comunicando nº 51

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EDITORIAL Os sinais da crise, um fenómeno da vida real que nos leva a pensar sobre qual a melhor opção para sairmos desta encruzilhada, são mais que evidentes e já se fazem sentir nos orçamentos domésticos de quem não a pode evitar. Fazemos parte deste grupo! E a partir de agora como vai ser? Não abordar o tema é ignorar as dificuldades que já atingem os colegas aposentados, em particular os economicamente mais débeis. A tomada de consciência deste problema que a todos nos afecta fica bem expressa na comunicação [aqui ao lado] que o Presidente da ANAC levou à recente Assembleia de Delegados dos Serviços Sociais. Mas vamos tentar esquecer por momentos esta onda de pessimismo e admitir que melhores dias virão; e mais! Que ainda vamos a tempo de usufruir das nossas merecidas pensões, com um mínimo de dignidade! Resta-nos, por fim, o consolo de que o nosso fado foi promovido à categoria de “Património Imaterial da Humanidade”! Orgulhemo-nos, pois !… A todos os associados desejamos um Novo e próspero Ano de 2012, Com saúde e muita esperança no futuro! A Direcção CRISE, CORTES NAS PENSÕES E FELICIDADE Portugal está a atravessar mais uma fase crucial da sua história, tal como em 1383, 1580, 1640 ou no final do Século XIX. Como todos sabem, o nosso país está em permanente crise (já Fernão Lopes, Padre António Vieira, Eça de Queiroz, Bordalo Pinheiro e outros a retrataram muito bem, há muitos séculos…) mas sempre sobreviveu a elas. Sucede que a actual fase crítica não é sentida apenas pelos portugueses. As suas consequências têm eco um pouco por toda a Europa e pelo Mundo fora. Em seu nome se estão a fazer profundas reformas que atingem todas as populações, mas de formas diferentes. Os mais desfavorecidos (crianças, pobres, desempregados, idosos…) são os que sentem mais duramente os custos destas reformas e os que têm menos quem os defenda. No caso concreto do universo ANAC, com mais de 70% de Sócios aposentados, somos muito directamente afectados. Fruto da indefinição legal da nossa situação (por vezes somos funcionários públicos, outras somos bancários, conforme os interesses dos poderes do momento), os antigos e actuais trabalhadores da Caixa são particularmente atingidos. A perspectiva de, em 2012, haver o corte dos subsídios de férias e de Natal é muito forte, tal como vai acontecer aos trabalhadores do sector público. No entanto, as negociações entre as partes continuam e acreditamos que, com persistência e unidade, os aposentados da Caixa sairão dignificados. Sobretudo nestes momentos difíceis não é altura de esquecermos os que, de entre os nossos, têm uma situação ainda mais difícil – os que vivem sós e os que estão dependentes de terceiros. Não queremos que sejam “invisíveis” e esse apelo foi mais uma vez reforçado junto dos representantes das entidades presentes na “Assembleia de Delegados” dos nossos SSCGD – Administração da CGD, Direcção dos Serviços Sociais, Delegados, CT e Estruturas Sindicais – aos quais se dirigiu a comunicação que transcrevemos abaixo. Não estamos a falar de reivindicações salariais mas atenção, carinho e disponibilidade para lhes (nos) dar “vida aos anos de vida”. Neste contexto, também saudámos, na referida comunicação, a proposta da Direcção dos nossos SSCGD de vir a ser criada uma “Universidade Sénior”. Esta ideia “encaixa” perfeitamente na iniciativa por nós lançada no ano passado e que denominámos de “Banco de Conhecimentos e Apetências”. Com ela poderemos também aproximar ainda mais os nossos Sócios, mesmo os que vivem sós. Ainda que em época de crise, com indesejáveis cortes nos nossos rendimentos, poderemos ser felizes. Assim o queiramos nós e as entidades de quem depende o nosso futuro… 2012 é ano de eleições para os Órgãos Sociais da ANAC! O prazo para apresentação das listas e a data das eleições constarão de convocatória da M.A.G., a enviar oportunamente nos precisos termos estatutários. Esteja atento(a) e participe na vida associativa da ANAC!

