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Setor Não Pode Continuar Sem Rumo Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN CONCRETO n.º 231 » janeiro / fevereiro 2012 » Bimestral » 5 euros

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Revista Concreto, referente aos Meses de janeiro e fevereiro de 2012

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Page 1: Concreto 231

Setor Não Pode Continuar Sem

Rumo

Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

CONCRETOn.º 231 » janeiro / fevereiro 2012 » Bimestral » 5 euros

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EDITORIAL

3

Já antes tive oportunidade de dizer que o estado da economia e das empresas tem de centrar, em

definitivo, as atenções dos nossos governantes. Referi a capacidade de crescimento, de criação

de riqueza e de emprego como os objetivos essenciais a atingir. Apontei as consequências que

antevia, fruto da total incapacidade de reconhecer a real importância do setor da construção e

do imobiliário e de mobilizar uma atividade que representa 18,2% do PIB e 16,4% do emprego

nacional.

Afirmei-o com a plena consciência das profundas dificuldades que o País enfrenta e que vieram

agravar, ainda mais, a situação das nossas empresas. O setor está, neste momento, numa situação

limite. A redução de produção, que atingiu os 9,5% no ano passado, regista já uma perda acu-

mulada de 41%, desde o início desta crise, em 2002, prevendo-se para 2012 uma nova quebra

de 11,5%.

Está em causa a sobrevivência das empresas e a manutenção do emprego.

Por isso, o Setor não pode continuar à deriva e a ser diariamente surpreendido com decisões

avulsas, que mantêm os empresários num estado de quase paralisação. Se, no início, poderia dar

o benefício da dúvida quanto à atuação do Executivo, constato, agora, a total falta de vontade

para apresentar, com a urgência que se impõe, soluções que permitam evitar a desagregação do

nosso tecido empresarial e a eliminação

dos postos de trabalho que o mesmo asse-

gura. De facto, a minha preocupação de-

corre da ausência de perspetivas quanto

ao futuro, sobretudo tendo em conta que,

contrariamente ao que o Governo enten-

de, não estamos a viver um processo de reajustamento e de adaptação gradual do setor à atual

realidade, mas sim, à destruição, em queda livre, das empresas da construção e do imobiliário.

Sob a presidência da AICCOPN, toda a fileira está, neste momento, reunida na CPCI – Confede-

ração Portuguesa da Construção e do Imobiliário. Iremos demonstrar, ao País e ao Governo, a for-

ça do nosso setor, pelo que, caso a situação se mantenha inalterada, não deixaremos de promo-

ver a união dos empresários da construção e do imobiliário numa ação de mobilização nacional.

Mais do que nunca, é fundamental que os decisores políticos tomem consciência da importância

do setor para a criação de uma nova dinâmica de crescimento sustentado da nossa economia.

Tenha-se a certeza de que não iremos assistir indiferentes à liquidação do nosso setor. Considero,

por isso, que, mais do que nunca, a AICCOPN faz sentido. É imprescindível que, à semelhança

do que sucedeu noutras alturas, os empresários se unam em torno da sua Associação e que, to-

dos juntos, façamos ouvir a nossa voz.

Tal como acontece na generalidade dos países, há que valorizar estas atividades e dignificar os

seus empresários, reconhecendo que são indispensáveis para que Portugal possa, definitivamen-

te, entrar no caminho do crescimento.

Setor Não Pode Continuar Sem

Rumo Reis Campos,

Presidente da Direção

da AICCOPN

“Está em causa a sobrevivência das empresas e

amanutenção do emprego.“

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Page 5: Concreto 231

5

NESTA EDIÇÃO...

N.º 231 - janeiro / fevereiro 2012

Publicação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN | NIPC: 500 989 567

Sede e Administração: Rua Álvares Cabral, 306 - 4050-040 Porto | Telf.: 223 402 200 | Fax: 223 402 297 | e-mail: [email protected] | www.aiccopn.pt

Registo na D.G.C.S. - 119 471 |Depósito Legal nº 84 432/94 |Tiragem: 9.300 exemplares | Distribuição: Gratuita a associados

Director: Manuel Joaquim Reis Campos |Editor: Luis Saraiva |Execução e Paginação - Rui Silva e Sérgio Botas

Colaboradores Permanentes - Técnicos dos Serviços de Economia, Engenharia, Jurídicos e Laborais, Informática, Núcleo de Apoio à Internacionalização

Publicidade e Produção: Yellowstreet - Rua das Artes Gráficas, 78 4100-090 Porto | Telf.: 225 438 650 | Fax: 225 438 699 [email protected]

Linha de Apoio a Clientes: 225 438 651

Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem citar a fonte.

A CONCRETO está aberta à colaboração e opinião procedentes do sector

Atividades da Direção - Pág 6

Entrevista a Reis Campos - Pág 16

Tomadas de Posição - Pág 16

Formação AICCOPN - Pág 25

Direito - Pág 28

Economia - Pág 33

Engenharia - Pág 42

Segurança - Pág 49

Regalias - Pág 54

Pág. 6

Pág. 12

Pág. 16

Pág. 46

Page 6: Concreto 231

6 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Reis Campos tomou posse como Conselheiro do CES

No dia 28 de fevereiro de 2012, teve lugar nas instalações

do Conselho Económico e Social, a Tomada de Posse dos

Conselheiros para o quadriénio 2011-2015. Nesta sessão,

Reis Campos, na qualidade de Presidente da CPCI – Con-

federação Portuguesa da Construção e do Imobiliário,

tomou posse como membro do Plenário deste importante

órgão de consulta e concertação social, que tem por ob-

jetivos principais a promoção da participação dos agentes

económicos e sociais nos processos de tomada de decisão

dos órgãos de soberania, no âmbito de matérias socioe-

conómicas, sendo, por excelência, o espaço de diálogo

entre o Governo, os Parceiros Sociais e restantes represen-

tantes da sociedade civil organizada.Como membro deste

Empossados os novos Órgãos Sociais da Ordem dos Economistas da Delegação Regional do Norte

No passado dia 26 de janeiro, na sede da Delegação da Região Norte da Ordem dos Economistas,

Reis Campos esteve presente na Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais, eleitos para o

triénio de 2012/2014.

órgão, o Presidente da AICCOPN irá integrar ainda a

Comissão Especializada Permanente do Desenvolvimento

Regional e do Ordenamento do Território, a qual trata de

temas relacionados com o desenvolvimento regional e o

ordenamento do território.

AIP comemora o seu 175º Aniversário

Reis Campos assistiu à sessão comemorativa dos 175 anos da AIP, realizada no passado dia 3 de fevereiro, no Centro

de Congressos de Lisboa.

Intervenção em defesa do Setor motiva reunião com o Presidente do Sindicato da Construção de Portugal

Tendo por objetivo abordar a neces-

sidade de uma forte intervenção jun-

to do Governo, por forma a reclamar

a adoção de medidas urgentes para

preservar o tecido empresarial e o

emprego, o Presidente do Sindicato

da Construção de Portugal, Albano

Ribeiro, foi recebido pelo Presidente

da AICCOPN no dia 20 de fevereiro.

Reconhecendo que o aumento dra-

mático do desemprego ampliará os

riscos de “revolta social” no setor, o

líder da Associação, em declarações

aos jornalistas na sequência desta

reunião, afirmou que ”o setor precisa

que se criem, a exemplo do que a

Europa está a fazer, perspetivas para

o futuro. O Governo tem de planear

os próximos anos do sector, como

acaba de fazer a Espanha, que pro-

jetou e planeou para os próximos 12

anos um conjunto de medidas para o

imobiliário e construção”.

Page 7: Concreto 231

7

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

No passado dia 16 de janeiro, em

audiência com o Primeiro-ministro, o

setor da construção e do imobiliário

transmitiu o estado de emergência

em que este se encontra, com as em-

presas sem perspetivas quanto à sua

atividade futura e com uma total in-

definição em torno do planeamento

dos projetos de investimento.

Reis Campos, teve a oportunidade

de referir a extrema importância da

entrada em vigor de uma legislação

que assuma o Arrendamento e a Re-

abilitação Urbana como prioridades

nacionais, ajustada às necessidades

do mercado e de incentivo ao inves-

timento privado, com um regime de

despejos eficaz, complementada com

a criação de uma taxa liberatória

aplicável em sede de

IRS aos rendimentos

do arrendamento.

Transmitiu, igualmen-

te, a necessidade de

um bom aproveita-

mento dos fundos

comunitários que estão

disponíveis para os

próximos dois anos e o efetivo apoio

à internacionalização das empresas.

Referiu, ainda, a necessidade do Es-

tado pagar as suas dívidas, de salva-

guardar o financiamento da banca às

empresas e de promover alterações à

legislação, de forma a garantir a cria-

ção de mecanismos que previnam

a prática de preços anormalmente

baixos e a extensão do regime de

Reis Campos em audiência com o Primeiro Ministro

liberação das garantias bancárias,

já a vigorar nos Açores e Madeira, a

todo o País.

Sendo o setor essencial para a estra-

tégia de crescimento que Portugal

necessita, Reis Campos espera que o

Governo não fique indiferente à situ-

ação que atualmente a construção e

o imobiliário enfrenta.

Audição Parlamentar sobre a Reabilitação Urbana e Lei das Rendas

Em audição parlamentar realizada

no passado dia 22 de fevereiro, no

âmbito da Comissão do Ambiente,

Ordenamento do Território e Poder

Local, Reis Campos apresentou aos

deputados as propostas do setor so-

bre a Lei das Rendas e do Regime

Jurídico da Reabilitação Urbana.

Reafirmando a importância da di-

namização da reabilitação urbana

e da revitalização do mercado do

arrendamento, dadas as dificuldades

que o País enfrenta e a profundidade

da crise que o Setor da Construção e

do Imobiliário atravessa, fez um diag-

nóstico da situação do segmento ha-

bitacional no nosso País, reafirmando

a necessidade de um pacote legisla-

tivo que faça da Reabilitação Urbana

uma prioridade nacional. Conside-

rando que dificilmente será possível

reabilitar as cidades sem que, em

simultâneo, sejam resolvidos os atu-

ais constrangimentos do mercado do

arrendamento, pelo que, a simplifica-

ção e agilização de procedimentos, a

definição de apoios ao investimento

e incentivos à Reabilitação Urbana e

alteração da Lei das Rendas, são os

três pilares, complementares e inter-

dependentes, que deverão servir de

base a este pacote legislativo.

Referindo-se de seguida aos Projetos

de Lei em apreciação na Assembleia

da República, Reis Campos salientou

que, independentemente das solu-

ções apresentadas, as propostas são

convergentes, quer no diagnóstico,

quer nos objetivos. Quanto ao des-

pejo a mera possibilidade de estes

processos terem de passar pelos Tri-

bunais, tendo em conta a atual reali-

dade do nosso sistema judicial, põe

em causa a credibilidade e a eficácia

de todo o sistema.

O Presidente da Associação referiu

também a importância da criação

de uma taxa liberatória aplicável aos

rendimentos do arrendamento, como

condição imprescindível para a re-

vitalização do mercado, sem a qual

não é possível atrair investimento.

Concluindo a sua intervenção e dado

o consenso gerado em torno dos ob-

jetivos que se pretendem alcançar,

espera que a dinamização da reabili-

tação urbana e a criação de um ver-

dadeiro mercado do arrendamento

sejam uma realidade, já em 2012.

Page 8: Concreto 231

8 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Dando continuidade às reuniões

com os principais partidos da opo-

sição, Reis Campos foi recebido, no

passado dia 22 de fevereiro, pelo

Secretário Geral do Partido Socialista,

ao qual, depois de enunciar os prin-

cipais problemas que afetam as em-

presas de construção, apresentou as

soluções defendidas pela Associação

para atenuar e superar as atuais difi-

culdades. Considerando fundamental

a implementação de soluções inova-

doras de crescimento que permitam,

rapidamente, criar emprego e estimu-

lar a economia, possibilitando que o

Setor, à semelhança do que sucede

na generalidade dos países desenvol-

vidos, desempenhe o seu papel como

motor do crescimento económico, o

Presidente da AICCOPN e da CPCI

referiu-se a um rigoroso planeamento

do investimento, ao aproveitamen-

to do QREN, com a orientação dos

fundos disponíveis para os projetos

de que o País carece, à melhoria das

condições de Financiamento e de

Liquidez das empresas, à aposta na

Reabilitação Urbana e à internacio-

Secretário-geral do Partido Socialista recebeu o Presidente da Associação

No dia três de fevereiro, numa reu-

nião realizada na Assembleia da

República, com o Grupo Parlamentar

do Partido Comunista Português, o

Presidente da AICCOPN sensibilizou

os deputados daquele partido para

a gravidade da crise que, nes-

te momento, as empresas de

construção, enfrentam e para

as consequências que a mesma

está a desencadear, sobretudo

ao nível das insolvências e do

desemprego. Mostrando-se par-

ticularmente preocupados em

face dos números apresentados

relativamente às empresas que

desapareceram e aos postos de

trabalho que foram eliminados

nos últimos anos, os parlamen-

tares mostraram-se dísponiveis

para desenvolver esforços com

vista ao alargamento desta

Para fazer o diagnóstico da atual situação do SetorPresidente da AICCOPN reúne com Deputados do Partido Comunista Português

nalização, como as medidas que

considera essenciais para inverter o

atual ciclo recessivo.

discussão a todos os partidos com

assento parlamentar.

Page 9: Concreto 231

9

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Conferência: “A Construção em Portugal e no Mundo”

Decorreu no dia 20 de janeiro, no

auditório da AICCOPN, a Conferên-

cia subordinada ao tema “A Constru-

ção em Portugal e no Mundo”, que

teve como objectivo alertar para o

momento especialmente difícil que o

Reis Campos, Presidente da AICCOPN

António Almeida Henriques, Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional

setor da construção e do imobiliário

atravessa bem como evidenciar algu-

mas das medidas que poderão servir

para a sua sustentabilidade, como é

o caso da internacionalização. Com

a presença do Secretário de Estado

Adjunto da

Economia e De-

senvolvimento

Regional, que

acompanhou

o Presidente

da AICCOPN

na Sessão de

Abertura desta

Conferência,

destacamos

muitas outras

individualidades

que, com os seus

contributos enri-

queceram os res-

petivos painéis

de debate. Du-

rante a manhã,

para além da

referida sessão

de abertura, intervieram o Presidente

da AICEP e o Gestor do Programa

COMPETE, do QREN, Dr. Pedro Reis

e Dr. Nelson Souza, respetivamente,

no painel sobre “A Internacionaliza-

ção do Setor da Construção”, ao qual

se seguiu o painel “Oportunidades

nos Mercados Externos” que contou

com intervenções de representante

da empresa nossa associada “Casais

Engenharia”, de Economista Sénior

do BAD e da empresa de consultado-

ria MarketAccess.

Os painéis da tarde tiveram início

com as intervenções do Prof. Eduar-

do Catroga e do Dr. Félix Ribeiro que

ilustraram o debate sobre “Perspec-

tivas para a Economia Portuguesa”,

seguindo-se um painel de especial

interesse sobre “Arrendamento e Re-

abilitação Urbana” que contou com

intervenções da PortoVivo, da Baker

Tilly, da PLMJ Sociedade de Advo-

gados, do Gestor do JESSICA e da

CCDR-N.

O Presidente da AICCOPN, no início

desta Sessão teve uma intervenção

Page 10: Concreto 231

10 •

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Nelson Sousa, Compete/QREN e Pedro Reis, AICEP Paínel - Oportunidades e Desafios nos Mercados Externos

que, de forma realista, tentou colocar

os problemas que mais diretamente

afetam o setor, para lhes dar visibili-

dade, tanto a nível de preocupação

constante do movimento associativo

que lidera, como, igualmente, para

transmitir ao governo, o que a AIC-

COPN pensa da atual situação que o

País vive.

Tendo por base três aspetos essen-

ciais, que poderão, ainda, inverter

a atual situação do setor, nomeada-

mente, a apresentação de um pacote

legislativo que agilize e dinamize o

mercado da reabilitação urbana e do

arrendamento, o conveniente apro-

veitamento dos fundos comunitários

ainda disponíveis e o efetivo apoio à

internacionalização das empresas.

Realçou, também, o quadro de to-

tal indefinição e de planeamento

do investimento público, o fato das

empresas não aguentarem mais um

Estado que não paga as suas dívidas

Page 11: Concreto 231

11

ATIVIDADES DA DIREÇÃO

Paínel - Arrendamento e Reabilitação UrbanaEduardo Catroga, Reis Campos

e uma Banca que não lhes concede

financiamento e ainda as penaliza.

Na sua intervenção, igualmente deu

ênfase à necessidade de alteração

da legislação, por forma a garantir a

criação de um mecanismo que previ-

na a prática de preços anormalmente

baixos e a extensão do regime de

liberação das garantias bancárias, já

em vigor nos Açores e na Madeira, a

todo o País.

