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Fábio Lopes Soares (1) ; Edson Jorge da Silva Cruz Júnior (2) ; Jacques Douglas Pereira do Nascimento (2) (1) Departamento de Engenharia Civil – UFPB – João Pessoa/PB (2) Engenheiro Civil - Engeobase Engenharia de Fundações Ltda. – João Pessoa/PB. COMPORTAMENTO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUA DE PEQUENO DIÂMETRO EM TERRAÇOS MARINHOS COM PRESENÇA DE DEPÓSITOS ARGILOSOS

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Fábio Lopes Soares (1); Edson Jorge da Silva Cruz Júnior (2);

Jacques Douglas Pereira do Nascimento (2)

(1) Departamento de Engenharia Civil – UFPB – João Pessoa/PB (2) Engenheiro Civil - Engeobase Engenharia de Fundações Ltda. – João Pessoa/PB.

COMPORTAMENTO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUA DE PEQUENO DIÂMETRO EM

TERRAÇOS MARINHOS COM PRESENÇA DE DEPÓSITOS ARGILOSOS

INTRODUÇÃO Este estudo enfoca o comportamento a compressão de estacas hélice contínua com 300 mm de diâmetro, em solo sedimentar arenoso, com presença de depósito argiloso, executadas para a construção de um edifício empresarial na região litorânea da cidade de João Pessoa.

ÁREA DE ESTUDO A área está situada na região litorânea da cidade de João Pessoa / Paraíba, cujo perfil geotécnico é formado basicamente por sedimentos arenosos do Período Quaternário

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SP 01 SP 02 SP 03

I N V E S T I G A Ç Ã O GEOTÉCNICA Antes do início dos trabalhos foi realizada a primeira campanha de sondagem, representada pelo SP 01. Terminada a execução das estacas de fundação foi realizada uma nova campanha de sondagem, representadas pelo SP02 e SP03, sendo o primeiro furo realizado entre as estacas do bloco P34 e o segundo e x e c u t a d o p r ó x i m o , porém fora do bloco.

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K (Nf/Ni)

Areia fina siltosa

Areia fina siltosa

Silte argiloso

Areia fina siltosa

Argila siltosa

Areia silto-argilosa

Areia silto-argilosa

Areia fina siltosa

Areia fina siltosa

Silte argiloso

Areia fina siltosa

Argila siltosa

Areia silto-argilosa

Areia silto-argilosa

CAPACIDADE DE CARGA Considerando os métodos semiempíricos: Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1996) e Alonso (1996), analisou-se a capacidade de carga das estacas hélice contínua com diâmetro de 300 mm e 16 m de comprimento, projetadas para uma carga de trabalho de 300 kN.

Considerando a situação inicial representada pelo SP 01 o valor médio encontrado para a capacidade de carga foi de 659,49 kN, muito próximo ao valor de 643,64 kN encontrado para o SP 03, em um local que não continha estacas. Já para o SP 02, sondagem realizada entre as estacas do bloco P34, o valor médio foi de 972,87 kN, um acréscimo de aproximadamente 50 % na capacidade de carga com relação as anteriores.

ANÁLISE DOS RESULTADOS Analisando-se pelo critério de Van der Veen (1953), com a extrapolação da curva, a carga de ruptura do elemento de fundação foi de 980 kN, fornecendo assim um fator de segurança de 3,26, valor acima do previsto na análise da capacidade de carga durante a fase de projeto.

PROVA DE CARGA ESTÁTICA Foram utilizadas 5 estacas hélice contínua de 300 mm de diâmetro e 16 m de comprimento, pertencentes ao bloco P34, com o sistema de reação constituído de duas vigas metálicas de alta rigidez, dispostas de forma cruzada, utilizando-se de 4 tirantes.

CONCLUSÕES A curva carga x recalque não apresentou uma ruptura definida, sendo as cargas de ruptura definidas por método matemático, com valor de 980 kN. Comparando-se a carga ruptura com os valores de capacidade de carga determinados nos três métodos semiempíricos, pode-se verificar que os resultados foram eficientes para a estaca hélice contínua estudada, principalmente para o SP 02, executado entre as estacas do bloco P34, com valor médio de 972,87 kN, evidenciando um aumento significativo na capacidade de carga da estaca com relação ao valor determinado na etapa de projeto. Assim, evidencia-se que o processo executivo das estacas proporcionou o melhoramento do solo, observado desde o aumento do número de golpes nas sondagens SPT, e por consequência o aumento da capacidade de carga da estaca, sendo comprovado com o resultado obtido na prova de carga estática.