composiÇÃo corporal em voleibolistas adolescentes do …§ão... · voleibolistas adolescentes do...

62
Maria Alexandra Agostinho Silva COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla energia, pletismografia de ar deslocado e equações antropométricas Dissertação de Mestrado na área científica de Ciências do Desporto, especialidade Treino Desportivo para Crianças e Jovens, orientada pelo Professor Doutor Manuel J. Coelho-e-Silva e Professor Doutor João Valente dos Santos e apresentada à Faculdade de Ciências do desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra Abril de 2015 UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Upload: trandang

Post on 17-Dec-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Maria Alexandra Agostinho Silva

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO

SEXO FEMININO Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla energia pletismografia de ar deslocado e

equaccedilotildees antropomeacutetricas

Dissertaccedilatildeo de Mestrado na aacuterea cientiacutefica de Ciecircncias do Desporto especialidade Treino Desportivo para Crianccedilas e Jovens orientada pelo Professor Doutor Manuel J Coelho-e-Silva e Professor Doutor Joatildeo Valente dos Santos e apresentada agrave Faculdade de Ciecircncias do desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra

Abril de 2015

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Faculdade de Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica

Composiccedilatildeo Corporal em Voleibolistas

Adolescentes do Sexo Feminino Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla

energia pletismografia de ar deslocado e equaccedilotildees antropomeacutetricas

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada a Faculdade de Ciecircncias do

Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra com vista

agrave obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Treino Desportivo para Crianccedilas

e Jovens

Orientaccedilatildeo

Prof Doutor Manuel Joatildeo Cerdeira

Coelho e Silva

Prof Doutor Joatildeo Valente dos

Santos

MARIA ALEXANDRA AGOSTINHO SILVA

Abril de 2015

Silva M A (2015) Composiccedilatildeo Corporal em Voleibolistas Adolescentes do Sexo

Feminino Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla

energia pletismografia de ar deslocado e equaccedilotildees antropomeacutetricas Dissertaccedilatildeo de

Mestrado com vista agrave obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Treino Desportivo para

Crianccedilas e Jovens Universidade de Coimbra Coimbra Portugal

iii

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Manuel Joatildeo Coelho e Silva pela orientaccedilatildeo e apoio constantes

bem como pela feacute quase paternal

Ao Professor Doutor Joatildeo Valente dos Santos porque evidenciou disponibilidade

ilimitada e porque nunca deixou de me corrigir

Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela colaboraccedilatildeo na prossecuccedilatildeo

deste trabalho

Ao Esmoriz Ginaacutesio Clube por ter despertado em mim um dia o gosto pelo desporto

e por ter sido um parceiro incomensuraacutevel neste projeto

Agrave minha famiacutelia e em particular agrave minha matildee por terem estado sempre laacute para mim

Ao Filipe Simotildees que mesmo ausente continuou sempre presente

iv

Resumo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas das voleibolistas parecem estar

determinantemente ligadas agrave qualidade do seu desempenho assumindo um papel

significativo no sucesso desportivo que se pode alcanccedilar na modalidade

Objetivos Analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas para estimar a massa

gorda (MG) na voleibolista adolescente do sexo feminino tendo como referecircncia as

metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e absorciometria de raio-X de

dupla energia (DXA)

Meacutetodos A amostra inclui 36 voleibolistas femininas (1675 plusmn 103 anos) A MG

foi assim estimada por DXA ADP e equaccedilotildees antropomeacutetricas estabelecidas por

Slaughter et al (1988) Recorreu-se agrave regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da MG relativa estimada por ADP e DXA

Resultados Os dados parecem sugerir uma sobrestimativa da percentagem () de

MG pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Subescapular)

em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Geminal

Medial) de Slaughter et al (1988) Verifica-se igualmente uma sobrestimativa por

parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees

Adicionalmente verifica-se uma subestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico

em relaccedilatildeo agrave DXA

Conclusotildees As equaccedilotildees propostas por Slaughter et al (1998) natildeo parecem ser

adequadas para estimar a de MG em jovens voleibolistas femininas Para o efeito

o conjunto mais robusto de preditores identificado pelo presente estudo foi a massa

corporal prega bicipital ou subescapular e a prega geminal medial

Palavras-chave Voleibol ∙ Adolescecircncia ∙ Atletas Femininas ∙ Antropometria ∙

Massa Gorda

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 2: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Faculdade de Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica

Composiccedilatildeo Corporal em Voleibolistas

Adolescentes do Sexo Feminino Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla

energia pletismografia de ar deslocado e equaccedilotildees antropomeacutetricas

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada a Faculdade de Ciecircncias do

Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra com vista

agrave obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Treino Desportivo para Crianccedilas

e Jovens

Orientaccedilatildeo

Prof Doutor Manuel Joatildeo Cerdeira

Coelho e Silva

Prof Doutor Joatildeo Valente dos

Santos

MARIA ALEXANDRA AGOSTINHO SILVA

Abril de 2015

Silva M A (2015) Composiccedilatildeo Corporal em Voleibolistas Adolescentes do Sexo

Feminino Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla

energia pletismografia de ar deslocado e equaccedilotildees antropomeacutetricas Dissertaccedilatildeo de

Mestrado com vista agrave obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Treino Desportivo para

Crianccedilas e Jovens Universidade de Coimbra Coimbra Portugal

iii

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Manuel Joatildeo Coelho e Silva pela orientaccedilatildeo e apoio constantes

bem como pela feacute quase paternal

Ao Professor Doutor Joatildeo Valente dos Santos porque evidenciou disponibilidade

ilimitada e porque nunca deixou de me corrigir

Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela colaboraccedilatildeo na prossecuccedilatildeo

deste trabalho

Ao Esmoriz Ginaacutesio Clube por ter despertado em mim um dia o gosto pelo desporto

e por ter sido um parceiro incomensuraacutevel neste projeto

Agrave minha famiacutelia e em particular agrave minha matildee por terem estado sempre laacute para mim

Ao Filipe Simotildees que mesmo ausente continuou sempre presente

iv

Resumo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas das voleibolistas parecem estar

determinantemente ligadas agrave qualidade do seu desempenho assumindo um papel

significativo no sucesso desportivo que se pode alcanccedilar na modalidade

Objetivos Analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas para estimar a massa

gorda (MG) na voleibolista adolescente do sexo feminino tendo como referecircncia as

metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e absorciometria de raio-X de

dupla energia (DXA)

Meacutetodos A amostra inclui 36 voleibolistas femininas (1675 plusmn 103 anos) A MG

foi assim estimada por DXA ADP e equaccedilotildees antropomeacutetricas estabelecidas por

Slaughter et al (1988) Recorreu-se agrave regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da MG relativa estimada por ADP e DXA

Resultados Os dados parecem sugerir uma sobrestimativa da percentagem () de

MG pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Subescapular)

em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Geminal

Medial) de Slaughter et al (1988) Verifica-se igualmente uma sobrestimativa por

parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees

Adicionalmente verifica-se uma subestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico

em relaccedilatildeo agrave DXA

Conclusotildees As equaccedilotildees propostas por Slaughter et al (1998) natildeo parecem ser

adequadas para estimar a de MG em jovens voleibolistas femininas Para o efeito

o conjunto mais robusto de preditores identificado pelo presente estudo foi a massa

corporal prega bicipital ou subescapular e a prega geminal medial

Palavras-chave Voleibol ∙ Adolescecircncia ∙ Atletas Femininas ∙ Antropometria ∙

Massa Gorda

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 3: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Silva M A (2015) Composiccedilatildeo Corporal em Voleibolistas Adolescentes do Sexo

Feminino Concordacircncia entre as metodologias absorciometria de raio-X de dupla

energia pletismografia de ar deslocado e equaccedilotildees antropomeacutetricas Dissertaccedilatildeo de

Mestrado com vista agrave obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Treino Desportivo para

Crianccedilas e Jovens Universidade de Coimbra Coimbra Portugal

iii

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Manuel Joatildeo Coelho e Silva pela orientaccedilatildeo e apoio constantes

bem como pela feacute quase paternal

Ao Professor Doutor Joatildeo Valente dos Santos porque evidenciou disponibilidade

ilimitada e porque nunca deixou de me corrigir

Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela colaboraccedilatildeo na prossecuccedilatildeo

deste trabalho

Ao Esmoriz Ginaacutesio Clube por ter despertado em mim um dia o gosto pelo desporto

e por ter sido um parceiro incomensuraacutevel neste projeto

Agrave minha famiacutelia e em particular agrave minha matildee por terem estado sempre laacute para mim

Ao Filipe Simotildees que mesmo ausente continuou sempre presente

iv

Resumo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas das voleibolistas parecem estar

determinantemente ligadas agrave qualidade do seu desempenho assumindo um papel

significativo no sucesso desportivo que se pode alcanccedilar na modalidade

Objetivos Analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas para estimar a massa

gorda (MG) na voleibolista adolescente do sexo feminino tendo como referecircncia as

metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e absorciometria de raio-X de

dupla energia (DXA)

Meacutetodos A amostra inclui 36 voleibolistas femininas (1675 plusmn 103 anos) A MG

foi assim estimada por DXA ADP e equaccedilotildees antropomeacutetricas estabelecidas por

Slaughter et al (1988) Recorreu-se agrave regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da MG relativa estimada por ADP e DXA

Resultados Os dados parecem sugerir uma sobrestimativa da percentagem () de

MG pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Subescapular)

em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Geminal

Medial) de Slaughter et al (1988) Verifica-se igualmente uma sobrestimativa por

parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees

Adicionalmente verifica-se uma subestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico

em relaccedilatildeo agrave DXA

Conclusotildees As equaccedilotildees propostas por Slaughter et al (1998) natildeo parecem ser

adequadas para estimar a de MG em jovens voleibolistas femininas Para o efeito

o conjunto mais robusto de preditores identificado pelo presente estudo foi a massa

corporal prega bicipital ou subescapular e a prega geminal medial

Palavras-chave Voleibol ∙ Adolescecircncia ∙ Atletas Femininas ∙ Antropometria ∙

Massa Gorda

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 4: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

iii

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Manuel Joatildeo Coelho e Silva pela orientaccedilatildeo e apoio constantes

bem como pela feacute quase paternal

Ao Professor Doutor Joatildeo Valente dos Santos porque evidenciou disponibilidade

ilimitada e porque nunca deixou de me corrigir

Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela colaboraccedilatildeo na prossecuccedilatildeo

deste trabalho

Ao Esmoriz Ginaacutesio Clube por ter despertado em mim um dia o gosto pelo desporto

e por ter sido um parceiro incomensuraacutevel neste projeto

Agrave minha famiacutelia e em particular agrave minha matildee por terem estado sempre laacute para mim

Ao Filipe Simotildees que mesmo ausente continuou sempre presente

iv

Resumo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas das voleibolistas parecem estar

determinantemente ligadas agrave qualidade do seu desempenho assumindo um papel

significativo no sucesso desportivo que se pode alcanccedilar na modalidade

Objetivos Analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas para estimar a massa

gorda (MG) na voleibolista adolescente do sexo feminino tendo como referecircncia as

metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e absorciometria de raio-X de

dupla energia (DXA)

Meacutetodos A amostra inclui 36 voleibolistas femininas (1675 plusmn 103 anos) A MG

foi assim estimada por DXA ADP e equaccedilotildees antropomeacutetricas estabelecidas por

Slaughter et al (1988) Recorreu-se agrave regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da MG relativa estimada por ADP e DXA

Resultados Os dados parecem sugerir uma sobrestimativa da percentagem () de

MG pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Subescapular)

em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Geminal

Medial) de Slaughter et al (1988) Verifica-se igualmente uma sobrestimativa por

parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees

Adicionalmente verifica-se uma subestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico

em relaccedilatildeo agrave DXA

Conclusotildees As equaccedilotildees propostas por Slaughter et al (1998) natildeo parecem ser

adequadas para estimar a de MG em jovens voleibolistas femininas Para o efeito

o conjunto mais robusto de preditores identificado pelo presente estudo foi a massa

corporal prega bicipital ou subescapular e a prega geminal medial

Palavras-chave Voleibol ∙ Adolescecircncia ∙ Atletas Femininas ∙ Antropometria ∙

Massa Gorda

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 5: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

iv

Resumo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas das voleibolistas parecem estar

determinantemente ligadas agrave qualidade do seu desempenho assumindo um papel

significativo no sucesso desportivo que se pode alcanccedilar na modalidade

Objetivos Analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas para estimar a massa

gorda (MG) na voleibolista adolescente do sexo feminino tendo como referecircncia as

metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e absorciometria de raio-X de

dupla energia (DXA)

