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Componentes da Suspensão, Direção e Freio Linha 320 e 370 cv Capa_susp_dir_fre.indd 1 25/7/2007 14:00:55

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Componentes daSuspensão, Direção e FreioLinha 320 e 370 cv

Capa_susp_dir_fre.indd 1 25/7/2007 14:00:55

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1Desenvolvimento da Rede - Treinamento

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2

GENERALIDADES ............................................................................................... 3Tipos de molas.............................................................................................. 3Mola helicoidal .............................................................................................. 3Molas perfiladas............................................................................................ 5Mola parabólica ............................................................................................ 5Mola trapezoidal ........................................................................................... 6Mola “Z” ...................................................................................................... 6Molas de borracha......................................................................................... 6Suspensão dianteira ...................................................................................... 8Suspensão traseira ........................................................................................ 8Feixe de molas principais com molas auxiliares ................................................. 9Feixe de molas progressivas ........................................................................... 9Feixe de molas de flexibilidade variável ...........................................................10Suspensão mista metal/ar .............................................................................11Suspensão em tandem ..................................................................................12

SUSPENSÃO .....................................................................................................14Suspensão dianteira .....................................................................................14Veículos com suspensão metálica ..................................................................14Veículos com suspensão a ar .........................................................................14Suspensão traseira .......................................................................................15Caminhões Volkswagen 19-370 .....................................................................15Caminhões Volkswagen 25-370 .....................................................................18Caminhões VW 31-370 .................................................................................22Detalhe da suspensão ...................................................................................22

DIREÇÃO HIDRÁULICA .......................................................................................25Características construtivas ..........................................................................25Funcionamento ............................................................................................26Funcionamento e ajuste das válvulas limitadoras de pressão (esterçamento) .......28Verificação do nível de óleo...........................................................................29

SISTEMA DE FREIOS ..........................................................................................30Caminhões Volkswagen 19-370 (com suspensão metálica) ...............................30Freio de serviço ...........................................................................................31Freio de estacionamento/emergência ..............................................................32Freio-motor .................................................................................................32Caminhões Volkswagen 19-370 (com suspensão a ar) ......................................33Caminhões Volkswagen 25-370 .....................................................................35Caminhões Volkswagen 31-370 .....................................................................37Sistema de freios - Legenda...........................................................................39

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INTRODUÇÃO

As informações e dados técnicos contidos nesta apostila são de uso específicoem ações de treinamento, estando sujeitos a alterações sem prévio aviso.Consulte sempre a literatura atualizada editada pela Volkswagen Caminhões eÔnibus.

Um dos destaques do projeto dos caminhões Volkswagen Constellation é, sem dúvida, arobustez de sua estrutura. Quadro do chassi reforçado, distâncias entre-eixos adequadas eotimizadas em relação à aplicação do veículo e um sistema de eixos e suspensões calculadopara oferecer o máximo em resistência e conforto.

Analisando aspectos de projeto e construtivos, encontramos na escolha da suspensão,conexão com outros itens de relevância, como a segurança de rodagem e da cargatransportada, que receberam atenção especial durante seu desenvolvimento.

O emprego dos diversos tipos de suspensão traz aos caminhões Constellationcaracterísticas e vantagens que refletem o avanço tecnológico do produto e a preocupaçãoda Volkswagen em oferecer, ao cliente da marca, o veículo na medida exata de suanecessidade.

Volkswagen. Menos você não quer. Mais você não precisa.

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3Desenvolvimento da Rede - Treinamento

GENERALIDADES

O sistema de suspensão de um veículo tem múltiplas finalidades e, entre elas, algumas quedeterminam e definem suas características construtivas.

Ao analisar a aplicação destinada ao veículo, podemos escolher, entre os vários tipos desuspensão disponíveis, aquela que melhor se adapte à operação que ele irá exercer. De ummodo geral, veículos esportivos necessitam de suspensões mais “duras”, cujo objetivo émanter alto grau de estabilidade; veículos de passeio requerem suspensões mais “macias”,que ofereçam maior conforto; veículos de carga necessitam de suspensões reforçadas pararesistir ao peso aplicado sobre sua plataforma; veículos usados no transporte coletivo depassageiros têm necessidade de conciliar suspensões com características de resistência econforto, duas condições exigidas por este segmento.

Em se tratando de veículos destinados ao transporte de cargas, a suspensão desempenhaduas funções importantes:

- suportar o peso aplicado sobre a plataforma de carga do veículo, mais o peso própriodesta plataforma, incluindo todos seus componentes e agregados, como o conjunto moto-propulsor;

- absorver, por meio de sua ação elástica, os golpes e esforços de reação incidentes sobre aestrutura do veículo causados por irregularidades do leito de trânsito, protegendo suaintegridade estrutural.

Como resultado, a suspensão dos veículos destinados ao transporte de carga formaconjuntos complexos, onde ações e reações são projetadas e calculadas para oferecer omáximo rendimento, resistência, segurança e conforto com baixos índices de manutenção ede custo operacional.

