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SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica Chamada 1 Projetos de Âmbito Local e Regional Pequenos e Grandes Projetos Ministério do Meio Ambiente

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Page 1: Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00),

SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS – PDA

Componente Ações de

Conservação da Mata Atlântica

Chamada 1

Projetos de Âmbito Local e Regional Pequenos e Grandes Projetos

Ministério do Meio Ambiente

Page 2: Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00),

Presidência da República Presidente: Luiz Inácio Lula da Silva Ministério do Meio Ambiente – MMA Ministra: Marina Silva Secretaria de Biodiversidade e Florestas – SBF Secretário: João Paulo Ribeiro Capobianco Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável – SDS Secretário: Gilney Viana Diretoria de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável Diretor: Jorg Zimmermann Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Coordenadora: Nazaré Lima Soares

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SUBPROGRAMA PROJETOS DEMONSTRATIVOS

PDA

Componente Ações de

Conservação da

Mata Atlântica

Chamada 1 Projetos de Âmbito Local e Regional

Pequenos e Grandes Projetos

Brasília, março de 2005

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Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA Secretário Técnico: Jorg Zimmermann Secretária Técnica Adjunta: Anna Cecília Cortines Equipe Técnica PDA: Alice Guimarães, Demóstenes A. Alves de Moraes, Elmar A. de Castro, Isis Cunha Lustosa, Klinton Senra, Luciana Álvares da Silva, Mariza Gontijo, Maurício Muniz, Paulo Spyer e Zaré Augusto Brum Soares Equipe Técnica NAPMA: Cláudia M. Alves, Elaine J. L. Bastos, Luiz Fernando Ribeiro de Barros, José Henrique Barbosa, Maurício Savi e Wigold Schaffer Equipe Financeira: Allyson Duarte e Roberto Júnior Equipe Administrativa: Eduardo José Ganzer, Lúcia Amaral, Marco Ferraz, Neide Castro e Francisca Kalidaza Cooperação Técnica Alemã, GTZ: Monika Grossmann, Denise Lima Pufal, Nilson Nogueira e Margot Gaebler Parceria Técnica: Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa – NAPMA/SBF, Diretoria de Áreas Protegidas – DAP/SBF, Diretoria de Ecosistemas – DIREC / Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA, Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA Cooperação Financeira: República Federal da Alemanha – KfW Cooperação Técnica: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, Projeto BRA/03/009 – Projetos Demonstrativos – PDA, Agência Alemã de Cooperação Técnica, Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH Agente Financeiro: Banco do Brasil Revisão de texto: Clarissa Guimarães Projeto Gráfico: Luiz Daré

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Sumário

1. Apresentação........................................................................................................... 7

2. Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica ......................................... 8

Como surgiu? ................................................................................................... 8

O que pretende? ............................................................................................... 9

A quem atende? ................................................................................................ 9

3. Objetivo da Chamada ........................................................................................... 10

4. Linhas Temáticas .................................................................................................. 10

4.1. Apoio à criação e à implantação de

unidades de conservação federais, estaduais, municipais e privadas.............. 10

4.2. Estudos para ampliação e/ou criação de

UCs em áreas críticas de expansão urbana,

de fronteira agrícola e de fragmentação florestal............................................ 12

4.3. Elaboração de planos e implantação de microcorredores ecológicos

em áreas prioritárias, estabelecendo conectividade com áreas de

preservação permanente e de reserva legal em âmbitos local e regional........ 13

4.4. Restauração e recuperação da cobertura vegetal nativa e outras

medidas mitigadoras,...................................................................................... 14

do efeito da fragmentação de habitats em áreas de preservação

permanente e de reserva legal, áreas prioritárias, de mananciais e de

recarga de aqüíferos........................................................................................ 14

4.5. Uso sustentável dos recursos naturais

por meio do ecoturismo em áreas de relevância ambiental ............................ 16

5. Recursos Disponíveis por Linha Temática............................................................ 17

6. Orientações e Condicionantes .............................................................................. 17

6.1. Orientações gerais ................................................................................... 18

6.2. Áreas prioritárias para a implementação dos projetos ............................. 18

6.3. Condicionantes para projetos envolvendo UCs públicas......................... 19

6.4. Condicionantes específicos para projetos que envolvam RPPNs ............ 20

6.5. Orientações sobre monitoramento, sistematização e disseminação

das experiências.............................................................................................. 20

7. Modalidades de Projetos....................................................................................... 22

7.1. Pequenos Projetos.................................................................................... 23

7.2. Grandes Projetos...................................................................................... 23

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8. Prazos.................................................................................................................... 23

9. Duração e Valores ................................................................................................ 24

9.1. Duração e valores máximos de apoio financeiro ..................................... 24

9.2. Limites anuais de repasses de recursos (Grandes Projetos)..................... 24

10. Contrapartida...................................................................................................... 24

11. Despesas Financiáveis e não Financiáveis ......................................................... 26

11.1. Despesas financiáveis ............................................................................ 26

11.2. Despesas não-financiáveis ..................................................................... 26

12. Habilitação das entidades Proponentes............................................................... 27

13. Critérios de elegibilidade das Propostas ............................................................. 28

14. Encaminhamento das propostas.......................................................................... 28

15. Critérios de pontuação de Projetos..................................................................... 30

16. Divulgação dos resultados .................................................................................. 32

17. Assinatura do Contrato ....................................................................................... 32

18. Disposições Gerais.............................................................................................. 33

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1. Apresentação O Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do Programa

Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, implementa o Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA, desde 1995. Seu principal interesse é promover aprendizagens sobre a viabilidade de novos modelos de preservação, conservação e utilização racional dos recursos naturais da Amazônia e da Mata Atlântica, visando à melhoria da qualidade de vida das populações locais. O PDA propõe essa melhoria por meio do incentivo à experimentação de tecnologias sustentáveis, do fortalecimento da organização social e do gerenciamento de ações que conciliem a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento econômico e social.

Desde o seu início, o PDA apoiou 194 projetos, sendo 147 na Amazônia e 47 na Mata Atlântica. Os projetos desenvolveram ações nas áreas de sistemas agroflorestais e recuperação ambiental, manejo de recursos florestais, manejo de recursos aquáticos e preservação ambiental. No processo de implementação das experiências, em sua maioria inovadoras, muitas foram as lições aprendidas pelas instituições executoras e parceiras dos projetos e pela Secretaria Técnica do PDA.

Considerando as lições aprendidas, o PDA elaborou um novo componente, denominado “Ações de Conservação na Mata Atlântica”, voltado a apoiar projetos de iniciativa de organizações da sociedade civil, observando o domínio do bioma Mata Atlântica, conforme definido pelo Decreto Nº 750/93.

Os recursos para implementação desse novo componente são oriundos da cooperação financeira da República Federal da Alemanha, por meio do Banco de Desenvolvimento da Alemanha – KfW, com a contrapartida do Ministério do Meio Ambiente e com o apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã – GTZ.

Esta Chamada atende às normas constantes do Acordo de Cooperação Financeira Nº 200166561 (termo aditivo ao acordo em separado do PDA de 6.7.95/1.7.98/5.9.02/12.11.03), firmado entre a República Federativa do Brasil e a República Federal da Alemanha, por meio do KfW, em consonância com os princípios e diretrizes gerais da Política Nacional de Biodiversidade e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, conforme a Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e o Decreto Nº 4.340, de 22 de agosto de 2002.