Meacutetodos A amostra inclui 36 voleibolistas femininas (1675 plusmn 103 anos) A MG

foi assim estimada por DXA ADP e equaccedilotildees antropomeacutetricas estabelecidas por

Slaughter et al (1988) Recorreu-se agrave regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da MG relativa estimada por ADP e DXA

Resultados Os dados parecem sugerir uma sobrestimativa da percentagem () de

MG pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Subescapular)

em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 (decorrente do somatoacuterio das pregas Tricipital e Geminal

Medial) de Slaughter et al (1988) Verifica-se igualmente uma sobrestimativa por

parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees

Adicionalmente verifica-se uma subestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico

em relaccedilatildeo agrave DXA

Conclusotildees As equaccedilotildees propostas por Slaughter et al (1998) natildeo parecem ser

adequadas para estimar a de MG em jovens voleibolistas femininas Para o efeito

o conjunto mais robusto de preditores identificado pelo presente estudo foi a massa

corporal prega bicipital ou subescapular e a prega geminal medial

Palavras-chave Voleibol ∙ Adolescecircncia ∙ Atletas Femininas ∙ Antropometria ∙

Massa Gorda

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 6: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

v

Abstract

The anthropometric characteristics of volleyball players seem to be fully linked to

the quality of their performance assuming a significant role in the level that they can

achieve in the sport

Objectives The aim of the current study was to analyse the precision of

anthropometric equations to estimate fat mass (FM) in youth female volleyball

players using Whole-body air displacement plethysmography (ADP) and Dual-

Energy X-Ray Absorptiometry (DXA) as the reference methods

Methods The sample included 36 female volleyball players (1675 plusmn 103 years)

FM was thus estimated by ADP DXA and by the anthropometric equations of

Slaughter et al (1988) Multiple linear regressions were used to identify FM

mathematical models with the best statistical fit

Results Data seem to suggest an over-estimation of the FM by equation 1

(resulting from the sum of triceps and subscapular skinfolds) when compared to

equation 2 (resulting from the sum of triceps and medial calf skinfolds) of Slaughter

et al (1988) There is also a trend for over-estimation of the anthropometric method

in relation to ADP in both equations Additionally there is a trend for

underestimation of the anthropometric method in relation to the DXA

Conclusions The equations proposed by Slaughter et al (1998) does not seem to be

suitable for FM estimations in young female volleyball players For this purpose the

most robust set of predictors identified by this study was body mass biceps or

subscapular skinfolds and medial calf skinfold

Keywords Volleyball middot Youth middot Female Athletes middot Anthropometry middot Fat Mass

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 7: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

vi

Iacutendice Geral

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Iacutendice de Tabelas viii

Lista de Abreviaturas x

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo 1

1 Introduccedilatildeo 2

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas 3

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas 6

Capiacutetulo II Metodologia 7

2 Metodologia 8

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra 8

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva 8

23 Antropometria 8

Massa corporal 9

Estatura 9

Altura sentada 9

Estimativa do comprimento os membros inferiores 9

Envergadura 9

Pregas de gordura subcutacircnea 10

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea 11

Percentagem de massa gorda 11

24 Maturity offset 12

25 Percentagem de estatura matura predita 13

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD) 14

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 8: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

vii

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia 14

28 Anaacutelise estatiacutestica 15

Capiacutetulo III Resultados 17

3 Resultados 18

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees 31

4 Discussatildeo e conclusotildees 32

Modelos de composiccedilatildeo corporal 32

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal 33

Antropometria 34

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas 35

Pletismografia de ar deslocado 36

Absorciometria de raio-X de dupla energia 37

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas 38

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees 40

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas 40

Referecircncias bibliograacuteficas 43

Apecircndices 49

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 9: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

viii

Iacutendice de Tabelas

Tabela 1 Resumo de carateriacutesticas antropomeacutetricas e composiccedilatildeo

corporal de voleibolistas femininas 5

Tabela 2 Estatiacutestica descritiva de variaacuteveis de maturaccedilatildeo bioloacutegica e caraterizaccedilatildeo dos anos de praacutetica desportiva 20

Tabela 3 Estatiacutestica descritiva para as variaacuteveis antropomeacutetricas

simples e compostas 21 Tabela 4 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) 22

Tabela 5 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do ADP 23 Tabela 6 Estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes do DXA 24 Tabela 7 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta ADP vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 8 Diferenccedila entre metodologias de estimativa da massa gorda

relativa e absoluta DXA vs Slaughter et al (1988) [(ANTHR) equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 T + geminal (G)] 26

Tabela 9 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre a massa gorda relativa e

absoluta dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees (equaccedilatildeo 1 tricipital + subescapular equaccedilatildeo 2 tricipital + geminal) de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 27

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 10: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

ix

Tabela 10 Correlaccedilotildees bivariadas simples entre as medidas de idade maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa gorda relativa dada pelo ADP pelo DXA e pelas equaccedilotildees [equaccedilatildeo 1 tricipital (T) + subescapular (S) equaccedilatildeo 2 tricipital (T) + geminal (G)] de Slaughter et al (1988) (ANTHR) 28

Tabela 11 Preditores significativos da massa gorda relativa [estimada

por ADP e por DXA] em jovens voleibolistas do sexo feminino e valores de R2 ajustados e erros padratildeo de estimativa (SEE) dos modelos estatiacutesticos gerados com base na anaacutelise de regressotildees lineares muacuteltiplas (modelo backward stepwise) 30

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 11: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

x

Lista de Abreviaturas

ADP ndash Pletismografia de ar deslocado

ANTHR ndash Antropometria

AS ndash Altura sentada

CMI ndash Comprimento dos membros inferiores

DXA ndash Absorciometria de raio-X de dupla energia

G ndash Prega geminal

H ndash Estatura

IC ndash Idade cronoloacutegica

M ndash Massa corporal

MG ndash Massa Gorda

MIG ndash Massa Isenta de Gordura

PVC ndash Pico de velocidade de crescimento

S ndash Prega subescapular

T ndash Prega tricipital

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 12: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Capiacutetulo I Introduccedilatildeo

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 13: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Introduccedilatildeo

2

1 Introduccedilatildeo

O voleibol eacute uma modalidade ainda pouco estudada e natildeo existem estudos relativos

aos paracircmetros que a literatura consagrou como match performance Tal pode dever-

se ao facto de natildeo ser um jogo de invasatildeo tornando-se pouco relevante quantificar a

carga externa de jogo Os estudos destacam sobretudo o nuacutemero de accedilotildees em cada

jogada e o nuacutemero de jogadas considerando jogos disputados em 3 sets e em 4 sets

Por exemplo com base em 28 jogadores polacos de voleibol (Mroczek

Januszkiewicz Kawczynski Borysiuk amp Chmura 2014) estimou-se que numa

partida satildeo percorridos 1221 metros num jogo a 3 sets ou 1757 metros num jogo com

4 sets tendo sido notada uma diferenccedila significativa entre as vaacuterias posiccedilotildees e

tambeacutem uma tendecircncia para serem percorridas maiores distacircncias nos sets finais Em

cada jogada (rally) em meacutedia satildeo percorridos entre 91 e 126 metros sendo os

pontos resultantes em meacutedia de 32 jogadas

Parece que dentro dos episoacutedios criacuteticos que determinam o sucesso nesta

modalidade a qualidade do jogo e por inerecircncia das caracteriacutesticas fiacutesicas do

distribuidor satildeo determinantes na estrutura de rendimento e sucesso competitivo

Numa pesquisa resultante da anaacutelise de 24 jogos do campeonato do mundo de

seniores de 2010 foi atribuiacuteda uma importacircncia fundamental e explicativa da vitoacuteria

agrave variabilidade e eficaacutecia das accedilotildees do distribuidor (Silva Lacerda amp Vicente

2013)

Efetivamente parecem mais abundantes os trabalhos centrados no jogador

do que no jogo propriamente dito existindo literatura abundante dedicada agraves lesotildees

(Hall Barber Foss Hewett amp Myer 2015 Janssen Brown Munro amp Steele 2015)

Estaacute consensualmente estabelecido que existe uma relaccedilatildeo entre o risco e ocorrecircncia

de lesotildees e o niacutevel de aptidatildeo em especial nos paracircmetros de forccedila e composiccedilatildeo

corporal tendo em consideraccedilatildeo variaacuteveis como o tamanho corporal Por exemplo

num estudo com 12 atletas sub-19 (162plusmn15 anos) foi avaliada a impulsatildeo vertical

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 14: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Introduccedilatildeo

3

pelo protocolo counter movement jump e ainda pela avaliaccedilatildeo isocineacutetica dos

extensores e flexores do joelho agraves velocidades angulares de 60deg 180deg e 240deg por

segundo tendo como propoacutesito a monitorizaccedilatildeo ao longo da eacutepoca do desempenho

Este estudo concluiu que satildeo pouco relevantes as variaccedilotildees sazonais dos paracircmetros

de forccedila dinacircmica e isocineacutetica (Rousanoglou Barzouka amp Boudolos 2013)

Complementarmente outro estudo igualmente centrado no voleibol

feminino tendo avaliado 102 atletas com uma idade meacutedia de 152 anos concluiu

que a sobrecarga ponderal e a adiposidade satildeo preditores significativos de testes

como o PWC-170 (physical working capacity a 170 batimentos por minuto) o

Wingate e o counter movement vertical jump sugerindo que tatildeo importante como

centrar a atenccedilatildeo nos resultados das provas fiacutesicas importa intervir e monitorizar as

atletas com expectativas de rendimento naquilo que diz respeito agrave composiccedilatildeo

corporal (Nikolaidis 2013)

11 Tamanho e composiccedilatildeo corporal em voleibolistas

A Tabela 1 apresenta um resumo de caracteriacutesticas antropomeacutetricas (ie estatura e

massa corporal) e de composiccedilatildeo corporal [ie percentagem de massa gorda (MG)

e massa isenta de gordura (MIG)] de jogadoras de voleibol disponiacuteveis na literatura

e que importa detalhar Em atletas cujo segmento etaacuterio alterna entre o juvenil e o

adulto a estatura varia entre 1670 plusmn 80 cm (Nikolaidis 2013) e 1834 plusmn 77 cm

(Copic Dopsaj Ivanovic Nesic amp Jaric 2014) respetivamente Jaacute a massa corporal

varia entre 591 plusmn 83 kg (Nikolaidis 2013) e 751 plusmn 74 kg (Cardinale amp Lim 2003)

respetivamente Estas variaccedilotildees de dados podem dever-se a um elevado nuacutemero de

fatores tais como o perfil geneacutetico das atletas o niacutevel de praacutetica desportiva ou

mesmo o processo de seleccedilatildeo desportiva de que foram alvo

As caracteriacutesticas antropomeacutetricas tendem a variar em funccedilatildeo do niacutevel

competitivo sendo que o gradiente para a estatura e massa corporal tende a

favorecer as atletas de niacuteveis competitivos mais elevados (Barnes et al 2007

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 15: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Introduccedilatildeo

4

Gualdi-Russo amp Zaccagni 2001 Malousaris et al 2008) No que diz respeito as

alteraccedilotildees das caracteriacutesticas antropomeacutetricas ao longo de uma eacutepoca desportiva

verificou-se por exemplo no estudo de Haumlkkinen (1993) um ligeiro decreacutescimo da

MG Apesar do aumento dos niacuteveis de massa gorda poderem afetar negativamente

o desempenho desportivo deve ser referido que as alteraccedilotildees verificadas foram de

pequena magnitude e podem ter sido afetas pelo menos em parte pela precisatildeo do

tipo de instrumentos e metodologias de avaliaccedilatildeo O trabalho de Bayios Bergeles

Apostolidis Noutsos e Koskolou (2006) mostrou que as atletas de voleibol da

primeira divisatildeo Grega eram mais altas (1771 plusmn 65 cm) que as atletas de

basquetebol (1747 plusmn 78 cm) e de andebol (1659 plusmn 63 cm) consideradas no estudo

