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Page 1: Comportamento Defletométrico de Pavimento Reforçado com ... · A classificação do solo segundo os sistemas ... H.R.B e MCT são respectivamente, CL-ML, A-7-6 e NS’. ... destes

Comportamento Defletométrico de Pavimento Reforçado com

Geogrelha.

Lidia Pacheco Miranda

PUC-Rio, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]

Michéle Dal Toé Casagrande

PUC-Rio, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]

Laura Maria Goretti da Motta

UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]

RESUMO: A presente pesquisa pretende demostrar que a utilização de um tipo de geossintéticos

como material de reforço pode ser benéfico para melhorar as condições estruturais do pavimento,

assim também que uma avaliação baseada na medição das deflexões ocorridas no pavimento se

converte numa ferramenta aceitável para os estudos do estado situacional do pavimento.

O trabalho consistiu na análise do comportamento mecânico de um pavimento experimental, com a

inserção de geogrelha como material de reforço da camada de base. O pavimento experimental foi

desenvolvido em um modelo físico de concreto armado de verdadeira grandeza no qual foi

conformado o subleito de 100 cm de espessura e uma camada de base de brita de 20 cm de

espessura, compactados na sua umidade ótima, toda a superfície desta unidade foi protegida com

uma emulsão asfáltica com a finalidade de conservar a umidade de compactação.

A estrutura antes descrita foi submetida à aplicação de carregamento por impacto e à variação de

umidade do material do subleito. O equipamento utilizado foi do tipo deflectometro de impacto para

cargas baixas denominado LWD (Light Weight Deflectometer). Na estrutura conformada analisou-se

a deformabilidade do pavimento.

A comparação entre os deslocamentos da estrutura reforçada e não reforçada permitiu determinar a

influência do reforço mostrando-se eficiente na redução dos deslocamentos superficiais verticais.

PALAVRAS-CHAVE: Geogrelha, Carregamento por Impacto, Pavimento Reforçado, Equipamento

LWD.

1 INTRODUÇÃO

O estado da estrutura do pavimento das estradas

pode se determinar através da avaliação de seu

comportamento estrutural ou funcional. Na

atualidade tem-se equipamentos e metodologias

próprias para determinar tais avaliações. A

medição das deflexões consiste numa

metodologia válida para determinar o estado

estrutural do pavimento, devido aos resultados

obtidos nas repetidas experiências nas estradas

no mundo, especialmente no âmbito de América

do Sul.

Hoje em dia, os materiais de reforço

conseguem ter maior importância e uso nas

obras geotécnicas pela praticidade no processo

construtivo do projeto. A utilização destes

materiais, contribuem para a minimização de

impactos ambientais, eliminando o emprego de

técnicas construtivas que comprometem a

integridade do ambiente natural, em geral poder

proporcionar o aumento de vida útil das

estruturas projetadas.

Uma adequada avaliação estrutural do

pavimento, neste caso não destrutiva, permite

inferir as características de deformabilidade da

estrutura sob carregamento estático ou

dinâmico. Para tal fim podem ser utilizados

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equipamentos tipo “Falling Weight

Deflectometer” que transferem ao pavimento

uma carga dinâmica de impacto. A comparação

das deflexões registradas pelo LWD para a

estrutura do pavimento sem e com reforço

situado na interface subleito-base, determinou a

influência da geogrelha no incremento da vida

útil do pavimento.

O uso do modelo físico de pavimento de

verdadeira grandeza, situado no Laboratório de

Geotecnia da COPPE/UFRJ, é uma ótima

ferramenta de pesquisa por permitirem

aproximação maior com a situação de campo, e

sendo devidamente instrumentado, contribuem a

obter resultados que permitem avaliar o

comportamento de um pavimento.

Neste contexto, o presente trabalho avaliou o

comportamento da estrutura de um pavimento

experimental, através da medição das deflexões,

construído com materiais típicos da cidade do

Rio de Janeiro e também aborda o estudo do

geossintéticos que podem melhorar o

comportamento estrutural do pavimento.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Os ensaios do programa experimental desta

pesquisa foram realizados no Laboratório de

Geotecnia/Pavimentos da COPPE/UFRJ. A

continuação é descrito os materiais e os

métodos utilizados nesta pesquisa.

2.1 Materiais

2.1.1 Solo fino

O solo fino para compor a camada do subleito

foi escolhido propositalmente com

características de baixa qualidade como material

de fundação de um pavimento. Foi selecionado

um solo saprolítico, visualmente contendo silte,

proveniente do Município de Belford Roxo, no

Estado de Rio de Janeiro. Na Figura 1 é

mostrado a aparência física do solo armazenado

nas instalações do laboratório.

Os ensaios a que foram submetidos o

materiais da presente pesquisa foram realizados

com a finalidade de obter parâmetros de

referência a serem utilizados para analisar o

comportamento geotécnico do material.

