concreto armado como material estrutural

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Concreto armado como material estrutural Acadêmicos: Marcela Leonel Rafael Mentone Thaís Rubioli Sistemas Estruturais 01 Professor Carlos Barbosa

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Page 1: Concreto armado como material estrutural

Concreto armado como

material estrutural

Acadêmicos: Marcela Leonel

Rafael Mentone

Thaís Rubioli

Sistemas Estruturais 01

Professor Carlos Barbosa

Page 2: Concreto armado como material estrutural

Concreto armado é um material da construção civil que se tornou um dos

mais importantes elementos da arquitetura do século XX. A diferenciação

do concreto, se da pelo fato dele receber uma armadura metálica, que lhe

atribui um caráter de resistência maior à compressão e as forças por

tração, enquanto que o concreto em si resiste apenas ao primeiro item.

INTRODUÇÃO

Page 3: Concreto armado como material estrutural

• O cimento Portland, tal como hoje conhecido, foi descoberto naInglaterra em meados de 1824, e sua produção industrial foi iniciadaapós 1850.

• A primeira associação de um metal à argamassa se deu no períodoromano.

• No ano de 1770, em Paris, associou-se ferro com pedra para formarvigas como as modernas.

• A partir de 1861, Mounier, que era um paisagista, horticultor ecomerciante de plantas ornamentais, fabricou uma enormequantidade de vasos de flores de argamassa de cimento comarmadura de arame, e depois reservatórios. Foi o início do que hojese conhece como “Concreto Armado‟‟

HISTÓRICO

Page 4: Concreto armado como material estrutural

Histórico no Brasil

• Em 1901 temos a primeira aparição do cimento armado, sendo

utilizado em galerias de água, já em 1904 surgem casas e sobrados

em Copacabana, RJ, construídas com o material.

• Em São Paulo, no ano de 1910, foi construída uma ponte de

concreto armado com 28 m de comprimento

Page 5: Concreto armado como material estrutural

COMPOSIÇÃO DO CONCRETO

Esquematicamente pode-se indicar que:

• a pasta é o cimento misturado com a água,

• a argamassa é a pasta misturada com a areia,

• o concreto é a argamassa misturada com a pedra ou brita, também

chamado concreto simples (concreto sem armaduras).

Page 6: Concreto armado como material estrutural

CIMENTOpropriedades aglomerantes,

aglutinantes ou ligantes, que

endurece sob ação da água

AREIAagregado natural

COMPOSIÇÃO DO CONCRETO

Page 7: Concreto armado como material estrutural

ÁGUA é necessária no concreto para possibilitar as reações químicas

do cimento, hidratação, que trará as propriedades de

resistência e durabilidade ao concreto. Tem também a função

de lubrificar as demais partículas para proporcionar o

manuseio do concreto. Normalmente indica-se água potável

para a confecção dos concretos.

COMPOSIÇÃO DO CONCRETO

Page 8: Concreto armado como material estrutural

BRITA Agregado artificial

PASTA

AGREGADOS São muito importantes no concreto pois estão em 70%

de sua composição, e são a parte de menor custo do concreto

COMPOSIÇÃO DO CONCRETO

Page 9: Concreto armado como material estrutural

ARGAMASSA CONCRETO SIMPLES

COMPOSIÇÃO DO CONCRETO

Page 10: Concreto armado como material estrutural

De forma esquemática pode-se indicar que concreto armado é:

Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência.

é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura, pois

não basta apenas juntar os dois materiais para se ter o concreto armado. Para a

existência do concreto armado é imprescindível que haja real solidariedade entre

ambos o concreto e o aço, e que o trabalho seja realizado de forma conjunta.

ADERÊNCIA

Page 11: Concreto armado como material estrutural

• Causada pela baixa resistência à tração do concreto.

• Apesar de indesejável, o fenômeno da fissuração é natural (dentro de

certos limites) no concreto armado.

• O controle da fissuração é importante para a segurança estrutural em

serviço, condições de funcionalidade e estética (aparência),

desempenho (durabilidade, impermeabilidade, etc.).