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Edição nº 51 do nosso boletim "Comunicando"

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Page 1: Comunicando nº 51

EDITORIALOs sinais da crise, um fenómeno davida real que nos leva a pensar sobrequal a melhor opção para sairmosdesta encruzilhada, são mais queevidentes e já se fazem sentir nosorçamentos domésticos de quemnão a pode evitar. Fazemos partedeste grupo! E a partir de agoracomo vai ser?

Não abordar o tema é ignorar asdificuldades que já atingem oscolegas aposentados, em particularos economicamente mais débeis.

A tomada de consciência desteproblema que a todos nos afectafica bem expressa na comunicação[aqui ao lado] que o Presidente daANAC levou à recente Assembleiade Delegados dos Serviços Sociais.

Mas vamos tentar esquecer pormomentos esta onda de pessimismoe admitir que melhores dias virão; emais! Que ainda vamos a tempo deusufruir das nossas merecidaspensões, com um mínimo dedignidade!

Resta-nos, por fim, o consolo deque o nosso fado foi promovido àcategoria de “Património Imaterial

da Humanidade”!

Orgulhemo-nos, pois !…

A todos os associados desejamosum

Novo e próspero

Ano de 2012,

Com saúde e muita esperançano futuro!

A Direcção

CRISE, CORTES NAS PENSÕES E FELICIDADEPortugal está a atravessar mais umafase crucial da sua história, tal comoem 1383, 1580, 1640 ou no final doSéculo XIX. Como todos sabem, onosso país está em permanente crise(já Fernão Lopes, Padre António Vieira,Eça de Queiroz, Bordalo Pinheiro eoutros a retrataram muito bem, hámuitos séculos…) mas sempresobreviveu a elas.

Sucede que a actual fase crítica não ésentida apenas pelos portugueses. Assuas consequências têm eco um poucopor toda a Europa e pelo Mundo fora.

Em seu nome se estão a fazerprofundas reformas que atingem todasas populações, mas de formasdiferentes. Os mais desfavorecidos(crianças, pobres, desempregados,idosos…) são os que sentem maisduramente os custos destas reformase os que têm menos quem os defenda.

No caso concreto do universo ANAC,com mais de 70% de Sóciosa p o s e n t a d o s , s o m o s m u i t odirectamente afectados.

Fruto da indefinição legal da nossasituação (por vezes somos funcionáriospúblicos, outras somos bancários,conforme os interesses dos poderesdo momento), os antigos e actuaist raba lhadores da Ca ixa sãoparticularmente atingidos.

A perspectiva de, em 2012, haver ocorte dos subsídios de férias e de Natalé muito forte, tal como vai aconteceraos trabalhadores do sector público.No entanto, as negociações entre aspartes continuam e acreditamos que,

com persistência e unidade, osaposentados da Caixa sa irãodignificados.

Sobretudo nestes momentos difíceisnão é altura de esquecermos os que,de entre os nossos, têm uma situaçãoainda mais difícil – os que vivem sós eos que estão dependentes de terceiros.Não queremos que sejam “invisíveis” eesse apelo foi mais uma vez reforçadojunto dos representantes das entidadespresentes na “Assembleia deDelegados” dos nossos SSCGD –Administração da CGD, Direcção dosServiços Sociais, Delegados, CT eEstruturas Sindicais – aos quais sed i r i g i u a c o m u n i c a ç ã o q u etranscrevemos abaixo.

Não estamos a falar de reivindicaçõessalariais mas atenção, carinho edisponibilidade para lhes (nos) dar“vida aos anos de vida”.

Neste contexto, também saudámos,na referida comunicação, a propostada Direcção dos nossos SSCGD de vira ser criada uma “Universidade Sénior”.Esta ideia “encaixa” perfeitamente nainiciativa por nós lançada no anopassado e que denominámos de“Banco de Conhec imentos eApetências”. Com ela poderemostambém aproximar ainda mais osnossos Sócios, mesmo os que vivemsós.

