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CONCRAB MAE 2.1.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti/Pedro 17.07.04 1 ORGANOGRAMA Toda e qualquer organização necessita definir sua estrutura organizacional para poder funcionar eficientemente e melhor atingir seus objetivos. O organograma é uma maneira prática de descrever visualmente a estrutura de uma organização. O organograma demonstra como estão divididas as tarefas e que partes da organização são responsáveis pela execução das mesmas. Para isso a organização pode ser dividida em departamentos, setores ou unidades. Ele procura responder como são coordenados os esforços dessas unidades, de modo a conseguir um esforço unificado, e como deve ser distribuído o trabalho dentro de cada departamento. Uma definição de estrutura organizacional deve levar em conta a lógica como se organiza o trabalho, e a experiência e percepção das pessoas envolvidas. Um ponto importante que consideramos é que todos os sócios devem ter conhecimento e dominar o organograma. Ele deve ser motivo de discussões, deve estar sempre fixado na parede num lugar visível, e estar atualizado. Organização política e executiva Nos empreendimentos cooperativistas e empresas sociais há duas lógicas e duas dimensões de poder: uma política e outra econômica. Nem sempre as pessoas percebem essa dualidade e com isso pode-se cometer erros graves. A dimensão política trata da direção político-social da organização, da definição das grandes linhas, estrategia. Ela se preocupa com os aspectos sociais, com a dimensão cultural e ideológica das pessoas, com os valores e objetivos estratégicos da organização e, no nosso caso, em como contribuir para que os objetivos do MST possam ser alcançados dentro dos assentamentos e no conjunto da sociedade. A dimensão política é representada pelo poder máximo (assembléia geral, conselhos...) mas também pelos núcleos de base do MST. Ela aparece nos momentos em que se tomam iniciativas, quando o aspecto gerencial não está correspondendo às expectativas, ou que está desviando do rumo estabelecido. A dimensão executiva se preocupa com o gerenciamento do trabalho do dia-a-dia, com os aspectos econômicos, com a viabilidade das medidas tomadas. É sua preocupação a sustentabilidade financeira, os custos e impactos que podem afetar a organização. Muitas vezes os esforços feitos num rumo numa dessas dimensões podem representar um efeito contrário na outra dimensão. Por exemplo, uma preocupação em reduzir custos pode resultar em diminuição da prestação de serviços sociais aos associados, ou redução na contribuição às lutas sociais e vice-versa. Outra questão envolvendo essas duas dimensões afeta fortemente a dinâmica interna das empresas sociais. É comum ocorrer uma certa confusão entre as duas dimensões na condução do dia a dia das ES. Isso se reflete por exemplo em excesso de reuniões (reunionismo) e, também, quando não se define claramente os espaços para discutir e decidir as questões, e os espaços e canais que se encarreguem de executar o que foi decidido. Com isso, o tempo todo retornam questões já decididas para discussão, sem que se assegure mecanismos de cumprimento dos acordos, ou o que é igualmente grave, questões definidas são boicotadas em sua execução por pessoas que tem seus interesses e opiniões contrariados. Para enfrentar esse desafio, uma certa separação destes dois poderes é muitas vezes uma solução para agilizar o funcionamento da empresa. Mas há casos que isto não é necessário. Na página seguinte há um modelo de organograma que procura representar a separação estrutural dos mecanismos de discussão e construção das decisões, dos canais e mecanismos de cumprimento dessas decisões.

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CONCRAB MAE 2.1.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti/Pedro 17.07.04

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ORGANOGRAMA Toda e qualquer organização necessita definir sua estrutura organizacional para poder funcionar eficientemente e melhor atingir seus objetivos. O organograma é uma maneira prática de descrever visualmente a estrutura de uma organização. O organograma demonstra como estão divididas as tarefas e que partes da organização são responsáveis pela execução das mesmas. Para isso a organização pode ser dividida em departamentos, setores ou unidades. Ele procura responder como são coordenados os esforços dessas unidades, de modo a conseguir um esforço unificado, e como deve ser distribuído o trabalho dentro de cada departamento. Uma definição de estrutura organizacional deve levar em conta a lógica como se organiza o trabalho, e a experiência e percepção das pessoas envolvidas. Um ponto importante que consideramos é que todos os sócios devem ter conhecimento e dominar o organograma. Ele deve ser motivo de discussões, deve estar sempre fixado na parede num lugar visível, e estar atualizado. Organização política e executiva Nos empreendimentos cooperativistas e empresas sociais há duas lógicas e duas dimensões de poder: uma política e outra econômica. Nem sempre as pessoas percebem essa dualidade e com isso pode-se cometer erros graves. A dimensão política trata da direção político-social da organização, da definição das grandes linhas, estrategia. Ela se preocupa com os aspectos sociais, com a dimensão cultural e ideológica das pessoas, com os valores e objetivos estratégicos da organização e, no nosso caso, em como contribuir para que os objetivos do MST possam ser alcançados dentro dos assentamentos e no conjunto da sociedade. A dimensão política é representada pelo poder máximo (assembléia geral, conselhos...) mas também pelos núcleos de base do MST. Ela aparece nos momentos em que se tomam iniciativas, quando o aspecto gerencial não está correspondendo às expectativas, ou que está desviando do rumo estabelecido. A dimensão executiva se preocupa com o gerenciamento do trabalho do dia-a-dia, com os aspectos econômicos, com a viabilidade das medidas tomadas. É sua preocupação a sustentabilidade financeira, os custos e impactos que podem afetar a organização. Muitas vezes os esforços feitos num rumo numa dessas dimensões podem representar um efeito contrário na outra dimensão. Por exemplo, uma preocupação em reduzir custos pode resultar em diminuição da prestação de serviços sociais aos associados, ou redução na contribuição às lutas sociais e vice-versa. Outra questão envolvendo essas duas dimensões afeta fortemente a dinâmica interna das empresas sociais. É comum ocorrer uma certa confusão entre as duas dimensões na condução do dia a dia das ES. Isso se reflete por exemplo em excesso de reuniões (reunionismo) e, também, quando não se define claramente os espaços para discutir e decidir as questões, e os espaços e canais que se encarreguem de executar o que foi decidido. Com isso, o tempo todo retornam questões já decididas para discussão, sem que se assegure mecanismos de cumprimento dos acordos, ou o que é igualmente grave, questões definidas são boicotadas em sua execução por pessoas que tem seus interesses e opiniões contrariados. Para enfrentar esse desafio, uma certa separação destes dois poderes é muitas vezes uma solução para agilizar o funcionamento da empresa. Mas há casos que isto não é necessário. Na página seguinte há um modelo de organograma que procura representar a separação estrutural dos mecanismos de discussão e construção das decisões, dos canais e mecanismos de cumprimento dessas decisões.