As atletas de voleibol eram igualmente mais pesadas (695 plusmn 74 kg) possuiacuteam mais

massa isenta de gordura (532 plusmn 53 kg) e menos MG (234 plusmn 28 ) que as atletas

de andebol (651 plusmn 91 kg 480 plusmn 60 kg 259 plusmn 33 respetivamente) Parece

evidente que independentemente do niacutevel de proficiecircncia ser-se mais alta no

voleibol garante vantagens competitivas

Um dos toacutepicos de investigaccedilatildeo de interesse passa por determinar que

carateriacutesticas antropomeacutetricas se relacionam com o sucesso desportivo no Voleibol

Curiosamente natildeo foram encontradas associaccedilotildees significativas entre variaacuteveis

antropomeacutetricas e a velocidade de remate em atletas (195 plusmn 11 anos) da primeira

divisatildeo da Associaccedilatildeo Atleacutetica Universitaacuteria Nacional dos Estados Unidos da

Ameacuterica (Ferris Signorile amp Caruso 1995) Para esclarecer estes e outros assuntos

correlatos satildeo necessaacuterios mais estudos que se dediquem ao esclarecimento da

importacircncia das carateriacutesticas antropomeacutetricas para o desempenho desportivo atual

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 16: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Introduccedilatildeo

5

Tab

ela

1 R

esum

o de

car

ater

iacutestic

as a

ntro

pom

eacutetric

as e

com

posi

ccedilatildeo

corp

oral

de

vole

ibol

ista

s fem

inin

as

Estu

do

Nat

urez

a da

am

ostra

Id

ade

(ano

s)

n Es

tatu

ra

(cm

) M

assa

co

rpor

al (k

g)

M

G

MIG

(kg)

Cop

ic e

t al

(201

4)

Atle

tas o

liacutempi

cas

220

plusmn 3

7

35

183

3 plusmn

77

706

plusmn 7

2

176

plusmn 3

4

581

plusmn 5

9

Mar

tiacuten-M

atill

as e

t al

(201

4)

Prim

eira

div

isatildeo

na

cion

al E

span

hola

24

8 plusmn

44

14

8 17

98

plusmn 7

1 72

3 plusmn

84

23

4 plusmn

29

54

9 plusmn

57

Nik

olai

dis (

2013

) A

tleta

s ado

lesc

ente

s G

rega

s 15

3 plusmn

18

74

16

70

plusmn 8

0 59

1 plusmn

83

23

9 plusmn

35

45

0 plusmn

41

Gon

zaacutele

z-R

ave

et a

l (2

011)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

naci

onal

Esp

anho

la

274

plusmn 9

4

12

179

7 plusmn

64

722

plusmn 8

5

- -

- -

Am

asay

et a

l (2

008)

D

ivis

atildeo II

da

NC

AA

19

2 plusmn

09

10

17

80

plusmn 6

0 70

9 plusmn

99

- -

- -

Mal

ousa

ris e

t al

(200

8)

Prim

eira

div

isatildeo

N

acio

nal G

rega

23

8 plusmn

47

A

1 7

9 A

2 8

4 A

1 1

796

plusmn 5

8

A2

174

7 plusmn

62

A

1 7

10

plusmn 8

2 A

2 6

82

plusmn 6

3 A

1 2

27

plusmn 2

9 A

2 2

41

plusmn 2

6 A

1 5

48

plusmn 5

7 A

2 5

17

plusmn 4

5

Bar

nes e

t al

(200

7)

Div

isatildeo

I II

da

NC

AA

D

I 20

3 plusmn

15

D

II 1

96

plusmn 1

4 D

I 9

DII

11

DI

177

9 plusmn

63

DII

174

3 plusmn

77

D

I 73

3 plusmn

77

D

II 7

15

plusmn 9

8 - -

- -

Nes

ser e

Dem

chak

(200

7)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

- -

11

17

55

plusmn 8

0 67

4 plusmn

75

- -

- -

B

ayio

s et a

l (2

006)

Pr

imei

ra d

ivis

atildeo

227

plusmn 2

8

79

177

1 plusmn

65

695

plusmn 7

4

234

plusmn 2

8

532

plusmn 5

3

Law

son

et a

l (2

006)

Pr

aacutetic

a natilde

o fo

rmal

21

3 plusmn

18

12

16

94

plusmn 5

4 66

0 plusmn

79

- -

- -

C

ardi

nale

e L

im (2

003)

A

tleta

s pro

fissi

onai

s 23

9 plusmn

36

16

18

31

plusmn 8

4 75

1 plusmn

74

- -

- -

Gua

ldi-R

usso

e Z

acca

gni (

2001

) Li

ga A

1 e

A2

Italia

na

231

plusmn 4

4

A1

129

A

2 1

15

A1

178

4 plusmn

58

A

2 1

767

plusmn 4

9

A1

71

2 plusmn

70

A2

70

9 plusmn

69

- -

- -

Ferr

is e

t al

(199

5)

Div

isatildeo

I da

NC

AA

19

5 plusmn

11

13

17

67

plusmn 4

6 69

7 plusmn

10

8 22

2 plusmn

50

15

8 plusmn

56

Haumlk

kine

n (1

993)

Li

ga F

inla

ndes

a

224

plusmn 3

4

9 - -

Preacute-

Eacutepoc

a

667

plusmn 5

6

Poacutes-

Eacutepoc

a

625

plusmn 8

0

Preacute-

Eacutepoc

a

251

plusmn 1

9

Poacutes-

Eacutepoc

a

243

plusmn 1

6

- -

Not

a A

leacutem

da

dim

ensatilde

o am

ostra

l de

cada

est

udo

os

valo

res

apre

sent

ados

rep

rese

ntam

Meacuted

ia e

Des

vio

Padr

atildeo N

CA

A A

ssoc

iaccedilatilde

o A

tleacutetic

a U

nive

rsitaacute

ria N

acio

nal

dos E

stad

os U

nido

s da

Am

eacuteric

a

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 17: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Introduccedilatildeo

6

12 Objetivo e variaacuteveis estudadas

O presente estudo analisa a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas (Slaughter et al

1988) para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo

como referecircncia as metodologias de pletismografia de ar deslocado (ADP) e

absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) Com efeito considerou-se na

presente investigaccedilatildeo um primeiro conjunto de variaacuteveis relativo a informaccedilatildeo de

natureza desportiva Foi considerado um segundo conjunto de variaacuteveis onde se

inclui toda a informaccedilatildeo antropomeacutetrica da qual derivaram estimaccedilotildees relativas de

massa gorda e indicadores maturacionais Inclui-se ainda um grupo de variaacuteveis

associadas agrave avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal realizada por ADP e DXA

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 18: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Capiacutetulo II Metodologia

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 19: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

8

2 Metodologia

21 Caracterizaccedilatildeo da amostra

A amostra foi constituiacuteda por 36 voleibolistas adolescentes do sexo feminino (1675

plusmn 103 anos) pertencentes agrave Associaccedilatildeo Acadeacutemica de Coimbra e ao Esmoriz

Ginaacutesio Clube O projeto foi aprovado pelo Conselho Cientiacutefico da Faculdade de

Ciecircncias do Desporto e Educaccedilatildeo Fiacutesica da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC)

Foram recolhidos os termos de consentimento junto dos clubes dos responsaacuteveis

legais das participantes e de todas as atletas envolvidas Todas as atletas tinham

atingido a menarca antes do iniacutecio do estudo As atletas consideradas estavam

envolvidas no processo treino e competiccedilatildeo haacute pelo menos 2 anos Elas participavam

em sessotildees regulares de treino (3-4 sessotildees por semana aproximadamente 270-360

minutos por semana) e normalmente jogavam 1 a 2 jogos competitivos por semana

ao longo de um periacuteodo de aproximadamente 9 meses (outubro a junho)

22 Informaccedilotildees de natureza desportiva

Atraveacutes da aplicaccedilatildeo de um inqueacuterito inicial foram obtidas variaacuteveis referentes agrave

experiecircncia desportiva individual das atletas nomeadamente clube idade de iniacutecio

de praacutetica do voleibol anos de praacutetica volume semanal de treino niacutevel desportivo

23 Antropometria

Todas as medidas antropomeacutetricas foram realizadas seguindo as recomendaccedilotildees

teacutecnicas apresentadas por Lohman Roche e Martorell (1988) As variaacuteveis

consideradas foram a massa corporal estatura altura sentada comprimento dos

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 20: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

9

membros inferiores (estimado) envergadura e pregas de gordura subcutacircnea Foi

calculado o somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea e a MG

Massa corporal

A massa corporal foi medida com uma balanccedila portaacutetil (Seca model 770 Hanover

MD USA) ateacute 01 kg As atletas submeteram-se agrave pesagem descalccedilas e vestidas

somente com calccedilotildees e t-shirt

Estatura

A estatura foi avaliada utilizando um estadioacutemetro portaacutetil (Harpender model

98603 Holtain Ltd Crosswell UK) ateacute 01 cm As atletas foram instruiacutedas no

sentido de assumirem a posiccedilatildeo antropomeacutetrica de referecircncia tendo o observador

assegurado a ortogonalidade da linha de Frankfurt relativamente agrave escala

Altura sentada

As voleibolistas sentaram-se no estadioacutemetro com banco acoplado (Sitting Height

Table Harpenden) tendo o antropometrista nivelado a plataforma para os apoios e o

comprimento da superfiacutecie de apoio

Estimativa do comprimento dos membros inferiores

O comprimento dos membros inferiores corresponde agrave diferenccedila entre estatura e

altura sentada

Envergadura

A envergadura foi avaliada pela distacircncia entre as extremidades superiores definidas

pelo ponto distal do dedo meacutedio das matildeos ou dactylion Este valor foi encontrado

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 21: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

10

atraveacutes de uma fita meacutetrica metaacutelica estando o sujeito com o peito encostado a uma

parede

Pregas de gordura subcutacircnea

Procedeu-se agrave avaliaccedilatildeo das pregas de gordura subcutacircnea utilizando um adipoacutemetro

Lange Skinfold Caliper com aproximaccedilatildeo a 02 mm (Beta Technology Ann Arbor

Michigan)

Tricipital

A prega de gordura assume uma orientaccedilatildeo vertical na face

posterior do braccedilo direito a meia distacircncia entre os pontos

acromial da omoplata e olecraneano do cuacutebito

Bicipital

Esta prega de gordura foi medida na parte meacutedia e anterior do

braccedilo direito fazendo uso dos mesmos procedimentos e pontos

de referecircncia da prega tricipital

Subescapular

Esta prega assume uma orientaccedilatildeo obliacutequa dirigida para baixo e

para fora e foi medida na regiatildeo posterior do tronco

imediatamente abaixo do veacutertice inferior e interno da omoplata

Suprailiacuteaca

Mediu-se a prega suprailiacuteaca imediatamente acima da crista

iliacuteaca ao niacutevel da linha midaxilar

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 22: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

11

Abdominal

A zona de mediccedilatildeo da prega abdominal foi o ponto localizado a

3 cm ao lado do centro do umbigo e 1 cm abaixo do mesmo

(prega horizontal)

Geminal medial

Com a articulaccedilatildeo do joelho fletida formando a perna e a coxa

um acircngulo de 90ordm entre si esta prega vertical foi medida na parte

meacutedia e interna da perna na zona de maior periacutemetro do meio

da perna (prega vertical)

Somatoacuterio das pregas de gordura subcutacircnea

Este resultado total deriva da soma aritmeacutetica dos valores correspondentes agrave mediccedilatildeo

das seis pregas de gordura subcutacircnea anteriormente elencadas Esta variaacutevel eacute

expressa em mm

Percentagem de massa gorda

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital e subscapular como

preditores

Recorreu-se agrave equaccedilatildeo para o sexo feminino com o valor do

somatoacuterio das pregas tricipital (Tric) e subscapular (Sub)

inferior a 35 mm

133 (Tric + Sub) ndash 0013 (Tric + Sub)sup2 - 25

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 23: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

12

E com valor do somatoacuterio das pregas superior a 35 mm

0546 (Tric + Sub) + 97

Equaccedilatildeo antropomeacutetrica tendo as pregas tricipital (Tric) e geminal medial

(GM) como preditores (sexo feminino independente do valor do

somatoacuterio)

0610 (Tric + GM) + 51

24 Maturity offset

Na determinaccedilatildeo deste indicador maturacional seguiu-se a foacutermula proposta por

Mirwald Baxter-Jones Bailey e Beunen (2002) Para tal foi necessaacuterio coligir

informaccedilatildeo relativa ao sujeito observado idade cronoloacutegica (IC) massa corporal