Ainda que em época de crise, comindesejáveis cortes nos nossosrendimentos, poderemos ser felizes.Assim o queiramos nós e as entidadesde quem depende o nosso futuro…

2012 é ano de eleições para os Órgãos Sociais da ANAC!O prazo para apresentação das listas e a data das eleiçõesconstarão de convocatória da M.A.G., a enviar oportunamentenos precisos termos estatutários.Esteja atento(a) e participe na vida associativa da ANAC!

Page 2: Comunicando nº 51

Ficha TécnicaPropriedade da ANAC – Associação dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos II Sede: Rua Marechal Saldanha, n.º 5 - 1.º1200-259 Lisboa • Tels. 21 324 50 90/1 • Fax 21 324 50 94 • http://anaccgd.blogspot.com • E-mail: [email protected]ção: Carlos Pereira II Publicação Trimestral II Impressão: Marsil – Artes Gráficas, Lda. - Rua Central deCarvalhido, 374 - 4470-907 Moreira; II Tiragem: 3 500 exemplares II Depósito Legal n.º 55350/92 II Distribuição gratuitaaos sócios II Colaboraram neste número: Cândido Vintém; Carlos Pereira; Jorge Sebastião; José Coimbra (Deleg. ANACNorte); Maria Eduarda Cruz.

Reparem que não estamos a falar de reivindicaçõesmonetárias pois este não é o local apropriado. Noentanto, parece-nos que, se as várias entidades aquipresentes (ANAC, SSCGD, CGD, Séniamor, Sindicatos),conjugarem esforços, poderemos proporcionar muitomais conforto àqueles que dele necessitam.

Hoje é relativamente barata e fácil a utilização demeios tecnológicos (vídeo-conferência, vídeo-vigilância, telemóveis entre outros…) e para os pormosao serviço dos idosos seria interessante criar uma“rede social Caixa” onde todos nos encontremos ecompartilhemos sentimentos, afectos, amizades…

Deixamos este desafio no ar com a esperança deque, no próximo ano, possamos dizer que já temosos nossos idosos menos abandonados e mais visíveis,pesem embora as dificuldades sociais que vãoperdurar.

Neste contexto de conjugação de vontades e esforços,fiquei muito satisfeito ao ler o bem elaborado “Planode Actividades” pois nele é dada relevância a doisaspectos muito importantes para nós.

Refiro-me ao desenvolvimento de parcerias paraapoio aos aposentados em situação social precáriae a ideia de analisar a viabilidade de criação de uma“Universidade sénior dos SSCGD”. Esta enquadra-seno espírito do “Banco de Conhecimentos eApetências” por nós lançado. Só há que seguir emfrente pois temos instalações (na Ajuda ou na MarechalSaldanha), alunos interessados e abundância deconhecimentos entre os Sócios.

Termino, desejando que os trabalhos desta Assembleiasejam muito proveitosos para todos – aposentadose activos.

Obrigado

03 de Dezembro de 2011

(Cândido Vintém)

Em primeiro lugar gostaria de, em nome da ANAC,saudar todos os presentes e desejar que destaAssembleia resultem decisões que engrandeçamainda mais os nossos Serviços Sociais.

Repetindo as palavras dirigidas à Assembleia do anoanterior digo:

Gostaria também de manifestar a satisfação por, umavez mais, a ANAC estar presente nesta Assembleia,num momento em que se adivinham nuvens negrasno horizonte dos aposentados e de todos ostrabalhadores. Os nossos Serviços Sociais certamentenão passarão ao lado dessas dificuldades.”

Infelizmente a realidade superou os nossos receiose as nuvens transformaram-se em borrasca.Felizmente os Serviços Sociais mantêm-se vivos eactivos, num contexto ainda mais difícil que o referidohá um ano.

Este contexto vai tendo reflexos terríveis nosreformados em geral e, por consequência, nos nossoscolegas mais idosos.

Poderá parecer que esta comunicação é um “remake”da do ano passado. Provavelmente até será, mas elapretende ser um novo e reforçado pedido de atençãopara a situação dos mais idosos porque eles são aparte mais vulnerável de uma cadeia já de si frágil.Não nos esqueçamos de que não existem sindicatosde idosos para os defender publicamente.