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O que precisa ficar claro é que as duas dimensões são essenciais. Não se pode funcionar com apenas uma delas, que têm ritmos e exigências de processos igualmente diferenciados em sua condução. Democracia e disciplina O essencial é zelar democrática e solidariedade na filosofia de organização. É importante evitar formar uma hierarquia artificial e complicada. A democracia implica que a maioria decide e, que quem não esteja de acordo tenha que trabalhar conforme o definido. A democracia não pode resultar numa desorganização e anarquia no trabalho mas em aumento de motivação e participação, em outras palavras em aumento de responsabilidade e iniciativa. Os trabalhos do dia-a-dia devem ser executados com disciplina, pontualidade e eficiência obedecendo as decisões tomadas e as orientações dos coordenadores para que o resultado econômico seja satisfatório e assim a qualidade de vida também nesse aspecto.

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CONCRAB MAE 2.1.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti/Pedro 17.07.04

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Gestão política ............................................................................................................................... Gestão executiva

Assembléia geral

Setor de agro- pecuária

Departamento de ...

Conselho de administração

Conselhos fiscal, ética, etc.

Núcleos de base política

Coordenador executivo

Departamento de produção

Departamento de apoio

Comissão de Coordenação executiva

Setor de laticínios

Setor de ...

Departamen-to comercial

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CONCRAB MAE2.1.2 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos de Reforma Agrária Pertti 16.08.05

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FLUXO GERAL DE INFORMAÇÕES DE UMA EMPRESA x---------------------------------x------------------------------------------------------------------x Contabilidade

Supri-mentos - estoques - compras - planej. e.controle

Produção - planej. - execução - controle

Vendas - planej. - negociaç. - controle

Fatura-mento Distribuição

Pllanej. de produção e materiais

Fornece- dores

Contas a pagar

Especi- ficação de produtos

Recursos - rec.hum. - capac. - tecnologia

Clientes e Clientes em poten- tial

Contas a receber

Marketing - promoç. - preços - politicas

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CONCRAB MAE 2.2.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agraria Pedro 09.10.03

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FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES

A definição das funções e atribuições consiste num aspecto fundamental para o funcionamento das organizações. Na maioria das vezes temos deixado de lado esse aspecto, o que tem trazido diversos problemas, dentre os quais sombreamento e choque entre funções exercidas por diferentes pessoas; atividades que ficam a descoberto (ninguém é responsável por ela), etc, resultando em atritos e prejuízos. Para enfrentar esses problemas é possível fazer a descrição das funções e atribuições dos principais postos de trabalho existentes. A seguir descrevemos os pontos vantajosos e desvantajosos da realização dessa definição de funções.

Vantagens • define claramente as atribuições de cada um ; • diminui a ansiedade ou expectativa nos trabalhadores por não saberem o que se

espera deles • fornece base para melhorar a alocação de pessoal para as diversas funções; • facilita a definição da necessidade de treinamento; • complementa os dados contidos no organograma; • estabelece as relações normais de trabalho esperadas das pessoas; • define parâmetros para avaliação de desempenho e promoções indicando o

sentido e direção a tomar para qualificar os trabalhadores;

Desvantagens • A principal desvantagem na elaboração da descrição de cargos e funções é mantê-

la na gaveta sem implementar as medidas definidas; • Tendência de burocratização – as pessoas só quererem seguir o que está escrito,

justificando a falta de iniciativa ou de vontade; • Perda de tempo – o trabalho não é fruto da necessidade sentida pelo grupo e cai

no vazio. Principais conceitos e metodologia Função: é utilizada normalmente para indicar o conjunto de tarefas desempenhado por uma ou mais pessoas, servindo como base para a departamentalização (agrupamento de pessoas em determinado setor, departamento ou unidade funcional); Cargo: é intitulado normalmente para indicar a posição hierárquica que uma pessoa ocupa na empresa e o conjunto de atribuições a ela conferida. È aquele registrado no contrato de trabalho, para o caso de funcionários contratados. Tarefa: menor unidade componente do trabalho que possui uma ordem, coerência e consome tempo em sua execução (englobando atividades e passos). Padronização de Cargos: visa dar uniformidade de tratamento a pessoas que exercem atividades em postos de trabalho semelhantes. Deve-se efetuar a separação das análises completas em cargos definidos, dando-lhes uma descrição única..

Anomalias • excesso de encarregados ou coordenadores • trabalho de N funcionários sendo realizado por 2N funcionários • trabalhos criados para ocupar pessoas em condições precárias de saúde,

capacidade física, disciplina; • trabalhos (ou cargos) criados para promover ou alocar injustificadamente as

pessoas e que na realidade não são necessários

Nomenclatura dos Cargos: a intitulação dos cargos só deve ocorrer no final do trabalho. Neste momento sabe-se o tamanho completo do universo de referência, todas as suas variações, seus conteúdos e a natureza de cada um.

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Normas Gerais: a descrição de cargos e funções é um produto final, portanto, ela deve ser clara, concisa, não dando margem a erros ou duplas interpretações. Além disto, é um instrumento que será usado em vários trabalhos da empresa social desde recrutamento de funcionários (quando for o caso) e treinamento de pessoal até análise do quadro de distribuição do trabalho.

Fontes consultadas: http://www.dc.ufscar.br/~carmo/notas_curso/osm08.doc

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CONCRAB MAE2.3.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária 05.08.04

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DOCUMENTAÇÃO DOS SOCIOS E OUTROS

1 DOCUMENTAÇÃO DOS SOCIOS Para se tornar sócio de uma cooperativa é preciso ter um livro com termo de abertura e encerramento contendo os seguintes dados:

LIVRO DE MATRÍCULA DE ASSOCIADOS Nome: _______________________________________________________________ Data Nasc:____/_____/_____ Naturalidade:__________________________________ Estado Civil:_______________________Nacionalidade:________________________ Endereço Residencial:___________________________________________________ Municipio:_______________________________________________UF:__________ CPF:________________________________RG:______________________________ Profissão:_____________________________ Admissão: Cidade, UF, ____/_____/_____ ________________________ _______________________ Assinatura Associado Assinatura Coordenador Demissão: Cidade, UF, _____/_____/_____ _______________________ _________________________ Assinatura Associado Assinatura Coordenador Exclusão: Cidade, UF, ______/_____/_____ ________________________ _________________________ assinatura Associado Assinatura Coordenador