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2. Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica Como surgiu?

A Mata Atlântica é reconhecida internacionalmente como uma das maiores e mais importantes florestas tropicais do continente sulamericano. Com o processo de ocupação do território nacional concentrado, até meados do século passado, na faixa litorânea, a Mata Atlântica foi o bioma brasileiro mais destruído. Como conseqüência, restam aproximadamente 8% da área original, sendo 4% de matas primárias e cerca de outros 4% de florestas secundárias. Desses remanescentes, 43% estão na região Sudeste, 40,5% no Sul, 15,5% no Nordeste e menos de 1,0% no Centro-Oeste.

Apesar de toda a devastação, esse bioma ainda abriga um dos mais importantes conjuntos de biodiversidade de todo o planeta, com cerca de 20 mil espécies de plantas (6,7% de todas as espécies do mundo), das quais 8 mil endêmicas, e grande riqueza de vertebrados (269 espécies de mamíferos, 849 de aves, 197 de répteis e 372 de anfíbios). Além disso, presta importantes serviços ambientais, principalmente relacionados à produção e à conservação de recursos hídricos. Algumas das bacias hidrográficas localizadas em seu domínio são responsáveis pelo abastecimento de grande parte da população brasileira.

A grande densidade populacional e a conseqüente demanda social na área de domínio da Mata Atlântica demonstram que a questão ambiental deve ser tratada de forma integrada com os aspectos socioeconômicos. Nesse sentido, torna-se indispensável a participação de organizações da sociedade civil na formulação e na implementação de estratégias de conservação da Mata Atlântica, em especial daquelas que representam parcelas da população em contato direto com os remanescentes florestais, as unidades de conservação e as demais áreas protegidas.Tais organizações, representando os diversos segmentos socioeconômicos, culturais e ambientais da região abrangida pela Mata Atlântica, sempre tiveram papel de destaque e têm sido fundamentais na intermediação de demandas e anseios da população na conservação, preservação e recuperação ambiental no bioma.

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Como resultado do amadurecimento das negociações entre as organizações da sociedade civil, o Governo Brasileiro e a cooperação internacional, na figura do Governo Alemão, foi construído nos últimos anos o PDA Mata Atlântica, componente que pretende criar condições para a implementação de um conjunto de ações integradas, envolvendo organizações não-governamentais e governos nas suas diversas instâncias administrativas, focadas na construção e no apoio a iniciativas inovadoras de preservação e de desenvolvimento sustentável no bioma mais ameaçado do País.

O que pretende? − assegurar a conservação da Mata Atlântica, reduzindo o processo de

empobrecimento da sua biodiversidade por meio da ampliação do número e da área das unidades de conservação, melhoria da efetividade da sua gestão e redução do desmatamento ilegal;

− promover o desenvolvimento sustentável, assegurando a utilização dos recursos naturais de forma ecologicamente sustentável e socialmente justa, contribuindo para a redução do processo de empobrecimento biológico e sociocultural na Mata Atlântica;

− promover a recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica.

A quem atende?

O Subprograma Projetos Demonstrativos – PDA, por intermédio

desta Chamada, disponibiliza recursos para o apoio financeiro a projetos desenvolvidos no bioma Mata Atlântica, visando à implementação de ações locais e regionais de preservação, conservação e recuperação ambiental, com base em cinco diferentes linhas temáticas. Podem acessar recursos do PDA Mata Atlântica organizações sem fins lucrativos da sociedade civil brasileira, com atuação em meio ambiente e desenvolvimento sustentável, preferencialmente em parceria com instituições públicas, nas áreas de domínio do bioma Mata Atlântica, conforme definido pelo Decreto Nº 750/93.

A relação dos municipios abrangidos pelo Bioma Mata Atlântica vai em anexo (em meio digital), ao Manual de operações do PDA Mata Atlâtica.

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3. Objetivo da Chamada Esta chamada destina-se à seleção, para apoio, de propostas que se

enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00), de âmbito local e/ou regional, em áreas abrangidas pelo bioma Mata Atlântica. Essas propostas devem se enquadrar em uma das linhas temáticas apresentadas a seguir (o projeto pode prever metas e/ou atividades relacionadas a mais de uma, porém deverá se enquadrar prioritariamente em uma delas).

4. Linhas Temáticas 4.1. Apoio à criação e à implantação de unidades de conservação federais, estaduais, municipais e privadas

Propostas apresentadas nesta linha temática poderão incluir estudos para a criação e ampliação de unidades de conservação – UCs, assim como para a implantação destas unidades.

Para a criação e ampliação de unidades de conservação podem ser apoiados os estudos biofísicos, socioeconômicos e fundiários para embasar as propostas. Para os estudos biofísicos deverão ser incluídos estudos biológicos, geológicos/geomorfológicos, dando destaque para as características singulares da região e a presença de espécies raras e ameaçadas de extinção.

Nos estudos socioeconômicos deverão ser incluídos estudos sobre o padrão de uso e ocupação de solo e as atividades econômicas predominantes na região da proposta e nos municípios abrangidos. Com relação aos estudos fundiários, deve-se identificar qual o padrão fundiário da região e dos municípios e uma estimativa de valores por hectare.

Os estudos para criação de UCs deverão tomar como referência o roteiro metodológico disponível no Manual de Operações do PDA Mata Atlântica e na página do PDA no endereço eletrônico www.mma.gov.br/ppg7/pda. As organizações que apresentarem propostas solicitando apoio para a realização de estudos que visem à criação de novas unidades de conservação deverão passar por um processo de capacitação (oferecido pela Secretaria Técnica do PDA) no período inicial de implementação dos projetos.

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Essa capacitação buscará nivelar os procedimentos metodológicos que orientarão a elaboração dos estudos, entre todos os proponentes, levando em consideração as orientações da Diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA.

Para unidades já criadas, podem ser apoiados estudos e atividades necessários à elaboração e à implementação de planos de manejo, além de atividades relacionadas à criação e ao fortalecimento do Conselho Gestor.

Os planos de manejo propostos deverão seguir roteiro e metodologia aprovados pelo órgão ambiental responsável pela gestão e criação da UC no nível administrativo a que esta pertencer. Este roteiros estão disponíveis nos anexos em meio digital do Manual de Operações ou no site do PDA.

Ações voltadas à implementação dos planos de manejo só poderão ser apoiadas nas UCs que já dispõem do referido instrumento de gestão aprovado pelas instâncias previstas no SNUC. Poderão ser incluídos serviços, estudos, obras de infraestrutura, equipamentos e demais atividades para a sua implantação, desde que previstas no referido plano. Não será apoiada a elaboração de planos em UCs não criadas, bem como atividades de implantação em unidades que ainda não disponham de plano de manejo, a não ser que as obras se limitem àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, em conformidade com o estabelecido no SNUC.

No caso de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs, poderão ser apoiados os estudos necessários à criação e à elaboração do plano de manejo. Quando se tratar especificamente da criação de nova RPPN, o proprietário deverá apresentar uma declaração, com firma reconhecida, formalizando a intenção de criá-la.