Daí o apelo para que não sejamos invisíveis para asociedade. Os problemas dos menos jovens passammuito por esta “invisibilidade” e pelo abandono.

A fragilidade dos idosos poderá ser minorada comalguma criatividade e, provavelmente, com meiosfinanceiros escassos. Num tempo em que astecnologias tornam o longe perto, com a conjugaçãode esforços e de boas vontades das diversas entidadesque têm como missão dar bem-estar às pessoas,poderemos fazer chegar os idosos ao mundo e tornaro seu quotidiano mais feliz.

COMUNICAÇÃO À ASSEMBLEIA DE DELEGADOS DOS SERVIÇOS SOCIAIS

Page 3: Comunicando nº 51

ROTA DOS ESCRITORES DO DOURO

Entre os dias 3 e 6 de Outubro, os nossos sóciostiveram a oportunidade de visitar os caminhospercorridos por cinco escritores ligados à regiãoduriense. Começaram por uma breve visita àcasa de Miguel Torga (pseudónimo literário domédico Adolfo Rocha), em Coimbra. Fomos aTormes, onde almoçámos “à maneira de Eça”.Depois visitámos Teixeira de Pascoaes emAmarante e ficámos a conhecer melhor João deAraújo Correia (na Régua). A passagem por S.Martinho de Anta (terra de Miguel Torga), VilaReal e Vilarinho da Samardã, onde “encontrámos”Camilo era parte obrigatória do nosso roteiro.Provámos o vinho na Quinta do Panascal (Pinhão)e, já no Porto, visitámos Serralves com a suaexposição de arte moderna e os lindos jardins.Foi, enfim, uma excelente jornada de cultura,gastronomia e amizade. A repetir!…

VIAGEM AOS ESTADOS UNIDOS E CANADÁ

No tempo de espera para o embarque rumo aosEstados Unidos [que foi longo!], valeu-nos oacordeon doTino Costa! Mas acabou por ser umaviagem boa! Chegados a Nova Iorque,conduziram-nos ao hotel- que é uma referênciada cidade – é ali que Obama costuma ficar,quando comparece nas Nações Unidas!

À noite fomos a pé até Times Square e àBroadway ver as iluminações e jantar.

No dia imediato, bem cedo, rumámos a Boston.Passadas cerca de duas horas fizemos umaparagem técnica e ao regressar ao autocarrofomos surpreendidos com um pneu furado. Daquiresultou que tivemos de ficar no local cerca detrês horas a aguardar a chegada de carro deapoio; isto em New York!!!

Boston é uma cidade interessante e gostámosespecialmente de ter estado na Universidade deHarward e de recordar os nomes de algunsportugueses que ali se doutoraram. Para finalizara jornada fomos ao porto degustar lagosta (umapara cada um).

No dia seguinte partimos em direcção a Montreal,no Canadá. Esta cidade, localizada na confluênciados rios S. Lourenço e Ottava , foi fundada nosec. XVII por católicos franceses e tornou-seuma cidade comercial próspera. Destacamos,como locais dignos de visita, a Basílica de NotreDame e o Estádio Olímpico.

ACTIVIDADES

(Continua na página seguinte)

Page 4: Comunicando nº 51

(Continuação da página anterior)

Ottava foi a nossa nova paragem. Merecereferência o Parlamento com os telhados emcobre e o Museu da Civilização Canadiana. Daquipartimos para um agradável passeio de barcopelo arquipélago das mil ilhas.

Seguimos depois para Toronto dondedestacamos a Casa Loma e a cidade subterrânea,isto é, os centros comerciais por baixo dosprédios de habitação que abrangem uma areade 27 km2.

De notar que estando próxima a festa do“Halloween” as lojas e entradas das residênciasestavam decoradas com abóboras e outrosenfeites alusivos à festa.

E terminámos a visita ao Canadá nas Cataratasde Niagara. Estas cataratas são metadecanadianas e metade americanas. São muitobonitas e pudemos admirá-las do alto da TorreSkylon, onde almoçámos e, de mais perto, nopasseio de barco. Aqui deram-nos umas capasplásticas azuis para vestir - parecíamos os“estrunfes”.

