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AICCOPN 119 Anos a Defender o Sector da Construção CONCRETO n.º 228 » Julho / Agosto 2011 » Bimestral » 5 euros Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

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Referente aos meses de Julho e Agosto

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Page 1: Concreto 228

AICCOPN 119 Anos a Defender o Sector

da Construção

CONCRETOn.º 228 » Julho / Agosto 2011 » Bimestral » 5 euros

Revista da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN

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EDITORIAL

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É incompreensível que estando prestes a iniciar-se o último trimestre daquele que será o décimo ano consecutivo da maior crise alguma vez vivida na Construção, o Sector continue a viver numa total e permanente indefinição. Esta actividade está em queda contínua desde 2002 e a quebra de produção, que atingiu os 6,5% no ano passado, já regista uma perda acumulada de 36% desde o início desta crise. Está em causa a sobrevivência das empresas e a manutenção do emprego, por isso, o Sector que não pode continuar à deriva e a ser diariamente surpreendido com decisões avulsas, que mantêm as empresas num estado de quase paralisação.

Entre 2002 e 2010, a redução do emprego ascendeu a 201 mil efectivos. E até ao final do segundo trimestre de 2011, eliminaram-se mais 24 mil postos de trabalho. Em 2010, as adjudicações de obras caíram 39,2% e os fogos licenciados reduziram-se em 8,4%, para 24.736.

As empresas perspectivam, com grande preocupação, o seu futuro e hoje, tal como o País, limitam-se a gerir o dia-a-dia, confrontando-se com problemas como a escassez de obras, com a falta de planeamen-to, com as crescentes dificuldades no acesso ao crédito, com prazos de manutenção das garantias e das cauções excessivamente longos e com sérias dificuldades na sua prestação, em virtude da demora que se verifica na sua concessão e da frequente recusa, por parte dos bancos, na emissão de garantias nos termos exigidos pelos donos de obra pública, com uma concorrência excessiva, que induz a práticas reiteradas de preços anormalmente baixos, com um Código dos Contratos Públicos desadequado em face das necessidades do mercado, com o recurso genera-lizado ao Ajuste Directo, com critérios abusivos no âmbito de concursos limitados e com os crónicos atrasos nos pa-gamentos por parte do Estado.Nos últimos tempos têm-se sucedido os anúncios de redu-ção, de interrupção e de adiamento de obras, porém, nada é dito em relação ao que se pretende para a Construção. Todavia, mesmo no actual contexto, há algo que ninguém pode escamotear. Não se pode pura e simplesmente ig-norar um Sector que responde por 18,6% do PIB, 16% do volume de negócios no exterior, ou seja, cerca de 8,1 mil milhões de euros, por 60,6% do investimento nacional, por 16% do emprego, o que corresponde a cerca de 800.000 postos de trabalho e por 20% do tecido empresarial português, isto é, 220.000 empresas.

Já tive oportunidade de transmitir ao Senhor Ministro da Economia e, mais recentemente ao Senhor Secre-tário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, as nossas preocupações e apontei as medidas, cuja implementação consideramos urgente para a dinamização das nossas empresas.

Reafirmei que só será possível vencer o desafio do crescimento e do emprego, se forem criadas con-dições que permitam a concretização de uma estratégia de recuperação, alicerçada no peso social e económico da construção e do imobiliário, assumindo, neste âmbito, particular importância, para além do relançamento do mercado da reabilitação urbana e do arrendamento, o reajustamento das regras de acesso ao QREN, o aumento da taxa de co-financiamento e o adiantamento dos fundos atribuídos ao nosso País cujo montante por executar, neste momento, totaliza cerca de 15 mil milhões de Euros. Trata-se de uma verba que é, actualmente, uma das únicas vias de investimento, sendo, por isso, um instrumento essencial para a promoção do desenvolvimento sustentado do País e para a criação de emprego.

No momento em que a AICCOPN celebrou o seu 119º Aniversário, reafirmo o total empenhamento desta associação na defesa intransigente dos interesses dos seus associados. Vivemos tempos difíceis, mas estou convicto que, todos juntos, conseguiremos superar as actuais adversidades. Afirmo-o na certeza de que os nossos empresários, ao longo dos anos, já deram muitas provas da sua grande capaci-dade e perseverança, que fizeram e continuarão a fazer do nosso sector, o motor da economia nacional.

AICCOPN - 119 Anos

a Defender o Sector da

ConstruçãoReis Campos,

Presidente da Direcção

da AICCOPN

“..só com a construção e o imobiliário será possível

vencer o desafio do crescimento e do

emprego“

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NESTA EDIÇÃO...

N.º 228 - Julho / Agosto 2011

Publicação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas - AICCOPN | NIPC: 500 989 567

Sede e Administração: Rua Álvares Cabral, 306 - 4050-040 Porto | Telf.: 223 402 200 | Fax: 223 402 297 | e-mail: [email protected] | www.aiccopn.pt

Registo na D.G.C.S. - 119 471 |Depósito Legal nº 84 432/94 |Tiragem: 9.300 exemplares | Distribuição: Gratuita a associados

Director: Manuel Joaquim Reis Campos |Editora: Susana Gomes |Execução e Paginação - Rui Silva e Sérgio Botas

Colaboradores Permanentes - Técnicos dos Serviços de Economia, Engenharia, Jurídicos e Laborais, Informática, Núcleo de Apoio à Internacionalização

Publicidade e Produção: Yellowstreet - Rua das Artes Gráficas, 78 4100-090 Porto | Telf.: 225 438 650 | Fax: 225 438 699 | e-mail: [email protected]

Linha de Apoio a Clientes: 225 438 651

Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem citar a fonte.

A CONCRETO está aberta à colaboração e opinião procedentes do sector

Actividades da Direcção - Pág 6

Tomadas de Posição - Pág 7

Formação AICCOPN - Pág 23

Internacionalização - Pág 26

Direito - Pág 29

Economia - Pág 33

Engenharia - Pág 41

Segurança - Pág 57

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ACTIVIDADES DA DIRECÇÃO

Prémios Construir 2011

O Presidente da AICCOPN partici-pou na gala de entrega dos Prémios Construir 2011, realizada no passado dia 11 de Julho no Casino de Lisboa, na qual foram distinguidas personali-dades, empresas e obras na categoria da Construção, da Arquitectura, da Engenharia e do Imobiliário

Em audiência realizada no dia 24 de Agosto, Reis Campos foi recebido pelo Secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, tendo por objectivo discutir a actual situação do Sector da Cons-trução e do Imobiliário, que atravessa a pior crise de que há memória.Nesta

Audiência com o Ministro da Economia e do Emprego

Nesta reunião, que teve lugar a 18 de julho, partindo do verdadeiro potencial do sector, foi defendida a necessidade de definição de uma estratégia capaz de promover o desenvolvimento consolidado da

Confederação Solicita Readaptação das Regras do QREN

reunião salientou que, para se esti-mular a economia, para além de ou-tras medidas, exige-se o relançamen-to do mercado da reabilitação urbana e do arrendamento, o reajustamento das regras de acesso ao QREN, o au-mento da taxa de co-financiamento e o adiantamento dos fundos atribuídos

ao nosso País, cujo montante por executar, neste momento, totaliza cerca de 15 mil milhões de Euros. taxa de co-financiamento e o adian-tamento dos fundos atribuídos ao nosso País, cujo montante por execu-tar, neste momento, totaliza cerca de 15 mil milhões de Euros.

economia. Com este objectivo, depois de ter feito o diagnóstico da actual situação do Sector, Reis Campos apresentou medidas, cuja implementação considera urgente para a dinamização da actividade empresarial e para a manutenção do emprego.

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Num contexto marcado por impor-tantes desafios, tendo presente o qua-dro de intervenção externa e os com-promissos assumidos no Memorando de Entendimento, a AICCOPN, em sede de CPCI, apresentou propostas para a concretização de uma estra-tégia de recuperação, alicerçada no peso social e económico da constru-

Medidas do Sector para a Implementação das Medidas do Programa de Apoio Económico e Financeiro a Portugal

ção e do imobiliário, no verdadeiro potencial do Sector e nos efeitos po-sitivos que o mesmo é capaz de in-duzir, globalmente, junto das demais actividades económicas. Neste docu-mento são apresentadas como áreas de intervenção prioritária o Mercado Laboral, a Estratégia Orçamental de Médio Prazo / Investimento, os

Atrasos nos Pagamentos, as Parcerias Público-Privadas, o Plano Estratégico para os Transportes, o Arrendamento e Reabilitação Urbana, a Tributação do Património, a Contratação Públi-ca, o Investimento Público, a Legisla-ção da Construção e do Imobiliário e a Internacionalização / Competitivi-dade das Empresas.

Mercado Laboral Taxa Social ÚnicaReduzir o valor da Taxa Social Única aplicável às empresasAplicar, transversalmente a todos os sectores de actividade uma redução da TSU, tendo por objectivo dinami-zar a economia; preservar o emprego

Negociação ColectivaAlargar o âmbito da contratação colectivaPermitir a cada sector uma regula-mentação das relações de trabalho mais adequada e adaptada à sua realidade

Contratos de Trabalho Limitar o valor da indemnização devida em caso de cessação do contrato de trabalho, aplicável a todos os contratos Aumentar a competitividade das empresas. Facilitar a adaptação da mão-de-obra disponível às necessida-des do mercado; Aproximar o regime vigente em Portugal ao de outros Países Comunitários (Espanha - a indemnização é limitada a 20 dias de salário por ano completo de serviço, não podendo ultrapassar 12 mensa-lidades.

Eliminação da compensação de-

vida em caso de caducidade do contrato de trabalho a termoDado o carácter temporário do mo-delo de contratação, as expectativas do trabalhador em nada sairão de-fraudadas com o não pagamento de uma qualquer compensação no mo-mento da cessação do contrato

Maior flexibilização nas formas de contrataçãoPermitir uma maior adequação en-tre as oportunidades de negócio e o volume de mão-de-obra necessário para fazer face às mesmas maior fle-xibilidade na celebração de contratos a termo, na sua renovação e duração

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Reposição do principio segundo o qual o direito a férias é de 22 dias úteisEm benefício da competitividade e da produtividade, defende-se a repo-sição do princípio segundo o qual o direito a férias é de 22 dias úteis

Suspensão imediata das quotas que limitam o acesso ao Subsídio de DesempregoO estabelecimento de limites quanti-tativos para o acesso ao subsídio de desemprego nas situações de cessa-ção por mútuo acordo, não se coadu-na com a actual conjuntura, em que os processos de redução de efectivos são condição necessária para a viabi-lidade das empresas

Formação Profissional

FinanciamentoUma vez que cada sector contribui para o financiamento da formação profissional em função dos traba-lhadores que emprega, deverá, ser perceptível qual o reflexo prático, em termos sectoriais, dos respectivos contributos

Estratégia Orçamental de Médio Prazo / Investimento

Estratégia Orçamental de Médio PrazoIncluir na Estratégia Orçamental de médio prazo para as Adminis-trações Públicas, o planeamento e calendarização do Investimento Público a executar no período de referência (4 anos)Estabelecer objectivos anuais claros de execução das opções estratégicas

relevantes em matéria de investimen-to público, designadamente aquelas que estão contidas no QREN, no PI-DDAC e nos planos de investimento das entidades incluídas no perímetro de consolidação das Administrações Públicas, quantificando essas opções e determinando a respectiva dotação orçamental para o período em aná-lise.

Estabelecer as metas de execução dos Fundos Comunitários e pro-gramar as verbas necessárias à sua concretizaçãoNo quadro de uma reafectação de verbas do QREN, deve ser priorita-riamente garantida a utilização plena dos recursos comunitários nele ins-critos, programando, ao nível da Es-tratégia Orçamental de Médio Prazo, os recursos necessários à concretiza-ção dos objectivos estabelecidos

Sistema de Acompanhamento do Investimento PúblicoParticipação do Sector no Sistema de Acompanhamento e Controlo de Projectos de Investimento de Iniciativa PúblicaA CPCI deverá poder integrar o “Sis-tema de acompanhamento e controlo de projectos de investimento de ini-ciativa pública”, de forma a poder contribuir positivamente para a defi-nição de instrumentos de monitori-zação e indicadores de desempenho adequados ao acompanhamento da execução dos objectivos definidos. Atrasos nos Pagamentos Pagamentos das Dívidas em Atraso

Alterar a definição de Atrasos nos Pagamentos para considerar como prazo de referência 60 dias.Para efeitos do Programa, o atraso nos pagamentos foi definido como o não pagamento de factura após o de-curso de 90 ou mais dias sobre a res-pectiva data de emissão. Este prazo é excessivo e deve ser reduzido para 60 dias, coincidindo com as orien-tações das Directivas Comunitárias e com o prazo máximo legalmente estabelecido para o pagamento de empreitadas de obras públicas. Definição de metas objectivas de redução dos saldos de dívidas em atraso.Estabelecer um objectivo claro e am-bicioso de eliminação dos montantes em atraso aos fornecedores do Esta-do, o qual deve ser estruturado em função do calendário de recebimento dos fundos de apoio financeiro

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Legislação sobre Atrasos nos PagamentosGarantir o cumprimento da legis-lação em vigor, relativamente ao pagamento dos Juros de MoraDecorrido quase um ano após a entrada em vigor da Lei que estabe-leceu o vencimento automático de quaisquer obrigações de pagamento de juros de mora, mantém-se inal-terado o cenário de incumprimento generalizado, por parte das entidades públicas, pelo que se torna neces-sário garantir o cumprimento deste normativo

Implementação da Nova Directiva de Atrasos nos Pagamentos até finais de Dezembro de 2011Antecipar, de Março de 2013 para o final deste ano a implementação das soluções previstas na nova Directiva

sobre Atrasos nos Pagamentos, de forma a eliminar este entrave ao ade-quado funcionamento das empresas

Parcerias Público Privadas Criação de PPP’SCriação de condições para o de-senvolvimento de PPP’s de nova geração, em linha com as melho-res práticas internacionaisCriado o necessário quadro de aná-lise e monitorização das PPP’s, de-senvolver condições para o estabele-cimento de novas parcerias, capazes de potenciar a captação de investi-mento privado, o desenvolvimento de serviços em áreas onde o Estado não tenha manifesta capacidade ou know-how, bem como a capacidade de inovação e de replicação de boas práticas e experiências internacio-nais.

Plano Estratégico dos Transportes Estabelecer um plano onde cons-tem as orientações estratégicas de médio prazo, em matéria de inves-timentos na área dos transportesDefinir uma Política de Transportes articulada, elencando as prioridades e as opções estratégicas a médio pra-zo, que reconheça as mais-valias da actual malha de infra-estruturas, mas também as suas lacunas, e estabeleça objectivos de execução claros, de forma a eliminar a actual incerteza quanto às prioridades nesta matéria. Reabilitação Urbana e Ar-rendamentoReabilitação Urbana

Criação de Incentivos Financeiros e Apoios ao Financiamento ade-quados, de forma captar investi-mento para a Reabilitação UrbanaA criação de instrumentos financeiros adequados (como Fundos Imobiliá-rios constituídos por participações em espécie dos imóveis das áreas de reabilitação urbana) e a adequada utilização das verbas comunitárias do QREN (por exemplo, desenvolvendo linhas de crédito específicas para a reabilitação urbana) são essenciais para a dinamização do mercado Simplificar os procedimentos e reduzir os custos do Licenciamen-to da reabilitaçãoEm linha com as soluções previstas na Resolução do Conselho de Minis-tros nº 20/2011, simplificar substan-cialmente os procedimentos do licen-ciamento da reabilitação, e incluir disposições que garantam a redução das taxas municipais associadas às obras de reabilitação Mercado do ArrendamentoTaxa Liberatória para os Rendi-mentos do Mercado de Arrenda-mentoAplicação de uma taxa liberatória em sede de IRS de, no máximo, 21,5%, aos rendimentos do arrendamento habitacional, igual à dos rendimentos dos depósitos bancários, em vez da taxa de IRS aplicável aos rendimen-tos quando englobados, que pode ir até aos 46,5%. Trata-se tão-somente de conceder um tratamento fiscal de equidade aos rendimentos do arren-damento habitacional, sector onde o Estado, actualmente, quase não tem receita

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Liberalizar o regime de arrenda-mento urbano, permitindo a actu-alização das rendas antigas sem outro limite que não seja o do estado de conservação do imóvelOs limites à actualização de rendas devem ser eliminados, de forma a que o mercado do Arrendamento possa, a exemplo do que se passa na maioria dos países europeus, funcio-nar devidamente. O Estado deve as-sumir a sua função social, auxiliando as famílias que efectivamente neces-sitem de apoio, através da criação de mecanismos adequados Simplificar os processos de despe-jo, passando a considerar como título executivo a interpelação do senhorio para pagamento das ren-das em mora por prazo superior a 30 diasMelhorar as soluções previstas para esta matéria na Resolução do Conse-lho de Ministros nº 20/2011, reduzin-do os prazos previstos para início do processo de despejo, dos 90 dias para 30 dias Tributação do PatrimónioEliminação da tributação, em sede de IMI, do Activo Circulante das empresas de construção e promo-ção imobiliária Em sede de IMI, propõe-se a não su-jeição dos terrenos para construção que tenham passado a figurar no acti-vo de uma empresa que tenha por objecto a construção de edifícios para venda e a sujeição apenas a partir do ano seguinte, inclusive, àquele em que tenha ocorrido a pri-meira transmissão de um prédio construído por uma empresa que tenha por objecto a construção de

edifícios para venda. Em sede de IMT, propõe-se a isenção na compra de terrenos para construção por parte das empresas que os incorporem na construção de edifícios para venda Garantir um processo de avalia-ção dos valores patrimoniais tri-butários justo e equitativo, apli-cando a metodologia constante do actual quadro legislativo e recor-rendo aos processos de avaliação actuais Cumprir as exigências expressas no Memorando e garantir um igual trata-mento de todos os contribuintes exi-ge a manutenção do actual processo de avaliação, quer em termos de me-todologia de avaliação, quer em ter-mos de procedimentos, designada-mente utilizando os actuais meios técnicos e humanos Garantir uma actualização dos valores patrimoniais tributários justa e equitativa, aplicando a metodologia constante do presen-te quadro legislativo e recorrendo aos actuais processos e mecanis-mos de avaliação Deverão, igualmente, ser utilizados os recursos actuais, em termos de metodologia de avaliação e de dispo-sitivo técnico e humano, evitando inovações desnecessárias e onerosas para o Estado e para os Contribuin-tes, quer em matéria legislativa, quer em matéria procedimental, tendo presente que a Reforma do Patrimó-nio de 2003, apenas foi parcialmente aplicada e contém as soluções neces-sárias para lidar com os desafios ago-ra colocados Reforçar os incentivos, em sede de IMI e IMT para os investimen-

tos em Reabilitação Urbana e Mercado de Arrendamento. A fiscalidade deverá discriminar posi-tivamente a Reabilitação Urbana e o Arrendamento, áreas consideradas estratégicas no Programa. Propõe-se o desagravamento em 50% da taxa de IMI e a isenção de IMT na primei-ra transacção, para os prédios afectos ao Arrendamento por um período de, pelo menos, 10 anos Captar Investimento para o Mer-cado Imobiliário NacionalCriar um Regime Especial de In-centivo ao Investimento Imobiliá-rio, vocacionado para a captação de Investidores Estrangeiros no mercado imobiliário nacional De forma a captar Investimento Es-trangeiro para o Imobiliário nacional, propõe-se um regime fiscal mais fa-vorável, concedendo aos investidores estrangeiros isenção de IMT e redu-ção do IMI em 50%

