comunidade de comunidades: uma nova parÓquia

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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA CNBB – ESTUDOS 104

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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA. CNBB – ESTUDOS 104. INTRODUÇÃO. CONTEÚDO. Introdução Perspectiva bíblica Recuperar a comunidadade A nova experiência de Deus: O Abbá A missão do Messias A novidade do Reino Um novo estilo de vida comunitária O novo modo de ser pastor. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

COMUNIDADE DE COMUNIDADES:

UMA NOVA PARÓQUIACNBB – ESTUDOS 104

Page 2: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

2

INTRODUÇÃO

Page 3: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

3

CONTEÚDO

Introdução

Perspectiva bíblica

Recuperar a comunidadade

A nova experiência de Deus: O Abbá

A missão do Messias

A novidade do Reino

Um novo estilo de vida comunitária

O novo modo de ser pastor

Page 4: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

4

CONTEÚDO

Perspectiva bíblica

O ensinamento novo

A nova Páscoa

Pentecostes: o novo povo de Deus

A nova comunidade cristã

A missão

A nova esperança: a comunidade eterna

Page 5: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

5

CONTEÚDO

Perspectiva teológica

A Igreja doméstica (Domus Ecclesiae)

O surgimento das paróquias

A paróquia no Concílio Vaticano II

A renovação paroquial na América Latina e no

Caribe

A paróquia como casa

Casa da Palavra

Casa do Pão

Casa da Caridade (ágape)

A paróquia hoje

Page 6: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

6

CONTEÚDO

Novos contextos: desafios à paróquia

Desafios no âmbito da pessoa

Intimismo religioso

Mudanças na família

Desafios na comunidade

A nova territorialidade: do físico ao ambiental

Estruturas obsoletas na pastoral

Entre o relativismo e o fundamentalismo

Page 7: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

7

CONTEÚDO

Novos contextos: desafios à paróquia

Desafios da sociedade

A sociedade pós cristã

O pluralismo cultural

A urgência da renovação pastoral

Page 8: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

8

CONTEÚDO

Perspectivas pastorais

Recuperar as bases da comunidade cristã

Viver a Palavra: ser comunidade profética

Viver a Eucaristia: ser comunidade sacerdotal

Viver na caridade: ser comunidade do Reino

A comunidade de comunidades

A setorização da paróquia

Integração de comunidades, movimentos e

grupos

Revitalizar a comunidade

Page 9: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

9

CONTEÚDO

Perspectivas pastorais

A conversão pastoral

Conversão dos ministros da comunidade

Protagonismo dos cristãos leigos

Transformar as estruturas

A transmissão da fé: novas linguagens

Page 10: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

10

CONTEÚDO

Proposições

Criatividade

Pequenas comunidades

Ministérios leigos

Formação

Catequese de iniciação à vida cristã

Jovens

Liturgia

A caridade

Perdão e Acolhida

Considerações finais

Page 11: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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SER DISCÍPULO E MISSINÁRIO(1 A 5)

Conversão pastoral: processo de

transformação permanente e integral

Revitalização da Paróquia

Papel fundamental na evangelização

Comunidade de comunidades

Fidelidade ao Concílio Vaticano II

Tarefa urgente: transformar nossas

Paróquias em comunidades de

comunidades

Page 12: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

12

PESPECTIVA BÍBLICA

CAPÍTULO 1

Page 13: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

13

INTRUDUÇÃO(6)

Toda a comunidade encontra sua inspiração

naquelas comunidades que o próprio Jesus Cristo

fundou por meio dos apóstolos, na força do

Espírito Santo

Para que a renovação paroquial ocorra a partir de

Cristo, é preciso revisitar o contexto e as

circunstâncias nas quais o Senhor Jesus

estabeleceu a Igreja primitiva

O objetivo é identificar alguns elementos bíblicos

que permitam iluminar o entendimento da

Paróquia como comunidade de comunidades

Page 14: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

14

RECUPERAR A COMUNIDADE(7 A 10)

Em Israel, a comunidade era a base da convivência

Nela estava a proteção das famílias e das pessoas, a

garantia da posse da terra e a defesa da identidade

Encarnar o amor de Deus no amor ao próximo

No tempo de Jesus, a política do Império e o sistema

religioso imperial estava enfraquecendo e desintegrando a

vida comunitária

Os impostos aumentavam, a ameaça de escravidão crescia e

por isso as famílias se fechavam nas suas próprias

necessidades

Muitas pessoas ficavam sem ajuda e sem defesa

Page 15: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

15

RECUPERAR A COMUNIDADE(7 A 10)

O fechamento era reforçado pelo sistema

religioso. Dar a herança ao Templo era

abandonar os pais, enfraquecendo o

quarto mandamento, a força da

comunidade

Por vezes, a Lei de Deus era usada para

legitimar a exclusão. Deus deixa de ser a

imagem de amor e de misericórdia do

tempo dos profetas

Page 16: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

16

RECUPERAR A COMUNIDADE(7 A 10)

Para que o Reino de Deus se manifeste na

comunidade, é necessário ultrapassar os

limites da pequena família e se abrir para a

comunidade: uma família de famílias

Jesus deu o exemplo: “Quem é minha mãe?

Quem são meus irmãos? Quem faz a vontade

de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e

minha mãe.” Jesus alargou o horizonte da

família

Page 17: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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A NOVA EXPERIÊNCIA DE DEUS: O ABBÁ

(11 E 12)

Jesus era o retrato vivo de Deus. Ele é o portador

da Boa-Nova para todos, sobretudo os pobres

Sua bondade e ternura eram sinais da experiência

que tinha do Deus Abbá, seu Pai e revela a face do

Pai

Jesus testemunhava uma grande intimidade com o

Pai. Todos os dias, o povo parava para rezar em

família, Jesus também

Todo sábado participava da comunidade na

sinagoga. Depois, na família, o povo aprofundava o

significado das leituras ouvidas na sinagoga

Page 18: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

18

A NOVA EXPERIÊNCIA DE DEUS: O ABBÁ

(11 E 12)

Todos os anos, ele participava das peregrinações

para Jerusalém

Celebravam-se as três grandes festas que marcavam

o ano litúrgico e nas quais se recordavam os

momentos importantes da história do Povo de Deus:

Páscoa, Pentecostes e Festa das Tendas

Desde os doze anos de idade, Jesus participava

dessas celebrações. Nesse ritmo de oração, Jesus

vivia impregnado pela Palavra

A experiência do povo de Deus era sustentada pela

vida comunitária

Page 19: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

19

A MISSÃO DE JESUS(13 A 16)

Jesus foi batizado por João iniciando a sua vida pública.

No batismo, é revelada a sua missão de servo enviado

de Deus: “Tu és o meu filho amado; em ti está o meu

agrado.” Jesus se identificou com a missão do servo de

Deus, pois o Filho do Homem para servir e dar a vida

em resgate por muitos

Jesus passou quarenta dias no deserto, fortalecendo-se

na sua missão como Servo de Deus e Filho do Homem

que resgata o seu povo. Tentado por Satanás, recusou a

missão de ser Messias glorioso e permaneceu fiel à sua

missão

Page 20: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

20

A MISSÃO DE JESUS(13 A 16)

Iniciou sua missão anunciando a Boa-Nova de Deus. O

Espírito de Deus dava-lhe consciência de ser chamado

para "anunciar a boa-nova aos pobres, proclamar a

libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da

vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar

um ano aceito da parte do Senhor”

Jesus realiza as espe ranças dos pobres realizando

todas essas coisas. Por ser fiel, é amado pelos po

bres, mas perseguido e caluniado pelos poderosos

que decidem matá-lo

Page 21: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

21

A NOVIDADE DO REINO(17 E 18)

Sua pregação atraía muita gente. Ao seu redor,

nasce uma comunidade. Ele convidou discípulos e

escolheu doze para anunciarem o Reino. Era uma

nova proposta de vida em que:

Todos são irmãos e irmãs

Há igualdade entre homem e mulher.

Relacionam-se como amigos e não como

empregados

O poder é exercido como serviço

É dado o poder de perdoar e reconciliar

Vive a Alegria

Page 22: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

22

A NOVIDADE DO REINO(17 E 18)

O Reino de Deus anunciado por Jesus é

a expressão do amor do Pai

É o dom de Deus que precisa ser

acolhido pela humanidade

Tal acolhida supõe novas relações entre

as pessoas, na comunidade e na

sociedade

Page 23: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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UM NOVO ESTILO DE VIDA COMUNITÁRIA(19 E 20)

A renovação comunitária se espalhou pela

Galileia e atraiu muita gente. Jesus enviou

setenta e dois discípulos em missão aos

povoados da Galileia e deu quatro

recomendações para a vida comunitária

Hospitalidade

Partilha

Comunhão de mesa

Acolhida aos excluídos

Page 24: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

24

UM NOVO ESTILO DE VIDA COMUNITÁRIA(19 E 20)

Essas eram as recomendações que

deveriam sustentar a vida comunitária.

Caso fossem atendidas, os discípulos

poderiam proclamar: O Reino chegou!

