concessao loas deficiente menor

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO ___ JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _________ (adaptar o endereçamento em caso de Subseção Judiciária) AUTOR, (qualificação), menor de idade, inscrito no CPF sob o n. _______, residente e domiciliado na (endereço) neste ato representado por sua Genitora, (nome e qualificação da representante), vem perante este juízo, na pessoa de seus procuradores que esta subscrevem, profissionalmente estabelecidos na (endereço), propor, nos termos dos artigos 1º, III, e 203, V, da CF/88 e do artigo 20 da Lei 8.742/93, a presente AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA - LOAS em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, que deverá ser citado por sua Procuradoria Regional, com endereço na (endereço da Procuradoria do INSS), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir: BREVE RELATO DOS FATOS

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P R O C U R A O

EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DO ___ JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEO JUDICIRIA DE _________ (adaptar o endereamento em caso de Subseo Judiciria)

AUTOR, (qualificao), menor de idade, inscrito no CPF sob o n. _______, residente e domiciliado na (endereo) neste ato representado por sua Genitora, (nome e qualificao da representante), vem perante este juzo, na pessoa de seus procuradores que esta subscrevem, profissionalmente estabelecidos na (endereo), propor, nos termos dos artigos 1, III, e 203, V, da CF/88 e do artigo 20 da Lei 8.742/93, a presente AO PREVIDENCIRIA DE CONCESSO DE BENEFCIO DE PRESTAO CONTINUADA AO PORTADOR DE DEFICINCIA - LOAS em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS, que dever ser citado por sua Procuradoria Regional, com endereo na (endereo da Procuradoria do INSS), pelos fatos e fundamentos jurdicos a seguir:

BREVE RELATO DOS FATOS

O autor, menor de idade (idade), portador de (descrever a doena ou sequela adaptar conforme o caso). Em razo de seu quadro clnico e da extrema carncia financeira de seu grupo familiar, pleiteou perante o INSS a concesso do benefcio em questo em (data do requerimento administrativo). Entretanto, teve seu pedido negado sob a alegao de que seu quadro clnico no preenche o requisito estampado no pargrafo 2 do art. 20 da Lei 8.742/93.

O autor vive com (fazer um breve relato sobre o grupo familiar do autor, descrevendo as pessoas que residem sob o mesmo teto e as eventuais rendas auferidas pelos mesmos).DO DIREITO

A Constituio Federal, em seu art. 203, V, regulamentado pelo art. 20, caput, da Lei 8.742/93, assegura a concesso do benefcio propugnado pessoa que dele necessitar, independentemente de contribuio, desde que seja portadora de deficincia ou idosa, e que comprove no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida pela famlia.

De incio, cumpre salientar que eventual argumento de que a renda do grupo familiar ao qual pertence o autor superior ao patamar estabelecido em lei no merece prosperar, uma vez que a regra do 3 do art. 20 no se trata de um critrio absoluto[footnoteRef:1]. [1: ndice Temtico da TNU - Renda do grupo familiar. A renda familiar per capita de at do salrio mnimo gera presuno absoluta de miserabilidade, mas no um critrio absoluto. Trata-se de um limite mnimo, motivo pelo qual a renda superior a este patamar no afasta o direito ao benefcio se a miserabilidade restar comprovada por outros meios. Grifamos.]

O texto legal (3, art. 20, LBP-LOAS) deve receber interpretao ampliada, devendo considerar as condies de vida da famlia. Uma anlise mais completa do caso concreto estaria em consonncia com o princpio da dignidade da pessoa humana e, portanto, muito mais prximo de uma deciso justa.

Com efeito, o melhor entendimento o de que o critrio previsto no 3 do Art. 20 da Lei 8.742/93 no deve ser encarado como uma limitao dos meios de prova da condio de miserabilidade da famlia do necessitado deficiente ou idoso, mas to somente como um dentre outros parmetros de anlise da renda.

Ademais, cumpre ressaltar que o critrio previsto para aferio da miserabilidade (1/4 do salrio mnimo) foi considerado inconstitucional em recente manifestao do STF (RE 580963/PR), especialmente por fora de dispositivos legais posteriores (Lei 9.533/97 e 10.689/2003) que consideram hipossuficiente a pessoa cuja renda mensal no ultrapassa a soma de meio salrio mnimo mensal.

A inconstitucionalidade foi declarada sob o argumento de que no atual contexto de significativas mudanas econmicas e sociais, as legislaes em matria de benefcios previdencirios e assistenciais tem trazido critrios econmicos mais generosos, com consequente aumento do valor padro da renda familiar per capita.

No que tange ao requisito mdico, no h dvidas de que a situao vivenciada pelo autor amolda-se perfeitamente hiptese legal estampada no pargrafo 2 do art. 20 da LOAS.

Muito embora a inovao legal trazida pela Lei 12.435/11 tenha retirado o termo incapacidade e inserido impedimento, o fato que no caso dos menores de 16 anos de idade a avaliao do quadro clnico deve se dar sob outra tica.

O impedimento ou incapacidade - de que tratamos deve ser entendido no apenas pela tica mdica, mas tambm pela social[footnoteRef:2]. Sendo o Requerente menor de idade (e, ainda, portador de sria deficincia retirar, conforme o caso), no possui qualquer condio ou meio de prover-se por si s, tampouco poder ser dignamente amparado somente com a ajuda de sua famlia. [2: A incapacidade para o trabalho deve ser avaliada do ponto de vista mdico e social. interpretao sistemtica da legislao TNU em Incidente de Uniformizao de Jurisprudncia PEDILEF 200783005052586, Relatora Juza Federal Maria Divina Vitria DJU 02/02/2009]

O Decreto 6.214/2007 vai mais a fundo e esclarece o tema quando se trata de benefcio a menores de dezesseis anos. Consta no referido diploma legal que:

Art. 4, pargrafo 1 - Para fins de reconhecimento do direito ao Benefcio de Prestao Continuada s crianas e adolescentes menores de dezesseis anos de idade, deve ser avaliada a existncia da deficincia e o seu impacto na limitao do desempenho de atividade e restrio da participao social, compatvel com a idade.

(Descrever de que modo o quadro clnico do autor amolda-se hiptese legal)

Assim, certo que o autor dispe de todos os requisitos necessrios concesso do benefcio pleiteado, visto que sua necessidade est fundada tanto nas questes mdicas quanto nas questes sociais.

DOS PEDIDOS

A vista de todo o exposto, requeremos a Vossa Excelncia:

a) seja julgado procedente o pedido contido na ao, para determinar a concesso do Benefcio de Prestao Continuada - LOAS ao Autor;

b) seja a parte R condenada ao pagamento das parcelas devidas desde o requerimento administrativo (data);

c) a citao da R, atravs de sua Procuradoria Regional, com endereo na (endereo);

d) a intimao do Ministrio Pblico Federal;e) concesso dos benefcios da assistncia judiciria parte autora;f) a produo de todos os meios de provas em direito admitidas.

O Autor declara estar ciente de que os valores postulados perante o Juizado Especial Federal no podero exceder 60 (sessenta) salrios mnimos, renunciando, expressamente, at a presente data, ao excedente.

D-se presente causa o valor de R$ ___ (valor da causa, no superior a 60 salrios mnimos).

Pede deferimento.

Local e data.

ADVOGADOOAB2