Tipos de molas

Mola helicoidal

Molas helicoidais apresentam a característica de grande coeficiente de elasticidade emfunção de seu projeto de construção. São amplamente aplicadas em veículos de passeio oucomerciais leves, pois a condição de transporte do “volume” prevalece sobre o “peso” dacarga. É construída por um arame de aço enrolado em forma de espiral.

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A sobreposição das lâminas das molas, com o comprimento diferenciado, dá umacaracterística própria de progressividade de reação à carga aplicada ao veículo, uma vez quea distribuição de esforços no feixe ocorre de forma proporcional em toda a sua extensão.

A primeira lâmina do feixe possui, em cada uma de suas extremidades, um olhal (rolado naprópria barra) que envolve uma bucha metal/borracha utilizada como suporte do feixe. Aextremidade dianteira tem sua posição fixa, apoiada no quadro do chassi por um suporte,enquanto a outra, traseira, é apoiada em um mancal móvel que dá à mola a liberdade demovimentação durante o deslocamento do veículo com carga, quando ocorre umalongamento da distância entre os olhais dianteiro e traseiro.

Alguns feixes de mola semi-elíptica têm a extremidade traseira da primeira lâmina lisa,apoiada em um suporte com superfície deslizante, e o alongamento da lâmina ocorre deforma livre.

Ponto fixo Ponto móvel

Jumelo

Mola semi-elíptica

Olhal

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5Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Molas perfiladas

São chamadas molas perfiladas as lâminas de molas com perfil especial ou diferenciado.Como exemplo, podem ser mencionadas as molas parabólicas e as molas trapezoidais, doisperfis muito utilizados na suspensão dos veículos atuais, em que lâminas apresentam perfile/ou curvatura correspondentes à figura geométrica indicada em sua denominação.

Mola parabólica

Lâmina de mola com secção variável na extensão do comprimento, adquirindo perfilespecífico e com curvatura correspondente a uma parábola. Apresenta extremidade depequena espessura, aumentando progressivamente em direção ao centro da lâmina, regiãode alta concentração de tensões.

A distribuição de esforços na lâmina se dá de forma proporcional em toda a sua extensão,não gerando pontos de concentração de tensões. Este tipo de mola pode também serutilizada em forma de feixe e, quando nesta condição, apresenta característica deprogressividade através de canais nas extremidades das lâminas.

Em veículos comerciais leves, as molas parabólicas podem ser usadas como feixe principal.Em veículos pesados, podem ser utilizadas como feixe principal na suspensão dianteira efeixe auxiliar na traseira.

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Mola trapezoidal

Tendo como principal característica sua alta resistência à carga aplicada, a mola trapezoidalé, em geral, instalada como última lâmina em feixes de molas de veículos extrapesados,servindo como apoio para todas as demais lâminas do feixe, evitando que “virem aocontrário”. São lâminas de grande espessura, com baixa deformação elástica.

Mola “Z”

Por apresentar perfil semelhante ao desenhoda letra que lhe dá nome, este perfil demola, em geral, compõe as suspensões dotipo misto, metálico/pneumático. Além deatuar como agente elástico, absorvendoparcialmente os esforços causados peladeformação do piso, ainda serve como apoiopara os bolsões de ar da metade pneumáticada suspensão mista.

Molas de borracha

Utilizadas normalmente como batente de fimde curso de suspensão, principalmente paraevitar o choque metal/metal, as molas deborracha são constituídas por um blocorígido, ou um bloco com cavidade interna,onde o ar “aprisionado” atua como agenteamortecedor, aumentando a capacidadeelástica do componente.

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7Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Outro tipo de mola que emprega o ar e a borracha como agentes amortecedores é achamada câmara ou bolsão de ar, e sua aplicação configura a suspensão a ar ou suspensãopneumática.

Alguns veículos empregam suspensão total a ar, enquanto outros empregam o sistema desuspensão mista, metal/ar.

No primeiro caso, as câmaras de ar são apoiadas diretamente em vigas, usando um númeromaior de bolsões. O peso da carga é sustentado diretamente pelo bolsão. No segundo, osbolsões de ar são apoiados em lâminas de mola perfiladas (ex.: - mola “Z”), dividindo entresi o peso da carga e a capacidade elástica do conjunto.

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Suspensão dianteira

Geralmente, as molas aplicadas na suspensão dianteira dos veículos destinados aotransporte de carga são de construção simples, do tipo molas semi-elípticas ou molasparabólicas.

Por apresentar uma variação de carga relativamente pequena quando comparada com avariação no eixo traseiro, as molas semi-elípticas usadas na dianteira têm atuação em duploestágio, ou seja, a ação de reação ao peso suportado apresenta um primeiro estágio onde opeso próprio do veículo é considerado como carga e já está apoiado no conjunto.

O segundo estágio entra em ação com a parte da carga transportada que incide sobre o eixodianteiro, exigindo atuação das demais molas do feixe. Este tipo de reação faz com que apermanência no interior da cabine (motorista e acompanhante) tenha a mesma condição deconforto, tanto com o veículo carregado, como descarregado.

Suspensão traseira

No(s) eixo(s) traseiro(s) dos caminhões médios, pesados e extrapesados, são usadassuspensões de construção mais complexa, em função da grande variação do peso da cargaincidente sobre o eixo nas condições carregado/descarregado.

