conass debate – uma agenda de eiciência para o sus – gestão clínica no sus (eugênio vilaça...

32
A A gestão da clínica gestão da clínica Eugênio Vilaça Mendes

Upload: conselho-nacional-de-secretarios-de-saude-conass

Post on 23-Jan-2018

283 views

Category:

Health & Medicine


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

AA gestão da clínica gestão da clínica

Eugênio Vilaça Mendes

Page 2: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

As mudanças no modelo de gestão do As mudanças no modelo de gestão do SUSSUS

• Essas mudanças visam a melhorar a gestão e a aumentar a eficiência e a qualidade do sistema

• Do modelo de gestão da oferta para o modelo de gestão da saúde da população

• O equilíbrio entre a gestão dos recursos e a gestão da clínica

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

Page 3: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O equilíbrio entre a gestão de recursos e O equilíbrio entre a gestão de recursos e a gestão da clínicaa gestão da clínica

• Há evidências de que o resultado ótimo é obtido quando se combinam esses dois tipos de ações

• Há evidências que as ações de gestão da clínica contribuem relativamente mais para a eficiência dos sistemas de atenção à saúde que as ações no campo das gestão dos recursos

• No SUS há um desequilíbrio entre a gestão de recursos e a gestão da clínica, sendo imprescindível ampliar, relativamente, a utilização das tecnologias de gestão dos cuidados

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

Page 4: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O equilíbrio entre a gestão dos recursos O equilíbrio entre a gestão dos recursos e a gestão da clínica: o caso da e a gestão da clínica: o caso da assistência farmacêuticaassistência farmacêutica

• Os ciclos logísticos A seleção: GC A programação: GR e GC A aquisição: GR O armazenamento: GR A distribuição: GR

• A farmácia clínica A prescrição do medicamento: GC O formulário terapêutico: GC A dispensação dos medicamentos: GR e GC A adesão aos tratamentos: GC A conciliação de medicamentos: GC A farmacovigilância: GC

GR: Gestão de recursos GC: Gestão da clínicaFonte: Marin N et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro, Organização Pan-Americana da Saúde, 2003

Page 5: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Por que a gestão da clínica?Por que a gestão da clínica?

• A singularidade das organizações de saúde

• O aumento incontrolado dos gastos em saúde

• O paradoxo da tecnologia médica

Page 6: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

A singularidade das organizações de A singularidade das organizações de saúdesaúde

• A singularidade organizacional: a organização profissional

• A singularidade econômica: a indução da demanda pela oferta

• As leis e os princípios dos sistemas de saúde: A lei de Wildavsky

O princípio da variabilidade na prestação dos serviços de saúde

A lei de Roemer A lei da caneta do médico A lei da concentração da severidade e dos gastos com

as doenças

Fonte: Mendes EV. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gestores deveriam saber sobre essas organizações complexas. Fortaleza, Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002

Page 7: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Cirurgias bariátricas por 100.000 usuários do Cirurgias bariátricas por 100.000 usuários do MedicareMedicare nos Estados Unidos - 2007/2011 nos Estados Unidos - 2007/2011

Fonte: The Dartmouth Atlas of Health Care. Disponível em: www.dartmouthatlas.org

Page 8: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O aumento dos gastos em saúde no O aumento dos gastos em saúde no Canadá - 1998/2007Canadá - 1998/2007

O problema sob controle do sistema de saúde

Page 9: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O paradoxo da tecnologia médicaO paradoxo da tecnologia médica

Os avanços na ciência e tecnologia têm melhorado a habilidade dos sistemas de atenção à saúde em diagnosticar e tratar as condições de saúde, mas o alto volume das tecnologias desenvolvidas supera a capacidade dos sistemas em aplicá-las de forma racional

Fonte: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013

Page 10: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O lado positivo da tecnologia médicaO lado positivo da tecnologia médica

Fontes: Nabel EG, Braunwald E. A tale of coronary artery disease and myocardial infarction. New England Journal of Medicine. 366: 54-63, 2012 Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013

Page 11: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O lado negativo da tecnologia médicaO lado negativo da tecnologia médica

