concreto - unifemm

90
Materiais de Construção I Prof: Engº Luciano Saraiva - 1º SEMESTRE 2015 CURSO: Engenharia Civil 8º período - UNIFEMM

Upload: guilhermeprojeto3896

Post on 06-Sep-2015

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Fundamentos do concreto

TRANSCRIPT

  • Materiais de Construo I Prof: Eng Luciano Saraiva - 1 SEMESTRE 2015

    CURSO: Engenharia Civil 8 perodo - UNIFEMM

  • CONCRETO

  • 1 - PREMISSAS Definio: Material de larga aplicao na Construo civil obtido pela composio de cimento, agregados e gua, podendo conter aditivos que tambm influenciam seu desempenho (COUTO,2000). Tecnologia do Concreto A tecnologia do concreto envolve vrias fases:

    Definio da dosagem (trao): atender s condies de projeto Produo: realizada na obra ou em central Transporte, Lanamento, Adensamento e Cura.

    CONCRETO

  • CONCRETO

    O consumo mundial total de concreto,

    atualmente, foi estimado em 11 bilhes

    de toneladas, ou seja, duas toneladas por

    ser humano vivo. O homem no consome

    nenhum outro material em tal

    quantidade, a no ser a gua. (MEHTA; MONTEIRO, 2008)

  • CONCRETO

    O concreto no to duro nem to resistente

    quanto o ao; porque, ento to utilizado

    como material de engenharia?

    facilidade e disponibilidade de encontrar os materiais que o compem e a um custo

    relativamente baixo;

    facilidade de execuo; adaptao a praticamente todo tipo de forma e tamanho;

    excelente resistncia gua e a diversas aes.

  • CONCRETO

    Obras-de-arte especiais

    Ponte Juscelino

    Kubitscheck,

    Braslia DF (2002)

  • CONCRETO

    Obras de servio

    Canal de irrigao do Projeto

    Baixo Acara, CE (2012)

  • CONCRETO

    Edifcios

    Hotel Burj Al-Arab em

    Dubai, EAU (1999)

    60 andares, 320m

  • Histrico do concreto: Romanos:

    Mistura de pedra com cinzas vulcnicas do Vesvio

    (cidade de Puzzoli);

    Concreto leve no Panteo: 7 tipos diferentes

    CONCRETO

    Nova notcia do concreto: 1770 com a Igreja de Santa Genoveva

    (Panteo de Paris) em alvenaria

    armada construda por Rondelet

    Panteo de Roma

    (110-125 D.C.)

  • Histrico do concreto:

    CONCRETO

    Smeaton e Parker : pesquisas sobre cimento;

    Smeaton (1791): base do Farol de Eddistone;

    J. Aspdin (1824) e Vicat: cimento portland;

    Johnson (1845): cimento atual;

    Lambot (1849): Barco em cimento armado;

    Monier (1861): objetos e patentes em cimento armado;

    Hyatt (1877): patente para viga em concreto armado; Mrsch (1902): teoria para o concreto armado;

    Mrsch e Kenen (1912): princpios do concreto protendido;

    Freyssinet (1928): pai do concreto protendido;

    Final da dcada de 50: CAR (35 MPa)

    Atualmente: CAD

    Engenharia & Arquitetura: Oscar Niemeyer

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    Primeira obra: 1892 - casas de habitao; Saneamento em Santos (1907): vrias obras, entre elas a ponte

    sobre a Rua Senador Feij

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    1926 - Marquise da Tribuna de Scios no

    Jockey Club do Rio: balano de 22,4 m

    (recorde mundial);

    1930 - Elevador

    Lacerda: 73 m de

    altura, maior

    elevador para fins

    comerciais do

    mundo

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    1928 1931 - Edifcio A Noite: 22

    pavimentos, com 102,8 m de altura

    (recorde mundial)

    1930 - Ponte de Herval: 68 m de vo em

    viga reta; balanos sucessivos (recorde

    mundial);

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    1969 - Museu de Arte de So Paulo (MASP): laje com 30 x 70 m livres (recorde mundial por muitos anos)

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    2010 Cidade Administrativa

  • Concreto no Brasil:

    CONCRETO

    l 1982 - Usina Hidreltrica de Itaipu: recorde mundial em barragem

    de gravidade aliviada, com 190 m de altura e mais de 10 milhes

    de metros cbicos de concreto

  • Concreto fresco: Ter trabalhabilidade adequada s condies de utilizao, definidas pelo transporte, lanamento e adensamento.

    Concreto endurecido: Ter caractersticas definidas pela resistncia aos esforos mecnicos a que ser submetido e pelas questes relativas durabilidade.

    Aditivos: Produtos adicionados ao concreto com funo de melhorar o seu desempenho. Tipos Aditivos:

    plastificantes (melhoram trabalhabilidade,facilitando seu adensamento), Aceleradores e Retardadores de pega (regulam o perodo do manuseio do

    concreto), Impermeabilizantes etc.