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Garantir a eficácia da redução do IMT prevista no Memorando, rea-lizando um corte de, pelo menos, 50% dos valores em vigor A redução do IMT deverá ser, no mínimo, de 50% face aos valores actualmente praticados, de forma a que se possam atingir os objectivos previstos Estabelecer critérios mais justos relativamente ao agravamento do IMT incidente sobre os edifícios devolutos Para a implementação desta medida exige-se, por um lado, a criação de condições para a dinamização da Reabilitação Urbana e do Arrenda-mento e, por outro, a garantia da não tributação dos imóveis que não en-contram comprador Contratação PúblicaCódigo dos Contratos PúblicosRevisão do Código dos Contratos Públicos

Este é um diploma de vital importân-cia, sendo evidente a sua desadequa-ção em face da realidade e das ne-cessidades de todos os agentes eco-nómicos que com ele têm de lidar. Não permite o bom funcionamento do mercado, condição essencial para o desenvolvimento de uma concor-rência sã e para potenciar a competi-tividade das empresas e do sector em geral. Ou seja, está em manifesta contradição com os objectivos que eram anunciados, não assegurando a simplificação, a responsabilização e a transparência pretendidas. Impõe-se, por isso uma revisão global deste diploma, aproveitando muito do tra-balho que tem sido desenvolvido ao nível da Comissão de Acompanha-mento do Código dos Contratos Pú-blicos. Regime de Excepção de não exigi-bilidade de garantias no âmbito de um contrato de empreitada de obras públicasDado o momento actual, deverá ser determinada a não exigibilidade de apresentação de garantia bancária como condição para a adjudicação de um contrato público, designada-mente de um contrato de empreitada de obras públicas. A delicada situa-ção do sistema bancário e os cons-trangimentos no acesso ao financia-mento, levam a que as garantias se traduzam num mero encargo admi-nistrativo e numa importante fonte de consumo de meios de financiamento. As empresas detentoras de Alvará são já obrigadas ao cumprimento de exi-gentes rácios financeiros pelo que, no contexto actual, essa é uma ga-rantia mais do que suficiente relativa-mente ao cumprimento das obriga-ções a que estas estão sujeitas

Investimento PúblicoReadaptação do QREN, tendo em conta as dificuldades actuais de financiamentoEm face das actuais dificuldades na disponibilização de meios financei-ros para concretizar as contrapartidas nacionais dos projectos financiados pelo QREN, impõe-se uma reestrutu-ração deste instrumento Reformulação das prioridades do investimento público, reorientan-do os objectivos para projectos com maior impacto positivo na economia e no emprego Devem ser reorientadas as priorida-des no sentido de privilegiar projec-tos com maior efeito multiplicador na economia, capazes de contribuir para a utilização dos fundos comuni-tários e que possam ser colocados em prática num curto espaço de tem-po, como é o caso do investimento de proximidade, identificado como fundamental para o desenvolvimento local Garantir a adequada manutenção da rede de infra-estruturas nacio-nais É necessário estabelecer um plano nacional de manutenção e qualifica-ção de infra-estruturas de transporte, de energia, de água, ambiente e de obras de arte, cujas condições de segurança devem ser reavaliadas e assegurada a sua manutenção pre-ventiva, com a renovação de equipa-mentos sociais, em especial de esco-las, tribunais, esquadras, hospitais, centros de saúde e com a recupera-ção do nosso património histórico e cultural

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Legislação da construção e do imobiliário Regimes de Acesso e Permanência na ActividadeManutenção dos actuais Regimes de Acesso e Permanência na acti-vidadeOs critérios nos quais se ba-seia o actual regime de autorização não são discriminatórios. Antes são justificados por razões imperiosas de interesse geral, são proporcionais em relação aos objectivos de interesse geral, são claros e inequívocos, são objectivos, são transparentes e acessí-veis e são previamente publicados. Existem razões de interesse e ordem pública que impõem a regulação inerente a um regime de autorização quanto ao exercício da actividade da construção por prestadores de servi-ços não nacionais. Imperioso é que tais critérios não sejam discriminató-rios, sejam claros e inequívocos, ob-jectivos, transparentes e acessíveis e previamente publicitados Internacionalização Competitividade das Empresas

Internacionalização da Construção e do ImobiliárioDesenvolvimento de uma Diplo-macia Económica que reconheça o peso, a importância e as neces-sidades específicas do Sector da Construção e do ImobiliárioA política económica no exterior deve contemplar as especificidades da Construção e do Imobiliário, de-senvolvendo uma estratégia de in-ternacionalização de médio e longo prazo, orientada para a expansão das

actividades da fileira. A diplomacia económica deve contribuir para que um crescente número de empresas esteja presente nos mercados exter-nos, criando um conjunto de instru-mentos facilitadores do processo de internacionalização, integrado num adequado quadro de incentivos ao investimento das empresas no exterior

Criação de linhas específicas de apoio à internacionalização do sec-tor da construção e do imobiliário Disponibilizar instrumentos de finan-ciamento, a exemplo das linhas PME Investe, utilizando os recursos dispo-níveis no QREN, tanto para o incenti-vo ao investimento directo estrangei-ro português no exterior, como para o incentivo de investimento directo estrangeiro no imobiliário português

Competitividade das Empresas - FinanciamentoDireccionar uma parte significa-tiva do apoio financeiro à banca (não menos de um terço) para o financiamento das empresas Um terço dos 12 mil milhões de eu-ros de financiamento externo à ban-ca, bem como dos 35 mil milhões de euros de garantias do Estado Portu-guês, devem ser directamente afectos a programas de financiamento às empresas, em especial às PME’s, e ao apoio ao investimento produtivo

Acompanhar as necessárias medi-das de simplificação autárquica, com a redução das taxas munici-paisAs taxas municipais não podem constituir entraves à normal activi-dade das empresas e, ao invés do seu agravamento, com a imposição de valores que o mercado é incapaz de absorver, justifica-se o seu ajusta-mento ao mercado, tanto mais que, se a consequência é a diminuição da capacidade de iniciativa e dos projectos apresentados pelos parti-culares, também as autarquias serão afectadas pela correspondente dimi-nuição das receitas Competitividade das Empresas FinanciamentoAntecipar, de Março de 2013, para Dezembro de 2011, a data para inclusão das Autarquias no âmbito do Programa Simplex Tendo em conta a importância da redução da carga administrativa ao ní-vel Autárquico, justifica-se estabelecer metas mais ambiciosas para a concre-tização dos objectivos definidos.

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TOMADAS DE POSIÇÃO

Reis Campos, presidente da AIC-COPN e também da CPCI – Confede-ração Portuguesa da Construção e do Imobiliário, em exposição remetida ao Ministro da Economia e do Em-prego, manifestou a sua apreensão em face da possibilidade, que foi vei-culada pelos órgãos de comunicação social, de transferência de verbas en-tre os vários programas operacionais existentes, canalizando para outras áreas fundos, anteriormente destina-dos a projectos de investimento na área da valorização do território.

Neste sentido salientou a importância que a possibilidade de reajustamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), assume enquanto instrumento essencial para a promo-ção do desenvolvimento sustentado do País e para a criação de emprego.

Assinalando a convergência de pon-tos de vista manifestada na última Cimeira Europeia, entre o Presidente da Comissão Europeia e o Primeiro-Ministro de Portugal, no que se refere à renegociação do QREN, considera-se que esta é uma oportunidade de-cisiva para garantir a utilização dos cerca de 70% de fundos destinados a Portugal, ou seja, de perto de 15 mil milhões de euros, já em 2011 e 2012, sobretudo tendo em conta que este é o período em que se prevê uma maior retracção do investimento no nosso País.

Esta é, de facto, uma das medidas que tem vindo a ser reclamada pela nossa confederação, que há muito defende a antecipação e readaptação dos fundos do programa de conver-gência tendo em vista, designada-

mente, fazer face às dificuldades em assegurar a co-participação que é, actualmente, exigida aos promotores públicos e privados, cuja manuten-ção põe em causa a concretização de inúmeros projectos. Desta forma, os investimentos de proximidade de que o País carece, em áreas como a regeneração e reabilitação urbanas e a eficiência energética, bem como as infra-estruturas de logística, transpor-te, de energia, de água e ambiente, para além do domínio dos equipa-mentos sociais, em especial das es-colas, esquadras, tribunais, hospitais e centros de saúde, deverão poder beneficiar desta nova orientação es-tratégica.

Antecipação e readaptação dos fundos do QREN defendidos junto do Ministro da Economia

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TOMADAS DE POSIÇÃO

AICCOPN alerta Ministro das Finanças para efeitos da alteração na IES 2010:

A AICCOPN em exposição enviada ao Ministro de Estado e das Finan-ças, alertou para uma alteração da

“Declaração Anual/Informação Em-presarial Simplificada (IES)” referente ao exercício de 2010 que, pela sua gravidade e eventuais consequências, deve ser prontamente corrigida. Com efeito, o preenchimento do “Qua-dro 0520-A” requer a indicação,

AICCOPN reclama a sua inclusão na Comissão de Regulação do Acesso a Profissões

A AICCOPN em sede de Confede-ração Portuguesa da Construção e do Imobiliário, liderada por Reis Campos, em exposição remetida ao Secretário de Estado do Emprego, manifestou a sua apreensão perante a não inclusão do Sector da Cons-trução e do Imobiliário na composi-ção da Comissão de Regulação do Acesso a Profissões (CRAP), entidade que foi criada pelo Decreto-Lei nº 92/2011, de 27 de Julho. De facto, verifica-se que esta Comissão, para além dos representantes do Gover-no e das confederações sindicais, apenas integra representantes das

confederações de empregadores com assento na Comissão Permanente de Concertação Social. Ora, convém salientar que, designadamente pelo que representa em volume de empre-go – 15,8% do emprego em Portugal, e de percentagem do PIB – 18,6% do PIB nacional, a CPCI foi admitida no Conselho Económico e Social, sendo a única representante de toda a fileira da construção e do imobiliário neste relevante órgão de participação dos agentes económicos e sociais nos processos de tomada de decisão dos órgãos de soberania, no âmbito das

questões de natureza sócio-econó-mica.Nessa conformidade, e porque a Confederação, enquanto estrutura associativa de cúpula, está totalmen-te empenhada em contribuir para o sucesso das políticas formativas no nosso País e, em especial, para a sua adequação às necessidades e espe-cificidades dos diversos sectores de actividade e respectivas profissões, solicitou, na mencionada exposição, a sua inclusão como membro da Comissão de Regulação do Acesso a Profissões (CRAP).

para cada contrato de construção, de elementos tão relevantes como o respectivo valor, a percentagem de acabamento, ou os custos incorridos, exigências de informação que são excessivas, mesmo face à Norma Contabilística de Relato Financeiro (NCRF) n.º 19 - Contratos de Constru-ção. Ora, sendo a IES disponibilizada para consulta pública, tal exigência coloca em causa a confidencialidade dos dados operacionais e comerciais. Assim, no sentido de salvaguar-dar a referida confidencialidade, a AICCOPN solicitou ao Ministro de Estado e das Finanças que, adopte medidas, tendentes a impedir que a aludida informação sobre a activi-dade das empresas, fique disponível para consulta livre por terceiros.

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21

TOMADAS DE POSIÇÃO

empreitada de obras públicas e a prática que está a ser seguida pela generalidade dos bancos, que urge harmonizar. Atendendo aos custos

manifestamente excessivos que as empresas têm de suportar e ao esgo-tamento do seu “plafond” bancário, a AICCOPN considera urgente a adop-ção de medidas que permitam a reso-lução destes problemas, até porque a exigência de garantias bancárias por prazos que podem superar 10 anos após a conclusão de uma obra, não

A AICCOPN tem alertado que a gra-vidade da conjuntura actual impõe a adopção de medidas excepcionais que possibilitem que as exigências legais em matéria de cauções e de-mais garantias que as empresas do sector estão obrigadas a prestar se adequem à presente realidade. Com efeito, para além de fortes restrições na concessão de crédito às empresas e ao drástico aumento das exigências para os financiamentos em curso, aquelas confrontam-se ainda, ao nível das obras públicas, com sérias dificuldades na prestação das garan-tias bancárias que lhes são exigidas e que põem em causa a própria adjudi-cação, em virtude da demora que se verifica na sua concessão e a recusa, por parte dos bancos, na emissão de garantias sem prazo, quando os donos de obra pública não aceitam garantias bancárias com prazo certo de validade, havendo, assim, uma efectiva desconformidade entre as exigências que são feitas como con-dição para a adjudicação de uma

Tal como solicitado pela AICCOPN, em exposição que remeteu ao Mi-nistro da Economia e do Emprego, o Governo aprovou, para efeitos de revalidação do Alvará, a redução do rácio de liquidez geral de 110% para

100% e do rácio de autonomia finan-ceira de 15% para 5%, referentes ao exercício de 2010.Na tomada de posição que enviou para o Governo, a Associação con-siderou imprescindível a adopção

AICCOPN reclama alargamento a todo o País do regime excepcional de liberação de cauções previsto para as Regiões Autónomas

tem justificação sob o ponto de vista da protecção do interesse público e representa encargos e dificuldades acrescidas para as empresas. De resto, cumpre salientar que a Região Autónoma dos Açores, decretou, já em 2009, um regime excepcional por via do qual a liberação das garantias pode ter lugar no prazo máximo de três anos após a recepção provisória das obras, regime esse que foi igual-mente previsto para a Região Autó-noma da Madeira, em diploma publi-cado no passado dia 29 de Julho de 2011. Para a AICCOPN, esta é uma medida plenamente justificada, dado que, sem apresentar riscos ou custos para o erário público, permite uma efectiva diminuição dos encargos actualmente suportados pelas empre-sas, pelo que, em exposição dirigida ao Senhor Ministro da Economia e do Emprego, requereu formalmente a realização das diligências necessárias no sentido de alargar a todo o terri-tório nacional o regime excepcional consagrado para aquelas Regiões.

Redução dos Indicadores Económico-Financeiros para Efeitos de Revalidação de Álvará

desta medida, dada a grave situação económica e financeira que as em-presas do sector atravessam, a qual é incomportável com a manutenção dos referidos valores de referência.

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23

FORMAÇÃO AICCOPN

Tendo por mote as alterações recen-temente introduzidas no âmbito das medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branque-amento de capitais, instituídas pelo Regulamento n.º 282/2011, de 6 de Maio, aprovado pelo Conselho Directivo do InCI, o qual, designada-mente, veio concretizar a obrigação de formação já prevista na Lei n.º 24/2008, de 5 de Junho, a AICCOPN, promoveu no passado dia 21 de Julho, uma sessão de formação de-dicada ao Regime de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Van-tagens Ilícitas e ao Financiamento do

Terrorismo e Nova Regulamentação.Tendo por finalidade abordar as prin-cipais obrigações que recaem sobre as empresas do sector imobiliário, em especial as comunicações de iní-cio de actividade e comunicações se-mestrais das transacções imobiliárias efectuadas, esta sessão contou com a participação de técnicos dos Serviços Jurídicos e Laborais da Associação e de técnicos do InCI - Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P., tendo sido dado particular enfoque às acções inspectivas que irão ser desencadeadas por este instituto.Neste sentido, foi salientada a im-

Rita Martins, Beatriz Fareleira e Tiago Lambin

AICCOPN promoveu sessão sobre as novas regras relativas ao Combate ao Branqueamento de Capitais

portância das empresas do sector imobiliário realizarem as aludidas comunicações obrigatórias, mesmo que porventura ainda não tenham procedido, atempadamente, às mes-mas, efectuando-as o quanto antes junto do Instituto regulador, sob pena de ficarem sujeitas a responsabilida-de contra-ordenacional, punível com coima de € 5.000,00 a € 500.000,00, ou de € 2.500,00 a € 250.000,00, consoante o agente seja, respectiva-mente, uma pessoa colectiva ou sin-gular, em eventual fiscalização que venham a ser alvo.

Rui Magalhães e Isabel Rodrigues

Suspensão dos Trabalhos e Regras de Medição e Pagamento no Código dos Contratos Públicos

Procurando privilegiar uma aborda-gem prática da temática, a AICCOPN promoveu no passado dia 21 de

Julho uma sessão sobre a Suspensão dos Trabalhos, as Regras de Medição e de Pagamento constantes do Códi-

go dos Contratos Públicos.Contando com a intervenção, para além de técnicos dos Serviços Jurí-dicos e Laborais, de um consultor na área da engenharia e construção, com grande experiência no acompa-nhamento e execução de empreita-das de obras públicas, esta iniciativa teve a participação de mais de quatro dezenas de associados que, partindo de casos concretos, puderam trocar experiências e aprofundar o seu co-nhecimento de regras de são cruciais para a sua actividade.