(M) estatura (H) altura sentada (AS) e comprimento dos membros inferiores (CMI)

O resultado da equaccedilatildeo visa formular uma estimativa da distacircncia em anos a que o

sujeito se encontra do pico de velocidade de crescimento (PVC) para a estatura

podendo o valor ser negativo (se ainda natildeo atingiu o PVC) ou positivo (se jaacute

ultrapassou o PVC)

-9376 + [00001882 CMI AS] + [00022 IC CMI] +

[0005841 IC AS)] ndash [0002658 IC M] + [007693 (M H-

1) 100]

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 24: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

13

25 Percentagem de estatura matura predita

Foi empregado o modelo processual proposto por Khamis e Roche (1994) que para

o caacutelculo da estatura matura prevecirc a utilizaccedilatildeo da estatura atual massa corporal e

estatura meacutedia parental Recorreu-se seguidamente agrave multiplicaccedilatildeo das variaacuteveis

apresentadas por coeficientes de ponderaccedilatildeo diretamente indexados agrave idade

cronoloacutegica dos observados

Constante + H (coeficiente para estatura) + M (coeficiente

para a M) + H meacutedia parental (coeficiente para H meacutedia

parental)

Os coeficientes do meacutetodo Khamis-Roche apresentam-se em polegadas (inches) e

libras (pounds) tendo sido necessaacuterio proceder agrave sua conversatildeo para o sistema

meacutetrico (centiacutemetros e quilogramas) O indicador maturacional eacute encontrado pela

percentagem de estatura matura predita jaacute alcanccedilada aquando da mediccedilatildeo

estatura matura predita = (estatura no momento estatura

matura predita) 100

A informaccedilatildeo respeitante agrave estatura dos pais bioloacutegicos das atletas observadas

obteve-se atraveacutes de fotocoacutepia do documento de identificaccedilatildeo de cada um dos

progenitores No caso de algum dos pais ter jaacute falecido ou natildeo ter disponiacutevel no

momento do levantamento dos dados o documento solicitado recorreu-se agrave

informaccedilatildeo verbal Nestes casos foram aplicadas as equaccedilotildees referidas por Epstein

Valoski Kalarchian e McCurley (1995) a fim de ajustar a tendecircncia sobre estimaccedilatildeo

da estatura quando reportada indiretamente Este procedimento foi igualmente

utilizado por Malina et al (2005)

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 25: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

14

26 Pletismografia de ar deslocado (BOD POD)

A avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal foi realizada por pletismografia (Bod Pod

Composition System model Bod Pod 2006 Life Measurement Inc Concord CA

USA) Por sua vez o volume corporal foi medido de acordo com os procedimentos

da aplicaccedilatildeo informaacutetica do Bod Pod (versatildeo 325 DLL 240 versatildeo de controlo

590) descritos por Dempster e Aitkens (1995) e por McCrory Gomez Bernauer e

Mole (1995) Todos os intervenientes no estudo no momento da avaliaccedilatildeo usaram

apenas roupa interior de licra e uma touca de nataccedilatildeo tal como recomendado pelo

fabricante Protocolarmente solicitou-se ao participante que se mantivesse sentado e

estaacutetico no interior da cacircmara que foi ainda informado da necessidade da

normalizaccedilatildeo dos seus movimentos respiratoacuterios Este procedimento foi cumprido

duas vezes consecutivas a fim de se assegurar uma consistecircncia de resultados que

natildeo fosse variaacutevel em mais de 150 mL Caso se verificasse a necessidade de um

nuacutemero de avaliaccedilotildees superior a trecircs o Bod Pod era recalibrado e eram concretizadas

mais duas a trecircs avaliaccedilotildees O volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo A densidade

corporal (massa corporalvolume corporal) foi calculada com o objetivo de estimar o

valor percentual de gordura corporal utilizando as foacutermulas especiacuteficas para a idade

e sexo disponibilizadas por Lohman (1986) A MG foi convertida agrave posteriori em

massa gorda enquanto a massa isenta de gordura (MIG) foi auferida por subtraccedilatildeo

27 Absorciometria de raio-X de dupla energia

A absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA Hologic QDR-4500) de todo o

corpo foi levada a cabo com a versatildeo 910 do software para anaacutelise de todo o corpo

(Hologic Inc Bedford MA USA) Para a determinaccedilatildeo da informaccedilatildeo necessaacuteria

as atletas permaneceram deitadas em supinaccedilatildeo na maca e foram analisadas da

cabeccedila aos peacutes em 35 minutos A DXA estabeleceu trecircs compartimentos massa

magra massa gorda e conteuacutedo mineral oacutesseo A MIG (kg) representou

efetivamente a soma da massa magra com o conteuacutedo mineral oacutesseo

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 26: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

15

28 Anaacutelise estatiacutestica

Num momento inicial procedeu-se agrave caracterizaccedilatildeo da amostra atraveacutes da estatiacutestica

descritiva atendendo a paracircmetros de tendecircncia central (meacutedia) e de dispersatildeo

(desvio padratildeo e amplitude)

A assunccedilatildeo da normalidade foi efetivamente verificada utilizando o teste de

Kolmogorov-Smirnov e pela inspeccedilatildeo visual das parcelas de normalidade Nos

pressupostos corrompidos concretizaram-se transformaccedilotildees logariacutetmicas de forma a

reduzir a natildeo uniformidade do erro Os valores seratildeo recodificados com vista agrave

obtenccedilatildeo de meacutedias estimadas caso natildeo se verifique a normalidade

Na apresentaccedilatildeo das diferenccedilas entre metodologia de estimativa de massa

gorda absoluta e relativa fez-se uso do teste t-student para amostras emparelhadas

Subsequentemente foi utilizada a correlaccedilatildeo de Pearson para avaliar as possiacuteveis

associaccedilotildees entre as variaacuteveis que representam o tamanho corporal - pregas cutacircneas

- e valores relativos e absolutos de massa gorda estimada por pletismografia e por

densitometria radioloacutegica de dupla energia A magnitude das associaccedilotildees foi

interpretada segundo os valores de corte e inferecircncias qualitativas sugeridas por

Hopkins Marshall Batterham e Hanin (2009) r lt 01 (trivial) 01 lt r lt 03

(pequena) 03 lt r lt 05 (moderada) 05 lt r lt 07 (grandes) 07 lt r lt 09 (muito

grandes) e r gt 09 (quase perfeitas)

A anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla foi utilizada para reconhecer as

variaacuteveis correlatas capazes de explicar a variacircncia dos resultados relativos e

absolutos de massa gorda calculada pelas medidas criteacuterio e de referecircncia Este

procedimento baseou-se na teacutecnica backward com um valor de corte de p lt 005

Com efeito este procedimento parte de um modelo inicial que associa a combinaccedilatildeo

linear de todas as variaacuteveis independentes com a variaacutevel dependente Na sequecircncia

deste mecanismo processual testa sucessivamente a possibilidade de remover uma

variaacutevel independente sem prejudicar a magnitude da associaccedilatildeo entre os dois lados

da equaccedilatildeo

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 27: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Metodologia

16

Para todos os testes de estatiacutestica inferencial o niacutevel de significacircncia foi

mantido em 5 valor estabelecido para ciecircncias sociais e comportamentais

Utilizamos o software Statistical Program for Social Sciences ndash SPSS versatildeo 190

para Windows e o Microsoft Office Excel 2013

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 28: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Capiacutetulo III Resultados

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 29: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

18

3 Resultados A Tabela 2 sumariza as medidas de tendecircncia central e de dispersatildeo das variaacuteveis de

maturaccedilatildeo bioloacutegica e anos de praacutetica federada da modalidade A idade cronoloacutegica

apresenta uma amplitude de 349 anos A amostra apresenta-se muito proacutexima do

estado maturo considerando a percentagem de estatura matura predita em meacutedia no

valor de 994 A anaacutelise da normalidade das variaacuteveis residuais atraveacutes do teste de

Kolmogorov-Smirnov natildeo sugere um afastamento significativo da normalidade (K-S

= 051 a 092 p =036 a 096)

A Tabela 3 apresenta os mesmos paracircmetros de estatiacutestica descritiva

considerados na tabela precedente mas relativamente agraves variaacuteveis antropomeacutetricas

simples (massa corporal estatura envergadura altura sentada comprimento dos

membros inferiores e valor das pregas) e compostas (soma das pregas de gordura

subcutacircnea e iacutendice de massa corporal) A amplitude de variaccedilatildeo eacute de 19 cm para a

estatura e de 406 kg para a massa corporal O conjunto das variaacuteveis consideradas

tende a demonstrar uma distribuiccedilatildeo normal (K-S = 049 a 113 p = 016 a 097)

A Tabela 4 corresponde aos valores de estatiacutestica descritiva para os

indicadores de composiccedilatildeo corporal resultantes da estimativa dada pelas equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) Os dados parecem sugerir uma

sobrestimativa da MG calculada pela equaccedilatildeo 1 (decorrente do somatoacuterio das

pregas tricipital e subescapular) em relaccedilatildeo agrave equaccedilatildeo 2 isto eacute decorrente do

somatoacuterio das pregas tricipital e geminal medial sendo os valores meacutedios 267 e

235 respetivamente As variaacuteveis configuram-se em conformidade com os

pressupostos da distribuiccedilatildeo normal (K-S = 054 a 109 p = 018 a 093)

A Tabela 5 eacute referente agrave estatiacutestica descritiva para os indicadores de

composiccedilatildeo corporal resultantes da ADP A MG estimada por este meacutetodo

apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra As

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 30: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

19

variaacuteveis parecem estarem de acordo com a verificaccedilatildeo dos pressupostos da

distribuiccedilatildeo normal (K-S = 073 a 100 p = 027 a 076)

A Tabela 6 mostra a estatiacutestica descritiva para os indicadores de composiccedilatildeo

corporal resultantes da tecnologia DXA isto eacute absorciometria de raio-X de energia

dupla A MG estimada por este meacutetodo apresenta uma meacutedia de 307 e uma

amplitude de 295 As provas de verificaccedilatildeo da normalidade de distribuiccedilatildeo natildeo

rejeitam a hipoacutetese nula (K-S = 060 a 126 p = 008 a 086)

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 31: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

20

Tab

ela

2 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

de v

ariaacute

veis

de

mat

uraccedil

atildeo b

ioloacute

gica

e c

arat

eriz

accedilatildeo

dos

ano

s de

praacutet

ica

desp

ortiv

a (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Id

ade

cron

oloacuteg

ica

(ano

s)

142

7 ndash

177

6 16

75

103

0

51

096

Te

mpo

de

praacutet

ica

fede

rada

(ano

s)

2 ndash

8 4

5 2

0 0

65

080

Id

ade

de m

enar

ca (a

nos)

10

75

ndash 15

67

127

5 0

89

069

0

72

Mat

urity

offs

et (a

nos)

1

94 ndash

44

6 3

52

064

0

92

036

Id

ade

no P

VC

(ano

s)

118

9 ndash

143

0 13

23

057

0

70

071

Es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

(cm

) 15

58

ndash 17

44

166

5 5

0 0

71

070

Pe

rcen

tage

m d

e es

tatu

ra m

atur

a pr

edita

()

984

ndash 1

000

99

4

03

091

0

38

PVC

= p

ico

de v

eloc

idad

e de

cre

scim

ento

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 32: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

21

Resultados

Tab

ela

3 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

as v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

(n =

36)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

cor

pora

l (kg

) 47

5 ndash

88

1 61

8

96

091

0

37

Esta

tura

(cm

) 15

48

ndash 17

38

165

6 5

1 0

75

063

En

verg

adur

a (c

m)

152

4 ndash

174

0 16

65

53

060

0

86

Altu

ra se

ntad

o (c

m)

825

ndash 9

51

885

2

8 0

62

084

C

ompr

imen

to d

os m

embr

os in

ferio

res (

cm)

707

ndash 8

36

771

3

3 0

49

097

Pr

ega

trici

pita

l (m

m)

11 ndash

34

20

5 0

78

058

Pr

ega

bici

pita

l (m

m)

4 ndash

26

12

5 0

94

035

Pr

ega

sube

scap

ular

(mm

) 6

ndash 28

14

5

092

0

36

Preg

a su

prai

liacuteaca

(mm

) 11

ndash 4

2 23

7

058

0

89

Preg

a ab

dom

inal

(mm

) 10

ndash 4

7 22

8

113

0

16

Preg

a ge

min

al m

edia

l (m

m)