    CONCRETO

  • 2) PRODUO DO CONCRETO: Requer mistura homognea (pasta de cimento deve envolver os gros

    de areia e brita).

    Mistura no homognea decrscimo da resistncia mecnica e durabilidade.

    Pode ser feita manual ou mecnica (manual indicada para obras de

    pequeno porte quantidade mxima de 50kg de cimento). 3) TRANSPORTE DO CONCRETO: Depende da distncia entre o local de amassamento (produo) e o

    local de lanamento: deve ser feito o mais rpido possvel para evitar

    incio das reaes de hidratao do cimento (incio de pega).

    CONCRETO

  • 3) TRANSPORTE DO CONCRETO:

    CONCRETO

    FREITAS,J.A.

  • 3) TRANSPORTE DO CONCRETO:

    CONCRETO

    Tipo Equipamentos

    Horizontal Carrinho de mo, dumpers e caminho betoneira

    Vertical Guinchos,gruas e elevadores de carga.

    Oblquo Correia transportadora, calhas e bombas.

  • 4) LANAMENTO DO CONCRETO:

    Requer cuidados para ser bem realizado;

    Especial ateno:

    Ao tempo entre a produo e o lanamento;

    preparao das formas que recebero o concreto;

    altura e as camadas de lanamento do concreto.

    CONCRETO

  • 4) LANAMENTO DO CONCRETO:

    CONCRETO

    Cuidados Consideraes

    Tempo entre a produo e o lanamento

    Sem aditivo 30 min Aps este prazo h perda de trabalhabilidade

    Com aditivo Varivel

    Preparao das formas para lanamento

    -Formas estanques e saturadas de gua.

    - Preencher uniformemente a forma

    Altura de lanamento

    At 2 metros Lanamento normal

    Acima de 2 metros

    Abertura de janelas nas formas; colocao de 5 a 10 cm de argamassa para evitar acmulo de agregado grado na base, lanamento do concreto em camadas para facilitar o adensamento.

    Camadas de lanamento As camadas de lanamento devem ter altura igual a, aproximadamente, de altura do vibrador.

  • 4) LANAMENTO DO CONCRETO: Cuidados a serem observados no lanamento do concreto:

    CONCRETO

    FREITAS,J.A.

  • 4) LANAMENTO DO CONCRETO: Cuidados a serem observados no lanamento do concreto:

    CONCRETO

    FREITAS,J.A.

  • 5) ADENSAMENTO: O adensamento do concreto fresco o processo de compactao atravs do qual so eliminados os vazios da massa, aumentando a resistncia, a impermeabilidade e a durabilidade do concreto endurecido (RIBEIRO,2000) Falta e excesso de adensamento (vibrao) so prejudiciais ao concreto:

    Falta: buracos, brocas, bicheiras etc; Excesso: segregar os agregados.

    Regras a serem seguidas (vibrador mecnico/mangote):

    Tempo de vibrao: depende de fatores tais como frequncia de vibrao, abatimento do concreto, forma dos agregados;

    Colocar agulha preferencialmente na vertical; Introduzir a agulha e retirar lentamente para evitar buracos; Vibrar por perodos curtos, em pontos prximos uns aos outros

    (profundidade no superior ao comprimento da agulha); Ao vibrar uma camada, fazer com que a agulha atinja a camada anterior,

    assegurando ligao entre elas; Evitar vibrar em pontos prximos s formas (menos de 10cm) evitando

    que elas se deformem.

    CONCRETO

  • 5) ADENSAMENTO:

    CONCRETO

    FREITAS,J.A.

  • 5) ADENSAMENTO:

    CONCRETO

    SILVA, P.F.

  • 5) ADENSAMENTO:

    O vibrador ainda o equipamento mais utilizado para o adensamento do concreto entretanto, outros equipamentos podem ser utilizados, como exemplo, a rgua vibratria:

    CONCRETO

  • 6) CURA: Feita aps o adensamento a fim de evitar a evaporao da gua de amassamento; A cura evita a retrao (responsvel pelo aparecimento de fissuras e trincas); Fazer proteo nos primeiros 7 dias, contados a partir do lanamento:

    molhando continuamente a superfcie do concreto (irrigao);

    Mantendo lmina dgua sobre a pea concretada (submerso);

    Recobrindo a superfcie com plsticos e similares.