Figura 1. Armazenamento do solo utilizado como

subleito

A classificação do solo segundo os sistemas

S.U.C.S., H.R.B e MCT são respectivamente,

CL-ML, A-7-6 e NS’. O material foi

compactado na energia intermediária do ensaio

Proctor (DNER-ME 129/94). Também foi

realizado o ensaio para a determinação do índice

de suporte Califórnia (CBR) (DNER ME

049/94). Os resultados destes ensaios são

apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Resultados dos ensaios do solo do subleito.

Energia de

compactação

Wot

(%)

ρdmax

(g/cm 3)

CBR

(%)

P. Intermediária 17 1,746 6

2.1.2 Brita

A camada de base foi composta por uma brita

graduada, faixa DIRENG. Este material é

proveniente da Pedreira EMASA, localizada em

Senador Camará, no Estado de Rio de Janeiro,

sendo a rocha matriz classificada como quartzo

monzonito.

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Figura 2. Aparência física da brita.

A classificação da brita segundo os sistemas

S.U.C.S. e H.R.B são respectivamente, GW, A-

1a. O material foi compactado na energia

modificada do ensaio Proctor (DNER-ME

129/94). Foi realizado o ensaio para a

determinação do índice de suporte Califórnia

(CBR) (DNER ME 049/94). Os resultados

destes ensaios são apresentados na Tabela 2.

Também o agregado usado foi submetido ao

ensaio de Abrasão “Los Angeles” (DNER-ME

035/98) e apresentou uma perda da ordem de

43%, valor abaixo do limite de 55% para

materiais utilizados na construção de bases de

pavimentos rodoviários estabilizados

granulometricamente.

Tabela 2. Resultados dos ensaios da brita.

Energia de

compactação

Wot

(%)

ρdmax

(g/cm 3)

CBR

(%)

P. Modificada 5,4 2,257 208,6

2.1.3 Elemento de reforço de base

O elemento de reforço utilizado na presente

pesquisa foi a geogrelha de polipropileno. Este

produto é produzido de filamentos de

polipropileno de alta tenacidade, com

revestimento protetor polimérico de elevada

rigidez e apresenta malha de abertura de 40 mm.

Este modelo de geogrelha possui elevada

resistência ao arrancamento e é capaz de

mobilizar elevadas cargas de tração a níveis de

deformação muito baixos segundo o manual do

fabricante. A Tabela 3 apresenta as

especificações técnicas fornecidas pelo

fabricante da geogrelha em questão.

Tabela 3. Especificações técnicas da geogrelha, Fonte:

Huesker (Agosto, 2010)

Propriedade Unidade Método Valor

Abertura de malha nominal mm 40

Módulo de rigidez à tração

nominal (à 2% de

deformação)

KN/m ABNT

12.824 600

Deformação máxima na

resistência nominal %

ABNT

12.824 10

Coeficiente de interação ASTM D

6706 ≥ 0,95

2.2 Métodos

Se descreverão o equipamento e os detalhes de

execução dos ensaios.

2.2.1 Tanque teste de pavimentos

O modelo físico de grandes dimensões utilizado

nesta pesquisa, denominado de “Tanque-Teste”

de Pavimentos, foi desenvolvido por Silva

(2009).

O “Tanque-Teste” foi utilizado para simular

um pavimento com dimensões próximas das

reais em campo, principalmente às espessuras

das camadas. A área interna do Tanque é 4,0 m2

e altura 1,80 m, sendo seu volume interno de

aproximadamente 8,0 m3, com paredes duplas

de concreto armado com 0,20 m de espessura.

Este tanque se encontra num prédio de 29,0 m2

de área aproximadamente, localizado no

Laboratório de Geotecnia da COPPE/UFRJ,

bloco anexo ao Centro de Tecnologia, na cidade

Universitária da UFRJ, Ilha do Fundão, no Rio

de Janeiro.

2.2.2 Estrutura do pavimento experimental no

Tanque-Teste

As espessuras das camadas do pavimento

experimental construído no “Tanque-Teste”

foram concebidas a partir de estruturas típicas.

O pavimento experimental foi composto por

uma camada de drenagem de lastro de brita (1”)

com espessura de 0,14 m, de uma camada

considerada como subleito de 1,00 m de

espessura e uma camada de base de 0,20 m de

espessura.

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Além da estrutura conformada o Tanque foi

implementado com sistema de instrumentação e

aquisição de dados, que permitiram avaliar o

comportamento da estrutura frente à aplicação

de carga por impacto e à variação da umidade

do subleito. Assim também foi utilizado o

sistema de umedecimento do tanque para o

processo de saturação do subleito. Na Figura 3

está apresentada esquematicamente a estrutura

de pavimento construída, com a instrumentação.

