composição: garcia lorca e jose ortega heredia interpretação: fagner & manzanito

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Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

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Page 1: Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega HerediaInterpretação: Fagner & Manzanito

Page 2: Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

Verde que te quiero verdeVerde viento verdes ramasEl barco sobre la marEl caballo en la montañaVerde, que yo te quiero ver (te camelo verde)

Com a sombra na cinturaEla sonha na varandaVerdes olhos negro peloSeu corpo de fria prataVerde, que eu te quero verde, simAh, que te quero verde

Page 3: Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

Compadre quiero cambiarMi caballo por tu casaMi montura por tu espejoMi cutilo por tu mantaVerde, que yo te quiero verde

Compadre vengo sangrandoDesde los puertos de cabraY se yo fuera mocitoEse trato lo cerrabaVerde, que yo te quiero verde, verde ...

Compadre donde está dimeDonde está esa niña amargaCuantas veces yo lo espereCuantas veces yo lo esperabaVerde, que te quiero verde ...

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foi preso por um deputado católico direitista que justificou  sua prisãosob a alegação de que ele era *mais perigoso com a caneta do queoutros com o revólver." Apesas de ser avesso à violência o poetasabia muito bem o quanto era doloroso sentir-se ameaçado e perseguido.Nessa época, suas peças teatrais "A casa de Bernarda", "Bodas desangue", "Dona Rosita, a solteira" e outras, eram encenadas com sucesso. Sua execução, com um tiro na nuca, teve repercussão mundial.A poesia acima foi extraída de sua "Antologia Poética", Editora Leitura S. A. - Rio de Janeiro, 1966, pág. 17,

Federico Garcia Lorca nasceu na região de Granada,na Espanha, em 05 de junho de 1898,e faleceu nos arredores de Granada,no dia 19 de agosto de l936.assassinado pelos "Nacionalistas".Nessa ocasião o general Franco dava início à guerra civil Espanhola.Apesar de nunca ter sido comunista -apenas um socialista convicto  que havia tomado posição afavor da República - Lorca, então com 38 anos,

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Romance sonâmbuloFrederico Garcia Lorca

 

Verde que te quero verde.Verde vento. Verdes ramas.

O barco vai sobre o mare o cavalo na montanha.

Com a sombra pela cinturaela sonha na varanda,

verde carne, tranças verdes,com olhos de fria prata.

Verde que te quero verde.Por sob a lua gitana,

as coisas estão mirando-ae ela não pode mirá-las

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Verde que te quero verde.Grandes estrelas de escarchanascem com o peixe de sombraque rasga o caminho da alva.A figueira raspa o ventoa lixá-lo com as ramas,e o monte, gato selvagem,eriça as piteiras ásperas.

Mas quem virá? E por onde?...Ela fica na varanda,verde carne, tranças verdes,ela sonha na água amarga

Page 7: Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

.— Compadre, dou meu cavaloem troca de sua casa,o arreio por seu espelho,a faca por sua manta.Compadre, venho sangrandodesde as passagens de Cabra.— Se pudesse, meu mocinho,esse negócio eu fechava.No entanto eu já não sou eu,nem a casa é minha casa.— Compadre, quero morrercom decência, em minha cama.De ferro, se for possível,e com lençóis de cambraia.Não vês que enorme feridavai de meu peito à garganta?

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.— Compadre, dou meu cavaloem troca de sua casa,o arreio por seu espelho,a faca por sua manta.Compadre, venho sangrandodesde as passagens de Cabra.— Se pudesse, meu mocinho,esse negócio eu fechava.No entanto eu já não sou eu,nem a casa é minha casa.— Compadre, quero morrercom decência, em minha cama.De ferro, se for possível,e com lençóis de cambraia.Não vês que enorme feridavai de meu peito à garganta?

Page 9: Composição: Garcia Lorca e Jose Ortega Heredia Interpretação: Fagner & Manzanito

— Trezentas rosas morenastraz tua camisa branca.Ressuma teu sangue e cheiraem redor de tua faixa.No entanto eu já não sou eu,nem a casa é minha casa.— Que eu possa subir ao menosaté às altas varandas.Que eu possa subir! que o possaaté às verdes varandas.As balaustradas da luapor onde retumba a água.Já sobem os dois compadresaté às altas varandas.Deixando um rastro de sangue.Deixando um rastro de lágrimas.Tremiam pelos telhadospequenos faróis de lata.Mil pandeiros de cristalferiam a madrugada.

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Verde que te quero verde,verde vento, verdes ramas.Os dois compadres subiram.O vasto vento deixavana boca um gosto esquisitode menta, fel e alfavaca.— Que é dela, compadre, dize-meque é de tua filha amarga?— Quantas vezes te esperou!Quantas vezes te esperara,rosto fresco, negras tranças,aqui na verde varanda!

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!

Sobre a face da cisternabalançava-se a gitana.Verde carne, tranças verdes,com olhos de fria prata.Ponta gelada de luasustenta-a por cima da água.A noite se fez tão íntimacomo uma pequena praça.Lá fora, à porta, golpeando,guardas-civis na cachaça.Verde que te quero verde.Verde vento. Verdes ramas.O barco vai sobre o mar.E o cavalo na montanha.

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Biografia e foto de Frederico Garcia Lorca: InternetImagens ilustrativas recebidas por e-mails

Formatação: Rosa Rô[email protected]