Baseado nestas condições, a suspensão traseira pode apresentar as seguintesconfigurações:

1 - Feixe de molas principais com molas auxiliares

2 - Feixe de molas progressivas

3 - Feixe de molas de flexibilidade (rate) variável

4 - Suspensão mista metal/ar

5 - Suspensão para eixos em tandem (bogie)

6 - Suspensão tipo balancim

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9Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Feixe de molas principais com molas auxiliares

A atuação deste conjunto de suspensão tem efeito similar à ação de duas molas separadas.A mola principal (independente do tipo de mola usada) encontra-se fixada e articulada emsua parte frontal, no quadro do chassi, de forma que a transmissão da força de tração ou defrenagem seja passada, ao veículo por meio desta ligação. Este conjunto suporta o pesopróprio do veículo e seu beneficiamento, mais parte da carga transportada.

Acoplado ao feixe de molas principal, encontra-se posicionado um segundo pacote delâminas, de menor comprimento e quantidade que entra em ação somente quando a cargatransportada for maior que 50% de seu valor limite (até o total de 100%). Esta propriedade,ao mesmo tempo em que reforça a resistência do conjunto de molas, assegura conforto derodagem nas mais variadas condições de carga aplicada.

Feixe de molas progressivas

Sob certos aspectos, a suspensão por molas semi-elípticas de ação progressiva é muitosimilar à suspensão por mola principal e auxiliar. A diferença é que neste modelo desuspensão, quando o veículo está descarregado, as lâminas de molas se tocam, em todoseu comprimento, apenas parcialmente.

Esta condição se altera quando é aplicada uma carga sobre a plataforma do veículo. Amovimentação das lâminas vai fazendo com que se toquem, em extensão cada vez maior,até que cada lâmina esteja com seu comprimento total em contato com a lâminaimediatamente superior ou inferior.

Mola auxiliar

Mola principal

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Rate: Denominamos “rate” ou “rating” de uma mola sua capacidade de suportarcarga. As lâminas de molas, quando descarregadas, apresentam-se arqueadaspara cima, entretanto, ao receber sua carga nominal tendem a tornar-se planas.Essa capacidade de sustentação determina o rate da mola.

Como principal característica deste modelo de mola, destaca-se o fato de sua reaçãoapresentar resposta progressiva, proporcional à carga aplicada, e não uma reação súbita eúnica, ao ser solicitado pela aplicação da carga.

Feixe de molas de flexibilidade variável

Por este processo, a progressividade da reação da mola ocorre por variação da posição decontato da mola com seu apoio no chassi. Por não possuir olhais de fixação, uma lâmina naparte inferior do feixe (lâmina de reação) mantém o conjunto posicionado e assegura oalinhamento do eixo traseiro.

Ao ser carregada, a mola sofre uma movimentação (deformação elástica), alterando seuponto de contato (apoio) com o suporte fixado no quadro do chassi.

Apresenta uma diminuição progressiva da flexibilidade (ou aumento do rate), sendo maisflexível nas cargas leves e aumentando sua rigidez à medida que esta carga aumenta.

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Suspensão mista metal/ar

Transporte de materiais frágeis exigecuidados especiais para a preservação dacarga e, desta forma, a suspensão recebeuma missão adicional: proteção.

A utilização de um combinado entre extremoconforto (suspensão a ar) e robustez(suspensão metálica) assegura condiçõesideais para o transporte de mercadoriasespecíficas, como vidro, eletrônicos, etc. Acomposição do conjunto, em geral, se dápelo uso de molas perfiladas em formato“Z”, que além da ação amortecedora, aindaatuam como base para as câmaras, partepneumática da suspensão.

Suspensão em tandem

São assim chamados os modelos desuspensão que unem, por um únicoconjunto de molas, eixos seqüenciais,independentemente de serem ambostracionários (6x4) ou tração-apoio (6x2).

Adicionalmente, este tipo de suspensãooferece a vantagem de permitir o seurebaixamento momentâneo, facilitando asações de engate e desengate de reboques esemi-reboques, entre outras manobras.

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A suspensão em tandem pode ser constituída por 2 feixes (um para cada lado do veículo)ou 4 feixes (2 para cada lado) de molas, conforme indicado nas imagens. Também chamadade “bogie”, a grande característica deste modelo de suspensão é sua atuação independentepara cada um dos eixos, dando grande mobilidade ao mecanismo e permitindo vencerfacilmente terrenos acidentados e grandes obstáculos (versão 6x4).

Braços de reação, fixos e reguláveis, alinham a suspensão com o chassi e auxiliam o veículona transmissão dos esforços de tração e frenagem.

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13Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Um dos fatores de maior influência no que se refere ao conforto e, como conseqüência, nadirigibilidade de um veículo é sua suspensão. Os altos índices de aprovação nestes doisitens comprova a adequação do sistema de suspensão dos caminhões VolkswagenConstellation à sua vocação, assegurando ao veículo a robustez necessária a cada aplicaçãoem que é submetido, propiciando baixo custo operacional, além de oferecer excelentescondições de operação, mesmo em pisos irregulares, em condições precárias ou terrenosacidentados, como as operações fora-de-estrada.

