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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 175992
Bases técnicas para o ordenamento territorial geomineiro dos municípios da Sub-Região sudoeste da RMSP Marsis Cabral Junior
Palestra apresentada na Associação Comercial e Industrial de Serviços de Embru das Artes e Região, 2018, Embu das Artes; REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO DA SUB-REGIÃO SUDOESTE DA REGIÃO METROPOLITANA, 25., 2019, Itapecirica da Serra; RECURSOS MINERAIS NA SUB-REGIÃO SODOESTE DA RMSP: IMPORTÂNCIA, OPORTUNIDADES E DESAFIOS, 2019, São Lourenço da Serra.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
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Embu das Artes, Agosto de 2018
Bases Técnicas para o Ordenamento Territorial
Geomineiro dos municípios da Sub-Região
Sudoeste da RMSP
1ª Reunião do Projeto – Plano de Trabalho
Interessados: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo – SDECTI
Prefeitura Municipal de São Lourenço da Serra
Objetivo
Estudos dirigidos à fundamentação técnica do Ordenamento
Territorial Geomineiro - OTGM da Sub-Região Sudoeste da
RMSP:
municípios de Itapecerica da Serra, Cotia, Embu das
Artes, Embu Guaçu, Juquitiba, São Lourenço da Serra,
Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.
Mineração Paulista - Características Marcantes
21.718
12.220
3.870 3.266 1.890
1.002 963 749 724 717 0
5000
10000
15000
20000
25000V
PM
- m
ilhõ
es
de
R$
PRINCIPAIS ESTADOS MINERADORES
SP
7,4% do VPMB
27 Substâncias
Minerais
Mineração Paulista: Características Marcantes
Produção voltado ao mercado doméstico
Importante fornecedor de matérias-primas: Indústria de Construção
Civil (Saneamento e Transporte), Indústria de Transformação - Setores
Cerâmico, Cimenteiro, Vidreiro e Siderúrgico, e Agricultura
Desenvolvimento na retaguarda do processo de crescimento urbano
e industrial do Estado
Expressivo Mercado Consumidor Mineral
70 variedades de substâncias consumidas em 50 segmentos
industriais
Mineração Paulista: Características Marcantes
Predomínio de PMEs
Entraves ao aprimoramento competitivo
Tecnologia de pesquisa mineral, processo produtivo e controle ambiental
Carência de ações de planejamento e gestão da atividade mineral
Tendência da concentração geográfica dos empreendimentos
fatores geológicos, mercado, infraestrutura, história empresarial
Concessões de
Lavra
Licenciamentos
Importância do Ordenamento Territorial Geomineiro
Os cenários de mercado sugerem uma expectativa de contínua
ampliação da produção mineral do Estado de São Paulo, em
especial no polos mínero-industriais.
Expansão urbana e industrial, as limitações da capacidade de
suporte do meio e as restrições legais, apontam uma disputa
crescente pelo espaço territorial.
Para garantia do suprimento qualificado de insumos minerais em
atendimento às demandas da sociedade de forma geral, é necessária a
inclusão da mineração nos instrumentos de planejamento e gestão pública,
de modo a compatibilizar o desenvolvimento da atividade mineral com
outras vocações econômicas do seu território e com a preservação
ambiental.
Importância do poder público, em especial o local, na inserção da
mineração nos instrumentos de ordenamento territorial dos
municípios.
Importância do Ordenamento Territorial Geomineiro
Ordenamento Territorial: Fundamentos e Bases Legais
O Ordenamento Territorial começou a ser implantado na Alemanha e
no Reino Unido, na década de 1920, com objetivos inicialmente
voltados quase que exclusivamente ao controle do desenvolvimento
urbano.
A concepção de políticas públicas envolvendo o ordenamento
territorial data da década de 1950 - iniciativa pioneira de sua instituição
no plano federativo efetuada pelo governo francês.
Ordenamento Territorial: Fundamentos e Bases Legais
A consideração dos recursos minerais e a indústria extrativa
mineral :
como fatores a serem ponderados no processo de regulação do
aproveitamento e ocupação racional e sustentável dos territórios é mais
recente, ganhando maior espaço, sobretudo, a partir dos anos 2000.
Marcos Constitucionais
No Brasil, os preceitos do ordenamento territorial foram introduzidos
legalmente a partir da Constituição Federal de 1988:
Art.21: Compete à União..., inciso IX: "elaborar e executar planos
nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social".
Art.30: Compete aos Municípios..., inciso VIII: "promover, no que
couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação
do solo urbano".
Conceituação
Pelos textos constitucionais, depreende-se claramente que há
uma vinculação legal dos planos de ordenamento aos de
desenvolvimento socioeconômico nos diversos recortes
geográficos.