Fontes: Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007 Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011 Welch HG. Less medicine, more health: 7 assumptions that drive too much medical care. Boston, Beacon Press, 2015 Prasad VK, Cifu AS. Ending medical reversal : improving outcomes, saving lives. Baltimore, Johns Hopkins University Press, 2015 Gawande A. Mortais: nós, a medicina e o que realmente importa no final. Rio de Janeiro, Objetiva, 2015

“Os Estados Unidos gastam com intervenções médicas desnecessárias 30% a 50% do gasto total em saúde e esses procedimentos injustificados são responsáveis por 30 mil mortes a cada ano”

Page 12: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O controle da tecnologia médicaO controle da tecnologia médica

• As dimensões do controle O controle da incorporação tecnológica O controle da utilização das tecnologias

• As formas de controle da tecnologia médica A gestão da clínica A avaliação econômica

• Caso de descontrole da incorporação e/ou da utilização das tecnologias médicas no SUS A judicialização da saúde relativa a certos procedimentos

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

Page 13: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

As origens da gestão da clínica: As origens da gestão da clínica: experiências internacionaisexperiências internacionais

• A atenção gerenciada

• A governança clínica

Fontes: Cochrane D. Managed care and modernization: a practitioner´s guide. Buckingham, Open University Press, 2001 McSherry R, Pearce P. Clinical governance: a guide to implementation for healthcare professionlas. Oxford, Blackwell Sciences Ltd, 2002 Pickering S, Thompson J. Gobierno clínico y gestión eficiente: como cumplir la agenda de modernización. Barcelona, Elsevier/Churchill Livingstone, 2010

Page 14: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O conceito de gestão da clínicaO conceito de gestão da clínica

A gestão da clínica é um conjunto de tecnologias de microgestão do cuidado, destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade: centrada nas pessoas; efetiva, estruturada com base em evidências científicas; segura, que não cause danos às pessoas e aos profissionais de saúde; eficiente, provida com os custos ótimos; oportuna, prestada no tempo certo; equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas; e ofertada de forma humanizada

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 15: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

As tecnologias de gestão da clínicaAs tecnologias de gestão da clínica

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 16: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O conceito de diretrizes clínicasO conceito de diretrizes clínicas

São recomendações preparadas com base em evidências científicas e de forma sistemática com o propósito de influenciar decisões dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias a respeito da atenção apropriada, em circunstâncias clínicas específicas

Fonte: Institute of Medicine. Clinical practice guidelines: directions for a new program. Washington, The National Academies Press, 1990

Page 17: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Os tipos de diretrizes clínicasOs tipos de diretrizes clínicas

• As linhas-guias (guidelines)

• Os protocolos clínicos

Fonte: Cochrane D. Managed care and modernization: a practitioner´s guide. Buckingham, Open University Press, 2001

Page 18: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

As funções das diretrizes clínicasAs funções das diretrizes clínicas

• A função gerencial

• A função comunicacional

• A função educacional

• A função legal

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 19: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O lugar privilegiado de elaboração das O lugar privilegiado de elaboração das diretrizes clínicas do SUS: as Secretarias diretrizes clínicas do SUS: as Secretarias Estaduais de SaúdeEstaduais de Saúde

• A grande maioria dos municípios brasileiros não dispõe de capacidade técnica e gerencial para elaborar diretrizes clínicas

• As diretrizes clínicas são incorporadas pelos profissionais quando contam com a validação de instituições corporativas e de profissionais líderes regionais

• Há diferenciais regionais de recursos clínicos e de capacidade técnica que devem ser considerados na elaboração das diretrizes clínicas

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 20: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Os protocolos clínicos e seu impacto nas Os protocolos clínicos e seu impacto nas filas do SUSfilas do SUS

• Em Sobral, Ceará: 1.500 pessoas na fila para cirurgia ortopédica apenas 450 delas (30%) eram indicações que se enquadravam em protocolos clínicos baseados em evidências

• Na Região Metropolitana de Curitiba Um estudo amostral de 600 indicações para cirurgia ortopédica mostrou que apenas 35% delas se enquadravam em protocolos clínicos baseados em evidências

Fontes: ISGH. Comunicação pessoal, 2014 Secretaria de Estado de Saúde do Paraná, 2ª Região de Saúde. Comunicação pessoal, 2014

Page 21: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Os protocolos clínicos e seu impacto na Os protocolos clínicos e seu impacto na assistência farmacêutica assistência farmacêutica

• O problema 36 medicamentos prescritos correspondem a 75% dos gastos em assistência farmacêutica Há uma baixa associação entre os medicamentos prescritos e a situação epidemiológica e com os programas prioritários

• As intervenções Elaboração de protocolos para a prescrição de medicamentos

com base em evidências científicas Capacitação dos profissionais de saúde para a prescrição

adequada com base nos protocolos elaborados

Fonte: Sampaio M. A assistência farmacêutica na Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Fortaleza, Célula de Assistência Farmacêutica da SMS de Fortaleza, 2015.