    CONCRETO

  • 7) CLASSIFICAO DO CONCRETO

    ESTRUTURAL:

    Produo Dosado em obra

    Dosado em central

    Trabalhabilidade

    Convencional

    Bombevel

    Projetado

    Moldagem

    Pr-moldado

    Armado

    Protendido

    CONCRETO

  • TIPOS DE CONCRETO:

    CONCRETO

    Pr fabricado

    Branco

    Aparente

    Fotocataltico

    Translcido

    Rolado Resfriado Auto adensvel Colorido Leve Pesado Submerso Ciclpico Celular Alta resistncia inicial Com fibras Projetado massa

  • CONCRETO LEVE

    Massa especfica: < 1850 kg/m3

    Trabalhabilidade: melhor

    Permeabilidade: baixa

    Custo: baixo

    Resistncia compresso: baixa / moderada

    Agregados: escria de alto forno, argila expandida,

    lodo de esgoto, vermiculita, pedra pomes, eps, celular

    Aplicaes: pr moldados, estruturas termoacsticas,

    estruturas leves, coberturas, nivelamento de piso,

    paredes e forros isolantes

    CONCRETO

  • CONCRETO PESADO

    Massa especfica: > 3300 kg/m3

    Trabalhabilidade: pior

    Permeabilidade: baixa

    Custo: alto

    Resistncia compresso: alta

    Agregados: barita, magnesita, limonita, hematita

    Aplicaes: blindagem radioativa (cmaras de raio

    x, paredes de reatores nucleares), estruturas

    inerciais (bases, lastros e contra pesos)

    CONCRETO

  • CONCRETO MASSA Concreto de uma estrutura macia, cujo volume de concretagem requer cuidados especficos para combater alterao de volume e calor de hidratao. Trabalhabilidade: pior Custo: baixo Resistncia compresso: moderada Agregados: teor mnimo de vazios Permeabilidade: cuidado com juntas de concretagem Aplicaes: peas de grandes dimenses e volume de concreto (barragens, grandes blocos de fundao)

    CONCRETO

  • CONCRETO COMPACTADO COM ROLO

    Concreto seco e com consistncia tal que permite ser adensado com equipamentos tpicos de obras de terra, como o rolo

    compressor. Tambm chamado de concreto rolado.

    Custo: baixo (cimento, frmas, transporte, lanamento, compactao)

    Agregados: DMC < 38mm

    Agregados: sua quantidade e qualidade influenciam na fluncia do

    concreto

    Aplicaes: Pavimentao rgida, barragens, sub-base de pisos

    Permeabilidade: alta

    CONCRETO

  • CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (CAD)

    Concreto que atende satisfatoriamente os requisitos de resistncia mecnica, esttica, acabamento, trabalhabilidade, integridade e

    durabilidade.

    Facilidade de aplicao

    Adensamento sem segregao

    Resistncias elevadas

    Impermeabilidade

    Tenacidade

    Estabilidade volumtrica

    Estabilidade mecnica e dimensional

    Longevidade em ambientes agressivos

    Aplicaes: plataformas marinhas, prospeco de petrleo,

    estruturas de longos vos, estruturas especiais, pr moldados

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: A dosagem do concreto pode ser definida como sendo a proporo

    adequada dos materiais cimento, gua, agregados e, eventualmente,

    aditivos, de maneira que o produto resultante dessa mistura atenda aos

    seguintes requisitos: a) No estado fresco: o concreto deve possuir trabalhabilidade adequada para

    que, de acordo com os meios disponveis na obra, possa ser transportado,

    lanado e adensado, sem ocorrncia de segregao, de acordo com as

    normas correntes da boa execuo de obras de concreto;

    b) No estado endurecido: o concreto deve possuir caractersticas especificadas

    no projeto da obra, tendo resistncia, durabilidade, permeabilidade etc.,

    compatveis com as solicitaes impostas pelas condies e destino a que

    estar sujeita a obra acabada;

    c) Todas as propriedades exigidas nos dois estados devem ser conseguidas

    com o menor custo possvel para que a obra seja economicamente vivel e

    competitiva com outros materiais alternativos para sua execuo.

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: Dosagem no experimental (ou emprica):

    Trao fixado pela experincia do profissional ou com auxlio de tabelas;

    Obras de pequeno porte e quantidade mnima de cimento de 300kg/m.

    Dosagem experimental:

    Materiais e concreto previamente ensaiados em laboratrio;

    Visa estabelecer o trao do concreto com a consistncia e trabalhabilidade previstas;

    Mtodos mais conhecidos: ACI (American Concrete Institute), ABCP (Associao Brasileira de Cimento Portland), IPT (Instituto de Pesquisa Tecnolgicas de So Paulo) e INT (Instituto Nacional de Tecnologia);

    Diretamente ligada fixao do fator A/C: depende da resistncia de dosagem das caractersticas da obra e da definio de uma trabalhabilidade compatvel com os materiais e execuo do concreto.

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: Ao se iniciar uma dosagem de concreto fundamental a anlise

    das suas caractersticas e, para tanto, so definidas as

    particularidades do projeto, tais como:

    8.1) Resistncia caracterstica do concreto compresso (fck):

    Carga que a estrutura de concreto dever suportar, em Mpa. Valor

    definido em projeto pelo calculista da estrutura.