Finalizou, dizendo que o setor não

pode continuar a ser penalizado pela

falta de uma visão estratégica capaz

de reconhecer a sua verdadeira im-

portância, garantindo que enquanto

Presidente desta Associação, conti-

nuará a alertar o Governo para a ur-

gência da implementação de medidas

que possam salvar as nossas empresas

e os postos de trabalho que estas as-

seguram.

Page 12: Concreto 231

12 •

DESTAQUE

Jornada Empresarial da AICCOPN a Maputo13 e 14 de fevereiro de 2012

Decorreu em Maputo, nos dias 13 e

14 de fevereiro de 2012, a Jornada

Empresarial a Moçambique, promo-

vida pela AICCOPN, que contou com

a participação de 14 empresas de

construção civil e obras públicas, in-

cluindo o fornecimento de materiais

de construção, prestação de serviços

de consultoria em engenharia entre

outros.

O Grupo de Empresários teve en-

contros com diversas instituições

públicas e privadas, para além de

encontros com empresas do sector, a

exercer a atividade naquele mercado.

Desta iniciativa destacaram-se as se-

guintes reuniões:

- Reunião na ANE – Administração

Nacional de Estradas

(com o Diretor de Planificação, Eng.

Calado Ouana)

A ANE está vocacionada para a ges-

tão de todas as estradas classificadas

em Moçambique. Trabalha com 18

doadores e/ou instituições financeiras

internacionais.

Foi referido que as empresas portu-

guesas eram elegíveis nos concursos

lançados por aquela instituição, cuja

vocação é a de mobilizar recursos

financeiros para a reabilitação, e

construção de vias rodoviárias.

Está em preparação um pacote finan-

ciado pelo Banco Mundial, no valor

de 150 milhões de dólares, que será

lançado em 2013, prevendo-se uma

duração de 3 anos.

Neste momento estão em curso al-

guns projetos que contam com o

apoio do Governo Português e que já

estão adjudicadas, sendo que alguns

já estão em curso nas províncias de

Cabo-Delgado, Niassa e Nampula.

Todas as adjudicações são efetuadas

por concurso público. O orçamento

anual da ANE, varia entre 200 a 250

milhões de USD.

Nas estradas concessionárias prevê-

-se a instalação de portagens a serem

geridas pela empresa concessionária.

O Grupo foi ainda informado que

toda a informação relativa aos con-

cursos lançados é disponibilizada no

site da ANE (www.ane.gov.mz) e nos

jornais de maior circulação.

- Reunião com o FFH – Fundo Para o

Fomento da Habitação

(com o Diretor da Direção da Promo-

ção e Obra, Arq. Abdul Pinheiro).

A missão do FFH, fundado em 1996,

é providenciar casas a baixo custo

para o segmento de mercado de

renda média, constituído essencial-

Reunião na ANE - Direção de Planificação

Empresas Participantes:

Page 13: Concreto 231

13

DESTAQUE

mente por recém-graduados e recém-

-casados.

Um dos desafios do FFH é a constru-

ção de casas com recurso a materiais

alternativos para fazer face ao eleva-

do custo dos materiais em Moçambi-

que, o que encarece o custo final.

As empresas portuguesas foram con-

vidadas a estabelecer parcerias (joint

bitação, para níveis de 100 mil casas-

nos próximos anos.

No âmbito da construção da Vila

Olímpica, foram vendidos 830 apar-

tamentos, o que ajudou ao FFH a

alavancar-se financeiramente.

Existe presentemente um acordo com

o Governo da China para a constru-

ção de habitação. Este acordo prevê

construir cerca de 5 mil casas, com

um investimento avaliado em 100

milhões de USD.

Os custos de construção variam de:

Baixo custo: 350 USD por m²; Mé-

dio: 550 a 600 USD por m²; e Alto:

entre 800 a 900 USD por m².

- Reunião com a Direção Nacional

de Edifícios do Ministério das Obras

Publicas e Habitação

(com o Diretor Nacional de Edifícios,

Eng. Brito António Soca)

O encontro tinha como objetivo dar

a conhecer aos empresários portu-

gueses o ponto de situação dos proje-

tos de edificação em Moçambique.

A Direção da Nacional da Edificação

é a responsável pela atribuição das

licenças e alvarás para empreitadas e

obras públicas. Os alvarás habilitam

as empresas a executarem obras de

entidades públicas e privadas e as

licenças a apenas obras de particu-

lares.

Foi referida a existência de uma co-

missão de licenciamento de empresas

de construção civil e obras públicas,

com processos simplificados, o que

permite que, numa semana, uma em-

presa possa estar inscrita, através da

atribuição do respetivo alvará, para

poder operar no mercado nacional.

Esta comissão reúne-se semanalmen-

te, as quintas-feiras.

Foi referido, ainda, que só

poderiam concorrer às obras de

entidades públicas as empresas

maioritariamente detidas por capitais

nacionais. Daí a alusão à necessida-

de das empresas portuguesas se jun-

tarem com as suas parceiras locais,

para terem acesso a essas obras.

No entanto, ficou claro que, para as

obras financiadas por entidades inter-

nacionais como o Banco Mundial, a

EU e outras, todas as empresas estão

elegíveis salvo menção contrária que

conste nos respetivos editais de con-

curso.

O Grupo foi aconselhado igualmente

a contatar as Direções responsáveis

pelas obras nos Ministérios da Educa-

ção e Saúde, dado que estes Ministé-

rios são autónomos na realização de

obras.

- Reunião com o CPI – Centro de

Promoção de Investimentos

(com o Diretor Geral, Dr. Lourenço

Sambo)

A implementação de uma empresa

em Moçambique, designadamente,

no que respeita à organização do

processo do projeto de investimento

necessário para o efeito, foi a questão

genericamente abordada.

Foi referido que está previsto um tra-

tamento preferencial personalizado,

dependendo da especificidade e fun-

damentação que for apresentada para

o respetivo projeto.

Outra questão essencial colocada, foi

a legislação em vigor relativa às das

quotas de mão-de-obra para contra-

tação de pessoal qualificado, que va-

riam numa proporção de 1 para 10.

Foi esclarecido que o regime de quo-

tas faz a diferenciação das empresas

ventures) com o FFH para a promo-

ção de projetos imobiliários que inte-

grassem casas de baixo custo e outro

segmento para casas de renda alta,

ajudando a mobilizar recursos em

outros mercados, sendo que a contra-

partida do FFH seria a prestação das

garantias bancárias necessárias para

a mobilização de recursos, podendo

ainda ajudar a mobilizar espaços

para a construção de habitação.

Desde 2010, está a desenvolver um

projeto com vista a providenciar ha-

Page 14: Concreto 231

14 •

DESTAQUE

(com os respetivos projetos de inves-

timento) em 3 categorias: Pequenas,

até 10 pessoas: 10% de expatriados;

Médias, entre 10 a 100pessoas: 8%

de expatriados; e Grandes, entre 100

ou mais pessoas: 5% de expatriados.

Foi dito também que as isenções

fiscais no âmbito de um projeto de

investimento são condicionadas a

aprovação do respetivo projeto, inde-

pendentemente da forma jurídica da

sociedade.

As áreas em que o Governo pretende

mobilizar investimentos são:

1. Infraestruturas ( energia, telecomu-

nicações, estradas) de irrigação, etc;

2. Agro-processamento, recursos

naturais, florestas, a industrialização,

etc;

3. Serviços de transportes, Corredores

(vias comunicação e logística), Servi-

ços financeiros;

4. Desenvolvimento de pequenas e

médias empresas.

A lei estabelece um período de 7 a

10 dias, para a aprovação de um pro-

jeto de investimento.

- Reunião com o AfDB – Banco Afri-

Reunião no CPI - Centro de Promoção e Investimentos

cano de Desenvolvimento

(com o Sénior Economist, Dr. André

Almeida Santos)

Foi esclarecida qual a função do

AfDB, como instituição multilateral

financeira, vocacionada para o finan-

ciamento de projetos que fomentem,

essencialmente, o desenvolvimento

económico e social dos Países bene-

ficiários.

Foi confirmada a disponibilização

de 250 milhões de USD para os pró-

ximos 3 anos, para Moçambique,

sendo que um terço desse valor é

alocado diretamente no Orçamento

do Estado, para financiamento à eco-

nomia do País.

- Visita ao Projeto “Casa Jovem”

(com o Diretor do Projeto, Eng. Cae-

tano do Carmo Sales Lucas)

Casa Jovem é um projeto que visa

introduzir um conceito inovador

de comunidades habitacionais e de

serviços, que para além da área ha-

bitacional terá agregadas em si áreas

comerciais, de utilidade pública, es-

critórios, serviços e lazer.

Um investimento orçado em cerca

de 100 Milhões de USD, o Casa Jo-

vem disponibilizará mais de 1500

apartamentos, dos tipos T1 a T4, no

que constituirá também um pólo

multifuncional de expansão da cida-

de de Maputo, numa comunidade

habitacional desenvolvida em bairro

residencial de acesso livre.

Realizaram-se ainda reuniões com:

- o Banco MILLENIUM BIM – Di-

reção da Banca de Investimentos e

Estudos Económicos

(com o Diretor e Economista Chefe,

Dr. Omar Mitchá, da Direção da

Banca de Investimentos e Estudos

Económicos).

- a Sociedade de Advogados SCAN

(Morais Leitão, Galvão Teles, Soares

Silva)

(com o Managing Partner, Dr. Francis-

co Avillez, e com a Advogada Oldi-

vanda Bacar).

Foram proporcionados encontros bi-

laterais com empresas locais, como a

CMC – África Austral, CETA (Grupo

Insitec), VD – Comércio, Indústria e

Construção Civil, entre outros conta-

tos estabelecidos pelos participantes

desta ação, no âmbito da realização

Page 15: Concreto 231

15

DESTAQUE

da Rodada de Negócios CIMLOP.

No âmbito da Feira Tektónica Mo-

çambique, que teve lugar entre os

dias 15 e 17 de fevereiro, no Centro

de Congressos Joaquim Chissa-

no, realizou-se uma Conferência,

organizada pela CIMLOP e pela

FME – Federação Moçambicana de

Empreiteiros, sobre o Investimento

em Moçambique, que contou com

a participação do nosso Presidente,

Manuel Reis Campos, do Embaixador

de Portugal em Moçambique, Mário

Godinho de Matos, do Vice- Minis-

tro das Obras Públicas e Habitação,

Francisco Pereira, do Diretor Geral

do CPI, Lourenço Sambo, do Presi-

dente da Federação Moçambicana

de Empreiteiros, Agostinho Vuma, do

Diretor da Câmara de Comércio Mo-

çambique Portugal, José Alexandre

Ascenção e do Presidente da APEMIP,

Luís Lima.

A reunião da Direção da CIMLOP,

no dia 16 de fevereiro, contou com a

presença das Associações, que repre-

sentam os Órgãos Sociais, dos Países

que integram esta Confederação – de

Angola, a AECCOPA e a APIMA; do

Conferência Tektónica/Cimlop

Brasil o COFECI e o SECOVI-SP, de

Moçambique a FME e de Portugal a

AICCOPN e a APEMIP.

Nesta reunião, foi efetuada uma

exposição da situação do setor da

construção e do imobiliário, pelos

representantes de cada País.

Nesta exposição, destacaram-se as

apresentações de Angola e de Mo-

çambique pelas potenciais oportuni-

dades de investimento nesses Países,

assim como do Brasil, pelo seu claro

e forte crescimento económico.

Tektónica Moçambique

Depois de devidamente contextuali-

zada a situação conjuntural de cada

País, ficou consensualizada a partilha

de informação de cada mercado,

através da plataforma CIMLOP, para

que se possa concretizar o objetivo

primordial da criação desta Confe-

deração: a efetiva concretização de

oportunidades de negócio para as

empresas da comunidade lusófona.

Page 16: Concreto 231

16 •

ENTREVISTA

Presidente da Direção da AICCOPN em Discurso Direto

Em Entrevista à Concreto, Reis Campos, traça o diagnóstico do estado do setor, fala do futuro, aborda os desafios que antevê.

Concreto (C) – A crise que o setor da

construção está a viver era inevitável?

Como se explica a profundidade des-

ta crise?

Reis Campos (RC) – A economia

portuguesa está confrontada com um

dos piores momentos de sempre e o

setor da Construção e do Imobiliário,

que é responsável por 18,2% do PIB,

16,4% do emprego e por 61,4% do

investimento nacional, não está, na-

turalmente, imune a esse facto, nem

às medidas de austeridade estabeleci-

das no acordo assinado com a Troika.

Porém, é necessário ter presente que

a atual situação económico financei-

ra apenas veio agravar as dificuldades

que o nosso setor enfrenta.

(C) – Quais as consequências?

(RC) – Só nos últimos dois anos, de-

sapareceram 15 mil empresas e, caso

nada seja feito, ao longo do ano de

2012, poderemos assistir à perda de

mais 12 mil. Por outro lado, assisti-

mos a uma redução de 283 mil pos-

tos de trabalho nos últimos dez anos

e estou convicto que estão em risco

mais 140 mil. Trata-se, assim, da mais

profunda e prolongada crise de que

há registo, a qual se deve, sobretudo,

à total incapacidade para, a exemplo

do que se passa na generalidade das

economias, reconhecer a real impor-

tância da construção e do imobiliário

e de mobilizar uma atividade que é

essencial para o crescimento econó-

mico e para a promoção do empre-

go. Se a escassez de obras, a falta de

planeamento, as crescentes dificulda-

des no acesso ao crédito, a exigência

abusiva de garantias por parte da

banca, uma concorrência excessiva,

que induz a práticas reiteradas de

preços anormalmente baixos, um

Código dos Contratos Públicos desa-

dequado em face das necessidades

do mercado, os crónicos atrasos nos

pagamentos por parte do Estado, são

algumas das razões que explicam a

crise que o nosso setor vive, a falta

de soluções para preservar as em-

presas e salvaguardar o emprego é a

mais grave. Veja-se que no segmento

da habitação, a dinamização da rea-

bilitação urbana e do arrendamento,

domínios estratégicos e consensu-

almente considerados prioritários,

mantêm-se adiados. De igual modo,

enquanto que a inexistência de um

quadro fiscal e legal competitivo,

Page 17: Concreto 231

17

ENTREVISTA

que permita captar investimento na-

cional e estrangeiro, penaliza toda a

componente privada da procura, no

domínio do investimento público,

estamos a assistir a uma paralisação

quase total. Assim, é de realçar que,

ao contrário do que acontece em

países como Espanha, França, Reino

Unido, Estados Unidos, que estão

a combater a crise e a fomentar o

crescimento e o emprego através de

programas de construção de infraes-

truturas e de apostas estratégicas em

domínios como a reabilitação e a efi-

ciência energética, em Portugal nada

está a ser feito e, em consequência,

arrastam-se as empresas para a insol-

vência.

(C) – Referenciou o que se passa nou-

tros países. Acha que em Portugal há

condições para a adoção de estraté-

gias semelhantes?

(RC) - Tem de haver. Se queremos

ultrapassar as atuais dificuldades

económico-financeiras e imprimir um

novo rumo ao nosso País, vencendo o

desafio do crescimento e do empre-

go, é fundamental que sejam criadas

as condições para que as empresas

do setor possam desempenhar o seu

papel na economia. Dou-lhe como

exemplo mais recente do que se pas-

sa lá fora, o caso de Espanha.

(C) – Refere-se ao plano de investi-

mentos anunciado no passado mês

de fevereiro?

(RC) - Sim. Nos próximos doze

anos, o Governo Espanhol propõe-se

investir 225 mil milhões de euros,

em infra-estruturas, transportes e em

habitação, plano que assenta sobre-

tudo em investimento comunitário e

privado. Tenha-se, porém, presente

que o que mais interessa salientar

não é propriamente o volume do

investimento, mas a concepção dia-

metralmente oposta que os governos

de Portugal e de Espanha têm da

importância do setor da construção

e do imobiliário. Aliás, recordo que

no momento em que apresentou

este plano no parlamento espanhol,

a ministra do Fomento, depois de

traçar um cenário negro nas contas

públicas, sublinhou a necessidade de

se avançar com um conjunto signi-

ficativo de investimentos para asse-

gurar a dinamização económica do

País. E veja-se que, também Espanha

está confrontada com um processo

de consolidação das contas públicas,

que acarreta fortes restrições orça-

mentais.

(C) – Mas acredita que o nosso País,

nas atuais condições, dispõe de

recursos para uma aposta no investi-

mento?

(RC) - Tenho plena consciência que

os recursos são escassos. Porém,

também tenho a certeza de que há

alternativas e que, por maiores que

possam ser as dificuldades que o nos-

so País enfrenta, não podemos pura e

simplesmente baixar os braços. As-

sim, é fundamental colocar os 13 mil

milhões de euros em fundos comu-

nitários do QREN, que se encontram

por executar, ao serviço da economia

e do emprego assegurado por este

setor. Estas são verbas essenciais e

únicas para garantir a continuidade,

não só das obras que estão em curso

e para promover outras, de proximi-

dade, que foram identificadas como

essenciais para o País, mas, também,

para a Reabilitação Urbana, dire-

cionando para este mercado apoios

europeus e criando linhas de crédito

específicas, que permitam comple-

mentar e superar as limitações da Ini-

ciativa JESSICA. É igualmente essen-

cial garantir o normal financiamento

da atividade económica e o imediato

pagamento das dívidas em atraso às

empresas que, no seu conjunto, já

superam os 1,3 mil milhões de euros.