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Suspensão dianteira

Veículos com suspensão metálica

Com capacidade técnica para suportar6.100 kg de peso, a suspensão dianteirados caminhões VW 370 com suspensãometálica é do tipo feixe de molas semi-elípticas, de duplo estágio, com acaracterística de absorção gradual dasreações causadas pelas irregularidades dopiso, de acordo com o peso da cargatransportada.

Agregada ao feixe de molas, em sua parteinferior, encontra-se instalada uma lâmina deposicionamento do macaco hidráulico, como objetivo de facilitar os serviços demanutenção quando houver necessidade delevantar o veículo.

SUSPENSÃO

Veículos com suspensão a ar

Nos casos em que o veículo apresentarsuspensão traseira a ar, a suspensãodianteira será composta por lâminas demolas parabólicas de ação progressiva.A utilização de molas parabólicas, emconjunto com a suspensão traseira a ar,oferece grande estabilidade direcional,contribuindo para o aumento da segurançaativa do produto.

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15Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Suspensão traseira

Caminhões Volkswagen 19-370

O caminhão-trator VW 19-370 apresentaduas versões de configuração - suspensãometálica e suspensão a ar - com asseguintes características:

– Suspensão metálica

Em sua versão Standard, o VW 19-370 vemequipado com suspensão traseira metálica,com feixe principal de molas semi-elípticasde ação progressiva, acompanhado de umfeixe auxiliar de molas parabólicas. Acapacidade técnica desta suspensão é de11.000 kg.

– Suspensão pneumática

Opcionalmente, o VW 19-370 pode serequipado com um conjunto de suspensãomista, mecânica-pneumática, composto porduas lâminas de molas tensoras e doisbolsões pneumáticos, com alimentaçãounificada para os bolsões e pressãocontrolada por uma válvula niveladora.

As molas tensoras, além de suportar a cargatransportada, atuam como base de apoiopara os bolsões. A união entre as molastensoras, esquerda e direita, é feita por meiode uma travessa de ligação com perfilreforçado, para aumentar a resistência dasuspensão a esforços torcionais.

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Para assegurar excelente condição deestabilidade lateral da suspensão, o conjuntoconta com uma barra, tecnicamenteidentificada como barra “Panhard”, unindo alongarina direita à carcaça do eixo traseiro.

A barra “Panhard” apresenta perfil não-lineare é instalada apoiada em mancais de borrachado tipo “silent block” que, além de absorvervibrações, aumentam a durabilidade doscomponentes de fixação do sistema.A capacidade de tração da suspensão é de15.000 kg.

Com o objetivo de facilitar as operações deengate e desengate do reboque (ou semi-reboque), os veículos VW 19-370 permitembaixar a suspensão traseira, operaçãorealizada por meio de uma válvula do tipo“push-pull” instalada no circuito dealimentação da suspensão, que comanda oesvaziamento (para fazer baixar a suspensão)ou o enchimento (para fazer elevar asuspensão) dos bolsões de ar.

A operação conta, ainda, com o auxílio darampa-convite, instalada na extremidadetraseira do chassi.

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17Desenvolvimento da Rede - Treinamento

19-370

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Caminhões Volkswagen 25-370

Concebido para atuar como caminhão trator, o Volkswagen 25-370, um cavalo-mecânicocom duplo eixo traseiro versão 6x2 (eixo traseiro posterior, de apoio), recebe comosuspensão traseira um conjunto “Tag-tandem”, tipo balancim, com suspensoreletropneumático para o eixo de apoio.

Este conjunto de suspensão, com doisfeixes de molas semi-elípticas - um paracada eixo - interligados por um apoio central(balancim), 2 braços tensores fixos e 2braços tensores reguláveis, responsáveispelo alinhamento dos eixos anterior eposterior, distribui a carga transportada deforma equivalente entre estes 2 eixos, a fimde obter um equilíbrio dinâmico do veículo.

Capacidade técnica e PBT homologado são correspondentes apenas ao cavalo-mecânico, considerando a distribuição da carga do reboque sobre a quinta-rodamais o peso próprio do veículo. A capacidade técnica total e o PBTC dependemdo tipo de reboque, ou semi-reboque, a ser atrelado ao caminhão trator,respeitados os limites estabelecidos pela “Lei da Balança”. Valores máximos:PBTC = 57.000 kg; CMT = 60.000kg.

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O conjunto possui ainda um suspensoreletropneumático para o eixo de apoio.O acionamento deste dispositivo écontrolado pela Unidade Lógica epossibilita que o eixo seja levantado emduas condições pré-programadas:

1. Levantamento parcial, tambémconhecido como “Extra TractionDevice” - ETD, no qual o levantamentodo eixo de apoio promove atransferência de parte do peso da cargapara o eixo tracionário, aumentando aaderência das rodas no piso, eliminandoo efeito de deslizamento rotativo(veículo patinando), e possibilitandoque o veículo transponha trechos comcondições adversas.

2. Levantamento total do eixo de apoiopara transporte na condição em vazio,visando diminuir resistências derolagem e aumentar a vida útil doscomponentes do sistema de rodagem.

