conceitos e teoremas de transformações lineares

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Conceitos e Teoremas de Transforma¸ c˜oesLineares: ´ Algebra Linear - T05 - Prof. Dr. Simone Baista. Teorema 1: Dados dois espa¸ cos vetoriais reais V e W ,(V de dimens˜ao finita), seja β = { v 1 ,v 2 ,...,v k } uma base de V , e sejam w 1 ,w 2 ,...,w + k vetores arbitr´arios (quaisquer) de W . Ent˜ ao, existe uma ´ unicaaplica¸c˜ ao linear T : V W tal que T (v 1 )= w 1 ,T (v 2 )= w 2 ,...,T (v k )= w k . Observa¸ ao: Se v V v = a 1 v 1 +a 2 v 2 +··· +a k v k T (v)= a 1 T (v 1 )+a 2 T (v 2 )+··· +a k T (v k )= a 1 w 1 +a 2 w 2 +··· +a k w k Problemas: Problema 1: Qual a transforma¸c˜ ao linear T : R 2 R 3 tal que T (1, 0) = (2, 1, 0) e T (0, 1) = (0, 0, 1) ? Problema 2: Qual a transforma¸c˜ ao linear T : R 2 R 3 tal que T (1, 1) = (3, 2, 1) e T (0, 2) = (0, 1, 0) ? Defini¸ ao 1: Seja T : V W uma aplica¸ ao linear. A imagem de T ´ e o conjunto dos vetores w W tais que existe um vetor v V que satisfaz T (v)= w. Ou seja: Im (T )= { w W | T (v)= w para algum v V } . Observa¸ ao: Im (T e um subconjunto de W , nos exerc´ ıcios provaremos que Im (T e um subespa¸ co de W . Defini¸ ao 2: Seja T : V W uma aplica¸ ao linear. O conjunto de todos os vetores v V tais que T (v)=0 ´ e chamado de n´ ucleo da transforma¸ ao linear T e denotado por ker (T ). Ou seja: ker (T )= { v V | T (v)=0 } . Observa¸ ao: ker (T e um subconjunto de V , nos exerc´ ıcios provaremos que ker (T e um subespa¸co de V . Exerc´ ıcios: 1. Determine a imagem e o n´ ucleo das transforma¸c˜ oes lineares: (a) T : R 2 R, dada por T (x, y)= x +2y. (b) T : R 3 R 3 , dada por T (x, y, z)=(x, 2y, 0). Defini¸ ao 3: Dados V e W espa¸ cos vetoriais reais e uma aplica¸c˜ ao T : V W , dizemos que T ´ e injetora se dados u, v V com T (u)= T (v) temos u = v. Ou seja, T ´ e injetora ⇐⇒ T (u)= T (v) u = v Defini¸ ao 4: Dados V e W espa¸ cos vetoriais reais e uma aplica¸c˜ ao T : V W , dizemos que T ´ e sobrejetora se para todo w W, existir v V tal que T (v)= w. Ou seja, T : V W ´ e sobrejetora ⇐⇒ Im (T )= W . Exerc´ ıcios: 1. Verifique se as transforma¸ oes lineares abaixo s˜ao injetoras e se s˜ao sobrejetoras: (a) T : R 2 R 2 , dada por T (x, y)=(x +2y, 2x y). (b) T : R 3 R 2 , dada por T (x, y, z)=(x y +4z, 3x + y +8z). Teorema 2: Dados V e W espa¸ cos vetoriais reais e uma aplica¸ ao T : V W linear. T ´ e injetora ⇐⇒ ker (T )= { 0 } . Teorema 3: Dados V e W espa¸ cos vetoriais reais e T : V W linear. dim ( ker (T ) ) + dim ( Im (T ) ) = dim (V ) .

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Conceitos e Teoremas de Transformações Lineares

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  • Conceitos e Teoremas de Transformac~oes Lineares:Algebra Linear - T05 - Prof. Dr. Simone Baista.

    Teorema 1: Dados dois espacos vetoriais reais V e W , (V de dimens~ao nita), seja =v1; v2; : : : ; vk

    uma

    base de V , e sejam w1; w2; : : : ; w + k vetores arbitrarios (quaisquer) de W . Ent~ao, existe uma unica aplicac~ao

    linear T : V !W tal que T (v1) = w1; T (v2) = w2; : : : ; T (vk) = wk.

    Observac~ao:

    Se v 2 V ) v = a1 v1+a2 v2+ +ak vk ) T (v) = a1 T (v1)+a2 T (v2)+ +ak T (vk) = a1 w1+a2 w2+ +ak wk

    Problemas:

    Problema 1: Qual a transformac~ao linear T : R2 ! R3 tal que T (1; 0) = (2;1; 0) e T (0; 1) = (0; 0; 1) ?Problema 2: Qual a transformac~ao linear T : R2 ! R3 tal que T (1; 1) = (3; 2; 1) e T (0;2) = (0; 1; 0) ?