O Reino implica uma nova maneira de

viver e de conviver, nascida da Boa-

Nova que Jesus anunciou

Page 25: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 A 26)

O Bom Pastor acolhe com bondade e ternura o

povo, sobretudo os pobres

A casa exerce um papel central na atividade de

Jesus, sobretudo, da comunidade. Durante três

anos, visitou as pessoas. Entrou na casa de

Pedro, de Mateus, de Zaqueu, de Marta, Maria

e Lázaro, entre outros. O povo procurava Jesus

na sua casa. Ao enviar os discípulos, deu-lhes

a missão de entrar nas casas e levar a paz

Page 26: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 A 26)

Jesus transmite a Boa-Nova: nas

sinagogas; em reuniões informais na

casa de amigos; andando pelo caminho;

sentado num barco. Ele vai ao encontro

das pessoas, estabelecendo com elas

uma relação direta através do

acolhimento. Propõe um caminho de

vida: Vinde a mim, e eu vos darei

descanso

Page 27: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

27

UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 A 26)

A doença era considerada um castigo e os doentes eram

afastados do convívio social. Jesus tem um novo olhar sobre

eles. Toca-os para curá-los. Jesus assumiu uma marginalização

social por ter tocado o leproso, a ponto de não poder entrar

nas cidades

Jesus anuncia o Reino para todos. Oferece um lugar aos que

não tinham lugar na convivência humana. Recebe os que a

religião e a sociedade excluíam: prostitutas e pecadores;

pagãos e samaritanos; leprosos e possessos; mulheres,

crianças e doentes; publicanos e soldados; e muitos pobres

Jesus supera as barreiras de sexo, de religião, de etnia e de

classe

Page 28: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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O ENSINAMENTO NOVO(27 E 28)

Jesus anuncia ao povo o Reino de Deus. Ensinava e o povo

gostava de ouvi-lo, ficava admirado. Sua pregação era muito

ligada ao cotidiano das pessoas. Ele comparava as coisas de

Deus com as coisas mais simples da vida: sal, luz, semente,

crianças e passarinhos. Conhecia a vida do povo e era íntimo

da vida de Deus, anunciando o seu Reino

Jesus ensinava de forma interativa, levando as pessoas a

participarem da descoberta da verdade. A parábola fazia da

pessoa uma observadora da realidade. Por isso, o povo

percebeu um ensinamento novo, e com autoridade. Jesus

falava de Deus a partir da sua experiência de Deus e a

experiência vida do povo. Sua própria vida era o testemunho

do que ensinava

Page 29: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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A NOVA PÁSCOA(29 A 32)

O Reino de Deus provocou resistências no caminho de

Jesus: O Filho do Homem deve sofrer muito e ser

rejeitado. A sua paixão e morte são a paixão e a morte

do Messias

O conflito entre Jesus e a concepção da lei daquele

tempo permitiu compreender o motivo pelo qual ele foi

repudiado pela lei do seu povo como um blasfemo

O conflito com os romanos torna compreensível o motivo

pelo qual ele foi crucificado como um subversivo

Na hora da crucificação, os discípulos o abandonaram.

Aos seus olhos, aquela morte era o fim. No momento do

Gólgota, a comunidade estava dispersa

Page 30: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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A NOVA PÁSCOA(29 A 32)

Na Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a

experiência do Ressuscitado. Crê que o crucificado

ressuscitou, glorificado como filho de Deus. Lhes é dada

a paz. Ele os envia, soprando sobre eles o Espírito Santo

para o perdão dos pecados

A comunidade é expressão e anúncio da Nova Aliança.

Ela promove o perdão dos pecados para reconciliar o

mundo com Cristo e expandir a Boa-Nova a toda a

humanidade

A morte foi vencida. Quem nele crer terá a vida eterna.

Os cristãos são missionários da vida plena e da salvação

que Cristo realizou. Ela suscita a fé para que todos

tenham vida

Page 31: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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PENTECOSTES, O NOVO POVO DE DEUS(33 A 35)

Jesus transmite o Espírito Santo, para que sejam

revestidos do seu poder celeste e se tornem

testemunhas do Evangelho. O poder do Espírito

Santo concede carismas e guia a Igreja para ser

uma comunidade evangelizadora

Os apóstolos criaram comunidades nas quais a

essência de cada cristão é a filiação divina que

se dá no Espírito Santo pela relação entre a fé e

o batismo

Page 32: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

32

PENTECOSTES, O NOVO POVO DE DEUS(33 A 35)

Conduzidos pelo Espírito, são filhos de Deus

que realizam no cotidiano sua dignidade divina.

A vida cristã consiste em acolher e obedecer a

um projeto de vida. É a graça divina criada no

coração vivificado pelo Espírito

A comunidade primitiva testemunha Cristo. É a

partir dela que podemos haurir a perspectiva

comunitária fundamental para repensar a

comunidade eclesial

Page 33: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

33

A NOVA COMUNIDADE CRISTÃ(36)

Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos

apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas

orações

O ensinamento dos apóstolos: nova interpretação da vida e

da lei a partir da experiência da ressurreição

A comunhão: o ideal da comunhão era chegar a uma

partilha a ponto de se tornarem um só coração e uma só

alma

A fração do pão: Lembrava a presença viva de Jesus no

meio da comunidade. A fração do pão era feita nas casas

As orações: por meio delas os cris tãos permaneciam unidos

a Deus e entre si e se fortale ciam na hora das per segui ções

Page 34: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

34

A MISSÃO(37 E 38)

A experiência da Páscoa leva a receber o mandato

missionário do próprio Senhor. Por isso, os apóstolos

fizeram as pregações, realizaram curas e formaram

comunidades que nasciam em meio a muitas tensões,

conflitos e perseguições

Os missionários precisavam superar dificuldades de

todo tipo. Muitas vezes, os líderes dos judeus resistiam

e os pagãos aceitavam a Boa-Nova

Os discípulos de Jesus são reconhecidos por viverem

em comunhão. Assim, comunhão e missão estão

profundamente unidas

Page 35: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

35

A NOVA ESPERANÇA: A COMUNIDADE ETERNA

(39 A 41) A esperança no Reino de Deus desperta nos cristãos o

compromisso de trabalhar por um mundo melhor e

esperar a plena realização dos novos céus e da nova terra

Essa expectativa é marcada por uma tensão entre o

seguimento de Jesus Cristo no cotidiano e a certeza de

sua vinda na glória

A comunidade não vive no espiritualismo

descompromissado com a realidade nem atua no mundo

sem a garantia de uma promessa que transcende o tempo

Como filhos do dia, os cristãos não devem andar nas

trevas, esperando o grande dia do Senhor Jesus

Page 36: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

36

A NOVA ESPERANÇA: A COMUNIDADE ETERNA

(39 A 41)

O Reino definitivo pode ser designado como a Pátria

Trinitária, a comunidade perfeita onde Deus será tudo

em todos e Cristo entregará toda a criação ao Pai

Cada comunidade é testemunha e anunciadora dessa

realidade futura, atualizando através dos séculos a

mensagem e a esperança de Cristo

A Igreja, esposa de Cristo, vive da certeza de que um

dia habitará na tenda divina, na casa da Trindade,

numa Aliança nova e eterna com Deus

A Igreja brota da Trindade e é nesta perspectiva

trinitária que ela fundamenta sua vida comunitária

Page 37: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

37

TRABALHOS EM GRUPOS

1 – Qual o pensamento central do texto?

2 – Quais as ideias principais do texto?

3 – Quais as principais dificuldades para a

sua compreensão?

4 – Sugestões de emendas ao texto:

Número do parágrafo

Acréscimos

Supressões

Redação

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38

PESPECTIVA TEOLÓGICA

CAPÍTULO 2

Page 39: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

39

INTRODUÇÃO(42 E 43)

A compreensão de comunidade deriva da vida e do

ensinamento de Jesus. Na sua base está a experiência

da “comunhão”. Todo o itinerário do discípulo é

vivido na comunhão com o Mestre. A dimensão

comunitária se inspira na própria Trindade. Sem

comunidade, não existe autentica experiência cristã

A dimensão comunitária da fé cristã conheceu

diferentes formas de se concretizar historicamente.

Não é fácil identificar todo o processo de

configuração da vida paroquial. É importante,

apresentar alguns elementos que podem iluminar a

renovação paroquial

Page 40: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

40

A IGREJA DOMÉSTICA(44 A 47)

Na Bíblia, há três palavras ligadas à Paróquia:

paroikía,: estrangeiro, migrante

Paroikein: viver junto a, habitar nas proximidades,

viver em casa alheia, em peregrinação

Paroikós: vizinho, próximo, que habita junto

O Novo Testamento identifica os cristãos como

peregrinos

A Igreja é integrada por estrangeiros que estão de

passagem, são imigrantes ou peregrinos. O cristão não

está em sua pátria definitiva e deve se comportar como

quem se encontra fora da pátria. A Paróquia, é uma

“estação” onde se vive de forma provisória

Page 41: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

41

A IGREJA DOMÉSTICA(44 A 47)

As primeiras comunidades não são Paróquias. Paulo usa a

expressão Igreja Doméstica, pois as comunidades se

reuniam nas casas

A civilização urbana se expandia e promovia uma

revolução social e cultural. Paulo funda comunidades nas

cidades, entrando na nova organização social que emergia

e cresce uma rede de comunidades cristãs urbanas

Enquanto as comunidades da Palestina eram itinerantes,

Paulo passa para um cristianismo de forma sedentária.

Faz da casa a estrutura fundamental das igrejas e garante

comunidades com relações interpessoais, comunhão de fé

e participação de todos

Page 42: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

42

O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 A 54)

O modelo institucional e o crescimento dos cristãos abalaram

a Igreja Doméstica. As assembleias tornam-se cada vez mais

massivas e anônimas, e surge a paróquia territorial.

Desaparecem as fronteiras entre a comunidade eclesial e a

sociedade civil e se identifica a paróquia com a igreja

paroquial

A partir do século IV aparecem a diocese e a paróquia. A

diocese surge como expansão das comunidades eclesiais

urbanas e a paróquia é uma expressão dessa comunidade,

em menor escala. A Igreja se organiza em torno do

presbítero ou diácono que fazem as vezes do bispo

As Paróquias representam a Igreja visível espalhada por todo

o mundo

Page 43: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

43

O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 A 54)

As paróquias surgem da expansão missionária da

Igreja. Eram originalmente rurais e chegam às

cidades devido ao seu crescimento e à

impossibilidade do bispo com seu presbitério, de

atender aos povoados mais distantes. Nascem da

preocupação pastoral e missionária e, com o tempo,

passam a ser a Igreja instalada na cidade

Trento considera a paróquia sujeito de atuação da

Contrarreforma. Estabeleceu a territorialidade e a

criação de novas paróquias para responder ao

crescimento populacional. O pároco deve residir na

paróquia

Substancialmente, esse modelo chegou até hoje

Page 44: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

44

O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 A 54)

No período pré-industrial, a Paróquia abraçava a

sociedade local como comunidade territorial para

atender às famílias

O CDC de 1917, determina a Paróquia como a menor

circunscrição local, pastoral e administrativa. O CDC

de 1983 define como comunidade de fiéis, constituída

de maneira estável e confiada a um pároco, como seu

pastor. As Paróquias são territoriais, mas podem ser

pessoais

A Paróquia resiste à renovação. Sua ocupação tem

sido o culto, com pouca força missionária e atuação

profética

Page 45: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

45

A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 A 64)

O Vaticano II apresenta a Igreja Particular, presente

nas legítimas comunidades locais de fiéis, que unidas

com seus pastores, são Igrejas

A Paróquia, comunidade de comunidades, torna

visível a Igreja, onde todos fazem a experiência de

ser Igreja com uma multiplicidade de dons, carismas

e ministérios

O concílio insiste no valor da Igreja reunida em

assembleia eucarística. Também aborda a natureza

missionária da Igreja

O concílio destacou a condição e a dignidade de todos

os batizados

Page 46: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

46

A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 A 64)

A Paróquia está em rede com as demais Paróquias que

formam a diocese, a Igreja Particular. Ela só pode ser

compreendida a partir da Diocese. Pode-se dizer que ela é

uma “célula da diocese”. A Igreja Particular é apresentada

como porção do Povo de Deus; a Paróquia, entretanto, é

entendida como parte da Igreja Particular

A Paróquia encontra no conceito de comunidade a auto

compreensão de sua realidade histórica. Ela é uma

comunidade de fiéis que torna presente a Igreja e se

expressa na comunhão dos seus membros entre si, com as

outras comunidades e com toda a Diocese reunida em

torno ao seu bispo

Page 47: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

47

A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 A 64)

A Igreja é comunhão. Sua raiz ú é o mistério do Pai

que, por Cristo e no Espírito, quer que todos

participem de sua vida, vivendo como filhos e filhas.