CONTA CORRENTE DAS QUOTAS-PARTES DO CAPITAL SOCIAL QUOTAS-PARTES SUBSCRITAS: DATA: ______/______/_____ Nº __________ VALOR R$:_________________ INTEGRALIZAÇÕES:

DATA VALOR SALDO DATA VALOR SALDO OBSERVAÇÕES: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

2 DOCUMENTAÇÃO DOS EMPREGADOS 2.1 DOMENTAÇAÕ NECESSÁRIA PARA ADMISSÃO DE EMPREGADOS

a) fotos (2); b) Titulo de Eleitor; c) Carteira de trabalho CTPS d) Certificado reservista ou prova de alistamento no serviço militar (para o sexo

masculino)

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CONCRAB MAE2.3.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária 05.08.04

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e) Certidão de casamento, se for o caso; f) Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos ou inválidos, para fins de

salário família; g) Cartão da criança; h) Cadastramento no Pis Pasep ou a correspondente anotação na carteira de trabalho; i) Exame médico admissional; j) Cédula de identidade; k) CIC ou CPF l) Carteira de habilitação profissional se for o caso (ex: engenheiro agrônomo, contador,

médico, dentista, advogado, administrador de empresas etc.) Obs

A empresa terá prazo improrrogável de 48 horas para proceder às anotações na CTPS. Por ocasião de Admissão e em circunstancias especiais.

Qualquer documento de identificação do empregado não pode ficar retido na empresa, mesmo sendo xerox, é somente colhido os dados e devolvido (lei nº 5553/68, com redação da lei nº 9453/97) salvo a certidão de nascimento para fins de salário família.

LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADO OU FICHAS

Obedecer às seguintes Instruções: a)Transcrever no livro o nome de todos os empregados da Empresa, obedecendo a ordem cronológica de admissão, com todos os dados indispensáveis tais como:

- data de admissão; - primeiro e último salário; - Primeira e ultima contribuição sindical recolhida; - Primeira e ultima férias concedidas.

b)Inserir a fotografia nas fichas e apor a respectiva assinatura dos empregados; c)Preencher o Termo de Abertura na primeira folha do livro.

2.3 FOLHA DE PAGAMENTO Comprovante de pagamento (positivo) - O pagamento do salário será feito mediante recibo, fornecendo-se cópia ao empregado, com a identificação da empresa, e do qual constarão a remuneração, com a discriminação das parcelas, a quantia líquida paga, os dias trabalhados ou o total da produção, as horas extras e os descontos efetuados, inclusive para a Previdência Social, e o valor correspondente ao FGTS. (Ex-PN 153) (Precedente Normativo 93 da SDC do TST)

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CONCRAB MAE2.3.1Anexo1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Grupo Metodologia 24.08.04

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PROPOSTA PARA INGRESSO DE UM NOVO SOCIO

Abaixo está um exemplo de carta de solicitação de ingresso de um novo sócio:

PROPOSTA PARA INGRESSO COMO SÓCIO DA COOPERATIVA DE TRABALHO GAUCHA LTDA – COOPERTCHE

EU, MARLI ZIMERMAN DE SOUZA, BRASILEIRO(A), CASADO(A), AGRICULTOR(A), NASCIDO(A) EM 14/11/1977, NATURAL DE TIRADENTES DO SUL, CARTEIRA DE IDENTIDADE ............................................. e CPF .................................., VENHO POR MEIO DESTA SOLICITAR O INGRESSO, COMO SÓCIO(A), NA COOPERATIVA DE TRABALHO GAUCHA LTDA, LOCALIZADA EM PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, INSCRITA NO CNPJ 01.267.713/0001-89, E TAMBÉM DECLARO PARA OS FINS QUE SE FIZEREM NECESSÁRIO QUE:

1º CONCORDO E CONHEÇO AS DISPOSIÇÕES DO ESTATUTO SOCIAL QUE REGE A COOPERATIVA DE TRABALHO. 2º NÃO PRATICO ATIVIDADES QUE POSSAM PREJUDICAR OU COLIDIR COM OS INTERESSES DA COOPERATIVA. 3º SOU MAIOR DE 18 ANOS OU ME FAREI ACOMPANHAR DE MEU RESPONSÁVEL. 4º INTEGRALIZAREI MINHA QUOTA-PARTE NO VALOR DE R$ 2,00 (DOIS REAIS) ATÉ 30 (TRINTA) DIAS APÓS A ACEITAÇÃO DE MINHA PROPOSTA.

CUMPRINDO DETERMINAÇÃO DO ESTATUTO SOCIAL, ASSINAM 02 SÓCIOS ABONANDO A PRESENTE PROPOSTA DE INGRESSO NA COOPERATIVA.

EM PALMEIRA DAS MISSÕES 10/11/2001, ATENCIOSAMENTE,

Assinatura: ___________________________ Sócios apoiando solicitação:

________________________

________________________

ASSINATURA DO PAI SE MENOR DE 21 ANOS Sendo o responsável já sócio ___________________________ DOC.NR.

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CONCRAB MAE2.3.1Anexo2 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Grupo Metodologia 24.08.04

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MODELO DE TERMO DE PEDIDO DO INGRESSO DE ASSOCIAÇÃO Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina- COOPTRASC, CNPJ nº 02.145.423/0001-16 Rua São José – nº 162 – Bairro Santa Maria- Chapecó- Santa Catarina Proposta de Ingresso Nº ___________ . Solicito meu ingresso no quadro associativo da Cooptrasc - Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina, declarando-me inteiramente de acordo com as disposições estatutárias da mesma, e confirmo conhecer a Lei 5764/71, que em seu artigo 90 regulamenta a Cooperativa de Trabalho e a Lei 8948/84 que induziu o parágrafo único do artigo 442 da CLT, que declara que não há vínculo entre associados e a cooperativa, nem entre os tomadores de serviço. Nome:________________________________________________________________ Nacionalidade:_________ Naturalidade:_______ Data de Nascimento: __/__/____. CPF:_____________Identidade:_______________ Título:______________________ CPTS:_____________Série:_________________ PIS: _________________________ Estado Civil:______Nº do Documento se Casado:___________ Profissão:__________ Cadastro no INSS:____________________ Sexo:______ Nº de Dependentes:_____ Filiação: Mãe:__________________________________________________________ Pai:__________________________________________________________________ Nome do Cônjuge: ________________________________________________ Endereço:____________________________________________________________ Bairro:________________ Estado:___ CEP:______________ Telefone:___________ Obrigo-me a integralizar pela forma prescrita no Estatuto Social 10 (dez) quotas-partes no valor de R$ 5,00, cada uma, totalizando R$ 50,00 (cinqüenta reais) Chapecó-SC, data:___/_____/____ Assinatura:______________________________ Abono de 2 (dois) sócios:_________________________________________________ _________________________________________________ Esta proposta foi aprovada pela Diretoria Colegiada em reunião realizada no dia___/___/___. Assinatura do Responsável na Diretoria Colegiada:

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CONCRAB MAE2.3.1Anexo3 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Grupo Metodologia 24.08.04

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MODELO DE TERMO DE RESCIÇÃO DE SÓCIO Chapecó, 11 de maio de 1999. Ilmo Sr. Lucídio Ravanelo Diretor da COOPTRASC ASSUNTO: Desligamento do Quadro Associativo. Pôr razões de ordem particular, solicito meu desligamento do quadro associativo da COOPRTRASC- Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina Ltda. e a conseqüente rescisão do meu termo de compromisso de prestação de serviços como engenheiro agrônomo no município de Abelardo Luz e região, a partir da data de hoje. Sem mais para o momento, despeço-me Atenciosamente, Assinatura

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Termo de Abertura

Contém Este Livro 100 (Cem páginas) numeradas, do numero 01 ao numero 100, e servirá de Livro Matrícula da Cooperativa de Prestação de Serviços Palmeira Ltda – COOPALMEIRA CNPJ 03.793.141/0001-05

Palmeira / / / Vilmar Reis Felten

Cooperativa de Prestação de Serviços Palmeira Ltda COOPALMEIRA – Palmeira das Missões/RS

---------------------------------------------------------------------------------------------------------- LIVRO DE MATRÍCULA DE ASSOCIADOS

Nome: _______________________________________________________________ Data Nasc:____/_____/_____ Naturalidade:__________________________________ Estado Civil:_______________________Nacionalidade:________________________ Endereço Residencial:___________________________________________________ Municipio:_______________________________________________UF:__________ CPF:________________________________RG:______________________________ Profissão:_____________________________ Admissão: Palmeira das Missões, RS, ____/_____/_____ ________________________ _______________________ Assinatura Associado Assinatura Coordenador Demissão: Palmeira das Missões, RS, _____/_____/_____ _______________________ _________________________ Assinatura Associado Assinatura Coordenador Exclusão: Palmeira das Missões, RS, ______/_____/_____ ________________________ _________________________ assinatura Associado Assinatura Coordenador

CONTA CORRENTE DAS QUOTAS-PARTES DO CAPITAL SOCIAL QUOTAS-PARTES SUBSCRITAS: DATA: ______/______/_____ Nº __________ VALOR R$:_________________ INTEGRALIZAÇÕES:

DATA VALOR SALDO DATA VALOR SALDO OBSERVAÇÕES: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

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Termo de Encerramento Contém Este Livro 100 (Cem páginas) numeradas, do numero 01 ao numero 100, e serviu de Livro

Matrícula da Cooperativa de Prestação de Serviços Palmeira Ltda – COOPALMEIRA CNPJ 03.793.141/000105

Palmeira / / /

Vilmar Reis Feltem

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CONCRAB MAE 2.4.1 Manual do Acompanhamento de Empresas Sociais dos Assentamentos de Reforma Agrária Selma/Dirceu 05.08.04

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ASPECTOS LEGAIS GERAIS

Alguns Tipos de Empresas Sociais: Muito se comenta sobre a forma de constituir uma empresa, que uma tem a tributação maior ou menor, isto não é verdade. O que faz com que o imposto fique maior ou menor é a finalidade ou o produto de cada uma. 1 Associação A Associação é uma forma de constituição de uma empresa que tem algumas limitações: Pode prestar serviços sendo tributada da mesma forma que outra empresa qualquer, porém não pode comercializar, não esta previsto a comercialização por parte da associação no imposto de renda, se esta o fizer será tributada como qualquer outra empresa, deixando de ser associação e caindo na tributação do Lucro Real. Quando for uma associação de produtores ela pode ai sim vender, mas somente com nota fiscal de produtor. Sua tributação é limitada “menor” dependendo de cada caso, porém deve se manter no seu objeto de constituição e não comercializar. 2 Cooperativa A cooperativa é uma forma de constituição de empresa, que se obedecido suas regras não tem muitos problemas, o grande segredo da Cooperativa é se manter dentro do ato cooperado. Alem do ato cooperado não apresenta outros limites, sua tributação se manter-se dentro das leis cooperativistas é reduzida. Ë bom lembrar que cada tipo de atividade tem sua tributação maior ou menor. 3 Condomínio Esta forma de constituição de empresa é a reunião de produtores para comercializar com um único bloco de produtor, “fulado e outros”, pode e deve Ter um CNPJ para isto, o limite é que só pode vender os produtos “inatura” , nào pode industrializar e vender com nota de produtor. Tem as mesmas obrigações que as demais, necessitando de um estudo em cada caso, as despesas com tributos é reduzida,”Não pela forma de constituição” mas pelos limites que a mesma tem, SE CONFIGURA COMO UM PRODUTOR.

Uma comparação entre cooperativa e associação

COOPERATIVAS ASSOCIAÇÕES 1.DOS OBJETIVOS (art. 6o. da Lei 5764/71 Constituídas com número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas e ilimitadas quanto ao máximo, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.

Constituídas com número mínimo de 02 (duas) pessoas físicas e ilimitadas quanto ao máximo, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos.

2.DO ESTATUTO SOCIAL (art.21 da Lei 5764/71) O estatuto da cooperativa, além de outros, deverá

Não tem necessidade de integralização de capital. O estatuto deverá ser registrado no Cartório de

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CONCRAB MAE 2.4.1 Manual do Acompanhamento de Empresas Sociais dos Assentamentos de Reforma Agrária Selma/Dirceu 05.08.04

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indicar o capital mínimo, o valor da quota-parte, o mínimo de quotas - partes a ser subscrito pelo associado, o modo de integralização, bem como as condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou de exclusão do associado; a forma de devolução das sobras e perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das despesas da sociedade. Obrigatoriamente deverá ter seu registro na Junta Comercial do Estado.

Pessoas Jurídicas.

3.DOS LIVROS (art.22 da Lei 5764/71) A sociedade cooperativa deverá possuir os seguintes livros; Livro ou Fichas de Matricula; Livro de Atas das Assembléias Gerais; Livro de Atas dos Órgãos de Administração; Livro de Atas do Conselho Fiscal; Livro de Presença dos Associados nas Assembléias Gerais; Outros livros fiscais e contábeis obrigatórios (que veremos adiante). É facultada a adoção de livros de folhas soltas ou fichas (encadernadas tipo capa dura).