Figura 3. Esquema das camadas do pavimento com a

instrumentação instalada.

2.2.3 Sistema de carregamento e

instrumentação

O sistema responsável pela geração do

carregamento por impacto é o equipamento

Light Weight Deflectometer (LWD) que é

operado de forma manual. O equipamento é

composto por uma célula de carga de alta

precisão que mede o valor máximo da força de

impacto da queda de um peso de 15 kg

acoplado a uma placa de carga com diâmetro de

30 cm, conforme a Figura 4. O valor máximo da

força de impacto é baseado em medidas de

célula de carga e os deslocamentos (deflexões)

que são medidos em até 3 sensores, que ficam

posicionados a diferentes distâncias em relação

ao centro da placa. O software de coleta de

dados exibe na tela do Palm Top o Módulo de

resiliência da superfície e um gráfico de histórico

em tempo real.

Figura 4. Equipamento na posição de uso para medir

deflexão.

A instrumentação utilizada nessa pesquisa foi

composta por: dispositivos de medição de

umidade TDRs (Refletômetros no Domínio do

Tempo) e de sucção TAC (Tensiômetros de

Alta Capacidade) que permitiram avaliar a

variação da umidade do subleito, distribuídos a

diferentes profundidades no interior das

camadas do pavimento, tal como é mostrado na

Figura 5.

Figura 5. Colocação da instrumentação nas camadas

conformadas.

3 PROGRAMA EXPERIMENTAL

3.1 Programa dos ensaios realizados no

modelo físico “Tanque-Teste”

Com o propósito de verificar a eficiência e o

benefício do uso da geogrelha na estrutura de

pavimentos flexíveis como reforço na camada de

base de pavimento, foi avaliado a resposta do

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material de reforço mediante a medida das

deflexões na superfície da seção de pavimento

devido ao carregamento por impacto imposto

sobre a estrutura. Foi testada a situação não

reforçada e reforçada quando a estrutura do

pavimento foi saturada até o nível do subleito.

A Figura 6 mostra a estrutura do pavimento

na qual foi avaliada o comportamento mecânico

do pavimento, para as três etapas de ensaios no

“Tanque Teste”.

Figura 6. Estrutura do pavimento para as três etapas de

ensaios no “Tanque-Teste”.

Após a construção da estrutura básica subleito –

base dentro do modelo físico, considerando-se a

situação típica de pós - construção com as

camadas compactadas nas respectivas umidades

ótimas, esta configuração foi submetida aos

ciclos de carregamento com os dois sistemas.

Na sequência, foram feitas mais três etapas

como explicado a seguir;

1. Foi retirada a camada de base, colocada

a geogrelha sobre o subleito e refeita a base,

sendo que este material de reforço foi

devidamente ancorado ao solo do subleito,

aplicando-se em seguida as cargas;

2. Foi mudada a condição de umidade do

subleito, mediante inundação até o topo do

subleito sob a estrutura reforçada, e submetida a

estrutura às cargas.

3. Foi retirada a camada de base e a

geogrelha ainda com o subleito inundado e

novamente foi conformada a camada de base, e

submetida às cargas.

3.2 Metodologia

O ensaio dinâmico de impacto através do LWD

foi realizado em três pontos sobre a superfície

do pavimento experimental para cada etapa do

programa experimental seguindo o esquema

mostrado na Figura 7, decidido de forma

condicionada pela geometria da instrumentação

existente no experimento. Cada ponto foi

ensaiado três vezes, e se obtêm a média das

deflexões resultantes e o valor de módulo de

resiliência.

Figura 7. Esquema de realização de ensaios.

4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Os resultados decorrentes da execução dos

ensaios realizados com o LWD são

apresentados a continuação. Na Tabela 4

apresentam-se os resultados do ensaio referentes

à deformabilidade da estrutura do pavimento

reforçada com o subleito - compactado na

umidade ótima decorrente da aplicação de carga

do LWD. Foi realizado este ensaio para ter uma

referência do comportamento do pavimento

reforçado em condições de umidade ótimas no

desempenho do pavimento. Na Tabela 4

apresentam-se os resultados logo acabado o

ensaio pelo equipamento LWD.

Tabela 4. Resultados do ensaio sobre a estrutura do

pavimento reforçado – subleito na umidade ótima.

Pont

o 1 2 3

Desl

ocam

en

tos

elá

stic

os

(mm

)

Leitur

a Média

Leitura Média

Leitur

a Média

0,509

0,465

0,496

0,481

0,412

0,450

0,467 0,466 0,450

0,437

0,480 0,471

du

lo d

e

Resi

lien

cia

(MP

a)

72,6

75,0

70,3

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Analisando-se os resultados da Tabela 4,

pode-se observar que nos três pontos de

aplicação de carga do LWD se obtêm valores de

deslocamentos elásticos (deflexão) próximos.