O Vaticano II apresenta a eclesiologia em chave

trinitária: A Igreja é o povo de Deus reunido na

unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A

comunhão trinitária é da vida e missão da Igreja,

modelo de suas relações e meta de sua peregrinação

Os membros de uma comunidade querem estar em

comunhão com o Deus Uno e Trino. Cada cristão é

chamado à comunhão com o Senhor. A fé é um

chamado à comunhão com a Trindade

Page 48: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

48

A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 A 64)

A comunhão com Deus se desdobra na comunhão com

os bens que ele nos oferece, especialmente a

Eucaristia. Paulo nos ensina que nós somos um só

corpo, pois participamos do único pão. Para Agostinho,

a Eucaristia é sinal de unidade e vínculo de amor. O

Vaticano II a apresenta como fonte e ápice de toda a

vida cristã

A Igreja é sinal e instrumento de comunhão. Ela tem

sua origem na Trindade. Ela se espelha na comunhão

trinitária, e seu destino é a comunhão definitiva com o

Deus. Para realizar sua missão, a Igreja precisa de uma

constituição estável, que tem por base a “comunhão”

Page 49: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

49

A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 A 64)

A comunidade entendida no horizonte da comunhão tem

força profética no mundo marcado pelo individualismo.

Comunidade de comunidades é para recuperar as

relações interpessoais e de comunhão como fundamento

para a pertença eclesial. Não há elemento mais

importante para alimentar a configuração eclesial do que

a comunhão

O Concílio Vaticano II aponta para três direções: a

passagem do territorial para o comunitário; do princípio

único do pároco a uma comunidade toda ministerial; e da

dimensão cultual para a totalidade das dimensões da

comunhão e da missão da Igreja no mundo

Page 50: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

50

A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE

(65 A 72) O magistério da AL e Caribe sempre assumiu a

Paróquia e a sua renovação. Propõe a Paróquia como

comunidade de comunidades. Puebla faz da Paróquia

o centro de coordenação e animação de comunidades,

grupos e movimentos na comunhão e participação. O

vínculo da Paróquia com a diocese é a união com o

bispo, que confia ao pároco o seu cuidado pastoral

Puebla: a Paróquia é lugar de encontro, comunicação

de pessoas e de bens e articulação de rede de

comunidades, responsável pelo elo das comunidades

entre si, com as demais paróquias e com a diocese. A

renovação da Paróquia é em vista da pastoral urbana

de conjunto

Page 51: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

51

A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE

(65 A 72)

Santo Domingo: a Paróquia acolhe as angústias e

esperanças, anima e orienta a comunhão,

participação e missão. É a Igreja inserida na

sociedade e solidária com suas aspirações e

dificuldades. Deve evangelizar, celebrar, fomentar a

promoção humana e fazer progredir a incultu ração da

fé. A Paróquia é uma rede de comunidades

Aparecida destaca a multiplicação das comunidades e

a pastoral urbana. Ressalta a contribuição das CEBs.

Não há comunidade com multidões anônimas na

Paróquia, daí a necessidade dela se tornar

comunidade de comunidades

Page 52: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

52

A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE

(65 A 72)

Aparecida: as Paróquias são células vivas da Igreja e o

lugar privilegiado onde a maioria dos fiéis tem uma

experiência concreta de Cristo e da comunhão eclesial.

São casa e escolas de comunhão. É necessária uma

urgente renovação e reformulação para que sejam rede

de comunidades e grupos capazes de propiciar uma

experiência de comunhão com Cristo. Isso exige a

reformulação de suas estruturas

Existe ainda a possibilidade de comunidades ambientais

integradas em nível supra paroquial. A Igreja no Brasil

assumiu essa perspectiva como uma das urgências da

ação evangelizadora

Page 53: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

53

A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE

(65 A 72)

A vida em comunidade é essencial à vocação cristã, e o

discipulado e a missão supõem a pertença a uma

comunidade. A comunidade paroquial deve ser um todo

orgânico que envolve os diversos aspectos da vida

As DGAE afirmam que as paróquias têm um importante

papel na vivência da fé e para a maioria dos fiéis, são o

único espaço de inserção na Igreja e se restringem aos

serviços paroquiais, deixando pessoas insatisfeitas, que

buscam formas mais comunitárias de viver sua fé. É

urgente que a Paróquia se torne comunidade de

comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários

de Cristo

Page 54: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

54

A PARÓQUIA COMO CASA(73 A 82)

A Paróquia é a experiência de Igreja que acontece ao

redor da casa onde as pessoas se encontram, que

pretende fornecer lar, ambiente de vida e aconchego

que garante o referencial para o cristão encontrar-se

no lar e prossiga na estrada de Jesus e com ele se

deter na casa dos amigos, como fazia em Betânia

Hoje há uma situação de desamparo, falta de

pertença e deserto espiritual, que reclama uma casa

de acolhida. A Paróquia deve ser essa casa

Nela se ouve a convocação para que todos sejam um

e vivam como irmãos na família de Deus

Page 55: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

55

A PARÓQUIA COMO CASA(73 A 82)

Casa da Palavra

A Paróquia é a casa da Palavra e do discípulo que a

acolhe e pratica, a Igreja que se define pelo acolhimento

do Verbo que colocou a sua tenda entre nós. Essa

morada de Deus entre nós realiza-se agora com a

presença de Deus entre nós em Cristo

A Igreja é comunidade que escuta, acolhe e vive a

Palavra, sendo a liturgia o lugar privilegiado para essa

comunicação pois constitui o âmbito privilegiado onde

Deus nos fala no momento presente da nossa vida: fala

hoje ao seu povo, que escuta e responde

Page 56: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

56

A PARÓQUIA COMO CASA(73 A 82)

Casa do pão

A Igreja se nutre com a Eucaristia, que estabelecem as

novas relações que o Evangelho propõe. É fonte da

vocação e do seu impulso missionário e leva a Paróquia a

concretizar o seu compromisso social pela caridade

O Deus fez a sua morada entre nós; nasceu em Belém, a

“casa do pão”; peregrinou pela Galileia e Judeia;

providenciou a palavra e o alimento para os cansados e

abatidos. A Igreja também precisa fazer isso

A comunidade vive da Eucaristia, que a une a comunidade

pelo Espírito Santo, em Cristo, para chegar ao Pai

Page 57: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

57

A PARÓQUIA COMO CASA(73 A 82)

Casa da caridade (ágape)

Na Palavra e na Eucaristia, o cristão vive a o amor

como ágape na relação com Deus. A amizade é o

paradigma de todo relacionamento de Jesus com

os discípulos e de Deus com a humanidade. Diante

do pecado, Deus não se torna inimigo, mas se

revela como o Deus conosco que, em Jesus, se faz

amigo e irmão. A Igreja é a comunidade santa

porque nela se vive o amor. Deus oferece-nos, em

Cristo, a filiação adotiva, chamando-nos à

santidade, que é a vida de união com ele, com os

irmãos e as irmãs, e a criação.

Page 58: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

58

A PARÓQUIA COMO CASA(73 A 82)

Casa da caridade (ágape)

A amizade se refere ao amor e torna-se expressão

do ágape, o centro do amor cristão. Ela se traduz

em compaixão pelos que sofrem, pois Deus convoca

a humanidade para derrubar as barreiras que

impedem a fraternidade

Page 59: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

59

A PARÓQUIA HOJE(83 A 87)

A Paróquia é importante para a construção da

identidade cristã; é o lugar onde o cristianismo se

torna visível em nossa cultura e história. A origem da

Paróquia é marcada por um contexto cultural muito

diferente do atual. Por isso, muitos aspectos precisam

ser revistos, mas a intuição original permanece com

seu valor

Todos percebem que a Paróquia está desafiada a se

renovar diante das aceleradas mudanças de nosso

tempo. A época atual nos desafia a rever a nossa ação

evangelizadora e pastoral-paroquial em vista da

urgência de uma nova evangelização

Page 60: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

60

A PARÓQUIA HOJE(83 A 87)

Precisamos compreender duas noções: Paróquia

como casa de acolhida e como comunidade que é lar

dos cristãos onde se faz a experiência de seguir

Jesus. Como acolhimento, a ela é o espaço para

receber pessoas, com suas buscas e vivências, que

pretendem seguir o caminho

Enquanto espaço da comunidade, ela reúne esses

cristãos em grupos comprometidos em viver o

evangelho em comunidade. É um grupo que a partir

da fé tem profunda comunhão com Deus e entre si.

