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1 REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE PROF. MANUEL JUNIOR IMUNOLOGIA - ENFERMAGEM Profº Manuel Junior www.professormanueljunior.com 2 Conceito Resposta imune adaptativa, exagerada ou inadequada, resultando em reação inflamatória e/ou dano tecidual Os antígenos podem ser introduzidos na corrente circulatória como numa picada de inseto ou ingeridos ou inalados (mais comum) que também podem causar reações sistêmicas severas. Profº Manuel Junior www.professormanueljunior.com 3 ATOPIA Tendência hereditária para a hiperprodução de anticorpos IgE para os alérgenos ambientais comuns 80% dos indivíduos alérgicos possuem história familiar Profº Manuel Junior www.professormanueljunior.com 4 Hereditariedade Profº Manuel Junior www.professormanueljunior.com 5 Profº Manuel Junior www.professormanueljunior.com 6 Anafilaxia Colapso cardiovascular súbito e broncoespasmos com dispnéia e/ou urticária Ocorre quando um paciente reage a uma substância para a qual ele é extremamente sensível Após a exposição ao antígeno ocorre a degranulação intensa de mastócitos e basófilos, para isso deve ter havido uma exposição anterior.

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REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

PROF. MANUEL JUNIORIMUNOLOGIA - ENFERMAGEM

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Conceito

� Resposta imune adaptativa, exagerada ou inadequada, resultando em reação inflamatória e/ou dano tecidual

� Os antígenos podem ser introduzidos na corrente circulatória como numa picada de inseto ou ingeridos ou inalados (mais comum) que também podem causar reações sistêmicas severas.

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ATOPIA

� Tendência hereditária para a hiperprodução de anticorpos IgE para os alérgenos ambientais comuns

� 80% dos indivíduos alérgicos possuem história familiar

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� Hereditariedade

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Anafilaxia

� Colapso cardiovascular súbito e broncoespasmos com dispnéia e/ou urticária

� Ocorre quando um paciente reage a uma substância para a qual ele é extremamente sensível

� Após a exposição ao antígeno ocorre a degranulação intensa de mastócitos e basófilos, para isso deve ter havido uma exposição anterior.

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Anafilaxia

� Incomum

� Extremamente perigosa

� Exemplos: picadas de inseto, alimentos, látex de borracha, medicamentos, frutos do mar

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Resposta anafilática ao veneno da abelha

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Anafilaxia Sistêmica

� A exposição a alguns alérgenos por via oral ou subcutânea que se disseminam pela corrente sanguínea ativando os mastócitos próximos aos vasos sanguíneos

� Células: mastócitos, basófilos e eosinófilos

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Anafilaxia Sistêmica

� Coração e sistema vascular: � ↑ permeabilidade capilar: edema

tecidual (lingua), ↓ pressão arterial (choque anafilático), oxigenação reduzida, batimentos cardíacos irregulares, perda da consciência

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Anafilaxia Sistêmica

� Trato respiratório: contração de músculo liso e constrição da garganta, dificuldade para respirar e deglutir.

� Trato gastrintestinal: contração de músculo liso: cólicas estomacais, vômito, diarréia.

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Tratamento imediato anafilaxia

� Pode ser fatal� Injeção de epinefrina (adrenalina) controla

formando novamente as junções estreitas entre as células endoteliais

� Redução da permeabilidade impedindo a perda de líquido do sangue, diminuindo também o edema

� Relaxamento da musculatura lisa e do coração

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Asma

� Uma reação alérgica em que as vias aéreas tornam-se inflamadas, sofrem constrição e são bloqueadas pelo muco

� Medidas de capacidade respiratória –espirometria e inalação

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Classificação

� Tipo I – mediada pelas IgE, ativando mastócitos (anafilática)

� Tipo II – mediada pela IgG, fagócitos e complemento (citotóxica)

� Tipo III – mediada por IgG, complexos imunes e fagócitos (mediada por complexos imunes)

� Tipo IV – mediada por linfócitos T (Th1, Th2 ou Tc) (celular ou tardia)

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Hipersensibilidade Tipo I

� Caracterizada por uma reação alérgica que se estabelece imediatamente após o contato com o antígeno (5 a 15 min) por indivíduo sensibilizado

� Mediada por IgE, que já havia sido produzida em contato anterior, assim a pessoa fica sensibilizada ao antígeno

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Hipersensibilidade Tipo I� Moléculas de IgE ativam a degranulação de

mastócitos, que liberam histaminas e quimiocinas (mediadores inflamatórios):- aumentam a permeabilidade vascular- vasodilatação- constrição brônquica (para antígenos inalados) pela contração do músculo liso ocasionado pela histamina- secreção aumentada de muco nas mucosas- espirros, tosse, sibilos, vômitos, etc

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Hipersensibilidade Tipo I

� Comumente causadas por antígenos particulados inalados, ingeridos ou injetados que atravessam a mucosa respiratória estimulando as respostas imunes:- pólens, ácaros e fungos- crustáceos, amendoim- drogas injetáveis ou orais- picadas de insetos, testes de alergia

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Hipersensibilidade Tipo I

� Alérgenos: em sua maioria são proteínas pequenas e solúveis que estão presentes em partículas ressecadas de material derivado de plantas e animais.