Deverá possuir os seguintes livros; Livro ou Fichas de Matricula; Livro de Atas das Assembléias Gerais; Livro de Atas dos Órgãos de Administração; Livro de Atas do Conselho Fiscal; Livro de Presença dos Associados nas Assembléias Gerais; Outros livros fiscais e contábeis obrigatórios.

4.DO CAPITAL SOCIAL (art. 24,25,26,27 da Lei 5764/71) O capital social será subdividido em quotas-parte, cujo valor unitário não poderá ser superior ao maior salário mínimo vigente no pais; Nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-partes, salvo nos caso em que a subscrição seja feita proporcional ao movimento financeiro do associado ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializado, beneficiados ou transformados; Para a formação do capital social poder-se-á estipular que o pagamento das quotas-partes seja realizado mediante prestações periódicas; A transferência de quotas-partes deverá ser averbada no Livro de Matrícula, mediante assinatura do cedente, do cessionário e do Diretor que o estatuto designar. a integralização das quotas-partes e o aumento do capital social poderão ser feitos com bens previamente avaliados e após homologação em Assembléia Geral ou mediante retenção de terminada porcentagem do valor do movimento financeiro de cada associado, não se aplicando às cooperativas de crédito.

Não tem necessidade de integralização de quotas-parte.

4.DOS FUNDOS (Art.28 da Lei 5764/71) As cooperativas são obrigadas a constituir; Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício; Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social – FATES, destinado à prestação de assistência técnica aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício; Além dos previstos, a Assembléia Geral poderá criar outros fundos, com recursos

Não existe a obrigatoriedade de constituição de fundos

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destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, aplicação e liquidação. 5.DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS (art.44 da Lei 5764/71 A Assembléia Geral Ordinária que se realizará anualmente nos 3 (três) primeiros meses após o término do exercício social, deliberará sobre os seguintes assuntos que deverão constar da ordem do dia; Prestação de contas do órgão de administração acompanhada de parecer do Conselho Fiscal, compreendendo a) relatório da gestão b) balanço patrimonial c) demonstrativo das sobras ou das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas da sociedade e o parecer do conselho fiscal; Destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas das sociedade, deduzindo-se, no primeiro caso, as parcelas para os Fundos Obrigatórios. A Assembléia Geral Extraordinária poderá ser convocada pelos associados ou pelo Conselho Fiscal, em qualquer época, para tratar de qualquer outro assunto; O Edital e de Convocação deverá, OBRIGATÓRIAMENTE, ser publicado em jornal local com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data prevista para a Assembléia.

A Assembléia Geral Ordinária que se realizará anualmente nos 3 (três) primeiros meses após o término do exercício social, deliberará sobre os seguintes assuntos que deverão constar da ordem do dia; Prestação de contas do órgão de administração acompanhada de parecer do Conselho Fiscal, compreendendo a) relatório da gestão b) balanço patrimonial; O Edital de Convocação não tem a obrigatoriedade de publicação em jornal.

6.DA FUSÃO (art. 57 da Lei 5764/71) Pela fusão, duas ou mais cooperativas formam nova sociedade; Deliberada (através de Edital de Convicação) a fusão, cada cooperativa interessada indicará nomes para comporem uma comissão mista que procederá aos estudos necessários à constituição da nova sociedade, tais como o levantamento patrimonial, balanço geral, plano de distribuição de quotas-partes, destino dos fundos de reservas e outros e o projeto do estatuto; A fusão determina a extinção das sociedades que se unem para formar a nova sociedade que lhes sucederá nos direitos e obrigações.

A associação poderá ser fusionada.

7.DA INCORPORAÇÃO (art. 59 da Lei 5764/71) Pela incorporação, uma sociedade cooperativa absorve o patrimônio, recebe os associados, assume as obrigações e se investe nos direitos de outra ou outras cooperativas; Na hipótese prevista neste artigo serão obedecidas as mesmas formalidades estabelecidas para a fusão, limitadas às avaliações ao patrimônio da ou das sociedades incorporadas.

A legislação não prevê sua incorporação a outras entidades. Apenas no caso de extinção, seu patrimônio líquido, se houver, deverá ser doação a outra organização, com as mesmas finalidades.

8.DO DESMEMBRAMENTO (art. 60 da Lei 5764/71) As sociedades cooperativas poderão desmembrar-se em tantas quantas forem necessárias para atender aos interesses de seus associados, podendo uma das novas entidades ser constituída como cooperativa central ou federação de cooperativas; Deliberado o desmembramento, a Assembléia designará uma comissão para estudar

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as providências necessárias à efetivação da medida; O plano de desmembramento preverá o rateio, entre as novas cooperativas, do ativo e passivo da sociedade desmembrada; NO rateio previsto, atribuir-se-á a cada nova cooperativa parte do capital social da sociedade desmembrada em quota correspondente à participação dos associados que passam a integrá-la. 9.DA DISSOLUÇÃO (art.66 da Lei 5764/71) E todos os atos e operações, os liquidantes deverão usar a denominação da cooperativa, seguida da expressão “Em liquidação”. São obrigações dos liquidantes; Arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam; Convocar os credores e devedores e promover o levantamento dos créditos e débitos da sociedade; Proceder nos 15 (quinze) dias seguintes ao de sua investidura e com a assistência, sempre que possível, dos administradores, ao levantamento do inventário e balanço geral de ativo e passivo; realizar o ativo social para saldar o passivo e reembolsar os associados de suas quotas-partes, destinando o remanescente, inclusive o dos fundos indivisíveis, a outra sociedade com os mesmos objetivos sociais; exigir dos associados a integralização das respectivas quotas-partes do capital social não realizadas, quando o ativo não bastar para a solução do passivo; fornecer aos credores a relação dos associados, se a sociedade for de responsabilidade ilimitada e se os recursos apurados forem insuficientes para o pagamento das dívidas; convocar a Assembléia Geral a cada 06 (seis) meses ou sempre que necessário, para a apresentação do relatório e balanço do estado da liquidação e prestar contas dos atos praticados durante o período anterior; apresentar à Assembléia Geral, finda a liquidação, o respectivo relatório e as contas finais; aprovada as contas, encerra-se a liquidação e a sociedade se extingue, devendo a Ata da Assembléia ser arquivada da Junta Comercial e publicada.

Em caso de dissolução da associação, seu patrimônio deverá ser repassado a outra entidade, com os mesmos objetivos sociais, após a quitação de seu passivo.