Page 22: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Elaboração da LINHA GUIA com estratificação de risco

Gestão dos Riscos da Atenção

Mudança de Comportamento

Profissionais: Educação

Permanente

Usuários: Educação em

Saúde

Plano de cuidado

A gestão da condição de saúdeA gestão da condição de saúde

Programação

Contrato de Gestão

Monitoramento e avaliação

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 23: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O impacto da estratificação de risco nas O impacto da estratificação de risco nas filas de atenção ambulatorial filas de atenção ambulatorial especializadaespecializada

75% das pessoas que utilizam os centros de especialidades médicas tradicionais não se beneficiam dos cuidados ali ofertador, gerando custos altos e baixa qualidade

Fonte: Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005

Page 24: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Resultados da Kaiser Permanente com a Resultados da Kaiser Permanente com a aplicação do modelo da pirâmide de aplicação do modelo da pirâmide de riscos riscos

Metade das internações hospitalares em relação à média dos Estados Unidos

Coberturas: Rastreamento de câncer de mama: 79% Rastreamento do câncer de colo de útero: 77% Controle da hemoglobina glicada em pessoas com diabetes: 86% Controle da pressão arterial em pessoas com hipertensão arterial: 76%

Metade de tabagistas em relação à média dos Estados Unidos

Com custos aproximados, apresenta melhores resultados sanitários que os sistemas públicos do Reino Unido e da Dinamarca

Fontes: Feachem GA et al. Getting more of their dollar: a comparison of the NHS with California´s Kaiser Permanente. British Medical Journal, 324: 135-143, 2002 Porter M. Population care and chronic conditions: management at Kaiser Permanente. Oakland, Kaiser Permanente, 2007

Page 25: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

- Baixo risco e Médio risco 75,0% das crianças

Gestão de caso

Gestantes com critérios de risco 20,0% do total de gestantes 0 #DIV/0!

- Alto risco 25,0% das crianças 0 #DIV/0!

100,0%do número de crianças de 1 ano a 1a11 meses cadastradas

0 #DIV/0!

Primeiro ano de vida

75,0% das crianças 0

- Risco muito alto 5,8% dos diabéticos 0 #DIV/0!

- Risco alto 8,6% dos diabéticos 0 #DIV/0!

dos diabéticos 0 #DIV/0!

110,0% do número de nascidos vivos do último SINASC 0 #DIV/0!

0

#DIV/0!

41,4% dos diabéticos 0 #DIV/0!

#DIV/0!

Segundo ano de vida

Total de crianças

0

- Baixo risco e Médio risco

110,0%

85,0%

15,0%

Total de crianças

RENAL CRÔNICO

Total de indivíduos com DRC

#DIV/0!

da população acima de 20 anos 0 #DIV/0!

- Risco baixo

13,9%

- Risco moderado 44,2%

POPULAÇÃO ALVODIMENSIONAMENTO DAS SUBPOPULAÇÕES e COBERTURA DE ATENDIMENTO

0

CONDIÇÃOPOPULAÇÃO ALVO

COBERTURA

- Alto risco das gestantes

0

PARÂMETRO EPIDEMIOLÓGICO

GESTAÇÃO

Total de gestantes

- Risco habitual e intermediário

do número de nascidos vivos do último SINASC

das gestantes

ESTIMADA ATENDIDA

#DIV/0!

CICLO DE VIDA DA CRIANÇA

#DIV/0!

- Risco baixo 20,0% dos hipertensos 0 #DIV/0!

- Alto risco 25,0% das crianças 0 #DIV/0!

HIPERTENSÃO

Total de hipertensos 20,0% da população acima de 20 anos 0 #DIV/0!

- Risco alto 30,0% dos hipertensos 0 #DIV/0!