Afinal, a comunhão eclesial encontra a sua expressão

mais imediata e visível na Paróquia

Page 61: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

61

A PARÓQUIA HOJE(83 A 87)

A Paróquia é o próprio mistério da Igreja presente e

operante nela

Embora, por vezes, pobre em pessoas e em meios, e

outras vezes dispersa em territórios vastíssimos ou

quase desaparecida no meio de bairros modernos,

populosos e caóticos, a Paróquia é sobretudo a família

de Deus

Teologicamente, o fundamento da Paróquia é ser uma

comunidade eucarística, que celebra a presença de

Cristo Palavra e Eucaristia, estabelecendo os vínculos

de comunhão entre os seus fiéis e remete todos à

missão de testemunhar na caridade a verdade

professada

Page 62: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

62

TRABALHOS EM GRUPOS

1 – Qual o pensamento central do texto?

2 – Quais as ideias principais do texto?

3 – Quais as principais dificuldades para a

sua compreensão?

4 – Sugestões de emendas ao texto:

Número do parágrafo

Acréscimos

Supressões

Redação

Page 63: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

63

NOVOS CONTEXTOS:DESAFIOS À PARÓQUIA

CAPÍTULO 3

Page 64: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

64

INTRODUÇÃO(88 A 94)

O discípulo missionário sabe que, para

efetivamente anunciar o Evangelho,

deve conhecer a realidade à sua volta e

nela mergulhar com o olhar da fé, em

atitude de discernimento

Page 65: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

65

INTRODUÇÃO(88 A 94)

A realidade é cada vez mais complexa. Há luzes e

sombras, alegrias e preocupações. A dificuldade de

compreendê-la exige atitude de diálogo, como fez o

Vaticano II

A cultura de desafia nossos conceitos. É preciso

considerar a mudança de época. Evangelizar a

sociedade que gera comportamentos novos e novos

problemas éticos é um desafio. Conhecer a

realidade é fundamental para encontrar caminhos

de a renovação paroquial e revitalização das

comunidades

Page 66: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

66

INTRODUÇÃO(88 A 94)

A Igreja no Brasil intensifica os esforços

para que a paróquia supere os entraves

que a impedem de ser missionária, mas

permanecem situações que exigem

renovação. Não podemos nos acomodar.

A crise nem sempre é percebida por

comunidades

Page 67: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

67

INTRODUÇÃO(88 A 94)

Há paróquias que não assumem a renovação

conciliar e concentram suas atividades na

liturgia sacramental e nas devoções. Não têm

plano pastoral, a evangelização se reduz à

catequese para as crianças, restrita à instrução

da fé, sem a iniciação cristã. A administração

concentra-se no pároco. Não há ação

missionária. Evangelização é apenas

fortalecimento da fé de quem busca a paróquia

Page 68: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

68

INTRODUÇÃO(88 A 94)

Porém, há paróquias que buscam a conversão

pastoral. Se preocupam com a evangelização, há

catequese de iniciação à vida cristã na perspectiva

bíblica, desenvolvem a liturgia viva e participativa,

atuam com os jovens, há serviços e ministérios

entre os leigos, têm CPP e conselho econômico, há

empenho em atrair os afastados e desenvolvem a

comunhão e participação. Mas algumas não

atingem a maioria das pessoas por causa da

extensão territorial. Precisam fortalecer as

comunidades unidas à Paróquia

Page 69: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

69

INTRODUÇÃO(88 A 94)

A experiência paroquial atual se caracteriza por

uma realidade difícil de ser concebida em sua

totalidade. Em si, a paróquia não é um todo, pois

está unida a outras paróquias formando a

Diocese. A paróquia está inserida na sociedade,

recebe e oferece influências. Se é irrenunciável a

dimensão comunitária para a fé cristã, se

constata que a maioria das paróquias não é

capaz de atender às exigências da experiência

humana e cristã, comprometendo o seguimento

de Cristo

Page 70: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

70

INTRODUÇÃO(88 A 94)

É importante identificar os aspectos da

pessoa, comunidade e sociedade que

importam na renovação paroquial. Para

humanizar a pessoa é indispensável a

sua experiência comunitária e para

humanizar a sociedade é preciso que a

comunidade cristã tenha uma presença

pública

Page 71: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

71

DESAFIOS NO ÂMBITO DA PESSOA

(95 A 102) Com a valorização do sujeito, cresce a

responsabilidade de cada pessoa construir sua

personalidade e plasmar sua identidade social. Essa

postura, no entanto, pode fortalecer o individualismo,

enfraquecer os vínculos comunitários e transformar a

noção de tempo e espaço. A pessoa vive numa

sociedade consumista e egoísta, sendo descartada a

vida comunitária, sendo desvinculada do grupo, da

tradição e da paróquia

A vivência da fé, diante do individualismo, é exercida

numa religiosidade não institucional e sem

comunidade, mais ligada aos interesses pessoais.

Page 72: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

72

DESAFIOS NO ÂMBITO DA PESSOA

(95 A 102) Intimismo religioso

Não é fácil pensar comunidade de comunidades na

sociedade fragmentada e individualista onde há

intimismo religioso que compromete a vida

comunitária

A vivência religiosa se torna midiática e o encontro

com os outros não é importante. Buscam o

sentimentalismo e o bem-estar. Frequentam templos

sem ligação fraterna ou se conectam pelas mídias.

Buscam felicidade, realização e sucesso pessoal, em

detrimento do bem comum e da solidariedade. É uma

religião sem comunidade e sem compromisso

Page 73: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

73

DESAFIOS NO ÂMBITO DA PESSOA

(95 A 102)

Intimismo religioso

Há certa rejeição pelos valores herdados da

fé em nome de novos direitos individuais.

Crescem a indiferença pelo outro e a

dificuldade de planejar o futuro. O que conta

é o aqui e o agora, gerando variados estilos

de vida e novas maneiras de pensar e de se

relacionar. São eles os produtores e os atores

da nova cultura

Page 74: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

74

DESAFIOS NO ÂMBITO DA PESSOA

(95 A 102)

Mudanças na família

O individualismo fragiliza a família e a confronta com

outras formas de convivência. Há políticas públicas

sem respeito à família. O importante é ser feliz: amor

sem compromisso

Nas paróquias, participam pessoas unidas sem o

vínculo sacramental, em segunda união, ou que vivem

sozinhas sustentando os filhos. Temos também avós

que criam netos ou tios que sustentam sobrinhos.

Crianças são adotadas por pessoas solteiras ou do

mesmo sexo que vivem em união estável

Page 75: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

75

DESAFIOS NO ÂMBITO DA PESSOA

(95 A 102)

Mudanças na família

A Igreja deve acolher com amor a todos com

misericórdia. Muitos se afastam porque são

rejeitados ou receberam orientação proibitiva,

sem a proposta de viver a fé em meio à

dificuldade. A questão familiar exige

conversão pastoral para não perder nada do

que a Igreja ensina e não deixar de atender as

novas situações familiares

Page 76: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

76

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

O termo comunidade é muito utilizado no mundo

virtual, local que rompe com o espaço físico e constrói

novos territórios baseados em diversos interesses,

superando a noção de espaço e de tempo. Os jovens

preferem as comunidades virtuais para se relacionar. A

paróquia deve trabalhar com de jovens considerando as

redes sociais. Isso implica na revisão da ação pastoral

da paróquia

Constata-se um impasse quando se identifica a

comunidade de fé com a comunidade física,

territorialmente localizada. Não é mais o ambiente

sociocultural que determina o espaço da fé

Page 77: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

77

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

A nova territorialidade: do físico ao ambiental

Hoje, o território físico não é mais importante que o das

relações sociais. Isso provoca uma nova concepção dos

limites paroquiais.

Quando as paróquias crescem, é feita a divisão

territorial, que nem sempre atende aos vínculos

comunitários. O CDC apresenta como critério para a

criação de uma paróquia a territorialidade, mas

apresenta a possibilidade de paróquia não territorial

em função do rito, nacionalidade ou outra razão de

natureza pastoral. Essa possibilidade precisa ser

aprofundada

Page 78: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

78

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

A nova territorialidade: do físico ao ambiental

A paróquia é questionada por comunidades ambientais

não delimitadas pelo espaço geográfico. O espaço é

lugar onde as pessoas interagem e convivem. A paróquia

é o local onde a pessoa vive sua fé, compartilhando com

outras pessoas a mesma experiência. O referencial é o

sentido de pertença e não tanto o território. Alguém

pode participar de uma paróquia que não seja a do seu

bairro, mas onde se sente mais engajado, identificado ou

acolhidos por diversos motivos

Os laços de pertença se firmam onde as relações se

estabelecem por afinidades

Page 79: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

79

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

A nova territorialidade: do físico ao ambiental

O fato de não depender mais do território não

diminui a importância do lugar da paróquia como

referencial de vivência comunitária da fé. É na

comunidade que se constrói a identidade comum e

onde crescem os vínculos de convivência. Mas não

pode ser mais um espaço demarcado e

estabilizado, pois a paróquia ultrapassa suas

fronteiras em diversos sentidos. Essa noção mais

ampla de território paroquial exige rever as

estruturas de pastoral

Page 80: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

80

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

Estruturas obsoletas na pastoral

Na sociedade plural, é um desafio evangelizar. Usamos

abstrações e fórmulas, sem comunicar experiências de

fé. Presos a conceitos obsoletos, não somos capazes de

estabelecer relações entre a vida e o Mistério de Deus

A conversão pastoral exige novas formas de

evangelizar tanto o meio urbano como o rural que,

apesar estarem distantes dos centros geradores da

nova cultura urbana, têm os problemas de vínculo

comunitário. É urgente pensar novas estruturas

pastorais, de modo que cuidem das pessoas na atual

cultura

Page 81: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

81

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

Estruturas obsoletas na pastoral

Sobra burocracia e falta acolhida em muitas secretarias

paroquiais. A administração reduz a função dos

presbíteros. Precisam rever questões, como dar

atendimento aos doentes, solitários, enlutados,

deprimidos e dependentes químicos. Precisamos

acompanhar as famílias, o povo de rua, as populações

indígenas, a miséria e a violência urbana. Isso exige o o

desenvolvimento de serviços e ministérios leigos e a

criatividade. A evangelização depende muito de uma

conversão profunda para Cristo, obra da graça em

primeiro lugar

Page 82: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

82

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

Entre o relativismo e o fundamentalismo

O relativismo é próprio de quem oscila entre as inúmeras

possibilidades. O fundamentalismo fecha-se em

determinados aspectos, sem considerar a pluralidade e o

caráter histórico da realidade. Ambos são sinais de

desenraizamento e fechamento em relação à comunidade

Há pessoas que relativizam a doutrina, os dogmas, a moral

e a vida sacramental. Não entendem a comunidade como

aquela que vive um encontro pessoal com Jesus e se une

para uma conversão contínua. A paróquia é uma prestadora

de serviços religiosos, onde se vive uma espiritualidade

sem compromisso ético ou simplesmente se cumprem

preceitos religiosos

Page 83: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

83

DESAFIOS NA COMUNIDADE(103 A 117)

Entre o relativismo e o fundamentalismo

O relativismo impede distinguir o certo do errado, pois tudo é

relativo ao entendimento pessoal e decidido pela consciência.