9 ndash

32

19

6 1

07

020

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

(mm

) 55

ndash 2

04

108

31

073

0

66

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 33: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

22

Resultados

Tab

ela

4 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os

indi

cado

res

de c

ompo

siccedilatilde

o co

rpor

al r

esul

tant

es d

a es

timat

iva

dada

pel

as e

quaccedil

otildees

[equ

accedilatildeo

1

trici

pita

l (T)

+ su

besc

apul

ar (S

) eq

uaccedilatilde

o 2

T +

gem

inal

(G)]

de

Slau

ghte

r et a

l (1

988)

(n

= 36

)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+S (

) 18

1 ndash

31

5 26

7

35

068

0

74

Mas

sa g

orda

T+S

(kg)

8

9 ndash

273

16

7

44

054

0

93

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+S (k

g)

359

ndash 6

12

451

5

6 1

09

018

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da T

+G (

) 14

0 ndash

40

3 23

5

65

088

0

42

Mas

sa g

orda

T+G

(kg)

6

9 ndash

329

14

9

64

078

0

58

Mas

sa is

enta

de

gord

ura T

+G (k

g)

371

ndash 5

96

469

4

8 0

76

062

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 34: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

23

Resultados

Tab

ela

5 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

AD

P (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

V

olum

e co

rpor

al (L

) 45

3 ndash

87

0 59

2

100

0

96

031

D

ensi

dade

cor

pora

l (K

gL)

1

01 ndash

10

7 1

05

002

0

73

066

V

olum

e gaacute

s tor

aacutecic

o (L

) 2

1 ndash

34

29

03

074

0

65

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

104

ndash 3

81

203

7

0 0

75

063

M

assa

gor

da (k

g)

64

ndash 33

1

132

6

7 1

00

027

M

assa

isen

ta d

e go

rdur

a (k

g)

388

ndash 5

91

487

4

4 0

67

076

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 35: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

24

Resultados

Tab

ela

6 E

stat

iacutestic

a de

scrit

iva

para

os i

ndic

ador

es d

e co

mpo

siccedilatilde

o co

rpor

al re

sulta

ntes

do

DX

A (n

= 3

6)

Am

plitu

de

(Miacuten

-Maacutex

) M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

K

olm

ogor

ov- S

mirn

ov

Val

or

p

M

assa

teci

dula

r (kg

) 44

4 ndash

83

1 57

3

92

126

0

08

Con

teuacuted

o m

iner

al oacute

sseo

(kg)

1

9 ndash

40

27

04

064

0

81

Perc

enta

gem

de

mas

sa g

orda

()

198

ndash 4

93

307

7

6 0

72

068

M

assa

gor

da (k

g)

94

ndash 40

9

182

7

7 1

18

012

M

assa

mag

ra (k

g)

344

ndash 4

40

392

2

8 0

60

086

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 36: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

25

A Tabela 7 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias ADP e

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa e

absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Adicionalmente

verifica-se uma sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave

ADP em ambas as equaccedilotildees

A Tabela 8 apresenta a diferenccedila de resultados obtidos pelas metodologias

DXA e equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) para a estimativa de massa gorda relativa

e absoluta Foi utilizado o teste t-student de amostras emparelhadas Verifica-se uma

subestimativa no meacutetodo antropomeacutetrico em relaccedilatildeo agrave DXA

A Tabela 9 mostra as correlaccedilotildees entre a massa gorda relativa e absoluta dada

pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Verifica-se uma

associaccedilatildeo de intensidade grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a

equaccedilatildeo 1 (r = 065 e 074 respetivamente) e uma associaccedilatildeo classificada como

muito grande entre a MG estimada por ADP e DXA com a equaccedilatildeo 2 (r = 074 e

078 respetivamente)

A Tabela 10 apresenta as correlaccedilotildees entre as medidas de idade indicadores

de maturaccedilatildeo bioloacutegica variaacuteveis antropomeacutetricas simples e compostas e a massa

gorda relativa dada pela ADP pela DXA e pelas equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

Eacute possiacutevel identificar uma associaccedilatildeo de intensidade muito grande entre a MG

estimada por ADP e a massa corporal (r = 080) a prega bicipital (r = 080) e a

geminal medial (r = 072) Igualmente verifica-se uma associaccedilatildeo muito grande

entre a MG estimada por DXA e a massa corporal (r = 088) a prega tricipital (r =

074) a bicipital (r = 078) a subescapular (r = 073) a suprailiacuteaca (r = 075) a

abdominal (r = 071) e a geminal medial (r = 074)

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 37: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

26

Tab

ela

7 D

ifere

nccedila

entre

met

odol

ogia

s de

est

imat

iva

da m

assa

gor

da r

elat

iva

e ab

solu

ta

AD

P vs

Sla

ught

er e

t al

(19

88)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

AD

P

-6

4

54

-71

2 (lt

000

1)

-31

4

9 -3

85

(lt0

001)

M

assa

gor

da A

DP

kg

-35

3

5 -6

00

(lt0

001)

-1

7

29

-35

4 (0

001

)

T

abel

a 8

Dife

renccedil

a en

tre m

etod

olog

ias

de e

stim

ativ

a da

mas

sa g

orda

rel

ativ

a e

abso

luta

DX

A v

s Sl

augh

ter

et a

l (1

988)

[(A

NTH

R)

equa

ccedilatildeo

1 tr

icip

ital (

T) +

sube

scap

ular

(S)

equa

ccedilatildeo

2 T

+ g

emin

al (G

)] (n

= 3

6)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e U

nida

de d

e m

edid

a D

ifere

nccedila T

+S

t (p)

D

ifere

nccedila T

+G

t (p)

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

M

eacutedia

D

esvi

o Pa

dratildeo

de

mas

sa g

orda

DX

A

40

55

431

(lt0

001)

7

2 4

8 9

14 (lt

000

1)

Mas

sa g

orda

DX

A

kg

15

40

217

(lt0

001)

3

3 3

3 5

89 (lt

000

1)

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 38: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

27

Tab

ela

9 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

a m

assa

gor

da re

lativ

a e

abso

luta

dad

a pe

lo A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s (e

quaccedil

atildeo 1

trici

pita

l + su

besc

apul

ar e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l + g

emin

al) d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

(n =

36)

V

ariaacute

vel d

epen

dent

e [tr

icip

ital +

sube

scap

ular

]

[tric

ipita

l + g

emin

al]

r p

r p

Valo

res r

elat

ivos

( m

assa

gor

da)

de

mas

sa g

orda

AD

P 0

65

lt0

001

0

74

lt0

001

d

e m

assa

gor

da D

XA

074

lt

000

1

078

lt

000

1

Va

lore

s abs

olut

os (e

m k

g)

M

assa

gor

da A

DP

088

lt

000

1

090

lt

000

1 M

assa

gor

da D

XA

093

lt

000

1

091

lt

000

1

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 39: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

28

Tab

ela

10 C

orre

laccedilotilde

es b

ivar

iada

s si

mpl

es e

ntre

as

med

idas

de

idad

e m

atur

accedilatildeo

bio

loacutegi

ca v

ariaacute

veis

ant

ropo

meacutet

ricas

sim

ples

e c

ompo

stas

e a

mas

sa g

orda

rela

tiva

dada

pel

o A

DP

pel

o D

XA

e p

elas

equ

accedilotildee

s [e

quaccedil

atildeo 1

tric

ipita

l (T)

+ s

ubes

capu

lar (

S) e

quaccedil

atildeo 2

tric

ipita

l (T)

+ ge

min

al (G

)] d

e Sl

augh

ter e

t al

(198

8) (A

NTH

R)

AD

P D

XA

A

NTH

R T

S A

NTH

R TG

r (

p)

r (p)

r (

p)

r (p)

Idad

e cr

onol

oacutegic

a 0

24 (0

16)

0

04 (0

81)

-0

13

(04

4)

-01

9 (0

27)

A

nos d

e pr

aacutetic

a fe

dera

da

-01

3 (0

45)

-0

05

(07

6)

-00

5 (0

79)

-0

05

(07

9)

Idad

e no

PV

C

020

(02

4)

-00

1 (0

99)

-0

03

(08

8)

-01

0 (0

56)

de

esta

tura

mat

ura

pred

ita

023

(01

7)

019

(02

7)

-00

1 (0

97)

-0

03

(08

7)

Mas

sa c

orpo

ral

080

(lt0

001)

0

88 (lt

000

1)

067

(lt0

001)

0

72 (lt

000

1)

Pr

ega

Tric

ipita

l 0

67 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

Pr

ega

Bic

ipita

l 0

80 (lt

000

1)

078

(lt0

001)

Pr

ega

Subs

capu

lar

070

(lt0

001)

0

73 (lt

000

1)

Preg

a Su

prai

liaca

0

64 (lt

000

1)

075

(lt0

001)

Pr

ega

Abd

omin

al

064

(lt0

001)

0

71 (lt

000

1)

Preg

a G

emin

al m

edia

l 0

72 (lt

000

1)

074

(lt0

001)

So

ma

preg

as g

ordu

ra su

bcut

acircnea

0

80 (lt

000

1)

085

(lt0

001)

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 40: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

29

Nesta secccedilatildeo recorreu-se agrave anaacutelise da regressatildeo linear muacuteltipla para determinar a

quantidade de variacircncia explicada da massa gorda relativa estimada por ADP e DXA

A Tabela 11 vem sugerir que a variaacutevel com mais sobreposiccedilatildeo de variacircncia eacute a

MG estimada por DXA (84) seguindo-se a MG estimada por ADP (78)

como a que menos eacute explicada pelos indicadores selecionados A massa corporal (p =

001) e as pregas bicipital (p = 003) e geminal (p = 002) surgem como variaacuteveis

explicativas da MG estimada por ADP Os preditores da MG estimada por DXA

foram a massa corporal (p = 001) e as pregas subescapular (p = 003) e geminal (p =

002)

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 41: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Resultados

30

Tab

ela

11 P

redi

tore

s si

gnifi

cativ

os d

a m

assa

gor

da re

lativ

a [e

stim

ada

por A

DP

e po

r DX

A]

em jo

vens

vol

eibo

lista

s do

sex

o fe

min

ino

e

valo

res

de R

2 aju

stad

os e

err

os p

adratilde

o de

est

imat

iva

(SEE

) do

s m

odel

os e

stat

iacutestic

os g

erad

os c

om b

ase

na a

naacutelis

e de

reg

ress

otildees

linea

res

muacutel

tipla

s (m

odel

o ba

ckw

ard

step

wis

e) (

n =

36)

Pr

edito

res

Coe

ficie

nte β

(IC

95

) p

r M

odel

o R2 a

just

SE

E

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da A

DP

Con

stan

te

-86

9 (-

176

4 a

026

) 0

06

0

78

346

Mas

sa c

orpo

ral

029

(00

9 a

048

) 0

01

039

Preg

a bi

cipi

tal

046

(00

4 a

088

) 0

03

031

Preg

a ge

min

al

034

(00

5 a

063

) 0

02

028

Pe

rcen

tage

m d

e m

assa

gor

da D

XA

Con

stan

te

-89

8 (-

165

0 a

-14

7)

006

084

3

20

M

assa

cor

pora

l 0

50 (0

34

a 0

66)

001

0

63

Pr

ega

sube

scap

ular

0

29 (-

004

a 0

62)

0

03

019

Preg

a ge

min

al

027

(00

3 a

053

) 0

02

020

IC =

inte

rval

o de

con

fianccedil

a

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 42: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Capiacutetulo IV Discussatildeo e Conclusotildees

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 43: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

