conceitos de analise estruturada

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ETE de Taquarituba-SP Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza-CEETPS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAO TECNOLGICA PAULA SOUZA Escola Tcnica Estadual de Taquarituba CURSO DE TCNICO EM INFORMTICANCLEO PROGRAMAO

SISTEMASComponente Curricular Anlise e Projeto de Sistemas

Professor Luiz Angeloe-mail: [email protected] http://www.etetaquarituba.zzn.com

Cidade de Taquarituba-SP 2 Semestre/2007

Curso Tcnico em Informtica A.P.S. I | Pg.1

Conceitos BsicosAnliseDerivado do grego analein - desatar, soltar, significa dissoluo de um conjunto em suas partes. Em sentido amplo, empregam-se os termos anlise e analisar como sinnimos de exame e examinar, pesquisa e pesquisar, verificao e verificar.

ProcessoSrie de fenmenos sucessivos com relao de causa e efeito; por exemplo, uma empresa uma srie de causas (matrias primas, recursos humanos, tecnologia, etc.) que geram um efeito (produtos).

ProgramaEscrito em que se do os pormenores de um espetculo, de uma cerimnia, das condies de um concurso, dos procedimentos para execuo de uma tarefa.

Anlise de SistemasRepresenta o estudo detalhado de uma rea de trabalho (processo), que antecede uma ao que, quase sempre, implica no desenvolvimento de um conjunto de programas integrados(sistema) destinado execuo controle e acompanhamento do processo.

SistemasComo veremos, existe uma definio oficial do termo sistema no dicionrio, que parecer bastante abstrata. Existem, porm, muitos usos comuns do termo que lhe parecero perfeitamente familiares, e existem muitos tipos comuns de sistemas com que temos contato todos os dias. importante estar familiarizado com diferentes espcies de sistemas por pelo menos dois motivos. Primeiro, mesmo que seu trabalho como analista se concentre em um tipo de sistema - um sistema automatizado de informaes, computadorizado - ele normalmente far parte de um sistema maior. Desse modo, voc pode estar trabalhando em um sistema de pagamentos, que parte de um sistema maior de Recursos Humanos, que, por sua vez, parte da organizao comercial geral (que constitui um sistema), que , por sua vez, componente de um sistema econmico geral, e assim por diante. Ou voc pode estar trabalhando em um sistema de controle de processos que parte de uma refinaria qumica, ou em um sistema operacional que seja parte de um pacote de software de sistemas distribudos por vendedores. Assim, para que o seus sistema tenha sucesso, preciso conhecer os outros sistemas com os quais ele vai interagir. Muitos dos sistemas de computadores que elaboramos so substituies ou novas implementaes de sistemas no-computadorizados que j existem; alm disso, a maioria dos sistemas computadorizados interage ou tem uma interface com vrios sistemas existentes (alguns podem ser computadorizados ou no). Para que nosso sistema computadorizado seja bem-sucedido, precisamos conhecer, detalhadamente, como o sistema atual se comporta. Em segundo lugar, embora muitos tipos de sistemas paream ser totalmente diferentes, eles tm muitas semelhanas; existem princpios comuns, filosficas e teorias que se aplicam notavelmente bem a virtualmente todos os tipos de sistemas. Assim, podemos muitas vezes aplicar o que aprendemos sobre outros sistemas - com base em nossa experincia diria, bem como na experincia de cientistas e engenheiros em diversas reas - aos sistemas que elaboramos na rea da computao. Por exemplo, um dos importantes princpios de sistemas que primeiro foi observado no campo da biologia conhecido como a lei da especializao; quanto mais adaptado for um organismo a um determinado ambiente, mais difcil ser para esse organismo a adaptao a outro. IssoCurso de Tcnico em Informtica ETE Taquarituba- SP Pg. 2