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.2) Condies de controle adotado na obra (NBR-12655) Em funo do tipo de controle do concreto a ser adotado na obra ser definido o desvio padro sd" de clculo, ou seja, o coeficiente de segurana a ser empregado. 8.3) Dimenso mnima das formas e espaamento mnimo das ferragens De acordo com a NBR 6118 e NBR 7583 a dimenso mxima do

    agregado no deve ser maior que:

    1/4 da menor distncia entre faces de formas;

    1/3 da espessura das lajes;

    5/6 da distncia entre duas barras longitudinais horizontais na armadura;

    1/2 da distncia de duas barras longitudinais dispostas verticalmente.

    Obs: referncias baseadas na dimenso mnima das formas e espaamento mnimo das ferragens

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: Classificao dos agregados grados

    CONCRETO

    Classificao Peneiras normalizadas Utilizao

    Brita 0 4,8 9,5mm Concreto convencional

    Brita 1 9,5 19,0mm

    Brita 2 19,0 25,0mm

    Brita 3 25,0 38,0mm Concreto massa

    Brita 4 38,0 64,0mm

    Pedra de mo > 76mm Fundao

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.3) Dimenso mnima das formas e espaamento mnimo das ferragens: Exemplo 1- Uma laje com 100 mm de espessura: - 1/3 da espessura da laje corresponde a 33,3 mm, portanto seria possvel executar o concreto com agregado grado de at 25 mm (brita n. 2). Exemplo 2 - Uma laje com 70 mm de espessura: - 1/3 da espessura da laje corresponde a 23,3 mm, portanto seria possvel executar o concreto com agregado grado de at 19 mm (brita n. 1). Alm das dimenses das peas e espaamento das armaduras, outro fator que pode limitar a dimenso mxima do agregado o lanamento do concreto por meio de bombeamento, onde Dmx limitada pelo dimetro da tubulao.

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.4) Durabilidade do concreto (Ambiente de exposio)

    Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental NBR 6118/2007

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.4) Durabilidade do concreto (Ambiente de exposio)

    NBR 12655/2006

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.4) Durabilidade do concreto (Ambiente de exposio)

    NBR 6118/2007

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.5) Fundamentos do mtodo de dosagem:

    8.5.1) Resistncia da dosagem:

    fcj = fck + 1,65 Sd

    Fck = Resistncia caracterstica do concreto compresso, especificada no projeto estrutural;

    Fcj = Resistncia do concreto compresso, prevista para a idade de j dias;

    Sd = Desvio padro em funo do grau de controle da obra.

    CONCRETO

    Sd = 2,0MPa a 4,0 MPa

    Controle estatstico (materiais medidos em peso; qualquer classe de concreto; desvio padro conhecido)

    Sd = 4,0MPa Controle rigoroso (materiais medidos em peso; C10 a C80; desvio padro estimado)

    Sd = 5,5MPa

    Controle razovel (cimento medido em peso e o restante em massa ou volume; C10 a C25; desvio padro estimado; controle de umidade do agregado mido)

    Sd = 7,0MPa

    Controle regular (cimento medido em peso e o restante em volume; C10 a C15)

    NBR 12655/2006

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.5) Fundamentos do mtodo de dosagem:

    8.5.2) Fixao da Relao gua/Cimento:

    Essa fixao deve ser feita com bases nos critrios de durabilidade

    e de resistncia mecnica preconizados nas normas da ABNT.

    Pode-se tambm realizar estudo especfico levando em

    considerao o grau de exposio e a intensidade dos agentes

    agressivos ao concreto, adotando-se a relao a/c e o tipo de

    cimento mais adequados para a vida til prevista para a estrutura.

    A escolha da relao a/c em funo da resistncia mecnica do

    concreto deve ser feita com base na Curva de Abrams do cimento a

    ser utilizado. Quando isso no for possvel, emprega-se a Curva a

    seguir, lembrando que apenas uma aproximao da Curva de

    Abrams, conhecida tambm como Curva de WALZ:

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: Fixao da relao gua/cimento

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    Para a utilizao dessa curva, baseia-se no conhecimento

    prvio da resistncia normal do cimento ou na sua estimativa.

    Portanto, na adoo da relao a/c, podem ocorrer trs

    situaes distintas:

    a) Quando a resistncia normal do cimento conhecida;

    b) Quando a resistncia normal do cimento desconhecida

    mas conhecida a resistncia mdia do cimento em

    questo ( a situao que normalmente ocorre, quando se

    utiliza uma mesma marca de cimento durante um certo

    tempo e a sua resistncia pode ser estimada com auxlio

    dos valores conhecidos);

    c) Quando o desconhecimento total (nesse caso adota-se

    como resistncia normal do cimento a resistncia mnima

    especificada pela norma).