No caso de projetos que visem apoiar atividades desenvolvidas em uma única RPPN, estes deverão se enquadrar na categoria dos pequenos projetos, conforme as regras estabelecidas nesta chamada e no Manual de Operações do PDA Mata Atlântica.

Em qualquer caso, os projetos devem ser propostos por organização não-governamental que atenda aos critérios de elegibilidade do PDA. Esta deverá ter a anuência e firmar termo de parceria com os órgãos gestores da UC ou com o(s) proprietário(s), quando se tratar de área privada.

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4.2. Estudos para ampliação e/ou criação de UCs em áreas críticas de expansão urbana, de fronteira agrícola e de fragmentação flo- restal

Esta linha apoiará projetos de estudos ambientais que visem à

ampliação da proteção dos remanescentes florestais e das áreas de relevância natural. Serão priorizadas zonas críticas de expansão urbana e industrial, de atividades agropecuárias, de aqüicultura, de turismo e de recreação, já que estas, quando implantadas sem os devidos critérios ambientais, constituem grande ameaça à Mata Atlântica. As propostas apoiadas por esta linha temática, estando em áreas de situação crítica, deverão ter seu trâmite acelerado, enquadrando-se somente na categoria de pequenos projetos (até R$ 70 mil).

Poderão ser incluídos nos projetos apoiados no âmbito desta linha temática, estudos necessários a: (1) criação e ampliação de áreas protegidas, (2) preservação de remanescentes florestais, (3) proteção de espécies endêmicas em áreas críticas ou ameaçadas de extinção, (4) manutenção de paisagens naturais, sítios espeleológicos, mananciais e demais áreas naturais importantes para a integridade dos ecossistemas ou de alta fragilidade ecológica que estejam sendo degradadas ou ameaçadas por atividades antrópicas.

Os projetos poderão desenvolver estratégias e propostas de criação e ampliação de UCs, de um sistema ou mosaico integrado dessas unidades, podendo abranger tanto as de domínio público quanto as de domínio privado.

As propostas solicitando apoio para a realização de estudos para criação e ampliação de UCs devem ser fundamentadas e demonstrar viabilidade institucional, socioeconômica e ambiental para a sua efetiva criação e implantação. A comprovação dessa viabilidade poderá ser feita por meio da apresentação, juntamente com a proposta de projeto, de documentos técnicos e declarações do(s) órgão(s) ambiental(ais) responsável(eis), associações representativas das populações envolvidas, prefeituras, proprietários etc.

Os estudos para criação de UCs deverão tomar como referência o roteiro metodológico disponível no Manual de Operações do PDA Mata Atlântica e na página do PDA no endereço www.mma.gov.br/ppg7/pda. As organizações que apresentarem propostas solicitando apoio à realização de estudos que visem à criação de novas unidades de conservação deverão passar por um processo de capacitação (oferecido pela Secretaria Técnica do PDA) no período inicial de implementação dos projetos. Essa capacitação buscará nivelar os procedimentos metodológicos que orientarão a elaboração dos estudos, entre todos os

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proponentes, levando em consideração as orientações da Diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA.

Na formulação e na implementação da proposta, as instituições proponentes devem buscar a parceria dos órgãos gestores de UCs (sejam estas federais, estaduais ou municipais), bem como de proprietários das áreas particulares envolvidas, visando assegurar a participação e o compromisso destes com os objetivos dos projetos.

4.3. Elaboração de planos e implantação de microcorredores ecológicos em áreas prioritárias, estabelecendo conectividade com áreas de preservação permanente e de reserva legal em âmbitos local e regional

Esta linha apoiará projetos que envolvam elaboração de estudos, planejamento e implementação de microcorredores no âmbito de bacias hidrográficas, territórios, micro-regiões e municípios, integrando as diferentes categorias de áreas protegidas, públicas e privadas. Nesse sentido, devem ser priorizadas aquelas áreas que propiciem a conexão ecológica entre unidades de conservação, reservas legais e áreas de preservação permanente, áreas de exploração extrativista e de produção agroflorestal ou silvicultural, terras indígenas e demais glebas favoráveis à manutenção da biodiversidade, à sobrevivência e à recuperação populacional de espécies ameaçadas, à reprodução física e sociocultural de populações tradicionais, à preservação de mananciais, aqüíferos e cursos d’água e à manutenção dos aspectos paisagísticos naturais.

As propostas poderão incluir os estudos temáticos e os levantamentos necessários ao planejamento e à definição das áreas de implantação dos corredores, as atividades de mobilização, conscientização e engajamento de comunidades e proprietários, assim como o apoio ao planejamento das propriedades rurais abrangidas. Esses processos devem considerar as comunidades e as organizações dos moradores como protagonistas e buscar a efetiva participação destes na construção e na implementação das propostas.

Poderão ainda ser incluídas atividades de educação ambiental e capacitação de agentes comunitários, produtores e proprietários rurais, indígenas, quilombolas, caiçaras, extensionistas, professores, estudantes e outras categorias da população envolvida desde que demonstrada a importância dessas atividades no processo de viabilização do corredor. Quando a proposta envolver, diretamente, propriedade(s) privada(s), a exemplo da recuperação de áreas com espécies nativas,

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deverá ser comprovada a formalização da concordância (por meio de uma declaração) e o compromisso do(s) proprietário(s) quanto à manutenção futura das áreas e a averbação das reservas legais envolvidas no projeto até no máximo doze (12) meses após o início da implementação do projeto.

No caso de projetos que visem à recuperação da vegetação de áreas de preservação permanente e de reserva legal, as propostas deverão seguir os critérios estabelecidos no Código Florestal (Lei nº 4.771, de 15/09/1965, Medida Provisória n.º 2.166-67, de 24/08/2001, e Resolução do CONAMA n.º 303, de 20 de março de 2002), no que diz respeito a definição, dimensões, finalidade e uso de espécies vegetais, entre outros. 4.4. Restauração e recuperação da cobertura vegetal nativa e outras medidas mitigadoras, do efeito da fragmentação de habitats em áreas de preservação permanente e de reserva legal, áreas prioritárias, de mananciais e de recarga de aqüíferos O propósito central das ações apoiadas por esta linha é desenvolver modelos inovadores e demonstrativos que evidenciem formas e possibilidades de construção de estratégias para a conservação, a preservação e a recuperação ambiental, bem como o uso sustentável dos recursos naturais não-madeireiros. Dessa forma, essa linha apoiará projetos que promovam o enriquecimento e a recuperação das áreas de reserva legal e de preservação permanente e áreas de produção extrativista e agroflorestal e sua integração no planejamento da propriedade rural e dos ecossistemas em que estejam inseridas, ampliando a sua sustentabilidade.

Os projetos que envolvam a recuperação, o enriquecimento e a restauração de cobertura florestal deverão descrever as técnicas e as práticas de recuperação a serem adotadas, incluindo o monitoramento das áreas recuperadas (por, no mínimo, dois anos), os processos sociais de integração e de articulação das instituições locais e as estratégias de envolvimento da população, de forma que se possa avaliar a eficiência econômica, social e ambiental dos modelos propostos.

Em caso de recuperação da vegetação de áreas de preservação permanente e de reserva legal, os projetos devem seguir os critérios estabelecidos no Código Florestal (Decreto n° 750 de 10 de fevereiro de 1993) e na legislação relacionada quanto a definição, dimensões, finalidade e uso de espécies vegetais.