É a sociedade que se organiza mediante múltiplas informações

e acredita que pode agir como se Deus não existisse. Existe o

risco de perder o sentido do pecado e do Sacramento da

Reconciliação

Também cresce uma postura mais fundamentalista que impede

de perceber o outro como diferente e quer colocar limites a

todo custo, estabelecendo regras universalmente válidas para

cada situação. Insiste em recuperar aspectos pré-conciliares

pretende uma leitura e aplicações reducionistas do Vaticano II,

com a eclesiologia e a espiritualidade até contrárias a ele

Page 84: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

84

DESAFIOS DA SOCIEDADE(118 A 128)

O progresso permite-nos comodidades e experiências

inimagináveis num passado recente. A subjetividade, a ecologia,

o voluntariado, a tolerância e o respeito pelo diferente

despertam uma nova consciência de pertença ao planeta e de

integração entre tudo e todos

Porém, os índices de pobreza e miséria continuam a desafiantes.

O consumismo e o utilitarismo deterioram a fraternidade, geram

exclusão e reduzem a pessoa ao valor de mercado. As leis do

mercado, do lucro e dos bens materiais regulam também as

relações humanas, familiares, sociais, e certas atitudes

religiosas. Aumentam as espiritualidades da prosperidade e da

felicidade individual. Diminui o interesse pelo bem comum e o

compromisso solidário. Os pobres são considerados supérfluos e

descartáveis

Page 85: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

85

DESAFIOS DA SOCIEDADE(118 A 128)

Apesar das tentativas do secularismo e do

indiferentismo religioso, o cristão sabe que sua

identidade depende da sua relação com tudo o que o

circunda. Para não perder sua essência, a fé cristã

precisa ocupar-se da história, porque nela se realiza a

abertura do ser humano para a transcendência. Nesse

encontro entre o visível e o invisível, o humano

encontra o sentido, a cura e a salvação. Ainda que a

sociedade moderna seja prisioneira do consumismo e

do utilitarismo, a Igreja há de se orientar por valores

baseados numa sociedade onde a civilização do amor

encontre seu espaço e novas oportunidades

Page 86: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

86

DESAFIOS DA SOCIEDADE(118 A 128)

A sociedade pós-cristã

Há uma forte tendência para que a sociedade seja laica e a

religião não interfira na esfera pública. Uma sociedade pós-

cristã. Se busca o desejável. A verdade é relativa às

necessidades das pessoas. É a cultura que impede a influência

do cristianismo nas decisões morais. Os cristãos não podem

se omitir na tomada de decisões que envolvem a vida pública

Na sociedade plural, falta orientação e há insegurança e

solidão. Por isso, cresce uma cultura do imediatismo. Muitas

vezes é a arte que leva a procurar algo mais profundo para a

existência. Vivemos um tempo além da modernidade

A paróquia, as comunidades e os cristãos precisam rever a

forma como comunicam sua fé publicamente

Page 87: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

87

DESAFIOS DA SOCIEDADE(118 A 128)

O pluralismo cultural

Diferentes formas de viver e pensar convivem em nossa

cultura, libertando as pessoas de normas fixas. Mas também

as desorienta e gera a fragmentação da vida e da cultura. O

pluralismo nem sempre respeita o outro, e seu exagero pode

gerar o indiferentismo

Também a religião vive esse pluralismo. Católicos

frequentam outros cultos e centros religiosos, buscando

conforto para suas dificuldades

A sociedade é marcada pela instabilidade e pela mobilidade.

Diante das incertezas e das carências, muitos se enfileiram

em novos grupos religiosos, procurando soluções para os

problemas do cotidiano

Page 88: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

88

DESAFIOS DA SOCIEDADE(118 A 128)

O pluralismo cultural

O contato com a realidade exige conversão. Essa

atingirá tanto o âmbito pessoal quanto o pastoral,

prevendo novas estruturas na comunidade. Não é viver

do passado nem construir uma nova Igreja no terceiro

milênio

Para alguns, a paróquia perdeu seu valor; já outros

querem restabelecer a estrutura paroquial pré-conciliar.

Trata-se de inserir de modo crítico e construtivo tudo

que é permanente e precioso na tradição cristã. A GS

indica que o mundo é o lugar teológico dos discípulos

que o Cristo convocou para formarem a Igreja

Page 89: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

89

A URGÊNCIA DA RENOVAÇÃO PAROQUIAL(129 A 133)

Aparecida apresenta uma clara opção pela paróquia e

sugere a sua renovação pela conversão pastoral. Pela

reflexão bíblica, vimos que uma Igreja forte como

instituição, mas vazia de vida comunitária real, não

combina com a aspiração fundamental do NT

Há sinais que exigem a renovação paroquial: a

diminuição de católicos que participam da missa

dominical; milhares de comunidades sem a Eucaristia

dominical por longos períodos; a redução de pessoas

que procuram os sacramentos; o afastamento da vida

eclesial de muitos jovens crismados e a falta de

vocações para a vida presbiteral e religiosa

Page 90: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

90

A URGÊNCIA DA RENOVAÇÃO PAROQUIAL(129 A 133)

As grandes cidades desafiam o atendimento pastoral,

especialmente nas periferias, e exige criatividade

missionária. Aumentam os que se declaram sem-

religião, embora tenham sido batizados

Os números revelam a dimensão externa do

esfriamento da fé. É clara a adesão parcial à fé, sem

pertença à comunidade e engajamento na paróquia.

As pessoas preferem colaborar economicamente com

as campanhas televisivas a participar do dízimo. O

trabalho de religiosos nas mídias coloca em questão o

vínculo e o pertencimento que essa nova modalidade

de viver a fé possibilita

Page 91: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

91

A URGÊNCIA DA RENOVAÇÃO PAROQUIAL(129 A 133)

Os desafios, portanto, são externos e

internos à comunidade. De fora, sopram os

ventos contrários do individualismo, do

relativismo, do fundamentalismo, do

pluralismo e das mudanças familiares.

Internamente, somos desafiados a pôr em

prática a conversão pastoral, enfrentando o

problema da territorialidade paroquial e da

manutenção de estruturas obsoletas à

evangelização

Page 92: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

92

TRABALHOS EM GRUPOS

1 – Qual o pensamento central do texto?

2 – Quais as ideias principais do texto?

3 – Quais as principais dificuldades para a

sua compreensão?

4 – Sugestões de emendas ao texto:

Número do parágrafo

Acréscimos

Supressões

Redação

Page 93: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

93

PERSPECTIVAS PASTORAIS

CAPÍTULO 4

Page 94: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

94

INTRODUÇÃO(134)

É urgente que a paróquia se torne, cada vez mais,

comunidade de comunidades vivas e dinâmicas de

discípulos missionários de Jesus Cristo

A renovação paroquial depende da atenção dada ao

princípio comunitário da fé. Agora passamos a fazer

uma reflexão pastoral com alguns indicativos para a

urgente renovação das comunidades paroquiais.

Retomamos alguns pontos indicados na perspectiva

bíblico-teológica, para que seja o espelho no qual as

atuais comunidades e paróquias se sintam refletidas e

iluminadas em sua renovação

Page 95: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

95

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Nos Atos pode vemos a primeira comunidade cristã: eram

perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na

comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações. Conforme

seu exemplo, a comunidade paroquial se reúne para partir o

pão da Palavra e da Eucaristia e perseverar na catequese, na

vida sacramental e na prática da caridade

O lugar para as pessoas realizarem a experiência de encontro

com Jesus Cristo é a comunidade eclesial. A paróquia, como

comunhão de comunidades, é desafiada a vencer a tentação

de fechamento e apatia em relação aos outros. Viver em

comunidade implica convívio vínculos profundos afetividade

interesses comuns estabilidade e solidariedade nos sonhos,

nas alegrias e nas dores

Page 96: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

96

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Isso supõe uma nova relação de cada pessoa envolvida com a

comunidade: assumir maior vínculo com a paróquia. Requer

pessoas mais dedicadas ao testemunho cristão em

comunidade, de forma renovada, e com novo ardor em

testemunhar Jesus. Não existe vida cristã no isolamento e no

fechamento. A vida comunitária é intrínseca à fé cristã, pois se

trata de vivência eclesial que é reflexo da vida em comunhão

que existe na Trindade

Há critérios para reconhecer uma comunidade cristã: tenha a

Palavra de Deus como fonte, viva na unidade da Igreja em

comunhão com os bispos, celebre os sacramentos, manifeste

seu compromisso evangelizador e missionário e seja solidária

com os pobres.

Page 97: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

97

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Diante da cultura atual, precisamos recuperar a noção de

comunidade como espaço de iniciação cristã, de educação e

de celebração da fé, aberta à pluralidade de carismas,

serviços e ministérios, organizada de modo comunitário e

responsável, integradora de movimentos de apostolados,

atentas à diversidade cultural de seus habitantes, aberta aos

projetos pastorais e supraparoquiais e às realidades

circundantes

A renovação paroquial deve revitalizar a catequese, a liturgia

e a caridade. Isso implica avaliar o que está sendo feito,

interpretar os sinais dos tempos e mudar o que precisa ser

revisado

O povo participa tríplice múnus de Cristo

Page 98: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

98

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152)

Viver da Palavra: ser comunidade profética

Somente no encontro com Jesus Cristo, especialmente

pela Palavra, é que o cristão poderá enfrentar o

pluralismos e as incertezas. A comunhão com a Palavra

se faz na comunidade

As novas gerações devem ser introduzidas na Palavra

por meio de uma catequese sistemática e do

testemunho dos adultos, da influência positiva dos

amigos e da comunidade cristã para evitar a abordagem

individualista. Somente em comunidade e em comunhão

com a Igreja, a pessoa poderá ler a Bíblia sem

intimismos, fundamentalismos e ideologias

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99

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Viver da Palavra: ser comunidade profética

A iniciação à vida cristã deve ser marcada pela escuta da

Palavra. Isso exige um novo estilo de formação, com

metodologias e processos que permitam desencadear uma

mudança na comunidade. Uma excelente pedagogia para

aprofundar a relação com a Palavra é a Leitura Orante

Outro desafio é a preparação aos sacramentos.