10.DO ATO COOPERATIVO. (Art.79 da Lei 5764/71) Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas, e pelas cooperativas entre si, quando associadas, para a consecução de seus objetivos sociais; O ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria.

11.DAS OPERAÇÕES PERMITIDAS E SUJEITAS A TRIBUTAÇÃO NORMAL.(ato não cooperativo). (art.85, 86 e 88 da Lei 5764/71). O resultado positivo das operações realizadas com terceiros, para cobertura de contratos, ou suprir capacidades ociosas de suas instalações industrias, bem como do fornecimento de bens e

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serviços adquiridos de terceiros para não associados, deverão ser contabilizados em separados e levados à conta “Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social” – Fates, de modo a permitir o cálculo para incidência dos tributos. 12.DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO. (Art.90 e 91 da Lei 5764/71) Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados; As cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus empregados para fins de legislação trabalhista e previdenciária.

No caso da associação ter a necessidade de contratação de pessoal não associado para atingir seus objetivos sociais, equipara-se a qualquer empresa jurídica, estando sujeita ‘a tributação específica.

13.DOS JUROS SOBRE QUOTAS-PARTES. (art.24 da Lei 5764/71) As sociedades cooperativas somente poderão pagar juros sobre o valor das quotas-partes integralizadas, até o máximo de 12% (doze por cento) ano, quando tiverem sido apuradas sobras.

14.DA TRIBUTAÇÃO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO, COFINS E IMPOSTO DE RENDA. (art.15 da MP.2113/2001, ato declaratório SRF n. 70/99) Serão tributados os valores apurados, através do levantamento de balancetes mensais, o valor do resultado positivo apurado nas operações realizadas conforme demonstradas no item 11 e efetuar os recolhimentos.

O número de registro fornecido pelo Cartório substitui o NIRE da Jucesp, podendo ser utilizado para a inscrição junto a Secretaria da Fazenda conseguindo com isso a Inscrição Estadual e os talonários para venda de produtos. Esta opção sujeita a entidade à todas as formas de tributação de uma empresa normal.

15.DA CONTABILIDADE. A contabilidade da cooperativa deverá obedecer as normas e princípios previstos nas Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC, resolução CFC. N. 560/83, que estabelece as regras de conduta profissional e procedimentos técnicos a serem observados.

A contabilidade deve obedecer as normas e princípios previstos nas Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC, resolução CFC. N. 560/83, que estabelece as regras de conduta profissional e procedimentos técnicos a serem observados.

16.DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS São consideradas demonstrações contábeis obrigatórias; Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. Não obrigatórias, porem de extrema importância para os administradores e associados Demonstração das Sobras ou Perdas à Disposição da AGO; Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido; Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos e Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis.

São consideradas demonstrações contábeis obrigatórias; Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.

17.DA OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO. Na ordem de constituição, a cooperativa deverá providenciar os seguintes registros; Na Junta Comercial (estatuto e ata de fundação Na Receita Federal (CNPJ) Na Secretaria da Fazenda (inscrição Estadual) Na Prefeita Municipal (inscrição municipal)

Na ordem de constituição, a associação deverá providenciar os seguintes registros; No Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas(estatuto e ata de fundação Na Receita Federal (CNPJ) Na Secretaria da Fazenda – se for o caso (inscrição Estadual) Na Prefeita Municipal (inscrição municipal)

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LIVROS OBRIGATÓRIOS

Livro Ata Assembléias Livro Ata Administração Livro Ata Conselho Deliberativo Livro Ata Conselho Fiscal Livro e Presença nas Assembléias Gerais

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MOTIVAÇÃO

Motivação é a questão fundamental para a produtividade e bem estar de uma pessoa ou um grupo no seu trabalho. Sem motivação há pura paralisação e sabotagem das possibilidades, mas com animo de motivação, entusiasmo a pessoa/o grupo vence as dificuldades e luta pelo sucesso dos seus ideais com energia, persistência e alegria contagiante.

Motivação é energia interna

Motivação é um tipo de energia psicológica, como uma chama interna ou entusiasmo, que faz a pessoa se esforçar, ter vontade de agir. O ser humano tem vários níveis de motivação ligados a procura de satisfazer suas necessidades, desejos e ideais:

- físicas como comida, moradia, vestuário, segurança, ou simplesmente de sobrevivência biológica,

- de contato com os outros, afeto, cooperação, convivência, aceitação e reconhecimento

- de descobrimento da realidade - de desenvolvimento de seus dons e interesses específicos da sua personalidade - de realizar seus ideais e crenças

Nessa relação aparecem primeiro as necessidades mais elementares (físicas) e no final as mais elevadas (metafísicas). No fundo a motivação é amor pela vida.

Motivações contraproducentes individuais

Como ninguém é perfeito, todo ser humano tem vontades e anseios mais ou menos inconscientes contrárias à realização das suas verdadeiras qualidades e possibilidades. Por exemplo, inveja, egocentrismo, intolerância e inversão de valores “motivam” a pessoa agir contra o que seria útil e bom para ela mesma e para os outros. Todos nos temos motivações patológicas em algum grau. Isto causa no campo de trabalho vários problemas como: - oposição a cooperação e ao desenvolvimento do coletivo - fofocas, intrigas, desonestidade - lutas pelo poder, competição, desejo de controle, conflitos irracionais - passividade, indiferença, preguiça, desonestidade - destrutividade, agressividade e sabotagem etc.

A sabedoria significa ter a humildade de conscientizar estas condutas patológicas em si. O coletivo deveria se organizar para que um ajude o outro nesse sentido.

Reflexão sobre a motivação estrutural

Como a motivação é uma questão de ética, ela deveria ser analisada também do ponto de vista da finalidade e estrutura da organização onde o indivíduo trabalha: - Na estrutura de empresas privadas de filosofia capitalista a finalidade primordial é

conseguir o máximo de lucro para os donos. O dinheiro é mais valorizado de que o trabalho e a qualidade de vida das pessoas. Os empregados (a grande maioria) não tem direito aos frutos do seu trabalho (lucro). Esta estrutura incentiva à competição destrutiva entre as pessoas, individualismo (egoísmo) e consumismo alienante (incentivando necessidades irracionais). Ela ignora em grande parte os valores humanos, e não propicia uma motivação ética.