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24 •

FORMAÇÃO AICCOPN

Tendo como objectivo o esclare-cimento dos Associados sobre os mercados externos em destaque, a AICCOPN promoveu, no dia 25 de Maio e no dia 16 de Junho, duas ses-sões de esclarecimento iminentemen-te práticas, onde foram conhecidas efectivas oportunidades de negócio e abordados os aspectos legais, labo-rais e fiscais relativos a forma de in-ternacionalização das suas empresas para aqueles Países.O ciclo destas

três sessões terminará em Julho, com a abordagem ao mercado Brasileiro e de outros Países da América Latina. Esta iniciativa, que contou com a colaboração do Escritório de Advoga-dos Garrigues e da Consultora Market Access, permitiu aos participantes a apresentação e esclarecimento, num formato personalizado, de muitas dúvidas existentes sobre os mercados em questão.

João Almeida e Joana Oliveira, Soc. Garrigues

Sessão de Esclarecimento - Internacionalização19 de Julho - Brasil e Outros Países da América Latina

Pedro Vieira, Marketaccess

Rui Valente, Rui Koch e António Maria Pimenta da Sociedade Garrigues

Sessão Subordinada ao tema das Reestruturações Empresariais e Direito do Trabalho

Sendo esta uma temática que, tendo em conta a actual conjuntura, mais frequentemente é objecto de questões por parte das empresas associadas, a AICCOPN, em conjunto com a Socie-dade de Advogados Garrigues, pro-moveu no passado dia 26 de Julho, uma sessão de esclarecimento sobre

processos de reestruturação empre-sarial e a sua inevitável interligação com as normas laborais.Centrando a sua atenção nas diversas modalidades de cessação de con-tratos de trabalho, com particular destaque para a extinção de postos de trabalho, para o despedimento

colectivo, para o acordo revogatório e para as implicações que o mesmo determina ao nível da atribuição do subsídio de desemprego e, por fim, para a redução de efectivos e refor-mas antecipadas, esta sessão permitiu aprofundar conhecimentos por parte das empresas associadas, sobretudo, tendo em conta que foi privilegiada uma abordagem eminentemente prá-tica destas matérias.

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25

FORMAÇÃO AICCOPN

Decorreu, na sede da AICCOPN, mais uma acção de formação sobre “Segurança e Saúde no Sector da Construção”, inserida num ciclo de quatro sessões organizados pela AICCOPN, em colaboração com a empresa Prevensis – Prevenção e Segurança no Trabalho, Lda. A terceira sessão, realizou-se no passado dia 6 de Julho e teve como tema os “Riscos Ergonómicos e Equi-pamentos de Protecção Colectiva e

Individual na Construção”. Durante esta sessão foram abordadas questões relacionadas com os “Equipamentos de Protecção Colectiva e Individual”, a “Movimentação Manual de Cargas” e, ainda, a “Movimentação Mecânica de Cargas”. Está, ainda, prevista a realização da quarta e última acção desta série no próximo dia 28 de Setembro, onde serão tratados assuntos relacionados com a “Prevenção de Riscos Espe-

Vitor Pereira da Prevensis

Segurança e Saúde no Sector da Construção

ciais na Construção”, nomeadamente com a preparação do plano de tra-balhos com risco especial e com a prevenção de riscos de soterramento, eléctricos e de quedas em altura.

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26 •

INTERNACIONALIZAÇÃO

A Lei n.º 20/11, publicada em Diário da República n.º 94, a 20 de Maio, que revoga a Lei nº 11/03, de 13 de Maio, altera profundamente a forma e os procedimentos a respeitar pelos agentes económicos na realização dos seus investimentos em Angola.

A novidade mais mediática prende-se com o aumento do montante míni-mo do investimento, que passa dos anteriores 100.000 de USD para 1 000.000 de USD, considerando-se assim um investimento qualificado.

Mais, a lei diz que caso o investi-mento seja realizado por uma pessoa colectiva, apenas gozam individu-almente do estatuto de investidores privados, os sócios ou accionistas que, na proporção da sua participa-ção social, comprovem ter investido

no referido projecto de investimento o montante mínimo de 1 000.000 de USD, valor a partir do qual o in-vestidor poderá vir a ter acesso a um conjunto de incentivos e benefícios previstos na lei.

Refira-se, ainda, que o novo regime não proíbe os investimentos privados inferiores a 1000.000 de USD, no entanto, os mesmos não terão acesso a quaisquer incentivos e benefícios, não tendo o direito de repatriar ca-pitais, sob a forma de lucros ou divi-dendos para fora de Angola.

Contudo, o investidor poderá iniciar um empreendimento empresarial sem tais benesses e, num momento posterior, apresentar um projecto de investimento, cuja dimensão já lhe permita ampliar a sua actividade

com todos os direitos associados a um investimento qualificado. O valor mínimo de investimento qualificado, vem introduzir o princípio da gradu-ação dos incentivos, em função do impacto dos projectos em causa na economia nacional.

A análise dos projectos terá agora de ser obrigatoriamente negociada com um novo órgão: a Comissão de Ne-gociação de Facilidades e Incentivos (CNFI), um órgão inter-sectorial que funciona junto da ANIP – Agência Nacional para o Investimento Priva-do, na qual participam representantes da ANIP, da Direcção Nacional dos Impostos, do Serviço Nacional das Alfândegas, do Departamento de Controlo Cambial do Banco Nacio-nal de Angola, assim como um repre-sentante do Ministério com a tutela

Nova Lei do Investimento Privado em Angola

Page 27: Concreto 228

27

INTERNACIONALIZAÇÃO

do sector sobre o qual recai o objec-to da proposta de investimento.Esta lei contínua a dividir o território em regiões A, B ou C, de acordo com o seu grau de desenvolvimento, um quadro que permanece igual à divisão efectuada na anterior lei, sendo que o âmbito e períodos de concessão dos benefícios e incen-tivos sofreram uma redução signifi-cativa, estando a sua manutenção sujeita a regras mais rigorosas e a um controlo mais apertado por parte das entidades públicas.

O repatriamento de capitais passa a estar sujeito ao princípio da pro-porcionalidade (em função do valor investido, do período de concessão e da dimensão dos incentivos e be-nefícios concedidos, do prazo do investimento, dos lucros realizados,

do impacto socioeconómico do in-vestimento e da sua influência na di-minuição das assimetrias regionais e impacto do repatriamento dos lucros na balança de pagamentos do País) e apenas é permitido de forma gradual, após a efectiva implementação dos projectos e nas zonas mais favoreci-das, A ou B, decorrido que seja um período de carência de três ou dois anos, respectivamente.

Para a aprovação final dos projectos, a nova lei prevê um único regime – o regime contratual. A proposta de in-vestimento privado deve ser apresen-tada na ANIP. Após a aceitação da proposta, esta tem 45 dias para apre-ciar, negociar e remeter para apro-vação, nos termos do investimento proposto. Dentro deste prazo, a CNFI dispõe de 30 dias para proceder à

análise e à avaliação da proposta de investimento e negociar com o investidor o quadro de incentivos e benefícios a conceder. Findos estes 30 dias, a CNFI tem mais 10 dias para emitir um parecer final sobre o projecto. Concluídas as negociações, a ANIP dispõe dos restantes cinco dias para remeter o projecto ao órgão competente para o aprovar. Assim, ao Conselho de Administração da ANIP competirá a decisão final, considerando o parecer vinculativo do Ministério das Finanças no que respeita aos incentivos e aos benefí-cios a conceder, sobre os projectos de investimento até 10 000.000 de USD. Acima desse montante, a deci-são é do titular do poder executivo, após apreciação do Conselho de Ministros. O prazo de aprovação é, de acordo com a lei, de 15 dias para investimentos inferiores a 10 000.000 de USD e de 30 dias para investi-mentos superiores a esse montante.

Para os investidores portugueses a entrada em vigor desta Lei é vista com muita expectativa, atendendo a que, até ao momento, Portugal, fora do sector petrolífero, detém a maior quota de investimento privado em Angola, esperando-se, assim, que estas novas exigências permitam manter o fluxo de investimento para este País, que muito tem contribuído para o seu crescimento e desenvolvi-mento.

Sónia Oliveira

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29

DIREITO

Em Portugal, “branqueamento de capitais”, mais comummente cha-mada “lavagem de dinheiro”, nos Estados Unidos “money laundering”, na vizinha Espanha “blanqueo de capitales”, etc., são apenas algumas das muitas expressões que se re-conduzem ao mesmo fenómeno, o comportamento de encobrimento ou dissimulação, através de operações financeiras, da origem ilícita ou cri-minosa dos rendimentos.

Há inúmeras definições utilizadas pela Doutrina para definir o branque-amento de capitais. Podemos, porém, nesta sede utilizar uma das mais sim-ples, como sendo a actividade pela qual se procura dissimular a origem criminosa de bens ou produtos, pro-curando dar-lhe uma aparência legal. A Lei n.º 25/2008, de 5 de Junho, com as correcções introduzidas pela Declaração de Rectificação

n.º 41/2008, de 4 de Agosto, que se encontra em vigor, estabelece medi-das de natureza preventiva e repressi-va de combate ao branqueamento de vantagens de proveniência ilícita e ao financiamento do terrorismo, trans-pondo para a ordem jurídica interna as Directivas n.ºs 2005/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, e 2006/70/CE, da Comissão, de 1 de Agosto, relativas à prevenção da utilização do sistema financeiro e das actividades e profis-sões especialmente designadas para efeitos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo.

Tal diploma, à semelhança do que acontecia com o seu antecessor, a Lei n.º 11/2004, de 27 de Março, sujeita às obrigações aí previstas, en-tidades financeiras e não financeiras, incluindo-se, pois, nestas últimas, as empresas do sector imobiliário.

Combatendo o Branquemento de Capitais - “Uma perspectiva genérica das principais obrigações legais”

As medidas previstas na aludida Lei foram posteriormente alvo de regula-mentação, primeiramente pelo Regu-lamento n.º 79/2010, de 5 de Feve-reiro, que veio muito recentemente a ser revogado pelo Regulamento n.º 282/2011, de 6 de Maio, aprovado pelo Conselho Directivo do Instituto da Construção e do Imobiliário - InCI, I.P..

Este último, tendo entrado em vigor no passado dia 9 de Maio, estabele-ceu as condições e definiu os instru-mentos, mecanismos e formalidades inerentes ao cumprimento dos deve-res gerais e específicos estabelecidos naquela Lei, para as empresas do sector imobiliário, mormente da data de início de actividade e da comu-nicação semestral das transacções imobiliárias efectuadas, por parte das entidades, singulares ou colectivas,

Page 30: Concreto 228

30 •

DIREITO

que exerçam actividade de mediação imobiliária, de compra, venda de bens imóveis, compra para revenda ou permuta de bens imóveis ou de actividade de promoção imobiliária. Todas as entidades estão obrigadas, no exercício da respectiva actividade, ao cumprimento de diversos deveres gerais (art. 6.º, da Lei 25/2008), dos quais se destacam, pela sua importância, os seguintes:

- Dever de identificação, na se-quência do qual as empresa de-vem exigir e verificar a identidade dos seus clientes. - Dever de diligência, no âmbito do qual as entidades sujeitas, te-rão de obter informações sobre a natureza e a finalidade da relação de negócio, bem como sobre a origem e o destino dos fundos, caso o perfil de risco do cliente ou as características da operação o justifiquem. - Dever de recusa, mediante o qual as empresas devem recusar iniciar um negócio quando não foram facultados os elementos identificativos exigidos, ou não foi obtida a informação sobre a natureza e a finalidade da relação de negócio e origem e o destino dos fundos e, bem assim, a estru-tura da propriedade e controlo do cliente. - Dever de conservação, impõe que as cópias e as referências dos documentos comprovativos da identificação devem ser conserva-das por 7 anos, a contar do mo-mento da identificação e do termo

das relações ou, no caso das rela-ções de negócio, após o término das mesmas. - Dever de segredo, as entidades sujeitas, bem como os membros dos respectivos órgãos sociais, os que nelas exerçam funções de direcção, gerência ou chefia, seus empregados e mandatários e ou-tras pessoas que lhes prestem ser-viços, a título permanente, tem-porário ou ocasional, não podem revelar ao cliente ou a terceiros que transmitiram as comunicações impostas ou que se encontra em curso uma investigação criminal.

E, por fim,

- Dever de Formação, já generica-mente consagrado no art. 22.º da Lei n.º 25/2008, mas que foi alvo de especial concretização pelo Re-gulamento n.º 282/2011, dispondo que os dirigentes e empregados das entidades imobiliárias, cujas fun-ções sejam relevantes para efeitos de prevenção do branqueamento, devem frequentar programas es-pecíficos e regulares de formação, podendo revestir as seguintes mo-dalidades:

- Cursos de formação; - Conferências, simpósios e eventos similares; - Frequência, com aproveitamento, de disciplinas de cursos de pós-gradua-ção ou de cursos de ensino superior.

Os conteúdos programáticos devem incidir sobre disposições legais e re-

gulamentares vigentes, nomeadamen-te subordinados às seguintes temáti-cas: - Deveres consagrados no art. 6 º da Lei n.º 25/2008; - Directivas, normas regulamentares ou outras, bem como orientações, nacionais, internacionais e comuni-tárias; - Tipos de operações relacionadas com a prática de crimes de branque-amento de vantagens de proveniência ilícita e financiamento do terrorismo.

A frequência de formação implica a atribuição de créditos, devendo os destinatários obter, no mínimo, 2 cré-ditos em cada ano civil, sendo que os mesmos são computados da seguinte forma: - Dois créditos por cada 10 horas de formação (cursos de formação), e - Um crédito por cada evento (confe-rências e simpósios).

Rita Martins

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31

DIREITO

No sentido de esclarecer as dú-vidas mais frequentes dos nossos Associados em matéria laboral, na rubrica “Consultório Jurídico-La-boral”, procuraremos dar resposta às questões que entendam formu-lar, através do seguinte endereço de correio electrónico: [email protected]

Será obrigatória a revisão de pre-ços nos contratos de empreitada de obra pública celebrados ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro (CCP)?

O mecanismo da revisão de preços, no quadro da contratação pública, visa garantir que a modificação das condições económicas que sobre-venham durante a execução dos trabalhos, que originem um desequi-líbrio económico do contrato, sejam devidamente compensados, consti-tuindo um meio de garantir o equi-líbrio das prestações nos contratos públicos. Com efeito, trata-se de “um expediente jurídico particularmente importante em períodos de grande instabilidade dos preços, designada-mente dos materiais, equipamento e mão-de-obra, que visa salvaguardar

o equilíbrio económico do contrato, restabelecendo-o, em determinadas condições, quando afectado por alte-ração das circunstâncias económicas em que foi celebrado, nomeadamen-te daqueles custos (Pedro Romano Martinez, Contrato de Empreitada, Almedina, pág. 111).Assim, procurando obviar a que as prestações contratuais sofram injustos desequilíbrios durante a execução da empreitada, e tal como estabelecia o nº 1 do artigo 199º do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março (RJEOP), também o artigo 382º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, dispõe que “ o preço fixa-do no contrato para os trabalhos de execução da obra é obrigatoriamente revisto (sublinhado nosso) nos termos contratualmente estabelecidos e de acordo com o disposto em lei”. A revisão dos preços contratuais, deve-rá, pois, ser efectuada ao abrigo da lei especial em vigor sobre a matéria. Actualmente, o diploma que estabe-lece o regime da revisão de preços das empreitadas de obras públicas, de obras particulares e de aquisição de bens ou serviços é o Decreto-Lei nº 6/2004, de 6 de Janeiro. Igual-mente determina o nº 2 do citado preceito, que na falta de estipulação

contratual quanto à fórmula da revi-são de preços, é aplicável a fórmula tipo estabelecida para as obras da mesma natureza constante da lei, mais precisamente, nos Despachos nºs 1592/2004 e 22637/2004.Nesta conformidade, e conforme resulta de forma expressa e ine-quívoca do já referido artigo 382º e, bem assim da mencionada Lei especial (Decreto-Lei nº 6/2004, de 6 de Janeiro), a revisão ordinária de preços é obrigatória nos contratos de empreitada de obras públicas, não sendo legítimo que as entidades ad-judicantes incluam nos respectivos cadernos de encargos cláusulas de irrevisibilidade do preço, as quais não terão qualquer relevância em face do regime injuntivo previsto no Código. Com efeito, trata-se de uma norma imperativa (artigo 382º) que não poderá ser afastada pela vontade das partes e que sempre prevale-cerá sobre qualquer disposição em contrário constante do caderno de encargos, conforme de resto, dispõe o artigo 51º do CCP, ao determinar que:” as normas constantes do pre-sente Código relativas às fases de formação e de execução do contrato prevalecem sobre quaisquer disposi-ções das peças do procedimento com elas desconformes”.

Page 32: Concreto 228

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ECONOMIA

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O Governo decidiu, em Conselho de Ministros, propor à Assembleia da República a aprovação de uma medi-da excepcional em sede de IRS, que consiste na aplicação de uma sobre-taxa extraordinária de 3,5%, a qual incidirá sobre todos os rendimentos obtidos e englobáveis em 2011 das diversas categorias de IRS.

Esta medida abrange os rendimentos provenientes do trabalho depen-dente, rendimentos empresariais e profissionais, rendimentos de capitais que sejam englobados, rendimentos prediais, incrementos patrimoniais e pensões, acrescido de alguns ren-dimentos sujeitos a taxas especiais (nomeadamente, as mais-valias). De fora, ficam os rendimentos de ca-pitais (sujeitos a taxas liberatórias), como juros de depósitos e dividen-dos de acções.

Em concreto, os sujeitos passivos que aufiram rendimentos da categoria A («trabalho dependente») e de cate-goria H («pensões») serão sujeitos a retenção na fonte à taxa de 50% que incidirá sobre a parte do subsídio de

natal que, depois de deduzidas as retenções normais de IRS e as contri-buições para regimes de protecção social, exceda o valor do salário mí-nimo mensal (485 euros). Assim, os trabalhadores por conta de outrem e os pensionistas terão de pagar adian-tadamente este imposto: parte do seu subsídio de Natal será automatica-mente retida pelas entidades que o pagam e entregue ao fisco até 23 de Dezembro. A referida retenção na fonte será efectuada a título de paga-mento por conta da sobretaxa devida no final.