Estende aos municípios, como células básicas das aptidões,
demandas e limitações territoriais, o papel suplementar à
Federação e aos estados no estabelecimento de políticas de
regulação da ocupação e indução do desenvolvimento do seu
território.
Ordenamento Territorial
OTGM no Estado de São Paulo
O entendimento dessa necessidade, de forma mais sistemática, de inserir
a mineração nos instrumentos de planejamento, foi surgindo em trabalhos
realizados pelo IPT no início da década de 2000.
À época, ficou evidente a relevância dos municípios ou arranjos municipais
disporem de dispositivos legais que contemplassem a coexistência da
mineração com o desenvolvimento urbano, industrial, agrícola e a
conservação do meio ambiente.
Conceituação de OTGM
Dentro da perspectiva de uma visão integrada da mineração com as
demais aptidões do território:
O OTGM constitui uma modalidade especializada de Ordenamento
Territorial, cujo objetivo tem como eixo central possibilitar o
planejamento e a gestão da disponibilidade dos recursos minerais,
de forma compatível com outras formas e prioridades de usos e
ocupação existentes ou programadas para esse espaço físico.
OTGM: Objetivo Finalístico
Potencializar o aproveitamento dos recursos minerais e assegurar o
suprimento de insumos minerais à sociedade, em bases sustentáveis,
isto é, devidamente harmonizados com outras formas de uso e
ocupação do solo e com a manutenção da qualidade ambiental.
Subsidiar prefeituras e órgãos gestores (SEE, DNPM e SMA/Cetesb)
na gestão e no processo de regularização dos empreendimentos.
Fornecer estabilidade e induzir os investimentos do setor produtivo.
CARTA DE CONDICIONANTES GEOAMBIENTAIS Compartimentação do território: Potencial Geológico / Restrições Ambientais
RESTRIÇÕES AMBIENTAIS
OTGM
Roteiro Metodológico
Para a sua execução, pode-se considerar que o OTGM tem como
instrumento principal : Zoneamento Minerário
ZMin:
• consiste na compartimentação do espaço físico de determinada
região em áreas com diferentes potencialidades de aptidão para
receberem, ou não, atividades de extração mineral, de forma
compatível com outras formas de uso e ocupação, e
condicionantes ambientais.
fundamentada na análise integrada dos aspectos:
geológicos, minerários, ambientais e socioeconômicos.
Institucionalização - OTGM
Estruturação do Zoneamento
Zonas Preferenciais para Mineração (ZPM): áreas mais indicadas ao desenvolvimento da mineração e praticamente sem restrições relevantes.
Zonas Controladas para Mineração (ZCM): áreas com alguma restrição relevante ou com suscetibilidade acentuada do meio físico e biótico, que impõem limitação à produção mineral, carecendo de maior controle.
Zonas Bloqueadas para Mineração (ZBM): áreas onde não é permitida a mineração em decorrência de impedimentos legais, ambientais ou de ocupação local.
Plano Diretor de Mineração – PDMin
É o instrumento de planejamento, desenvolvimento e gerenciamento das
atividades de mineração elaborado com base no zoneamento minerário,
contendo diretrizes técnicas e administrativas, compatibilizadas com os
planos de desenvolvimento regional/municipal, englobando parâmetros
socioeconômicos e ambientais.
OTGM
OTGM – Itapecerica da Serra, Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Juquitiba,
São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista
RMSP
COTIA
TABOÃO DA
SERRA
VARGEM
GRANDE
PAULISTA
Municípios Área (km2) População
Cotia 323,994 237.750
Embu das Artes 70,398 267.054
Embu-Guaçu 155,641 68.270
Itapecerica da Serra 150,742 170.927
Juquitiba 522,169 31.027
São Lourenço da Serra 186,456 15.465
Taboão da Serra 20,388 279.634
Vargem Grande Paulista
42,489 50.346
Total 1.472,277 1.120.473
193
43 42 29 28 27 21
3 0
Títulos Minerários
Água Mineral, Granito, Areia, Argila, Caulim, Saibro, Mármore
PLANO DE TRABALHO
FASE ATIVIDADES PRODUTOS TÉCNICOS
I. Organização do
projeto
Compilação de dados gerais que tratam
da cartografia de base, a serem
integrados com os demais planos de
informações.
Bases cartográficas digitalizadas
contendo rede de drenagens,
curvas de nível, perímetros
urbanizados, limites municipais,
malha viária e demais elementos
de infraestrutura básica.
II. Caracterização
Socioeconômica
Levantamento de dados
socioeconômicos dos municípios, a
partir de informações censitárias –
IBGE, SEADE, SMA, DNPM
Caracterização da demografia e
socioeconomia dos oito municípios
III. Diagnóstico do
potencial
geológico para
recursos minerais
do município
Levantamento de informações
geológicas, para análise e integração
dos dados compilados e definição da
aptidão mineral, em especial para
rochas e minerais industriais.