• Deve-se garantir, no projeto, que as fissuras que venham a ocorrer

apresentem aberturas menores do que os limites estabelecidos,

considerados nocivos

FISSURAÇÃO

Page 12: Concreto armado como material estrutural

Considerando um tirante de concreto armado, como exemplo, se

aplicarmos uma força de tração externa, sendo ela pequena ou inferior

a resistência do concreto, as fissuras não apareceram, mas se

aplicarmos uma força de tração se igualando a resistência do concreto,

teremos como resultado a primeira fissura.

FISSURAÇÃO

Page 13: Concreto armado como material estrutural

Quando o concreto fissura, ele passa a não resistir mais às tensões

de tração, vindo daí a necessidade de uma armadura resistente. Pois

se não mais fissuras apareceram e de maiores aberturas.

FISSURAÇÃO

Page 14: Concreto armado como material estrutural

a) Economia: facilidade para encontrar componentes

b) Conservação: boa durabilidade, respeitando as normas

c) Adaptabilidade:fácil modelagem

d) Rapidez de construção:

e) Segurança contra o fogo: respeitando as normas

f) Impermeabilidade: desde que dosado e executado de forma correta;

g) Resistência a choques e vibrações: menores problemas de fadiga

VANTAGENS

Page 15: Concreto armado como material estrutural

a) Peso próprio: elevado, relativamente à resistência:

b) Reformas e adaptações: são de difícil execução;

c) Fissuração: existe, ocorre e deve ser controlada;

d) Transmite calor e som.

DESVANTAGENS

Page 16: Concreto armado como material estrutural

• A principal norma para o projeto de estruturas de concreto armado e

protendido é a NBR6118/2003 - Projeto de estruturas de

concreto – Procedimento.

• Ela indica uma série de notações (simbologia) para as estruturas de

concreto

• Ainda há várias que regulamentam o uso de concreto armado,

cerca de 20.

NBR’s

Page 17: Concreto armado como material estrutural

CLASSIFICAÇÃO GEOMÉTRICA

• Elementos Lineares:

- Espessura e largura da mesma

ordem de grandeza

- Ambas muito menores que o

comprimento

- São chamados de „barras‟

Exemplos: vigas e pilares

Caso particular:

Espessura é muito menor

que a altura. Forma de „H‟

Page 18: Concreto armado como material estrutural

• Elementos Bidimensionais

- As dimensões de comprimento e largura

são da mesma ordem de grandeza

- Ambas muito maiores que a espessura

- Elementos de superfície

Exemplos: lajes e paredes de reservatórios

Classificação

- Casca: superfície curva

- Placas ou Chapas: superfície plana

Exemplo de estrutura em casca

Page 19: Concreto armado como material estrutural

• Elementos Tridimensionais

- As três dimensões têm a mesma ordem de grandeza

- Elementos de volume

Exemplos: blocos e sapatas de fundação

Bloco concretado

Page 20: Concreto armado como material estrutural

PRINCIPAIS ELEMENTOS

ESTRUTURAIS

• Mais importantes: lajes, vigas e pilares

• Outros elementos: blocos e sapatas de fundação, estacas, tubulões,

etc.

- dependem do sistema construtivo utilizado na obra

Page 21: Concreto armado como material estrutural

• Laje

- Função de receber a maior parte das ações aplicadas numa

construção (pessoas, móveis, paredes, pisos, etc)

- Ações perpendiculares ao plano da laje

- distribuídas na área: peso próprio, revestimento de piso

- distribuídas linearmente: paredes

- forças concentradas: pilar apoiado sobre a laje

- As ações de força geralmente são transimitidas para as vigas de

apoio nas bordas da laje. Mas podem também ser transimtidas

diretamente aos pilares

Page 22: Concreto armado como material estrutural

Lajes maciças de concreto armado

Lajes maciças

- espessura varia de 7cm a 15cm

- Comuns em construções de

grande porte (edifícios de vários

pavimentos, escolas, indústrias,

hospitais, pontes, etc.)