30%

100%

Projetada para uma capacidade técnica de 11.000 kg por eixo, confere ao veículo,juntamente com a suspensão dianteira, a capacidade técnica total de 28.100 kg(PBT homologado de 23.000kg).

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25-370

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21Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Caminhões VW 31-370

A versão 6X4 dos caminhões Volkswagen Constellation recebe a suspensão Randon R26,do tipo “Bogie”, de características técnicas projetadas e dimensionadas para atender àsnecessidades de utilização em situações severas, como no transporte madeireiro, canavieiro,mineração e construção civil, além de outras operações “fora-de-estrada”.

Atua por feixes de molas semi-elípticas de ação progressiva, invertido, com extremidades deapoios flutuantes que, aliados à geometria da suspensão, oferecem as condiçõesnecessárias para o funcionamento ideal nesta aplicação.

Os apoios externos das molas nos eixos são removíveis e providos internamente de placasde atrito com as molas, substituíveis, proporcionando facilidade de instalação e redução docusto com itens de desgaste na manutenção.

Detalhe da suspensão

Mancais centrais das molas, articulados sobre buchas em borracha e metal (“silent-block”),absorvem vibrações causadas pelas irregularidades do terreno, reduzindo com isso atransferência dessas vibrações ao chassi do veículo, aumentando a vida útil doscomponentes do conjunto.

Frente do veículo

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Um sistema de braços estabilizadores mantém os eixos alinhados no plano horizontal,mesmo nas condições extremas de movimentação, sendo os inferiores em pares ereguláveis, e os superiores em forma de “V” e fixos.

Batentes montados sobre os eixos e cabos tirantes flexíveis limitam o curso da suspensãonas condições extremas, reduzindo o risco de avarias dos componentes de interface chassi -suspensão.

A estrutura de reforço interna ao chassi, composta por travessas e longarinas, tem a funçãode distribuir os esforços transmitidos pela suspensão ao chassi e ancorar os braçosestabilizadores e mancais centrais, reforçando o conceito de robustez da suspensão traseira.

Os componentes de interface são parafusados, e processos de controle e qualidade pré-estabelecidos comandam a realização das furações e a fabricação das peças, dentro derígidos padrões de tolerâncias, visando o fornecimento de um sistema integrado àsnecessidades do segmento.

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31-370

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19-370

25-370

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25Desenvolvimento da Rede - Treinamento

31-370

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DIREÇÃO HIDRÁULICA

Válvula rotativa em posição neutra

A - CarcaçaB - PistãoC - Haste da direçãoD - Sem fimE - Barra de torçãoF - Eixo setorG - Válvula limitadora de pressãoH - Válvula de reabastecimento/sucçãoQ - Reservatório de óleoR - Bomba de palhetasS - Válvula de restrição de fluxo

Q

R

S

EBA

GH

C

DF

Características construtivas

Internamente, o mecanismo da direçãohidráulica ZF SERVOCOM é composto poruma válvula de controle, um cilindro detrabalho, mais um conjunto de direçãomecânica completo.

Uma bomba de palhetas, acionada pelomotor do veículo, fornece óleo sob pressãopara a direção.

A carcaça da direção apresenta formatocilíndrico para alojar o pistão, que convertea rotação da haste da direção em ummovimento axial e o transfere ao eixo setor.O estriado do eixo setor e do pistão sãoretos, tendo superfície com alto grau deacabamento, sendo necessário fazer apenasum ajuste sem folga na posição central, pormeio dos excêntricos das tampas laterais(rolamentos).

O furo do pistão, roscado internamente,entra em contato com o sem fim por meioesferas. Ao girar o sem fim, um canal emformato de espiral serve como duto detransporte das esferas formando uma fileiracontínua, de uma extremidade à outra destecanal.

A válvula de controle é constituída por umaválvula rotativa e um cabeçote do sem fim,ambos com seis ranhuras de controle.

A válvula rotativa está conectada à haste dadireção e gira, junto com o sem fim, ao sergirado o volante.

Uma barra de torção, fixada à válvularotativa e ao sem fim, mantém a válvula naposição neutra, enquanto não for aplicadoesforço ao volante.

Na caixa da direção há uma válvula derecuperação, pela qual o óleo pode serremovido da linha de retorno.

Existe ainda no sistema uma válvulalimitadora que, como o próprio nome indica,limita o valor máximo da pressão do óleofornecida pela bomba de palhetas.

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27Desenvolvimento da Rede - Treinamento

N

O

JKLPM

Funcionamento

Ao transmitir o torque da haste da direção ao sem fim, ou vice-versa, a barra de torção éacionada dentro do limite elástico, de forma a provocar uma torção entre a válvula rotativa eo cabeçote do sem fim. Desta forma, as ranhuras de controle da válvula rotativa sãodeslocadas da posição central (posição neutra), em relação às ranhuras de comando docabeçote sem fim.

Ao soltar o volante, a barra de torção retorna a válvuIa para a posição neutra.

Válvula rotativa em posição de operaçãovolante girado no sentido horário.

