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COMPRAS COMPARTILHADAS SUSTENTÁVEIS:
O ENCONTRO DA TEORIA COM A PRÁTICA
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E
SUSTENTABILIDADE
• O conceito de Desenvolvimento Sustentável foi endossado pela
ONU a partir do Relatório “Nosso Futuro Comum”:
“O desenvolvimento sustentável é aquele
que atende as necessidades do presente
sem comprometer as possibilidades de as
gerações futuras atenderem suas próprias
necessidades.” (ONU, 1987).
“Sustentabilidade se define como
um princípio de uma sociedade que
mantém as características
necessárias para um sistema social
justo, ambientalmente equilibrado e
economicamente próspero por um
período de tempo longo e
indefinido” (ONU, 1987)
Produção Sustentável é a incorporação ao longo de todo o ciclo de vida de bens e
serviços, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos ambientais e
sociais
Consumo Sustentável é o uso de bens e serviços que atendam ás necessidades
básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam o uso de
recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes
durante todo o ciclo de vida do produto ou do serviço, de modo que não se coloque
em risco as necessidades das futuras gerações (PNUMA)
COMPRAS COMPARTILHADAS
SUSTENTÁVEIS
“É a aquisição conjunta de bens e serviços que geram menos impacto ambiental, mais
justiça social e eficiência econômica, com ganho de escala, realizada por organizações
públicas de diferentes setores ou entre unidades de uma mesma organização pública,
visando fomentar a produção e o consumo sustentáveis no país”
*Conceito elaborado pelo autor
COMPRAS COMPARTILHADAS
SUSTENTÁVEIS 10 RAZÕES PARA IMPLANTAÇÃO
COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL
A visão de que as políticas para sustentabilidade ressaltam o que não
deveria ser feito
Configuração de interesses conflituosa (econômico, social e ambiental)
Incerteza científica
Complexidade técnica
Interesses políticos e econômicos são determinantes
Interdisciplinaridade e transversalidade
CONTEXTO INTERNACIONAL
Relatório “Os Limites do Crescimento” (MEADOWS, 1972)
Conferência de Estocolmo, 1972
Visão conservacionista
Relação crescimento populacional e esgotamento dos recursos naturais
Visão de Ecodesenvolvimento (Sachs)
Comissão Brundtland
Criada pela ONU em 1983, divulga a expressão “Desenvolvimento Sustentável”
CONTEXTO INTERNACIONAL
Conferência Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente em
1992 – ECO 92
- Agenda 21 Global: Destaca o papel dos governos sobre a mudança de
padrões insustentáveis, por meio de política de aquisições
- Apesar da participação tímida das empresas na ECO92, a conferência
resultou na publicação do relatório “Mudando o Rumo”
- Declaração do Rio: “para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma
qualidade de vida mais elevada para todos, os Estados devem reduzir e eliminar os
padrões insustentáveis de produção e consumo” (Princípio 8)
CONTEXTO INTERNACIONAL
Mudança de paradigma de produção: “Fim de Tubo” → “Produção
Mais Limpa” → “Avaliação do Ciclo de Vida” (berço ao túmulo) →
“Berço ao Berço”
Declaração de Joanesburgo (2002): dá ênfase às mudanças dos
padrões de consumo e produção enquanto requisites essenciais do
desenvolvimento sustentável (Princípio 11)
Manual de Contratos Públicos Ecológicos da União Europeia: “As
Compras Públicas Sustentáveis podem contribuir para os objetivos da
sustentabilidade a nível local, regional, nacional e internacional”
(COMISSÃO EUROPEIA, 2011)
CONTEXTO INTERNACIONAL
Brasil adere em 2007 ao Processo de Marrakech
CONTEXTO INTERNACIONAL
Na Rio + 20, documento que o Brasil encaminha à ONU reforça o papel do
Estado como indutor do Desenvolvimento Sustentável por meio das compras
públicas
Contratações Públicas Sustentáveis giram em torno de 15% a 25% do PIB
(PNUMA) - outras fontes indicam variações do valor acima de acordo com
nível de desenvolvimento do país
Alemanha já tem Política de Contratações Sustentáveis desde 1986
China, Canadá, Japão, Suíça, Dinamarca, Suécia, etc - diversas iniciativas e
políticas voltadas para contratações sustentáveis
Selos Internacionais (Blue Angel, Ecolabel, Fairtrade, FSC)
CONTEXTO NACIONAL
O governo pode e deve estimular esse novo mercado (estimava-se 15/16%
??? do PIB é oriundo de compras públicas)
Dados mais atualizados do IBGE (séries estatísticas 2014) – 20,2% do PIB
foram gastos em despesas de consumo
Avanço do arcabouço jurídico nos últimos anos
Iniciativas/Acórdãos do TCU sobre contratações sustentáveis
Atuação do MPOG na normatização e no fomento a compras compartilhadas
e sustentáveis (Central de Compras, Instruções Normativas, Apoio ao
Decreto, Capacitações, portal sustentáveis e estruturação de equipe)
CONTEXTO NACIONAL
A3P
Plano de Produção e Consumo Sustentável (PPCS)
O movimento de elaboração dos Planos de Logística Sustentável (PLSs)
Crescimento das compras sustentáveis
Publicação de diversos Guias de Contratações Sustentáveis: Destaque para o da
AGU e do CSJT
CONTEXTO NACIONAL
Resolução 201/2015 do CNJ: “Art. 20§ 2º Os guias de contratações
sustentáveis poderão ser utilizados com o objetivo de orientar a inclusão de
critérios e práticas de sustentabilidade a serem observados na aquisição de
bens e na contratação de obras e serviços”
O desafio da aplicação dos critérios e o medo do fracasso das licitações
Reflexão: Até que ponto a sua instituição aplica aquilo que está nos guias e
nos acórdãos do TCU?