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.3) Determinao aproximada do consumo de gua do concreto (Ca): bastante difcil, ou quase impossvel, expressar o consumo de gua por meio de uma lei matemtica uma vez que vrios so os fatores que influenciam (distribuio granulomtrica, forma e textura dos gros etc). A gua de amassamento dever ser determinada experimentalmente e os valores frequentemente recomendados, ou obtidos por meio de equaes empricas, devem ser usados apenas como primeira aproximao.

    Os valores constantes no quadro 2 so recomendados como pontos de partida para o consumo de gua de concretos preparados com agregados grado britado (granito), agregado mido (areia de rio), consumo de cimento da ordem de 400kg/m e abatimento entre 40 e 100mm

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.3) Determinao aproximada do consumo de gua do concreto (Ca):

    CONCRETO

    Abatimento

    do tronco

    (mm)

    Dimenso mxima

    caracterstica do agregado

    graudo (mm)

    9,5 19,0 25,0 32,0 38,0

    40 a 60 220 195 190 185 180

    60 a 80 225 200 195 190 185

    80 a 100 230 205 200 195 190

    Quadro 2 Consumo de gua aproximado (L/m)

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.3) Determinao aproximada do consumo de gua do concreto (Ca):

    A determinao exata do consumo de gua pode ser obtida atravs de 2

    ou 3 tentativas atravs do ensaio de abatimento. Pode-se usar tambm a

    equao:

    Car = Cai (ar/ai)

    Onde:

    Car = consumo de gua requerida

    Cai = consumo de gua inicial

    ar = abatimento requerido

    ai = abatimento inicial

    CONCRETO

    0,1

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.4) Determinao do consumo de cimento (C):

    O consumo de cimento inicial calculado diretamente com base no

    consumo de gua e na relao a/c:

    C =

    Notas:

    -O clculo depender da gua e o acerto do consumo de cimento da preciso

    com que foi feita a sua estimativa;

    -O consumo de cimento geralmente no afeta a resistncia mecnica do

    concreto mas, se for muito elevado pode ocasionar um pequeno decrscimo

    da resistncia;

    CONCRETO

    Ca

    a/c

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.5.5) Determinao do consumo de agregado grado (Cb):

    CONCRETO

    MF Dmx (mm)

    9,5 19 25 32 38

    1,8 0,645 0,770 0.795 0,820 0,845

    2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825

    2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805

    2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785

    2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765

    2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745

    3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725

    3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705

    3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685

    3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665

    Quadro 3 Volume compactado seco (Vc) de agregado grado por m de concreto.

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.5) Determinao do consumo de agregado grado (Cb):

    A determinao de Cb feita pela expresso:

    Cb = Vc x Mc (kg/m)

    Onde:

    Vc e Mc so, respectivamente, o volume compactado por m do concreto

    (Quadro 3) e a massa unitria compactada do agregado grado.

    CONCRETO

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO:

    8.5.5) Determinao do consumo de agregado grado (Cb):

    O agregado grado pode tambm ser composto por duas ou

    mais britas, recomendando-se que elas sejam proporcionadas

    de acordo com um critrio lgico e no aleatoriamente.

    CONCRETO

    Britas Utilizadas Proporo

    B0, B1 30% B0 e 70% B1

    B1, B2 50% B1 e 50% B2

    B2, B3 50% B2 e 50% B3

    B3, B4 50% B3 e 50% B4

    Quadro 4 Proporcionamento de britas

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.5.6) Determinao do consumo de agregado mido (Cm):

    para em kg/dm3

    para em kg/m3

    CONCRETO

    a

    a

    b

    b

    c

    m

    CCCV 1000

    a

    a

    b

    b

    c

    m

    CCCV 1

    mmm VC .

  • 8) DOSAGEM DO CONCRETO: 8.5.7) Apresentao do trao:

    Trao a proporo dos constituintes do concreto, indicada em

    massa ou em volume, em relao a uma parte de cimento.

    Cimento (1) : areia : brita : relao a/c

    O trao ser assim determinado:

    Obs: deve-se indicar tambm o consumo de cimento

    CONCRETO

  • 9) CONCRETO DOSADO EM CENTRAL: Concreto convencional dosado em central misturado em equipamento estacionrio ou em caminho betoneira; Deve ser entregue em caminho betoneira antes do incio de pega (em local e tempo previamente determinados); Vantagens:

    Controle tecnolgico dos materiais empregados;

    Mistura homognea;

    Racionalizao de espao em canteiro de obra;

    Diminuio de custos com mo-de-obra.

    Sua utilizao deve ser feita em 2 ou 3 horas, garantindo boa trabalhabilidade e fcil adensamento; Pode ser aplicado em todo tipo de obra (fundaes pilares, vigas, lajes, escadas,piscinas, muro de arrimo etc).

