conceito de extensão rural
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Conceito de Extensão RuralTRANSCRIPT
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Conceito de Extenso Rural
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Extenso Rural (ER) um termo difcil de ser definido por causa da multiplicidade de
objetivos e da diversidade dos meios para se
atingir os mesmos.
A E.R. compe-se de duas dimenses:
uma comunicacional, sendo um processo dinmico que consiste em levar ao produtor rural
informaes teis e relevantes;
outra educacional que consiste em ajuda-lo a adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes
para utilizar com eficincia essas informaes
(dimenso educacional).
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O objetivo final deste processo o de tornar o agricultor capaz de melhorar seu nvel e qualidade de vida, pela utilizao dos conhecimentos, habilidades e informaes adquiridas.
Dentre as diversas definies de Extenso Rural, esta pode ser concebida como um servio de assessoramento a agricultores, suas famlias, seus grupos e organizaes, nos campos da tecnologia da produo agropecuria, administrao rural, educao alimentar, educao sanitria, educao ecolgica, associativismo e ao comunitria (FIGUEIREDO, 1984).
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uma atividade desenvolvida basicamente pelos setores pblicos federal, estadual e municipal, tambm ganhando nfase nos dias de hoje junto s Organizaes no Governamentais (ONGs), ao setor privado, atravs de cooperativas de grande porte, de empresas fornecedoras de insumos, entre outras entidades.
A E.R. se confunde com a educao no formal e suas metodologias de trabalho so empregadas em programas no especificamente agrcolas, como higiene, desenvolvimento comunitrio e planejamento familiar. A ER , portanto, um termo amplo, abrangendo as mais variadas atividades, envolvendo diferentes tipos de organizaes (pblicas, privadas e cooperadas), para atingir diversos pblicos (homens, mulheres, jovens), com diferentes mensagens sociais.
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o processo que visa desenvolver junto ao povo rural, conhecimentos e habilidades, sobre prticas
agropecurias, florestais e domsticas, reconhecidas
como importantes e necessrias melhoria de sua
qualidade de vida.
O papel da extenso pode ser revelado atravs do desdobramento de suas diferentes finalidades. Entre
estas finalidades, esto as seguintes:
Melhorar as condies econmicas e sociais da populao rural;
Aplicar os conhecimentos da cincia e a pesquisa aos problemas do agricultor e sua famlia;
Estender ao povo rural conhecimentos e habilidades, para a melhoria do seu nvel de vida;
Estimular os processos de mudanas da populao rural, nos campos tcnico, econmico e social;
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Preparar um dispositivo de disparo, que coloque em ao as aspiraes e as capacidades das
pessoas para o progresso;
Criar uma reao em cadeia que resulte em melhores condies de vida e de trabalho para a
populao rural;
Incorporar as massas rurais, atravs da educao, aos programas de desenvolvimento
de um pas;
Acelerar o desenvolvimento econmico e social das reas rurais;
Aumentar a renda do agricultor;
Servir de ponte entre a pesquisa agropecuria e o produtor rural
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Histrico
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A implantao de uma mentalidade extensionista no Brasil deve-se, em grande parte, ao trabalho pioneiro desenvolvido pela ACAR Associao de Crdito e Assistncia Rural, fundada em 1948, em Minas Gerais.
Por sua vez, a criao da ACAR foi fruto dos esforos feitos pela American International Association, a A.I.A., que estava empenhada em difundir o modelo do Servio de Extenso norte-americano, como meio de ajudar o desenvolvimento econmico e social de alguns pases em fase de desenvolvimento.
A expanso dos Servios de Extenso Rural, no Brasil, processou-se da seguinte forma:
Criao da ACAR 1948 Em dezembro de 1948, o Governo de Minas Gerais assinava convnio
com a A.I.A., criando a Associao de Crdito e Assistncia Rural ACAR, que iniciou suas atividades a partir de janeiro de 1949.
Introduzia-se, assim, no Brasil, a idia extensionista, com o objetivo de trabalhar pela promoo do homem rural.
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Surge a ANCAR no Nordeste 1954 Devido criao do Banco do Nordeste do Brasil, com sede em
Recife, em 1954, um grupo de lderes e autoridades resolveu criar uma entidade nos moldes da ACAR, porm de mbito regional, abrangendo os oitos Estados do Polgono das Secas: Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Novos Servios de Extenso surgem no Sul 1955/56 No Rio Grande do Sul, em junho de 1955, surge o terceiro Servio de
Extenso, com o nome de Associao Sulina de Crdito e Assistncia Rural, ASCAR, pela iniciativa de vrias instituies pblicas e privadas, a qual iniciou suas atividades a partir de 1956.
Por essa poca, existia o Programa de Cooperao Tcnica Brasil Estados Unidos, do qual fazia parte o Escritrio Tcnico de Agricultura, ETA, que funcionava em conjunto com Ministrio da Agricultura.
O ETA contribuiu de forma decisiva para expanso dos servios de extenso, especialmente na regio Sul do pas.
Com a participao tcnica e financeira do ETA, foram criados e iniciaram suas atividades, em 1956, mais dois servios de extenso: a Associao de Crdito e Assistncia Rural do Estado de Santa Catarina ACARESC, e a Associao de Crdito e Assistncia Rural do Paran ACARPA.
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Fundao da ABCAR 1956 O ano de 1956 foi decisivo para a consolidao da Extenso Rural no
Brasil. Aps a criao dos Servios de Extenso nos estados sulinos, houve um aceleramento no ritmo de expanso dos servios, e vrios outros estados comearam tomar iniciativa, para criar seus prprios Servios de Extenso.
Atualmente, as empresas responsveis pela Extenso Rural nos estados brasileiros so: EMATER (Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural) nos
seguintes Estados: Rio Grande do Sul, Paran, Rio de Janeiro e Gois
EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuria e Diviso Tecnolgica) - em Santa Catarina
CATI (Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de So Paulo) - So Paulo
EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecurio S.A.) - na Bahia
IDAM (Instituto de Desenvolvimento Agropecurio do Estado do Amazonas) Amazonas
EMPAER (Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural S.A.)- Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
Alm destas empresas, ressalta-se o trabalho de organizaes no governamentais brasileiras que se propem a assessorar e apoiar o desenvolvimento rural