Repostas de quem não aplica: “mercado incipiente”, “produtos geralmente
mais caros”, “não tem orçamento”, “insegurança jurídica”
Se o contexto é esse, é possível mudar
CONTEXTO NACIONAL
Inexperiência dos órgãos em compras sustentáveis e compartilhadas
Necessidade de aperfeiçoar os critérios de sustentabilidade nos
produtos e serviços contratados pela administração pública
Cultura, valores, comportamentos arraigados nas organizações ainda
incompatíveis com o novo paradigma
Necessidade de capacitar e sensibilizar gestores públicos para a
questão da sustentabilidade (apesar do aumento observado nos últimos
anos)
Áreas diferentes envolvidas dificulta a interlocução (Compras,
Almoxarifado, Comissões)
CONTEXTO NACIONAL
Inexistência de um cadastro de empresas sustentáveis – SICAF sustentável
Os catálogos de produtos sustentáveis pouco densos e com sobreposições
(Catmat sustentável)
Pouca informação sobre capacidade de oferta do mercado
Dificuldade em identificar se os produtos ofertados atendem de fato aos
critérios de sustentabilidade (Análise das Amostras/visita técnica/análise
laboratorial)
Necessidade de alinhamento das áreas jurídicas e de gestão
CONTEXTO NACIONAL
Lacunas legais quanto ao uso de selos/certificação nas Compras Públicas (ISO
não pode, FSC já pode)
Ainda existe em alguns casos conflito entre critério de sustentabilidade e
restrição à competitividade
Falta de um selo mais abrangente legitimado pela esfera pública
Necessidade de normatização de critérios de desempate ou margem de
preferência para produtos sustentáveis
Necessidade de fortalecimento das áreas de sustentabilidade nas estruturas dos
órgãos e de profissionais com dedicação exclusiva para lidar com o tema
CONTEXTO NACIONAL
Necessidade de conjugar compras sustentáveis com consumo consciente e
destinação adequada do resíduo
Ausência de informações confiáveis sobre os impactos ambientais dos produtos
e serviços (Acordo de Cooperação com universidades)
Falta de incentivos governamentais à inovação tecnológica, para produtos
sustentáveis (Química Verde)
Valorização de ME e EPPs e de empresas locais (Leis complementares nº 123 e
147)
Gap entre previsões jurídico-normativas e projetos
CONTEXTO NACIONAL Estrutura Normativa
Nível Constitucional e Legal
Constituição Federal de 1988 (Arts. 37, 170, 225)
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81)
Política Nacional de Mudanças Climáticas (Lei nº 12.187/2009)
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10)
Inclusão da expressão “Desenvolvimento Nacional Sustentável” na Lei 8.666/93
(Lei nº 12.349/10)
Lei da Acessibilidade (Lei 10.098/2000)
CONTEXTO NACIONAL Estrutura Normativa
Nível infralegal
IN 01/2010 MPOG
Decreto nº 7746/2012
IN 10/2012 MPOG
Resolução CNJ nº 201/2015
Portaria INMETRO nº 317/2012 (requisitos de sustentabilidade em
processos produtivos)
Decreto nº 7404/2010 regulamenta a PNRS
Resolução CNMP nº 81/2012 sobre Acessibilidade
CONTEXTO NACIONAL Estrutura Normativa
Acórdãos TCU
Acórdão nº 1.752/2011 – Plenário – Avaliação das ações adotadas pela Administração
Pública Federal acerca do uso nacional e sustentável dos recursos naturais
Acórdão nº 122/2012 – Plenário – Admite a possibilidade de exigência de comprovação
do cumprimento das metas RoHs (Restriction of certais Harzadous)
Acórdão nº 5804/2013 – 2º Câmara – Recomendação:
“ao Órgão que adote critérios de sustentabilidade na aquisição de bens, materiais de
tecnologia da informação, bem como na contratação de serviços ou obras....”