- Risco moderado 45,0% dos hipertensos

- Risco muito alto 5,0% dos hipertensos 0 #DIV/0!

0 #DIV/0!

DIABETES MELLITUS

Total de indivíduos com diabetes 7,3% da população acima de 20 anos 0 #DIV/0!

- Risco baixo 20,0% dos diabéticos 0 #DIV/0!

- Risco moderado 50,0% dos diabéticos 0 #DIV/0!

- Risco alto 25,0% dos diabéticos 0 #DIV/0!

- Risco muito alto 5,0% dos diabéticos 0 #DIV/0!

A programação realizada por parâmetros A programação realizada por parâmetros epidemiológicosepidemiológicos

Fonte: Prefeitura Municipal de Tauá. A atenção programada para as condições crônicas. Tauá, PMT, 2015.

Page 26: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O conceito de gestão de casoO conceito de gestão de caso

A gestão de caso é o processo cooperativo que se desenvolve entre um profissional gestor de caso e uma pessoa portadora de uma condição de saúde muito complexa e sua rede de suporte para planejar, monitorar e avaliar opções de cuidados e de coordenação da atenção à saúde, de acordo com as necessidades da pessoa e com o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade, humanizada e capaz de aumentar a capacidade funcional e de preservar autonomia individual e familiar

Fonte: Powell SK. Case management: a practical guide to success in managed care. Philadelphia, Lippincott Willims & Williams, 2000

Page 27: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

A lei da concentração da severidade das A lei da concentração da severidade das condições de saúde e dos gastos com condições de saúde e dos gastos com serviços sanitáriosserviços sanitários

Uma pequena parcela de portadores de condições de saúde muito complexas é responsável por uma grande maioria dos gastos com serviços de saúde. Esse padrão tem sido encontrado em todos os grupos de idade e tem se mostrado consistente ao longo do tempo

Porcentual da população Porcentual de gastos1% 30%2% 41%5% 58%

30% 91%

Fonte: Berk ML, Monheint AC. The concentration of health expenditures: an update. Health Affairs, 11: 145-149, 1992

Page 28: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

DEFINIÇÃO DE PADRÕES OU METAS

IDENTIFICAÇÃO DA MUDANÇA

AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA

ENTRE PROBLEMA E PADRÃO

OBSERVADO

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA

MONITORAMENTO DA MUDANÇA

O ciclo da auditoria clínicaO ciclo da auditoria clínica

Fonte: Kogan M, Sally R. Making use of clinical audit. Buckingham, Open University Press, 2000

Page 29: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

As tecnologias de auditoria clínicaAs tecnologias de auditoria clínica

• A revisão do uso Revisão prospectiva Revisão concomitante Revisão retrospectiva Revisão por pares A segunda opinião

• A perfilização clínica• A apresentação de casos• A revisão de eventos-sentinelas• A revisão de eventos adversos• Os surveys

Fonte: Kogan M, Redfern S. Making use of clinical audit: a guide to practice in the health professions. Buckingham, Open University Press, 2000.

Page 30: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

O impacto da segunda opinião por meio O impacto da segunda opinião por meio de teleconsultoria no TelessaúdeRSde teleconsultoria no TelessaúdeRS

• Dúvidas totalmente resolvidas pela teleconsultoria: 84,7%

• Satisfação dos profissionais da APS com a teleconsultoria: 80,8%

• Percentual de evitação de encaminhamentos a especialistas: 44,9%

Fonte: Castro Filho ED. Telessaúde no apoio a médicos de atenção primária. Porto Alegre, Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS, 2011

Page 31: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

A lista de esperaA lista de espera

• A lista de espera constitui uma tecnologia de gestão da clínica orientada a racionalizar o acesso a serviços em que existe um desequilíbrio entre oferta e demanda.

• Essa tecnologia, para funcionar adequadamente, implica duas condições essenciais: A transparência O ordenamento por risco do acesso da população aos serviços de saúde

Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011

Page 32: CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (Eugênio Vilaça Mendes)

Uma sugestão:Uma sugestão:

Em relação à gestão da clínica o CONASS poderia apoiar as Secretarias Estaduais de Saúde em dois campos: Elaboração de diretrizes clínicas baseadas em evidências relativas às redes de atenção à saúde prioritárias Elaboração de protocolos clínicos baseados em evidências relativos a procedimentos de alta incidência de filas