- sem vazios

- apoiadas em vigas nas bordas

Page 23: Concreto armado como material estrutural

- também não têm vazios, porém são apoiadas diretamente nos

pilares, sem viga.

“Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis,

enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis” (NBR

6118/03, item 14.7.8).

- Vantagens em relação às lajes maciças: eliminação de grande parte das

vigas, menores custos e maior rapidez de construção.

- Desvantagens: maior espessura e suscetíveis a maiores deformações

Laje lisa

E

Laje cogumelo

Laje lisa (apoiada diretamente nos pilares) Capitel de laje cogumelo

Page 24: Concreto armado como material estrutural

Exemplo de laje lisa e laje cogumelo

Page 25: Concreto armado como material estrutural

Laje com nervuras

- Pré-moldadas ou pré-fabricadas

- Existem também lajes nervuradas moldadas no local. Sem

enchimento. Feitas com moldes de plástico removíveis

- Bom comportamento estrutural e facilidade de execução

Exemplo de laje nervurada

Laje pré-fabricada do tipo treliçada com enchimento em blocos

cerâmicos e de isopor

Page 26: Concreto armado como material estrutural

• Viga“são elementos lineares em que a flexão é preponderante” NBR

6118/03 (item 14.4.1.1)

- Barras geralmente retas e horizontais

- Destinada a receber ações das lajes, outras vigas, paredes de

alvenaria e eventualmente pilares

- Função básica: vencer vãos e transmitir ações para apoios: pilares

- Ações perpendiculares ao seu eixo longitudinal

Page 27: Concreto armado como material estrutural

Viga invertida na base de uma parede Viga baldrame

Exemplos de Vigas

Page 28: Concreto armado como material estrutural

• Pilar

“elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical,

em que as forças normais de compressão são preponderantes”

(NBR 6118/2003, item 14.4.1.2)

- Elementos destinados a transmitir as ações às fundações ou

outros elementos de apoio

- Elementos estrutural mais importante no que diz respeito à

capacidade resistente do edifício e à segurança

Pilar em uma edificação

Page 29: Concreto armado como material estrutural

• Tubulão e Bloco de fundação

- Utilizados para receber as ações de força dos pilares e transmiti-

las ao solo, diretamente ou através de estacas ou tubulões

- Estacas são elementos destinados a transmitir as ações ao solo.

Isso se dá pelo atrito ao longo da superfície de contato e pelo apoio

da ponta inferior no solo

- Tubulões transmitem as ações diretamente pro solo pelo atrito do

fuste com o solo

Page 30: Concreto armado como material estrutural

Tubulão Estacas para apoio do bloco

Page 31: Concreto armado como material estrutural

• Sapatas

- Função: receber as ações dos pilares es as transmitir diretamente

ao solo

- Podem ser localizadas ou isoladas, conjuntas ou corridas

- Sapatas isoladas servem de apoio para apenas um pilar

- Sapatas conjuntas servem para transmissão simultânea do

carregamento de dois ou mais pilares

- Sapatas corridas são dispostas ao longo de todo o elemento que

lhe aplica o carregamento

- Comuns em obras de pequeno porte onde o solo tem

capacidade de suportar carga a baixas profundidades.

Sapata isolada Sapata corrida

Page 32: Concreto armado como material estrutural

Sapata isolada numa construção de pequeno porte

Page 33: Concreto armado como material estrutural

DURABILIDADE DAS

ESTRUTURAS DE CONCRETO

- Estruturas de concreto têm que ser projetadas e construídas para

que, quando utilizadas conforme as condições ambientais previstas

no projeto, visando segurança, estabilidade e aptidão em serviço,

durante o período correspondente à sua vida útil.

- Vida útil de projeto: período de tempo durante o qual se mantêm

as características das estruturas de concreto, desde que os

requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo

construtor sejam atendidos.