ajuda a explicar o desaparecimento dos dinossauros quando o clima da Terra modificou-se radicalmente; ajuda, tambm, aos analistas de sistemas a compreenderem que se otimizarem um sistema computadorizado de forma a tirar a mxima vantagem de uma determinada UCP, de uma linguagem de programao e de um sistema de gerenciamento de banco de dados, podero vir a ter srios problemas em adaptar o sistema a ser processado em outra UCP ou com um diferente sistema de gerenciamento de banco de dados. Dessa maneira, se conhecermos alguma coisa da teoria geral dos sistemas, ela pode nos ajudar a compreender melhor os sistemas computadorizados (automatizados) de informaes. Isso cada dia mais importante, pois queremos construir sistemas estveis e confiveis, que funcionaro bem em nossa complexa sociedade - e h, naturalmente, muitos sistemas no-computadorizados que vm sobrevivendo por milhes de anos: a humilde barata provavelmente sobreviver a todos os sistemas computadorizados j construdos ou a construir, e a toda a humanidade, tambm. Assim vamos comear com uma definio do termo bsico sistema. 1. um grupo de itens que interagem entre si ou que sejam interdependentes, formando um todo unificado : como a. (1) um grupo de corpos que interagem entre si sob a influncia de foras relacionadas (2) uma mistura de substncias em equilbrio ou que tende para o equilbrio b. (1) um grupo de rgos do corpo que desempenham, em conjunto, uma ou mais funes vitais < o ~digestivo > (2) o corpo, considerando como uma unidade funcional. c. um grupo de objetos ou foras naturais relacionadas entre si < um ~fluvial > d. um grupo de dispositivos ou uma organizao em rede, principalmente para a distribuio de algum produto ou servindo a um propsito comum < um ~ telefnico > < um ~ de aquecimento> < um ~ rodovirio > < um ~ de processamento de dados > 2. um conjunto organizado de doutrinas, idias ou princpios, habitualmente previsto para explicar a organizao ou funcionamento de um conjunto sistemtico < o ~ da mecnica newtoniana > 3. a. um procedimento organizado ou estabelecido < o ~ de toques da digitao > b. uma maneira de classificar, simbolizar ou esquematizar < um ~ taxonmico > < o ~ decimal > 4. organizao ou modelo: ORDEM 5. sociedade organizada ESTABLISHMENT. ou situao social vista como indesejvel:

Tipos de Sistemas

Sistemas Naturais- Sistemas Estelares (galxias, sistemas solares, etc.) - Sistemas Geolgicos (rios, cadeias de montanhas etc.) - Sistemas Moleculares (organizaes complexas de tomos)

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Sistemas feitos pelo Homem- Sistemas Sociais (organizaes de leis, doutrinas, costumes, etc.) - Sistemas de Transporte (redes rodovirias, canais, linhas areas, petroleiros, e semelhantes). - Sistemas de Comunicao (Telefone, telex, sinais de fumaa, sinais manuais, etc.) - Sistemas de Manufatura (Fbricas, linhas de montagem, etc.) - Sistemas Financeiros (contabilidade, inventrios, livros-razo, controle de estoque, entre outros)

Sistemas Automatizados- Hardware de computadores - UCP, terminais, impressoras, unidades de fita magnticas, etc. - Software de computadores - programas de sistemas, como sistemas operacionais, sistemas de bancos de dados e programas de controle de telecomunicaes, alm dos programas aplicativos que executam as funes desejadas pelo usurio. - Pessoas - aquelas que operam o sistema, que fornecem as entradas e utilizam as sadas, e as que desempenham atividades de processamento manual em um sistema. - Dados - as informaes que o sistema conserva por um perodo de tempo. - Procedimentos - determinaes e instrues formais para a operao do sistema.

Anlise Estruturada Anlise TradicionalSegunda GeraoAt 1965 os computadores de grande porte instalados em nosso pas eram classificados como de segunda gerao, como por exemplo o 1401-IBM. Mximo no desenvolvimento de sistemas, era um sistema de folha de pagamento, e um sistema de controle de estoque. - Folha de pagamento (20 a 24 horas) para classificao de 10 mil funcionrios. - No existia formao profissional. - Sem documentao.

Terceira Gerao- 1965, chegada do COBOL (considerada auto documentvel). - Aumento considervel no nmero de usurios em informtica. - Documentao era compreendida somente pelo profissional que desenvolveu. - A documentao representava somente a parte fsica da aplicao. - As lgicas no existiam em lugar nenhum. O Software e o Hardware tem se desenvolvido de forma acentuada mas a documentao continua em muitos CPDs sem metodologia alguma, visando apenas como feito a aplicao(software), ou seja, uma documentao fsica, dedutiva, difcil manuteno e difcil entendimento.

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Relacionamento Usurio e Analista- Analista realizava a unio entre os usurios e os projetistas. - Concluso da etapa de requisitos funcionais do sistema. - O Analista responde pelo usurio a qualquer dvida que o projetista vem a ter. - Esta ferramenta diminui possveis dvidas a serem levantadas durante a fase de projeto. - preciso definir bem as responsabilidades de cada um, O analista responsvel por: estudos de viabilidade e alternativas, custo/benefcios, especificaes, prazos e teste de aceitao, enquanto o usurio o recebedor final do sistema. Este o responsvel pela deciso de integrao do sistema dentro das operaes da empresa, ou no. Somente ele, o usurio pode aceitar o sistema.

Problemas com Anlise Clssica (Tradicional)ComunicaoFormas de interpretao diferentes, gerando interpretaes erradas, e que levada adiante continuaro a serem distorcidas cada vez mais. - Uso excessivo de termos tcnicos(Analista X Usurio).

Mudanas naturais exigidas pelo sistema- Maior nas aplicaes comerciais. - Nmero discreto de portarias aplicadas pelos governos federal e estadual durante os ltimos anos.