Esta retenção será deduzida à sobre-taxa que vier a ser apurada com a entrega da declaração periódica de rendimentos de cada sujeito passivo. O apuramento da sobretaxa de IRS, resulta da aplicação da taxa extraor-dinária ao rendimento colectável dos contribuintes, ou seja, à diferença entre os rendimentos brutos e as de-duções específicas de cada categoria. Estão excluídos os montantes de cada contribuinte até ao valor anual do salário mínimo, € 6.790 (€ 485 x 14). E quem tem filhos terá uma redução,

Sobretaxa extraordinária sobre o IRS

pois ao valor do imposto extraordiná-rio serão deduzidos € 12,13 (€ 485 x 2,5%), por cada dependente. Caso esta retenção na fonte seja superior ao valor da sobretaxa extraordinária devida no final, o excedente será objecto de reembolso.

Relativamente aos restantes rendi-mentos objectode englobamento, a sobretaxa extraordinária devida será apurada com a apresentação da de-claração periódica de rendimentos relativa ao ano de 2011.O Governo considera que esta medi-da é imprescindível, para acelerar o esforço de consolidação orçamental e cumprir o objectivo decisivo de um défice orçamental de 5.9% para este ano. Esta sobretaxa é extraordinária e incidirá sobre os rendimentos auferi-dos em 2011.

Sobretaxa Extraordinária - medida excepcional em sede de IRS - Exem-plos práticos de aplicação da sobreta-xa (Ministério das Finanças):

Sobretaxa – Exemplo 1 (Categoria A)

Descrição do Cenário:

Page 34: Concreto 228

34 •

ECONOMIA

Situação familiar: Dois sujeitos passi-

vos, casados, sem filhos.

Rendimentos tributáveis: Rendimentos

de trabalho dependente (Categoria A),

auferindo cada sujeito passivo um salário

mensal bruto de € 1.300.

1. Apuramento da retenção na fonte

de sobretaxa a efectuar:

Valor do subsídio de Natal bruto (por

sujeito passivo): € 1.300

Retenção na fonte a título de sobreta-

xa (por sujeito passivo): € 258 [€ 1.300

– retenção na fonte de IRS (12% = €

156) – Segurança Social (11% = € 143)–

RMMG (€ 485)] x 50% = € 258

2. Apuramento da sobretaxa devido a

final:

Rendimento anual bruto (agregado): €

36.400

Rendimento colectável para efeitos de

sobretaxa: € 14.612 [Rendimento colec-

tável IRS (€ 28.192) – RMMG Anual (2 x

€ 6.790)] = € 14.612

Sobretaxa devida a final (agregado): €

511 [€ 14.612] x 3,5% = € 511

Sobretaxa a pagar/receber (agregado):

Reembolso de € 5 [€ 511 – (2 x € 258)]

= - € 5

Sobretaxa – Exemplo 2 (Categoria A

e G)

Descrição do cenário:

Situação familiar: Dois sujeitos passi-

vos, casados sem filhos.

Rendimentos tributáveis:

(i) Rendimentos de trabalho dependen-

te (Categoria A),auferindo cada sujeito

passivo de um salário mensal bruto de €

1.300, e

(ii) Rendimentos correspondentes ao

saldo positivo resultante da alienação de

acções, no montante de € 2.500.

1. Apuramento da retenção na fonte

de sobretaxa a efectuar:

Valor do subsídio de Natal bruto (por

sujeito passivo): € 1.300

Retenção na fonte a título de sobre-

taxa (por sujeito passivo): € 258 [€

1.300 – retenção na fonte de IRS (12% =

€ 156) – Segurança Social (11% = € 143)

–RMMG (€ 485)] x 50% = € 258

2. Apuramento da sobretaxa devido a

final:

Rendimento anual bruto (agregado): €

38.900

Rendimento colectável para efeitos de

sobretaxa: € 16.612 [Rendimento colec-

tável de IRS (€ 30.192) – RMMG Anual (2

x € 6.790)] = € 16.612

Sobretaxa final (agregado): € 581 [€

16.612] x 3,5% = € 581

Sobretaxa a pagar/receber (agregado):

Pagamento de € 65 [€ 581 – (2 x € 258)]

= € 65

Nota: A diferença em relação ao exemplo

1 decorre do impacto da tributação do

saldo positivo das mais-valias na parte

que excede € 500 (ou seja, € 2.000) no

apuramento da sobretaxa final (€ 2.000

x 3,5% = € 70). Assim, no lugar de um

reembolso de € 5 (exemplo 1) apura-se

um pagamento de € 65 (exemplo 2).

Sobretaxa – Exemplo 3 (Categoria A)

Descrição do Cenário:

Situação familiar: Dois sujeitos passi-

vos, casados, com dois filhos.

Rendimentos tributáveis: Rendimentos

de trabalho dependente (Categoria A),

auferindo cada sujeito passivo um salário

mensal bruto de € 1.300.

1. Apuramento da retenção na fonte

de sobretaxa a efectuar:

Valor do subsídio de Natal bruto (por

sujeito passivo): € 1.300

Retenção na fonte a título de sobre-

taxa (por sujeito passivo): € 265 [€

1.300 – retenção na fonte de IRS (11% =

€ 143) – Segurança Social (11% = € 143)

–RMMG (€ 485)] x 50% = € 265

2. Apuramento da sobretaxa devido a

final:

Rendimento anual bruto (agregado): €

36.400

Rendimento colectável para efeitos de

sobretaxa: € 14.612 [Rendimento colec-

tável IRS (€ 28.192) – RMMG Anual (2 x

€ 6.790)] = € 14.612

Sobretaxa devida a final (agregado):

€ 487 [(€ 14.612 x 3,5%) – Dedução à

Colecta (2 x 2,5% x 485) = € 487

Sobretaxa a pagar/receber (agregado):

Reembolso de € 42 [€ 487 – (2 x € 265)]

= - € 42

Nota: A diferença em relação ao exemplo

1 decorre principalmente do impacto da

dedução à colecta por dependente (ou

seja, 2,5% x 485 por dependente) no

apuramento da sobretaxa final (2 x 2,5%

x 485= € 24). Assim, no lugar de um re-

embolso de € 5 (exemplo 1) apura-se um

reembolso de € 42 (exemplo 3).

Sobretaxa – Exemplo 4 (Categoria B –

Regime Simplificado)

Descrição do cenário:

Situação familiar: Dois sujeitos passi-

vos, casados, sem filhos.

Rendimentos tributáveis: Rendimentos

empresariais e profissionais (Categoria

B - Regime simplificado e não opção por

regras da categoria A), auferindo cada

sujeito passivo de um montante mensal

de € 1.500.

Apuramento da sobretaxa devido a

final:

Rendimento anual (agregado): €

Page 35: Concreto 228

35

ECONOMIA

36.000

Rendimento colectável para efeitos de

sobretaxa: € 11.620 [Rendimento colectá-

vel de IRS (€ 25.200) – RMMG Anual (2 x €

6.790)] = € 11.620

Sobretaxa final (agregado): € 407 [€

11.620] x 3,5% = € 407

Sobretaxa a pagar/receber (agregado):

Pagamento de € 407

Sobretaxa – Exemplo 5 (Categoria H)

Descrição do cenário:Situação familiar:

Dois sujeitos passivos, casados, sem filhos.

Rendimentos tributáveis: Rendimentos de

pensões (Categoria H), auferindo cada sujeito

passivo de uma pensão mensal de € 850.

1. Apuramento da retenção na fonte de

sobretaxa a efectuar:

Valor do décimo terceiro mês bruto (por

sujeito passivo): € 850

Retenção na fonte a título de sobretaxa

(por sujeito passivo): € 166 [€ 850 – reten-

ção na fonte de IRS (4% = € 34) – RMMG (€

485)] x 50% = € 166

2. Apuramento da sobretaxa devido a fi-

nal:

Rendimento anual bruto (agregado): €

23.800

Rendimento colectável para efeitos de so-

bretaxa: € 0

[Rendimento colectável de IRS (€ 11.800) –

RMMG Anual (2 x € 6.790)] = € 0

Sobretaxa final (agregado): € 0 [€ 0] x 3,5%

= € 0

Sobretaxa a pagar/receber (agregado): Re-

embolso de € 331[€ 0 – (2 x € 166)] = - € 331

João Afonso

Page 36: Concreto 228

36 •

ECONOMIA

O clima de grande pessimismo que se vive no sector da Construção agravou-se substancialmente desde a última conjuntura. Efectivamente, da análise dos vários indicadores de conjuntura disponíveis resulta um cenário extremamente desfavorável para o sector da Construção, com quase todos a evoluírem de forma muito negativa nos primeiros meses deste ano.

A comprová-lo, o indicador de con-fiança na construção registou em Junho uma quebra de 17,9%, em ter-mos homólogos trimestrais, quando no mês anterior essa variação tinha sido de -15,6%. Os principais condi-cionantes à actividade das empresas de construção são a procura insufi-ciente e os aspectos financeiros.

Verifica-se também que todos os segmentos de actividade, embora em graus diferentes, estão a ser forte-mente penalizados pelo actual clima económico.

No que diz respeito ao segmento residencial, no período de Janeiro a

Maio registou-se uma quebra homó-loga no licenciamento de fogos novos para habitação de 30,9%, agravando-se a tendência de decréscimo já veri-ficada até Abril.

No segmento não residencial privado as perspectivas são igualmente desfa-voráveis, com a área licenciada pelas Câmaras Municipais para este tipo de edifícios a registar um decréscimo de 2,9%, em termos homólogos, nos primeiros quatro meses de 2011.

Os indicadores relativos ao mercado de obras públicas apontam para uma quebra significativa no valor dos con-cursos abertos no primeiro semestre deste ano (quer no que respeita à construção de edifícios não residen-ciais, quer a obras de engenharia civil), sendo de referir, no entanto, que as obras adjudicadas registaram um crescimento assinalável no mes-mo período.

De acordo com o IEFP, o número de desempregados oriundos do sector da Construção inscritos nos cen-tros de emprego, em Maio, era de

Conjuntura do Sector - Agrava-se Pessimismo na Construção

72,2 mil. Este número representava aproximadamente 15% do total de desempregados inscritos (em 2008, e em termos médios, esse rácio era de 10,2%).

A confirmar a redução do nível de actividade do Sector, o consumo de cimento no mercado nacional regis-tou uma variação homóloga acumu-lada, de Janeiro a Junho, de -12,7%.

Confiança dos empresários da Construção continua a deteriorar-se De acordo com os resultados do In-quérito Mensal à Actividade conduzi-do pela FEPICOP, o clima de grande pessimismo que se vive no Sector da construção agravou-se substancial-mente em Junho. A comprová-lo, o indicador de confiança na constru-ção registou em Junho uma quebra de 17,9%, em termos homólogos trimestrais, quando no mês anterior a variação tinha sido de -15,6%.

A evolução do indicador de con-fiança dos empresários do sector é

Page 37: Concreto 228

37

ECONOMIA

explicada pelo andamento dos indicadores rela-tivos à carteira de encomendas e perspectivas de emprego, que registam ambos variações homó-logas trimestrais negativas (de -18,5% e -16,4%, respectivamente). De notar que pese embora a carteira de encomendas tenha registado uma variação homóloga menos negativa no trimestre terminado em Junho, face ao verificado em Maio, este indicador continua a um nível extremamente baixo em termos absolutos.É ainda de salientar a progressão muito desfavorável do indicador relativo à situação financeira das empresas, que registou no trimestre terminado em Junho uma variação homóloga de -6,9% (-3,0% no trimestre terminado em Maio).

Ainda de acordo com o Inquérito da FEPICOP, em Junho deste ano os principais condicionan-tes à actividade das empresas de construção foram a procura insuficiente (67%) e os aspectos financeiros (45%). No que diz respeito aos con-dicionantes de natureza financeira, é de realçar a unanimidade das opiniões dos empresários relativamente aos elevados encargos financeiros suportados pelas empresas de construção (citado por 61% dos empresários inquiridos). Peso do sector da Construção no desemprego ronda os 15% De acordo com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), o número de desempre-gados oriundos do sector da Construção Civil e Obras Públicas inscritos nos Centros de Emprego, em Maio, era de 72,2 mil. Pese embora se tenha registado uma ligeira diminuição deste número, quer relativamente ao verificado no mesmo mês do ano anterior, quer relativamente ao verificado em Abril deste ano, o sector da construção conti-nua a ter um peso muito significativo no número total de desempregados registados nos Centros de Emprego (14,7%, em Maio).

De notar que o peso do número de desemprega-dos oriundos da Construção no número total de desempregados tem registado um acréscimo sig-nificativo nos últimos 3 anos. De facto, enquan-

Page 38: Concreto 228

38 •

ECONOMIA

to em 2008, e em termos médios anuais, o peso da construção era de 10,2%, em 2009 passou para 13,4% e em 2010 para 14,1%, parecen-do estar a estabilizar em torno dos 14,5% (média no período de Janeiro a Maio de 2011). Indicadores apontam para forte quebra na produção do Sector

Não sendo possível na presente con-juntura analisar como habitualmente os índices de produção da FEPICOP, devido à suspensão temporária dos mesmos em virtude de se estar a proceder a ajustamentos na sua me-todologia de cálculo, optou-se por acompanhar a evolução de alguns indicadores que permitem medir a conjuntura vivida no sector e anteci-par com razoável grau de certeza a sua evolução no curto prazo.

Da análise de tais indicadores resulta um cenário extremamente desfavo-rável para o sector da construção, com quase todos os indicadores a evoluírem de uma forma muito nega-tiva nos primeiros meses deste ano. É também possível verificar que todos os segmentos de actividade, embo-ra em graus diferentes, estão a ser fortemente penalizados pela actual conjuntura.

No segmento da construção de edi-fícios residenciais, e a avaliar pela evolução verificada ao nível do licenciamento, as perspectivas de evolução futura da produção conti-nuam a ser muito desfavoráveis. De facto, no período de Janeiro a Maio registou-se uma quebra homóloga no licenciamento de fogos novos para

habitação de 30,9%, agravando-se a tendência de decréscimo que vinha sendo observada desde o início do ano.

Relativamente ao segmento dos edifícios não residenciais privados antecipa-se igualmente uma redução da produção futura, com a área li-cenciada pelas Câmaras Municipais para este tipo de edifícios a registar um decréscimo de 2,9%, em termos homólogos, no período de Janeiro a Abril. A quebra mais significativa, neste período, ocorreu no licencia-mento de edifícios destinados ao co-mércio e ao turismo (verificando-se quebras homólogas acumuladas, nos primeiros quatro meses do ano, de -27,2% e -20,6%, respectivamente).

Na componente dos edifícios não residenciais públicos, as perspectivas não são muito favoráveis, com o va-lor dos concursos abertos nos primei-ros seis meses deste ano a registarem uma variação homóloga (real) de -26,1%. Apesar de se ter registado no mesmo período uma evolução mui-to favorável no valor dos concursos adjudicados, o que deverá permitir a manutenção de algum nível de ac-tividade num futuro mais imediato, uma rápida degradação no mercado de obras públicas não pode ser total-mente posta de parte.

Por último, no que se refere ao seg-mento da engenharia civil, os indi-cadores disponíveis apontam para a existência de uma conjuntura muito difícil. A comprová-lo, o valor dos concursos abertos nos primeiros seis meses de 2011 caiu quase 30% face ao mesmo período do ano anterior.

Praticamente todos os tipos de traba-lho foram atingidos pela quebra das “intenções” de investimento público.

A confirmar a redução do nível de actividade do Sector, o consumo de cimento no mercado nacional regista uma variação homóloga acumulada, de Janeiro a Junho, de -12,7%, que corresponde a uma quebra no consu-mo de 345,8 mil toneladas

Agrava-se divergência entre Portu-gal e a União Europeia

No trimestre terminado em Junho de 2011, o indicador de confiança dos empresários portugueses da Construção, apurado pela Comissão Europeia, registou uma queda homó-loga de 20,0%, enquanto na União Europeia, no mesmo período, aquele indicador continuou a evoluir favo-ravelmente, registando um aumento de 4,5%.

Os dados agora apurados apontam para um significativo agravamento da divergência entre Portugal e os restantes países da União Europeia (relembre-se que no trimestre termi-nado em Maio o indicador de con-fiança dos empresários portugueses caiu 12,8%, enquanto na União Europeia a variação foi de 1,9%), com os empresários da construção portugueses a revelarem-se dos mais pessimistas de entre os seus congéne-res europeus.