É inadmissível que as empresas sejam

obrigadas a financiar o Estado.

(C) – Acha realista defender mais

investimento em construção, quando

é cada vez mais comum apontar o

investimento como a principal causa

das dificuldades que afetam o nosso

País?

Page 18: Concreto 231

18 •

ENTREVISTA

(RC) - De facto criou-se essa ideia, mas basta ter a noção

do que foi o investimento em construção em Portugal ao

longo da última década para sermos obrigados a concluir

o contrário. Após ter atingido um pico em 2001, em re-

sultado de uma conjuntura favorável e de incentivos pú-

blicos ao investimento das famílias na aquisição de habi-

tação própria, o investimento em construção encontra-se

em retrocesso há dez anos consecutivos. Tanto na compo-

nente privada como pública, encontra-se bastante abaixo

do verificado nas principais economias e, sublinhe-se,

não obstante o peso do investimento público se encontrar

em regressão, a dívida pública e as despesas totais do

Estado registaram uma forte subida. Isto significa que o

verdadeiro problema de Portugal foi a falta de capacidade

de criação de riqueza e não o excesso de investimento

em construção.

(C) – A AICCOPN subscreveu um pedido de declaração

da construção como atividade em restruturação. É a solu-

ção para os problemas do setor?

(RC) – Não é uma solução, mas apenas uma consequên-

cia. O pedido apresentado pela FEPICOP de declaração

do “setor em reestruturação” tem por objetivo possibilitar

a adoção de medidas que permitam às empresas manter-

-se em atividade, ajustando a sua força de trabalho ao

momento atual. É, por isso, um efeito inevitável do estado

de emergência que as nossas empresas enfrentam.

(C) – Temos ouvido falar com alguma frequência, inclu-

sivamente por parte de alguns dos responsáveis gover-

namentais na necessidade de concentração e fusão de

empresas no sector da construção. Acha que é aqui que

se encontra a chave para vencer as dificuldades?

(RC) - A fusão e concentração de empresas no Setor pode

constituir uma mais-valia, como forma de reforço da

textura do tecido empresarial, em termos de ganhos de

competitividade e de músculo financeiro para o desenvol-

vimento de novos projetos e conquista de mercados in-

ternacionais. Todavia, são processos que, para funcionar,

têm de resultar da iniciativa privada, devendo ser encara-

dos como ferramentas estratégicas de gestão empresarial

e não como resposta aos problemas conjunturais do País,

ou às insuficiências de uma Banca que não está a desem-

penhar adequadamente o seu papel. Esta não é uma ques-

tão que o Estado deva procurar induzir artificialmente,

designadamente com alterações no modelo de regulação.

A concentração não pode resultar de uma Lei nem ser

obtida por via administrativa.

(C) – Então qual é a solução para os problemas do setor?

(RC) - Não há uma, mas várias soluções. Como já referi,

todos sabemos que Portugal está a viver uma situação

difícil. Porém, também sabemos que há medidas que

dependem apenas da vontade política e que não exigem

dinheiro para a sua concretização. O QREN é um instru-

mento fundamental para inverter o atual ciclo económico,

pelo que a transferência para outras áreas, das verbas

destinadas a projetos de investimento, na valorização

do território, não é opção. A internacionalização exige

“Não há uma, mas várias soluções. Como já referi, todos sabemos que Portugal está a viver uma situação difícil. Porém, também sabemos

Page 19: Concreto 231

19

ENTREVISTA

apoios eficazes às empresas, em particular a equiparação

dos serviços prestados pelo setor a bens transacionáveis,

permitindo-lhe o acesso aos vários sistemas de incenti-

vo. Por fim, a reabilitação urbana e o arrendamento, não

podem ser, uma vez mais, adiadas. A urgência com que

se impõem, para além de exigirem mais ambição na apre-

sentação de soluções ajustadas às necessidades do merca-

do, justifica rapidez na sua implementação.

(C) – O que falta para que a reabilitação urbana seja uma

realidade?

(RC) - Neste momento ainda falta tudo. O Governo apre-

sentou dois projetos de Lei cuja entrada em vigor apenas

se perspetiva para o próximo Verão, o que significa que

neste processo perdemos mais de um ano, pois já em

março de 2011, o anterior Executivo, na sequência do

trabalho que desenvolvemos em conjunto, havia apresen-

tado uma proposta legislativa sobre esta matéria. Todavia,

para além da rapidez que se exige, é sobretudo funda-

mental perceber que dificilmente será possível reabilitar

as nossas cidades sem que, em simultâneo, sejam resolvi-

dos os atuais constrangimentos do mercado do arrenda-

mento. Assim, a dinamização da reabilitação urbana e a

criação de um verdadeiro mercado do arrendamento são

dois objetivos essenciais que devem ser perspetivados em

conjunto. Simplificação e agilização de procedimentos,

concessão de apoios ao investimento, incentivos à Rea-

bilitação Urbana e alteração da Lei das Rendas, são os

pilares, complementares e interdependentes, que deverão

servir de base a um pacote legislativo que assuma o mer-

cado da reabilitação como uma prioridade nacional.

(C) – Considera que a proposta de Lei das Rendas apre-

sentada pelo Governo será capaz de cumprir os objetivos

que se propõe alcançar?

(RC) - Em especial há que ter consciência que tal só será

possível se a Lei for capaz de induzir a necessária con-

fiança e apresentar instrumentos de captação e de in-

centivo ao investimento privado. Defendemos alterações

sobretudo em dois níveis. Impõe-se, antes de mais, que o

processo de despejo corra fora dos tribunais, o que pode-

rá passar pela criação de uma instância decisória, como

se se tratasse de um Julgado de Paz, cuja intervenção es-

taria limitada aos casos em que tal se revele estritamente

necessário, mas sempre dentro da estrutura do próprio

Balcão de Arrendamento. Por outro lado, para o sucesso

deste mercado, é fundamental a criação de uma taxa li-

beratória, aplicável, em sede de IRS, aos rendimentos do

arrendamento, permitindo-lhe competir com outros inves-

timentos.

(C) – Há pouco referiu o Código dos Contratos Públicos e

sua desadequação. A revisão do Código tarda a ser uma

realidade?

(RC) - O Memorando de Entendimento impõe alterações

ao CCP e sempre entendemos ser incompreensível não

aproveitar esta oportunidade para corrigir a lei, sobretudo

aqueles aspetos que mais têm penalizado a atividade das

empresas. Na Comissão de Acompanhamento do Código,

que há medidas que dependem apenas da vontade política e que não exigem dinheiro para a sua concretização”

Page 20: Concreto 231

20 •

ENTREVISTA

a que pertenço, temos discutido e

apresentado diversas propostas, mui-

tas das quais obtiveram o consenso

dos demais membros. É, desde logo,

o que acontece com o regime dos

preços anormalmente baixos, cuja

ineficácia, ainda mais evidente na

atual conjuntura, tem criado sérias

distorções ao mercado. Aliás, este é

um dos problemas mais graves, pois

a lei não só é incapaz de identificar

práticas concorrenciais anómalas,

com manifesto prejuízo para as em-

presas e para o próprio interesse pú-

blico, como, de igual modo, conduz

à descredibilização do fator preço,

incitando à apresentação de pro-

postas situadas no limite do critério

definido para o preço anormalmente

baixo. Há outros aspetos que, igual-

mente, deverão ser repensados. É o

que se passa com as regras de esco-

lha do concurso limitado, da abertura

que é dada ao ajuste direto, do regi-

me dos erros e omissões e do prazo,

excessivo e desajustado, de liberação

das garantias prestadas, entre outros.

Não se concebe, por isso, que o Go-

verno apresente um diploma que vá

apenas ao encontro das exigências

feitas pelas instâncias internacionais,

devendo também adequar a Lei à

realidade, contribuindo para a uni-

formização e clarificação de procedi-

mentos, em favor da transparência do

mercado.

(C) – É igualmente Presidente da

CPCI - Confederação Portuguesa da

Construção e do Imobiliário e foram

várias as reuniões realizadas com o

Governo. Que feedback tem obtido

em relação às propostas apresentadas

pelo setor?

(RC) – Tenho procurado sensibilizar

todo o Governo, incluindo o Primeiro

Ministro para o estado de emergência

em que se encontra o setor da cons-

trução e imobiliário. Já por diversas

vezes tive a oportunidade de transmi-

tir que, com o desaparecimento diá-

rio de 12 empresas e de 380 postos

de trabalho, estamos a assistir à des-

truição das empresas e do emprego.

Muitas das propostas que apresen-

támos, seja ao nível da importância

do aproveitamento das verbas do

QREN, da internacionalização e

da reabilitação urbana, reúnem um

consenso generalizado e são, indis-

cutivelmente, fatores essenciais na

estratégia de crescimento que é ne-

cessário implementar. Tinha, por isso,

a expetativa de poder conhecer o que

o Governo pretende para este setor e

as soluções que antecipa para a sua

dinamização. Porém, o que constato

neste momento é uma total ausência

de respostas.

(C) – Em face da ausência de respos-

tas que refere, o que pode ser feito?

(RC) - Estou certo, tal como já acon-

teceu noutras situações que marca-

ram a história da nossa Associação,

que não iremos assistir com total

passividade à queda do sector. Recor-

do o que há cerca de um ano tive a

oportunidade de afirmar no momento

em que tomei posse para um novo

mandato, quando afirmei que os res-

ponsáveis políticos têm de se com-

prometer com o futuro das nossas

empresas e dos seus trabalhadores.

Estou certo que os nossos empresá-

rios saberão demonstrar a força que

os une e, caso a situação se mante-

nha inalterada, não deixarão de dar

a resposta adequada às omissões do

poder político.

(C) – Uma última pergunta. Quando

iniciou o novo mandato acreditava

que o sector teria de enfrentar estas

dificuldades?

(RC) – Sabia bem que iniciava o

novo mandato num dos momentos

mais críticos da história da constru-

ção no nosso País. Porém, fazia-o na

convicção de que, tal como sucedeu

na maioria dos Países desenvolvidos,

só com o contributo desta atividade

seria possível induzir uma nova dinâ-

mica de crescimento, criar emprego

e estimular a economia. Foi a falta

desta visão estratégica que nos con-

duziu a uma situação que assume,

neste momento, contornos verdadei-

ramente alarmantes. Há um ano atrás

ninguém esperaria que estivéssemos

confrontados com o colapso do sec-

tor. Por isso, é com plena consciência

dos desafios que temos de enfrentar,

que continuaremos a fazer valer, de

forma coerente, o peso que a cons-

trução tem na economia e na socie-

dade e a exigir do Estado a adoção

de políticas ajustadas às necessidades

deste relevante setor de atividade.

Page 21: Concreto 231

21

TOMADAS DE POSIÇÃO

Page 22: Concreto 231

22 •

TOMADAS DE POSIÇÃO

Referindo-se a um estudo do Fundo

Monetário Internacional, publicado

no final do passado mês de janeiro

que claramente demonstra que, mais

do que reduzir o défice público, o

que neste momento preocupa os

mercados é a evolução da situação

económica e a capacidade de cres-

cimento, Reis Campos, reafirmou ao

Jornal Público que se o controlo das

contas públicas é essencial, tal não

pode ser conseguido sacrificando a

economia e a capacidade de criação

de riqueza e de emprego.

Para o Presidente da Associação, sob

pena de perderem sentido as exi-

gentes medidas de austeridade que

nos são impostas, impõe-se um firme

compromisso com o desenvolvimen-

to económico do nosso País. Por isso,

salientou que a concretização do

acordo de ajuda externa não pode

impedir a adoção de medidas capa-

zes de inverter o atual ciclo e, desig-

nadamente, permitir ao setor

da construção e do imobiliário

desempenhar o seu papel

como motor da economia, à

semelhança do que sucede

na maioria dos países desen-

volvidos. Trata-se do maior

empregador privado nacional,

que cria e dá a criar riqueza,

que vale quase um quinto do

PIB e que, anualmente, faz

movimentar perto de 61 mil

milhões de euros, ou seja, o

equivalente a um terço do Pro-

duto Interno Bruto.

É tempo de olhar para a economia

Há duas semanas escrevi em declara-

ções ao Jornal de Notícias, Reis Cam-

pos apontou as consequ~encias que

decorrem da manutenção da atual

situação. Referindo-se às consequên-

cias que antevia, fruto da total ausên-

cia de uma visão estratégica capaz

de reconhecer a real importância do

setor da construção e do imobiliário

e de mobilizar uma atividade que

representa 18,2% do PIB e 16,4% do

emprego nacional, o Presidente da

AICCOPN, afirmou que os resultados

estão à vista de todos. Se havia dú-

vidas quanto à verdadeira catástrofe

humana e social que, neste momen-

to, defrontamos, a publicação dos

números do emprego relativos

ao quarto trimestre de 2011,

veio confirmar as graves conse-

quências económicas e sociais

desencadeadas pela situação

de emergência que a fileira da

construção e do imobiliário

enfrenta.Com uma perda de 83

mil empregos durante o ano

de 2011, o que significa que

39% dos postos de trabalho

eliminados na economia portu-

guesa são oriundos deste setor,

ninguém pode ficar indiferente

perante a iminente destruição

do nosso tecido empresarial,

alertou.

A confirmação de uma catástrofe anunciada

Page 23: Concreto 231

23

TOMADAS DE POSIÇÃO

Dada a situação de emergência que

as empresas enfrentam e tendo por

objetivo permitir que estas possam

recorrer à celebração de acordos de

revogação de contratos de trabalho

sem estarem limitadas ao regime de

quotas que lhes são impostas por

força do decreto-lei n.º 220/2006,

de 3 de novembro, a AICCOPN,

através da Federação da Construção,

solicitou ao Primeiro Ministro a de-

claração do setor em reestruturação,

medida com a qual deixariam de ser

aplicáveis às empresas de construção

os limites quantitativos para acesso

ao subsídio de desemprego previstos

para as cessações de contratos de

trabalho por mútuo acordo.

Salientando que esta medida visa

possibilitar a adoção de soluções que

permitam às empresas manter-se em

atividade, ajustando a sua força de

trabalho ao momento atual, em nova

exposição remetida ao Secretário

Adjunto da Economia e do Desen-

volvimento Regional, a Associação

reiterou o pedido já antes formulado

e solicitou maior rapidez na aprecia-

ção dos pedidos que individualmente

cada empresa venha a apresentar.

Pretende-se, neste caso, uma efetiva

simplificação de procedimentos,

com vista a facilitar os processos de

reestruturação empresarial em curso,

enquanto o Setor da Construção não

for declarado, no seu todo, como um

“setor em reestruturação”.

Para fazer face às atuais dificuldades pedido de “Declaração do Setor em Reestruturação”

Em exposição ao Ministro da Economia e do Emprego AICCOPN defende certificados de aptidão profissional vitalícios para os profissionaisdo Setor

Fruto da autêntica revolução legis-

lativa imposta pela publicação do

Decreto-Lei n.º 92/2011, diploma

que criou o Sistema de Regulação de

Acesso a Profissões (SRAP), simplifi-

cando o acesso a diversas profissões

através da eliminação de certificados

de aptidão profissional e carteiras

profissionais, a AICCOPN manifestou

a sua preocupação em face do eleva-

do número de processos pendentes,

relativos ao acesso aos Certificados

de Aptidão Profissional, pela via da

que se refere às habilitações escola-

res – o que significa que o atual de-

tentor do CAP poderá ter que passar

por um processo de equiparação de

competências, designadamente pelo

preenchimento total dos requisitos

do RVCC profissional a que está

subordinado – a Associação solici-

tou a alteração da lei, no sentido de

consagrar o caráter vitalício daqueles

títulos, não dependendo de qualquer

prazo de validade, nem carecendo

de qualquer substituição.

experiência, que não puderam ser

concluídos durante o período transi-

tório fixado na lei. A Associação sa-

lientou que nunca poderiam ser pos-

tos em causa os processos, cuja data

de candidatura é anterior à da entra-

da em vigor do aludido diploma.

Por outro lado e no que se refere aos

Certificados de Aptidão Profissional

já emitidos, em relação aos quais se

impõe aos seus titulares proceder à

sua substituição por um certificado

de qualificações, no qual são identi-

ficadas as unidades de competência

certificadas no âmbito do referencial

de competências profissionais exis-

tente no CNQ ou, em alternativa, por

um diploma de qualificação, desde

que sejam satisfeitas as exigências no

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Page 25: Concreto 231

25

FORMAÇÃO AICCOPN

Teve lugar no passado dia 10 de janei-

ro, na sede da AICCOPN, uma sessão

de formação sobre o tema “Tributação

do Património”. A Sessão contou com

a intervenção da BAKER TILLY, que

abordou os temas mais importantes

constantes nos códigos do IMT, do IMI

e do Imposto de Selo, tendo também

em consideração as alterações recen-

tes provocadas pelo Orçamento do

Estado para 2012.