- O trabalho de uma organização pública tem a finalidade de servir e proteger o povo, tendo um objetivo para o bem publico. Nesse aspecto a estrutura publica tem uma base ética, o que deveria incentivar os funcionários a se esforçarem e trabalharem com maior motivação do que os empregados das empresas privadas, inclusive porque o salário deles é pago pelo dinheiro do povo. Mas na prática a situação é contrária. Os funcionários públicos têm uma fama de serem desinteressados, desmotivados, de trabalharem o mínimo possível e às vezes dificultarem os interesses do povo/cliente.

- Nas empresas de sociais e cooperativas de trabalho deveria se encontrar alta motivação e entusiasmo, sendo que todos são donos e, portanto tem direitos e

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responsabilidades dos resultados, mas a situação pratica não confirma isto. Há muitos problemas de produtividade, tais como indiferença, passividade, atitude de querer ter todas as vantagens imaginarias sem esforço necessário, conflitos, lutas de poder e dificuldades de relacionamento. Parece que as pessoas não têm cultura e equilíbrio psicológico para poderem trabalhar efetivamente na organização democrática. Esta problemática não está sendo lidada com a atenção que ela merece.

O que fazer para melhorar motivação

Motivação é a base do desenvolvimento, realização e produtividade. Para poder melhorar a motivação individual e coletiva é necessário: - desenvolver uma filosofia ética de trabalho, com programas constantes de despertar os

ideais da vida e de conscientização das virtudes humanas e da ética profissional - desenvolver estruturas éticas de trabalho, modelos solidários de empresa, como, por

exemplo, empresa social, de autogestão ou cooperativa de trabalho, onde a participação nas decisões e nos resultados do trabalho é justa,

- incentivar o esforço individual, organizando de várias maneiras o reconhecimento psicológico, social e econômico (reforço positivo) como também normatizar desvantagens pela baixa produção e/ou baixa qualidade de trabalho (reforço negativo).

- conscientizar e lidar com as motivações contraproducentes (patológicas), usando métodos de avaliação de desempenho e diálogos de desenvolvimento (feedback para despertar a consciência das potencialidades e das falhas)

- zelar pela organização do trabalho bem definida e clara para todos, zelar pela comunicação aberta e pela transparência econômica

Leia também MAE2.5.2 Princípios de retirada Diferenciada.

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CONCRAB MAE 2.5.2 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti 05.08.04

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PRINCÍPIOS DE RETIRADA DIFERENCIADA Introdução

O objetivo de aplicar retiradas diferenciadas é incentivar o esforço e a iniciativa individual em favor do coletivo.

Um problema comun e serio nas empresas sociais é que os sócios querem ter total igualdade dos direitos mas não nos deveres. Por exemplo, uma pessoa que tem pouco interesse produzir e se desenvolver, quer ter os mesmos direitos que a outra que se empenha e esforça frustrando as próprias vontades em beneficio do coletivo. Isto desestimula pessoas de se esforçarem, o que causa descontentamento e um ar de injustiça. Isto alimenta passividade e indiferença, em outras palavras baixa produtividade. Vivemos num ambiente capitalista, somos obrigados de ser produtivos no bom sentido, no sentido coletivo, solidário.

Uma diferenciação dos ganhos baseada na produção individual desperta motivação de conhecer suas falhas e vontade de se desenvolver. A diferenciação deve ser definida de modo que um aumento de vantagem individual deve criar um beneficio ainda maior para o coletivo.

Princípios

O modelo sugerido segue os princípios e regras: 1 O grupo de cooperados avalia a produtividade de cada um mutuamente.

Cada um avalia os seus parceiros pelos fatores: esforço e produtividade individual no trabalho solidariedade com o coletivo e companheirismo dando o valor 1, 2 ou 3 com o seguinte conteúdo: 1 (júnior); quem tem bastante para aprender e se desenvolver. 2 (pleno); quem está agindo de modo satisfatório mas quem ainda

pode se desenvolver bastante. 3 (sénior); ou quem pode ser considerado como um modelo para

outros mas quem mesmo assim pode se desenvolver. 2 Esta avaliação é feita no formulário (em anexo) de modo anónimo. 3 Deve-se avaliar os dois aspectos (produtividade e solidariedade) da

pessoa em questão, mas se você não se sente em condições de avaliar um companheiro, não precisa.

4 Depois é calculado a soma dos pontos que cada pessoa ganhou e calculada a media da pontuação no dois aspectos e no final a media delas, o que dá a pontuação final geral.

5 Na base desta pontuação é feita a classificação de cada um. Se a pessoa recebeu um valor menor que 1,6 a classe dela é 1 (júnior), se a pontuação dela é igual ou acima de 1,6 mas inferior que 2,4 a classe dela é 2 (pleno) e se a pontuação dela é igual ou superior 2,4, a classe dela é 3 (sénior). Pode se também colocar os sócios em ordem crescente de pontuação e decidir que o primeiro terço é sénior, o do meio pleno e o ultimo terço júnior para criar categorias de mesmo tamanho.

6 Quando horas trabalhadas é usada como base de calculo de retiradas (como por e3xemplo é o caso da Copavi), a classificação implica nas horas trabalhadas de seguinte forma: classe 1: não há alteração no cômputo de retirada classe 2: as horas trabalhadas são multiplicadas por 1,05

(acréscimo de 5 %) classe 3: as horas trabalhadas são multiplicadas por 1,10

(acréscimo de 10 %) A diferenciação poderia ser maior, por exemplo 10 e 20 porcento.

7 Os adolescentes não avaliam os adultos. 8 Os que não trabalham diariamente na empresa, não são avaliadas e

não tem direito de avaliar os outros.

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CONCRAB MAE 2.5.2 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti 05.08.04

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9 Se tiver classificações preenchidas onde todas as marcações são iguais ou de modo geral duvidosas, estas são desconsideradas no cômputo.

10 A avaliações serão repetidas trimestralmente Este processo de avaliação deve ser realizado pelo menos duas vezes em seguida para poder avaliar o efeito do processo.

Junto com a classificação profissional é recomendável que se aplica os princípios de Dialogo de Desenvolvimento Pessoal (MEA 4.4.2), O dialogo é organizado trimestralmente. O coordenador executivo e/ou coordenadores de cada área conversam com seus parceiros individualmente para transmitir a avaliação verbal mútua entre si com o seguinte conteúdo: - Destacar os pontos produtivos do trabalho do outro e de sua

solidariedade, reconhecer as boas ações, dar reforço positivo. - Destacar os pontos onde a pessoa pode realizar melhor seu trabalho, as

possibilidades de crescimento dela, colocando enfoque nas potencialidades dela. (Evitar critica concentrada nos erros e falhas.)

É importante que o dialogo é visto como um incentivo, uma ajuda e não como uma repressão ou ameaça que causa medo e tensão.