Assim, os projetos deverão demonstrar os benefícios para a biodiversidade, sendo vedado o apoio a monoculturas, mesmo que de espécies nativas. Em caso de serem implantados em propriedades privadas, deverão ser apresentadas (junto com o projeto) as declarações de concordância dos proprietários, bem como o compromisso destes com a manutenção das áreas recuperadas.

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Em reservas legais e em outras áreas de interesse ambiental, sem impedimento legal ao uso econômico, especialmente quando localizadas em propriedades de produção familiar, em áreas comunitárias de pequenos produtores ou de populações tradicionais, o processo de recuperação poderá utilizar sistemas agroflorestais – SAFs, e prever a exploração econômica mediante a elaboração de planos de manejo.

Serão apoiados prioritariamente SAFs com potencial demonstrativo, que priorizem espécies nativas ou de uso tradicional na região (com destaque para aquelas que constituem objeto de exploração extrativa predatória), que favoreçam a maior diversidade de espécies e estratos vegetais e, sempre que for possível e coerente, contemplem culturas de subsistência nos primeiros anos de desenvolvimento. Os SAFs devem, preferencialmente, integrar-se ao conjunto das atividades desenvolvidas e seu desenho e estrutura devem ser construídos a partir de uma visão sistêmica da propriedade rural.

As propostas que envolvam SAFs deverão considerar, além da recuperação ambiental, o potencial econômico, a geração de renda e a segurança alimentar das famílias, bem como a conseqüente diminuição da pressão sobre áreas protegidas ou ecologicamente frágeis.

As propostas poderão incluir, além de atividades específicas de recuperação, a capacitação de produtores, técnicos e lideranças comunitárias, atividades de planejamento participativo, mobilização, conscientização e educação ambiental, bem como outras ações que se mostrem indispensáveis ou auxiliares para que os objetivos do projeto sejam atingidos.

Quando a proposta envolver diretamente propriedade(s) privada(s), a exemplo de recuperação de áreas com espécies nativas, deverão ser comprovados a formalização da concordância e o compromisso do(s) proprietário(s) e\ou comunidades envolvidas (por meio de uma declaração) e o compromisso do(s) proprietário(s) quanto à manutenção futura das áreas e à averbação das reservas legais envolvidas no projeto até, no máximo, doze (12) meses após o início da implementação do projeto.

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4.5. Uso sustentável dos recursos naturais por meio do ecoturismo em áreas de relevância ambiental Esta linha temática visa apoiar projetos de implantação de atividades de ecoturismo ou associadas ao tema. Poderá ser desenvolvido o turismo rural de base comunitária, desde que voltado para a conservação da Mata Atlântica. Essas iniciativas têm demonstrado contribuir significativamente para conscientizar a população sobre a importância da preservação, conservação e recuperação das áreas de relevância ambiental no bioma Mata Atlântica. São atividades que contribuem para o desenvolvimento de novas opções de renda associadas à preservação ou conservação ambiental, promovendo a sustentabilidade econômica das estratégias de conservação.

Poderão ser apoiadas por meio dessa linha: (1) ações de capacitação de mão-de-obra local; (2) educação ambiental; (3) identificação de atrativos naturais, trilhas e potenciais roteiros; (4) interpretação e implementação de trilhas; (5) estudos de capacidade de suporte; (6) estímulo à produção sustentável de artesanato; (7) estímulo à produção rural local direcionada ao ecoturismo; (8) estudos sobre o potencial de inserção do ecoturismo na região de abrangência do projeto; (9) produção de materiais informativos e de divulgação de produtos ecoturísticos; (10) recuperação/adequação de atrativos naturais; (11) apoio à elaboração de planos de desenvolvimento de ecoturismo de caráter local, municipal e micro-regional.

Projetos que envolvam atividades potencialmente geradoras de renda deverão apresentar estratégia de continuidade após o término do apoio do PDA Mata Atlântica. Estes devem descrever os benefícios que trarão para as comunidades envolvidas e também contar com a participação destas na formulação e na implementação da proposta.

Os projetos apoiados por esta linha devem visar ao fortalecimento do ecoturismo na região, com ações voltadas para a educação ambiental, para o fortalecimento do vínculo entre as atividades de geração de renda e para a ampliação das capacidades da população e das comunidades envolvidas no projeto. As ações de capacitação para comunidade local e de melhoria de infra-estrutura nos atrativos naturais poderão beneficiar indiretamente empreendimentos privados ou RPPNs.

Nesta linha, conforme estabelecido no item 11 (Despesas financiáveis e não-financiáveis), somente serão apoiadas propostas de investimento, melhoria de infra-estrutura, assim como aquisição de equipamentos que beneficiem diretamente iniciativas privadas, quando comprovados os benefícios coletivos que estes investimentos venham a proporcionar.

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5. Recursos Disponíveis por Linha Temática Linhas temáticas Recursos

previstos (R$) Apoio à criação e à implantação de UCs federais, estaduais, municipais e privadas

12.000.000,00

Estudos para ampliação e/ou criação de UCs em áreas críticas de expansão urbana, de fronteira agrícola e de fragmentos florestais

1.650.000,00

Elaboração de planos e implantação de microcorredores ecológicos em áreas prioritárias, estabelecendo conectividade com áreas de preservação permanente e de reserva legal em âmbitos local e regional

6.000.000,00

Restauração e recuperação da cobertura vegetal nativa e outras medidas mitigadoras do efeito da fragmentação de habitats em áreas de preservação permanente e de reserva legal, áreas prioritárias de mananciais e de recarga de aqüíferos

14.400.000,00

Uso sustentável dos recursos naturais por meio do ecoturismo em áreas de relevância ambiental

6.000.000,00

TOTAL

40.050.000,00

6. Orientações e Condicionantes Para cumprir os objetivos do PDA Mata Atlântica, as propostas deverão atender aos critérios estabelecidos nesta chamada e no Manual de Operações. Estes deverão ser observados nas etapas de formulação e avaliação do projeto. Nesse aspecto, cabe ressaltar a importância do envolvimento direto das comunidades, o caráter demonstrativo das propostas e a capacidade de disseminação dos resultados obtidos. Igualmente importantes são a consistência técnica e socioeconômica das práticas desenvolvidas e o potencial destas em contribuir com a conservação dos recursos naturais, a preservação e a recuperação ambientais.

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6.1. Orientações gerais Além dos elementos citados acima, as propostas apresentadas devem: − apresentar estratégias de envolvimento direto da comunidade local em

todas as etapas de desenvolvimento do projeto; − estimular a participação de jovens e de mulheres, não só nas

atividades, mas nos processos de gestão e de tomada de decisão; − apresentar parcerias ou estratégia de constituição de parcerias; − incluir e descrever o processo de monitoramento a ser adotado pela

entidade proponente para acompanhar e avaliar o projeto, bem como os indicadores utilizados para isso;

− descrever as metodologias e os procedimentos para garantir a disponibilidade das informações e a disseminação dos resultados;

− apresentar estratégias de comunicação, visando à difusão da experiência em âmbitos local e regional.

− a descrição do contexto e a justificativa dos projetos devem estabelecer relações de coerência entre as propostas apresentadas e as políticas e ações executadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela gestão das UCs envolvidas nos projetos.