    CONCRETO

  • 9) CONCRETO DOSADO EM CENTRAL: Para solicitar os servios de uma central:

    Resistncia caracterstica do concreto compresso (fck

    de projeto);

    Abatimento (slump);

    Tamanho do agregado grado a ser utilizado (em funo

    das dimenses da pea e das distncias entre

    armaduras);

    Volume calculado do concreto;

    Indicaes de localizao da obra e hora da

    concretagem.

    CONCRETO

  • 9) CONCRETO DOSADO EM CENTRAL:

    CONCRETO

  • Resistncia da dosagem: fcj = fck + 1,65 sd

    fck = Resistncia caracterstica do concreto compresso, especificada no projeto estrutural; fcj = Resistncia do concreto compresso, prevista para a idade de j dias; sd = Desvio padro em funo do grau de controle da obra.

    CONCRETO

    Sd = 2,0MPa a 4,0 MPa

    Controle estatstico (materiais medidos em peso; qualquer classe de concreto; desvio padro conhecido)

    Sd = 4,0MPa Controle rigoroso (materiais medidos em peso; C10 a C80; desvio padro estimado)

    Sd = 5,5MPa

    Controle razovel (cimento medido em peso e o restante em massa ou volume; C10 a C25; desvio padro estimado; controle de umidade do agregado mido)

    Sd = 7,0MPa

    Controle regular (cimento medido em peso e o restante em volume; C10 a C15)

  • Classe de agressividade ambiental:

    Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental NBR 6118;2003

    CONCRETO

  • Escolha do fck e fator a/c - Classe de agressividade ambiental:

    Correspondncia entre a classe de agressividade ambiental e a qualidade do concreto.

    NBR 6118:2003

    CONCRETO

  • Fixao da relao gua/cimento:

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.4.2) Parmetros de durabilidade:

    O concreto endurecido, estando sujeito a severas condies de

    exposio, deve ser dosado levando-se em considerao a

    durabilidade e no somente a resistncia que se deseja obter.

    Para se garantir, ou simplesmente aumentar, a vida til das

    estruturas executadas com concreto vrios fatores devem ser

    considerados, tais como: a) Condies ambientais

    b) Condies de exposio

    c) Classes de concreto

    d) Tipo de cimento

    e) Consumo mnimo / mximo

    f) Resistncia caracterstica (fck)

    g) Fixao do fator gua/cimento

    h) Cobrimento de armadura

    i) Proteo superficial

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: a) Condies ambientais:

    CONCRETO

    Condies

    ambientais

    Tipo

    Ambiente seco (1)

    Interior de edifcios de apartamento e escritrios

    Ambiente mido (2)

    Interior de edifcios com alta umidade

    Peas ao ar livre

    Peas em contato com solo ou gua, no agressivos

    Ambiente marinho (3)

    Peas imersas parcialmente em gua do mar ou zona molhada

    Peas em contato com o ar (saturado de sal)

    Ambiente quimicamente

    Agressivo (4)

    Peas em contato com solo, lquido ou gs com agressividade

    qumica

    Tabela 1 - Condies ambientais

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: b) Condies de exposio:

    Podemos citar como exemplo de exposio em meios

    agressivos os seguintes:

    . gua do mar

    . guas puras

    . guas residuais cidas

    . guas de regies pantanosas ricas em hmus

    . Atmosferas cidas de centros urbanos e industriais

    . Atmosferas viciadas

    . Graxas e leos.

    . Substncias qumicas agressivas

    . Meio abrasivo

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: c) Classes de concreto:

    A NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - define as classes de

    resistncia do concreto de acordo com a tabela a seguir:

    CONCRETO

    Classes de resistncia do Grupo I

    Classes de resistncia do Grupo II

    Grupo I

    Resistncia Caracterstica

    (MPa)

    Grupo II

    Resistncia Caracterstica

    (MPa)

    C10

    C15

    C20

    C25

    C30

    C35

    C40

    C45

    C50

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    C55

    C60

    C70

    C80

    55

    60

    70

    80

    Tabela 2 - Classes de resistncia do concreto

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    d) Tipo de cimento

    O tipo de cimento dever ser compatvel com a exposio da estrutura e

    atender ao especificado nas tabelas 3 e 4, a seguir.

    e) Consumo mnimo / mximo

    O consumo mnimo de cimento dever ser compatvel com o tipo e

    exposio da estrutura e atender ao especificado nas tabelas 3 e 4, a

    seguir

    f) Resistncia caracterstica (fck)

    A resistncia caracterstica do concreto dever ser compatvel com o

    nvel de solicitao e exposio da estrutura e atender ao especificado

    nas tabelas 3 e 4

    g) Fixao do fator gua/cimento

    Para se garantir a qualidade e durabilidade da estrutura projetada, em

    funo das condies ambientais e condies de exposio,

    rigorosamente necessrio o atendimento aos parmetros estabelecidos

    nas tabelas 3 e 4, a seguir:

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    Condio de

    Exposio

    Tipo de

    cimento

    Consumo

    mnimo

    fck

    (MPa)

    (mnimo)

    Fator A/C

    (mximo)

    Estrutura de concreto para

    fundaes, com e sem contato

    com gua.