Regressámos aos EUA para visitar Washington.Vimos a Casa Branca (por fora!), bem como atenda em frente, onde reside, há cerca de oitoanos, a activista galega dona Conceição. Fomosdepois ao Capitólio e ao mítico cemitério deArlington onde estão sepultados os heróisamericanos. Nesta cidade vimos ainda osmonumentos aos mortos das diferentes guerrasem que a América esteve envolvida. O mural aosmortos da guerra do Vietname contém milharesde nomes.

O monumento mais recente é dedicado aoactivista Luther King e foi inaugurado no diaseguinte à nossa visita. De tarde visitámos oMonte Vernon onde morou e morreu GeorgeWashinghton .

De regresso a Nova Iorque passámos porFiladélfia para ver o Sino da Liberdade.

Na cidade que nunca dorme e que é bastantesegura fomos à ilha onde está a Estátua daLiberdade e fizemos uma visita panorâmica compassagem pelo Ground Zero, Chinatown, Harlem,Little Italy, Wall Street, etc; e uma breve paragemno Central Park. À noite e para encerramentoda viagem fomos de “limousine” até ao WorldYacht jantar e passear de barco pelo rio Hudson.Em síntese podemos dizer que gostámos daviagem. Os percursos de autocarro foram,contudo, bastante extensos e seguidos. Mas aépoca do ano foi excelente e tivemos muito bomtempo. Os hotéis e restaurantes foram bons,embora os jantares fossem sempre tardios, istoé, entre as 21 e as 22 horas, mas sempre muitobem servidos.

O grupo foi homogéneo, pontual e divertido.

Relativamente aos guias há a referir que quer aguia da agência quer os guias locais foramcompetentes e mostraram-se sempre disponíveise atentos.

Até breve colegas e amigos.

Três Marias

Page 5: Comunicando nº 51

(Continua na página seguinte)

(Continuação da página anterior)

O S. MARTINHO NO ALTO TÂMEGA

Um grupo de 140 dos nossos sócios, familiarese amigos deslocaram-se “para lá do Marão” emépoca de S. Martinho. Foi uma jornada de 3 diasde mais um alegre convívio e de descoberta deuma zona pouco conhecida da maioria dosparticipantes. Por terras de Barroso contactámoscom a poderosa gastronomia associada ao gadoda região e aos produtos da terra.

“Descobrimos” o Padre Fontes e a cultura queele muito justamente preserva – a das gentes daraia.

Enfim, foram uns dias bem passados (…), pararecordar mais tarde.

NOITE DE FADOS NA ANAC

Acompanhando a eleição do nosso Fado aPatrimónio Imaterial da Humanidade, também aANAC se associou a esta distinção ao realizar,nas suas instalações mais uma noite de fados -a quarta, no passado dia 25 de Novembro. Osnossos sócios estiveram solidários com esteevento, ao ponto de se esgotarem as

inscrições num curto espaço de tempo. Estiverampresentes cerca de 80 sócios e convidados, quedepois de um bom e animado jantar, ouviramcom bastante atenção e silêncio os belos fadosinterpretados pelos artistas convidados. Porém,dado o interesse e a projecção deste evento eface à extensa lista de colegas inscritos (cercade 70 pessoas), que não puderam participarneste dia, devido às limitações da sala e gestãodo serviço de bar, a Direcção da ANAC marcoupara o dia 16 de Dezembro uma nova noite defados também com jantar e o mesmo elenco deartistas.

Jorge Sebastião

ALMOÇO/CONVÍVIO DE NATAL

Foi no ambiente acolhedor da Quinta dosGafanhotos, em S. Domingos de Rana, quedecorreu o almoço-convívio de Natal no passadodia 11, tal como oportunamente tínhamosanunciado.

Page 6: Comunicando nº 51

Entre sócios, familiares, amigos e convidados, aANAC reuniu no mesmo espaço 230participantes da região de Lisboa. Do conjuntode convidados destacamos a presença derepresentantes da CGD, dos Serviços Sociais, doSBSI, Grupo de Dadores de Sangue, Séniamor edas Associações amigas do Montepio Geral e daImpério-Bonança.