− os projetos que envolverem atividades potencialmente geradoras de renda deverão apresentar estratégia de continuidade após o apoio do PDA Mata Atlântica e demonstrar sustentabilidade econômica após o inicio da efetiva geração de receita advinda dessa atividade.

6.2. Áreas prioritárias para a implementação dos projetos − Áreas com potencial para a constituição de mosaicos abrangendo

diversas categorias de UCs. − Áreas já priorizadas por outras instâncias da administração pública e

que apresentem maior potencial para o estabelecimento de parcerias. − Em caso de apoio à criação de novas UCs, terão preferência as

propostas que levem em consideração: � (1) as áreas prioritárias para conservação identificadas pelo

projeto Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO, regulamentado pelo Decreto nº 5.092, de 21 de maio de 2004;

� (2) as áreas já definidas pelo GT do bioma Mata Atlântica criado por meio da Portaria nº 221, de 09 de maio de 2003;e

� (3) as estratégias de articulação de políticas implementadas pelo Ministério do Meio Ambiente.

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− Para projetos que prevejam investimentos em UCs, serão priorizadas

as que tenham plano de manejo aprovado, mas que apresentem alto déficit de infra-estrutura e de logística.

− Para projetos na linha do ecoturismo, serão priorizadas áreas protegidas que já recebem visitação pública, mas que ainda não possuem instrumentos de planejamento (neste caso, os projetos devem apresentar propostas de elaboração de planos que estabeleçam estratégias de desenvolvimento e fortalecimento do ecoturismo de base comunitária).

6.3. Condicionantes para projetos envolvendo UCs públicas − Apoio para ações, como estudos, criação, ampliação ou implantação de

UCs, fortalecimento do Conselho Gestor, ou elaboração e implementação de planos de manejo devem estar enquadradas nas diretrizes do SNUC, observando-se o estabelecido no capítulo IV da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000.

− Junto com a proposta, a entidade proponente deverá anexar uma carta de anuência do chefe da UC.

− A partir da aprovação do projeto, a entidade proponente deverá firmar um “termo de cooperação técnico-financeira” com o órgão gestor da UC.

− No caso de projetos que prevejam o apoio à elaboração dos planos de manejo, as entidades proponentes devem apresentar os roteiros metodológicos a serem utilizados e estes devem seguir as orientações e diretrizes estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela criação e gestão das UCs em questão.

− As propostas devem apresentar mapas em escala disponível na região, descrevendo a localização (pelo menos em forma de croqui) das unidades de conservação envolvidas nas atividades, das áreas a serem reflorestadas, se possível dos fragmentos a serem conectados etc.

− No caso de projetos que prevejam investimentos em UCs ou em sua Zona de Amortecimento, estes só poderão ser realizados se forem contemplados no plano de manejo. Para as UCs que não tiverem plano de manejo aprovado, as obras devem se limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade pretende proteger.

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6.4. Condicionantes específicos para projetos que envolvam RPPNs − Para a implementação de atividades em reservas privadas, as

proponentes deverão apresentar carta de anuência do proprietário. − Investimentos diretos (obras, instalações e equipamentos) em RPPNs

serão limitados a 20% do valor solicitado ao PDA. O proprietário da reserva deve estabelecer termo de uso ou comodato da infra-estrutura financiada de no mínimo, 10 (dez) anos com a entidade proponente ou executora.

− Projetos que envolvam mais de uma RPPN terão os tetos de financiamento indicados pela tabela abaixo:

N° de RPPNs envolvidas no projeto

1 2 3 4 5 6 ou mais

Limites de financiamento dos projetos (em R$1.000,00)

70 150 230 310 400 500

− Poderão ser apoiados os estudos necessários à criação e à elaboração

do plano de manejo das reservas privadas. Quando se tratar, especificamente, da criação de nova RPPN, o proprietário deverá formalizar, mediante declaração com firma reconhecida, a intenção criá-la.

− No caso de projetos que visem apoio a atividades desenvolvidas em uma única RPPN, estes deverão se enquadrar na categoria dos pequenos projetos, conforme as regras estabelecidas no Manual de Operações do PDA Mata Atlântica e nesta chamada.

− Para a implementação de atividades em reservas privadas, as proponentes deverão apresentar carta de anuência do proprietário.

6.5. Orientações sobre monitoramento, sistematização e disseminação das experiências A produção e a disseminação de conhecimentos a partir das lições aprendidas pelas experiências apoiadas são consideradas fundamentais para a realização dos objetivos do PDA. Por isso, o monitoramento, a sistematização e a disseminação dessas experiências constituem elementos centrais a serem considerados na avaliação das propostas.

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A seguir são apresentadas orientações quanto aos procedimentos relacionados com as estratégias de monitoramento e de sistematização, que devem ser levadas em consideração pelos proponentes na elaboração de seus respectivos projetos.

Monitoria dos projetos

Todos os grandes projetos do PDA Mata Atlântica devem obrigatoriamente ter ações de monitoria.

O PDA, depois da aprovação da proposta, disponibilizará um Manual de Monitoria e Avaliação com o objetivo de dar suporte aos projetos, para que estes construam os seus próprios planos de monitoria.

No planejamento do projeto, cada proponente deve elaborar um esboço da estratégia de monitoria, que deverá ser refinada durante o curso de capacitação e nos primeiros meses do projeto.

É importante prever no item Planejamento do projeto as atividades de diagnóstico inicial, de construção participativa do sistema de monitoria, de monitoria ao longo da execução do projeto e de diagnóstico final, com orçamento definido para que essas atividades possam ser efetivamente realizadas. A prática com projetos indica que entre 5% e 20% dos recursos totais devem ser destinados a monitoria e avaliação.

Sistematização das experiências. As avaliações do PDA apresentam diversos resultados positivos da

implementação dos projetos. No entanto, nem sempre os conhecimentos gerados foram suficientemente amadurecidos e apropriados pelas comunidades. Também não estão, na maioria das vezes, organizados de forma a servirem à disseminação e ao embasamento de propostas capazes de influenciar na formulação de políticas públicas.

Para que os projetos realizem a sistematização de suas experiências, os mesmos devem prever as seguintes atividades: − identificação do tema e planejamento da estratégia de sistematização; − levantamento e organização de documentos, fotografias e dados sobre

a produção, a organização social, entre outros; − mobilização das comunidades para o processo de sistematização; − realização de oficinas comunitárias, utilizando metodologias

participativas; − entrevistas com os atores que participaram do projeto e estruturação

de uma narrativa, a qual servirá de base para o produto final da sistematização.

− elaboração da narrativa da sistematização;

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− identificação de produtos (cartilhas, relatórios técnicos, programas de rádio, fitas de vídeo etc.) e de públicos para os quais os resultados da sistematização devem ser direcionados.

Disseminação dos resultados e das lições aprendidas

Disseminar as experiências realizadas e os conhecimentos adquiridos pelos projetos faz parte dos objetivos específicos do PDA.

No PDA Mata Atlântica a disseminação está associada à sistematização das experiências, pois é por meio dessa ferramenta que se tornará possível rever o trajeto percorrido durante a implementação do projeto, visualizar os resultados obtidos e gerar novas lições. O produto da sistematização contribuirá, desta forma, para a difusão e a disseminação das experiências.

