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1. CONCEITO: Produto resultante da associação íntima entre um
aglomerante mais um agregado miúdo, mais um agregado graúdo e
água (+ ferragens).
2. CARACTERÍSTICAS
• Quanto aos esforços: compressão, tração e flexão;
• Flexibilidade de formas;
• Durabilidade;
• Transmissão de calor
3. TRAÇO Relação em volume entre o cimento, o agregado miúdo e o
agregado graúdo. Cimento : areia (grossa lavada) : brita (ou
pedregulho). Ex.: 1:3:5 (cimento : areia : brita).
4. CLASSIFICAÇÃO
• Simples: não contém ferragens. Somente submetido aos esforços
de compressão (ex: pisos).
• Armado: contém barras metálicas no sentido de eliminar os
esforços de flexão, tração e cisalhamento (ex: vigas, pilares, lajes,
etc.).
5. PROPRIEDADES DO CONCRETO • peso: ƒ(componentes, traço e adensamento);
• origem da brita
• 1:3:5
• peso específico: 2200 a 2600 kg/m3 (leve: + 1200 kg/m
3)
• dilatação térmica: 0,01 mm/m.ºC (-15°C a 50°C)
• porosidade e permeabilidade
• desgaste
6. MANEJO DO CONCRETO
• mistura • Manual: areia → cimento → água
• Mecânica: brita → cimento → ½ água → areia → ½ água
• lançamento do concreto • uma vez pronto deve ser rapidamente usado
• adensamento (ponteiras de ferro, vibrador mecânico, colher
de pedreiro)
• não deixar subir à superfície excesso de água ou pasta
• cura • é caracterizada pelo endurecimento do concreto com o
conseqüente aumento de resistência;
• manter a umidade da peça concretada é importante nesta
fase;
• evitar ventos e raios solares (perda prematura de água
tornando poroso e menos resistente);
• cura úmida
• molhar a superfície durante 3 dias (várias vezes ao
dia);
• cobrir a superfície (sacos vazios de cimento, lona
plástica, etc) após molhar pela 1ª vez.
7. TRAÇOS MAIS RECOMENDADOS NA PRÁTICA
1:2:2 Serviços de grande responsabilidade, estacas de penetração, etc.
1:2:3 Postes, caixas d’água, serviços de responsabilidade
1:2:4 Vergas (vigas sobre vãos), cintas de amarração, lajes pré-moldadas.
1:2:3,5 Vigas, pilares, colunas, lajes
1:2,5:4 Vigas, pilares, colmos em geral, lajes
...até aqui concreto armado
1:3:4 Serviços comuns, muros, paredes, pisos, etc.
1:2,5:5 Cintas de reforço, peças secundárias
1:3:5 Fundação, agulhas (ou brocas)
1;3:6 Alicerces
1:4:7 Lastro, base de calçadas, passeios
1:4:8 Base de alvenaria de tijolos, concreto ciclópico, contra-piso
Tabela. Dosagem do Concreto
Materiais por m3 Serviço Traço cimento
(kg) Areia (litro)
brita (litro)
Serviço de grande responsabilidade
(estacas de penetração)
1:2:2
488
600
600
Postes altos, caixas-reservatórios 1:2:3 388 554 683
Vigas, lages. Pilares, consoles 1:2,5:4 292 520 687
Capeamento, lajes pré-fabricadas 1:2:4 328 458 771
Concreto estrutural sob grandes cargas 1:2:3,5 343 490 706
Cinta de amarração 1:2,5:5 255 454 750
Cintas de amarração 1:3:5 242 518 711
Pisos sobre terrapleno 1:4:8 178 510 840
Observação: Cálculo empírico levando em conta:
a- peso variável de 2400 a 2600 de acordo com o traço.
b- fator água cimento 0,48 – 0,7 de acordo com importância
c- materiais sem correção como aconteceria com a umidade da
areia, para os casos 1, 2, 5.
8. TIPOS DE CONCRETO
8.1. Concreto de Cascalho Tipo Ciclópico
• lastros de piso sobre terrapleno, em obras de pouca importância e
sujeitas a cargas pequenas como terreiros de café, currais,
passeios, piso para residências térreas;
• cascalho é misturado à areia em proporções variadas e à
porcentagem também variada de terra;
• traço 1:10 ou 1:8 ou 1:15 conforme a natureza do serviço.