A deterioração do indicador de con-fiança dos empresários portugueses em Junho resulta de uma forte quebra ao nível das perspectivas de emprego (-21,8% em Junho, face a igual pe-ríodo do ano anterior) e da carteira de encomendas (-16,3%, em igual

Page 39: Concreto 228

39

ECONOMIA

PIB (INE - CNT) v. real (%) 0,0% -2,5% 1,4% -0,6%

FBCF - Total (INE - CNT) v. real (%) -1,8% -11,6% -4,8% -6,8%

FBCF - Construção (INE - CNT) v. real (%) -5,9% -11,7% -5,8% -4,1%

VAB - Construção (INE - CNT) v. real (%) -4,0% -9,2% -3,9% -2,5%

Índice Empresas Activas (FEPICOP)(Jan 2000=100) % -5,7% -9,0% 10,7% -7,9% -9,8% -7,8% -7,8% -7,9% -8,4% -8,7% -8,9%

Indicador Confiança (FEPICOP/UE)(Jan_00 = 100)(1) % -0,8% -7,3% -12,7% -11,0% -17,9% -24,9% -13,8% -11,0% -14,7% -14,8% -14,5%

Carteira Encomendas (FEPICOP/UE)(Jan_00 = 100)(1) % 5,1% -13,7% -21,7% -18,2% -18,5% -31,0% -21,7% -18,2% -21,9% -24,1% -18,3%

Situação Financeira Empresas (FEPICOP/UE)(1) % -6,2% -7,9% 0,4% -1,0% -6,9% -2,1% -4,1% -1,0% -4,0% -3,4% -4,0%

Nº Trabalhadores COP (INE - IE) (2) milhares 555,1 505,6 482,5 447,1

Nº Desempregados da COP (IEFP) milhares 44,1 61,3 70,9 74,1 74,1 74,1 73,9 73,0 72,2

Nº Trabalhadores COP (INE - IE) (2) % -2,8% 8,9% -4,6% -

Nº Desempregados da COP (IEFP) % -0,2% 67,1% 18,6% -2,4% -0,9% -1,5% -2,4% -2,9% -3,1%

Taxa Desemprego na COP (FEPICOP) % 7,0% 12,0% 12,6%

Perspectivas de Emprego (FEPICOP/UE)(1) % -2,2% -3,6% -7,6% -7,6% -16,4% -20,3% -9,7% -7,6% -10,8% -10,2% -12,0%

Índice Produção Obras Eng. Civil (FEPICOP) (3) % 3,9% 17,5% -25,3% -14,0% - -17,9% -16,6% -14,2% -14,0% -13,8% -

Nível Actividade Obras Eng. Civil (FEPICOP/UE)(1) % -3,1% -3,6% -16,5% -6,4% -4,4% -13,4% -11,9% -6,4% -7,8% -5,6% -5,4%

Valor Obras Públicas Promovido (FEPICOP) (3) % 43,9% -29,5% 21,3% -34,1% - -49,5% -29,9% -34,1% -22,0% - -

Índice Prod. Edif. Habitação (FEPICOP) (3) % -9,9% -21,8% -16,5% -14,7% -20,5% -14,9% -14,7% -17,0% -18,6% -

Nível Actividade Edif. Habitação (FEPICOP/UE)(1) % -1,5% -11,8% 4,6% -6,5% -29,9% -23,9% -7,7% -6,5% -14,2% -20,1% -19,2%

Área Licenciada Edif. Habitação (INE-nº) % -25,9% -36,1% -8,6% -20,1% -18,0% -20,4% -20,1% -24,5%

Índice Produção Edif. N/ Residenciais (FEPICOP) (3) % 2,0% 14,5% -14,8% 2,7% - -3,0% 3,3% 2,7% 1,9% 1,8% -

Nível Actividade Edif. N/ Residenciais (FEPICOP/UE) (1) % 2,0% -4,3% -4,9% -16,7% -22,5% -8,4% -10,9% -16,7% -19,6% -22,5% -19,6%

Área Licenciada Edif. N/ Residenciais (INE-nº) % 2,7% -26,8% -14,4% -2,8% 46,9% 25,4% -2,8% -2,9%

Nível Actividade Global (FEPICOP/UE)(1) % -1,1% -7,1% -5,3% -9,8% -19,8% -15,5% -10,1% -9,8% -13,8% -16,2% -15,0%

Consumo de Cimento (Cimpor, Secil, outros) % -6,5% -15,4% -7,0% -6,6% -17,9% -5,3% -4,4% -6,6% -10,2% -11,4% -12,7%

FBCF Total (UE - Zona Euro) v. real (%) -2,2% -16,9% 3,1%

Indicador Confiança Construção (UE - 27 países) % -16,6% -21,8% 6,2% 3,3% 4,5% 5,2% 5,6% 3,3% 2,8% 3,2% 3,9%

Indicador Confiança Construção (UE - Portugal) % -1,2% -10,2% -10,5% -6,2% -20,0% -17,6% -8,3% -6,2% -10,5% -11,1% -13,5%

Carteira de Encomendas COP (UE - 27 países) % -17,4% -28,3% 3,6% 2,9% 13,2% -0,6% 4,2% 2,9% 3,7% 5,9% 8,1%

Carteira de Encomendas COP (UE - Portugal) % 8,6% -17,0% -14,9% 3,5% -16,3% -12,8% 0,8% 3,5% -2,5% -2,5% -7,1%

Perspectivas Emprego COP (UE - 27 países) % -15,9% -16,4% 8,2% 3,6% -1,0% 9,3% 6,6% 3,6% 2,2% 1,5% 1,2%

Perspectivas Emprego COP (UE - Portugal) % -6,0% -6,4% -8,3% -10,5% -21,8% -19,9% -12,6% -10,5% -14,1% -14,8% -16,4%

Nota: Quadro construído com informação disponibilizada até 12 de Julho de 2011

(1) Indicador que resulta das opiniões dos empresários expressas no Inquérito Mensal á Actividade realizado pela FEPICOP / UE

(2) A partir do 1º trimestre de 2008 os resultados do emprego da construção são divulgados segundo a CAE Ver. 3.1. As variações homólogas de 2008

resultam da comparação entre resultados de 2007 (CAE Rev. 2.1) e os de 2008 (CAE Rev. 3.1). Quebra de série no 1º trimestre de 2011 devido a alterações metodológicas.

var. hom. trimestral = [trimestre n / trimestre n-4] var. hom. acumulada = [índice (n) + índice (n+1) + .... + índice (n+12)] / [índice (n-12) + índice (n-11) + ....índice (n-1)]

(3) Os índices de produção da FEPICOP foram suspensos temporariamente, em virtude de se estar a proceder a ajustamentos na metodologia de cálculo dos mesmos.

Indicador2008 Jun.11Fev.11

var. hom. acumulada

Jan.11 Mai.112009 Mar.11 Abr.111.º T/11Unidade

2.º T/11

var. anual

2010

var. hom. Trimestral

Page 40: Concreto 228

40 •

ECONOMIA

No sentido de esclarecer as dú-vidas mais frequentes dos nossos Associados em matéria fiscal, na rubrica “Consultório Fiscal”, procuraremos dar resposta às questões que entendam formular, através do seguinte endereço de correio electrónico: [email protected].

Uma empresa portuguesa de cons-trução vai realizar empreitadas de Construção de Edifícios em Espa-nha nos próximos 6 meses, qual o tratamento em termos de IVA?

De acordo com o disposto na alínea

a) do n.º 7 do artigo 6.º do CIVA, é obrigatória tributação no local onde o imóvel se encontra estabelecido, neste caso, em Espanha.

Assim, deverá registar-se nas finanças em Espanha, facturando a empreitada com IVA espanhol que posteriormen-te será aí declarado e pago. Note-se ainda que, o exercício do direito à dedução do IVA das compras (mate-riais, serviços, etc.) tem que ser feito na declaração periódica do IVA (em Espanha). Se o adquirente não for su-jeito passivo de imposto em Espanha (ex: clientes particulares), a empresa portuguesa de construção terá obri-

gatoriamente de registar-se junto do fisco espanhol, para efeitos de IVA, e proceder à entrega deste imposto naquele país.

No entanto, se o adquirente for um sujeito passivo de IVA em Espanha, e a empresa portuguesa não proceder ao registo junto do fisco espanhol, esta poderá invocar na factura a não sujeição nos termos alínea a) do n.º 7 do artigo 6.º do CIVA, recaindo sobre o adquirente a obrigação de entregar o imposto (pelo método do reverse-charge). Note-se que, neste caso, não poderá deduzir o IVA das aquisições de materiais e serviços associados a

Page 41: Concreto 228

41

ENGENHARIA

Com a publicação, no passado dia 15 de Junho, do Decreto-Lei n.º 69/2011, foram simplificados os Re-gimes de Acesso e Exercício das Ac-tividades de Construção, Mediação e Angariação Imobiliária, promovendo as adaptações exigidas pela Directiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Eu-ropeu e do Conselho, de 12 de De-zembro, no que respeita, designada-mente, a procedimentos mais rápidos e a um acesso mais fácil ao exercício das actividades de serviços na União Europeia.

Este diploma entrou em vigor a 1 de Julho de 2011 e alterou o Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro – Re-gime Jurídico aplicável ao Exercício da Actividade da Construção (Lei dos Alvarás), o Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto – Regime Jurídico aplicável ao Exercício das Activida-des de Mediação Imobiliária e de Angariação Imobiliária e do Decreto-Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril – Orgânica do Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI, I.P.).

Quanto à actividade da construção, foram adoptadas algumas medidas defendidas pela AICCOPN, designa-damente a eliminação do requisito de volume de obras executadas para efeitos de elevação de classe, mui-tas vezes impossível de demonstrar, dada a actual conjuntura de escassez de obras, para além de outras que pretendem tornar menos burocráticos e mais céleres os procedimentos re-lativos à concessão e reclassificação de alvarás e títulos de registo, nome-adamente:

· Simplificação do regime de elevação de classe das habi-litações do alvará, uma vez que deixa de ser exigida a experiência na execução de obras realizadas. No entanto, as empresas devem cumprir os rácios de liquidez geral e autonomia financeira impostos para efeitos de revalidação;

· Eliminação do Regime Pro-batório, regime que consistia

Simplificação do Regime de Acesso e Exercício da Actividade da Construção Alvarás

na concessão provisória de habilitações em classe su-perior à 1. No entanto, fica salvaguardada, na revalidação para 2012 das empresas que se encontrem neste regime, a verificação das condições de permanência definidas pelo regime anterior;

· Revalidação oficiosa do al-vará de construção. Em sede de revalidação, e na falta de comunicação da empresa em sentido contrário, o alvará é oficiosamente revalidado pelo InCI, sempre que se verifiquem as condições mínimas de per-manência;

· Redução dos prazos de apre-ciação dos pedidos, nomea-damente quanto ao prazo de decisão, que passa de 66 para 20 dias úteis. Decorrido este prazo, o pedido considera-se tacitamente deferido;

Page 42: Concreto 228

42 •

ENGENHARIA

· Por fim e reportando-se a uma medida do Programa Simplex, que já se encontra imple-mentado desde Dezembro de 2010, é formalizada a des-materialização do alvará e do título de registo. Deste modo, os títulos habilitantes deixam de ser disponibilizados às em-presas em suporte de papel, encontrando-se disponíveis para consulta na página elec-trónica do InCI, I.P., em www.inci.pt, no menu Construção > Consulta de Empresas.

Face às novas regras estabelecidas para empresas do Espaço Económico Europeu, a AICCOPN considera que, sobretudo no actual contexto, impor-ta garantir que a igualdade de acesso aos mercados na União Europeia seja uma realidade cumprida por todos, assegurando a existência de uma efectiva reciprocidade nas relações intracomunitárias, o que, lamentavel-mente, nem sempre se verifica.

Recorda-se, ainda, que o Protocolo de Cooperação celebrado entre a AICCOPN e o InCI, permitie a esta Associação, em ligação directa com o InCI, dar resposta aos processos para concessão, reclassificação e revalidação de Alvarás e Títulos de Registo de forma mais simples e cé-lere, assegurando-se aos Associados da AICCOPN, de forma gratuita, permanente e descentralizada, um serviço essencial ao desenvolvimen-to das suas actividades, tudo isto se traduzindo numa maior eficácia, economia e rentabilização de recurso disponíveis.

Assim, a AICCOPN, no âmbito des-te Protocolo de Cooperação, fará a organização e a verificação da conformidade dos documentos de cada processo de concessão e re-classificação de alvarás e títulos de registo, bem como a revalidação de processos de títulos de registo, já ao abrigo do disposto na nova “Lei dos Alvarás”, nomeadamente do Decreto-Lei n.º 69/2011, de 15 de Junho, di-rectamente no site do InCI, pelo que todos estes processos serão tratados directamente pela Associação.

Cristina Cardoso

· Redução do quadro mínimo obrigatório de pessoal, ape-nas se exigindo, para o aces-so à actividade, a indicação do técnico responsável pela produção e do técnico da área da segurança, deixan-do, assim, de ser necessária a apresentação de um núme-ro mínimo de encarregados e operários por grupo de re-muneração contratual;

· As pessoas singulares ou colectivas cujo domicílio ou sede se situe em qualquer Estado do Espaço Económi-co Europeu, podem exercer a actividade da construção em Portugal, mediante a entrega de documentos que tenham uma finalidade equivalente ou que provem a verificação dos requisitos exigidos em território nacio-nal. Assim, estes prestadores devem cumprir os requisitos quanto ao número mínimo de técnicos e ao capital pró-prio e apresentar junto do InCI, antes da realização de cada “serviço”: declaração descrevendo o serviço, de acordo com as habilitações existentes; cópia do título de autorização para o exercício da actividade, emitido pela autoridade competente do Estado Membro ou, no caso deste título ser insuficiente ou não existir, de quaisquer outros documentos que comprovem o preenchimen-to dos requisitos;

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ENGENHARIA

Os edifícios representam cerca de 40% do consumo total de energia na União Europeia, valor que tem ten-dência a aumentar. Por conseguinte, a redução do consumo de energia e a utilização de energia proveniente de fontes renováveis no sector dos edifícios constituem medidas impor-tantes e necessárias para reduzir a dependência energética da União e as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

Esta preocupação ficou bem patente no Conselho Europeu, realizado em Março de 2007, onde se sublinhou a necessidade de se aumentar a efi-ciência energética na União a fim de alcançar o objectivo de redução de 20% do consumo de energia até 2020 e se apelou a uma aplicação rápida e completa das prioridades

estabelecidas na Comunicação da Comissão intitulada «Plano de Acção para a Eficiência Energética: Concre-tizar o Potencial». Saliente-se que este Plano de Acção identificou um potencial significativo de poupança de energia, em condições econo-micamente rentáveis, no sector dos edifícios.

Em termos gerais, a União Europeia tem como grande ojectivo melhorar a eficiência energética na União, tendo estabelecido 3 metas até 2020 (conhecidas por “Política dos Três Vintes”):

- redução em 20% do consumo de energia;

- aumento em 20% da eficiência energética;

- aumento em 20% da produção de energia a partir de fontes re-nováveis.

Deste modo, será possível à União Europeia cumprir o Protocolo de Quioto da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáti-cas, e honrar o seu compromisso a longo prazo de manter a subida da temperatura global abaixo dos 2°C, bem como o seu compromisso de reduzir até 2020 as emissões globais de gases com efeito de estufa em pelo menos 20%, em relação aos níveis de 1990, e em 30% no caso de se alcançar um acordo internacional alargado.

A redução do consumo de energia e o aumento da utilização de energia proveniente de fontes renováveis

A Directiva do Desempenho Energético dos Edifícios A Directiva 2010/31/UE

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ENGENHARIA

têm igualmente um importante pa-pel a desempenhar na promoção da segurança do aprovisionamento energético, na promoção dos avan-ços tecnológicos e na criação de oportunidades de emprego e desen-volvimento regional, especialmente nas zonas rurais.

Para se atingirem as metas propos-tas é fundamental instituir acções concretas para realizar o grande potencial não concretizado de poupança de energia nos edifícios e para reduzir as grandes diferenças existentes entre os Estados-Membros no que respeita à eficiência energética do parque edificado.

Foi nesse sentido que foi ela-borada a Directiva do Desem-penho Energético dos Edifícios - Directiva 2010/31/EU.

De acordo com a Directiva 2010/31/EU, as medidas des-tinadas a melhorar o desem-penho energético dos edifícios deverão ter em conta as condi-ções climáticas e locais, bem como o ambiente interior e a rentabi-lidade económica. Essas medidas não deverão afectar outros requisitos rela-tivos aos edifícios, tais como a aces-sibilidade, a segurança e a utilização prevista do edifício. Procura-se assim que estes requisitos sejam estabeleci-dos tendo em vista alcançar um bom equilíbrio em termos de rentabilidade entre os investimentos efectuados e os custos de energia economizados ao longo do ciclo de vida dos edifí-cios.

O desempenho energético dos edi-fícios é calculado com base numa metodologia que pode ser diferen-ciada a nível nacional e regional, o que permite que cada País defina os seus próprios standards. Esta me-todologia engloba, para além das características térmicas, outros facto-res com influência crescente, como as instalações de aquecimento e ar condicionado, a aplicação de energia proveniente de fontes renováveis, os sistemas de aquecimento e arrefeci-mento passivo, os sombreamentos, a qualidade do ar interior, a luz natural

adequada e a concepção dos pró-prios edifícios.

A metodologia para o cálculo do desempenho energético abrange o desempenho energético do edifício ao longo de todo o ano, e não ape-nas durante a estação do ano em que o aquecimento é mais necessário.

Ao estabelecer requisitos de desem-penho energético para os sistemas técnicos dos edifícios, a Directiva aconselha que os Estados-Membros

devam utilizar, sempre que disponí-vel e adequado, instrumentos harmo-nizados, nomeadamente métodos de ensaio e de cálculo e categorias de eficiência energética desenvolvidos ao abrigo de medidas de aplicação da Directiva 2009/125/CE do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009, relativa à criação de um quadro para definir os requisitos de concepção ecológica dos produtos relacionados com o consumo de energia e da Directiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Maio de

2010, relativa à indicação do consumo de energia e de outros recursos por parte dos produtos relacionados com a energia, por meio de rotulagem e outras indi-cações uniformes relativas aos produtos (em reformu-lação), a fim de garantir a coerência com iniciativas conexas e de minimizar, na medida do possível, a eventual fragmentação do mercado.

Os potenciais compradores e inquilinos de um edifício ou de uma fracção autónoma recebem um certificado de desempenho energéti-co com informações correctas sobre o desempenho energético do edifício e com conselhos práticos sobre a forma de o melhorar. Estes certifica-dos contribuem para incentivar os proprietários e inquilinos a melhorar o desempenho energético dos seus edifícios ou fracções. O certificado tem nomeadamente informações sobre o impacto real dos sistemas de aquecimento e arrefecimento nas

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ENGENHARIA

necessidades energéticas do edifício, no seu consumo de energia primária e nas suas emissões de dióxido de carbono.

A divulgação ao público de informa-ções sobre o desempenho energético deverá ser realizada através da afi-xação de forma visível dos certifica-dos de desempenho energético, em especial nos edifícios acima de certa dimensão ocupados por autoridades públicas ou frequentemente visitados pelo público, como lojas e centros comerciais, supermercados, restau-rantes, teatros, bancos e hotéis.

A Directiva realça a importância de ser dada prioridade às estratégias que contribuam para melhorar o desem-penho térmico dos edifícios durante o Verão. Para tal, importa privilegiar medidas que evitem o sobreaqueci-mento, tais como a protecção solar e uma inércia térmica suficiente na construção do edifício, e o desen-volvimento e aplicação de técnicas de arrefecimento passivo, principal-mente as que melhoram a qualidade do clima interior e o microclima em torno dos edifícios.