A disseminação poderá ser feita por meio de dias-de-campo, cursos, seminários, oficinas, visitas de intercâmbio, exposições e materiais de apoio, tais como vídeos, cartilhas, informativos, programas de rádio, entre outros.

7. Modalidades de Projetos

Serão apoiadas duas modalidades de projetos, com trâmites diferenciados, e determinadas com base nos valores e nos prazos de execução das propostas.

Propostas apresentadas para todas as linhas poderão acessar recursos das duas modalidades de projeto, sendo que no preenchimento do formulário de apresentação o proponente deverá indicar a área prioritária em que o projeto será enquadrado.

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7.1. Pequenos Projetos

Para serem enquadradas nessa modalidade, as propostas deverão ter o valor máximo solicitado ao PDA de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), prazo de execução entre seis meses e dois anos, bem como se adequar a uma das linhas temáticas indicadas acima. Os Pequenos Projetos terão trâmite simplificado, sendo sua análise realizada no âmbito da Secretaria Técnica, conforme descrito no Manual de Operações do PDA Mata Atlântica.

Esses projetos serão atendidos via demanda espontânea, isto é, sem datas ou prazos determinados para recebimento das propostas, até o término dos recursos financeiros. As propostas poderão ser apresentadas à Secretaria Técnica do PDA a qualquer tempo a partir do lançamento desta Chamada.

7.2. Grandes Projetos

Serão considerados Grandes Projetos as propostas com valor solicitado ao PDA acima de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) até o teto de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), que tenham prazo de execução de um a três anos e se enquadrem em uma ou mais linhas temáticas citadas anteriormente.

8. Prazos

A apresentação e o processo de análise e julgamento dos projetos deverão obedecer aos prazos estabelecidos nesta Chamada, conforme quadro abaixo:

Recebimento das propostas 31/05/2005 Análise e julgamento das propostas 30/06/2005 Divulgação dos resultados 15/07/2005

As propostas devem ser apresentadas de acordo com o Manual de

Operações do PDA Mata Atlântica e as diretrizes estabelecidas nesta chamada. Os pequenos projetos, a partir do lançamento desta chamada poderão ser apresentados a qualquer momento.

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9. Duração e Valores

9.1. Duração e valores máximos de apoio financeiro Tipos de Projetos Prazos mínimos e

máximos de apoio

Teto de apoio financeiro

Pequenos Projetos De 6 a 24 meses R$ 70.000,00 Grandes Projetos De 12 a 36 meses R$ 500.000,00

Durante o período de sua vigência, os projetos com execução acima de 12 meses, que demonstrarem necessidade de recursos extras, devido a algum imprevisto, poderão solicitar complementação orçamentária à Secretaria Técnica, desde que estes sejam equivalentes a até no maximo 10% (dez por cento) do valor solicitado ao PDA.

9.2. Limites anuais de repasses de recursos (Grandes Projetos) Prazos de execução dos projetos

Limites anuais de repasses de recursos

Projetos até um ano Até R$ 200.000,00

Projetos acima de um e até três anos

Até 50% do solicitado ao PDA (máximo R$ 250.000,00)

10. Contrapartida Todos os projetos submetidos ao PDA devem apresentar recursos de contrapartida. Contrapartida é a parcela de custos assumida pela entidade proponente/executora e deve sempre estar incluída no custo total do projeto, obedecendo-se aos limites do quadro abaixo. As organizações proponentes deverão prestar contas dos recursos aplicados na contrapartida e manter em arquivo a documentação comprobatória.

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Valor solicitado ao PDA

Contrapartida da entidade

Até R$ 70.000,00 Mínimo de 10% e máximo de 100% do valor solicitado ao PDA

De R$ 70.001,00 a R$ 120.000,00

Mínimo de 20% e máximo de 100% do valor solicitado ao PDA

De R$ 120.001,00 a R$ 500.000,00

Mínimo de 30% e máximo de 100% do valor solicitado ao PDA

Recursos que podem ser considerados contrapartida: − Recursos humanos: valores correspondentes a salários dos membros

da equipe e/ou de técnicos envolvidos na execução do projeto, financiados por outras fontes. Se não houver pagamento de salário, o trabalho voluntário poderá ser quantificado tomando-se por base os valores de mercado.

− Recursos financeiros: recursos provenientes da própria entidade proponente ou de outras fontes, os quais serão alocados a componentes ou atividades-fim do projeto. Em nenhuma hipótese admite-se duplo financiamento, ou seja, custos cobertos por outras fontes não podem ser financiados pelo PDA. Para projetos com ênfase em atividades de geração de renda, sempre que o valor solicitado for igual ou superior a R$ 120.000,00, os proponentes deverão dispor de, pelo menos, 1/3 de contrapartida em dinheiro, na forma de itens que possam ser contabilizados e comprovados. Despesas decorrentes do pagamento de taxas e impostos sobre a aquisição de bens, obras e serviços e do pagamento de salários da equipe do projeto podem ser consideradas parte dessa contrapartida em dinheiro.

− Contribuição da população: essa contribuição poderá ser em forma de trabalho, dinheiro ou bens (doação de material para construir local de reuniões, mutirões, alimentação doada para encontros etc.). Somente a doação em dinheiro ou de bens novos poderá ser considerada parte da contrapartida em dinheiro, quando esta for exigida.

− Equipamentos e material permanente: o uso da infra-estrutura existente (máquinas, veículos, construções, equipamentos) pode ser considerado como contrapartida. O valor a ser considerado deverá equivaler ao uso de determinado bem no período e nas atividades do projeto, e não o valor de venda do bem. O uso de bens ou da infra-estrutura existentes não poderá ser computado como contrapartida em dinheiro

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11. Despesas Financiáveis e não Financiáveis

11.1. Despesas financiáveis O PDA Mata Atlântica apoiará as seguintes despesas: − material de consumo; − custos administrativos com luz, água, telefone, aluguel e outros

necessários ao funcionamento das entidades proponentes /executoras (até 15% do valor total solicitado ao PDA);

− equipe permanente do projeto; − contratação de serviços de terceiros, pessoas físicas e jurídicas; − viagens e seminários (passagens e diárias); − veículos, máquinas e equipamentos (desde que as atividades previstas

justifiquem plenamente essas aquisições). Os recursos relacionados a essas despesas não poderão ser superiores a 20% do valor solicitado ao PDA;

− quando incluírem obras, as despesas relacionadas com as mesmas não poderão ultrapassar 20% do valor solicitado ao PDA, com exceção de projetos de implantação de UCs públicas, nos quais essas despesas poderão chegar a 40% do valor solicitado.

− Investimentos (obras e equipamentos) em RPPNs não poderão ultrapassar 20% do total do valor solicitado ao PDA.