Arevitalização das comunidades exige uma catequese

centrada na Palavra. A maioria dos membros das

comunidades carece de maior intimidade com a Palavra,

aprender a ler os textos na unidade da Igreja. Somente

assim entenderão como a Palavra é o próprio Cristo que se

revela

Page 100: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

100

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Viver da Eucaristia: ser comunidade sacerdotal

A celebração da fração do pão é o ponto alto das primeiras

comunidades, que celebram a vitória de Cristo sobre o

pecado e a morte. As nossas celebrações precisam

recuperar esse sentido pascal em comunidade; afinal, a

Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo

com Jesus Cristo

Na eucaristia, a comunidade renova sua vida em Cristo.

Ela é escola de vida cristã. Isso se realiza também com a

adoração do Santíssimo que é o prolongamento da

celebração eucarística. É importante valorizar o

Sacramento da Reconciliação, a fim de que todos se

convertam ao Senhor

Page 101: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

101

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152) Viver da Eucaristia: ser comunidade sacerdotal

É necessário valorizar mais o Dia do Senhor. O domingo é

dia da alegria, repouso e solidariedade. Não há

renovação paroquial sem redescobrir a beleza da fé que

vence o individualismo, impulsionando a comunidade a

viver uma religiosidade com compromisso eclesial

Milhares de comunidades não têm a oportunidade de

participar da Eucaristia todos os domingos. Também elas

devem e podem viver o Domingo com a celebração

dominical da Palavra que faz presente o Mistério Pascal,

no amor que congrega, na Palavra acolhida e na oração

comunitária

Page 102: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

102

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152)

Viver na caridade: ser comunidade do Reino

A Igreja é a comunidade da caridade. O amor ao próximo,

radicado no amor de Deus, é um dever de toda a

comunidade. A caridade é a resposta àquilo que constitui

a necessidade imediata: os famintos devem ser saciados,

os nus vestidos, os doentes tratados para se curarem, os

presos visitados etc. O cuidado com os necessitados leva

a comunidade a defender a vida. Essa postura implicará

apoiar e se engajar em causas que garantam a justiça e a

paz para todos. A caridade e a solidariedade exige

participação política e o reconhecimento de que a vida

econômico-social deve estar a serviço da pessoa humana

Page 103: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

103

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

(135 A 152)

Viver na caridade: ser comunidade do Reino

A sede de vida e felicidade em Cristo requer voltar-se para

os que vivem em condições de vulnerabilidade,

abandonados em sua miséria e em sua dor. Cada paróquia

deve concretizar seu compromisso social, sem ficar alheia

aos grandes sofrimentos que a maioria de nossa gente vive

Todas as paroquias aproximem-se de toda situação onde a

vida estiver ameaçada. Tal atitude muda as pessoas mais

do que os discursos; faz entender a fragilidade da vida e

orienta o cristão a trabalhar por uma sociedade mais justa

e solidária, para a promoção integral da pessoa, em vista

do Reino

Page 104: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

104

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

A setorização da paróquia

A grande comunidade pode ser setorizada em

grupos menores que favoreçam uma nova forma de

partilhar a vida cristã. A paróquia descentraliza seu

atendimento e favorece o crescimento de lideranças

e ministérios. Não se deixa a referência territorial

mas se criam novas unidades sem tanta estrutura

É possível descentralizar o atendimento paroquial.

Importa investir na descentralização, seja iniciando

experiências significativas ou reconhecendo, no dia

a dia das comunidades, o que já existe

Page 105: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

105

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

A setorização da paróquia

Não basta demarcar territórios, é preciso identificar

quem vai pastorear, animar e coordenar esses setores.

O protagonismo dos leigos e os ministérios a eles

confiados são determinantes para o êxito da

setorização. É preciso o planejamento da paróquia

como rede, evitando a concentração na matriz

Diversas experiências de setorização já ocorrem. Na

maioria, a região pastoral é dividida em pequenos

grupos onde escolhem-se lideranças. A formação e o

apoio da paróquia são imprescindíveis. Podem ser

desenvolvidos muitos serviços e ministérios

Page 106: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

106

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

A setorização da paróquia

O mais importante é que todos estão incluídos numa

família cristã, superando o anonimato e vivendo de

forma solidária o testemunho cristão. As

comunidades precisam ser espaços onde as pessoas

se realizem afetivamente na fé e no seguimento de

Jesus. As Paróquias oferecem espaço comunitário

para se formar na fé e crescer comunitariamente.

Assim, a paróquia poderá realizar uma evangelização

mais personalizada e aumentar as relações com os

outros agentes sociais, educacionais e comunitários

Page 107: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

107

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Integração de comunidades,

movimentos e grupos

A renovação permite entender que há

formas de se viver o cristianismo. Há

comunidades ambientais e afetivas que

expressam diferentes formas de buscar

Jesus. São experiências cristãs que se

unem em pontos comuns e podem

constituir uma rede de comunidades

Page 108: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

108

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Integração de comunidades, movimentos e grupos

As CEBs, alimentadas pela Palavra de Deus, fraternidade,

oração e Eucaristia, são a Igreja junto aos mais simples,

comprometendo-se com eles em buscar uma sociedade

mais justa e solidária. São uma forma privilegiada de

vivência comunitária da fé, inserida na sociedade em

perspectiva profética, desafiadas a não esmorecer diante

dos desafios atuais

Aparecida destaca o papel das CEBs na renovação

paroquial: sinal de vitalidade na Igreja Particular, podem

contribuir para revitalizar as paróquias, fazendo delas

uma comunidade de comunidades

Page 109: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

109

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Integração de comunidades, movimentos e

grupos

Considerem-se, também, as comunidades cristãs

ambientais ou transterritoriais. São formadas

por grupos de moradores de rua, universitários,

empresários ou artistas, por exemplo Os

enfermos, profissionais de saúde, funcionários e

a administração de hospitais exigem uma

atenção especial da Igreja. É preciso pensar e

planejar a ação evangelizadora nesses

ambientes, integrando-os na paróquia

Page 110: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

110

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Integração de comunidades, movimentos e

grupos

As escolas também podem ser comunidades dentro

das paróquias. A paróquia se coloque em atitude

de ir ao encontro dos outros espaços educativos e

aí favoreça mecanismos de evangelização

Outro tipo de comunidade são as universidades,

consideradas um grande areópago na busca do

diálogo entre a fé e a razão. Se trata de marcar

uma presença cristã nessa importante instância da

sociedade

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111

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Integração de comunidades, movimentos e grupos

Temos os movimentos de leigos que se envolvem na

pastoral. Muitos ligados a comunidades e outros num

caminho autônomo. Integrá-los é importante

Cresceu o número novas comunidades de vida e

aliança. É importante oferecer-lhes condições para

crescerem na comunhão e na missão. Essas

comunidades estejam atentas ao perigo do

fechamento e de caminhar de forma paralela com a

paróquia e a diocese

O desafio está em estimular a organização das

comunidades, promovendo sua integração na

paróquia

Page 112: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

112

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Revitalização da comunidade

A renovação implica na conversão pastoral,

evitando centralização e uniformização

Paravencer o anonimato e a solidão, todos se

reunam em torno da Palavra, unindo fé e vida,

viver e celebrar, alegrar chorar com o outro, na

atenção às pessoas e suas necessidades. Supõe

abertura para outras pessoas se agregarem à

comunidade, se encontrarem com Jesus e

testemunhem isso, evitando que a comunidade se

estruture como uma micro paróquia

Page 113: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

113

COMUNIDADE DE COMUNIDADES(153 A 170)

Revitalização da comunidade

A vida será expressão do novo jeito

de viver a fé comunitariamente, com

o primado do ser sobre o fazer. Isso

exige uma experiência de Deus capaz

de provocar a conversão pessoal e

pastoral

Page 114: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

114

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Não há como ser verdadeiro discípulo

missionário sem o vínculo efetivo e

afetivo com a comunidade dos que

descobriram o fascínio pelo mesmo

Senhor

Page 115: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

115

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Quem acolhe a Boa-Nova muda a sua vida de acordo

com os valores que Jesus viveu e ensinou. As

comunidades aprenderam com Jesus que o Pai deseja

que todos se considerem irmãos, que haja igualdade

entre homem e mulher, que ocorra a partilha dos bens

e que o poder deve ser exercido como serviço. O

perdão ocupa o lugar da condenação mútua. Essa nova

visão dos relacionamentos supõe uma conversão que

até hoje nos desafia.

A nova evangelização exige renovado empenho para

proporcionar um encontro com Jesus.. Essa experiência

é, ao mesmo tempo, íntima e pessoal, pública e

comunitária.

Page 116: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

116

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

O centro de toda conversão é Jesus. A conversão pastoral

depende da conversão pessoal a Cristo capaz de renovar

a pessoa. Somos desafiados a oferecer a todos os nossos

fiéis um encontro com Jesus

A conversão pessoal e a pastoral andam juntas, pois se

fundam na experiência de Deus que as pessoas e as

comunidades conhecem e torna possível ultrapassar a

pastoral de conservação, para assumir a pastoral

decididamente missionária; uma atitude que Aparecida

chamou de conversão pastoral. Para que essa realidade

aconteça, é necessário assumir a responsabilidade da

revitalização das comunidades

Page 117: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

117

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

Jesus é o Bom Pastor que acolhe sobretudo os pobres.

Seu agir revela o novo jeito de cuidar. Isso desafia os

bispos, os párocos e os presbíteros. A renovação

paroquial depende de um renovado amor à pastoral

O Vaticano II evidenciou a relação entre sacerdócio

comum dos fiéis e sacerdócio ministerial, expressando

como ambos participam do sacerdócio de Cristo. Na

renovação paroquial, todos estão envolvidos. Os bispos

devem fomentar a revitalização das comunidades .