Sessão sobre “Tributação do Património”

Sessão sobre “Local de Trabalho - Despesas de Deslocação e Estada - Ajudas de Custo”

No passado dia 17 de janeiro, realizou-se uma sessão sobre

o tema “Local de Trabalho – Despesas de deslocação e es-

tada / Ajudas de Custo”. A Sessão contou com intervenções

de técnicos dos Serviços Jurídicos e Laborais e dos Serviços

de Economia da AICCOPN, para esclarecer algumas dúvidas

que este tema vem suscitando na sua aplicação prática. Nes-

ta Sessão, foram apresentados alguns aspetos constantes do

CCT do Setor, relacionados com as regalias dos trabalhadores

diretamente impostas pelo exercício da sua atividade, quer

tenham local de trabalho fixo ou não fixo, designadamen-

te os cuidados a ter no domínio da fiscalidade, no âmbito

da atribuição de ajudas de custo ou da compensação pela

deslocação em viatura própria do trabalhador ao serviço da

entidade patronal.

Vitor Laranjeira e João Afonso, da AICCOPN

António Maria Pimenta da Baker Tilly

Em Análise na AICCOPN:“As Transformações Laborais - O Acordo com a Troika e a Concertação Social”

Numa sessão realizada no passado dia 24 de fevereiro, que

contou com a intervenção do Dr. Rui Valente, Advogado

da Sociedade de Advogados Garrigues, foram analisadas as

principais repercussões que o Compromisso para o Cresci-

mento, Competitividade e Emprego, recentemente assinado

na Comissão Permanente de Concertação Social, irá ter nas

normas laborais portuguesas. Dada a relevância desta temáti-

ca, esta foi uma iniciativa à qual os associados uma vez mais

aderiram com interesse, participando ativamente no debate

que se seguiu à apresentação, colocando questões e suscitan-

do problemas de ordem prática, que permitiram um melhor

aprofundamento das transformações que se perspetivam para

a legislação do trabalho em 2012.

Vitor Laranjeira e João Afonso, da AICCOPN

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27

FORMAÇÃO AICCOPN

Formação AICCOPN - “Reabilitação de Edifícios e Estruturas”

Miguel Ferreira, Universidade Fernando Pessoa

Miguel Ferreira, Universidade Fernando Pessoa

A AICCOPN promoveu a realização de um curso de es-

pecialização em “Reabilitação de Edifícios e Estruturas”,

composto por oito módulos, que decorreu entre 30 de

setembro de 2011 e 27 de janeiro de 2012 e que visou

essencialmente, reforçar os conhecimentos técnicos do

setor no que respeita às questões especificas relacionadas

com a reabilitação de edifícios e estruturas.

Os dois últimos módulos deste curso, designadamente os

módulos 7 e 8, realizaram-se durante o mês de janeiro, e

tiveram a colaboração do Mestre Miguel Ferreira, docente

na Universidade Fernando Pessoa – UFP.

O sétimo módulo, realizou-se no dia 6 de janeiro e teve

como tema “Reabilitação Térmica de Edifícios”. Neste

F o r m a ç ã o A I C C O P N 2 0 1 22 ª E d i ç ã o d o C u r s o d e “ R e a b i l i t a ç ã o d e E d i f í c i o s e E s t r u t u r a s

Tendo em consideração a importância crescente da reabilitação urbana no sector da construção, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas – AICCOPN, vai re-editar, na sua Sede, no Porto, um curso de especialização exclusivamente subordinado a este tema.

Esta segunda edição do curso visa reforçar os conhecimentos dos técni-cos do sector no que respeita às questões específicas relacionadas com a reabilitação de edifícios e estruturas, sendo privilegiada uma perspectiva eminentemente prática, nomeadamente recorrendo-se à apresentação de exemplos concretos.

O curso é composto por oito módulos, com a duração de quatro horas cada, abrangendo as principais áreas de especialidade na reabilitação e conservação de edifícios e estruturas, nomeadamente a arquitectura, as fundações, a segurança, o reforço sísmico, as estruturas de madeira e de betão armado, os revestimentos, assim como a térmica e a acústica.

Certos da relevância dos conteúdos que irão ser abordados no Curso, cujo Programa e Ficha de Inscrição juntamente se enviam, convidamos V. Exa. a participar no mesmo, agradecendo antecipadamente a respectiva confir-mação para o Departamento de Comunicação da AICCOPN.

Aproveitamos ainda para informar que esta acção dá lugar a certifica-ção pelo CICCOPN, o qual emitirá o competente certificado, para efeitos de contabilização das horas de formação anuais previstas no Código do Trabalho.

Formação AICCOPNReabilitação de Edifícios e Estruturas 2ª EdiçãoAbril a Julho 2012

R i g o rQ u a l i d a d e

M e s t r i a

Rua Alvares Cabral n.º 3064050-040, Porto22.340.2200 Tel 22.340.2297 [email protected]

A melhor formação para os melhores Associados

módulo abordaram-se questões relacionadas com o pro-

jeto térmico, a reabilitação da envolvente térmica e dos

sistemas de climatização/ventilação, bem como a utiliza-

ção de sistemas de energias renováveis.

O oitavo e último módulo, “Reabilitação Acústica de Edi-

fícios”, decorreu no dia 27 de janeiro e apresentou alguns

casos práticos de reabilitação acústica de edifícios, de

isolamento aos sons aéreos e aos sons de percussão.

As sessões tiverem uma elevada participação e termina-

ram com um debate, onde os participantes tiveram opor-

tunidade de expor variadas questões subordinadas aos

temas abordados.

Page 28: Concreto 231

28 •

DIREITO

Compromisso para o Crescimento Competitividade e Emprego Novas regras para a cessação dos contratos de trabalho e cálculo das compensações

Tendo como principais objetivos a

construção de uma “legislação labo-

ral flexível, concentrada na proteção

do trabalhador, e não do posto de

trabalho, no quadro de um modelo

de flexisegurança, que fomente a

economia e a criação de emprego

e que vise combater a segmentação

crescente do mercado de trabalho”,

o Governo apresentou na Assembleia

da República a Proposta de Lei n.º

46/XII, a qual corporiza as medidas

aprovadas pelos parceiros sociais no

Compromisso para o Crescimento,

Competitividade e Emprego. Na

respetiva exposição de motivos esta

legislação é anunciada como um

instrumento que irá contribuir, “para

o aumento da produtividade e da

competitividade da economia na-

cional”, concretizando “a necessária

aproximação do enquadramento ju-

rídico vigente em países congéneres,

nomeadamente no contexto do mer-

cado comum europeu”.

Se é um facto que no atual contexto

socioeconómico o enquadramento

jurídico-laboral é, indiscutivelmente,

um dos fatores que exerce maior in-

fluência sobre a competitividade da

economia e, em particular das pró-

prias empresas, pois elevados custos

sociais, associados a uma legislação

ainda influenciada por princípios

já ultrapassados, há muito que jus-

tificavam, em nosso entender, uma

intervenção potenciadora do empre-

endedorismo e, consequentemente,

facilitadora da criação de mais e

melhor emprego e, ao mesmo tempo,

capaz de assegurar a sustentabilida-

de do tecido empresarial, impõe-se,

sobretudo no atual momento, um

efetivo acompanhamento da raciona-

lidade económica, compatibilizando

as normas laborais com as exigências

de gestão das empresas e as condi-

ções gerais da economia.

Se assim não for, já o dissemos por

diversas vezes, serão, não só as em-

presas mas, de igual forma, os tra-

balhadores que delas dependem, os

primeiros a sentir e a sofrer as con-

sequências da falta de dinamismo da

economia portuguesa.

Tendo presente este contexto e sem

prejuízo de uma posterior análise,

necessariamente mais pormenorizada

e completa, fazemos nesta edição

da nossa revista uma primeira abor-

dagem às alterações mais relevantes

que se perspetivam no âmbito das

formas de cessação dos contratos de

trabalho e do cálculo das compensa-

ções devidas aos trabalhadores, pro-

curando privilegiar, necessariamente

uma análise prática.

Cessação do contrato de trabalho

Nesta matéria são introduzidas modi-

ficações no âmbito dos despedimen-

tos por motivos objetivos, bem como

nas compensações devidas em caso

de cessação de contrato de trabalho.

Despedimento por extinção do posto

de trabalho

Quando na secção ou estrutura equi-

valente da empresa haja uma plurali-

Page 29: Concreto 231

29

DIREITO

dade de postos de trabalho de conte-

údo funcional idêntico e se pretenda

proceder à extinção de apenas um ou

de alguns deles, deve ser atribuída ao

empregador a possibilidade de fixar

um “critério relevante e não discri-

minatório, sob pena de ilicitude, face

aos objetivos subjacentes à extinção,

que permita selecionar o posto de

trabalho a extinguir, mediante o pro-

cedimento e as consultas previstos no

Código do Trabalho.

Além disso, é eliminada a obrigação

que atualmente existe de colocação

do trabalhador em posto compatível

com a sua categoria profissional.

Salienta-se que o despedimento

por extinção do posto de trabalho

assenta em estritos fundamentos de

mercado, estruturais ou tecnológicos,

assegurando o integral respeito pela

exigência de justa causa para a ces-

sação do contrato por iniciativa do

empregador.

Despedimento por inadaptação

O despedimento por inadaptação

passará a ser permitido mesmo nas

situações em que não tenham sido

introduzidas modificações no posto

de trabalho. Esta alteração permite

ao empregador uma reação em caso

de uma modificação substancial da

prestação do trabalhador, da qual

resulte, nomeadamente, uma redu-

ção continuada da produtividade ou

da qualidade, avarias repetidas nos

meios afetos ao posto de trabalho ou

riscos para a segurança e saúde do

trabalhador, de outros trabalhadores

ou de terceiros. O despedimento

poderá ainda ter lugar na inadapta-

ção por incumprimento de objetivos

previamente acordados em caso de

inexistência de modificações no pos-

to de trabalho, mantendo-se, porém,

a atual restrição para os cargos de

complexidade técnica ou de direção.

Só poderá ter lugar desde que sejam

postos à disposição do trabalhador,

para além da compensação devida,

os créditos vencidos e os exigíveis

por efeito da cessação do contrato de

trabalho, até ao termo do prazo de

aviso prévio. O prazo de consultas

irá ser mais curto e estabelecido um

prazo para o empregador proferir o

despedimento, através de decisão por

escrito e fundamentada.

- Assim os novos casos de despedi-

mento por inadaptação dependem

das seguintes circunstâncias:

Verificação de uma modificação

substancial da prestação realizada

pelo trabalhador, de que resulte, no-

meadamente, a redução continuada

de produtividade ou de qualidade,

avarias repetidas nos meios afetos ao

posto de trabalho ou riscos para a

segurança e saúde do trabalhador, de

outros trabalhadores ou de terceiros,

determinados pelo modo do exercí-

cio das funções e que, em face das

circunstâncias, seja razoável prever

que tenha caráter definitivo;

- Estabelecimento de um proce-

dimento adequado a assegurar os

meios de reação do trabalhador;

- Definição de mecanismos que pro-

porcionem a eliminação da situação

de inadaptação, como seja a conces-

são de formação profissional.

Compensações devidas pela cessa-

ção do contrato de trabalho

No domínio das compensações por

cessação do contrato de trabalho, o

Governo procede ao alinhamento

entre os contratos de trabalho ante-

riores a 1 de novembro de 2011 e os

novos contratos de trabalho, celebra-

dos ao abrigo da Lei n.º 53/2011, de

14 de outubro. Estas regras apenas

terão aplicação a partir de 31 de ou-

tubro de 2012, data a partir da qual,

conforme previsto no Memorando

de Entendimento e no Compromisso

para o Crescimento, Competitividade

e Emprego, o valor da compensação

deverá coincidir com a média da

União Europeia.

Assim, para efeitos de cálculo da

compensação devida, o período de

tempo decorrido até 31 de outubro

de 2012 reger-se-á pelas disposições

do Código do Trabalho, na redação

da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro,

sendo os novos valores apenas apli-

cáveis a partir desse momento.

Caso o montante da compensação a

que o trabalhador tem direito até 31

de outubro de 2012 exceda 12 retri-

buições base e diuturnidades, ou 240

retribuições mínimas mensais garan-

tidas, o trabalhador terá direito a esse

montante, não sendo considerado

para efeito do cálculo do valor total

da compensação o período posterior

a 1 de novembro de 2012. Pelo con-

trário, caso o valor apurado até 31 de

outubro de 2012 não exceda aquele

limite de 12 retribuições base e diu-

turnidades, ou 240 retribuições mí-

nimas mensais garantidas, ao mesmo

acrescerá o montante que resultar da

aplicação dos critérios estabelecidos

a partir de 1 de novembro de 2012,

não podendo, contudo, o total da

compensação exceder o referido li-

mite de 12 retribuições base e diutur-

nidades, ou 240 retribuições mínimas

mensais garantidas.

Procurando agora sistematizar estas

regras:

1 - O trabalhador tem direito à

compensação devida até à data de

Page 30: Concreto 231

30 •

DIREITO

entrada em vigor das alterações nes-

ta matéria ao Código do Trabalho,

sendo contabilizada de acordo com

o fixado no Código do Trabalho (na

versão de 2009, aprovada pela Lei nº

7/2009, de 12.02).

2 - Caso esta compensação seja igual

ou superior ao limite de 12 retribui-

ções base e diuturnidades ou a 240

Remunerações Mínimas Mensais

Garantidas, ou seja a 116.400,00 €,

o trabalhador terá direito ao valor

referido na alínea anterior, mesmo

que exceda este limite e sem que

haja lugar a qualquer acumulação no

futuro.

3 - Se o valor for inferior ao montante

antes referido – isto é, inferior a 12

retribuições base e diuturnidades

ou a 240 RMMG -, o trabalhador

continuará a acumular os valores a

que tem direito. Ou seja, aos valores

devidos de acordo com o regime

definido para os contratos celebrados

antes da entrada em vigor das novas

regras, o qual acrescerá às com-

pensações fixadas de acordo com o

regime aplicável aos novos contratos

(celebrados a partir de 1 de Novem-

bro de 2011), com limite máximo de

12 retribuições base e diuturnidades,

não podendo o montante mensal da

retribuição auferida pelo trabalhador,

para efeitos de cálculo da compen-

sação, exceder 20 RMMG (o que

corresponde a € 9.700,00), até um

montante máximo de 12 retribuições

base e diuturnidades, ou 240 RMMG

(= € 116.400,00).

Por fim, estabelece-se ainda a impe-

ratividade deste regime em relação

aos instrumentos de regulamentação

coletiva de trabalho anteriores que

prevejam valores superiores, assegu-

rando deste modo a efetividade e a

uniformidade das alterações a intro-

duzir.

Page 31: Concreto 231

31

DIREITO

No sentido de esclarecer as dúvidas

mais frequentes dos nossos Associa-

dos em matéria laboral, na rubrica

“Consultório Jurídico-Laboral”, procu-

raremos dar resposta às questões que

entendam formular, através do seguin-

te endereço de correio electrónico: serv.

[email protected]

A trabalhadora grávida tem direito a

dispensa do trabalho para consultas

pré-natais?

Determina a cláusula 62º do Contra-

to Coletivo de Trabalho (CCT) aplicá-

vel ao Sector da Construção Civil e

Obras Públicas, retificado e republi-

cado no B.T.E. nº 17, de 8 de Maio

de 2010, que o empregador deve dar

cumprimento ao regime de proteção

na parentalidade nos termos e condi-

ções previstos na lei.

Assim, o regime em causa está ver-

tido no Código do Trabalho, revisto

pela Lei nº 7/2009, de 12 de Feverei-

ro, mais precisamente na aplicação

conjugada dos seus artigos 46º, 65º

e 253º.

Nesta conformidade, a trabalhadora

grávida tem direito a dispensa do

trabalho para consultas pré-natais,

pelo tempo e número de vezes ne-

cessários (sempre que possível deve

comparecer às consultas médicas

fora do horário de trabalho).

Sempre que a consulta pré-natal só

seja possível durante o horário de

trabalho, o empregador pode exigir à

trabalhadora a apresentação de prova

desta circunstância e da realização

da consulta ou declaração dos mes-

mos factos.

De notar, que a preparação para o

parto é equiparada à consulta pré-

-natal.

Tais dispensas, por força do nº 2

artigo 65º do CT, não determinam

perda de quaisquer direitos e são

consideradas como prestação efetiva

de trabalho, pelo que deverão ser

retribuídas pela entidade patronal,

quando devidamente comunicadas

(sendo previsíveis: mínimo de 5 dias;

não sendo previsíveis: logo que pos-

sível) e justificadas.