    CP I

    CP II

    CP III

    CP IV

    350 kg/m3

    20

    0,55

    Estrutura para tratamento de

    gua e reservatrios

    CP I

    CP II

    CP III

    CP IV

    CP V (RS)

    350 kg/m3

    25

    0,50

    Estrutura em contato com

    esgoto e seus gases

    CP III

    CP IV

    CP V (RS)

    400 kgm3

    25

    0,45

    Tubules Todos

    210 kg/m3 15 0,70

    Tabela 4 - Fator A/C x Condies de exposio - meio agressivo

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    Outros parmetros

    - Os concretos que devam ter baixa permeabilidade, pela

    condio de estanqueidade (estruturas hidrulicas e sanitrias:

    reservatrios, decantadores etc.), devem ter relao A/C

    mxima de 0,50 L/kg e teor mnimo de cimento de 350 kg/m3,

    referindo-se a concreto de classe mnima C25. Em peas com

    espessura maior que 50 cm este valor mximo pode ser

    elevado para 0,55 L/kg.

    - Concretos em contato com gua, com teor de sulfatos (SO4)

    superior a 600 mg/dm3, ou em contato com solos com teor de

    sulfatos superior a 3000 mg/kg, devem utilizar cimentos

    resistentes a sulfatos, respeitar relao A/C mxima de 0,45 e

    classe mnima C30.

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    h) Cobrimento de armadura:

    - O cobrimento visa a proteo das armaduras contra a

    corroso e no deve ser inferior aos valores da tabela 5.

    - No considerar a participao da argamassa de revestimento,

    de qualquer tipo, ou de impermeabilizao, ou de tratamento

    especial de superfcie, para efeito de reduzir os valores de

    cobrimento a seguir:

    Condio de Exposio (cm)

    1 2

    2 3

    3 4

    4 5

    Tabela 5 - Valores de cobrimento x Condies de exposio

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    h) Cobrimento de armadura:

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    h) Cobrimento de armadura:

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    NOTAS:

    - No caso de concretos de classe acima de C30 os valores de

    cobrimento podem ser reduzidos em 0,5 cm, respeitado o

    valor mnimo de 2 cm.

    - As peas em tanques de estaes de tratamento de gua e em

    tanques, caixas d'gua, estaes, elevatrias, canais, condutos

    e canalizaes de esgotos, independentemente das

    condies de exposio, devem respeitar o cobrimento

    mnimo de 4 cm.

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO:

    CONCRETO

    i) Proteo superficial:

    A princpio, toda estrutura executada em concreto, sujeita a

    exposio a meios e agentes agressivos, deve ser projetada e

    construda de modo a resistir ao meio sem necessidade de

    proteo superficial.

    Em situaes excepcionais, onde a estrutura estiver em meio

    fortemente agressivo, e sua estabilidade, durabilidade e

    estanqueidade possam, com o passar dos anos, vir a ser

    comprometidas, por solicitao ou exigncia do projetista

    admite-se o recobrimento atravs de pintura ou revestimento

    adequados e condio rigorosa de cura como forma de

    proteger o concreto. O recobrimento para corrigir problemas

    executivos deve ser evitado sempre que possvel.

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    Todos os materiais constituintes do concreto devem ser

    detalhadamente definidos e analisados antecipadamente

    objetivando um concreto de qualidade. Alguns itens devem

    ser levados em conta tais como:

    Cimento:

    Adequao s condies de exposio do concreto;

    Necessidade ou no de desforma antecipada;

    Garantia de fornecimento;

    Custo final (na maioria das vezes compensa comprar o mais

    caro e de melhor qualidade).

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    CONCRETO

    Aps a definio do tipo de cimento, deve-se garantir que os

    resultados dos ensaios fsicos de controle de qualidade do

    cimento atendem s especificaes da ANBT, tais como:

    - Finura: geralmente cimentos com finura elevada apresentam

    maiores resistncias mecnicas.

    - Resistncia compresso: Sem dvida a propriedade do

    cimento mais requisitada. Cimentos de alta resistncia

    mecnica devem ser a escolha preferencial.

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    CONCRETO

    Fonte: Freitas,J.A.

    - Incio e fim de pega: Na maioria dos casos os tempos de incio e fim de

    pega mais prolongados so preferveis (concreto pr-misturado,

    concretagens a longas distncias, lanamento moroso, etc.). Em se

    tratando de peas pr-fabricadas ocorre o inverso.