J - Fenda de entradaK - Fenda de entradaL - Fenda de retornoM - Fenda de retorno

A válvula e o fluxo de óleo são mostrados de forma simplificada, para facilidadede compreensão. Além disso, estes desenhos mostram a válvula em cortetransversal, para possibilitar a visualização esquemática da conexão da válvula decontrole em relação aos compartimentos do cilindro e o funcionamento daválvula.

N - Ranhura axialO - Ranhura axialP - Ranhura de retorno

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Nesta condição, as aberturas de entradabloqueiam o fluxo do óleo sob pressão paraas ranhuras axiais da bucha de comando.

Com a válvula rotativa na posição descrita, oóleo sob pressão flui através das aberturasde admissão para a ranhura radial inferior dabucha de comando, atingindo o cilindroesquerdo e produzindo o auxílio hidráulico.As aberturas de entrada, ao serem fechadas,impedem o retorno do óleo para oreservatório.

O óleo é então forçado para fora pelo ladodireito do cilindro. Através das fendas deretorno, flui em direção às ranhuras deretorno da válvula rotativa.

Quando o volante é girado em sentidooposto, o pistão do cilindro de trabalho sedesloca para o lado esquerdo, sendoauxiliado pela pressão do óleo sobre ocilindro direito. As ranhuras de controle daválvula rotativa são deslocadas em sentidoanti-horário, e deixam o óleo sob pressãofluir através das fendas de entrada abertasem direção às ranhuras axiais, completandoo circuito do cilindro direito.

O óleo sai do cilindro esquerdo através docanal das esferas do sem fim e das fendas deretorno abertas, indo às ranhuras de retornoda válvula rotativa.

O óleo é liberado para o reservatório atravésdo furo central da válvula rotativa.

O óleo sob pressão flui na ranhura anularcentral da bucha de comando. Através detrês furos radiais dispostos simetricamente,o óleo é conduzido às ranhuras de controleda válvuIa rotativa interna.

A posição das ranhuras de controle ecabeçote do sem fim é ajustada de tal formaque, com a válvuIa em posição neutra, apressão do óleo pode fluir através dasfendas de entrada para o interior dasranhuras axiais em forma de arco docabeçote do sem fim.

A partir daí, o óleo flui livremente atravésdos furos radiais para cada um dos lados docilindro de trabalho. Enquanto a válvula dadireção estiver na posição neutra, o fluxo deóleo chega a ambos os lados do cilindro detrabalho, escoa em direção às três ranhurasde retorno da válvula rotativa e, de lá, voltaao reservatório.

Ao esterçar a direção no sentido horário, opistão do cilindro de trabalho é deslocadopara a direita.

A pressão do óleo movimenta o pistão para olado esquerdo.

As três ranhuras de controle da válvuIarotativa são deslocadas no sentido horário, eas entradas ficam abertas para o fluxo depressão do óleo.

Válvula rotativa em posição de operaçãovolante girado no sentido anti-horário

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29Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Funcionamento e ajuste das válvulaslimitadoras de pressão (esterçamento)

Duas válvulas limitadoras de pressãosituam-se no êmbolo, ao longo de seu eixolongitudinal.

Os pinos de acionamento das válvulasprojetam-se para fora, à direita e à esquerdado êmbolo.

Os pinos de acionamento das válvulas sãodeslocados pelos parafusos de ajustelocalizados na carcaça e tampa do cilindroquando o pistão é movimentado, para adireita ou esquerda, em direção ao batentefinal.

As válvulas permanecem fechadas até queum dos pinos de acionamento toque oparafuso de ajuste.

Quando o êmbolo se movimenta para adireita, a válvula direita é acionada peloparafuso de ajuste antes do êmbolo atingirsua posição final. Neste processo, o êmboloda válvula é deslocado por pressão de óleo,o que possibilita sua circulação na câmara docilindro de trabalho e na tubulação deretorno. O processo inverte quando o êmbolose move para a esquerda.

É importante que as válvulas atuem quandofaltarem cerca de 3 a 5 mm para as rodasatingirem os batentes de encosto.

B - ÊmboloT - Válvula limitadora de pressão, direitaU - Válvula limitadora de pressão, esquerdaV - Cilindro direito (Pino de acionamento)W - Cilindro esquerdo (Pino de acionamento)X - Parafuso de ajuste direitoY - Parafuso de ajuste esquerdo

Movimento do êmbolo para a direita

Ambas as válvulas limitadoras de pressãofechadas

Y W U B T V X

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Sangria

Quando o sistema de direção estiver cheio e,com alguns giros do motor, o nível do óleonão baixar além da marca superior da vareta,pode ser dada a partida no motor.

Colocar o eixo dianteiro sobre cavaletes oupratos giratórios. Girar o volante váriasvezes, de batente a batente, para que o arpossa sair dos cilindros. Observar o nível doóleo durante o processo. Se este nível aindabaixar, deve-se completá-Io imediatamente.

A operação deve ser repetida até que o níveldo óleo permaneça constante na marcasuperior da vareta e que, ao girar o volante,não surjam mais bolhas de ar no reservatório.A sangria do sistema é automática.