Falta de Ferramentas- Ferramenta antiquada de 20 anos atrs. - Utilizando a narrativa proporcionando - Perda de tempo. - +50% das informaes deduzidas pelo profissional de informtica.

Documentao- As empresas no adotam um padro. - Existe a figura do Pai do Sistema. - Dificuldade de manter a documentao (o trabalho manuscrito)

Formao do Profissional- Precria formao profissional na rea de anlise de sistemas. - Adeptos da forma estruturada so submetidos a velha forma tradicional.

Dificuldade de Fixao do Problema- Com textos narrativos na fase de levantamento das necessidades do usurio +70% das informaes da documentao. - Localizao dos pontos a sofrerem alterao levam muito tempo, sem a certeza de todos os pontos foram alterados.

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Anlise Tradicional X Anlise EstruturadaComparaoEnquanto na verso clssica qualquer produto final s pode ser analisado numa nica dimenso, na verso estruturada um sistema pode ser analisado na dimenso exata das necessidades, tanto do analista quanto do usurio. Tudo vai depender da viso que o interessado deseja ter do sistema, se mais abrangente ou mais detalhada. A verso clssica totalmente prolixa(muito longa ou difusa), enquanto que a estruturada apresenta e expe o que feito e o que vai ser feito atravs do uso de grficos, o que torna a visualizao e entendimento muito mais claros e objetivos. A verso clssica entra diretamente em detalhes, pelo simples fato que o usurio pensa no computador como a frmula mgica para a soluo de todos os seus problemas. O trabalho de anlise dirigido s vezes at inconscientemente dessa forma. O levantamento feito principalmente a partir dos problemas apresentados pelo usurio, um a um, sem a preocupao do todo. Por ltimo levantando aquilo que na concepo do usurio est bem, sendo que s vezes, o que ia bem, ao ser informatizado passa a ir mal, simplesmente por falta de preocupao dos envolvidos com o todo. Na verso estruturada isso no acontece, pois o trabalho de anlise deve ser dirigido para a ferramenta e esta exige que a anlise deve ser feita de cima para baixo atravs de refinamentos sucessivos at atingir-se os detalhes. Durante a parte de levantamento, no deve existir por parte dos envolvidos analistas/usurios qualquer preocupao com problemas ou erros existentes. Primeiro deve-se construir o modelo lgico existente para em seguida, aps uma anlise conjunta bastante criteriosa, identificarmos os problemas e propormos as devidas solues. Por ltimo, a verso clssica gera um produto monoltico enquanto que a verso estruturada um totalmente particionado, do maior ao menor nvel de detalhe, possibilitando a identificao clara e simples de qualquer parte do sistema, bem como a agregao em pequenos blocos de funes afins.

Objetivos da Anlise EstruturadaO documento a ser padronizado deve ser: - Passvel de manuteno - Grfico - Lgico - Rigoroso - Conciso - Legvel Tudo isso deve ser um sub-produto natural do trabalho. Ou seja, terminada a fase de anlise, ningum deve necessitar de mais tempo para preparar a documentao - ela j deve estar concluda.

Conduo do Trabalho de AnliseA conduo da anlise deve ser: - Dirigida para a Ferramenta - Mensurvel/Pr-Determinada - Divisvel de vital importncia o cuidado de dirigir a anlise para a ferramenta, pois caso contrrio estaremos praticando a verso clssica para, numa segunda etapa, dispor as informaes de forma grfica. Ou seja a anlise deve ser feita de cima para baixo. ACurso de Tcnico em Informtica ETE Taquarituba- SP Pg. 6

preocupao de levantar o que feito pelo usurio deve ser constante e no, medida em que o usurio fala, pensar em como o analista vai mecanizar aquilo, quais vo ser as estruturas dos arquivos fsicos, quais sero os mtodos de acesso e outras preocupaes mais. Estas devero ser objeto de preocupao de quem vai desenvolver o projeto fsico e no dele, mesmo que ele venha a acumular essas funes.

Dilogo Usurio X AnalistaO dilogo usurio/analista dever ser: - Iterativo - Lgico Limitado

BibliografiaDeMarco, Tom - Anlise Estruturada e Especificao de Sistemas. Gane, Chris/Sarson, Trish - Anlise Estruturada de Sistemas. Guimares, ngelo de M. / Lages, Newton A.C. - Algoritmos e Estruturas de Dados. King, David - Criao de Software. Yourdon, Edward - Anlise Estruturada Moderna

Sites Pesquisadoshttp://www.digeratti.com.br http://www.intel.com.br http://www.ibm.com.br http://www.microsoft.com.br http://www.apostilasonline.com.br T http://www.superdownloads.com.brTTT

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Componente Curricular: Anlise de Sistemas I. Apostila Tcnicas de Anlise de Sistemas. Apostila 1 de 3. 09 pginas. Autor: Prof. Luiz Angelo de Oliveira, docente APS I, Curso Tcnico em Informtica, ETE de Taquarituba-SP

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