- devem ser considerados, ao menos, os mecanismos de

envelhecimento e deterioração da estrutura relativos ao concreto,

ao aço e à própria estrutura

Page 34: Concreto armado como material estrutural

• Mecanismos de deterioração do concreto

Os principais mecanismos de deterioração do concreto são, segundo a

NBR 6118/03, item 6.3.2:

- lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou

ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da

pasta de cimento;

- expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam

contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e

deletérias com a pasta de cimento hidratado;

- expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e

certos agregados reativos;

- reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de

transformações de produtos

- ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.

Page 35: Concreto armado como material estrutural

• Mecanismos de deterioração da estrutura

Todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações

de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e

relaxação .

- As movimentações de origem térmica causam a variação de

volume das estruturas e conseqüentemente fazem surgir esforços

adicionais nas estruturas

- As ações cíclicas são aquelas que se repetem, que causam fadiga

nos materiais

- A retração e a fluência são deformações que acontecem no

concreto e que levam à diminuição do seu volume, o que pode levar

a esforços adicionais nas estruturas.

Page 36: Concreto armado como material estrutural

• Mecanismos de deterioração da armadura

Os principais mecanismos de deterioração da armadura descritos

pela norma são:

– despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás

carbônico da atmosfera;

– despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto).

Page 37: Concreto armado como material estrutural

• Agressividade do ambiente

Relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as

estruturas de concreto, independentemente das variações

volumétricas de origem térmica, das ações mecânicas, da retração

hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de

concreto.

Page 38: Concreto armado como material estrutural

• Qualidade do concreto de cobrimento

“durabilidade das estruturas é altamente dependente das

características do concreto e da espessura e qualidade do concreto

do cobrimento da armadura.” NBR 6118/03

Page 39: Concreto armado como material estrutural

CONCRETO ECOLÓGICO

Produção de cimento aumento da emissão de CO2

5% das emissões mundiais de gás carbônico

É preciso alternativas para diminuir a poluição causada

pela produção do cimento

Clínquer – principal componente do cimento

CaCO3 CaO + CO2

Page 40: Concreto armado como material estrutural

Vida útil superior ao

concreto tradicional

Economicamente viável

para a construção civil

Resistência superior Menos concreto para levantar

a mesma obra

Concreto verde com adição de superplastificante

Page 41: Concreto armado como material estrutural

Diminui a quantidade de cimento e inclui na fórmula um aditivo

superplastificante composto por policarboxílicos.

Torna o concreto mais fluidoseu peso já é suficiente para moldá-lo

acaba com porosidades do concreto

Page 42: Concreto armado como material estrutural

Feito com boa parte de material reciclável

Diminui danos ao meio ambiente Barateiam a obra

Sobras do bagaço da cana-de-açúcar

Resíduos cerâmicos

Casca de arroz

Transformados em partículas

menores para serem integradas

ao novo concreto

Substituem até 40% do cimento

Cinzas de lodo sanitário

Entulho de obras Substitui a brita e a areia na mistura do concreto

Concreto com a substituição de parte do cimento

Page 43: Concreto armado como material estrutural

Concreto durável e ecológico

O potencial de cada material é aproveitado, pois juntos eles reagem melhor

Construção de grandes estruturas, como prédios e barragens.

Melhor qualidade do concreto

Reduz os depósitos de resíduos no meio ambiente

Page 44: Concreto armado como material estrutural

Reduzir a porcentagem de clínquer utilizado na fabricação do cimento

Escórias siderúrgicas – pequenos detritos resultantes do

processo de fusão de metais

Cimento CPIII

Região Sudeste Principais fabricantes de aço

Reaproveita 70% de resíduo gerado pelas siderúrgicas

Cimento com a substituição de parte do clínquer

Page 45: Concreto armado como material estrutural

Ideal para fundações, lajes e pilares.

Mais resistente, durável, estável e impermeável em relação ao

cimento comum

Representa 17% do consumo de cimento no Brasil

Região Sul Cimento pozolânico (CPIV)

Resíduos das termoelétricas

Desempenho semelhante ao do CPIII

Page 46: Concreto armado como material estrutural