Page 32: Concreto 231

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RECEBA

Page 33: Concreto 231

33

ECONOMIA

Conjuntura do Setor - Quebras de 9,4% na produção da construção em 2011

O ano de 2011 apresentou o pior

registo de que há memória, com as

mais recentes estimativas a aponta-

rem para uma quebra de produção

de cerca de 9,4%, fruto de reduções

de atividade de 17% na habitação,

de 8,5% nos edifícios não residen-

ciais e de 5% na engenharia civil.

Efetivamente, do apuramento dos

resultados do inquérito mensal à

atividade realizado pela FEPICOP

retira-se como principal conclusão a

extrema dificuldade em que laboram

as empresas que operam neste Setor.

No 4º trimestre de 2011 observaram-

-se fortes quebras, em termos ho-

mólogos, nos indicadores relativos à

Carteira de Encomendas (-13,0%), ao

nível de Confiança (-12,4%) e à Situ-

ação Financeira (-11,8%).

Relativamente ao segmento da habi-

tação, destaca-se que, até novembro,

foram licenciados 15.740 fogos em

construções novas, o que traduz uma

quebra de 31,6%, face aos 23.004

licenciados no período homólogo.

No segmento das obras públicas, em

2011 observou-se uma forte redução

do investimento publico com o mon-

tante global dos concursos abertos a

diminuir 29,7%, o que corresponde

a uma contração de 1,2 mil milhões

de euros, face aos 4,3 mil milhões de

euros postos a concurso em 2010.

No mesmo sentido, o consumo de ci-

mento registou uma queda de 14,9%

até novembro, tendência negativa

que se mantém desde 2001, e que se

traduz já numa quebra acumulada de

55,6%, nos últimos dez anos.

Acresce ainda que, segundo dados

do Instituto do Emprego e Formação

Profissional, o número de desempre-

gados oriundos do setor da Constru-

ção alcançou um novo máximo his-

tórico, de cerca de 78 mil inscrições

nos centros de emprego, no mês de

novembro.

Fortes quedas nos indicadores em

dezembro

Do apuramento dos resultados do

inquérito mensal à atividade reali-

zado pela FEPICOP, retira-se como

principal conclusão a situação extre-

mamente difícil com que a maioria

das empresas do setor da Construção

se confronta.

Efetivamente, no 4º trimestre de

2011, a atividade da construção con-

tinuou a registar fortes reduções, em

termos homólogos, observando-se

quebras significativas nos indicadores

relativos à evolução da Carteira de

Encomendas (-13,0%), do Nível de

Confiança (-12,4%) e da Situação

Financeira (-11,8%).

Os principais condicionantes à ati-

vidade apontados pelos empresários

do Setor são a falta de obras e os

aspetos financeiros, reportados res-

petivamente, por 62,7% e 45,9% dos

inquiridos. Já relativamente aos prin-

cipais condicionantes financeiros,

são apontados os elevados encargos

financeiros, a elevada carga fiscal,

os atrasos nos pagamentos do Estado

e as dificuldades de obtenção de fi-

nanciamentos, indicados por 66,4%,

58,6%, 50,0% e 42,3% dos inquiri-

dos, respetivamente.

Aumento de 12,5% dos desemprega-

dos da Construção

Em novembro, segundo os dados

publicados pelo Instituto do Emprego

e Formação Profissional, foi alcan-

çado um novo máximo histórico

no desemprego oriundo do setor da

Construção. Observou-se, nesse mês,

um aumento de 12,5%, em termos

homólogos, elevando para cerca de

78 mil o número de desempregados

do setor, o que traduz um acréscimo

de cerca de 9 mil no número de de-

sempregados da Construção no espa-

ço de um ano.

No mesmo sentido, no 4º trimestre

de 2011, o indicador qualitativo re-

lativo às Perspetivas de Emprego da

Page 34: Concreto 231

34 •

ECONOMIA

FEPICOP registou um novo mínimo histórico

ao fixar-se em 69,20, o que traduz uma que-

bra de 11,2%, face ao período homólogo, e

revela uma enorme dificuldade dos empresá-

rios em manter o atual nível de emprego.

Quebras de produção atingem 17% na Habi-

tação em 2011

O ano de 2011 registou a maior queda de

produção de que há memória no setor da

Construção, com as estimativas mais recen-

tes a apontarem para uma quebra de 9,4%,

em resultado de decréscimos de atividade

que atingiram 17% na habitação, 8,5% nos

edifícios não residenciais, e 5% na engenha-

ria civil.

Relativamente ao segmento da habitação,

destaca-se que, até novembro, foram emiti-

das 10.947 licenças em construções novas e

4.463 licenças para reabilitação e demolição

deste tipo de edifícios, o que traduz uma

quebra de 20,3% na construção nova e uma

estagnação das obras de reabilitação, face a

igual período de 2010. Em termos de fogos

licenciados em construções novas, constata-

-se que, até novembro, foram licenciados

15.740 fogos, o que revela uma quebra de

31,6%, face aos 23.004 licenciados no perí-

odo homólogo.

Quanto ao segmento dos edifícios não re-

sidenciais, verifica-se uma quebra na área

licenciada, que atingiu os 9,9%, em termos

acumulados até novembro, o que correspon-

de a uma redução de 277.963 m2, face ao

mesmo período do ano anterior. Observam-

-se, contudo, evoluções diferenciadas segun-

do os tipos de ocupação do edifício. Assim,

a área licenciada destinada ao comércio

é a que apresenta uma maior redução em

termos de área (-114.813 m2), seguida da

indústria (-85.589 m2), dos edifícios de uso

geral (-64.251 m2), e do turismo (-55.447

m2). Por outro lado, o licenciamento de áreas

destinadas à agricultura, transportes e comu-

nicações e edifícios não mercantis evoluíram

de forma positiva, crescendo, no seu conjun-

Page 35: Concreto 231

35

ECONOMIA

PIB (INE - CNT) v. real (%) 0,0% -2,5% 1,4% -0,5% -1,0% -1,7% -1,1%

FBCF - Total (INE - CNT) v. real (%) -1,8% -11,6% -4,8% -7,0% -10,5% -12,0% -9,8%

FBCF - Construção (INE - CNT) v. real (%) -5,9% -11,7% -5,8% -4,2% -12,1% -14,1% -10,1%

VAB - Construção (INE - CNT) v. real (%) -4,0% -9,2% -3,9% -2,9% -9,5% -11,6% -8,0%

Índice Empresas Activas (FEPICOP)(Jan 2000=100) % -5,7% -9,0% 10,7% -7,9% -9,8% -9,7% -8,7% -9,1% -9,1% -9,1% -9,0%

Indicador Confiança (FEPICOP/UE)(Jan_00 = 100)(1) % -0,8% -7,3% -12,7% -11,0% -17,9% -14,9% -12,2% -14,6% -12,9% -13,2% -14,1%

Carteira Encomendas (FEPICOP/UE)(Jan_00 = 100)(1) % 5,1% -13,7% -21,7% -18,2% -18,5% -11,0% -13,0% -16,0% -15,0% -15,3% -15,4%

Situação Financeira Empresas (FEPICOP/UE)(1) % -6,2% -7,9% 0,4% -1,0% -6,9% -1,4% -11,8% -3,1% -2,9% -4,3% -5,2%

Nº Trabalhadores COP (INE - IE) (2) milhares 555,1 505,6 482,5 447,1 455,3 440,9 447,8

Nº Desempregados da COP (IEFP) milhares 44,1 61,3 70,9 74,1 72,0 70,3 71,2 73,7 78,0

Nº Trabalhadores COP (INE - IE) (2) % -2,8% 8,9% -4,6% -4,5% -2,6% -8,0%

Nº Desempregados da COP (IEFP) % -0,2% 67,1% 18,6% -2,4% -4,0% 0,1% -2,1% -1,3% -0,1%

Taxa Desemprego na COP (FEPICOP) % 7,0% 12,0% 12,6%

Perspectivas de Emprego (FEPICOP/UE)(1) % -2,2% -3,6% -7,6% -7,6% -16,4% -14,4% -11,2% -12,8% -10,9% -11,2% -12,4%

Índice Produção Obras Eng. Civil (FEPICOP) (3) % 3,9% 17,5% -25,3% -14,0% -

Nível Actividade Obras Eng. Civil (FEPICOP/UE)(1) % -3,1% -3,6% -16,5% -6,4% -4,4% 0,0% 6,6% -3,7% -1,9% -2,5% -1,4%

Valor Obras Públicas Promovido (FEPICOP) (3) % 43,9% -29,5% 21,3% -34,1% - -29,9% -29,3% -30,9% -29,7%

Índice Prod. Edif. Habitação (FEPICOP) (3) % -9,9% -21,8% -16,5% -14,7% - -

Nível Actividade Edif. Habitação (FEPICOP/UE)(1) % -1,5% -11,8% 4,6% -6,5% -29,9% -29,6% -26,2% -22,8% -21,8% -20,8% -23,6%

Área Licenciada Edif. Habitação (INE-nº) % -25,9% -36,1% -8,6% -17,9% -33,4% -27,5% -26,3% -26,1% -27,0%

Índice Produção Edif. N/ Residenciais (FEPICOP) (3) % 2,0% 14,5% -14,8% 2,7% - -

Nível Actividade Edif. N/ Residenciais (FEPICOP/UE) (1) % 2,0% -4,3% -4,9% -16,7% -22,5% -20,3% -2,1% -19,8% -17,8% -16,5% 15,9%

Área Licenciada Edif. N/ Residenciais (INE-nº) % 2,7% -26,8% -14,4% -2,2% -5,8% -20,5% -9,9% -7,8% -9,9%

Nível Actividade Global (FEPICOP/UE)(1) % -1,1% -7,1% -5,3% -9,8% -19,8% -18,2% -9,3% -16,0% -14,5% -13,9% -14,5%

Consumo de Cimento (Cimpor, Secil, outros) % -6,5% -15,4% -7,0% -9,3% -17,1% -19,7% -13,9% -14,4% -14,9%

FBCF Total (UE - Zona Euro) v. real (%) -2,2% -16,9% 3,1%

Indicador Confiança Construção (UE - 27 países) % -16,6% -21,8% 6,2% 3,3% 4,5% 4,6% 0,7% 4,2% 3,8% 3,6% 3,3%

Indicador Confiança Construção (UE - Portugal) % -1,2% -10,2% -10,5% -6,2% -20,0% 25,6% -26,0% -17,7% -17,9% -18,9% -19,6%

Carteira de Encomendas COP (UE - 27 países) % -17,4% -28,3% 3,6% 2,9% 13,2% 10,7% 5,3% 9,1% 8,4% 8,3% 8,1%

Carteira de Encomendas COP (UE - Portugal) % 8,6% -17,0% -14,9% 3,5% -16,3% -21,5% -27,1% -12,4% -12,9% -14,5% -15,8%

Perspectivas Emprego COP (UE - 27 países) % -15,9% -16,4% 8,2% 3,6% -1,0% 0,5% -2,9% 1,0% 0,8% 0,5% 0,1%

Perspectivas Emprego COP (UE - Portugal) % -6,0% -6,4% -8,3% -10,5% -21,8% -27,6% -25,4% -20,3% -20,2% -21,0% -21,4%

Nota: Quadro construído com informação disponibilizada até 16 de Janeiro de 2012

(1) Indicador que resulta das opiniões dos empresários expressas no Inquérito Mensal á Actividade realizado pela FEPICOP / UE

(2) A partir do 1º trimestre de 2008 os resultados do emprego da construção são divulgados segundo a CAE Ver. 3.1. As variações homólogas de 2008

resultam da comparação entre resultados de 2007 (CAE Rev. 2.1) e os de 2008 (CAE Rev. 3.1). Quebra de série no 1º trimestre de 2011 devido a alterações metodológicas.

var. hom. trimestral = [trimestre n / trimestre n-4] var. hom. acumulada = [índice (n) + índice (n+1) + .... + índice (n+12)] / [índice (n-12) + índice (n-11) + ....índice (n-1)]

(3) Os índices de produção da FEPICOP foram suspensos temporariamente, em virtude de se estar a proceder a ajustamentos na metodologia de cálculo dos mesmos.

Unidade3.º T/11

var. anual

2010 1.º T/11

Indicador2008 Dez.11

var. hom. acumulada

Out.112009 Nov.114.º T/11

var. hom. Trimestral

Set.112.ºT/11

to, cerca de 52.547 m2, face a igual

período de 2010.

No segmento das obras públicas

observa-se uma forte redução do in-

vestimento publico, com o montante

global dos concursos abertos, em

2011, a reduzir-se 29,7%, em termos

homólogos, o que corresponde a

uma redução de 1,2 mil milhões de

euros, face ao ano de 2010. Note-se

que por tipo de obra, com exceção

das instalações elétricas e mecânicas,

onde se observou um crescimento

de 10,3% face ao ano anterior, cons-

tatam-se quebras significativas nos

montantes dos concursos abertos,

que atingem os 857 milhões de euros

nos edifícios não residenciais e 279

milhões de euros nas obras em vias

de comunicação, face a 2010.

Quanto aos concursos adjudicados,

em 2011, observou-se um aumento

de 13,9% em valor, face ao ano an-

terior, em resultado do aumento de

45,6% das obras em edifícios não

residenciais, de 24,5% nas obras

de urbanização e 8,3% nas obras

hidráulicas, que compensaram as

reduções registadas nas vias de co-

municação (-23,1%), nas instalações

elétricas e mecânicas (-22,7%) e em

obras diversas (-65,9%),

Note-se que o consumo de cimento

registou uma diminuição de 14,9%

até novembro, tendência negativa

que se mantém desde 2001, e que se

traduz já numa quebra acumulada de

55,6%, nos últimos dez anos.

Indicador de confiança cai 26% em

Portugal

Segundo os dados da Comissão Eu-

ropeia, em termos médios no ano

2011, a confiança dos empresários

europeus que operam no sector da

Construção registou uma subida

de 3,3%, enquanto em Portugal

verificou-se uma quebra de 19,6%,

face ao ano anterior. No 4.º trimestre

a diferença entre Portugal e a União

Europeia agravou-se, com o indi-

cador de confiança a cair 26%, em

Portugal, e a registar uma subida de

0,7% no conjunto de países da UE.

No 4º trimestre, relativamente à car-

teira de encomendas observou-se

uma contração de 27,1% em Portu-

gal e um aumento de 5,3% na União

Europeia, em termos homólogos.

Quanto às perspetivas de emprego

neste setor, verifica-se uma redução

de 25,4% em Portugal, o que compa-

ra com uma diminuição de 2,9% na

União Europeia, no mesmo período.

Page 36: Concreto 231

36 •

ECONOMIA

Linha de Crédito PME - Crescimento

A Linha de Crédito PME Crescimen-

to, recentemente lançada, ficou dis-

ponível a partir do dia 16 de janeiro

de 2012, (vigora pelo menos durante

12 meses) e tem uma dotação global

de 1.500 milhões de euros, detendo

duas Linhas Específicas destinadas a:

· Linha Específica “Micro e Peque-

nas Empresas”: 250 milhões de

euros;

· Linha Específica “Geral”: 1.250

milhões de euros. Na Linha Es-

pecífica “Geral” é criada uma

“Dotação Geral” no valor de

750 milhões de euros e uma

“Dotação Específica Empresas

Exportadoras” no valor de 500

milhões de euros.

Estes valores serão reavaliados pe-

riodicamente, em função da utiliza-

ção, numa lógica “primeiro a entrar,

primeiro a conceder”, podendo ser

feitas reafetações de verbas entre as

Linhas Específicas e Dotações.

As empresas localizadas no Conti-

nente e que desenvolvam a sua acti-

vidade nos sectores da Construção,

Indústria, Energia, Comércio, Turis-

mo, Transporte/Logística e Serviços,

poderão contactar um dos Bancos

protocolados com vista a apresentar

a sua candidatura à Linha de Crédito

PME Crescimento.

1. Operações elegíveis:

· Operações destinadas a investi-

mento novo em ativos fixos cor-

póreos ou incorpóreos (a realizar

no prazo de 6 meses após a data

da contratação);

· Reforço do fundo de maneio ou

dos capitais permanentes;

· Excecionalmente, até 30% do

empréstimo para liquidar dívi-

das contraídas junto do sistema

financeiro nos 3 meses anterio-

res à contratação da operação

e destinadas, exclusivamente,

à regularização de dívidas em

atraso à Administração Fiscal e

Segurança Social.

2. Prazo de vigência:

Até 12 meses após a abertura da Li-

nha de Crédito, podendo este prazo

ser extensível por mais 6 meses caso

a mesma não se esgote no prazo de

1 ano.