Aparecida acentua a missão do presbítero como pastor

que procura as ovelhas mais distantes

Page 118: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

118

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

Os presbíteros são os agentes da revitalização das

comunidades, um dom para a comunidade. São servidores

do povo, lavam os pés dos discípulos. Devem exercer a

paternidade espiritual sem distinções. Assim, estarão

disponíveis para ir ao encontro de todos.

A paróquia fará a diferença começando pelo padre, pois

requer um pastor que cultive a experiência de Cristo vivo,

com espírito missionário, coração paterno, animador da

vida espiritual, evangelizador, promotor da participação.

Page 119: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

119

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

O pároco deve ser um homem de Deus que faz a

experiência do encontro com Jesus. Sem isso, a

renovação fica comprometida. Essa vivência faz o pároco

ir ao encontro dos afastados, sem limitar-se à

administração, superando a pastoral de conservação

Há uma sobrecarga de tarefas assumidas pelos párocos.

Esse excesso de atividades prejudica o equilíbrio do

padre, que dificilmente conseguirá ser o pastor que

deseja ser. A maior tentação é a rejeição do que é novo,

alegando falta de tempo

Page 120: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

120

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

Outra preocupação é a atualização do padre

diante das mudanças que ocorrem na

modernidade: ele pode ficar atrasado no tempo

e afastado da realidade. Pode ser que não se

prepare melhor para escutar e entender os

anseios dos que o procuram. É fundamental

cuidar da formação dos futuros presbíteros de

acordo com a paróquia como comunidade de

comunidades

Page 121: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

121

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

É necessária uma vivência comunitária do ministério,

garantindo a continuidade da ação evangelizadora,

especialmente quando o padre é substituído

É imprescindível que o diácono e o pároco trabalhem

em comunhão. A conversão pessoal e pastoral do

diácono se traduz nas muitas frentes onde deve

atuar como servidor da comunidade. Deve se ocupar

com a evangelização, a formação dos fiéis, a

celebração dos sacramentos que lhe competem e

com as obras de caridade da paróquia

Page 122: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

122

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

As comunidades precisam de pessoas atentas à caridade

e à defesa da vida. Dessa forma, o diácono não se reduz

à liturgia

A revitalização da comunidade supõe que o pároco

estimule a participação ativa dos leigos. Isso supõe

valorizar as lideranças leigas e formá-las como

discípulas missionárias. Isso implica compartilhar com

os leigos as decisões da comunidade, através dos

conselhos econômicos e pastorais. Também exige maior

abertura de mentalidade para que entendam e acolham

o leigo na Igreja, que, pelo batismo e confirmação, é

discípulo e missionário de Jesus

Page 123: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

123

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Conversão dos ministros da comunidade

O pároco deve reconhecer as novas lideranças e

multiplicar as pessoas que realizam diferentes ministérios

nas comunidades. Não raras vezes, quando ocorre a

transferência do pároco, tudo é mudado na comunidade.

A conversão pastoral, ao permitir maior participação do

leigo, há de superar esse sério problema, respeitando o

plano de pastoral paroquial em sintonia com o plano

diocesano

Os religiosos, as religiosas, e os membros de Institutos

Seculares são chamados a participar ativamente da

renovação paroquial. Eles também colaboram com o

cuidado das pessoas necessitadas

Page 124: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

124

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Protagonismo dos cristãos leigos

A missão dos leigos deriva do batismo: a sua ação

dentro das comunidades eclesiais é necessária,

sem ela, o apostolado dos pastores não pode

conseguir todo o seu efeito

O Vaticano II afirma: Acostumem-se os leigos a

trabalhar na paróquia, intimamente unidos aos

seus sacerdotes, a trazer para a comunidade

eclesial os próprios problemas e os do mundo e

as questões que dizem respeito à salvação dos

homens

Page 125: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

125

A CONVERSÃO PASTORAL(171 A 190)

Protagonismo dos cristãos leigos

A conversão pastoral da paróquia em comunidade de

comunidades supõe o protagonismo dos leigos, supõe

reconhecer a diversidade de carismas, de serviços e

de ministérios dos leigos e até mesmo confiar-lhes a

administração de uma paróquia, como prevê o CDC

Os profissionais leigos podem e devem atuar em

favor das diversas demandas da vida comunitária.

Dos sacerdotes, esperem os leigos a luz e força

espiritual. Mas tomem por si mesmos as próprias

responsabilidades

Page 126: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

126

TRANSFORMAR AS ESTRUTURAS191 A 199

Emergem novos desafios para a pastoral. Daí a

necessidade de reformas institucionais, como as

primeiras comunidades cristãs que souberam se

adaptar aos novos contextos. É urgente abandonar as

estruturas ultrapassadas que não favoreçam a

transmissão da fé. A primazia do fazer ofuscou o ser

cristão. As DGAE destacam que é preciso agir “com

firmeza e rapidez”

A sociedade vive na interatividade. Devemos

considerar a importância dos processos participativos

de todos os membros da comunidade. É preciso

estimular os conselhos comunitários e paroquiais, a

assembleia paroquial e o conselho de assuntos

econômicos da paróquia

Page 127: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

127

TRANSFORMAR AS ESTRUTURAS191 A 199

Não pode haver dissonância entre o conselho paroquial

e o de assuntos econômicos. O conselho de assuntos

econômicos deve obter os recursos para a missão. É

urgente superar a mentalidade que prioriza construções

e não investe na formação. Os leigos precisam ser

apoiados para a realização de cursos e encontros,

manter a unidade com a Diocese e aprofundar o

conhecimento de seu serviço e de pastoral

Paróquias são pessoas jurídicas que precisam prestar

contas, daí a necessidade de uma gestão qualificada e

transparente

Page 128: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

128

TRANSFORMAR AS ESTRUTURAS191 A 199

A manutenção exige novas posturas. É preciso

desenvolver fundos de solidariedade entre paróquias e

comunidades da Diocese. Paróquias mais estáveis têm o

dever missionário de partilhar seus recursos. É uma

partilha organizada de ajuda mútua entre comunidades

da mesma paróquia e as paróquias da Diocese

É preciso distribuir melhor o atendimento do clero. Essa

missão compete ao bispo, apoiado pelos presbíteros

que atuam na pastoral. Conhecer as demandas e propor

uma melhor proporcionalidade no atendimento

representam um passo decisivo na conversão pastoral,

que exigirá nova mentalidade e missão dos presbíteros

Page 129: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

129

TRANSFORMAR AS ESTRUTURAS191 A 199

A paróquia não pode se separar da diocese. A

pastoral precisa ser organizada com outras paróquias

e com a cidade. O planejamento diocesano possibilita

a unidade na diversidade

É importante manter vínculos com paróquias de áreas

missionárias, especialmente na Amazônia

Desde Medellín, a Igreja na AL sugere a passagem de

uma pastoral de conservação para uma pastoral

decididamente missionária. Aparecida reconhece que

os católicos deixam as comunidades sem querer

deixar a Igreja; buscam a Deus

Page 130: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

130

A TRANSMISSÃO DA FÉ:NOVAS LINGUAGENS

(200 A 209)

O ser humano atual é informado e conectado,

acessa dados e vive entre os espaços virtuais.

A ausência da paróquia, nesses meios, é

quase inconcebível

Muitas paróquias permitem uma vivência

comunitária apenas para um grupo mais

ligado à pastoral e ao pároco. Geralmente,

são paróquias extensas e elevado número de

pessoas. Essa compreensão de paróquia ainda

está muito ligada a um espaço físico, mais

fixo

Page 131: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

131

A TRANSMISSÃO DA FÉ:NOVAS LINGUAGENS

(200 A 209)

Para Paulo, a dificuldade era como chegar às pessoas

e aos povos. Hoje multiplicam-se os canais de

comunicação e se fragmentam os conteúdos. Ficam

as perguntas: Quem anuncia Jesus? Em que

linguagem? Como chegar a todos?

Persistem linguagens pouco significativas para a

cultura atual. A renovação paroquial não pode

descuidar da comunicação e buscar novos meios é

uma tarefa que depende da juventude que interage

nos ambientes digitais e conhece espaços virtuais

que desafiam a missão. Ela mora no coração da

Igreja. Isso implica encontrar formas adequadas para

anunciar Jesus aos jovens

Page 132: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

132

A TRANSMISSÃO DA FÉ:NOVAS LINGUAGENS

(200 A 209) É importante promover uma comunicação mais direta

e objetiva, principalmente nas homilias. Isso implica

cuidar do conteúdo e das técnicas de comunicação.

As reuniões de pastoral precisam de uma linguagem

menos prolixa e de uma metodologia clara e

envolvente

A paróquia deve ter a ousadia de atrair para a fé

cristã os que buscam a Deus, e estão dispersos pela

sociedade. É fundamental não usar o proselitismo e

evitar a timidez que impede de proclamar que Jesus

sacia toda sede humana de sentido e de vida

Page 133: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

133

A TRANSMISSÃO DA FÉ:NOVAS LINGUAGENS

(200 A 209) Comunidade missionária é acolhedora. Urge melhorar

a acolhida, dialogando e propondo caminhos para os

que se sentem distanciados. Contradiz a dinâmica do

Reino e da Igreja em estado permanente de missão a

existência de comunidades fechadas em si mesmas.

Muita gente procura os sacramentos sem participar

da comunidade. Essa é uma oportunidade de

aproximar os afastados

Isso significa receber cada pessoa na sua condição

religiosa e humana sem colocar obstáculos doutrinais

e morais. Durante o caminho da fé, a pessoa será

orientada a uma conversão e conhecerá a doutrina e

a moral

Page 134: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

134

A TRANSMISSÃO DA FÉ:NOVAS LINGUAGENS

(200 A 209) É no cotidiano que aparecem as dificuldades e as

possibilidades para a relação com as diferentes

igrejas e religiões. Os fiéis participam de iniciativas

ecumênicas como a Semana de Oração pela Unidade

dos Cristãos. Nas celebrações, muitas vezes, se

encontram membros de outras igrejas e religiões

Daí a necessidade de atitudes ecumênicas que podem

ser enriquecidas quando a comunidade se reúne com

outras confissões cristãs para rezar e meditar a

Palavra, que é um instrumento eficaz para

alcançarmos a unidade que o Senhor deseja. Neste

sentido, promova-se o diálogo inter-religioso

Page 135: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

135

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

O Sínodo dos Bispos de 2012, sobre a Nova

Evangelização para a transmissão da fé

cristã, alertou que os novos contextos não

implicam inventar novas estratégias para

apresentar melhor o Evangelho, como se

fosse um novo produto. Muito mais que isso,

se trata da importante tarefa de promover o

encontro das pessoas com Jesus Cristo, para

que renovem sua fé e acolham sua proposta

de vida

Page 136: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

136

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Criatividade

Usar a criatividade para atender melhor as pessoas

que vivem em diferentes ritmos da vida diária.