11.2. Despesas não-financiáveis O PDA Mata Atlântica não apoiará despesas referentes a: − taxa de administração ou similar; − elaboração da proposta apresentada; − gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie de

remuneração a pessoas que mantenham vínculo empregatício com instituições da administração pública federal, estadual ou municipal, direta ou indireta;

− pagamentos de taxas (exceto taxa de manutenção de conta corrente), impostos, multas, juros ou correção monetária, inclusive decorrentes de pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos;

− pagamento de dividendos ou recuperação de capital investido;

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− compra de ações, debêntures ou outros valores mobiliários; − financiamento de dívidas; − aquisição de bens imóveis; − publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de

orientação social que não contenham nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou pessoas – servidores ou não – das instituições proponentes ou executoras;

− obras, benfeitorias e equipamentos que favoreçam diretamente empreendimentos privados, exceto nos casos de RPPNs, conforme definido no item anterior;

− apoio à promoção de eventos culturais e recreativos.

12. Habilitação das Entidades Proponentes

Poderão participar desta seleção pública de propostas instituições privadas brasileiras, sem fins lucrativos, que não apresentem pendências com o PDA e com o Ministério do Meio Ambiente. Estão credenciados a submeter propostas e a receber recursos as ONGs, movimentos sociais e organizações de comunidades com mais de um ano de registro legal e que tenham claramente definido em seus estatutos pelo menos uma das seguintes ações: defesa, conservação, recuperação ou uso sustentável dos recursos naturais.

Para se habilitarem, as entidades proponentes deverão apresentar os documentos listados a seguir, em uma via: − ata de eleição e posse da atual administração; − estatuto em vigor; − comprovação de existência legal mínima de 12 (doze) meses e

atribuições estatutárias para atuação na área de meio ambiente, ou histórico de atuação comprovada na área ambiental, ou registro no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas – CNEA/Conama, quando existir;

− inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), do Ministério da Fazenda;

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− termos de compromisso com parceiros na execução do projeto, assinados pelos respectivos representantes legais, confirmando a participação e informando seu papel na parceria.

13. Critérios de Elegibilidade das Propostas Para serem aprovadas, as propostas deverão: − atender às condições estabelecidas nesta chamada e no Manual de

Operações, com o correto preenchimento do Formulário de Projetos e o envio da proposta em papel (duas cópias) e em versão eletrônica (disquete ou CD);

− trazer como anexos: � carta do representante legal da instituição proponente

formalizando a proposta; � cópia simples de todos os documentos necessários para

habilitação da entidade proponente, listados no item 6 desta Chamada (uma via para cada documento);

− conter atividades de monitoria do projeto e custos associados.

14. Encaminhamento das Propostas No encaminhamento, as propostas devem: − atender às condições estabelecidas nesta Chamada e às orientações do

Manual Operacional do PDA Mata Atlântica; − estar em conformidade com os tetos de desembolso e os prazos de

execução estabelecidos;

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− propostas que apresentem obras exigem que sejam anexados:

� projeto ou croqui (desenho) detalhado, indicando áreas e dependências a serem construídas ou ampliadas;

� informações sobre o tipo ou as características da construção a ser realizada (madeira, alvenaria, mista etc.);

� custos e prazo de execução da obra; � documentação comprobatória de propriedade, cessão,

domínio ou posse do terreno; � localização, com endereço completo, onde será

construída/ampliada a obra; � planta com os padrões estabelecidos pelo órgão de

vigilância sanitária competente (no caso específico de implantação de estruturas de beneficiamento).

− trazer em anexo a seguinte documentação em uma via:

� correspondência do representante legal formalizando a

proposta; � cópia simples da ata de fundação e do estatuto em vigor da

entidade; � cópia simples da ata de eleição da atual diretoria registrada

em cartório; � cópia simples e atualizada do cartão do CNPJ; � comprovação de experiência anterior na implementação das

atividades propostas, por meio de currículo institucional; � termos de compromisso com parceiros para a execução do

projeto (quando houver), assinados por seus respectivos representantes legais, confirmando a participação no projeto e informando seu papel na parceria;

� declaração informando se a proposta apresentada tem atividades que receberam ou estão recebendo recursos de outros fundos ou programas e, em caso afirmativo, que atividades foram ou estão sendo financiadas.

Obs.: Nenhum projeto poderá receber duplo financiamento de outro fundo ou programa do Ministério do Meio Ambiente para as mesmas atividades, porém o co-financiamento para atividades complementares é desejável.

As propostas deverão ser remetidas pelos Correios, em envelopes lacrados, para a Secretaria Técnica do PDA, no endereço descrito no item 17 – Disposições Gerais, desta Chamada. A remessa pelos Correios deverá ser feita mediante Registro, devendo o Formulário de Recebimento ser preenchido com o nome e o endereço da instituição proponente. No envelope deverá constar claramente a seguinte referência:

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PDA Mata Atlântica: Proposta para Projetos de Âmbito Local e Regional

Será requerida a apresentação do projeto em 2 (duas) vias impressas não encadernadas, numeradas e ordenadas seqüencialmente, com rubrica obrigatória do coordenador do projeto em cada página, acompanhada, ainda, de 1 (uma) via magnética (disquete ou CD).

15. Critérios de Pontuação de Projetos

A análise e a classificação das propostas apresentadas ao PDA Mata Atlântica serão feitas com base em critérios ambientais, socioeconômicos e culturais, aos quais foram atribuídos valores, atingindo um somatório total de 10 pontos, de acordo com o quadro a seguir:

Planilha de Avaliação Avaliação Quantitativa

Critérios básicos de avaliação (para todas as linhas temáticas)

Pontos (0 a 5)

Peso Pontuação final

1. Diversidade de atores envolvidos* 3 2. Capacidade e experiência de trabalho da proponente

3

3. Contexto e justificativa do projeto 2 4. Clareza e coerência entre objetivos, metas e atividades propostos no projeto

3

5. Caráter demonstrativo das propostas 3 6. Potencial inovador das propostas 3 7. Adequação dos custos às atividades propostas 2 8. Clareza e qualidade da metodologia a ser utilizada na execução do projeto

3

9. Cronogramas de execução e desembolso e a relação entre ambos

2

10. Consistência da estratégia de monitoramento 3 11. Sustentabilidade social 3 12. Sustentabilidade econômica 2 13. Sustentebilidade Ambiental 3 14. Estratégia de sistematização 3 15. Estratégia de comunicação e disseminação 3 16. Estratégia de inserção nos processos de desenvolvimento local sustentável

3

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Critérios específicos para linhas temáticas 4.1, 4.2 e 4.3

Pontos (0 a 5)

Peso Pontuação final

Áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (Workshop da Biodiversidade – Decreto nº 5.092, de 21/05/2004, Portaria MMA no 126, 27/05/2004)

2

Aumenta a proteção e/ou contribui para o aumento da população de espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção

3

Proposta amparada em conjunturas (política socioeconômica, cultural, ecológica) favoráveis à preservação

3

Demonstra o engajamento de comunidades abrangidas pela área do projeto na construção das suas estratégias e implementação das suas atividades.