Assim também foram realizados os ensaios

para as duas etapas mais programadas.O

segundo foi quando o subleito foi submetido à

saturação, considerando-se tal situação como a

mais severa, então foi aplicada a carga para a

estrutura reforçada.

A saturação do subleito foi realizada

mediante ascensão capilar e o avanço da franja

foi monitorada pelas leituras diárias feitas pelos

TDRs que indicaram o valor da umidade em

cada camada de 20 cm do subleito, ao momento

que estabilizaram tais medições supõe-se a

saturação do material do subleito, a continuação

foi aplicado o carregamento a través do LWD

para assim continuar com o terceiro ensaio para

o qual foi retirado o reforço e manteve-se a

situação de umidade de saturação para logo

aplicar o mesmo tipo de carregamento dos

ensaios anteriores.

Apresenta-se a continuação as deflexões

obtidas nos últimos ensaios, quando o subleito

esteve saturado para a situação da estrutura

reforçada e não reforçada. Para fins

comparativos também é apresentada a variável

do módulo de resiliência obtida para cada

ensaio. Este valor é dado pelo equipamento, sem

interferência do operador e deve ser considerado

como estimativa da rigidez sob as condições do

ensaio de impacto.

A Tabela 5 mostra o resumo das

deformações e módulos de resiliência dos

ensaios em comparação.

Tabela 5. Deflexões e módulos de resiliência obtidos com

o ensaio do LWD no Tanque Teste.

Variável

Ponto

de

análise

Estrutura

reforçada

(subleito

inundado)

Estrutura não

reforçada

(subleito

inundado)

Deflexão

(mm)

(1) 1,506 1,756

(2) 0,950 1,422

(3) 1,127 1,337

Módulo de

Resiliência

(MPa)

(1) 22,4 19,2

(2) 35,5 23,7

(3) 30,0 25,2

Para o ensaio sobre a estrutura reforçada

após a saturação do subleito as deflexões

registradas nos três pontos de análise

apresentaram significativa diferença, sobretudo

no ponto de ensaio “1”. Isto pode ter acontecido

porque nesta condição de umidade do subleito, a

acomodação das partículas do subleito pode ter

sido diferente em cada seção do ponto

considerado para este ensaio, e, a cada aplicação

do impacto ter tido diferentes respostas de

distribuição das tensões.

Para a situação não reforçada, os resultados

obtidos mostram que as deflexões registradas

neste ensaio aumentaram se comparadas às

desenvolvidas no ensaio com a estrutura

reforçada também com o subleito saturado. O

aumento das deflexões que ocorreu com a

retirada do material de reforço, confirma o

efeito positivo que tem a geogrelha para

prolongar a vida útil do pavimento.

Nos ensaios realizados na estrutura reforçada

e não reforçada com o subleito inundado, a

inserção da geogrelha no pavimento gerou uma

redução na deflexão. Essa redução nos pontos

1, 2 e 3 foi de 14%, 33% e 15%

respectivamente. Pela similitude na percentagem

de redução para os pontos 1 e 3 pode-se

concluir que a inserção da geogrelha reduziu as

deflexões em 14%.

Os resultados das deflexões e dos módulos

de resiliência para as estruturas reforçadas

refletem a perda de rigidez do subleito quando a

estrutura é submetida a saturação, que

compromete a vida útil do pavimento.

5 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos nos ensaios realizados

indicam que a utilização da geogrelha como

material de reforço na camada de base colocada

na interface subleito - base mostrou ser eficiente

na redução das deflexões superficiais, na

condição mais severa de umidade do subleito

(saturado). A presença da geogrelha também

resultou mecanismo que se expressa num

aumento no valor de módulo de resiliência para

cada ponto analisado. Conclui-se que

expectativa de melhoria da vida útil do

pavimento deve - se à que a inclusão da

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geogrelha se reflete num módulo equivalente

maior. O emprego do LWD para a avaliação do

comportamento mecânico do pavimento

experimental mostrou-se eficiente, sendo uma

ferramenta recomendável para estudos

deflectométricos de forma pontual. A

instrumentação com o TDR destinada ao

monitoramento da umidade do subleito do

“Tanque-Teste” forneceu resultados

satisfatórios face às duas situações de umidade

consideradas para os ensaios. A caracterização e

estudo do solo do subleito proveniente de uma

jazida local do Estado do Rio de Janeiro

permitiu contribuir com o catálogo de materiais

destinados a obras rodoviárias. É importante

mencionar que os resultados e as conclusões da

presente pesquisa, restringem-se aos materiais e

às condições dos ensaios realizados, sendo

necessário um aprofundamento dos estudos

realizados para uma eventual generalização.

AGRADECIMENTOS

À PUC-Rio, à UFRJ e à CAPES pelos auxílios

concedidos, sem os quais este trabalho não

poderia ter sido realizado.

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