32

4 Discussatildeo e conclusotildees

A partir do objetivo geral isto eacute analisar a precisatildeo de equaccedilotildees antropomeacutetricas

para estimar a MG em voleibolistas adolescentes do sexo feminino tendo como

referecircncia as metodologias DXA e ADP seraacute realizada uma discussatildeo dos resultados

com base na literatura disponiacutevel Adicionalmente o objetivo desta secccedilatildeo passa por

sumariar as principais conclusotildees e as suas implicaccedilotildees praacuteticas bem como direccedilotildees

para futuras investigaccedilotildees

Modelos de composiccedilatildeo corporal

Os modelos de composiccedilatildeo corporal servem a necessidade do desenvolvimento de

meacutetodos e equaccedilotildees para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal Todos eles utilizam a

anaacutelise da massa corporal dividindo-a em dois ou mais componentes usando

modelos atoacutemicos (eg oxigeacutenio caacutelcio) moleculares (eg aacutegua proteiacutenas)

celulares (eg fluidos intra e extracelulares soacutelidos) tecidulares (eg tecido

muscular adiposo) e do corpo inteiro (Heymsfield Wang Baumgartner amp Ross

1997 Malina Bouchard amp Bar-Or 2004)

O modelo bicompartimental que divide o corpo em MG e em MIG eacute o mais

utilizado no estudo da composiccedilatildeo corporal Heymsfield et al (1997) resumiram

algumas das criticas a este modelo como por exemplo a sua aplicaccedilatildeo a subgrupos

com densidades de MIG diferentes do valor de referecircncia Estes valores tendem a

variar com a idade o sexo a etnia o niacutevel de gordura corporal e o niacutevel de atividade

fiacutesica dependendo essencialmente das proporccedilotildees relativas da quantidade de aacutegua e

minerais Isto sucede porque o modelo parte do princiacutepio de que as densidades da

gordura e do tecido isento de gordura satildeo constantes para todos os indiviacuteduos e que a

composiccedilatildeo do tecido isento de gordura eacute de 738 de aacutegua 194 de proteiacutena e

68 de componente mineral Os erros podem ser reduzidos se for feita a avaliaccedilatildeo

de mais componentes Contudo as equaccedilotildees antropomeacutetricas utilizadas para a

avaliaccedilatildeo da MG ou MIG tecircm vindo a ser desenvolvidas e validadas para o uso em

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 44: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

33

diferentes populaccedilotildees sendo na sua maioria propostas a partir de modelos

bicompartimentais Eacute nesse sentido que o presente estudo se centrou na anaacutelise da

precisatildeo das equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988)

Os modelos multicompartimentais por sua vez utilizam a avaliaccedilatildeo de trecircs

quatro e mais compartimentos O modelo tricompartimental divide o corpo em MG

aacutegua corporal total e MIG Jaacute o modelo tetracompartimental surge devido ao

aparecimento de teacutecnicas de avaliaccedilatildeo do tecido mineral oacutesseo e divide a

componente mineral da MIG em massa mineral oacutessea e residual (Silva amp Sardinha

2008) Este modelo tem sido alvo de especial atenccedilatildeo pois o excesso de MG eacute um

fator de risco para a sauacutede aleacutem de poder limitar a atividade fiacutesica Contudo a MG

natildeo eacute homogeacutenea divide-se em liacutepidos essenciais (ie componentes vitais das

ceacutelulas satildeo 10 dos liacutepidos totais) e natildeo essenciais (ie trigliceriacutedeos que fornecem

energia e isolamento teacutermico satildeo 90 dos liacutepidos totais) Por outro lado a divisatildeo

da MIG acarreta vaacuterios problemas dado que as teacutecnicas de avaliaccedilatildeo de cada uma das

componentes acarretam uma probabilidade elevada de erro de medida Portanto este

modelo eacute tomado como um complemento e a massa corporal eacute estimada atraveacutes da

soma das componentes avaliadas separadamente No que diz respeito agrave sua aplicaccedilatildeo

em crianccedilas e jovens deve ter-se alguma atenccedilatildeo pois as proporccedilotildees dos

componentes corporais estatildeo sujeitas a variaccedilatildeo derivada do crescimento e

maturaccedilatildeo

Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

Os meacutetodos para determinar a composiccedilatildeo corporal podem ser classificados como

diretos indiretos e duplamente indiretos (Silva amp Sardinha 2008) O meacutetodo direto eacute

o que utiliza a separaccedilatildeo e pesagem de cada um dos componentes do corpo

isoladamente e estabelece relaccedilotildees entre eles e a massa corporal total A dissecaccedilatildeo

de cadaacuteveres eacute a uacutenica metodologia considerada direta por isso eacute tatildeo pouco usada em

estudos Os meacutetodos indiretos servem-se de princiacutepios quiacutemicos e fiacutesicos para

estimar as quantidades de gordura e de massa magra existentes no corpo De entre

estes meacutetodos destacam-se (i) os meacutetodos quiacutemicos como a contagem de potaacutessio

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 45: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

34

reativo (K40 e K42) excreccedilatildeo de creatinina urinaacuteria e (ii) os meacutetodos fiacutesicos como

o ultrassom o raio-X o raio-X de dupla energia a ressonacircncia nuclear magneacutetica e a

densitometria Mas de entre todos a pesagem hidrostaacutetica tem sido considerada

como referecircncia para a validaccedilatildeo de meacutetodos duplamente indiretos Esta baseia-se no

princiacutepio de Arquimedes Os meacutetodos duplamente indiretos mais utilizados satildeo a

bioimpedacircncia e a antropometria que satildeo validados a partir de meacutetodos indiretos

como a pesagem hidrostaacutetica e a absorciometria de raio-X de dupla energia A

presente dissertaccedilatildeo ao reproduzir estas orientaccedilotildees metodoloacutegicas identificou uma

sobrestimativa por parte do meacutetodo antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em

relaccedilatildeo agrave ADP em ambas as equaccedilotildees (Tabela 7) Em contraste com estas

observaccedilotildees estatildeo os resultados que apontam para uma subestimativa no meacutetodo

antropomeacutetrico (Slaughter et al 1988) em relaccedilatildeo agrave DXA (Tabela 8)

Antropometria

Os meacutetodos antropomeacutetricos satildeo aplicaacuteveis em estudos de larga escala sendo mais

utilizados em crianccedilas e adolescentes pela simplicidade de utilizaccedilatildeo facilidade de

interpretaccedilatildeo e menores restriccedilotildees culturais proporcionando uma avaliaccedilatildeo raacutepida

com razoaacutevel precisatildeo (Malina et al 2004) Para o efeito satildeo utilizados

instrumentos portaacuteteis pouco dispendiosos e acessiacuteveis e os procedimentos satildeo

simples e natildeo invasivos (Silva amp Sardinha 2008) Os resultados satildeo contudo menos

precisos e incluem erros de estimativa mais elevados (Lohman amp Going 1998) As

pregas satildeo normalmente incluiacutedas nas equaccedilotildees para estimar a MG por serem

indicadores do tecido adiposo subcutacircneo baseando-se na existecircncia de uma

associaccedilatildeo entre a espessura das pregas e a MG corporal Segundo Lohman e

Going (1998) os valores das pregas apresentam uma estimativa aproximada da

gordura corporal porque 50-70 eacute aqui localizada A equaccedilatildeo matemaacutetica de

estimativa da MG assume que apenas a adiposidade subcutacircnea eacute preditiva da

adiposidade total (Silva amp Sardinha 2008) natildeo considerando a componente

profunda da MG De modo a natildeo maximizar o impacto destas limitaccedilotildees no presente

estudo todas as avaliaccedilotildees foram levadas a cabo por um uacutenico e experiente

observador de acordo com as recomendaccedilotildees teacutecnicas apresentadas por Lohman et

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 46: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

35

al (1988) O mesmo tem reportado na literatura internacional erros teacutecnicos de

medida (~07 mm) e coeficientes de variaccedilatildeo (37-47) baixos (Coelho-e-Silva et

al 2013)

Equaccedilotildees em populaccedilotildees pediaacutetricas

Diferentes autores produziram equaccedilotildees especiacuteficas segundo diferentes estadios de

maturidade etnia e sexo Neste contexto destacam-se as equaccedilotildees desenvolvidas

para adultos para atletas e para crianccedilas e adolescentes (Silva amp Sardinha 2008)

Nos uacuteltimos anos Slaughter tem sido a autora mais referenciada nos estudos

realizados com adolescentes Slaughter et al (1988) utilizaram trecircs metodologias

para predizer a MG com subgrupos especiacuteficos de 241 crianccedilas e jovens (65 preacute-

pubertaacuterios 59 pubertaacuterios e 117 poacutes-pubertaacuterios) e 68 adultos entre os 8 e os 29

anos de idade masculinos e femininos de etnia branca e negra Para o efeito foram

utilizadas diferentes teacutecnicas de avaliaccedilatildeo tendo por base um modelo

tetracompartimental com validade cruzada e mediccedilotildees antropomeacutetricas baseadas no

somatoacuterio de duas pregas adiposas tricipital com a subescapular e tricipital com a

geminal medial Para estimar a densidade corporal foi utilizado o meacutetodo de peso

hidrostaacutetico corrigido para o volume pulmonar residual A aacutegua corporal total foi

determinada atraveacutes da diluiccedilatildeo de oacutexido de deuteacuterio (2H2O) e o conteuacutedo mineral

oacutesseo foi estimado utilizando a DXA

Ao contraacuterio do que se verificou no presente estudo as equaccedilotildees propostas

por Slaughter et al (1988) foram validadas por um estudo de Janz et al (1993) que

procederam agrave validaccedilatildeo cruzada por comparaccedilatildeo da medida criteacuterio das equaccedilotildees de

Slaughter et al (1988) efetuado com um modelo bicompartimental atraveacutes da

pesagem hidrostaacutetica Com uma amostra de 122 participantes com idades entre os 8 e

17 anos apresentou valores de validaccedilatildeo elevados com correlaccedilotildees de r = 079 ndash 099

e erro padratildeo de estimativa entre 36 e 46 Sardinha Going Teixeira e Lohman

(1999) desenvolveram equaccedilotildees preditivas da MG em rapazes e raparigas

portuguesas natildeo atletas com idades compreendidas entre 10 e 15 anos de idade Estas

equaccedilotildees incluiacuteram a idade e o somatoacuterio de trecircs pregas adiposas Outra opccedilatildeo que

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 47: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

36

comeccedila a ganhar destaque na literatura e que pode ser incluiacuteda em futuros estudos

com atletas satildeo as equaccedilotildees antropomeacutetricas propostas por Foster Platt e Zemel

(2012) para sujeitos dos 5 aos 21 anos de idade O estudo foi levado a cabo com 836

crianccedilas e jovens saudaacuteveis (437 do sexo feminino) da Filadeacutelfia na Universidade da

Pensilvacircnia dos Estados Unidos da Ameacuterica Os preditores identificados como

significativos para estimar a massa magra foram a estatura massa corporal a IC o

iacutendice de massa corporal o sexo e a raccedila As equaccedilotildees foram validadas numa

amostra independente de 332 crianccedilas e jovens (projeto NHANES) tendo como

meacutetodo de referecircncia a DXA Mais recentemente foram igualmente validadas numa

amostra de jovens futebolistas portugueses (Valente-Dos-Santos et al 2015)

Pletismografia de ar deslocado

A ADP consiste num meio densitomeacutetrico de determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

com o peso corporal obtido atraveacutes da balanccedila e o volume corporal fornecido pela

aplicaccedilatildeo de leis dos gases no interior de duas cacircmaras Trata-se de um meacutetodo

raacutepido e faacutecil para determinaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal que utiliza a relaccedilatildeo inversa

entre Pressatildeo e Volume baseado na Lei de Boyle (P1V1=P2V2) para determinar o

volume corporal Uma vez determinado este Volume eacute possiacutevel aplicar os princiacutepios

de densitometria para calcular a composiccedilatildeo corporal em que Densidade = Massa

corporal Volume corporal (Higgins et al 2006) Assim a pletismografia revela-se

uma teacutecnica vaacutelida e fiaacutevel para a avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal

comparativamente agrave pesagem hidrostaacutetica (Nunez et al 1999) Tem sido usada

amplamente para estudar a composiccedilatildeo corporal em populaccedilotildees pediaacutetricas que

revelam mais dificuldade em serem submetidos agrave pesagem em imersatildeo

O BOD PODreg (Life Measurement Instruments Concord CA USA) eacute um

pletismoacutegrafo por deslocamento de ar que consiste numa cacircmara dupla balanccedila

electroacutenica acoplada um computador e ldquosoftwarerdquo (versatildeo 325) O ldquosoftwarerdquo

desenvolvido para adultos resulta numa tendecircncia para a aplicaccedilatildeo em crianccedilas e

adolescentes e publicaccedilotildees recentes natildeo demonstram a utilizaccedilatildeo de correcccedilotildees

consistentes especiacuteficas para crianccedilas Bosy-Westphal et al (2005) estudaram as

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 48: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

