei de ser o único do Brasil a acertar mais de 60 questões das 70. Esses erros banais às vezes nos custam uma aprovação. E são os mais dolorosos. No meu caso não fez falta: de 5º nacional teria sido o 3º (não o 1º por conta dos pesos), mas para muitos pode ser o motivo de não serem aprovados dentro do limite de vagas.

Espero que estas palavras sejam úteis para lhe ajudar a estudar melhor e, principalmente, não desistir diante das dificuldades a que todos estamos sujeitos. Sinceramente, que Deus te abençoe caro leitor anônimo e companheiro de provas. Desejo que um dia também possamos compartilhar das vitórias. Amém.

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Anexo III

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