� Ao entrar em contato com o epitélio ciliado com muco se reidratam e liberam as proteínas antigênicas

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Hipersensibilidade Tipo I

� 20% das alergias deve-se às proteínas derivadas do Dermatophagoides pteronyssimus

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Hipersensibilidade Tipo I� Sensibilização (Ag/IL4)

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Ativação da célula chave: mastócito

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Fase Imediata

� Caracterizada por vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar, degranulação de mastócitos, edema local, iniciada 5-15 min até 30min geralmente após a exposição do indivíduo sensibilizado ao alérgenoespecífico.

� Produção de reação pápulo eritematosa

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Fase tardia

� Iniciada 4-6h depois da exposição podendo agir por até 24h. Caracterizada por infiltração de eosinófilos, basófilos, neutrófilos, monócitos, células T, podendo haver dano tecidual

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Hipersensibilidade Retardada

� Trata-se de um eczema de difícil resolução que não melhorou com o tratamento convencional. Quando se afastou alguns alimentos (dieta de exclusão) obteve-se a cura total do processo em 18 meses , o que se subentende um processo de intolerância escondida com hipersensibilidade retardada.

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Métodos de detecção e dosagem de IgE: Teste cutâneo

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Hipersensibilidade Tipo I� Severidade variável: desde coriza

e dificuldades respiratórias, atémorte por asfixia

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Hipersensibilidade Tipo I

� Antígenos alimentares e/ou drogas: os alimentos são degradados em peptídeos cada vez menores, que são apresentados às células T que montam a RI.

� Uma vez sensibilizada, qualquer ingestão subsequente causa reação imediata.

� O alérgeno passa pela parede epitelial e liga-se ao IgE dos mastócitos mucosos, que degranulam e liberam mediadores.

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Hipersensibilidade Tipo I

� Os vasos sanguineos tornam-se permeáveis e o líquido sai do sangue e atravessa o epiteliointestinal chagando à luz do intestino.

� A contração do músculo liso da parede do estômago produz cólicas e vômitos e no intestino produz diarréia

� Os alérgenos alimentares podem entrar na circulação e provocar danos em outros tecidos como urticária e angioedema.

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Hipersensibilidade Tipo I

� Prevenção e tratamento a partir de 3 fatores:- prevenção, isolamento- farmacologia, anti-histaminicos- imunologia, dessensibilização

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Hipersensibilidade Tipo II

� Ocorre quando moléculas pequenas se ligam a componentes das superfícies das células humanas, produzindo estruturas modificadas que são percebidas como estranhas.

� As células B produzem IgG que se ligam às células modificadas ativando complemento e fagocitose.

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Hipersensibilidade Tipo II

� Principal exemplo: penicilina� Liga-se a componentes da superfície das

hemácias ou plaquetas, � são reconhecidos como antígenos que

induzem a produção de anticorpos IgG e IgM contra o complexo droga-célula,

� ativação de complemento e fagocitose

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Hipersensibilidade Tipo III

� Causada por imunocomplexos formados por antígenos ligados à IgG formados contra eles.

� Os imunocomplexos ativam o complemento e iniciam uma resposta inflamatória que lesiona o tecido, prejudicando a fisiologia

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Hipersensibilidade Tipo III� O acúmulo de imunocomplexos:� ativa o complemento, � induzem fagocitose dos imunocomplexos

marcados, � estimula mastócitos a liberarem mediadores

inflamatórios, � causando urticária e recrutando céls para o tecido. � Ocorre o acúmulo de plaquetas que formam

coágulos e causam rompimento de vasos e hemorragia na pele

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Hipersensibilidade Tipo III� Principal exemplo: doença do soro� Formação de anticorpos que ficam circulantes

após exposição à alguma proteína estranha, como por exemplo penicilina,

� onde formam-se os complexos antígeno-anticorpos que ficam dispersos pelo organismo e passam a ser reconhecidos como antígenos,

� fixando complemento e induzindo fagocitose e resposta inflamatória

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Hipersensibilidade Tipo IV

� Causadas pelos produtos de células T específicas para o antígeno, quantidades centenas a milhares de vezes maior de antígeno.

� Ex.: Reação inflamatória em torno de uma picada ou ferroada de inseto. O organismo monta uma resposta imune às proteínas do inseto injetadas

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Hipersensibilidade Tipo IV

� Causadas também quando proteínas não humanas se ligam às superfícies celulares onde as moléculas de MHC classe I ativam às células T CD8

� Ex.: resposta alérgica à hera venenosa a partir de uma substância química liberada pela planta a partir de contato com suas folhas

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Hipersensibilidade Tipo IVDermatite de contato

� Células dendríticas epidermais apresentam o antígeno (associados a moléculas do MHC II)

para linfócitos T, dirigindo a diferenciação destes para Th1.

� Algumas das células Th1 sensibilizadas penetram na circulação e permanecem como

células de memória por um longo período

� Na próxima exposição ao antígeno estas

células serão mais facilmente ativadas. P rofº M anuel Junior

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Hipersensibilidade Tipo IV

� Principal exemplo: Teste da tuberculina (PPD)� É injetado no tecido subcutâneo proteínas do

M. tuberculosis, � As pessoas com imunidade contra o germe

produzem reação inflamatória local 24 a 72hs após

� Os peptídeos são apresentados aos macrófagos que estimulam células T de memória que induzem inflamação local

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* HS contato

� Níquel (Relógios de pulso)

� Dicromato (Couro)� Para-fenildiamina

(Protetores solares)� Desodorantes � etc

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