* Terrenos potenciais para Água Mineral
Bases temáticas geológica e
previsional de recursos minerais, e
respectivos textos explicativos.
FASE ATIVIDADES PRODUTOS TÉCNICOS
IV. Levantamento da
titulação minerária
Espacialização dos processos de direitos
minerários incidentes nos municípios,
inventariados a partir da consulta e
depuração do Cadastro Mineiro e do
SIGMINE, disponibilizados pelo DNPM.
Base temática contendo relação,
fase e distribuição espacial dos
processos minerários, com
texto explicativo incluindo
análise das informações e
delineamento de cenários
evolutivos do setor mineral.
VI. Uso e cobertura da
terra
Caracterização da cobertura da terra, obtida
por meio de fotointerpretação de imagens
de satélites, com ênfase no mapeamento
dos usos antrópicos (urbano, industrial,
agrícola e minerário) e das cobertas naturais
remanescentes.
Base temática contendo o cenário
atual do uso e da cobertura da
terra, destacando as áreas de
mineração.
FASE ATIVIDADES PRODUTOS TÉCNICOS
VI. Zoneamento
institucional
Compilação da legislação de
ordenamento territorial - unidades
de conservação (federal, estadual),
áreas correlatas de proteção
especial de âmbito municipal;
parcelamentos municipais do uso e
ocupação do solo (planos diretores).
Base temática contendo o modelo
zoneamento institucional e
texto explicativo.
VII. Estruturação dos
planos de
informações
Consolidação das bases temáticas em
planos de informações
compatibilizados em escala única
adequada em ambiente SIG
Organização dos planos de
informações dos temas
geologia, potencial mineral,
processos minerários, uso e
cobertura da terra e
zoneamento institucional.
VIII. Caracterização
da atividade de
mineração
instalada na
região
Levantamento das minerações em
operação, ou em fase de
viabilização: localização, dados
operacionais e de produção.
Base de informações da atividade
produtiva mineral.
FASE ATIVIDADES PRODUTOS TÉCNICOS
IX. Carta de
condicionantes
geoambientais
Integração dos planos de informações
para a compartimentação do
território segundo o seu potencial
geológico para recursos minerais e as
restrições ante a atividade de
mineração
Carta de condicionantes
geoambientais para o
aproveitamento de recursos
minerais.
X. Análise e
integração final de
dados:
relatório técnico
Elaboração de relatório técnico
contendo os principais produtos e
resultados do projeto.
Consolidação do relatório técnico,
contendo os trabalhos efetuados
e principais resultados
alcançados, na forma de textos
explicativos e bases digitais
georreferenciadas.
Cronograma
FASES DE EXECUÇÃO MESES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
a) Compilação bibliográfica e documental
b) Estudos econômicos
c) Levantamento da titulação minerária
d) Diagnóstico do potencial geológico para recursos minerais
e) Uso e ocupação da terra
f) Caracterização dos empreendimentos de mineração
g) Zoneamento Institucional
h) Estruturação dos planos de informações
i) Carta de condicionantes técnico-legais para a atividade mineração
j) Análise e integração final de dados / Rel. Final
RELATÓRIOS 1ª Rel. Parc Rel. Final
DESEMBOLSOS 1ª Parcela 2ª Parcela
1ª Parcela: SDECTI - R$ 280.581,17; PM São Lourenço da Serra - R$ 16.925,32
2ª Parcela: SDECTI - R$ 280.581,18; PM São Lourenço da Serra - R$ 16.925,33
Desenvolvimento do Projeto
Comitê de Acompanhamento
Os trabalhos deverá contar com a participação de um Comitê, que
congregará as principais entidades relacionadas ao setor na região,
entre outras:
Câmara Temática de Mineração - Consulti, Secretaria de Estado
do Meio Ambiente – SMA, Emplasa, Departamento Nacional da
Produção Mineral – DNPM, e representações empresariais.
Propiciar a criação de um fórum de discussão e propostas para o
aproveitamento dos recursos naturais – minerais na região e
processo de verticalização - indústrias agregadas (entre outras,
turismo e lazer), em bases sustentáveis.
OTGM – Municípios de Embu-Guaçu, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba e São Lourenço da Serra
Para discutir:
Como articular o OTGM com PDUI – RMSP/ Sub-
região Sudoeste?
Consolidação de um APL de águas minerais?
Como viabilizar o estudo?
Próximos Passos: ...........
Marsis Cabral Junior [email protected]
(11) 3767-4640
Fernando Fernandez [email protected]
37674611
Paloma Vitoria H. Pereira [email protected]
3767-4348
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