    Denic~ao 1: Seja T : V !W uma aplicac~ao linear. A imagem de T e o conjunto dos vetores w 2W tais queexiste um vetor v 2 V que satisfaz T (v) = w. Ou seja: Im (T ) = w 2W j T (v) = w para algum v 2 V .Observac~ao: Im (T ) e um subconjunto de W , nos exerccios provaremos que Im (T ) e um subespaco de W .

    Denic~ao 2: Seja T : V !W uma aplicac~ao linear. O conjunto de todos os vetores v 2 V tais que T (v) = 0e chamado de nucleo da transformac~ao linear T e e denotado por ker (T ). Ou seja: ker (T ) =

    v 2 V j T (v) = 0 .

    Observac~ao: ker (T ) e um subconjunto de V , nos exerccios provaremos que ker (T ) e um subespaco de V .

    Exerccios:

    1. Determine a imagem e o nucleo das transformac~oes lineares:

    (a) T : R2 ! R, dada por T (x; y) = x+ 2y.(b) T : R3 ! R3, dada por T (x; y; z) = (x; 2y; 0).

    Denic~ao 3: Dados V e W espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W , dizemos que T e injetora sedados u; v 2 V com T (u) = T (v) temos u = v. Ou seja, T e injetora () T (u) = T (v) ) u = v

    Denic~ao 4: Dados V e W espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W , dizemos que T e sobrejetorase para todo w 2W; existir v 2 V tal que T (v) = w. Ou seja, T : V !W e sobrejetora () Im (T ) = W .

    Exerccios:

    1. Verique se as transformac~oes lineares abaixo s~ao injetoras e se s~ao sobrejetoras:

    (a) T : R2 ! R2, dada por T (x; y) = (x+ 2y; 2x y).(b) T : R3 ! R2, dada por T (x; y; z) = (x y + 4z; 3x+ y + 8z).

    Teorema 2: Dados V eW espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W linear. T e injetora () ker (T ) = 0 .Teorema 3: Dados V eW espacos vetoriais reais e T : V !W linear. dim ker (T )+ dim Im (T ) = dim (V ) .

  • Teorema 4: Dados V eW espacos vetoriais reais de diemens~ao nita e T : V !W linear. Seja = v1; v2; : : : ; vkbase de V . Ent~ao im (T ) =

    T (v1); T (v2); : : : ; T (Vk)

    .

    Corolario 1: Dados V e W espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W linear.Se dim (V ) = dim (W ), ent~ao T e injetora se, e somente se, T e sobrejetora.

    Corolario 2: Dados V e W espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W linear injetora.Se dim (V ) = dim (W ), ent~ao T leva base em base.

    Exerccios:

    1. Determine o nucleo e a imagem, a dimens~ao do nucleo e da imagem das transformac~oes lineares abaixo e

    verique se as transformac~oes lineares abaixo s~ao injetoras e se s~ao sobrejetoras:

    (a) T : P2(R)! R3, dada por P (a2x2 + a1x+ a0) = (2a1 + a0; a2 a1; 3a1 + a0).

    (b) T : R3 !M22(R), dada por T (x; y; z) =0@ 2x x yy x

    1A.Teorema 5: Dados V , L e W espacos vetoriais reais e duas aplicac~oes T : V ! L e S : L!W linear.Ent~ao a transformac~ao composta S T : V !W e linear.

    Exerccios:

    1. Cacule S T :(a) T : R2 ! R3 dada por T (x; y) = (2x y; 3x+ 2y; x+ y)

    e S : R3 ! R2 dada por S(x; y; z) =2x+ y

    7;3x+ 2y

    7;x+ y

    7

    (b) T : P2(R)!M22(R) dada por T (ax2 + bx+ c) =24 a b

    b c

    35e S : M22(R)! R dada por S

    0@24 x yz w

    351A = x+ 2y 3z 4w.Denic~ao 5: Dados V e W espacos vetoriais reais e uma aplicac~ao T : V !W linear.Se T : V !W e injetora e sobrejetora a chamamos de isomorsmo. Neste caso, dizemos que V e W s~aoespacos vetoriais isomorfos.

    Observac~ao: Espacos vetoriais nitos isomorfos tem a mesma dimens~ao e todo isomorsmo T : V !W levabase em base. Alem disso, todo isomorsmo T : V !W e invertvel, ou seja, tem uma aplicac~ao linearT1 : W ! V , tal que T T1 = I.

    Exerccios:

    1. Seja T : R3 ! R3 dada por T (x; y; z) = (x 2y; z; x+ y)(a) Calcule Im (T ) e ker (T ). (b) Mostre que T e um isomorsmo.

    (c) Calcule a transformac~ao inversa T1.