Acórdão nº 5937/2013 – 1º Câmara – Relatório:
“adoção parcial de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e
contratação de serviços e obras....”
Acórdão nº 6.188/2016 – 2º Câmara – Cita a PNMC, a IN n.01/2010 e o Decreto nº
5940/06 (reúne CPS, Gestão de Resíduos e Consumo Consciente)
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Atendimento a exigências legais com referência à legislação municipal,
estadual e federal que regulamenta os aspectos relativos a:
a)Uso e consumo de produtos ou subprodutos florestais;
b)Controle da poluição das águas;
c)Controle da poluição do ar;
d)Uso de Tecnologias adequadas;
e)Uso de matéria-prima adequada;
f)Destinação adequada de resíduos;
g)Licenças ambientais e autorizações específicas.
Exigência do Cadastro Técnico Federal do IBAMA
Eletroeletrônicos, eletrodomésticos e veículos classificados na faixa “A” de eficiência
enegética, conforme estabelecido pelo INMETRO
Que os bens não contenham substâncias perigosas em concentração acima da
recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances), tais
como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo hexavalente (Cr(VI)), cádmio (Cd), bifenil-
polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados.
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Que os bens sejam constituídos, no todo ou em parte, por material reciclado,
atóxico e biodegradável, conforme ABNT NBR 15448-1 e 15448-2;
Papel, mobiliário e outros produtos oriundos de madeira (Certificação
CERFLOR do INMETRO ou FSC, Reciclados);
Amostra com relatório/laudo laboratório acreditado pelo INMETRO;
Que os bens devam ser preferencialmente acondicionados em embalagem
individual adequada, com o menor volume possível e que utilize materiais
recicláveis, de forma a garantir a máxima proteção durante o transporte e o
armazenamento;
Possibilidade de diligências (Avaliação de Ciclo de Vida);
Uniforme de colaboradores produzidos a partir de material reciclado/pet
Cláusula da Logística Reversa
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL
Condições de trabalho da mão de obra nas empresas contratadas devem
atender às normas regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego - MTE, quanto à Segurança e Medicina do Trabalho (Portaria nº
3214/78 – Nrs 1 a 35)
Aplicação da Lei Complementar nº 147/2014, valorizando empresas locais e
ME/EPP, preferência 10% empresas locais e regionais
Declaração trabalho infantil (comprasnet)
Declaração condição análoga de escravo
Destinação de vagas para reabilitados e portadores de deficiência (Lei
8.213/91)
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE SOCIAL
Exigir da empresa declaração periódica de capacitação quanto à Saúde,
Segurança e Medicina do Trabalho e Responsabilidade Socioambiental
(economia de água e energia, gestão de resíduos)
Exigir fornecimento de Equipamento de Proteção Individual – EPI e
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC forma da NR 6 do MTE
Aspectos ergonômicos e de acessibilidade para aquisição de mobiliário de
acordo com a ABNT
Acessibilidade para prédios públicos (Lei nº 10.98/2000 e Decreto nº
5.296/2004)
Cotas de gênero e raça
CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO
Não é o menor preço, mas sim o melhor preço
Compra compartilhada
Sempre que possível fazer Registro de Preço
Valorização das empresas locais/regionais e de ME/EPPs (Lei Complementar
nº 147/2014)
Utilização de preços de licitações de outros órgãos públicos- banco de Preços
na pesquisa de mercado
Maior planejamento para que se tenha prazo de entrega maiores
Garantia alinhada à exigência de bens mais duráveis
EXPERIÊNCIA DOS ÓRGÃOS FEDERAIS DO RIO
DE JANEIRO MATERIAL DE EXPEDIENTE
Primeira Compra Compartilhada Sustentável/2010
Envolvimento de 10 órgãos: JBRJ (gerenciador), Receita Federal, Fiocruz, INPI,
Polícia Federal etc.