Adaptar-se aos horários do movimento urbano:

Valorizar a beleza e a simplicidade dos espaços da

comunidade, pois o ser humano vive marcado pela

cultura do belo. Oferecer espaços para a meditação,

a adoração ao Santíssimo, a oração pessoal. Criar

clima favorável e tempos propícios para quem

procura as comunidades cristãs

Page 137: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

137

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Pequenas comunidades

A comunidade favorece o relacionamento. Devemos

criar novas comunidades, alimentar sua espiritualidade

e crescer na convivência. Devem ser comunidades com

pessoas que se integrem para melhor viver a fé

A comunidade acolherá pessoas novas no grupo e

oferecerá uma proposta de itinerário de fé aos querem o

engajamento

É bom criar subsídios para as comunidades. Para isso, é

útil organizar a formação dos animadores. A

comunidade deve fazer o seu caminho, unindo Palavra,

oração, comunhão e serviço aos pobres

Page 138: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

138

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Ministérios leigos

A Igreja se organiza com diferentes ministérios. Aos

leigos podem ser confiados ministérios e

responsabilidades., com destaque ao ministério da

Palavra

Eles precisam ter formação doutrinal, pastoral e

espiritual. Os melhores esforços precisam estar

voltados à convocação e a formação dos leigos

Isso supõe abrir espaços para a participação das

leigas, que precisam participar plenamente da vida

eclesial

Page 139: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

139

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Formação

É necessário reforçar a opção pela formação, que

implica uma aprendizagem gradual e requer caminhos

diversificados

Hoje, é indispensável a interação na qual a pessoa

aprende a formar-se junto com os outros. Métodos,

pedagogias interativas e participativas precisam ser

desenvolvidos entre as lideranças cristãs, para que

promovam a participação na comunidade. Essas

metodologias devem considerar a prática das

comunidades e as experiências de vida, formando a

consciência sobre o valor da vida comunitária para a fé

Page 140: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

140

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Catequese de Iniciação à vida cristã

A catequese deve ser uma prioridade. A catequese como

iniciação à vida cristã é pouco conhecida. Devemos

adotar a metodologia catecumenal, conforme o RICA e do

Diretório Nacional da Catequese. A conversão pastoral

implica em rever os processos de catequese e propor

uma formação catecumenal que percorra as etapas do

querigma, da conversão, do discipulado, da comunhão e

da missão. Também agentes e lideranças da pastoral

precisam de catequese permanente. Essa catequese

está totalmente integrada à liturgia, à vida comunitária

e à prática da caridade

Page 141: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

141

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Jovens

A paróquia precisa ter abertura para a presença

e a atuação dos jovens na vida das comunidades.

Tal atitude exige fazer uma opção afetiva e

efetiva pela juventude, considerando suas

potencialidades. Para isso, é importante garantir

espaços adequados para ela nas paróquias, com

atividades, metodologias e linguagens próprias,

assegurando o envolvimento e a participação

dos jovens nas comunidades

Page 142: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

142

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Liturgia

A celebração eucarística é um real encontro de Cristo com

sua comunidade. Devemos valorizar cânticos, símbolos e

ritos dos sacramentos. As celebrações favoreçam a

linguagem do Mistério, principalmente pela escuta da

Palavra

A homilia deve ser centrada nas leituras e comprometida

com a realidade, ser breve e capaz de falar com linguagem

atual, levando a comunidade a descobrir a presença e a

eficácia da Palavra em sua vida, sem discursos genéricos e

abstratos ou divagações inúteis. A homilia bem preparada

exige meditação e oração

Page 143: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

143

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Liturgia

Para que sejam frutuosas, as celebrações da Palavra

exigem uma boa formação dos ministros,

especialmente liturgia e comunicação

A valorização da piedade popular nas comunidades é

importante. Entretanto, é preciso aprofundar as

devoções para que conduzam à experiência do

mistério pascal, na centralidade de Jesus Cristo,

numa vivência religiosa integrada na Igreja. Nas

pequenas comunidades, há muito espaço para viver

criativamente a piedade popular

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144

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

A caridade

A comunidade há de marcar sua presença pública no

serviço em favor e no cuidado da vida. A paróquia

evangeliza através do exercício da caridade. Sem

dispensar as muitas iniciativas já existentes na

prática da caridade, as paróquias devem cuidar para

acolher fraternalmente a todos, especialmente

aqueles que estão caídos na beira do caminho

A comunidade deve marcar presença em todos os

dramas humanos: desde as crises existenciais diante

do luto, até os grandes desafios sociais

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145

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

A caridade

Valorizar a família, santuário da vida, os grupos de

casais que se apoiam mutuamente, promovendo

encontros entre as famílias, são exemplos de iniciativas

para conscientizar as pessoas sobre a importância da

família na vida de cada um. Acolher, orientar e incluir

nas comunidades aqueles que vivem numa outra

configuração familiar são os desafios do presente

A paróquia, como comunidade servidora e protetora da

vida, desenvolva uma educação e pastoral ambiental,

em defesa da integridade da Terra e do cuidado da

biodiversidade

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146

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Perdão e Acolhida

Acolher melhor é uma tarefa urgente de todas as

comunidades paroquiais, especialmente nas

secretarias, superando a burocracia, a frieza, a

impessoalidade

Muitos procuram a Igreja nos momentos difíceis. A

comunidade precisa acolhê-las com carinho para

superar os desafios que os despersonalizam

Disso decorre a necessidade de oferecer o Sacramento

da Reconciliação aos fiéis. É preciso ampliar os

espaços e tempos do padre para o atendimento

Page 147: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

147

PROPOSIÇÕES(210 A 235)

Perdão e Acolhida

O aconselhamento pastoral é uma urgência. Devemos

preparar pessoas que tenham o dom de escutar para

acolher os que procuram a Igreja

É urgente atrair os afastados ou os que procuram

serviços religiosos. Devemos aproveitar: iniciação

cristã dos adultos; preparação de pais e de padrinhos

para o batismo; preparação para o Matrimônio;

exéquias; formação de pais de catequizandos. É

necessário o diálogo com a cultura atual. Isso supõe

um olhar menos condenatório e mais acolhedor

Page 148: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

148

TRABALHOS EM GRUPOS

1 – Qual o pensamento central do texto?

2 – Quais as ideias principais do texto?

3 – Quais as principais dificuldades para a

sua compreensão?

4 – Sugestões de emendas ao texto:

Número do parágrafo

Acréscimos

Supressões

Redação

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149

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 150: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

150

CONSIDERAÇÕES FINAIS(236 A 242)

Jesus Cristo é nossa razão de ser,

origem de nosso agir, motivo de nosso

pensar e sentir. Nele, com ele e a partir

dele mergulhamos no mistério trinitário,

construindo nossa vida pessoal e

comunitária

Page 151: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

151

CONSIDERAÇÕES FINAIS(236 A 242)

A paróquia é escola da fé, oração, valores e costumes

cristãos. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhor e

atrair muitos outros à Igreja. A paróquia continua sendo

referência para o povo cristão. Nela, todos devem fazer o

encontro com Jesus e integrar-se como seus seguidores

A paróquia precisa de renovação, nova organização,

articulada em comunidades capazes de estabelecer

vínculos entre as pessoas que convivem na fé. Ela depende

de nova evangelização, de ousadia missionária capaz de

fortalecer o testemunho e estimular o anúncio. Isso implica

renovar o ministério do pároco, para promover a

participação dos leigos na vida e nas decisões da

comunidade. É preciso favorecer ministérios e serviços

Page 152: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

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CONSIDERAÇÕES FINAIS(236 A 242)

A paróquia precisa integrar comunidades religiosas,

associações, CEBs, movimentos, pastorais, novas

comunidades, hospitais, escolas, universidades e

comunidades ambientais, para que todos vivam na

pluralidade da experiência de fé, na diversidade de

carismas e de dons, a unidade na vida cristã. Os desafios

são acolher essas múltiplas formas uma riqueza de dons

que o Espírito oferece à Igreja e manter unidos os

diferentes grupos . É preciso um olhar de esperança

para o futuro da paróquia.

Hoje, a fé não decide mais os destinos da vida social e

pessoal. Vive-se um tempo de buscas, mas com base em

decisões privadas de referências da fé

Page 153: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

153

CONSIDERAÇÕES FINAIS(236 A 242)

Esse é o tempo oportuno para uma nova evangelização.

A comunidade é um poço dessa Água Viva, do qual todos

podem se aproximar para saciar sua sede

Maria permanece unida a todos que perseveram na

comunhão fraterna, na fração do pão e na oração,

suplicando que o Espírito Santo conduza os caminhos da

nova evangelização. Sob o olhar da Senhora Aparecida,

a Igreja no Brasil renova a esperança de cumprir a

vontade do Pai, na fidelidade a Jesus Cristo e na força do

Espírito Santo, para que as paróquias sejam comunidade

de comunidades

Page 154: COMUNIDADE DE COMUNIDADES:  UMA  NOVA  PARÓQUIA

154

CONSIDERAÇÕES FINAIS(236 A 242)

Acreditando em Deus, é importante

vencer o pessimismo e renovar as

paróquias para que se organizem em

comunidades e favoreçam todas as

manifestações da vida cristã. Uma nova

realidade implica nova evangelização,

renovação espiritual e conversão

pastoral

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TRABALHOS EM GRUPOS

1 – Qual o pensamento central do texto?

2 – Quais as ideias principais do texto?

3 – Quais as principais dificuldades para a

sua compreensão?

4 – Sugestões de emendas ao texto:

Número do parágrafo

Acréscimos

Supressões

Redação