3. Condições gerais e específicas de

acesso:

Condições gerais:

· Preferencialmente Micro, Peque-

nas e Médias Empresas (PME),

certificadas pela Declaração

Eletrónica do IAPMEI;

· Desenvolvimento de actividades

enquadradas na lista de CAE’s

elegíveis, as actividades de

Construção e do Imobiliário in-

tegram a referida lista;

· Sem incidentes não justificados

ou incumprimento junto da ban-

ca e sem atribuição de classe de

rejeição de risco de crédito;

· Situação regularizada junto da

Administração Fiscal e da Segu-

rança Social;

· As Empresas que à data da apre-

sentação da operação detenham

dívidas perante a Administra-

ção Fiscal e a Segurança Social

Page 37: Concreto 231

37

ECONOMIA

poderão contratar, junto do

Banco proponente da operação

financiamentos intercalares des-

tinados única e exclusivamente

à regularização destas dívidas,

admitindo-se que, até 30% do

crédito a conceder no âmbito

da presente Linha seja utilizado

para amortização integral desses

financiamentos intercalares;

Condições específicas da Linha “Mi-

cro e Pequenas Empresas”:

· Micro ou Pequena Empresa certi-

ficadas por Declaração Eletróni-

ca do IAPMEI e com volume de

negócios inferior a 10 milhões

de euros;

· Situação líquida positiva no

último exercício e resultados

líquidos positivos em dois dos

últimos quatro exercícios, ou

dois anos de resultados positivos

se apenas tiver menos de quatro

exercícios aprovados (não care-

cem de ser completos);

· Compromisso de manutenção do

volume de emprego observado à

data de contratação do emprés-

timo durante a vigência do con-

trato de financiamento;

Condições específicas da Linha “Ge-

ral-Dotação Geral”:

· Micro, Pequenas e Médias Em-

presas, certificadas por Declara-

ção Eletrónica do IAPMEI válida

ou Grande Empresa (sem certifi-

cação do IAPMEI);

· Situação líquida positiva no últi-

mo exercício.

Condições específicas da Linha

“Geral-Dotação Específica Empresas

Exportadoras”:

· Micro, Pequenas e Médias Em-

presas, certificadas por Decla-

ração Eletrónica do IAPMEI

válida ou Grande Empresa (sem

certificação do IAPMEI);

· Empresas industriais, comer-

ciais ou de serviços que não

integrem grupos empresariais

cuja faturação consolidada seja

superior a 75 milhões de euros;

· Exportação de pelo menos

10% do volume de negócios da

empresa ou em valor superior

a 150 mil euros, sendo consi-

deradas como exportação as

vendas destinadas a empresas

exportadoras;

· No caso de empresas comer-

ciais, os bens ou serviços

exportados, correspondentes

aos limites fixados, devem ser

produzidos em Portugal;

· Situação líquida positiva no

último exercício.

4. Montante máximo por Empresa

O prazo de utilização do crédito, é

realizado até 6 meses após a data

de contratação das operações, com

o máximo de três utilizações, não

podendo as instituições de Crédito

atribuir data-valor do crédito na

conta do cliente anterior à data da

disponibilização efetiva dos fundos.

Linhas Específicas Montante €

Micro e Pequenas Empresas

Micro Empresa 25.000

Pequena Empresa 50.000

Geral

PME Líder 1.500.000

Outras 1.000.000

5. Prazos máximos de amortização

e de carência

Linhas Espe-cíficos

Prazo de Amortização

Prazo de Carência

Micro e Pequenas Empresas

Até 4 anos Até 6 meses

GeralAté 6 anos

Até 12 meses

6. Quadro síntese da PME Crescimento

Comissões:

Não há lugar à cobrança de comissões

bancárias sobre as operações enqua-

dráveis nesta Linha de Crédito. As

comissões relativas à garantia mútua

prestada pelas SGM nas operações

serão integralmente bonificadas pelo

Finova.

Condições legais:

(1) Geral: TAE de 6,429%, calculada

com base na TAN de 6,239% (Euribor

a 3M + spread de 4,813%) em De-

zembro de 2011, para um financia-

mento 4,813% sob a forma de mútuo

até 1.500.000 €, prazo de 6 anos e

período de carência de 12 meses.

(2) Micro e Pequenas Empresas: TAE de

6,623%, calculada com base na TAN

de 6,426% (Euribor a 3M + spread de

5%) em Dezembro de 2011, para um

financiamento até 25.000 € ou 50.000

€, prazo de 4 anos e período de carên-

cia de 6 meses.

Esta taxa, é um exemplo de aplicação,

que corresponde à média aritmética

simples das taxas Euribor 3M, apurada

com referência ao mês imediatamente

anterior ao do início de cada período

de contagem de juros, arredondada

para a milésima de ponto percentual

mais próxima, na base 360 dias.

Em síntese, a nova Linha de Crédito

Page 38: Concreto 231

38 •

ECONOMIA

PME Crescimento tem como objectivo apoiar o acesso ao crédito das PME para o desenvolvimento dos negócios em-

presariais, numa fase de fortes restrições no acesso ao financiamento bancário.

João Afonso

Linha PME Crescimento

Linha Geral Linha Micro e Pequenas Empresas

Montante Global

Até 1.250 milhões de euros, com a dotação geral de 750 milhões de euros e uma dotação especial para empresas exportadorasde 500 mi-

lhões de euros

Até 250 milhões

Taxa de Juro a praticar Euribor 3M + spread (4,813% a

5,375%) (1)

Euribor 3M + 5% (2) Para as opera-ções da Linha Específica “Micro Em-presas”, a taxa de juro será boniicada

pelo FINOVA no valor do spread aplicável cada operação

Montante máximo por empresaPME Líder: Até 1.500.000 de euros Outras PME: até 1.000.000 de euros

Micro Empresas: Até 25.000 euros Pequenas Empresas: até 50.000 euros

Prazo de operações elegíveis Até 6 anos Até 4 anos

Período de carência Carência de capital até 12 meses Carência de capital até 6 meses

Reembolso de capitalO capital será reembolsado através de prestações constantes, trimestrais e postecipadas

GarantiasGarantia autónoma à primeira solicitação prestada pela Sociedade de Garan-tia Mútua (SGM) e destinada a cobrir até 50% do capital em dívida, nocaso da Linha Geral e até 75% da Linha Micro e Pequenas Empresas

Page 39: Concreto 231

39

ECONOMIA

No sentido de esclarecer as dúvidas

mais frequentes dos nossos Asso-

ciados em matéria fiscal, na rubrica

“Consultório Fiscal”, procuraremos

dar resposta às questões que enten-

dam formular, através do seguinte

endereço de correio electrónico:

[email protected].

Quando a factura é emitida por com-

putador, é aceite pelas Finanças o

preenchimento manual dos elemen-

tos de identificação do adquirente?

O entendimento das Finanças,

nos termos do ofício circulado n.º

30091/206, de 5 de Abril, é o seguin-

te:

1 - Nas prestações de serviços cujos

destinatários sejam sujeitos passivos

do IVA, as facturas devem, no mo-

mento da sua emissão, conter a iden-

tificação do destinatário, bem como

o respectivo número de identificação

fiscal. O conteúdo das facturas pro-

cessadas em computador deve provir

integralmente de programas de factu-

ração.

2 - Nas prestações de serviços cujos

destinatários sejam particulares, a

identificação do destinatário dos ser-

viços deverá ser aposta na factura,

não sendo exigível a indicação do

respectivo número de identificação

fiscal.

3 - Não obstante o disposto no núme-

ro anterior, no caso de prestações de

serviços massificadas corresponden-

tes por regra, a consumos próprios de

particulares e caracterizadas pela sua

uniformidade e frequência, podem

aceitar-se como válidas as facturas

que, cumprindo os restantes requisi-

tos legais, não contenham a identifi-

cação do destinatário.

Assim, e de acordo com este entendi-

mento, tratando-se de sujeito passivo

de IVA, as facturas processadas atra-

vés de computador que impliquem o

preenchimento manual dos elementos

de identificação do adquirente (nome

e domicílio), não são consideradas

emitidas em forma legal, pelo que não

conferem o direito à dedução do im-

posto nelas contido.

Page 40: Concreto 231

40 •

ECONOMIA

Programas Informáticos de Faturação

A Portaria n.º 363/2010, de 23 de

junho, que regulamenta a utilização

obrigatória de programas informá-

ticos de faturação certificados e a

emissão de documentos por equi-

pamentos ou programas não cer-

tificados, foi alterada pela Portaria

22-A/2012, de 24 de janeiro, com

o objetivo de reforçar o combate à

fraude e evasão fiscal, alargando o

universo de contribuintes que, obri-

gatoriamente, devem utilizar pro-

gramas certificados como meio de

emissão de faturas ou documentos

equivalentes, talões de venda e guias

de transporte.

Deste modo, os sujeitos passivos de

imposto sobre o rendimento das pes-

soas singulares (IRS) ou de imposto

sobre o rendimento das pessoas co-

letivas (IRC), para emissão de faturas

ou documentos equivalentes e talões

de venda, nos termos dos artigos 36.º

e 40.º do Código do Imposto sobre

o Valor Acrescentado (IVA), estão

obrigados a utilizar, exclusivamente,

programas informáticos de faturação

que tenham sido objeto de prévia

certificação pela Autoridade Tributá-

ria e Aduaneira (AT).

No entanto, excluem-se do disposto

no ponto anterior, os programas de

faturação utilizados por sujeitos pas-

sivos que reúnam algum dos seguin-

tes requisitos:

a) Utilizem software produzido inter-

namente ou por empresa integrada

no mesmo grupo económico, do qual

sejam detentores dos respetivos direi-

tos de autor;

b) Tenham tido, no período de tribu-

tação anterior, um volume de negó-

cios inferior ou igual a 100.000,00€

(125.000,00€ relativamente ao ano

2011);

c) Tenham emitido, no período de

tributação anterior, um número de

faturas, documentos equivalentes ou

talões de venda inferior a 1 000 uni-

dades;

d) Efetuem transmissões de bens

através de aparelhos de distribuição

automática ou prestações de serviços

em que seja habitual a emissão de

talão, bilhete de ingresso ou de trans-

porte, senha ou outro documento

pré-impresso e ao portador compro-

vativo do pagamento.

Salienta-se que são obrigados a

utilizar programa certificado:

a) Os sujeitos passivos, ainda que

abrangidos por qualquer das exclu-

sões constantes das alíneas b) a d),

quando optem, a partir da entrada

em vigor da presente portaria, pela

utilização de programa informático

de faturação;

b) Os sujeitos passivos que utilizem

programa de faturação multiempresa

Passa também a ser obrigatório, para

os sujeitos passivos que utilizem

programa informático de faturação,

emitir no respetivo programa os do-

cumentos de transporte e outros, no-

meadamente:

a) Os documentos, nomeadamente,

guias de transporte ou de remessa,

que sirvam de documento de trans-

porte, de acordo com o disposto no

Page 41: Concreto 231

41

ECONOMIA

regime de bens em circulação, apro-

vado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003,

de 11 de julho;

a) Quaisquer outros documentos,

independentemente da sua designa-

ção, suscetíveis de apresentação ao

cliente para conferência de entrega

de mercadorias ou da prestação de

serviços, nomeadamente as designa-

das consultas de mesa.

Os equipamentos ou programas de

faturação não certificados que, para

além dos talões de venda, emitam

quaisquer outros documentos susce-

tíveis de apresentação aos clientes

como comprovativo da transmissão

de bens ou da prestação de serviços,

nomeadamente as designadas con-

sultas de mesa, devem:

1 - Numerar sequencialmente esses

documentos, que devem conter ain-

da os seguintes elementos:

a) Data e hora da emissão;

b) Denominação social e número de

identificação fiscal do fornecedor de

bens ou prestador de serviços;

c) Denominação usual e quantidades

dos bens transmitidos ou dos serviços

prestados;

d) O preço líquido de imposto e o

montante de imposto devido, ou o

preço com a inclusão do imposto;

e) A indicação de que não serve de

fatura;

2 - Registar os documentos numa sé-

rie específica, em base de dados, no

rolo interno da fita da máquina ou no

jornal eletrónico, evidenciando igual-

mente os documentos anulados.

Os documentos emitidos, em modo

de treino, pelos equipamentos ou

programas de faturação não certifica-

dos, devem conter menção expressa

de tal facto.

As alterações introduzidas na Portaria

n.º 363/2010, de 23 de junho, produ-

zem efeitos a partir de 1 de abril de

2012.

Carlos Correia

Page 42: Concreto 231

42 •

ENGENHARIA

As Qualificações e Obrigações do Director de Obra

O Diretor de Obra, de acordo com o

definido na Lei n.º 31/2009, de 3 de

julho, que estabelece a Qualificação

Profissional Exigível aos Técnicos

Responsáveis pela Elaboração e Subs-

crição de Projectos, pela Fiscalização

de Obra e pela Direção de Obra, é

“o técnico habilitado a quem incum-

be assegurar a execução da obra,

cumprindo o projeto de execução e,

quando aplicável, as condições da

licença ou comunicação prévia, bem

como o cumprimento das normas

legais e regulamentares em vigor”.

Podem desempenhar as funções de

diretor de obra, de acordo com a na-

tureza predominante da obra em cau-

sa, os engenheiros, os engenheiros

técnicos, bem como, os técnicos que,

nos termos da Portaria n.º 16/2004,

de 10 de janeiro, e até à classe 2 de

habilitação de alvará, sejam admiti-

dos em alternativa àqueles.

As qualificações específicas profissio-

nais mínimas exigidas aos diretores

de obra foram estabelecidas pela

Portaria n.º 1379/2009, de 30 de ou-

tubro. Nas obras que não sejam edi-

fícios, as qualificações são definidas

em função da classificação das obras

pelas categorias I, II, III e IV, consoan-

te a menor ou maior dificuldade da

conceção e o grau de complexidade,

de acordo com o previsto no art.º

11.º, do anexo I e no anexo II da Por-

taria n.º 701-H/2008, de 29 de julho.

No que respeita às obras de edifícios,

a definição das qualificações especí-

ficas é feita com base nas classes de

alvará estabelecidas na portaria a que

se refere o Decreto-Lei n.º 12/2004,

de 9 de janeiro, com as alterações

introduzidas pelo Decreto-Lei n.º

69/2011, de 15 de junho (Portaria n.º

21/2010, de 11 de janeiro). Por for-

ma a facilitar a compreensão relativa

às qualificações profissionais destes

técnicos, apresentamos em anexo

quadros resumo relativos às suas qua-

lificações.

Já no que concerne às obrigações

associadas a esta qualificação pro-

fissional, o diretor de obra deve

assumir, entre outros deveres e com

autonomia técnica: A função técnica

de dirigir a execução dos trabalhos

quando a empresa, cujo quadro de

pessoal integra, tenha assumido a

responsabilidade pela realização da

obra; Assegurar a correta realização

da obra; Adotar os métodos de pro-

dução adequados; Requerer sempre

que necessário à intervenção do di-

retor de fiscalização; Comunicar, no

prazo de 5 dias úteis, a cessação de

funções, enquanto diretor de obra,

ao dono de obra, ao diretor de fisca-

lização e à entidade que promoveu

o licenciamento/comunicação prévia

ou o procedimento pré-contratual

púbico; Cumprir o estabelecido pelo

Regime Jurídico da Urbanização e

Edificação - RJUE ou pelo Código dos

Contratos Públicos – CCP.

No âmbito destas obrigações deve,

ainda, o diretor de obra subscrever

um termo de responsabilidade pela

correta execução da obra e pelo

cumprimento dos seus deveres, quer

em sede de procedimento adminis-

Page 43: Concreto 231

43

ENGENHARIA

trativo de licenciamento

ou de comunicação pré-

via, quer em sede de pro-

cedimento pré-contratual

público.

Para além dos deveres

acima referidos estes téc-

nicos são ainda responsá-

veis pelos ressarcimentos

dos danos causados a

terceiros decorrentes da

violação culposa por ação

ou omissão de deveres

no exercício da atividade

a que estejam obrigados

por contrato ou por norma

legal ou regulamentar,

sem prejuízo da responsa-

bilidade criminal, contra-

-ordenacional, disciplinar

ou outra que exista, estan-

do obrigados à celebração

de um contrato de seguro

de responsabilidade ci-

vil extracontratual, que

abranja os danos causa-

dos a terceiros por atos ou

omissões negligentes. No

entanto e para que as dis-

posições relativas a este

seguro entrem em vigor

é necessário que seja pu-

blicada portaria relativa

às condições mínimas,

ao âmbito temporal de

cobertura, aos termos de

reclamação de sinistros e

aos respetivos montantes.