Foram lidas as mensagens endereçadas pelaComissão de Trabalhadores da CGD e pelosnossos Delegados da Região Norte eatentamente ouvidas as palavras de saudaçãoe felicitações proferidas pelo Dr. Henrique deMelo que, de há muito tempo a esta parte, épresença assídua nos nossos mais diversosencontros, quer a título pessoal, quer emrepresentação da Administração da CGD.

Foi uma alegre e fraterna tarde de convívio, deboa disposição e de espírito natalício, onde nãofa l taram os momentos de animaçãoproporcionados pelos Grupos Coral e de Cantaresda ANAC que, mais uma vez, actuaram ao seumelhor nível.

(Continuação da página anterior)

Page 7: Comunicando nº 51

Ser idoso e ser velho !Idoso é quem tem muita idade;

Velho é quem perdeu a jovialidade.A idade causa a degeneração das células;

A velhice, a degeneração do espírito.Uma pessoa é idosa quando pergunta se vale a pena;

É velha quando, sem pensar, responde logo que não.Uma pessoa é idosa quando ainda sonha;

É velha quando apenas dorme.É idosa quando ainda é capaz de aprender;

É velha quando não aprende nem ensina.É idosa quando ainda pratica exercícios;

é velha quando apenas descansa.É idosa quando ainda sente amor;

é velha quando só sente ciúmes.É idosa quando o dia de hoje é o primeiro do resto da sua vida;

É velha quando todos os dias parecem ser o último de uma longa jornada.Você é idoso quando o seu calendário só tem amanhãs;

Mas é velho quando o seu calendário só tem “ontens”!O idoso renova-se em cada dia que começa;

O velho acaba-se em cada noite que termina.Pois, enquanto o idoso tem os olhos postos no horizonte,

De onde desponta o Sol e se ilumina a esperança,

O velho sofre de miopia e só se volta para as sombras do passado.O idoso tem planos;

o velho só vive de saudades.O idoso aproveita o que lhe resta da vida;

O velho sofre o que o aproxima da morte.O idoso leva uma vida activa cheia de planos e esperanças;

Para ele o tempo passa rapidamente e a velhice nunca chega;

Para o velho as horas arrastam-se destituídas de sentido.As rugas do idoso são bonitas, porque foram marcadas pelo sorriso;

As rugas do velho são feias porque foram todas vincadas pela amargura e pela tristeza.

Idoso e velho podem ter a mesma idade no BI,

mas têm idades muito diferentes no coração.

Um voto muito sincero para si, que é idoso!

Viva uma vida longa e nunca fique velho!...

Do “Almanaque Popular” - 2010

Voltaremos no próximo número com outros conselhos.

Boas Festas!CP

OS SÉNIORES QUE SE CUIDEM

Page 8: Comunicando nº 51

NOTŒCIAS DO NORTE DELEGA O NO PORTO

Page 9: Comunicando nº 51

NOTŒCIAS DO NORTE DELEGA O NO PORTO

Page 10: Comunicando nº 51

ESPAÇO CULTURAL

USO DO HÍFEN (Bases XV A XVII)

Algumas regras de utilização do hífen são clarificadase sistematizadas. Podem dividir-se as alterações emtrês grandes grupos:

- As palavras que incluem unidades nãoautónomas;

- As palavras que se juntam a outras;- o verbo “haver”.

AS PALAVRAS QUE INCLUEM UNIDADES NÃOAUTÓNOMAS – BASE XV

Emprega-se o hífen:

• Nas palavras compostas por justaposição que nãocontêm formas de ligação e cujos elementos, denatureza nominal, adjectival, numeral ou verbal,constituem uma unidade sintagmática e semânticae mantêm acento próprio, podendo dar-se o casode o primeiro elemento estar reduzido:ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei,és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia,tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto;alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno,m a t o - g r o s s e n s e , n o r t e - a m e r i c a n o ,porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro,pr imeiro-ministro, pr imeiro-sargento,primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas,finca-pé, guarda-chuva.