No que respeita aos sistemas de aquecimento e de ar condicionado a manutenção e a inspecção regular devem ser feitas por pessoal qualifi-cado de modo a manter estes dispo-sitivos correctamente regulados de acordo com as suas especificações e a garantir o seu funcionamento optimizado do ponto de vista do ambiente, da segurança e da energia. Deverá proceder-se a uma avaliação independente de todo o sistema de aquecimento e de ar condicionado

em intervalos regulares durante o seu ciclo de vida, e em especial antes da sua substituição ou modernização.

A forma como são concebidos os edifícios tem um grande impacto no consumo de energia a longo prazo. Assim, dado o demorado ciclo de renovação para os edifícios existen-tes, os edifícios novos e os edifícios existentes sujeitos a “grandes obras” de renovação deverão cumprir re-quisitos mínimos de desempenho energético adaptados ao clima local. Uma vez que a aplicação de siste-mas alternativos de fornecimento de energia não é em geral aproveitada em todo o seu potencial, deverão ser tidos em conta sistemas alternativos de fornecimento de energia para os

novos edifícios, independentemente da sua dimensão, em conformidade com o princípio de garantir antes de mais que as necessidades energéticas para aquecimento e arrefecimento sejam reduzidas aos níveis óptimos de rentabilidade.

As “grandes renovações” de edifí-cios existentes, independentemente da sua dimensão, constituem uma excelente oportunidade para tomar medidas rentáveis para melhorar o desempenho energético. Por razões de rentabilidade, deverá ser possí-vel limitar os requisitos mínimos de desempenho energético às partes renovadas mais relevantes para o de-sempenho energético do edifício. De acordo com a Directiva, são conside-

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ENGENHARIA

radas “grandes renovações”, as obras de renovação de um edifício em que o custo total da renovação relaciona-da com a envolvente do edifício ou com os sistemas técnicos do edifício é superior a 25% do valor do edifí-cio, excluindo o valor do terreno em que este está situado, ou quando é renovada mais de 25% da superfície da envolvente do edifício.

A Directiva defende claramente a necessidade de se tomarem medidas para aumentar o número de edifí-cios que não se limitem a cumprir os actuais requisitos mínimos de desempenho energético, mas que os ultrapassem, reduzindo assim tanto o consumo de energia como as emis-sões de dióxido de carbono. Para tal,

os Estados-Membros deverão elabo-rar planos nacionais para aumentar o número de edifícios com necessida-des quase nulas de energia.

Assim, a Directiva refere que os Es-tados Membros devem assegurar o mais tardar até 31 de Dezembro de 2020, que todos os edifícios novos sejam edifícios com necessidades quase nulas de energia, também de-signados Edifícios Balanço Zero, ou seja, edifícios que produzem tanta energia como a que consomem. No caso dos edifícios novos ocupados e detidos por autoridades públicas, essa data acontece dois anos antes, ou seja a 31 de Dezembro de 2018.

A Directiva destaca que a importân-

cia do sector público dos Estados-Membros dar o exemplo no domínio do desempenho energético dos edifícios e, consequentemente, os planos nacionais deverão estabelecer objectivos mais ambiciosos para os edifícios ocupados por autoridades públicas.

Até 31 de Dezembro de 2012, e em seguida de três em três anos, a Comissão vai publicar um relatório sobre os progressos alcançados pelos Estados-Membros para aumentar o número de edifícios com necessi-dades quase nulas de energia. Com base nesse relatório, a Comissão vai elaborar um plano de acção e, se necessário, proporá medidas para aumentar o número desses edifícios e para incentivar melhores práticas no que respeita à transformação rentável de edifícios existentes em edifícios com necessidades quase nulas de energia.

A Directiva prevê adaptar os instru-mentos financeiros da União e outras medidas com o objectivo de estimu-lar a adopção de medidas de efici-ência energética. Esses instrumentos financeiros a nível da União incluem, nomeadamente, o Regulamento (CE) nº 1080/2006 do Parlamento Euro-peu e do Conselho, de 5 de Julho de 2006, relativo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, alterado para permitir maiores investimentos em eficiência energética na habita-ção; a parceria público-privada rela-tiva a uma iniciativa intitulada «Edi-fícios europeus eficientes em termos energéticos», destinada a promover as tecnologias verdes e o desen-volvimento de sistemas e materiais

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ENGENHARIA

eficientes em termos energéticos em edifícios novos e renovados; a ini-ciativa do Banco Europeu de Investi-mento (BEI) intitulada «Iniciativa de financiamento da energia sustentável da UE», destinada a permitir nomea-damente investimentos na eficiência energética, e o Fundo «Marguerite», liderado pelo BEI: Fundo Europeu 2020 para a Energia, as Alterações Climáticas e as Infra-estruturas; a Directiva 2009/47/CE do Conselho, de 5 de Maio de 2009, que altera a Directiva 2006/112/CE relativa às taxas reduzidas de Imposto sobre o Valor Acrescentado; o instrumento dos fundos estrutu-rais e de coesão Jeremie (Recur-sos Europeus Comuns para as Micro e as Médias Empresas); o Mecanismo de Financiamento em matéria de Eficiência Ener-gética; o Programa-Quadro para a Competitividade e a Inovação, que inclui o Programa «Energia Inteligente-Europa II», centrado especificamente na eliminação de entraves ao mercado relativos à eficiência energética e à ener-gia proveniente de fontes reno-váveis através, por exemplo, do mecanismo de assistência técni-ca ELENA (Assistência Europeia à Energia Local); o Pacto de Au-tarcas; o Programa Empreendedoris-mo e Inovação; o Programa de Apoio à Política das TIC – 2010, e o Sétimo Programa-Quadro de Investigação. Refira-se, também, o apoio financeiro do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento às medidas relacio-nadas com a promoção da eficiência energética.

Impõe-se que os instrumentos finan-

ceiros da União sejam utilizados para conferir um efeito prático aos objecti-vos da Directiva, em estreita articula-ção com as medidas nacionais. De-verão ser utilizados nomeadamente para proporcionar meios adequados e inovadores de financiamento para catalisar o investimento em medidas de eficiência energética. Poderão desempenhar um papel importante no desenvolvimento de fundos, ins-trumentos ou mecanismos de eficiên-cia energética nacionais, regionais e

locais, que ofereçam essas possibili-dades de financiamento aos proprie-tários privados, às pequenas e médias empresas e às empresas de serviços energéticos.

As autoridades locais e regionais são essenciais para uma correcta aplicação da Directiva, pelo que de-vem participar sempre que possível e nos termos da legislação nacional

aplicável nas questões de plane-amento, no desenvolvimento dos programas destinados a providenciar informação e formação e a aumen-tar a sensibilização do público, e na aplicação da directiva a nível nacional e regional. Além disso, os Estados-Membros deverão habilitar e incentivar os arquitectos e respon-sáveis pelo planeamento a ponderar a combinação óptima das melhorias em matéria de eficiência energética, o recurso a energia proveniente de fontes renováveis e às redes urbanas de aquecimento e arrefecimento no planeamento, concepção, construção e renovação de zonas industriais ou residenciais.

Os instaladores e os construtores são essenciais para a correcta aplicação da Directiva. Nessa medida, um nú-mero adequado de instaladores e de construtores deverá possuir, através de formação e de outras medidas, as qualificações adequadas para a instalação e integração das tecnolo-gias necessárias eficientes em termos energéticos e que utilizem energias renováveis. Neste sentido, a Comis-são Europeia deverá prosseguir as suas actividades ao abrigo do Progra-ma Energia Inteligente-Europa sobre as orientações e recomendações relativas às normas para a formação desses peritos profissionais.

Em suma, a Directiva 2010/31/UE procura responder à grande preocu-pação que existe actualmente com desempenho energético dos edifícios. No entanto, se relativamente aos edifícios novos a obtenção de bons resultados surge como relativamente simples, já no que concerne com os

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ENGENHARIA

edifícios existentes a melhoria do seu desempenho energético afigura-se muito mais difícil e cara.

E como, em Portugal, os edifícios no-vos representam uma parcela muito pequena do total do parque edifica-do, cerca de 1%, as dificuldades para melhorar o desempenho energético do parque edificado atingem pro-porções muito significativas. Ora, no que respeita aos edifícios existentes, o melhor momento para introduzir medidas que favorecem o seu desem-penho energético é, claramente, a fase em que os mesmos são sujeitos a obras de reabilitação, pelo que esta é mais uma razão para que o Estado assuma, de uma vez por todas, a rea-bilitação urbana como uma priorida-de nacional.

Branco Teixeira

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ENGENHARIA

As regras relativas à Marcação CE dos Produtos da Construção foram recentemente alteradas, com a pu-blicação do Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 de Março (também denominado Regulamento dos Pro-dutos da Construção - RCP), o qual fixa as condições harmonizadas para a comercialização dos produtos da construção, estabelecendo, para isso, as regras sobre a forma de expressar o desempenho dos produtos da cons-trução e as condições da utilização da marcação CE nesses produtos. O novo Regulamento, que foi pu-blicado no Jornal Oficial da União Europeia de 4 de Abril de 2011, vem revogar a Directiva 89/106/CEE, mais conhecida como a Directiva dos Pro-dutos da Construção (DPC), transpos-ta para o direito nacional pelo Decre-to-Lei n.º 4/2007, de 8 de Janeiro, o qual altera e republica o Decreto-Lei n.º 113/93, de 10 de Abril. Apesar da sua entrada em vigor ser no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação, ou seja a 24 de Abril de

2011, alguns dos principais artigos só terão aplicação legal a partir de 1 de Julho de 2013, nomeadamente os artigos relacionados com as disposições operacionais. Assim, a revogação da DPC obedece às seguintes disposições transitórias:

Os produtos de construção colocados no mercado nos termos da DPC antes de 1 de Julho de 2013 estão conformes ao actual regulamento;

Os fabricantes podem fazer a declaração de desempenho com base num certificado ou numa declaração de conformidade emitidos antes de 1 de Julho de 2013, nos termos da DPC;

As directrizes para a aprovação técnica europeia publicadas antes de 1 de Julho de 2013, nos termos da DPC, podem ser utilizadas como Documentos de Avaliação Europeus;

Os fabricantes e os importadores podem utilizar como Avaliações Técnicas Europeias as aprovações técnicas europeias emitidas, nos termos da DPC, antes de 1 de Julho de 2013, durante o período de validade dessas aprovações.

À semelhança com o que já vinha definido na DPC, este Regulamento abrange todos os produtos de construção, ou seja a obrigação da aposição da marcação CE aplica-se aos produtos ou kits fabricados e colocados no merca-do para incorporação permanente em obras de construção, ou parte delas, e cujo desempenho influência o desempenho das obras de construção no que se refere aos seus requisitos básicos (ver Quadro I).

Novo Regulamento para os Produtos da Construção (RPC)

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ENGENHARIA

Quadro I - Anexo I do RPCRequisitos básicos das obras de construção

1. Resistência Mecânica e Estabilidade Não causem:

a) Desabamento total ou parcial da Obra

b) Deformações importantes que atinjam um grau inadmissível

c) Danos em outras partes de obra de construção ou das instalações ou do equipamento instalado como resultado

de deformações importantes das estruturas de suporte de carga;

d) Danos desproporcionados relativamente ao facto que lhes deu origem

2. Segurança contra incêncios a) A capacidade das estruturas de suporte de carga possa ser garantida durante um período determinado;

b) A deflagração e a propagação do fogo e do fumo dentro da obra de construção sejam limitadas;

c) A propagação do fogo às construções adjacentes seja limitada;

d) Os ocupantes possam abandonar a obra de construção ou ser salvos por outros meios;

e) A segurança das equipas de socorro seja contemplada.

3. Higiene, Saúde e Ambiente a) Libertação de gases tóxicos;

b) A emissão de substâncias perigosas, de compostos orgânicos volateis (COV), de gases com efeito de estufa ou

de partículas perigosas para o ar interior ou exterior;

c) Emissão de radiações paerigisas;

d) Libertação de substâncias perigosas em águas subterrâneas, em águas marinhas, em águas superficiais ou solo;

e) Libertação de substãncias perigosas na água potável ou de substâncias que tenham qualquer outro efeito

negativo na água potável;

f) Descarga deficiente de águas residuais, emissão efluentes gasosos ou eliminação deficiente de resíduos sólidos

ou líquidos;

g) Humidade em partes ou em superfícies da obra de construção.

4. Segurança e acessibilidade na utilização

5. Protecção contra o ruído

6. Economia de energia e isolamento térmico

7. Utilização sustentável dos recursos naturais a) A reutilização ou a reciclabilidade das obras de construção, dos seus materiais e das suas partes após a

demolição;

b) A durabilidade das obras de construção;

c) A utilização nas obras de construção, de matérias primas e materiais secundários compatíveis com o ambiente

Com os objectivos de simplificar proce-dimentos e de clarificar alguns concei-tos básicos relacionados com a marca-ção CE, a revisão à DPC visa, também, aumentar a credibilidade de todo o pro-cesso, na medida em que melhora a co-ordenação dos mecanismos de controlo de mercado e reforça a harmonização de critérios e procedimentos para a de-signação dos organismos notificados. A revisão tem, assim, muita importância para todas as empresas do sector da construção. Das alterações agora intro-duzidas destacam-se as seguintes:

- Relativamente às exigências das obras, é alterada a designação de “exigências essenciais” para “requi-sitos básicos”;

- Enquanto a DPC definia seis exi-gências essenciais das obras, o RPC acrescenta um 7º requisito básico, relacionado com o uso sustentável de recursos naturais (ver Quadro I), reforçando-se, assim, as preocu-pações ambientais. O regulamento procede, ainda, ao alargamento do âmbito das exigências essenciais n.º

3 “Higiene, saúde e ambiente” e n.º 4 “Segurança na utilização”;

- Incentivo à utilização, nas nor-mas harmonizadas, de classes de desempenho para as caracte-rísticas essenciais dos produtos de construção, a fim de se ter em conta os diferentes níveis de requisitos básicos para determi-nadas obras de construção e as diferentes condições climáticas, geológicas, geográficas, etc., dos Estados Membros (EM);

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ENGENHARIA

- Os fabricantes dos produtos da construção abrangidos por uma norma harmonizada, ou que es-teja em conformidade com uma Avaliação Técnica Europeia, no acto da comercialização do seu produto, passam a elaborar uma declaração de desempenho, em substituição à declaração de con-formidade prevista na DPC. A conformidade do produto é atri-buída, assim, com base no desem-penho declarado em vez de ser de acordo com as especificações técnicas europeias;

- Apenas será possível a aposição da Marcação CE para os produtos que detenham uma declaração de desempenho;

- Os procedimentos de avaliação do desempenho dos produtos da construção, incluindo os sistemas de avaliação da conformidade, são simplificados de modo a reduzirem-se os custos com a sua colocação no mercado, sem dimi-nuir o seu nível de segurança. As-sim, passam a existir 5 sistemas de avaliação (1+, 1, 2+, 3 e 4), em vez dos 6 sistemas que vinham definidos na DPC (é eliminado o sistema 2);

- São fixados requisitos aplicáveis a todos os organismos que preten-dam ser notificados, assegurando uma uniformização, em toda a União Europeia, do seu desempe-nho na avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos da construção;

- São criados os Organismos de Avaliação Técnica (OAT), desig-

nados pelos Estados-Membros, para procederem às avaliações e à emissão de Avaliações Técnicas Europeias (ATE) para as gamas de produtos para as quais foram designados. A gama de produtos e os requisitos aplicáveis aos OAT, vêm discriminados no Anexo IV do RPC;

- Os Estados-Membros vão de-signar Pontos de Contacto (PCP) para produtos da construção, nos termos do Regulamento (CE) n.º 764/2008, que prestem informa-ções claras e compreensíveis so-bre a utilização prevista de cada produto da construção, tendo em conta o cumprimento dos requisi-tos básicos das obras.

Importa salientar que, pelo facto da revisão da DPC, se traduzir num Regulamento Comunitário, nos ter-mos do Tratado da União Europeia, este tipo de diploma tem aplicação directa em todos os EM, ou seja, não necessita de transposição para Di-

reito Interno de cada EM, entrando imediatamente em vigor.

No entanto, as disposições do RPC, que atribuem obrigações aos EM, carecem de regulamentação nacional para definição dos órgãos, das suas funções, responsabilidades e compe-tências.

Nesta perspectiva a Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), enquanto organismo responsável, está a preparar o projecto de imple-mentação do RPC em Portugal.

Aguarda-se com expectativa e a maior atenção a forma como o RPC vai ser aplicado, uma vez que, apesar dos benefícios que pode trazer para o mercado dos produtos de construção, deverão ser acauteladas as reper-cussões práticas que o mesmo possa provocar no sector da construção, prevenindo-se novas dificuldades.

Renata Rodrigues

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ENGENHARIA

O Alvará de Construção é válido pelo período máximo de 12 meses, caducando no dia 31 de Janeiro caso não seja revalidado. A revalidação dos alvarás para o ano de 2012, está dependente da recolha, por via electrónica, por parte do InCI, do balanço e da demonstração de resul-tados referentes ao exercício fiscal de 2010, nomeadamente através da Informação Empresarial Simplificada. Assim, à semelhança dos anos ante-riores, e face ao protocolo que o InCI assinou com a Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) e com a Direcção-Geral de Informática Tributária e Apoio aos Serviços Tributários e Adu-aneiros (DGITA), reforça-se a infor-mação de que não é necessário que as empresas apresentem junto do InCI a documentação financeira relativa ao ano de 2010, bastando que a mesma seja entregue atempa-damente pelas empresas, junto da Administração Fiscal e seja por esta devidamente validada.Importa, ain-da, referir que a análise desta docu-mentação permite ao InCI verificar se as empresas de construção satisfazem as condições mínimas de perma-nência (ver quadros anexos) para a revalidação dos respectivos Alvarás

para o ano de 2012, definidas no art.º 18.º, do Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, na sua redacção actual, isto é, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 69/2011, de 15 de Junho. Pelo que, as habilitações para as quais se verifique que a empresa não reúne as condições mínimas exigi-das para a classificação detida, são automaticamente reclassificadas ou canceladas, em conformidade com a situação demonstrada.