Por último importa re-

ferir que para efeitos da

comprovação das qualifi-

cações, em sede de pro-

cedimento administrativo

e na fase da declaração

Direção de Obras de Edifícios

Engenheiros Especialistas, Engenheiros Seniores e Engenheiros Conselheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 13 anos de experiência. Obras até à Classe 9 (valor ilimitado)

Engenheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 5 anos de experiência. Obras até à classe 8 (até 16.600.000€)

Engenheiros Técnicos. Obras até à classe 5 (até 2.656.000€)

Arquitetos com um mínimo de 5 anos de experiência; (1) Obras até à classe 5 (até 2.656.000€)

Arquitetos com o mínimo de 3 anos de experiência; (1) Obras até à classe 3 (até 664.000€)

Arquitetos; (1) Obras até à classe 2 (até 332.000€)

Engenheiros Estagiários;

Engenheiros Técnicos Estagiários. Obras até à classe 2 (até 332.000€)

Agente Técnico de Arquitectura e Engenharia;

CAP nível 4;

CAP nível 3;

CAP nível 2 (na área dos trabalhos em causa);

Técnico ITED (na área dos trabalhos em causa);

Técnico de Gás (na área dos trabalhos em causa);

Técnico de Instalações elétricas (na área dos trabalhos em causa).

Obras até à classe 2 (até 332.000€)

Direção de Obras de Edifícios (exceções)

Engenheiros Especialistas, Engenheiros Seniores e Engenheiros

Conselheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 13 anos de experiência.

Obras cujo projeto de estruturas tenha sido classificado na

categoria IV, independentemente da classe do alvará

Engenheiros Especialistas, Engenheiros Seniores e Engenheiros

Conselheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 13 anos de experiência;

Arquitetos com um mínimo de 10 anos de experiência; (1)

Obras em edifícios classificados ou em vias de classificação, ou

inseridos em zona especial ou automática de proteção,

independentemente da classe de alvará

Direção de Outras Obras

(classificação de obras por categorias – definida pela Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho)

Engenheiros;

Engenheiros Técnicos. Obras das Categorias I e II

Engenheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 5 anos de experiência. Obras da Categoria III

Engenheiros Especialistas, Engenheiros Seniores e Engenheiros Conselheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 13 anos de experiência. Obras da Categoria IV

Arquitetos com o mínimo de 3 anos de experiência. (2) Direção de obras de espaços exteriores até à

Categoria III

Arquitetos com o mínimo de 5 anos de experiência. (2) Direção de obras em jardins e sítios históricos da Categoria IV

Engenheiros Especialistas, Engenheiros Seniores e Engenheiros Conselheiros;

Engenheiros Técnicos com o mínimo de 13 anos de experiência;

Arquitetos com um mínimo de 10 anos de experiência. (2)

Direção de obras, em imóveis classificados, em vias de

classificação ou inseridos em zona especial ou automática de

proteção, que não sejam edifícios

(1) (com exceção de: Demolição e preparação dos locais da construção, perfurações e sondagens; Instalações elétricas, de canalização, de climatização e outras instalações e Obras em edifícios com estruturas complexas ou que envolvam obras de contenção periférica e fundações especiais).

(2) (com exceção de: Obras de estradas, pontes, túneis, pistas de aeroportos e de aeródromos e vias férreas; Redes de transportes de águas, de esgotos, de distribuição de energia, de telecomunicações e outras; Obras de engenharia hidráulica, estações de tratamento de água ou de águas residuais; Obras portuárias e de engenharia costeira e fluvial; Estações de tratamento de resíduos sólidos; Centrais de produção de energia e de tratamento, refinação ou armazenamento de combustíveis ou materiais químicos, não de retalho; Demolição e preparação dos locais da construção, perfurações e sondagens; Instalações elétricas, de canalização, de climatização e outras instalações).

da titularidade de alvará, os diretores

de obra devem assegurar a entrega

da seguinte documentação: termo de

responsabilidade; comprovativo da

contratação de seguro de responsabi-

lidade civil; comprovativo da integra-

ção no quadro de pessoal da empre-

sa responsável pela execução da obra

(através de declaração da segurança

social) e da integração no quadro

técnico da empresa responsável pela

execução da obra (através de decla-

ração emitida pelo InCI – Instituto da

Construção e do Imobiliário).

Cristina Cardoso

Page 44: Concreto 231
Page 45: Concreto 231
Page 46: Concreto 231

46 •

ENGENHARIA

O Regulamento de Atribuição de

Matricula a Máquinas Industriais,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º

107/2006, de 8 de junho, veio de-

terminar o modo como as máquinas

industriais devem ser matriculadas,

estabelecendo uma harmonização

das prescrições técnicas aplicáveis

a cada veículo, bem como, das suas

condições de homologação.

Assim, a obrigatoriedade de atribui-

ção de matrícula aplica-se às máqui-

nas industriais e às máquinas indus-

triais rebocáveis com peso superior

a 300 kg. As máquinas só podem ser

matriculadas desde que correspon-

dam a um modelo homologado para

o efeito. A sua homologação só pode

ser requerida pelo respetivo fabrican-

te.

De acordo com o previsto neste Re-

gulamento, entende-se por máquina

industrial, “ (...) um veículo com

Atribuição de Matrículas a Máquinas Industriais

motor de propulsão, de dois ou mais

eixos, destinado à execução de obras

ou trabalhos industriais e que só

eventualmente transita na via públi-

ca;”, o que significa que só são admi-

tidas em circulação (na via pública)

as máquinas que estejam devidamen-

te matriculadas. Encontram-se exclu-

ídas desta obrigação, as máquinas

industriais que circulem apenas den-

tro do perímetro do estaleiro, quando

este não corresponde à via pública, e

as máquinas que sejam transportadas

integradas noutros veículos já matri-

culados.

As máquinas objeto deste regulamen-

to incluem-se, segundo a sua utiliza-

ção, num dos seguintes tipos (Anexo

I, do Decreto-Lei n.º 107/2006):

Autobetoneira (AB);

Autogrua (AG);

Autovarredora (AS);

Bomba lança betão (BL);

Cilindro compactador (CC);

Escavadora (ES);

Empilhador (EM);

Grupo compressor (GC);

Grupo gerador (GG);

Marcador de rodovia (MR);

Motoniveladora (MT);

Pá carregadora (PC);

Perfuradora (PE);

Plataforma elevatória (PL);

Pavimentadora (PV);

Retroescavadora (RE);

Trator industrial (TI);

Unidade de transporte (UT).

Para efeitos de matrícula, as máqui-

nas são classificadas segundo classes

de circulação, de acordo com o ane-

xo II, do Decreto-Lei n.º 107/2006,

consoante a respetiva velocidade

máxima, peso, dimensões e eventuais

restrições à circulação

(Ver Quadro I).

Page 47: Concreto 231

47

ENGENHARIA

O Instituto da Mobilidade e dos

Transportes Terrestres (IMTT) é a enti-

dade competente junto da qual deve

ser requerida a matrícula para estas

máquinas.

De acordo com a informação dispo-

nível no site deste Instituto (www.

imtt.pt), os pedidos devem ser apre-

sentados, pelos respetivos proprietá-

rios, nos Serviços Regionais e Distri-

tais do IMTT da área de residência do

proprietário ou sede da respetiva em-

presa, com os seguintes documentos:

A) Sem matrícula anterior e com Ho-

mologação Nacional:

- Formulário Modelo 9 IMTT (dispo-

nível em www.imtt.pt);

- Certificação efetuada pelo fabrican-

te ou associação que o represente,

com a indicação do número de ho-

mologação nacional;

- Certificação de inspeção efetuada

por entidade técnica acreditada para

a homologação de máquinas;

- Fotografias que permitam a visua-

lização clara da máquina, validadas

pela entidade técnica;

- Documento comprovativo da pro-

priedade;

- Documento de identificação do

requerente (ou fotocópia). Taxa: € 45.

B) Sem Matrícula anterior e sem Ho-

mologação Nacional

- Formulário Modelo 9 IMTT (dispo-

nível em www.imtt.pt);

- Certificado de características téc-

nicas emitido pelo fabricante ou por

entidade técnica acreditada para a

homologação de máquinas;

- Certificação de inspeção efetuada

por entidade técnica;

- Fotografias que permitam a visua-

lização clara da máquina, validadas

pela mesma entidade técnica;

- Documento comprovativo da pro-

priedade;

- Documento de identificação do re-

querente (ou fotocópia). Taxa: € 165.

C) Com Matricula anterior - Devem

Para efeitos de matrícula, as máquinas são classificadas segundo classes de circulação, de

acordo com o anexo II, do Decreto-Lei n.º 107/2006, consoante a respetiva velocidade máxima,

peso, dimensões e eventuais restrições à circulação (Ver Quadro I).

Quadro I - Classes de Circulação (Anexo II, do D.L. n.º 107/2006)

Velocidade Limites de peso e dimensões Restrições à circulação Classe de circulação

40 km/h

Não são excedidos os correspondentes limites fixados para as categorias N e O.

Sem restrições especiais A

Só pode circular de dia. Não pode circular em túneis ou em condições de reduzida visibilidade.

B

São excedidos os limites de pesos ou dimensões

É verificada pelo menos uma das condições:

Comprimento: > 12m e 20m;

Largura: > 2,55m e 3m;

Altura: > 4m e 4,5m;

Peso bruto: 60t. Só podem circular nas condições estabelecidas no regulamento previsto no n.º 1 do art. 58.º do Código da Estrada.

C

É verificada pelo menos uma das condições:

Comprimento: > 20m;

Largura: > 3m;

Altura: > 4,5m;

Peso bruto: > 60t.

D

> 40km/h

Não são excedidos os correspondentes limites fixados para as categorias N e O.

Sem restrições especiais E

Não pode circular em autoestrada F

São excedidos os limites de pesos ou dimensões

É verificada pelo menos uma das condições:

Comprimento: > 12m e 20m;

Largura: > 2,55m e 3m;

Altura: > 4m e 4,5m;

Peso bruto: 60t. Só podem circular nas condições estabelecidas no regulamento previsto no n.º 1 do art. 58.º do Código da Estrada.

G

É verificada pelo menos uma das condições:

Comprimento: > 20m;

Largura: > 3m;

Altura: > 4,5m;

Peso bruto: > 60t.

H

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) é a entidade

competente junto da qual deve ser requerida a matrícula para estas máquinas.

De acordo com a informação disponível no site deste Instituto (www.imtt.pt), os

pedidos devem ser apresentados, pelos respetivos proprietários, nos Serviços

ser apresentados os documentos

previstos para o caso das máquinas

usadas sem matrícula, bem como o

original do Certificado de Matricula

da Máquina, ou documento equiva-

lente emitido pelo país de proveniên-

cia da máquina. Taxa: € 45 ou € 165,

consoante o caso.

Desde o passado dia 8 de junho de

2011, com publicação da Delibera-

ção n.º 1249/2011, que se encontram

em fase de admissão à matrícula to-

dos os tipos de máquinas industriais

previstos no anexo I, do Decreto-Lei

n.º 107/2006, no entanto, o prazo li-

mite para a sua atribuição é diferente

consoante o tipo de máquina

Quadro II – Datas limite para atribui-

ção de matrícula

Designação do tipo de Máquina Industrial

Data limite para a atribuição de

matrícula

Autogruas (AG)31 de dezembro de 2011

Retroescravadoras (RE)

30 de junho de 2012Unidades de Transpor-te (UT) (ex: Dumpers)

Restantes tipos de máquinas

Ainda nã estabeleci-da. A matrícula pode ser atribuída a pedi-do dos proprietários

Assim, todas as máquinas cuja data

limite para a atribuição de matrícula

já tenha sido ultrapassada, só pode-

rão circular na via pública se estive-

rem devidamente matriculadas.

As restantes máquinas, cujo período

legal para atribuição de matricula

ainda se encontra a decorrer, apenas

poderão circular na via pública se

já tiverem a respetiva matricula, ou

acompanhadas de uma Autorização

Especial de Transito, de acordo com

o previsto na Portaria n.º 472/2007,

de 22 de junho, enquanto aguardam

pela emissão da respetiva matricula.

Renata Rodrigues

Quadro I – Classes de Circulação (Anexo II, do D.L. n.~107/2006)

Page 48: Concreto 231

48 •

Page 49: Concreto 231

49

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS N.º: 13

SETOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Betoneira Pág.: 1/4

A Betoneira é um equipamento utilizado para a produção de argamassa, através da mistura de

diferentes componentes, tais como agregados de diferentes dimensões, areia, cimento e água,

nas devidas proporções conforme o tipo de argamassa que se pretende obter.

Antes de começar o Trabalho

Medidas preventivas:

- Colocar a betoneira numa superfície firme, nivelada e o mais limpa e seca possível;

- Ter a certeza de que existe espaço adequado para trabalhar com o equipamento;

- Manter a área de trabalho limpa e bem iluminada. Áreas desorganizadas estão mais propensas

a acidentes;

- Manter a área ao redor da betoneira livre de obstáculos, graxa, óleo, lixo e outros objetos que

possam causar quedas sobre as partes móveis do equipamento;

- Não colocar a betoneira perto da bordadura de estruturas, taludes ou inclinações de terreno a

não ser que disponham de proteções efetivas (corrimões, etc.);

- Não colocar a betoneira em zonas de circulação de cargas suspensas, nem em zonas de

passagem de máquinas ou pessoas.

- Nunca utilizar a betoneira em atmosferas potencialmente explosivas (perto de locais com

materiais inflamáveis como tintas, combustível, etc.);

- Nunca deverá molhar o motor elétrico nem manuseá-lo com as mãos molhadas;

- Não utilizar a betoneira sob intempérie;

- Para o transporte da betoneira em distâncias curtas, colocar o tambor em posição vertical com a

boca para baixo, levantar a lança e empurrar a maquina no sentido de marcha;

- Antes de ligar a betoneira à tomada de corrente, verificar se a tensão é compatível com a da

máquina de acordo com o livro de instruções;

- Nunca realizar ligações diretas (fio - ficha);

- Verificar se o ponto de alimentação elétrica dispõe de interruptor diferencial, interruptor

magnetotérmico e base com ligação à terra. Nunca anular estes dispositivos.

Page 50: Concreto 231

50 •

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS N.º: 13

SETOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Betoneira Pág.: 2/4

Antes de começar o Trabalho (continuação)

Medidas preventivas:

- Verificar sempre a existência de ligação à terra, no caso de desconhecer se a ligação é

adequada consultar um eletricista;

- Manter o cabo elétrico desenrolado e afastado do calor, poças de água ou óleo, arestas vivas ou

partes móveis. Proteger o cabo elétrico quando passar por zonas de circulação de veículos ou

trabalhadores. Manter o cabo elevado sempre que for possível.

Verificações diárias da Betoneira

- Verificar se a caraça do motor e os protetores da coroa e das correias de acionamento estão

bem colocados;

- Verificar se a betoneira não possui danos estruturais evidentes e se mantém a estanquidade do

quadro elétrico;

- Verificar se o volante de giro do tambor e do travão de basculamento do mesmo funcionam

corretamente;

- Verificar se o cabo elétrico e a ficha de ligação se encontram em bom estado;

- Verificar se o comprimento do cabo elétrico é suficiente para poder ligar a betoneira sem

dificuldade;

- Assegurar, que as placas de informação e de advertência permanecem limpas e em bom

estado.

Utilização da Betoneira

Medidas preventivas:

- Antes de ligar o cabo elétrico à tomada de corrente, verificar se o interruptor de colocação em

serviço da betoneira não está acionado;

- Depois de ligar o cabo, acionar o interruptor de colocação em serviço;

Page 51: Concreto 231

51

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS N.º: 13

SETOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Betoneira Pág.: 3/4

Utilização da Betoneira (Continuação)

Medidas preventivas:

- Recomenda-se que a colocação em serviço da máquina se faça com o tambor vazio;

- Efetuar o enchimento e descarga do tambor com a betoneira em funcionamento;

- Antes de bascular o tambor, verificar que não há pessoas no seu raio de ação;

- Para descarregar o material deve pisar o pedal para desencravar o volante de giro e em seguida

girar o volante suavemente para bascular o tambor;

- Não introduzir ferramentas ou partes do corpo dentro do tambor da betoneira;

- Evitar o contacto de ferramentas ou similares com as partes móveis da máquina;

- Manter a carcaça do motor fechada e as proteções da coroa e da correia de acionamento

devidamente fixas, durante a utilização da betoneira;

- Não force o equipamento, trabalhe sempre dentro do índice de capacidade da máquina, ela fará

um trabalho melhor e mais seguro;

- Parar a betoneira quando se quiser fazer alguma operação dentro do tambor;

- Não abandonar a betoneira com o motor em funcionamento;

- Se não pretender utilizar a betoneira desligue-a acionado o interruptor de paragem do motor e,

seguidamente, desligue o cabo elétrico da tomada de corrente;

- Mantenha as pessoas não autorizadas afastadas da betoneira e nunca permita que alguém se

apoie sobre a mesma;

- Para longos períodos de inatividade, recomenda-se manter o tambor em posição vertical com a

boca para baixo;

- Bloquear a betoneira para impedir a sua utilização por pessoal não autorizado;

- Quando não estiver em uso, a betoneira deve ser armazenada em local seco para prevenir o

aparecimento de ferrugem.