Obs.: Certos compostos, em relação aos quais seperdeu, em certa medida, a noção de composição,grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva,mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista,etc.

• nos topónimos compostos iniciados pelosadjectivos grã, grão ou por forma verbal ou cujoselementos estejam ligados por artigo:Grã-Bretanha, Grão-Pará, Abre-Campo,Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes,Traga-Mouros, Trinca-Fortes, Albergaria-a-Velha,Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios,Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.

Obs. : Os outros topónimos compostosescrevem-se com os elementos separados, semhífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde,Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. Otopónimo Guiné-Bissau é, contudo, uma excepçãoconsagrada pelo uso.

• Nas palavras compostas que designam espéciesbotânicas e zoológicas, estejam ou não ligadaspor preposição ou qualquer outro elemento:abóbora-menina, couve-flor, erva-doce,feijão-verde, bênção-de-deus, erva-do-chá,ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio,bem-me-quer (nome de planta que também sedá à margar ida e ao ma lmequer) ,andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca,a n d o r i n h a - d o - m a r , c o b r a - d ' á g u a ,lesma-de-conchinha, bem-te-vi (nome de umpássaro).

• Nos compostos com os advérbios bem e mal,quando estes formam com o elemento que se lhessegue uma unidade sintagmática e semântica etal elemento começa por vogal ou h. No entanto,o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não seaglutinar com palavras começadas por consoante.Eis alguns exemplos das várias situações:bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado,mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado,bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso(cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante),bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido(cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante),bem-visto (cf. malvisto).

Obs.: Em muitos compostos o advérbio bem apareceaglutinado com o segundo elemento, quer estetenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito,benfeitor, benquerença, etc.

• Nos compostos com os elementos além, aquém,recém e sem:

além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras,aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado,recém-nascido, sem-cerimónia, sem-número,sem-vergonha.

• Para l igar duas ou mais palavras queocasionalmente se combinam, formando, nãopropriamente vocábulos, mas encadeamentosvocabulares (a divisa Liberdade-Igualdade--Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, opercurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligaçãoAngola-Moçambique) e bem assim nascombinações históricas ou ocasionais de topónimos(Austria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil,Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).

(Continua na página seguinte)

ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990– O QUE É E O QUE NOS TRAZ DE NOVO?

(continuação)

Page 11: Comunicando nº 51

AS PALAVRAS QUE SE JUNTAM A OUTRAS(prefixação, sufixação e recomposição) – BASE XVI:

Emprega-se o hífen:

Nas formações com prefixos (como, por exemplo:ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-,infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-,supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição,isto é, com elementos não autónomos ou falsosprefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-,agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-,macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-,proto, pseudo, retro-, semi-, tele-, etc.), só se empregao hífen nos seguintes casos:

• Nas formações em que o segundo elementocomeça por h:anti-higiénico, circum-hospitalar, co-herdeiro,contra-harmónico, extra-humano, pré-história,sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico,arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história,neo-helénico, pan-helenismo, semi-hospitalar.

Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formaçõesque contêm em geral os prefixos des- e in- e nasquais o segundo elemento perdeu o h inicial:desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.

• b) Nas formações em que o prefixo oupseudoprefixo termina na mesma vogal com quese inicia o segundo elemento:anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra--auricular, arqui-irmandade, auto-observação,eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.

Obs.: Nas formações com o prefixo co-, esteaglutina-se em geral com o segundo elementomesmo quando iniciado por o: coobrigação,coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.

• c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-,quando o segundo elemento começa por vogal,m ou n (além de h, caso já considerado atrás naalínea a):

circum-escolar, circum-murado, circum--navegação, pan-africano, pan-mágico,pan-negritude.

• d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- esuper-, quando combinados com elementosiniciados por r:hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

• e) Nas formações com os prefixos ex- (com osentido de estado anterior ou cessamento),sota-, soto-, vice- e vizo-:ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor,vizo-rei.

• f) Nas formações com os prefixos tónicos/tônicosacentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quandoo segundo elemento tem vida à parte (ao contráriodo que acontece com as correspondentes formasátonas que se aglutinam com o elemento seguinte):pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos(mas pospor), pré-escolar, pré-natal (mas prever),pró-africano, pró-europeu (mas promover).