Aquisição de 22 dos 48 itens listados (45,86% dos itens)
Economia de 49,89% do valor da estimativa inicial feita na pesquisa de mercado
Em alguns casos, os itens sustentáveis adquiridos apresentaram preço igual ou inferior
ao dos itens convencionais (Papel A4, A3, Envelope, Etiquetas e Copos)
O projeto de compra compartilhada do Almoxarifado Sustentável tornou-se exemplo de
aplicação do conceito de sustentabilidade nas compras públicas, na medida em que
gerou benefícios ambientais e sociais, com eficiência econômica
Um dos projetos vencedores no Prêmio Inovação na Gestão Pública (ENAP/MPOG)
e Sustentabilidade na Administração Pública (Instituto Negócios
Públicos/CEF/PUC/PR)
EXPERIÊNCIA DOS ÓRGÃOS FEDERAIS DO RIO
DE JANEIRO MATERIAL DE EXPEDIENTE
Segunda Compra Compartilhada Sustentável/2012
Criação de Comitê Executivo: Coordenador do GesRio, FIOCRUZ, BNDES, JBRJ
e Ministério da Fazenda)
Participaram de 19 unidades administrativas: FIOCRUZ (Gerenciador), BNDES,
JBRJ, INMETRO, Ministério da Fazenda, ANCINE, IBGE, DATAPREV, MAST,
entre outros)
Aquisição de 20 dos 33 itens listados (60,60% do itens)
Melhoria da pesquisa de mercado e mais empresas interessadas (ex: livro de
protocolo)
Inclusão de novos itens sustentáveis, como envelope de papel reciclado cor
branca, caneta BIC com plástico reciclado, entre outros
Grande vantagem no papel A4 reciclado e etiquetas adesivas em relação à
primeira
Economia de 43,59%.
EXPERIÊNCIA DOS ÓRGÃOS FEDERAIS DO RIO
DE JANEIRO MATERIAL DE EXPEDIENTE
Terceira Compra Compartilhada Sustentável/2014
Comitê Executivo informal: Coordenador do GesRio, MARINHA, FIOCRUZ, JBRJ, Ministério da
Fazenda, ANCINE, IBC)
Eram 24 registros e caiu para 14 (muitos perderam o prazo por causa da exigência dos 2 dias
úteis do Manual do SIASGNet)
Depois houve problema na IRP e os órgãos tiveram que fazer adesão
53% de economia (antes da homologação) do valor total: R$ 32.280.527,64
Nenhum item deserto. Porém, após a fase de aceitação, foram adquiridos apenas 33,33% dos
itens
54 itens com melhoria nas especificações
Novos itens como material de limpeza e copos biodegradáveis
O Baixo consumo foi o maior problema da compra
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
CONTEXTO ORGANIZACIONAL
Planejamento Estratégico Institucional 2011-2020: “Proporcionar uma atuação
institucional estratégica, efetiva, célere, transparente e sustentável”
Acordo de Resultados da Secretaria de Administração
Criação da Assessoria de Contratações Nacionais Estratégicas
Criação do Grupo Técnico de Compras Compartilhadas
Alinhamento da SA com a estratégia e com as perspectivas de modernização da
gestão do MPF
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
METODOLOGIA
Documento de Referência (um novo instrumento com fundamentação técnica e
jurídica para a compra)
Lista de Itens com especificações que levaram em consideração (consumo
histórico MPF, experiência de outros órgãos, CatMat)
Lotes Sustentáveis e Convencionais (minimizar o risco de itens desertos e falta do
produto)
Fracionamento geográfico
Cada órgão participante poderá sugerir a inclusão/supressão/alteração das
especificações dos itens apresentados na proposta
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
METODOLOGIA
Auxílio dos outros órgãos na pesquisa de mercado
Edital será submetido à padronização
Capacitação no 1º Encontro do GTCC
Uso de ferramentas de comunicação (email, intranet)
Possibilidade de Alinhamento dos períodos de vigência das atas/estoques, sem o
risco da falta de produto
Guia de Contratações Sustentável
Guia de Gestão e Fiscalização de Contratos
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
METODOLOGIA
Criação de Cardápio de Compras Compartilhadas (Nacional, Regional, Estadual)
Oficina com participação das Secretarias Nacionais, Regionais e Estaduais
Definição dos objetos padronizados
Criação de Editais/Termos de Referência padrão
Estabelecimento de Unidades de Referência e Comissões Técnicas por objeto
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
PRIMEIROS RESULTADOS
MÉDIA = 22,97% de economia
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL ECONOMIA PROCESSUAL
Custo com a realização das licitações de forma isolada: R$ 2.723.988,00
Custo com a realização de forma compartilhada: R$ 89.943,00
Economia total (6 licitações realizadas): R$ 2.634.045,00
Tempo de criação da Assessoria/Coordenadoria: 14 meses
Economia mensal: R$ 188.146,07
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MOBILIÁRIO
Madeira certificada, ergonomia, etc.