Verificação do nível de óleo

O controle do nível de óleo deverá serefetuado periodicamente, junto com averificação de outros itens localizados nocompartimento do motor.

Controle do nível de óleo:

- Com o motor em funcionamento e osistema de direção aquecido, o óleo deveráestar entre a marca superior e inferior davareta. Se este não for o caso, deve-secompletar com óleo ATF.

- É natural que o nível de óleo baixe umpouco depois que o motor começou afuncionar, pois o óleo sempre contém umpequeno volume de ar e, devido àresistência à vazão, o óleo requer umapressão de 2-4 bar para atravessar omecanismo de direção. A diferença entreos níveis do óleo, com o motor parado eem funcionamento, deve ser de 10 a 20mm. Caso a diferença ultrapasse estelimite, é indicativo de que o óleo contém arem excesso.

Abastecimento

Para o abastecimento da direção e dabomba, retirar a tampa do reservatório deóleo e enchê-Io até a borda.

A seguir, girar o motor algumas vezes (com omotor de partida) para abastecer com óleo osistema hidráulico, por completo. Duranteeste processo, o nível de óleo do reservatóriocai rapidamente. Por este motivo, oreservatório deverá ser sempre abastecidopara evitar a sucção de ar.pressão

O dispositivo de partida remota deve ser utilizado para auxiliar as operações deverificação do nível, abastecimento e sangria do sistema de direção hidráulica.

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Caminhões Volkswagen 19-370 (com suspensão metálica)

Utilizando conceitos de projeto e construção aplicados aos veículos destinados aotransporte de carga, classificados como extrapesados, o caminhão VolkswagenConstellation 370 possui sistema de freios dimensionado para oferecer frenagens seguras,mesmo quando as condições para seu uso se apresentam como críticas e/ou de emergência.

SISTEMA DE FREIOS

Consulte legenda na página 49.

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Freio de serviço

O sistema de freio de serviço dos caminhõesVolkswagen Constellation 370 é acionado aar-comprimido do tipo tambor nas rodasdianteiras e traseiras. Conta com atuadores"S came", ajustadores automáticos, duplocircuito e reservatórios de ar independentes.Ao ser solicitado, sua aplicação se dá deforma eficaz e segura.

São usados componentes de altaconfiabilidade, como conectores de engaterápido (conexões VOSS) e sapatas de almadupla nas rodas traseiras, mais largas,dimensionadas adequadamente para aaplicação em veículos sujeitos a desenvolvergrandes esforços de frenagem em função dacarga que transportam e das severascondições topográficas da rota. Omecanismo de acionamento, eixo excêntricoem forma de "S", também proporcionareduzido número de paradas paramanutenção, disponibilizando o veículo paratrabalho por maior tempo.

As sapatas de freios distribuem de maneirauniforme a pressão de frenagem,aumentando sua vida útil e reduzindo custosde manutenção. Por serem produzidas emmaterial "Non asbesto", não agridem o meioambiente.

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33Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Para aumentar a eficácia do sistema e,conseqüentemente, a segurança ativa doveículo, o circuito contém uma válvulacondensadora/separadora - CONSEP e umfiltro secador regenerativo, encarregados deretirar resíduos de óleo lubrificante e reter aumidade do ar comprimido, mantendo-olimpo para circulação por válvulas e demaiscomponentes do sistema, assegurando seufuncionamento sempre com as condiçõesideais de trabalho.

Freio de estacionamento/emergência

A segurança do sistema se completa com aaplicação do freio de estacionamento e deemergência por ação de câmaras de molaacumuladora - “Spring brake” -, de altacapacidade de manutenção do veículoimobilizado, mesmo em aclives/declivesacentuados.

Freio-motor

O sistema principal de freios conta tambémcom o auxílio do freio-motor automático dealta potência, “Dual Power Brake”, de duploestágio, com atuação por movimentação dasaletas (vanes) do turboalimentador degeometria variável, comandada pela ECM,ativado por teclas no painel e interruptoresnos pedais do acelerador e embreagem.O uso constante deste recurso reduz odesgaste dos componentes do sistemaprincipal.

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Caminhões Volkswagen 19-370 (com suspensão a ar)

A versão do VW 19-370, com suspensão a ar, é equipada com um reservatório adicional,cuja finalidade é fornecer alimentação para os acessórios pneumáticos (servo embreagem;caixa de mudanças; freio-motor) e acumular um volume de ar suficiente para abastecer osbolsões que fazem a sustentação da carga aplicada à suspensão, suprindo-os com a pressãoadequada, conforme a solicitação.

O ar necessário para providenciar a regeneração do filtro secador é armazenado em umreservatório específico para esta finalidade, com volume adequado à operação. O processo deregeneração do filtro é realizado automaticamente, sempre que a pressão atingir seu valormáximo.

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35Desenvolvimento da Rede - Treinamento

A dosagem adequada da pressão a seraplicada ao mecanismo de freio das rodastraseiras depende diretamente da cargaaplicada ao eixo traseiro. Para uma avaliaçãodo valor desta carga e sua influência duranteo transporte, o sistema de freios conta comuma válvula sensível à carga (LSV), cujaoperação é comandada pela variação dapressão nos bolsões da suspensão a ar(indicativo do peso aplicado ao eixo),controlando a pressão de aplicação eevitando o travamento das rodas.