8.3. Concreto Ciclópico • incorpora-se pedras de mão ou calçadão, dispostas regularmente
em camadas convenientemente afastadas;
• pedras devem distar 5 cm (no mínimo) da superfície da peça
concretada;
• Usos: alicerces contínuos, em pequenas sapatas e muros de
arrimo;
• Exemplos de traço:
• Concreto 1:5:10 com 40% de pedra
• Concreto 1:4:8 com 40% de pedra
• Concreto 1:3:6 com 30% de pedra
• Concreto 1:10 com 40% de pedra
8.2. Concretos Especiais
• Entre os concretos especiais ressaltam os concretos leves, cujo
peso pode ser reduzido de 30 a 60% do concreto simples,
diminuindo-se logicamente também a resistência;
• concreto esponjoso: adiciona-se à argamassa, um preparado de
alumínio sob a forma de pó finíssimo, que em presença da pasta
de cimento reage, desenvolvendo gases que tornam a massa
porosa. Neste caso as placas conseguidas têm características de
isolantes termo-acústicos.
8.3. Concreto Armado
• união do concreto simples às armaduras de ferro. Concreto simples
resiste bem aos esforços de compressão e muito pouco aos de tração.
No entanto, elementos estruturais como lajes, vigas e pilares são
solicitados por outros esforços (tração e flexão), ultrapassando as
características do concreto simples. Por isso, torna-se necessário
juntar-lhe um material como o ferro que resiste bem a estes esforços.
• A união dos dois materiais é possível e realizada com pleno êxito
devido a uma série de características:
- Coeficientes de dilatação térmica praticamente iguais;
- Boa aderência entre ambos;
- Preservação do ferro contra a ferrugem.
• Vantagens:
- Boa resistência ao fogo;
- Adaptação a qualquer fôrma, permitindo inclusive montar-se
peças esculturais;
- Possibilidade de dimensões reduzidas;
- Resistência aos esforços aumenta com o tempo;
- Boa resistência a choques e vibrações;
- Rápida execução;
- Material higiênico por ser monolítico;
• Desvantagens:
- Impossibilidade de sofrer modificações;
- Demolição de custo elevado e sem aproveitamento do material
demolido.
9. LEITURA DO CONCRETO ARMADO:
9.1. LEITURA DE LAJES:
• ferragem: positiva (traços contínuos) e negativa (linha
tracejada). A malha de ferro que constitui a ferragem positiva, é
substituída na representação por 2 posições apenas, ortogonais.
Assim também a negativa, representada por duas linhas.
• Informações: posição, bitola dos ferros, espaçamento,
comprimento e quantidade.
• Posições 1, 2, 3 e 4 (ferros positivos)
• Posição 5 (ferros negativos)
Posição 1 => ferros de 3,70 metros na bitola ¼” e espaçados entre si
15 cm.
• Posição 5 => 35 ferros de 3/16”, espaçados 15 cm entre si e
com o comprimento de 1 m.
9.2. LEITURA DE TOCO PILAR E SAPATA
Dimensão do toco concretado = 20 x 20 cm
• Posição 1 => 4 ferros de ½” com 2,30 m
• Posição 2 => 6 estribos de ferro 3/16 no comprimento de 77
cm espaçados de 20 cm entre si. Estribo 18 x 18 cm
• Posição 3 => “radier” formado com 13 + 13 ferros 5/16” no
comprimento de 1,80 m, espaçados 15 cm entre si.
9.3. LEITURA DE PILAR:
• Posição 1 => 4 ferros de 3,30m com ½”
• Posição 2 => 16 estribos de 3/16” com 77 cm, espaçados 20 cm
9.4. LEITURA DE VIGA
viga (8,00 x 0,50m) com 1 apoio central e dois nas extremidades.
• Posição 1 - 2 ferros 3/16” com 8,10 m (inclui dobras).
• Posição 2 - 3 ferros ½” com 8,10 m (inclui dobras)
• Posição 3 - cavalete negativo - 2 ferros 3/8” com 2,30 m (inclui dobras)
• Posição 4 - cavaletes positivos - 2 ferros 3/8” com 3,50 m (inclui dobras)
sendo 2 em cada vão).
• Posição 5 - estribos de 18 x 48 cm - 41 de 3/16” com 3/16” com 1,37 m.
9.5. SUMÁRIO DE FERROS NECESSÁRIOS:
Exemplo: Ferragens para 10 vigas do exemplo anterior (0,50 x 8,00 m).
TABELA I
Comprimento Posição Diâmetro Quantidade Unitário Total (1 viga) 10 vigas
1 3/16’’ 2 8,10 16,20 126,00
2 ½’’ 3 8,10 14,30 143,00
3 3/8’’ 2 2,30 4,60 46,00
4 3/8’’ 4 3,50 14,00 140,00
5 3/16’’ 41 1,37 56,17 561,70
TABELA II
Diâmetro Comprimento Peso Kg/m
Peso 5% Perdas
Total* kg
3/16’’ 723,70 0,142 102,76 5,13 107,89
3/8’’ 186,00 0,557 103,60 5,18 108,78
½’’ 243,00 0,994 241,54 12,07 253,61
*Pode-se arredondar o resultado para mais, respectivamente 108, 109 e 254 kg
TABELA III
Diâmetro Peso kg 3/16 107,89
3/8 108,78
1/2 253,61