    Em alguns casos, se o

    tempo de pega do cimento

    no for o adequado,

    podero ocorrer

    patologias alm de

    situaes indesejadas e

    outros inconvenientes...

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    CONCRETO

    As principais influncias do cimento (ou inertes ultrafinos) no

    concreto fresco so:

    - A plasticidade aumenta quando a relao gua/cimento cresce;

    - O aumento do consumo de cimento (mantendo-se o fator

    gua/cimento constante) favorece a plasticidade, aumenta a

    coeso da mistura fresca e reduz a segregao;

    - A exsudao diminuda quando o consumo de cimento

    aumenta

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    CONCRETO

    - Consistncia deficiente do concreto fresco, devida ao agregado

    mido com forma ou textura de partculas defeituosas, pode ser

    corrigida com o aumento do consumo de cimento;

    - Cimentos com determinadas adies minerais (como a cinza

    volante) favorecem a plasticidade do concreto, pelo fato das

    adies serem bastante finas e de forma arredondada. A escria

    de alto forno e a argila calcinada podem produzir efeito

    contrrio.

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto Agregados: - Agregado mido: Agregado mido com baixo mdulo de finura (MF < 2,35) alm de reduzir a resistncia do concreto, devido a elevao do consumo de gua, apresenta alta permeabilidade decorrente da exsudao e fissurao provocada pela retrao hidrulica. Por sua vez, a deficincia de finos constatada nos agregados midos com alto mdulo de finura (MF > 2,85) comprometem, devido a reduo de aderncia da argamassa, a trabalhabilidade dos concretos bombeveis. Nota: Na escolha do agregado mido recomendvel que o teor de finos, abaixo da peneira de 0,3 mm, fique compreendido entre 10 % e 15%.

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.5) Anlise dos materiais constituintes do concreto

    - Agregado grado:

    Agregado grado com baixo mdulo de finura exige um

    acrscimo no teor de argamassa do concreto, em funo do

    aumento da superfcie especfica do mesmo, no sentido de se evitar

    a segregao. O acrscimo de argamassa por sua vez provoca

    alterao no consumo de gua, corrigida com adio de cimento,

    tornando antieconmica a mistura.

    Por sua vez, agregados grados com mdulo de finura

    elevado, incompatveis com a sua graduao, apresentam dimenso

    mxima superior, o que dificulta o lanamento do concreto em

    peas delgadas ou com grande concentrao de ferragens.

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.6) Fundamentos do mtodo de dosagem:

    Muitos mtodos so utilizados para clculo de dosagem de

    concreto. Abordaremos o mtodo de dosagem preconizado pela

    ABCP, que foi desenvolvido com bases nos mtodos do ACI

    (American Concrete Institute) e PCI (Portland Cement Institute),

    adaptando-se s condies brasileiras.

    Este mtodo recomendado para a dosagem de concretos com

    trabalhabilidade adequada para a moldagem in loco, ou seja, a

    consistncia deve ser de semi plstica fluida e no aplicvel a

    concretos confeccionados com agregados leves.

    CONCRETO

  • 11) DOSAGEM DO CONCRETO: 11.6) Fundamentos do mtodo de dosagem:

    A utilizao do mtodo exige o conhecimento prvio das seguintes

    informaes:

    a) Materiais: - tipo, massa especfica e nvel de resistncia aos 28 dias do cimento a ser

    utilizado;

    - Anlise granulomtrica e massa especfica dos agregados disponveis;

    - Massa unitria compactada do agregado grado.

    b) Concreto: - Dimenso mxima caracterstica admissvel;

    - Consistncia desejada do concreto fresco, medida pelo abatimento do

    tronco de cone;

    - Condies de exposio ou finalidade da obra;

    - Resistncia de dosagem do concreto

    CONCRETO

  • DURABILIDADE DO CONCRETO Concreto durvel aquele que resiste s condies para o qual foi projetado, sem deteriorao por muitos anos; Os problemas que afetam a durabilidade podem ser decorrente do ambiente ou causa interna, inerentes ao prprio concreto; Permeabilidade o principal determinante da vulnerabilidade dos agentes externos (logo, para ser durvel o concreto deve ser impermevel); Deteriorao normalmente provm de diversos fatores;

    CONCRETO

  • DURABILIDADE DO CONCRETO Principais causas externas e internas

    responsveis pela reduo da durabilidade do

    concreto:

    CONCRETO

    Causas externas Fsicas Intempries, ocorrncia de temperaturas externas.

    Qumicas Ataque por lquidos ou gases, naturais ou artificiais.

    Mecnicas Abraso, eroso.

    Causas internas Inerentes ao prprio concreto: reao lcali agregado, permeabilidade.