3

Critérios específicos para linha temática 4.4 Pontos (0 a 5)

Peso Pontuação final

*Agrega diversidade de atores envolvidos 3 Demonstra engajamento de comunidades tradicionais (índios, pescadores, agricultores, quilombolas, caiçaras) nas atividades

3

Contempla a reabilitação de APPs e de reservas legais 3 Desenvolve aspectos econômicos e resulta na geração de renda

2

Critérios específicos para Linha 4.5

Pontos (0 a 5)

Peso Pontuação final

*Agrega diversidade de atores envolvidos 3 Demonstra o engajamento de comunidades tradicionais (índios, pescadores, agricultores, quilombolas, caiçaras) nas atividades

3

Desenvolve aspectos econômicos e resulta na geração de renda

3

Envolve programa / atividades de educação ambiental 2 Avaliação Quantitativa Final Total Pontuação Final x 2 = [ ] 55 [ ] Recomendado [ ] Não Recomendado * número de parcerias horizontais com representações institucionais e compromissos formalmente definidos

Após a análise da proposta, a Câmara Técnica deve emitir um parecer global, composto pela Avaliação Quantitativa Final e por uma Avaliação Qualitativa, que classifica a proposta em:

− Recomendada (RE) – quando esta atende ao conjunto de critérios de

seleção do PDA Mata Atlântica, atingindo pontuação na Avaliação Quantitativa Final igual ou superior a 7,0 (70% da pontuação máxima);

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32

− Não Recomendada (NR) – quando a proposta não atende aos critérios de seleção para enquadramento no PDA Mata Atlântica e não apresenta condições mínimas de reformulação, atingindo pontuação inferior a 7,0 na Avaliação Quantitativa Final.

As propostas recomendadas pela Câmara Técnica serão encaminhadas

à Comissão Executiva para sua avaliação, podendo ser aprovadas, aprovadas com condições ou reprovadas. Critérios de Desempate

Em caso de empate, serão selecionadas as propostas que apresentarem maior pontuação no somatórios dos critérios específicos para cada linha temática.

16. Divulgação dos resultados

A divulgação dos resultados desta Seleção deverá ocorrer até o dia 15 de julho de 2005. Os resultados serão informados diretamente pela Secretaria Técnica do PDA e disponibilizados na Internet, no endereço eletrônico do MMA (http://www.mma.gov.br/ppg7/pda).

17. Assinatura do Contrato

As entidades com propostas aprovadas serão convocadas para apresentação da documentação original de habilitação das proponentes e assinatura do contrato.

Além da documentação exigida no item 12 (Habilitação das Entidades Proponentes), para assinatura do contrato será exigida a seguinte documentação:

Page 33: Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00),

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− Regularidade para com a Fazenda Federal (certidão negativa de

tributos e contribuições federais), com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (certidão quanto à dívida ativa da União) e com a Fazenda Estadual e Municipal;

− Regularidade relativa à seguridade social, expedida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS;

− Regularidade relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço– FGTS, expedida pela Caixa Econômica Federal.

A título de comprovação desta documentação será admitida a

apresentação dos documentos em original, em cópia autenticada por cartório ou, ainda, na forma de publicação em imprensa oficial.

O não-atendimento à convocação num prazo máximo de 90 (noventa) dias a partir da notificação ou a não aceitação do termo de contrato caracterizará desistência da instituição.

18. Disposições Gerais

Uma mesma organização poderá apresentar proposta em resposta a uma Chamada Nacional e também à Chamada Local e Regional e além disso poderá implementar, paralelamente, um projeto do Componente Consolidação do PDA. Sendo que, em resposta à Chamada de projetos locais e regionais poderá apresentar uma proposta de grande projeto ou até três propostas de pequenos projetos, desde que implementados em períodos diferentes.

Uma mesma instituição poderá ser parceira em outro projeto, sem prejuízo para o projeto em que figure como proponente. No caso de dois ou mais projetos relacionados à esta chamada, enviados pela mesma instituição proponente, as duas ou mais propostas serão consideradas inabilitadas por não estarem em concordância com os termos desta chamada.

É um princípio do PDA estimular a formação e o fortalecimento de parcerias para a implementação das propostas. No PDA Mata Atlântica, pelas especificidades relacionadas à sua temática, estas são ainda mais importantes. Projetos que apresentarem estratégias consistentes de formação e de fortalecimento de parcerias serão valorizados na análise.

Page 34: Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00),

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No caso de sobreposição entre áreas de abrangência de duas ou mais propostas, que implique duplicidade de esforços, somente a mais bem classificada, segundo os critérios definidos nesta Chamada, será passível de apoio.

As instituições parceiras que integrem a execução da proposta selecionada deverão reportar-se unicamente à instituição proponente, não adquirindo direitos ou recebendo recursos diretamente do PDA Mata Atlântica.

Não será admitida a agregação de documentos e substituições, acréscimos ou modificações no conteúdo das propostas encaminhadas depois de esgotado o prazo fixado para apresentação das mesmas. Serão inabilitadas as propostas que: − forem encaminhadas depois do prazo fixado no item 8, sendo que, para

efeito de verificação do prazo, será considerada a data de postagem gravada pelos Correios nos envelopes e no Aviso / Protocolo de Recebimento;

− não obedecerem rigorosamente aos termos e às disposições desta Chamada.

As propostas e os documentos das entidades inabilitadas ou não

selecionadas serão colocados à disposição das instituições proponentes na Secretaria Técnica, a partir da data de divulgação dos resultados. Os não reclamados até 60 (sessenta) dias da data fixada serão descartados.

Para todos os efeitos legais, as disposições desta Chamada, bem como os projetos aprovados das instituições proponentes, serão partes integrantes e complementares de cada instrumento jurídico assinado, independentemente de transcrição.

A critério da Secretaria Técnica do PDA, ouvida a Comissão Executiva, os valores e os percentuais consignados para esta Chamada poderão ser alterados em razão de eventuais mudanças ou determinações superiores na ordem econômica do País.

A Comissão Executiva do PDA é a autoridade competente para homologar o resultado final da presente seleção de projetos, para decidir quanto à inabilitação de proponentes ou desqualificação de propostas, anulação parcial ou total desta seleção, bem como quanto à sua revogação. As decisões pertinentes à anulação ou revogação, assim como aquelas relativas à aplicação das penalidades previstas serão comunicadas pela Secretaria Técnica do PDA. Não serão aceitos recursos à decisão da Comissão Executiva.

Quaisquer materiais, produtos, publicações, apresentações produzidos e/ou realizados no âmbito dos projetos apoiados

Page 35: Componente Ações de Conservação da Mata Atlântica · enquadrem nas modalidades pequenos projetos (até R$ 70.000,00) e grandes projetos (entre R$ 70.000,00 e R$ 500.000,00),

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devem apresentar a logomarca do PDA, do Ministério do Meio Ambiente, do Governo Federal e da Cooperação Brasil-Alemanha, de modo a garantir a publicidade do apoio recebido.

A qualquer tempo esta Chamada poderá ser revogada ou anulada, no todo ou em parte, por motivo de interesse público, sem que isso implique direito a indenização de qualquer natureza.

O Manual de Operações do PDA Mata Atlântica e todos os seus anexos passam a fazer parte integrante desta Chamada.

Informações e esclarecimentos complementares pertinentes a esta seleção de projetos poderão ser obtidos diretamente na Secretaria Técnica do PDA, no seguinte endereço:

Secretaria Técnica do PDA Projetos Demonstrativos PDA – Mata Atlântica Caixa Postal 10.891 – CEP 70306-970 – Brasília – DF ou W3 Sul SCRS 514 - Bloco B - Loja 69 - 2º andar CEP 70380-515 – Brasília – DF Tel.: (0xx61) 4009-9256 Fax: (0xx61) 4009-9271 Correio Eletrônico: [email protected] [email protected]