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CONCRAB MAE 2.5.2 Anexo1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agraria 05.08.04

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CLASSIFICAÇÂO PROFISSIONAL para diferenciação de retirada e desenvolvimento pessoal

Resultado da classificação

Nome do colega Esforço no trabalho

Solidari-edade

Media Júnior Pleno Senior

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CONCRAB MAE 2.6.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agrária Pertti 05.08.04

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LISTA DAS CARACTERÍSTICAS DO LÍDER SOLIDARIO

Os participantes do curso Liderança Autogestionaria elaboraram em 27.06.02 na Coopram a seguinte lista das características necessárias para a liderança autogestionaria, solidaria: - bom senso - justo, imparcial, ético, transparente - participativo, democrático, aceita liberdade de expressão - estabelece metas claras, sabe delegar - relacionamento humano: cooperativo, respeita outros, comunicativo,

transmite confiança e entusiasmo, sabe ouvir - reconhece ativamente as boas ações dos outros - sabe dar e receber critica - reconhece próprias falhas e limitações, desenvolve próprio

autoconhecimento - tem amor pelo que faz, responsabilidade, iniciativa - sabe organizar seus trabalhos - desenvolve intuição, espiritualidade - inteligente, criativo - procura sempre novos conhecimentos - tem atitude de resolução de problemas (não os exagera, nem os

esconde, procura alternativas e soluções) - sabe despertar a união entre as pessoas - conhece bem os princípios de autogestão - sabe aplicar e desenvolver a liderança solidária Estas são as qualidades que todos deveriam procurar praticar e desenvolver sem parar.

LISTA DOS PROBLEMAS COMUNS DA LIDERANÇA

O grupo levantou seguintes problemas e falhas comuns da liderança: - não ouve, não acata sugestões dos outros - arrogante, prepotente, se acha perfeito, grosso - parcial - temperamental - desorganizado - incompreensível - abuso de poder - falta de comunicação - ignorante - corrupto Estes são problemas que todos nos temos em algum grau e deveríamos conscientiza-los para o nosso próprio bem.

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CONCRAB MAE 2.7.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agraria Pertti 05.08.04

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REUNIÕES PRODUTIVAS Para que uma reunião fosse produtiva é necessário que ela seja conduzida com disciplina e planejamento necessário. O presidente da reunião tem a responsabilidade principal. Antes da reunião:

1 Convoque a reunião com antecedência necessária. 2 Prepare uma pauta bem pensada. Planeje o tempo aproximado para cada assunto. 3 Verifique que o local da reunião está em ordem com equipamentos necessários, por

exemplo, retroprojetor, quadro-negro, cadeiras, limpeza,... 4 Prepare a pessoa quem vai funcionar como secretaria se possível com informações

antecipadas para facilitar o trabalho dela. 5 Distribua o material necessário com antecedência para os participantes.

Durante a reunião:

6 Comece pontualmente, mostrando o exemplo. Explique os motivos e objetivos da reunião esclarecendo a pauta. Verifique a legalidade de reunião.

7 Se há poucos participantes na reunião, não use tempo para reclamar sobre os ausentes, não dê tempo e poder para os ausentes, mas valorize as pessoas presentes.

8 Organize o trabalho da reunião, presidente, secretaria, outros. 9 Esclarece a disciplina e metodologia a ser adotada. Se a reunião é grande e

facilmente tumultuosa, procura deixar os objetivos de disciplina claros, talvez por escrito na parede da sala:

- quem quer falar, deve pedir sua vez formalmente, por exemplo, levantando a mão.

- só se pode falar, quando autorizado pelo presidente. - presidente pode preestabelecer o tempo máximo de cada fala - se os participantes conversam entre si dificultando a reunião com barulho, é

importante de agir para reduzir ou impedir isto objetivamente - se alguém falar com a voz muita baixa, peça-o falar mais alto, ou que alguém

“traduz” a fala dele - alguém pode ser designado para cuidar da parte da disciplina para poupar

presidente (Se os participantes já tem uma rotina boa de agir nas reuniões, a necessidade de regras de disciplina é menor.)

10 Tratando-se de um assunto, peça os responsáveis dar esclarecimentos necessários, faz perguntas abertas, peça os participantes de se manifestar, incentive-os a fazer propostas.

11 Procure facilitar uma participação equilibrada limitando falas cumpridas e dominantes e incentivando os mais passivos ou tímidos de se expressar.

12 Procure reforçar aspectos positivos de cada fala. 13 Ajude o grupo aceitar opiniões conflitantes. 14 Procure impedir colocações ou agressões pessoais mantendo o foco no assunto, nos

fatos e nas questões objetivas. 15 Se necessário, trate de emoções despertadas tais como angustia, frustração ou raiva.

Procure aceita-las, desvendando-as e deixando as pessoas manifesta-las, mas evite que se der poder para elas. Desenvolve tolerância com emoções. Isto por si só é o melhor remédio inicial.

16 Leve o assunto para votação formal quando não há consenso determinado. 17 Procure concluir cada assunto da pauta claramente definindo decisões e providencias

a serem tomadas. Os encaminhamentos são documentados nas ata da reunião. 18 Se o assunto prolonga-se muito, faz um corte e passe o assunto para a próxima

reunião, para respeitar o horário. 19 No final da reunião, se for necessário, define sobre a próxima reunião; data, local,

objetivos, metodologia etc. 20 Encerra a reunião claramente de preferência com uma mensagem animadora e

reconhecendo o valor das participações.

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CONCRAB MAE 2.7.1 Manual do Acompanhamento das Empresas Sociais dos Assentamentos da Reforma Agraria Pertti 05.08.04

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Depois da reunião: 21 Dê seu apoio para pessoas que ajudaram durante a reunião. 22 Verifique que os assuntos estão sendo encaminhados e realizados conforme

combinado. 23 Procure conscientizar as pessoas dominantes demais para se brecarem e ajudar os

mais quietos de se comunicarem na próxima reunião. (Conforme o livro Supervision de Gregory Bounds e John Woods há seis maneiras comuns de estragar a reunião:

1 Uma pessoa fala demais. 2 Discute-se tempo demais sobre um tema. 3 Evita-se um assunto importante ou age de modo vago. 4 Pula-se de um assunto para outro sem conclui-los. 5 Quando se ataca uma pessoa em vez de lidar com a ação dela. 6 Não se cuida da ordem da reunião.)

(Fontes: Texto do MST; Os mecanismos para combater os desvios ideologicos, e o livro; Managing Teams, Lawrence Holpp, McGraw-Hill Companies, 1999)