Page 52: Concreto 231

52 •

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS N.º: 13

SETOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Betoneira Pág.: 4/4

Limpeza da Betoneira

- Limpar completamente a betoneira no final de cada dia de operação;

- O mais leve resíduo de material deixado no tambor endurecerá e atrairá cada vez mais resíduos

sempre que a betoneira for usada, o que no limite, poderá significar que a betoneira deixe de

funcionar devidamente;

- Nunca bater o tambor com a pá, com o martelo ou outras ferramentas com a finalidade de

eliminar as acumulações de mistura de cimento seco pois poderá resultar em danos para o

equipamento;

- O tambor pode ser limpo com uma mistura de água e agregado grosso. Depois deverá esvaziar

o tambor eliminando a mistura de água/agregado e, com o tambor na posição de esvaziamento,

lava-lo com água por dentro e por fora;

- Utilizar a baixa pressão evitando direcionar o jato de água diretamente ao motor.

Vestuário e equipamento de proteção

individual

- Usar roupas de trabalho com punhos ajustáveis;

- Não é aconselhável usar pingentes, correntes, roupas soltas, etc. Pois podem ser acoplados

com os elementos da máquina;

- Deverá ser usado calçado de segurança, que deverá possuir sola antiperfurante e

antiderrapante;

- A utilização de botas de borracha servirá para isolar o trabalhador da humidade;

- O uso de luvas de borracha é recomendado para evitar o contacto direto entre a pele e o

cimento;

- O uso de protetores auriculares é obrigatório quando o valor de exposição ao ruído exceder os

87 Decibéis - dB(A);

- Usar o capacete de segurança, sempre que exista o perigo de queda de objetos ou ferimentos

na cabeça.

Page 53: Concreto 231

53

NOVOS ASSOCIADOS

NUNO SANTOS & DANIEL GONÇAL.CONSTR. - CASTELO PAIVA

IRMÃOS COLACO - CONSTRUÇÕES LDA. - MARCO CANAVESES

CALCULO SERENO CONSTRUÇÕES, LDA - FELGUEIRAS

WPR - GESTÃO PROJECTOS, LDA. - MATOSINHOS

S.A.R.L.A2M.F.R., UNIPESSOAL LDA - MATOSNHOS

RICARDO JORGE OLIVEIRA SILVA - VILA NOVA DE GAIA

AMERICO SILVA SOUSA - PORTO

TEDOMOVEL - TECTOS E DIVISÓRIAS MÓVEIS, LDA. - ÁGUEDA

FR3E - ENERGIA NOVAS OPORTUNIDADES, LDA - VILA REAL

S QUADRADO - TRAB.E TENSÃO, HID.SERR. LDA - TROFA

MEDIDAVANCADA, C. UNIPESSOAL, LDA- ALBERGARIA A VELHA

SOC. LUZ INOVAÇÃO NOVAS TECNO SLINT.., LDA. - VALONGO

PEDRO NUNO SILVA TEIXEIRA - MAIA

ILUSTRAGUARELA, UNIPESSOAL LDA. - GONDOMAR

SISTAVAC , SA. - MATOSINHOS

LIVING GOLD, UNIPESSOAL, LDA. - PORTO

ARMANDO & AGOSTINHO SANTOS, LDA - PORTO

MIGUEL MELO FONSECA, UNIPESSOAL, LDA. - CINFÃES

FONTABERTA, UNIPEESOAL, LDA. - BAIÃO

ATINGIR & LIDERAR - CONS. CIVIL OB. PUB, LDA. - AMARANTE

PAIVALUCIOS - SOC. DE CONSTRUCÕES, LDA. - CASTELO PAIVA

Page 54: Concreto 231

54 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

Regalias

AICCOPN

Fo r m a ç ã o \ E n s i n oCICCOPN - Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte EGP-UPBS - University of Oporto Business School - Desconto de 12% a 15% em Pós Graduações Universidade Fernando Pesssoa - Descontos de 10% a 30%

S a ú d e \ C l í n i c a sHPP - SAUDE

Desconto de 10% em consulta externaDesconto de 15% em cirurgia\internamento

HOSPITAL DA TRINDADEDesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DA TRINDADEDesconto de 10% sobre a tabela geral

CLIPÓVOA - HOSPITAL PRIVADODesconto de 7% em todos os serviços

HOSPITAL PRIVADO DA TROFADesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DE COSTA CABRALDescontos de 10 a 30% em Medicamentos

CLÍNICA DENTÁRIA - SOS DENTEORMASA, LDA.CDJC - CENTRO DE DIAGNÓSTICO JOÃO CARVALHO

Descontos de 10% na tabela de Particulares

To d a s a s D e s p e s a s c o m Q u o t i z a ç õ e s a f avo r d a A I C C O P N s ã o D e d u t í ve i s e m 1 5 0 % d o s e u va l o r a t é 2 % º d o vo l u m e d e n e g ó c i o s d a e m p r e s a , p a r a e f e i t o s d e I R C ( a r t . º 4 4 d o C I R C ) .

C a r t ã o A zu l BPEste é um cartão direcionado para os Associados da AICCOPN, e frotas de veículos, sendo um cartão de desconto e não de pagamento. O desconto é de 0,06€ (6 cêntimos) por litro.

S aú d e P r im eA Saúde Prime disponibiliza aos Associados e sua Família, um conjunto de Serviços Médicos e Seguro de Saúde que lhe proporcionam o máximo da qualidade e economia. Descontos desde 7,5% a 15% em:Seguro de Saúde Plano de Saúde PrimePlano de Saúde Oral

C a r t r ackEmpresa líder nas tecnologias de localização de viaturas e máquinas, a Cartrack oferece uma ampla solução de gestão de frotas por GPS. Descontos de 10% para Associados na Aquisição de produtos.

I n C IA AICCOPN e o InCI, cele-

braram um protocolo, que

intensifica e reforça as com-

petências desta associação no

âmbito dos Alvarás e Títulos

de Registo. Este protocolo per-

mite à AICCOPN uma ligação

direta ao InCI, dar resposta

aos processos para concessão,

reclassificação de alvarás e tí-

tulos de registo de uma forma

mais simples e célere. Este é

um serviço assegurado de for-

ma gratuíta, permanente e des-

centralizada.

I S QAcesso com condições muito vantajosas à prestação de Serviços pelo ISQ nas diversas áreas de especialidade, nomeadamente nas inspeções técnicas, ensaios laboratoriais, consultoria, formação e investigação e desenvolvimento.

As melhores Regalias para os Associados

D i g i t a l s i g nNo âmbito do processo de

Contratação Eletrónica, re-

sultante do CCP - Código dos

Contratos Públicos, bem como

o envio das comunicaçoes

obrigatórias ao InCI e das obri-

gações estabelecidas pelo Re-

gime Jurídico da Urbanização

e da Edificação, a AICCOPN

celebrou um protocolo no

qual os Associados usufruem

de um desconto, na nova fun-

cionalidade de “Certificação

Digital”.

P r e ve n s i sEmpresa especializada em Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), que trabalha na área da prevenção e controlo de riscos laborais, colocando à disposição das empresas, uma série invadora de serviços, a preços competitivos. Certificada pelo ACT. Descontos nos, “Serviços Base” e “Serviço Adicional” - Estaleiro ou Empresa.

Page 55: Concreto 231

55

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

A l o j a m e n t oG r u p o s Po u s a d a s d e Po r t u g a lCentral de Reservas Pousadas de Portugal - Tel. 282 240 [email protected]

G r u p o C o n t i n e n t a lChoice Hotels Europe Central comercial Tel. 210 046 320 [email protected]

G r u p o A l t i s H o t e l swww.altishotels.com10% de desconto sobre tarifa no site

S a n a H o t e l swww.sanahotels.com

Tivo l i H o t e l s & R e s o r t swww.tivolihotels.com

M o n t e b e l o H o t e l s & R e s o r t sVisabeira TurismoTel. 232 420 000 [email protected]

V I P H o t e l sTel. 800 500 006 [email protected] Vi l a G a l é H o t e i sCentral de reservasFax. 21 790 76 40 5% de desconto sobre tarifa no sitew w w. v i l a g a l e . p t

A x i s H o t e i s Tel. 252 298 90415% de desconto sobre tarifa de balcãow w w. a x i s h o t e i s . c o m

A l g a r ve

B o a Vi s t a H o t e l & S p a * * * *Rua Samora Barros, 20 8200-178 AlbufeiraTel. 289 589 175Fax. 289 589 [email protected]% de desconto

A l g a r ve C a s i n o * * * * *Praia da Rocha 8500-802 PortimãoTel. 282 400 [email protected]

H o t e l d a A l d e i a * * * *Av. Dr. Francisco Sá Carneiro 8200-280 AlbufeiraTel. 289 588 861/2/3Fax. 289 588 [email protected]% de desconto

Po r t o D o n a M a r i a G o l f & R e s o r t * * * * *Sítio dos Montinhos da Luz Apartado 58 - Praia da Luz8601-901 Luz-LagosTel. 282 690 300Fax. 282 697 [email protected]% de desconto

G a r ve t u r A l o j a m e n t o s Tu r í s t i c o sVilamoura JardimRua Melvin Jones, Volta do Gaio8125-502 VilamouraTel. 289 381 551/0Fax. 289 301 [email protected]% sobre o valor da estadia (época baixa)

5% sobre o valor da estadia (em períodos de Promoções e épocas especiais)

Ave i r o

H o t e l A f o n s o VRua Dr. Manuel das Neves, 65 3810-101 AveiroTel. 234 425 191/2/3Fax. 234 381 111

H o t e l A p a r t . º S o l ve r d e * * * * *Rua 21, 85 4500-267 EspinhoTel. 22 731 31 44Fax. 22 731 31 [email protected]

P r a i a G o l f e H o t e l * * * *Rua 6 - 4500-357 EspinhoTel. 22 733 10 00Fax. 22 733 10 [email protected]% desconto sobre tarifas balcão ou 10% sobre a Best Available Rate

G ra n d e H o t e l d a C u r i a G o l f & S p a * * * *Avenida dos Plátanos - Curia 3780-541 Tamengos - AnadiaTel. 231 515 720Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

C u r i a C l u b eApartamentos Turísticos Apartado 18 - 3780 - CuriaTel. 231 504 197Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

H o t e l M é l i a R i a * * * *Cais da Fonte Nova, Lote 5 3810-200 AveiroTel. 234 401 000Fax. 234 401 [email protected]% de desconto

É vo ra

H o t e l R u ra l M o n t e d o C a r m oApartado 7 7006-901 AzarujaTel. 266 970 050Fax. 266 978 [email protected]% de desconto

L i s b o a

H F F é n i x L i s b o a * * * *Praça Marquês de Pombal, 8 1269-133 LisboaTel. 21 386 21 21Fax. 21 386 01 [email protected]

Ti a r a Pa r k A t l a n t i c L i s b o a * * * * *Rua Castilho n.º 149 1099-034 LisboaTel. 21 381 87 00Fax. 21 389 05 [email protected]

H o t e l A l i f * * *Campo Pequeno, 511000-304 LisboaTel. 21 782 62 10Fax. 21 795 41 [email protected]

H o t e l B r i t â n i a * * * *Rua Rodrigues Sampaio, 17 1100 LisboaTel. 21 315 50 16Fax. 21 315 50 2120% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

H F F é n i x G a r d e n * * * *Rua Joaquim António de Aguiar, 3 1050-010 LisboaTel. 21 384 56 50Fax. 21 385 56 [email protected]

Page 56: Concreto 231

56 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

H F F é n i x U r b a n * * * *Av. António Augusto de Aguiar, 3 1069 LisboaTel. 21 357 50 00Fax. 21 357 99 [email protected]

H o t e l L i s b o a P l a z a * * * *Travessa Salitre, 7 1296-066 LisboaTel. 21 321 82 18Fax. 21 347 16 3020% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

A s j a n e l a s Ve r d e sRua das Janelas Verdes, 47 1200-670 LisboaTel. 21 396 81 43Fax. 21 396 81 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

S o l a r d o C a s t e l oRua das Cozinhas, 2 (ao castelo) 1100-081 LisboaTel. 21 887 09 09Fax. 21 887 09 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

H o t e l P r í n c i p e R e a l * * * *Rua da Alegria, 53 1250-006 LisboaTel. 21 340 73 50Fax. 21 342 21 [email protected]% de desconto

H o t e l S . M a m e d e E s t o r i l Av. Marginal, 7105 2765-248 EstorilTel. 21 465 91 10Fax. 21 467 14 [email protected]

H e r i t a g e Ave n i d a d a L i b e r d a -d e H o t e l * * * *Av. da Liberdade, 28 1250-145 LisboaTel. 21 340 40 40Fax. 21 340 40 [email protected]% desconto sobre tarifa de balcão5% de desconto sobre tarifa no site

E u r o s t a r s H o t e l d a s L e t r a s * * * * *Rua do Castilho, 6-12 1250-069 LisboaTel. 21 357 30 94Fax. 21 316 12 [email protected]

Po r t o

Ti a r a Pa r k A t l a n t i c Po r t o * * * * *Avenida da Boavista, 1466 4100-114 PortoTel. 22 607 25 00Fax. 22 600 32 [email protected]

S h e ra t o n Po r t o H o t e l & S p a * * * * *Rua Tenete Valadim, 146 4100-476 PortoTel. 22 040 04 41Fax. 22 040 41 [email protected]% de desconto

H o t e l S o l ve r d e S p a & We l n e s s C e n t e r * * * * *Avenida da Liberdade 4405-362 S. Félix da MarinhaTel. 22 733 80 30Fax. 22 731 31 [email protected]

H F F é n i x Po r t o * * * *Rua Gonçalo Sampaio, 282 4450-365 PortoTel. 22 607 18 00Fax. 22 607 18 [email protected]

H o t e l D. H e n r i q u e * * * *Rua Guedes de Azevedo,179 4049-009 PortoTel. 22 340 16 16Fax. 22 340 16 [email protected]

H F I p a n e m a Po r t o * * * *Rua do Campo Alegre, 156 4150-169 PortoTel. 22 607 50 59Fax. 22 606 33 [email protected]

H F I p a n e m a Pa r k * * * * *Rua de Serralves, 124 4150-702 PortoTel. 22 532 21 00Fax. 22 610 28 [email protected]

H F Tu e l a Po r t o * * *Rua Arq. Marques da Silva, 200 4150 [email protected]. 22 600 47 47 Fax. 22 600 37 09

E s t a l a g e m d a Vi a N o r t e * * * *Via Norte - Leça do Balio, 124 4465-764 Leça do BalioTel. 22 944 82 94/5Fax. 22 944 83 22

B e t a Po r t o H o t e l & H e l t h C l u b * * * *Rua do Amial, 601 a 607 4200-062 PortoTel. 22 834 86 60Fax. 22 834 86 [email protected]% de desconto

H o t e l E u r o s t a r s d a s A r t e s * * * *Rua do Rosário, 160 4050-521 PortoTel. 22 207 12 50Fax. 22 207 12 [email protected]

H o t e l E u r o s t a r s O p o r t o * * * *Rua do Mestre Guilherme Camari-nha, n.º 212 4200-537 PortoTel. 22 507 20 90Fax. 22 507 20 [email protected]

H o t e l B e s s a H o t e l * * * *Rua Dr. Marques Carvalho, 1114100-325 PortoTel. 22 60 50 000Fax. 22 60 50 [email protected]

H o t e l To r r e M a r * *Rua Gomes Amorim, 2121A Ver-o-mar4490-091 Póvoa do VarzimTel. 252 298 670Fax. 252 298 [email protected]% de desconto(Exceto de 15 de julho a 31 agosto)

H o t e l C i d n ay * * * *Praça do Municipio 4789-909 Santo TirsoTel. 252 859 300Fax. 252 859 [email protected]% de desconto

Po r t o Pa l á c i o C o n g r e s s H o t e l & S p a * * * * *Avenida da Boavista, 12694100-130 PortoTel. 22 608 66 00Fax. 22 609 14 [email protected]

H o t e l D o u r o Rua da Meditação, n.º 71 4150-487 PortoTel. 22 600 11 22Fax. 22 600 10 [email protected]

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Vi l a R e a l

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H o t e l C a s i n o d e C h ave sLugar do Extremo - Chaves 5400-239 ChavesTel. 276 309 600Fax. 276 348 [email protected]% de desconto(Exceto de 15 de julho a 31 agosto)

C o n s u l t o r i a N o r w i nRecuperação de Empresas e ParticularesAv. Dr. Germano Vieira, 614 - 1º TGueifões - MaiaTel. 22 960 21 61 / 968 26 [email protected]

DW - D a r w i n & Wa r h o lMarketing e ComunicaçãoRua Arquiteto Cassiano Barbosa, 6F - Sala 24 - 4100-009 PortoTel. 22 616 01 23 / 912 269 [email protected]% de desconto

H e a l t h - C l u b s

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Te t r a H e a l t h C l u bRua Domingos Sequeira, 224 C 4050-230 Portowww.tetra.pt

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c o m u n i c a d a s p e l a s e n t i d a d e s .

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