Configurado na versão caminhão trator,exige uma válvula distribuidora cuja função ésincronizar a atuação do freio do caminhãotrator com o freio do semi-reboque. Destaforma é obtida a máxima eficácia defrenagem da composição.

A conexão entre caminhão trator e semi-reboque é feita por mangueiras flexíveis dealta resistência à pressão e ao desgaste porabrasão.

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Caminhões Volkswagen 25-370

O chassi para caminhão VW 25-370 utiliza,basicamente, o mesmo sistema de freio deserviço que o modelo 19-370 4x2, acrescidodos componentes necessários para frenagemdo eixo de apoio (3º eixo). Além das válvulase do mecanismo atuador, a versão 6x2possui 4 reservatórios, sendo o4º reservatório, destinado a servir dedepósito de ar para aplicação do freio do3º eixo.

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37Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Por se tratar de um chassi destinado ao usocomo caminhão trator (cavalo mecânico), osistema de freio de serviço conta com circuitoespecífico para frenagem do reboque atrelado.

Neste modelo de caminhão, o circuito de arcomprimido aciona também o levantadorpneumático do eixo de apoio (3º eixo) sendoo levantador abastecido pela linha específicapara acessórios, ativado por tecla no painele válvulas eletromagnéticas comandadaspela LU.

Outro dispositivo acionado pelo ar comprimidoé o bloqueio entre as rodas do eixo tracionário.

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Caminhões Volkswagen 31-370

Sistema de freios sem reboque

Os chassis para caminhão com sistema de tração 6x4, VW 31-370, assim como o chassiVW 25-370, têm como configuração básica o sistema de freio do modelo VW 19-370,no qual os princípios tecnológicos oferecem segurança de operação mesmo emcondições adversas, pois seus componentes são projetados e construídos seguindorigorosos padrões internacionais.

As diferenças entre as três versões da família VW 370 se fazem sentir em suas peculiaridadesde configuração e aplicação.

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39Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Sistema de freios com reboque

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Em se tratando do caminhão VW 31-370, asdiferenças básicas residem, nãoespecificamente no sistema de freio, masprincipalmente nos acessórios do modelocomo, por exemplo, a eliminação dolevantador do 3º eixo - dispositivo nãoaplicado a esta versão - e o bloqueio entreeixos tracionários, “inter-lock”, feito atravésda árvore de transmissão entre osdiferenciais anterior e posterior.

Opcionalmente, o chassi VW 31-370 pode vir equipado com circuito de freio para reboque,utilização comum em algumas aplicações do veículo, como o canavieiro e o madeireiro, entreoutros.

Tabela do sistema de freio:

A ar total, de duplo circuito, independentes, atuador "S" came, a tambor nasrodas dianteiras e traseiras e ajustador automático. Reservatórios independentesde ar e válvula CONSEP. Pressão de frenagem do eixo traseiro controlado porválvula sensível à carga (LSV).

Por câmara de mola acumuladora, Master, do tipo diafragma 24". Válvulamoduladora no painel.

Inteligente, de alta potência, de duplo estágio, do tipo “Dual Power Brake-DPB”,comandado pela ECM.

4232 cm2 (19-370)

6514 cm2 (25-370)

6514 cm2 (31-370)

de serviço

de estacionamento

motor

área de frenagem:

área de frenagem:

área de frenagem:

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41Desenvolvimento da Rede - Treinamento

Sistema de freios - Legenda

As identificações de componentes desta legenda são abrangentes a todos os modelos dafamília Constellation

Para conhecer mais detalhes sobre o funcionamento do sistema de freios e deseus componentes, consulte a apostila Sistema de Freios da linha Constellation370, editada pelo Treinamento de Assistência Técnica Caminhões e Ônibus.

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CompressorAbafador de ruídosPré-condensador (Serpentina)CONSEPFiltro secador (com válvula reguladora)Válvula de proteção de 4 viasReservatóriosReservatório regenerativoReservatório primárioReservatório secundárioReservatório auxiliarVálvula dupla do pedalVálvula do freio de estacionamento/emergênciaVálvula do freio de serviço do semi-reboqueVálvula unidirecionalVálvula de descarga rápida do freio dianteiroCâmara de freio simplesVálvula relé de serviçoVálvula de 2 viasVálvula sensível à cargaVálvula distribuidora (para o semi-reboque)Câmara de freio dupla (Spring brake)Tomada de testeVálvula solenóide (eletromagnética)T de distribuiçãoVálvula de engate rápido do freio de serviço do semi-reboque (mão de amigo)Válvula de engate rápido de alimentação de ar do semi-reboque (mão de amigo)Válvula de 2/2 vias (Haldex)Válvula de regulagem do banco motoristaServo embreagemCaixa de mudançasMangueira de arBolsão de suspensão a arSuspensor do 3º eixoVálvula redutora de pressão de ar Sistema Anti-deslizamento ETDVálvula relé do freio de estacionamentoVálvula de descarga rápidaBloqueio do diferencial

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ANOTAÇÃO