CONDIÇÕES MÍNIMAS DE PERMANÊNCIAQuadro I - Quadro Mínimo Técnicos da Área da Produção

Classes Engenheiros Engenheiros Técnicos

1 - 1 a) b) c) d)

2 - 1 b) c) d)

3 - 1 b) d)

4 - 1 d)

5 - 1

6 1 e) 1

7 2 2

8 4 4

9 6 6

a) Em subcategorias de classe 1, o Eng.º Técnico pode ser substituído por um profissional com conhecimentos na área dos trabalhos em causa, comprovado por Certificado de Aptidão Profissional (CAP) de nível 2 ou superior e com o mínimo de 18 anos de idade;

b) Nas subcategorias das áreas de electricidade, gás ou comunicações, o Eng.º Técnico pode ser substituído, respectivamente, por um técnico responsável por instalações eléctricas, um técnico de gás ou um técnico ITED instalador, desde que estejam inscritos na DGEG ou ANACOM, conforme o caso;

c) Para empresas classificadas em classes 1 e 2, pode o Eng.º Técnico ser substituído por CAP 3 ou superior;

d) Para empresas classificadas em classes inferiores à 5, pode o Eng.º Técnico ser substituído por CAP 4 ou Agente Técnico de Arquitectura e Engenharia;

e) Para empresas classificadas em classe 6, pode o Engenheiro ser substituído por Eng.º Téc-nico, com pelo menos 5 anos de experiência na empresa

Revalidação dos Alvarás de Construção para 2012

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ENGENHARIA

Quadro II - Quadro Mínimo de Técnicos da Área da Segurança e Higiene do Trabalho

Classes TSSHT TSHS (CAP Nível 3)

6 1 -

7 1 1

8 1 2

9 2 2

T.S.S.H.T – Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho.

T.S.H.T – Técnico de Segurança e Higiene do Trabalho.

Quadro III – Condições Mínimas de Permanência (*)

Classes Valores Capital Próprio(10% > classe detida)

Vol. Negócios - Obra(50% cl. ant. > detida)

Custos c. Pessoal(7% > cl. ant. >

detida)

Líquidez Geral(% )

Autonomia Financeira

(% )1 166.000 > 0 > 16.600 > 0 Não aplicável Não aplicável

2 332.000 33.200 83.000 11.620

100 5

3 664.000 66.400 166.000 23.240

4 1.328.000 132.800 332.000 46.480

5 2.656.000 265.600 664.000 92.960

6 5.312.000 531.200 1.328.000 185.920

7 10.624.000 1.062.400 2.656.000 371.840

8 16.600.000 1.660.000 5.312.000 743.680

9 > 16.600.000 3.320.000 8.300.000 1.162.000

(*) – Caso as empresas não cumpram qualquer destes valores mínimos, é igualmente aceite a verificação do seu cumprimento por via da média encontrada nos três últimos exercícios.

Quadro IV – Casos Particulares – Condições Mínimas de Permanência

Empresas que vão revalidar o Alvará pela 1ª vez (obtiveram o Alvará pela 1ª vez em 2011)

É verificado somente o requisito à capacidade técnica (quadro técnico - ver Quadros I e II)

Empresas que vão revalidar o Alvará pela 2ª vez (obtiveram o Alvará pela 1ª vez em 2010)

São verificados os requisitos relativos à capacidade técnica (quadro técnico - ver Quadros I e II), custos com pessoal (deve apre-sentar valor não nulo) e capital próprio (deve ser positivo)

Empresas que se encontram no Regime Probatório(empresas que se encontram ao abrigo do previsto no art.º 13º, do D.L.12/2004)

São verificados os requisitos relativos à capacidade técnica (quadro técnico - ver Quadros I e II), custos com pessoal (deve apre-sentar valor não nulo) e capital próprio (deve ser positivo).

Page 56: Concreto 228

56 •

ENGENHARIA

Recorda-se que a AICCOPN estabeleceu um protocolo com o InCI, tratando directamente de pedidos de Titulo de re-gisto e Alvarás, pelo que está disponível para qualquer esclarecimento complementar.

Cristina Cardoso

Empresas que se encontram no Final do Regime Probatório(empresas que se encontram ao abrigo do previsto no art.º 13, do D.L. 12/2004 e na 4ª revalidação)

São verificados os requisitos relativos à capacidade técnica (quadro técnico - ver Quadros I e II), e as condições mínimas de per-manência para a maior classe detida (ver Quadro III)

Empresas que em 2011 lhes foram cencedidas Habilitações em Classe Mais Elevada à anteriormente detida

São verificados os requisitos relativos à capacidade técnica (quadro técnico - ver Quadros I e II),para a maior classe detida.São verificados os rácios de liquidez geral e autonomia financeira, valores a fixar oportunamente por portaria regulamentar.É verificado o requisito do capital próprio para a maior classe detida anteriormente à elevação de classe (ver Quadro III).

São verificados os custos com pessoal e o volume de negócios em obra para a classe máxima detida anteriormente à elevação de classe (ver Quadro III).

Page 57: Concreto 228

57

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 1/6

O empilhador é uma máquina usada principalmente para carregar e descarregar mercadorias em

paletes.

Existem diversos tipos e modelos, tais como: eléctricos, manuais, combustão e portuários,

Possuem uma capacidade de carga que vai de 1.000 kg a 16.000 kg e de 2 metros até mais de 14

metros.

TIPOS

Eléctricos: São equipamentos versáteis em função do seu desenho e das suas características

operacionais, são próprios para serem operados em lugares fechados, são geralmente

compactos, para que possam realizar tarefas em corredores estreitos, normalmente possuem

uma torre de elevação com grande altura aumentando consideravelmente a capacidade de

armazenagem em prateleiras.

São movidos a electricidade, sendo sua principal fonte de energia as baterias. Operam

silenciosamente, factor de grande importância em qualquer ambiente produtivo, diminuindo

consideravelmente ruídos operacionais. Possuem alto grau de giro possibilitando manobras em

torno do seu próprio eixo.

Manuais: Existe uma grande e diversos tipos de empilhadores manuais por forma a atender a

diferentes necessidades. A principal diferença entre o empilhador manual e os restantes tipos é

que o operador pode operá-lo em pé sobre o equipamento ou caminhando segurando o porta-

paletes.

Combustão: Os empilhadores a combustão podem funcionar a GPL ou a Diesel e são utilizados

mais usualmente em pátios, docas, portos, etc. São robustos e possuem capacidades que podem

chegar até 70 toneladas e a altura de elevação até 6,5 metros. Além destas características, são

disponibilizados também vários acessórios que podem aumentar a capacidade, autonomia e

adequação a trabalhos específicos.

Portuários: São equipamentos de grande porte, próprios para a movimentação de contentores,

no carregamento e descarregamento de navios. São usados principalmente em portos.

Page 58: Concreto 228

58 •

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 2/6

Antes de começar o Trabalho

Medidas Preventivas:

- Informar-se diariamente dos trabalhos realizados que possam representar um risco (valas,

buracos, etc.), da realização simultânea de outros trabalhos e do estado do ambiente de trabalho

(pendentes, gelo, etc.).

- Verificar se o empilhador não possui danos estruturais, nem apresenta fugas de líquidos.

- Seguir as normas de circulação estabelecidas no recinto da obra.

- Verificar que as aberturas de ventilação do motor permanecem limpas e que o filtro de ar não

está obstruído.

- Somente será possível trabalhar com a máquina em locais fechados (interior de túneis, naves,

etc.) quando se poder assegurar que existe uma boa ventilação antes do arranque do motor.

- Nunca se deve arrancar o empilhador em atmosferas potencialmente explosivas (perto de

armazenamentos de materiais inflamáveis como combustíveis, tintas, etc.).

- Quando a visibilidade for escassa o trabalho deverá ser suspenso até que melhorem as

condições atmosféricas.

- Quando a iluminação natural for insuficiente, o trabalho deverá ser suspenso se o empilhador

não dispuser de um sistema de iluminação próprio ou se não existir uma iluminação artificial que

garanta uma adequada visibilidade no local de trabalho.

- Deverá acender o pirilampo sempre que circular na via pública.

- Quando a visibilidade for escassa deverão ser activadas as luzes de circulação.

-Manter o posto de condução livre de objectos ou ferramentas que possam deslocar-se livremente

impedindo a realização de determinada manobra.

- Comprovar que todos os dispositivos de segurança estão em bom estado.

- Comprovar o bom estado do sistema de elevação e a existência dos dispositivos para fixar os

garfos da forquilha.

- Verificar se os níveis de combustível, óleo hidráulico, óleo do motor e líquido refrigerante são os

adequados.

- Quando existir excesso de poeira no local de trabalho, como consequência da circulação de

outros veículos ou do próprio trabalho, recomenda-se regar a zona convenientemente, de

maneira a que se evite a poeira, mas sem chegar a produzir lama.

Page 59: Concreto 228

59

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 3/6

Ao Circular

Medidas preventivas

- Não utilizar o empilhador para elevar pessoas, com o objectivo de realizar trabalhos em altura,

quer seja sobre a forquilha directamente ou sobre paletes ou plataformas de trabalho acopladas à

máquina. Não transportar pessoas sobre os estribos do manipulador.

- Comprovar o bom funcionamento dos travões.

- Manter sempre uma distância de segurança ao circular perto de outras máquinas.

- Adequar a velocidade às condições de trabalho e ao estado de terreno, respeitando sempre a

velocidade máxima estabelecida na obra.

- Circular a uma velocidade moderada. Evitar a realização de manobras bruscas como travagens

e acelerações.

- Tomar especial atenção nos cruzamentos com pouca visibilidade.

- Antes de inverter o sentido de marcha, comprovar que se dispõe de espaço e que não existam

valas, buracos, etc.

- Não circular perto das proximidades das escavações, valas, taludes, desníveis, etc.

- Não circular com a carga elevada, nem com a forquilha elevada sem carga.

- Circular sempre em caminhos secos e com aderência.

- Ao subir pendentes com o empilhador carregado deve fazê-lo devagar, com a carga de frente

para a pendente, o mastro inclinado para trás e sem efectuar travagens bruscas.

-Nunca operar em pendentes superiores às assinaladas pelo fabricante. A pendente

recomendada não significa que se possa circular com total segurança em qualquer condição de

carga, terreno ou manobra.

- Nunca circular em direcção transversal à da pendente.

- Nunca utilize o empilhador para rebocar outros veículos.

Page 60: Concreto 228

60 •

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 4/6

Movimentação da Carga

Medidas preventivas

- Não permitir que ninguém passe ou permaneça debaixo da forquilha.

- As alavancas para mover o mastro só podem ser movimentadas desde o assento. As alavancas

devem ser accionadas de maneira lenta e consecutiva, não simultaneamente.

- Não accionar a alavanca de movimento do garfo quando se circular com o empilhador.

- Ter sempre em conta o diagrama de cargas colocado no posto do operador, onde se determina

a carga máxima admissível em função da posição do centro de gravidade da carga e da altura de

elevação do mastro.

- Nunca aumentar a capacidade nominal da máquina com base ao lastre ou contrapeso do

empilhador ou sentar pessoas na parte traseira.

- Nunca exceder a relação, dada pelo fabricante do empilhador, entre a carga admissível e a

extensão e altura á qual se deverá carregar e descarregar.

- Se forem utilizados implementos para aumentar o comprimento dos garfos da forquilha, deverá

ser tido em conta que a carga máxima admissível para a combinação máquina e acessório será

menor do que a a capacidade de carga nominal da máquina.

- Antes de proceder à elevação da carga, comprovar que a palete ou plataforma sobre a qual se

encontra o material a transportar está em perfeito estado e que as suas dimensões são

adequadas para o comprimento que a forquilha do empilhador tem.

- Comprovar que a carga está uniformemente distribuída sobre a palete, de forma a que o seu

centro de gravidade se encontre situado o mais perto possível do ponto médio.

- Acondicionar a carga de modo que esta não possa ser movimentada e/ou provocar

desequilíbrios na estabilidade do empilhador durante a movimentação.

- Além do peso da carga também há que ter em conta as suas dimensões, de forma a não

deslocar cargas cujo centro de gravidade se mova para além do previsto.

- Não transportar cargas muito altas ou que sobressaiam das dimensões da palete.

Page 61: Concreto 228

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SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 5/6

Movimentação da Carga – Continuação

- Quando se efectuar manobras de elevação ou descida de carga procurar que o empilhador

esteja em terreno estável e o mais horizontal possível.

- O manuseamento da carga deverá ser efectuado do seguinte modo:

• Aproximar-se ao ponto de carga deixando espaço suficiente para a manobra do garfo.

• Introduzir os garfos na forquilha em posição horizontal sem tocar na palete;

• Elevar a carga aproximadamente 20 cm do chão e inclinar a forquilha para trás;

• Circular levando a forquilha inclinada para trás até chegar ao ponto de descarga;

• Colocar a máquina frente ao local previsto e em posição precisa para depositar a carga;

• Estender os estabilizadores hidráulicos e travar a carregadora;

• Estender o garfo até situar a carga aproximadamente 10 cm acima do ponto de descarga,

mantendo o empilhador travado;

• Avançar lentamente até que a carga se encontre sobre o local de descarga;

• Situar o mastro em posição vertical, depositar a carga e separar-se lentamente. Estas

operações devem ser realizadas de modo inverso no caso de desempilhamento.

- A carga deve colocar-se o mais perto possível do mastro. Evitar a sobrecarga devido a uma

excessiva distância entre o centro de gravidade e o mastro.

- Após o carregamento da máquina e antes de iniciar o arranque, verificar se carga está disposta

correctamente, de forma a não provocar desequilíbrios na sua estabilidade.

- Verificar se o material carregado não impede manter uma perfeita visibilidade frontal.

- Por norma geral, não descarregar a 2 m das proximidades das escavações, valas, etc. Não

descarregar o empilhador em pendentes superiores a 10%.

Page 62: Concreto 228

62 •

SEGURANÇA

FICHA DE EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS

N.º: 10

SECTOR: CONSTRUÇÃO CIVIL AICCOPN

Empilhador Pág.: 6/6

NO FIM DE OPERAR COM O EMPILHADOR

- Estacione o empilhador sobre uma superfície firme e nivelada. - Não abandone o empilhador enquanto o motor permanecer em funcionamento.

- Ponha os comandos na posição neutra. - Retire a chave da ignição para que ninguém possa utilizar a máquina inadvertidamente.

- Verifique os instrumentos e luzes de aviso para ver se há alguma indicação de avaria. Desligue

todas as luzes e outras funções eléctricas.

- Armazene se possível a máquina em espaço interior e, de preferência, num local com

temperatura constante.

MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO

- Mantenha o empilhador limpo. Remova imediatamente a sujidade e as gorduras da plataforma

do operador e mantenha todos os autocolantes e letreiros limpos e perfeitamente legíveis.

- Quando proceder a qualquer reparação ou serviço de manutenção, pare o motor e retire a chave

do interruptor de arranque.

- Não fume durante as operações de troca de GPL.

- Antes de encher ou reutilizar um recipiente de gás, verifique se as válvulas, os indicadores e

outras instalações não se encontram danificadas.

- Verifique os níveis de óleo e o liquido de arrefecimento.

- Drene os óleos enquanto eles estiverem bastante quentes.

- Quando retirar o tampão do depósito do sistema hidráulico, faça-o lentamente.

- Deixe o motor arrefecer antes de iniciar qualquer trabalho de manutenção/reparação.

- Atestar a bateria com o liquido indicado, nunca com água.

- Não usar óleos recomendados para o Inverno durante o Verão, e vice-versa.

- Quando trabalhar no sistema eléctrico, assegure-se que as ligações da bateria foram desligadas.

- As medidas de manutenção periódicas devem ser efectuadas de acordo com o número de horas

que a máquina laborou, ou pelo período indicado, isto é, diariamente semanalmente, etc.,

atendendo sempre às especificações dispostas no manual da máquina.

- Não realize nenhuma manutenção além do serviço especificado.

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65

NOVOS ASSOCIADOS

Impactchoice Serviços, Redes de Telecomunicações, Lda. - Agueda

Raul Conde Gaspar, Unipessoal, Lda. - Caminha

Corres Irrestíveis, Revestimentos Unipessoal, Lda. - Porto

Empreigalde, Engenharia Construções, lda. - Viseu

Chilao Costa, Instalações Eléctricas, Unipessoal, Lda - Vila Real

J. M. L. Reis, Construções Civis, Unipessoal, Lda. - Cabeceiras de Basto

Truquinteligente, Canalizações Unipessoal, Lda. - Vila Nova de Gaia

Procedimentus, Investimentos Imobiliários, S.A. - Vila Nova de Gaia

Pedro Miguel Sousa Costa, Unipessoal, Lda. - Santa Maria da Feira

Xblock, Empreiteiros, Lda. - Vila Nova de Famalicão

Vigasimples, Unipessoal, Lda. - Póvoa do Varzim

Benjamim, Coelho & Silva, Infraestrturas, lda. - Barcelos

Correntvip Serralharia Artística, Unipessoal, Lda. - Vila do Conde

Irmãos Vieira Azevedo, Lda. - Vila Nova de Gaia

Valdemar Barreira Pinto Sousa - Santa Marta de Penaguião

João & Augusto, Lda. - Guimarães

Ruben & Roberto, Lda. - Santa Maria da Feira

Nacionalpinta, Construção Civil, Lda. - Braga

Base Restauro, Lda. - Gondomar

Agua & Vida, Captações Lda. - Paredes

Construções Gaspar Henriques, Lda. - Vale de Cambra

Harsco Metals CPTS Pest. Serralharia Tec. Al. Eq. L. - Mais

Metalmonteiro Serralharia Civil, lda. - Batalha

Controlo Vital, Lda. - Braga

Meridialtitude. Construtora, Lda. - Braga

Espontâneo & Criativo, Construções, Unipessoal, Lda. - Braga

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67

FORMAÇÃO AICCOPN

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70 •

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74 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOSRegalias

AICCOPN

F o r m a ç ã o \ E n s i n oCICCOPN - Centro de Formação Profissional da Industria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte EGP-UPBS - University of Oporto Business School - Desconto de 12% a 15% em Pós Graduações Universidade Fernando Pesssoa - Descontos de 10% a 30%

S a ú d e \ C l í n i c a sHPP - SAUDE

Desconto de 10% em consulta externaDesconto de 15% em cirurgia\internamento

HOSPITAL DA TRINDADEDesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DA TRINDADEDesconto de 10% sobre a tabela geral

CLIPÓVOA - HOSPITAL PRIVADODesconto de 7% em todos os serviços

HOSPITAL PRIVADO DA TROFADesconto de 15% sobre a tabela geral

FARMÁCIA DE COSTA CABRALDescontos de 10 a 30% em Medicamentos

CLÍNICA DENTÁRIA - SOS DENTEORMASA, LDA.CDJC - CENTRO DE DIAGNÓSTICO JOÃO CARVALHO

Descontos de 10% na tabela de Particulares

T o d a s a s D e s p e s a s c o m Q u o t i z a ç õ e s a f a v o r d a A I C C O P N s ã o D e d u t í v e i s e m 1 5 0 % d o s e u v a l o r a t é 2 % º d o v o l u m e d e n e g ó c i o s d a e m p r e s a , p a r a e f e i t o s d e I R C ( a r t . º 4 4 d o C I R C ) .