37

ldquocorreccedilotildees em pletismografia especiacuteficas em crianccedilasrdquo tendo em consideraccedilatildeo a

tendecircncia ou influecircncia desfavoraacutevel das foacutermulas para adultos O BOD PODreg

determina o volume corporal atraveacutes de um meacutetodo de deslocamento de ar Um

elemento perturbador do volume (diafragma amoviacutevel) estaacute montado na parede

comum que separa as duas cacircmaras do aparelho Quando o diafragma eacute oscilado por

controlo a partir do computador produz perturbaccedilotildees complementares do volume

nas duas cacircmaras (iguais em magnitude mas de sinal contraacuterio) Estas perturbaccedilotildees

produzem muito pequenas flutuaccedilotildees de pressatildeo que satildeo analisadas em relaccedilatildeo ao

volume da cacircmara Uma vez que o sujeito reduz o volume da cacircmara atraveacutes do seu

proacuteprio volume corporal eacute possiacutevel determinar o volume corporal por subtraccedilatildeo

entre o volume da cacircmara vazia com o mesmo volume com o sujeito dentro Tecircm de

ser tomadas em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees isoteacutermicas uma vez que o ar nestas

condiccedilotildees eacute mais compressiacutevel Para isso natildeo pode existir ganhos ou perdas de calor

O ar toraacutecico e a superfiacutecie da pele satildeo responsaacuteveis por erros adicionados no caacutelculo

do volume Depois de ser realizada a avaliaccedilatildeo do volume corporal procede-se agrave

avaliaccedilatildeo do volume de gaacutes toraacutecico atraveacutes de um tubo conectado ao sistema

respiratoacuterio do sujeito Esta abordagem ao funcionamento do BOD PODreg foi

estudada por McCrory et al (1995) No presente estudo por razotildees de

funcionalidade operacional o volume de gaacutes toraacutecico foi estimado pela proacutepria

aplicaccedilatildeo do dispositivo a partir da estatura da idade e do sexo

Absorciometria de raio-X de dupla energia

A DXA eacute uma tecnologia relativamente nova que vem sendo reconhecida como

meacutetodo de referecircncia na anaacutelise da composiccedilatildeo corporal Esta teacutecnica parte do

pressuposto de que o corpo eacute formado por 3 compartimentos (minerais oacutesseos

corporais totais tecido mole magro e gordura) todos com densidades diferentes

(Kim et al 2006) As estimativas da DXA de mineral oacutesseo tecido mole e gordura

natildeo costumam ser afetadas pela variaccedilatildeo na composiccedilatildeo quiacutemica da massa isenta de

gordura porque o DXA foi desenvolvido para detetar a variaccedilatildeo na massa mineral

oacutessea Esta teacutecnica tem o potencial para resultados muito precisos

independentemente da idade sexo ou raccedila do avaliado Contudo eacute importante

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 49: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

38

reconhecer que scanners e software de diferentes fabricantes ofereceratildeo resultados

distintos sendo esta uma limitaccedilatildeo da DXA (Lohman amp Chen 2005) O presente

estudo considerou o densitoacutemetro Hologic QDR-4500 de todo o corpo (Hologic Inc

Bedford MA USA) agrave semelhanccedila de estudos recentes da literatura (Foster et al

2012 Valente-Dos-Santos et al 2015)

Estudos com crianccedilas e jovens natildeo atletas e voleibolistas

Buison Ittenbach Stallings e Zemel (2006) levaram a cabo a estudos de validaccedilatildeo da

ADP com recurso a teacutecnicas de regressatildeo linear Foi avaliada a MG em 139

crianccedilas dos 7-10 anos atraveacutes da ADP da DXA e da antropometria tendo sido

concluiacutedo que a ADP eacute vaacutelida como uma metodologia de avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo

corporal em crianccedilas Poreacutem foi reclamada como uma metodologia com menos

vantagens quando comparada com meacutetodos antropomeacutetricos ou DXA

Rodriguez et al (2005) compararam as equaccedilotildees mais utilizadas na literatura

para predizer a MG a partir das pregas adiposas em adolescentes masculinos e

femininos com um meacutetodo de referecircncia (ie DXA) Foram avaliados 238

adolescentes caucasianos (167 femininos e 113 masculinos) com idades

compreendidas entre os 139 aos 179 anos A MG foi calculada atraveacutes das

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) Comparando os valores da prediccedilatildeo da MG com

os valores resultantes da DXA conclui-se que as equaccedilotildees baseadas em pregas de

adiposidade acarretam erros de estimativa mesmo quando os valores meacutedios da

MG entre metodologias natildeo diferem substancialmente

Parker Reilly Slater Wells e Pitsiladis (2003) desenvolveram um estudo

com 42 rapazes saudaacuteveis de 10 a 14 anos para determinar a validade de seis

meacutetodos da avaliaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal comparativamente com um meacutetodo de

referecircncia Utilizou-se a ADP estimando-se a densidade corporal atraveacutes do BOD

PODreg Adicionalmente foram consideradas as equaccedilotildees de Slaughter et al (1988)

a aacutegua corporal total e a BIA (aproximaccedilatildeo atraveacutes do ldquoLeg-to-Legrdquo TANITA e de

ldquoMatildeo-Peacuterdquo BodyState) Este estudo sugeriu que as metodologias de campo e de

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 50: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

39

laboratoacuterio consideradas para estimar a composiccedilatildeo corporal assumem niacuteveis baixos

de validade em adolescentes

Como jaacute foi referido anteriormente o presente estudo reitera as jaacute esperadas

diferenccedilas significativas entre os meacutetodos de referecircncia (ie ADP e DXA) e as

equaccedilotildees de Slaughter et al (1988) indicando que as mesmas natildeo devem ser

utilizadas em jovens voleibolistas femininas A MG das voleibolistas estimada por

ADP apresenta uma meacutedia de 203 e uma amplitude de 277 entre a amostra

(Tabela 5) Estes valores satildeo significativamente mais baixos que aqueles

identificados por DXA (meacutedia de 307 e uma amplitude de 295 Tabela 6) Os

valores encontrados por uma e outra metodologia compreendem os valores meacutedios

239 plusmn 35 de MG (estimados por equaccedilotildees antropomeacutetricas) encontrados por

Nikolaidis (2013) com voleibolistas Gregas adolescentes (153 plusmn 18 anos) Agrave

exceccedilatildeo dos valores encontrados em voleibolistas Oliacutempicas (Copic et al 2014 220

plusmn 37 anos 176 plusmn 34 de MG estimada por bioimpedacircncia) os valores de MG

encontrados na presente amostra aproximam-se da amplitude meacutedia de 222 plusmn 50

a 251 plusmn 19 registada em diferentes amostras de voleibolistas adultas utilizando

meacutetodos indiretos e duplamente indiretos (Bayios et al 2006 Ferris et al 1995

Hakkinen 1993 Malousaris et al 2008 Martin-Matillas et al 2014)

Metodologicamente a mensagem que parece clara atraveacutes da globalidade dos

resultados do presente estudo eacute que independentemente da metodologia de

referecircncia utilizada o conjunto de variaacuteveis que repetidamente se assumem como

preditores de uma equaccedilatildeo especiacutefica para voleibolistas femininas jovens satildeo a

massa corporal prega bicipital ou subescapular e prega geminal medial (Tabela 11)

O indicador de maturaccedilatildeo bioloacutegica considerado no presente estudo (ie de

estatura matura predita) natildeo acrescentou variacircncia explicada em nenhum dos novos

modelos propostos Isto pode dever-se agrave homogeneidade da amostra em termos de

estatura Uma alternativa pode passar pela introduccedilatildeo da idade bioloacutegica (Moore et

al 2014) nas equaccedilotildees antropomeacutetricas

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 51: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

40

41 Limitaccedilotildees e direccedilotildees para futuras investigaccedilotildees

O propoacutesito desta secccedilatildeo passa por identificar aspetos transversais a todo o trabalho que

resultam num conjunto de questotildees merecedoras de ser integradas em futuras pesquisas

Validar a informaccedilatildeo deste trabalho considerando a avaliaccedilatildeo de uma amostra

com um nuacutemero mais elevado de atletas De acordo com Hair Anderson

Tatham e Black (1998) o nuacutemero de participantes desejaacutevel situa-se entre 15

e 20 por cada variaacutevel independente

Ampliar a anaacutelise considerando a variaccedilatildeo associada ao grupo etaacuterio

niacutevel de praacutetica desportiva e posiccedilatildeo ocupada em campo pelas atletas

Proceder ao controlo da qualidade dos dados determinando o erro

teacutecnico de medida e o coeficiente de fiabilidade das variaacuteveis

consideradas

Alargar o espetro de preditores incluindo por exemplo a idade

cronoloacutegica ou bioloacutegica (ie dada pelo maturity offset) a massa

corporal e a estatura para tentar elevar a porccedilatildeo de MG relativa

suscetiacutevel de ser estimada com equaccedilotildees antropomeacutetricas de superfiacutecie

42 Conclusotildees e implicaccedilotildees praacuteticas

De acordo com os resultados do presente estudo podemos concluir que

As jogadoras de voleibol feminino possuem menarca em meacutedia aos

128plusmn09 anos o que eacute ligeiramente superior aos 123plusmn13 anos calculados

por Padez (2003)

A presente amostra estando em meacutedia a 994 da estatura matura

estimada possui um valor meacutedio de estatura e de massa corporal

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 52: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

41

ligeiramente abaixo da curva do percentil 75 por cento da estatura para a

idade e da massa corporal para a idade publicados Malina et al (2004)

Para a nossa amostra com 36 efetivos a meacutedia da MG varia entre

235 e 267 de acordo com as equaccedilotildees propostas por Slaughter et al

(1988) respetivamente quando se determina com base na prega tricipital

e geminal medial e com base no somatoacuterio das pregas tricipital e

subescapular A meacutedia da MG determinada por ADP eacute 202 e por

DXA eacute ligeiramente mais elevada sendo de 307

As diferenccedilas entre os valores determinados por ADP e equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo estatisticamente

significativas

As diferenccedilas entre as meacutedias estimadas por DXA e as equaccedilotildees

antropomeacutetricas propostas por Slaughter et al (1988) satildeo igualmente

estatisticamente significativas

A associaccedilatildeo entre as metodologias ADP e DXA com as equaccedilotildees

antropomeacutetricas decorrentes da utilizaccedilatildeo de pregas tricipital e

subescapular variam entre 065 e 074 sugerindo uma substancial porccedilatildeo

da variacircncia natildeo sobreposta entre os dois meacutetodos

A associaccedilatildeo entre as tecnologias referidas no ponto anterior e as

equaccedilotildees antropomeacutetricas resultantes das pregas tricipital e geminal

medial varia entre 074 e 078 o que implica uma variacircncia explicada

sempre abaixo dos 65 partilhada entre as metodologias

A prega bicipital eacute aquela que sugere maior associaccedilatildeo aos valores da

MG determinada por ADP e o mesmo acontece quando a variaacutevel

MG eacute determinada por DXA Curiosamente esta prega natildeo foi

utilizada e explorada pelo estudo de Slaughter et al (1988)

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 53: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Discussatildeo e conclusotildees

42

Aparentemente eacute possiacutevel estimar 78 da variacircncia da MG recorrendo

agrave massa corporal agrave prega bicipital e agrave prega geminal medial quando a

referecircncia isto eacute a variaacutevel dependente eacute a MG determinada por ADP

De idecircntico modo relativamente ao ponto anterior quando a referecircncia eacute

a MG determinada por DXA eacute possiacutevel obter um modelo explicativo

de 84 da variacircncia inter-individual a partir da massa corporal da prega

subescapular e da prega geminal medial

O presente estudo permitiu extrair um conjunto de conclusotildees cujas implicaccedilotildees

praacuteticas se assumem do interesse de treinadores e de outros profissionais envolvidos

no voleibol feminino Considerando as limitaccedilotildees jaacute enunciadas Deve existir

prudecircncia na aplicaccedilatildeo de equaccedilotildees dedicadas a determinaccedilatildeo da MG que foram

extraiacutedas de amostras que natildeo foram sujeitas a uma praacutetica desportiva sistemaacutetica