3 lotes para cada região, totalizando 190 itens
12,63% de itens fracassados
Economia de 24,77%
24 órgãos participantes
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
Número menor de itens desertos/fracassados de itens sustentáveis do que a
experiência dos órgãos do Rio de Janeiro
Ainda observa-se diferença entre os itens sustentáveis e não sustentáveis
desertos/fracassados
Separação de itens sustentáveis e não sustentáveis
Pesquisa com fracionamento geográfico
Um bom exemplo: pasta e agenda de couro sustentável
Mercado começa a responder melhor, mais ainda incipiente
Valor Homologado: R$ 3.986.142,06
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
ESTATÍSTICA
Tipologias Total Sustentáveis Não sustentáveis
Geral 793 347 (43,76%)
446 (56,24%)
Desertos 40 (5,04%)
23 (6,63%)
17 (3,82%)
Fracassados 148 (18,66%)
109 (31,41%)
39 (8,76%)
Desertos + Fracassados
188 (23,71%)
132 (38,04%)
56 (12,58%)
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
PROBLEMA DA REGIONALIZAÇÃO
Distribuição quanto à origem das empresas vencedoras
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
O problema da regionalização: Distribuição quanto à origem das empresas vencedoras em cada região
Sudeste
Centro-Oeste
Norte
Sul
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
Nenhuma empresa do Nordeste venceu qualquer lote/item
Apenas uma empresa do Norte venceu algum item/lote
A empresa do Norte venceu somente no Centro-Oeste
As maiores vencedoras foram as empresas do Centro-Oeste, contrariando a
expectativa de que o Sudeste vencesse a maioria dos itens/lotes
Início dos estudos para melhorar a divulgação do próximo pregão, visando
ao desenvolvimento regional
RESULTADOS DA ANÁLISE
EXPERIÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL MATERIAL DE EXPEDIENTE
Pronunciamento do servidor Frederico Augusto Ribeiro (Coordenador
da COCNE/SA/PGR, 2015)
“Pela complexidade da compra que foi realizada, o planejamento de todas as
etapas da licitação revelou-se um fator crítico de sucesso”
Pronunciamento do pregoeiro Gilson Marinho/PGR
“É preciso que a equipe envolvida no processo de compras como um todo
esteja capacitada para poder avaliar o cumprimento dos requisitos de
sustentabilidade por parte dos fornecedores”
PRONUNCIAMENTOS TÉCNICOS
DESAFIOS
Gestão do conhecimento (capacitação, EAD, boas práticas)
Aumentar o número de CPSs compartilhadas
Melhorar continuamente as especificações/padronização
Conhecer melhor o mercado
Conhecer melhor os produtos (Avaliação de Ciclo de Vida- ACV),
aproximando da realidade das compras públicas no Brasil
Atenção ao processo de precificação.
DESAFIOS
produtos com menor impacto ambiental (recicláveis/reutilizáveis,
toxidade de materiais e produtos, matéria-prima renovável, uso de
tecnologias limpas, eficiência energética, uso de água, redução de
emissão de gases e desperdícios)
segurança do transporte dos produtos e insumos bem como das
instalações dos fornecedores
questões relacionadas a direitos humanos (trabalho análogo ao
escravo, leis de trabalho infantil, salário digno etc.)
atenção à micro e pequenas empresas e locais
Aplicar critérios de sustentabilidade que não gerem itens desertos ou
fracassados
DESAFIOS
Criar/aperfeiçoar indicadores e metas das CPSs - parâmetros quantitativos
e qualitativos
Criação de editais padrões com especificações técnicas de produtos padrão
Fazer planejamento adequado das compras compartilhadas
Promover maior sinergia entre os setores de compras e sustentabilidade
Reduzir/Otimizar o consumo de material de expediente
DESAFIOS
Conciliar a aplicação de critérios econômicos, ambientais e sociais nos
editais, fortalecendo o político-institucional
Convergência entre as CPSs, Gestão de Resíduos e Uso Racional dos
Recursos
Desafio está no tabuleiro da gestão
Formar líderes mais executivos
Pouca efetividade está também relacionada a questões de ordem ética e
postural
VALORES
Ética (cuidado, respeito, responsabilidade ilimitada, solidariedade universal)
Leonardo Boff –
Ética e Ecologia desafios do século XXI
Sustentabilidade
Transparência
Cooperação
Responsabilização
“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada,
não existirão resultados”
Mahatma Gandhi
Obrigado!
Renato Cader [email protected]
Junho 2016