C a r t ão A z u l BPEste é um cartão direccionado para os Associados da AICCOPN, e frotas de veiculos, sendo um cartão de desconto e não de pagamento. O desconto é de 0,06€ (6 cêntimos) por litro.

S aú d e P r im eA Saúde Prime disponibiliza aos Associados e sua Familia, um conjunto de Serviços Médicos e Seguro de Saúde que lhe proporcionam o máximo da qualidade e economia. Descontos desde 7,5% a 15% em:Seguro de Saúde Plano de Saúde PrimePlano de Saúde Oral

C a r t r ackEmpresa líder nas técnologias de localização de viaturas e máquinas, a Cartrack oferece uma ampla solução de gestão de frotas por GPS. Descontos de 10% para Associados na Aquisição de produtos.

I n C IA AICCOPN e o InCI, cele-braram um protocolo, que intensifica e reforça as com-petências desta associação no âmbito dos Alvarás e Títulos de Registo. Este protocolo per-mite à AICCOPN uma ligação directa ao InCI, dar resposta aos processos para concessão, reclassificação de alvarás e tí-tulos de registo de uma forma mais simples e célere. Este é um serviço assegurado de for-ma gratuíta, permanente e des-centralizada.

I S QAcesso com condições muito vantajosas à prestação de Serviços pelo ISQ nas diversas áreas de especialidade, nomeadamente nas inspecções técnicas, ensaios laboratoriais, consultoria, formação e investigação e desenvolvimento.

As melhores Regalias para os Associados

D i g i t a l s i g nNo âmbito do processo de Contratação Electónica, re-sultante do CCP - Código dos Contratos Públicos, bem como o envio das comunicaçoes obrigatórias ao InCI e das obri-gações estabelecidas pelo Re-gime Jurídico da Urbanização e da Edificação, a AICCOPN celebrou um protocolo no qual os Associados usufruem de um desconto, na nova fun-cionalidade de “Certificação Digital”.

P r e v e n s i sEmpresa especializada em Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho (SHST), que trabalha na área da prevenção e controlo de riscos laborais, colocando à disposição das empresas, uma série invadora de serviços, a preços competitivos. Certificada pelo ACT. Descontos nos, “Serviços Base” e “Serviço Adicional” - Estaleiro ou Empresa.

Page 75: Concreto 228

75

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

Alo j amen to

Grupos

P e s t a n a H o t e l s & R e s o r t s e P o u s a d a s d e P o r t u g a l

Central de Reservas Pousadas de Portugal - Tel. 21 844 20 [email protected]% de desconto sobre as tarifas / promoções publicadas no site www.pousadas.ptCódigo - 42033Central de Reservas Pestana Hotels & Resorts - Tel. 282 240 [email protected]

G r u p o C o n t i n e n t a l

Choice Hotels Europe Holiday Inn ExpressTel. 210 046 046 [email protected]

S a n a H o t e l s

www.sanahotels.com

T i v o l i H o t e l s & R e s o r t s

www.tivolihotels.com

M o n t e b e l o H o t e l s & R e s o r t s

Visabeira TurismoTel. 232 420 000 [email protected]

Alga r ve

B o a V i s t a H o t e l & S p a * * * *

Rua Samora Barros, 20 8200-178 AlbufeiraTel. 289 589 175Fax. 289 589 [email protected]% de desconto

B o a A l g a r v e C a s i n o * * * * *

Praia da Rocha 8500-802 PortimãoTel. 282 400 000Fax. 282 402 [email protected]

H o t e l d a A l d e i a * * * *

Av. Dr. Francisco Sá Carneiro 8200-280 AlbufeiraTel. 289 588 861/2/3Fax. 289 588 [email protected]% de desconto

P o r t o D o n a M a r i a G o l f & R e s o r t * * * * *

Sítio dos Montinhos da Luz Apartado 58 - Praia da Luz8601-901 Luz-LagosTel. 282 690 300Fax. 282 697 [email protected]% de desconto

Ave i ro

H o t e l A f o n s o V

Rua Dr. Manuel das Neves, 65 3810-101 AveiroTel. 234 425 191/2/3Fax. 234 381 111

H o t e l A p a r t . º S o l v e r d e * * * * *

Rua 21, 85 4500-267 EspinhoTel. 22 731 31 44Fax. 22 731 31 [email protected]

P r a i a G o l f e H o t e l * * * *

Rua 6 4500-357 EspinhoTel. 22 733 10 00Fax. 22 733 10 [email protected]% de desconto

G r a n d e H o t e l d a C u r i a G o l f & S p a * * * *

Avenida dos Plátanos - Curia 3780-541 Tamengos - AnadiaTel. 231 515 720Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

C u r i a C l u b e

Apartamentos Turísticos Apartado 18 - 3780 - CuriaTel. 231 504 197Fax. 231 515 [email protected]% de desconto

H o t e l M é l i a R i a * * * *

Cais da Fonte Nova, Lote 5 3810-200 AveiroTel. 234 401 000Fax. 234 401 [email protected]% de desconto

Braga

H o t e l A x i s O f i r * * * *

Avenida Raul Sousa Martins 4740-405 Offir - EsposendeTel. 253 989 [email protected]% de desconto (excepto Agosto)

Évo ra

H o t e l R u r a l M o n t e d o C a r m o

Apartado 7 7006-901 AzarujaTel. 266 970 050Fax. 266 978 [email protected]% de desconto

L i sboa

H F F é n i x L i s b o a * * * *

Praça Marquês de Pombal, 8 1269-133 LisboaTel. 21 386 21 21Fax. 21 386 01 [email protected]

H o t e l B r i t â n i a * * * *

Rua Rodrigues Sampaio, 17 1100 LisboaTel. 21 315 50 16Fax. 21 315 50 215% de desconto

H F F é n i x G a r d e n * * * *

Rua Joaquim António de Aguiar, 3 1050-010 LisboaTel. 21 384 56 50Fax. 21 385 56 [email protected]

H F F é n i x U r b a n * * * *

Av. António Augusto de Aguiar, 3 1069 LisboaTel. 21 357 50 00Fax. 21 357 99 [email protected]

Page 76: Concreto 228

76 •

REGALIAS PARA ASSOCIADOS

H o t e l L i s b o a P l a z a * * * *

Travessa Salitre, 7 Avenida da Liberdade 1296-066 LisboaTel. 21 321 82 18Fax. 21 347 16 305% de desconto

A s j a n e l a s V e r d e s

Rua das Janelas Verdes, 47 1200-670 LisboaTel. 21 396 81 43Fax. 21 396 81 [email protected]% de desconto

S o l a r d o C a s t e l o

Rua das Cozinhas, 2 (ao castelo) 1100-081 LisboaTel. 21 887 09 09Fax. 21 887 09 [email protected]% de desconto

H o t e l A l i f * * *

Campo Pequeno, 511000-304 LisboaTel. 21 782 62 10Fax. 21 795 41 [email protected]

H o t e l P r í n c i p e R e a l * * * *

Rua da Alegria, 53 1250-006 LisboaTel. 21 340 73 50Fax. 21 342 21 [email protected]% de desconto

H o t e l S . M a m e d e E s t o r i l

Av. Marginal, 7105 2765-248 EstorilTel. 21 465 91 10Fax. 21 467 14 [email protected]

H e r i t a g e A v e n i d a d a L i b e r d a -d e H o t e l * * * *

Av. da Liberdade, 28 1250-145 LisboaTel. 21 340 40 40Fax. 21 340 40 [email protected]% de desconto

H o t e l V I P E x e c u t i v e A r t ’ s

Av. D. João II, Lote - 1.18 1998-028 Lisboa Tel. 21 002 04 06Fax. 21 002 04 [email protected]

E u r o s t a r s H o t e l d a s L e t r a s * * * * *

Rua do Castilho, 6-12 1250-069 LisboaTel. 21 357 30 94Fax. 21 316 12 [email protected]

A l t i s H o t e l s

www.altishotels.com5% de desconto sobre a melhor tari-fa publicada no site.

Po r t o

T i a r a P a r k A t l a n t i c P o r t o * * * * *

Avenida da Boavista, 1466 4100-114 PortoTel. 22 607 25 00Fax. 22 600 32 [email protected]% de desconto (excepto Agosto)

S h e r a t o n P o r t o H o t e l & S p a * * * * *

Rua Tenete Valadim, 146 4100-476 PortoTel. 22 040 04 41Fax. 22 040 41 [email protected]% de desconto

H o t e l S o l v e r d e S p a & W e l n e s s C e n t e r * * * * *

Avenida da Liberdade 4405-362 S. Félix da MarinhaTel. 22 733 80 30Fax. 22 731 31 [email protected]

H F F é n i x P o r t o * * * *

Rua Gonçalo Sampaio, 282 4450-365 PortoTel. 22 607 18 00Fax. 22 607 18 [email protected]

H o t e l D . H e n r i q u e * * * *

Rua Guedes de Azevedo,179 4049-009 PortoTel. 22 340 16 16Fax. 22 340 16 00

H F I p a n e m a P o r t o * * * *

Rua do Campo Alegre, 156 4150-169 PortoTel. 22 607 50 59Fax. 22 606 33 [email protected]

H F I p a n e m a P a r k * * * * *

Rua de Serralves, 124 4150-702 PortoTel. 22 532 21 00Fax. 22 610 28 [email protected]

H F T u e l a P o r t o * * *

Rua Arq. Marques da Silva, 200 4150 [email protected]. 22 600 47 47 Fax. 22 600 37 09

E s t a l a g e m d a V i a N o r t e * * * *

Via Norte - Leça do Balio, 124 4465-764 Leça do BalioTel. 22 944 82 94/5Fax. 22 944 83 22

B e t a P o r t o H o t e l & H e l t h C l u b * * * *

Rua do Amial, 601 a 607 4200-062 PortoTel. 22 834 86 60Fax. 22 834 86 [email protected]% de desconto

H o t e l E u r o s t a r s d a s A r t e s

Rua do Rosário, 160 a 164 4050-521 PortoTel. 22 207 12 50Fax. 22 207 12 59

B e s s a H o t e l * * * *

Rua Dr. Marques Carvalho, 1114100-325 PortoTel. 22 60 50 000Fax. 22 60 50 [email protected]

H o t e l T o r r e M a r * *

Rua Gomes Amorim, 2121A Ver-o-mar4490-091 Póvoa do VarzimTel. 252 298 670Fax. 252 298 [email protected]% de desconto(Excepto de 15 de Julho a 31 Agosto)

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REGALIAS PARA ASSOCIADOS

H o t e l C i d n a y * * * *

Praça do Municipio 4789-909 Santo TirsoTel. 252 859 300Fax. 252 859 [email protected]% de desconto

P o r t o P a l á c i o C o n g r e s s H o t e l & S p a * * * * *

Avenida da Boavista, 12694100-130 PortoTel. 22 608 66 00Fax. 22 609 14 [email protected]

H o t e l D o u r o

Rua da Meditação, n.º 71 4150-487 PortoTel. 22 600 11 22Fax. 22 600 10 [email protected]

Viana do Ca s t e l o

H o t e l M o n t e P r a d o * * * * *

Monte Prado Melgaço 4960-320 PradoTel. 251 400 130Fax. 251 400 [email protected]

C a s a d o A n q u i ã o

Turismo de Habitação, Fornelos EN 2014990 - 620 Ponte de LimaTel. 253 989 800Fax. 258 900 [email protected]% de desconto(Excepto Agosto)

H o t e l A x i s P o n t e d e L i m a

Quinta de Pias - Fornelos 4990-620 Ponte de LimaTel. 258 900 250Fax. 258 900 [email protected]% de desconto (Excepto Agosto)

Q u i n t a d a F o z d o s C a s t e l h a n o s

Rua Campo do Souto, n.º 244/310 4905-370 Barroselas Viana do CasteloTel. 963 239 [email protected]% de desconto

Vi l a Rea l

H o t e l P e t r u s * * *

Rua Família de Camões, 20 Junto às Termas 5400-239 ChavesTel. 276 351 409 / 500Fax. 276 348 [email protected]

H o t e l C a s i n o d e C h a v e s

Lugar do Extremo - Chaves 5400-239 ChavesTel. 276 309 600Fax. 276 348 [email protected]

20% de desconto(Excepto de 15 de Julho a 31 Agos-to)

Consu l t o r i a N o r w i n

Recuperação de Empresas e ParticularesAv. Dr. Germano Vieira, 614 - 1º TGueifões - MaiaTel. 22 960 21 61 / 968 26 [email protected]

D W - D a r w i n & W a r h o l

Marketing e ComunicaçãoRua Arquitecto Cassiano Barbosa, 6F - Sala 244100-009 PortoTel. 22 616 01 23 / 912 269 [email protected]% de desconto

Hea l t h -C lub s

G a i a S p o r t C e n t e r

Rua Gen.Torres, 1162 D - Ed. Dou-ro4600-164 Vila Nova de GaiaTel. 223 714 375Fax. 223 708 [email protected]

T e t r a H e a l t h C l u b

Rua Domingos Sequeira, 224 C 4050-230 Portowww.tetra.pt

Agênc i a s de V i agen s

D - V i a g e m

Grupo Orizonia Praça da Alegria, 654050-496 PortoTel. 22 207 13 30Fax. 22 208 58 [email protected]

P a m T o u r s

Largo Ferreira da Lapa, 48 - Bom Sucesso Tel. 22 600 79 72Fax. 22 600 80 [email protected]% de desconto em viagens (Paco-tes Turísticos)

Out ro s Se r v i ço s

C a r l o s R a m ô a , L d a .

Certificação Energética de EdifíciosRua da Vila Velha, 454490-555 Póvoa de VarzimTel. 252 684 967Fax. 252 688 [email protected]% de desconto

E x p o f o r m a , S . A .

Rua Tomás Ribeiro, 132 - 1º4450-293 MatosinhosTel. 229 373 982 / 229 370 755Fax. 229 372 392Montagem de stands, lojas e showrooms10% de desconto

I n s t i t u t o Ó p t i c o A l p i a r ç a

Praça José Rodrigues Faustino Pinhão, n.º 62090-054 AlpiarçaTel. 243 556 500Fax. 243 556 500Descontos diversos

I n s t i t u t o Ó p t i c o d o C a r t a x o

Travessa do Comendador, n.º 2G/V c/ Rua Batalhoz2070-134 CartaxoTel. 243 703 073Fax. 243 703 073Descontos diversos

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REGALIAS PARA ASSOCIADOS

I n s t i t u t o Ó p t i c o d a C h a m u s c a

Rua Direita de S. Pedro, n.º 1702140-665 ChamuscaTel. 249 768 074Fax. 249 768 074Descontos diversos

I n s t i t u t o Ó p t i c o d a G o l e g â

Largo Imaculada Conceição, n.º 62150-123 GolegâTel. 249 976 762Fax. 249 976 762Descontos diversos

Ó p t i c a C e n t r a l d o C a r t a x o

Rua de Serpa Pinto, n.º 12070-116 CartaxoTel. 243 702 005Descontos diversos

Ó p t i c a C e n t r a l d e A b r a n t e s

Rua Bernardino Machado, n.º 132200-379 AbrantesTel. 241 372 374Fax. 241 361 979Descontos diversos

A p o i o & C o m p a n h i a

Apoio DomiciliárioRua do Campo Alegre, 11624415-173 PortoTel. 220 967 385 [email protected]% de desconto

C â m a r a d e C o m é r c i o e I n d u s t r i a L u s o - E s p a n h o l a

Delegação do PortoRua Júlio Dinis, 247 - Loja 24Edifcío Mota GAliza4050-145 PortoTel. 226 094 828Fax. 226 094 829 [email protected]% de desconto nos cursos de forma-ção ministrada pela Câmara Comércio

I d e a l b u y

Rua Simão Bolívar, 311 - Sala 34470-214 MaiaTel. 917 521 347 10% de desconto na tabela de avenças (para compras) e na tabela de orçamen-tos (para concursos) na subscrição dos serviços

R e n t i n g P o i n t - S e r v i ç o s d e I n f o r m á t i c a , L d a .

UPTEC - Parque da Ciência e Tec-nologia da Universidade do PortoRua Actor Ferreira da Silva, 100 4200-298 PortoTel. 220 301 565Fax. 220301511 10% de desconto sobre o preço de utilização dos serviços do site www.rentingpoint.com

Nota :No ca so da s en t i dade s onde não s e encon t r a e spec i f i c ada a r ega l i a conced ida , devem o s Senho re s A s soc i ado s , con t ac t a r o Depa r t amen to de Comun icação da A ICCOPN.

A A ICCOPN não s e r e sponsab i l i z a po r even tua i s a l t e r açõe s à s r ega l i a s aqu i d i vu l gada s que não s e j am a t empadamen te comun icada s pe l a en t i dade s .

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ESTAMOS PRESENTES NA FEIRA CONCRETA 2011

VEJA COMO EM 9 M2, REPRESENTAMOS O SECTOR DA CONSTRUÇÃO.

AGUARDAMOS A SUA VISITA

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