Ainda que com recurso a tecnologias laboratoriais as comparaccedilotildees interindividuais

de MG devem ser feitas entre metodologias similares e nunca entre valores obtidos

por diferentes meacutetodos de referecircncia Por fim a equaccedilatildeo resultante da regressatildeo

linear muacuteltipla tendo como referecircncia a MG determinada por DXA apresenta um

erro padratildeo de estimativa relativamente baixo e uma porccedilatildeo de variacircncia explicada

proacutexima de equaccedilotildees altamente difundidas na literatura Com efeito face agrave

inexistecircncia de equaccedilotildees especiacuteficas para este segmento de atletas a equaccedilatildeo

derivada do presente estudo pode assumir-se como uma forma de obter informaccedilatildeo

relativa agrave composiccedilatildeo corporal de jovens voleibolistas com caracteriacutesticas similares

agrave presente amostra de forma natildeo invasiva e raacutepida Operacionalmente este registo

permite o controlo sistemaacutetico de um dos preditores identificado como fator que

afeta significativamente o desempenho desportivo da voleibolista

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 54: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

43

Referecircncias bibliograacuteficas

Amasay T (2008) Static block jump techniques in volleyball upright versus squat

starting positions J Strength Cond Res 22(4) 1242-1248

Barnes J L Schilling B K Falvo M J Weiss L W Creasy A K amp Fry A

C (2007) Relationship of jumping and agility performance in female

volleyball athletes J Strength Cond Res 21(4) 1192-1196

Bayios I A Bergeles N K Apostolidis N G Noutsos K S amp Koskolou M D

(2006) Anthropometric body composition and somatotype differences of

Greek elite female basketball volleyball and handball players J Sports Med

Phys Fitness 46(2) 271-280

Bosy-Westphal A Danielzik S Becker C Geisler C Onur S Korth O

Muller M J (2005) Need for optimal body composition data analysis using

air-displacement plethysmography in children and adolescents J Nutr

135(9) 2257-2262

Buison A M Ittenbach R F Stallings V A amp Zemel B S (2006)

Methodological agreement between two-compartment body-composition

methods in children Am J Hum Biol 18(4) 470-480

Cardinale M amp Lim J (2003) Electromyography activity of vastus lateralis

muscle during whole-body vibrations of different frequencies J Strength

Cond Res 17(3) 621-624

Coelho-e-Silva M J Malina R M Simoes F Valente-Dos-Santos J Martins R

A Vaz Ronque E R Sardinha L B (2013) Determination of thigh

volume in youth with anthropometry and DXA agreement between

estimates Eur J Sport Sci 13(5) 527-533

Copic N Dopsaj M Ivanovic J Nesic G amp Jaric S (2014) Body composition

and muscle strength predictors of jumping performance differences between

elite female volleyball competitors and nontrained individuals J Strength

Cond Res 28(10) 2709-2716

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 55: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

44

Dempster P amp Aitkens S (1995) A new air displacement method for the

determination of human body composition Medicine and Science in Sports

and Exercise 27(12) 1692-1697

Epstein L H Valoski A M Kalarchian M A amp McCurley J (1995) Do

children lose and maintain weight easier than adults a comparison of child

and parent weight changes from six months to ten years Obes Res 3(5) 411-

417

Ferris D P Signorile J F amp Caruso J F (1995) The relationship between

physical and physiological variables and volleyball spiking velocity J

Strength Cond Res 9(1) 32-36

Foster B J Platt R W amp Zemel B S (2012) Development and validation of a

predictive equation for lean body mass in children and adolescents Annals of

Human Biology 39(3) 171-182

Gonzalez-Rave J M Arija A amp Clemente-Suarez V (2011) Seasonal changes in

jump performance and body composition in women volleyball players J

Strength Cond Res 25(6) 1492-1501

Gualdi-Russo E amp Zaccagni L (2001) Somatotype role and performance in elite

volleyball players J Sports Med Phys Fitness 41(2) 256-262

Hair J F Anderson R E Tatham R L amp Black W C (1998) Multivariate data

analysis (5ordf ed) Upper Saddle River Prentice Hall

Hakkinen K (1993) Changes in physical fitness profile in female volleyball players

during the competitive season J Sports Med Phys Fitness 33(3) 223-232

Hall R Barber Foss K Hewett T E amp Myer G D (2015) Sport specializations

association with an increased risk of developing anterior knee pain in

adolescent female athletes J Sport Rehabil 24(1) 31-35

Heymsfield S B Wang Z Baumgartner R N amp Ross R (1997) Human body

composition advances in models and methods Annual review of nutrition

17 527-558

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 56: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

45

Higgins P B Silva A M Sardinha L B Hull H R Goran M I Gower B A

amp Fields D A (2006) Validity of new child-specific thoracic gas volume

prediction equations for air-displacement plethysmography BMC Pediatr 6

18

Hopkins W G Marshall S W Batterham A M amp Hanin J (2009) Progressive

statistics for studies in sports medicine and exercise science [Review]

Medicine and Science in Sports and Exercise 41(1) 3-13

Janssen I Brown N A Munro B J amp Steele J R (2015) Variations in jump

height explain the between-sex difference in patellar tendon loading during

landing Scand J Med Sci Sports 25(2) 265-272

Janz K F Nielsen D H Cassady S L Cook J S Wu Y T amp Hansen J R

(1993) Cross-validation of the Slaughter skinfold equations for children and

adolescents Medicine and Science in Sports and Exercise 25(9) 1070-1076

Khamis H J amp Roche A F (1994) Predicting adult stature without using skeletal

age the Khamis-Roche method Pediatrics 94(4 Pt 1) 504-507

Kim J Shen W Gallagher D Jones A Jr Wang Z Wang J Heymsfield

S B (2006) Total-body skeletal muscle mass estimation by dual-energy X-

ray absorptiometry in children and adolescents The American journal of

clinical nutrition 84(5) 1014-1020

Lawson B R Stephens T M Devoe D E amp Reiser R F (2006) Lower-

extremity bilateral differences during step-close and no-step

countermovement jumps with concern for gender J Strength Cond Res

20(3) 608-619

Lohman T G (1986) Applicability of body composition techniques and constants

for children and youths Exercise and sport sciences reviews 14 325-357

Lohman T G amp Chen Z (2005) Dual-energy x-ray absorptiometry In S B

Heymsfield T G Lohman Z M Wang amp S B Going (Eds) Human Body

Composition (pp 63ndash78) Champaign IL Human Kinetics

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 57: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

46

Lohman T G amp Going S (1998) Assessment of body composition and energy

balance In D R Lamb amp R Murray (Eds) Perspectives in exercise science

and sports medicine Exercise nutrition and control of body weight (Vol 11

pp 61-106) Carmel Cooper Publication Group

Lohman T G Roche A F amp Martorell R (1988) Anthropometric

standardization reference manual Champaign IL Human Kinetics

Malina R Bouchard C amp Bar-Or O (2004) Growth maturation and physical

activity (2nd ed) Champaign IL Human Kinetics

Malina R M Cumming S P Kontos A P Eisenmann J C Ribeiro B amp

Aroso J (2005) Maturity-associated variation in sport-specific skills of

youth soccer players aged 13-15 years J Sports Sci 23(5) 515-522

Malousaris G G Bergeles N K Barzouka K G Bayios I A Nassis G P amp

Koskolou M D (2008) Somatotype size and body composition of

competitive female volleyball players J Sci Med Sport 11(3) 337-344

Martin-Matillas M Valades D Hernandez-Hernandez E Olea-Serrano F

Sjostrom M Delgado-Fernandez M amp Ortega F B (2014)

Anthropometric body composition and somatotype characteristics of elite

female volleyball players from the highest Spanish league J Sports Sci

32(2) 137-148

McCrory M A Gomez T D Bernauer E M amp Mole P A (1995) Evaluation

of a new air displacement plethysmograph for measuring human body

composition Medicine and Science in Sports and Exercise 27(12) 1686-

1691

Mirwald R L Baxter-Jones A D Bailey D A amp Beunen G P (2002) An

assessment of maturity from anthropometric measurements Med Sci Sports

Exerc 34(4) 689-694

Moore S A McKay H A Macdonald H Nettlefold L Baxter-Jones A D

Cameron N amp Brasher P M (2014) Enhancing a Somatic Maturity

Prediction Model Med Sci Sports Exerc doi

101249MSS0000000000000588

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 58: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

47

Mroczek D Januszkiewicz A Kawczynski A S Borysiuk Z amp Chmura J

(2014) Analysis of male volleyball players motor activities during a top

level match J Strength Cond Res 28(8) 2297-2305

Nikolaidis P T (2013) Body mass index and body fat percentage are associated

with decreased physical fitness in adolescent and adult female volleyball

players J Res Med Sci 18(1) 22-26

Nunez C Kovera A J Pietrobelli A Heshka S Horlick M Kehayias J J

Heymsfield S B (1999) Body composition in children and adults by air

displacement plethysmography Eur J Clin Nutr 53(5) 382-387

Padez C (2003) Secular trend in stature in the Portuguese population (1904-2000)

Ann Hum Biol 30(3) 262-278

Parker L Reilly J J Slater C Wells J C amp Pitsiladis Y (2003) Validity of six

field and laboratory methods for measurement of body composition in boys

Obes Res 11(7) 852-858

Rodriguez G Moreno L A Blay M G Blay V A Fleta J Sarria A

Group A V-Z S (2005) Body fat measurement in adolescents comparison

of skinfold thickness equations with dual-energy X-ray absorptiometry Eur J

Clin Nutr 59(10) 1158-1166

Rousanoglou E N Barzouka K G amp Boudolos K D (2013) Seasonal changes

of jumping performance and knee muscle strength in under-19 women

volleyball players J Strength Cond Res 27(4) 1108-1117

Sardinha L B Going S B Teixeira P J amp Lohman T G (1999) Receiver

operating characteristic analysis of body mass index triceps skinfold

thickness and arm girth for obesity screening in children and adolescents Am

J Clin Nutr 70(6) 1090-1095

Silva A M amp Sardinha L B (2008) Adiposidade corporal meacutetodos de avaliaccedilatildeo

e valores de referecircncia Nutriccedilatildeo Exerciacutecio e Sauacutede (pp 135-180) Lidel

Ediccedilotildees teacutecnicas

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 59: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Referecircncias bibliograacuteficas

48

Silva M Lacerda D amp Vicente J P (2013) Match analysis of discrimination

skills according to the setter attack zone position in high level volleyball

International Journal of Performance Analysis in Sport 13(2) 452-460

Slaughter M H Lohman T G Boileau R A Horswill C A Stillman R J

Van Loan M D amp Bemben D A (1988) Skinfold equations for estimation

of body fatness in children and youth Hum Biol 60(5) 709-723

Valente-Dos-Santos J Coelho E S M J Tavares O M Brito J Seabra A

Rebelo A Malina R M (2015) Allometric modelling of peak oxygen

uptake in male soccer players of 8-18 years of age Ann Hum Biol 42(2)

125-133

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 60: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

Apecircndices Termo de Consentimento

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 61: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens

TERMO DE CONSENTIMENTO

Sauacutede de Jovens Atletas

A sauacutede da jovem atleta tem merecido a melhor atenccedilatildeo do CIDAF (Centro

de Investigaccedilatildeo do Desporto e Atividade Fiacutesica) Nesse sentido estamos a

empreender um projeto com atletas de voleibol onde pretendemos apreciar

comparativamente a composiccedilatildeo corporal avaliada por pletismografia de ar

deslocado composiccedilatildeo apendicular da coxa forccedila dos extensores e dos flexores do

joelho avaliada por dinamoacutemetro isocineacutetico a 60ordm e 180ordm por segundo forccedila

explosiva dos membros inferiores e tambeacutem o conteuacutedo mineral oacutesseo por

metodologia DXA Esta dimensatildeo seraacute realizada numa cliacutenica especializada por um

teacutecnico especializado e habilitado sem encargos para os participantes no estudo A

metodologia apontada eacute inoacutecua e corresponde aos exames regularmente prescritos

por meacutedicos de unidades de sauacutede familiar Os resultados seratildeo individuais e

confidencialmente comunicados agraves jovens e famiacutelias ficando agrave vossa disposiccedilatildeo para

qualquer contacto adicional que julgue necessaacuterio

Eu __________________________________________________________

encarregado de educaccedilatildeo da atleta

____________________________________________________________________

venho por este meio autorizar a participaccedilatildeo do meu educando no estudo nas

condiccedilotildees que me foram apresentadas

Estatura Pai (conforme BI)

Estatura Matildee (conforme BI)

__ ____________________ ____________

Investigadores Responsaacuteveis

Mestre Filipe Simotildees e Mestranda Alexandra Agostinho

(assinatura)

Page 62: COMPOSIÇÃO CORPORAL EM VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO …§ão... · VOLEIBOLISTAS ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Concordância entre as metodologias absorciometria de ... e Jovens