Não se emprega o hífen:• Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo

termina em vogal e o segundo elemento começapor r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se,prática aliás já generalizada em palavras deste tipopertencentes aos domínios científico e técnico:antirreligioso, antissemita, contrarregra,contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom,minissaia, tal como biorritmo, biossatélite,e l e t r o s s i d e r u r g i a , m i c r o s s i s t e m a ,microrradiografia.

• b) Nas formações em que o prefixo oupseudoprefixo termina em vogal e o segundoelemento começa por vogal diferente, prática estaem geral já adoptada também para os termostécnicos e científicos:ant iaéreo, coeducação, extraescolar ,aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.

O VERBO “HAVER” – BASE XVII:Não se emprega o hífen nas ligações da preposiçãode às formas monossilábicas do presente do indicativodo verbo haver:

hei de, hás de, hão de, etc

Terminamos, com este texto, a divulgaçãosistematizada das alterações que o novo acordoortográfico vai trazer ao nosso quotidiano, a curtoprazo.

Esperamos ter trazido, de alguma forma, algumesclarecimento para todos.

No próximo número publicaremos uma listagemcomparativa (mas não exaustiva…) das palavrascuja ortografia muda em função do novo Acordo.

Para dar continuidade a este trabalho, a Presidenteda Sociedade da Língua Portuguesa (SLP)disponibilizou-se para a criação de uma rubricasobre a nossa língua em cada uma das ediçõesfuturas do “Comunicando”. Portanto, se temqualquer dúvida, não hesite em escrever-nos (viafax, carta, mail,…) e colocar-nos a questão. Nósfá-la-emos chegar à SLP e, no primeiro número,publicaremos a sua dúvida e a resposta de quemsabe.

(Cândido Vintém)

(Continuação da página anterior)

Page 12: Comunicando nº 51

Embora sujeito a alterações, eis o primeiro esboço do Plano de Actividadesjá decididas pela Direção para 2012:

SABIA QUE: As aulas de língua francesa, entretanto suspensas em Dezembro, serão retomadasa 5 de Janeiro na sede da ANAC [quintas-feiras das 14,30 às 16 horas] ?

Ú LT I M A PÁ G I N A

2012

Abril – dias 13 a 20 EUROENCONTRO 2012 em Lisboa(v. Circular n.º 22/11 de 22.10.11)

Junho – dias 4 a 15 ISDABE - I TURNO(v. Circular n.º 21/11 de 29.10.11)

Julho – Circuito pelas Capitais do Centro da Europa (*)

Setembro – ENCONTRO NACIONAL (*)

Setembro – dias 3 a 14 ISDABE - II TURNO (*)

Outubro – CRUZEIRO CARAÍBAS/MIAMI(v. Circular n.º 24/11 de 12.12.11)

Novembro – FESTA DE S. MARTINHO (*)

Dezembro – ALMOÇO-CONVÍVIO DE NATAL (*)

Janeiro – dias 7 e 8 Jardim da Paz e Cirque du Soleil - Lisboa

Fevereiro – dia 25 Palácio da Brejoeira – Valença (*)

Março – dia 24 Passeio a S. Leonardo de Galafura (*)

Abril – dia 22 Visita ao Bacalhoeiro Stº. André (Museu) (*)

Maio – dias 18 a 20 Alentejo / Alqueva e Fluviário (*)

Junho/Julho – dias 24/6 a 4/7 Viagem à Escandinávia

Julho – dia 12 Passeio/Convívio de Entrega de Troféus (*)

Agosto – dias 6 a 9 Viagem a Berlim (*)

Setembro – dias 2 a 14 ISDABE II turno

Outubro – (3 dias) Galiza (*)

Novembro – dia 10 Festa de S. Martinho (*)

Dezembro – dia 13 Passeio/Convívio de Natal (*)

Passeios e Viagens da iniciativa da Delegação da ANAC - PORTO já anunciados, mastambém sujeitos a alterações

(*) Programas a divulgar oportunamente