complexo dentino-pulpar- camilla bringel

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UNIVERSIDADE CEUMA COORDENAÇÃO GERAL ÁREA DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA DENTÍSTICA RESTAURADORA Camilla Bringel Rêgo PROTEÇÃO AO COMPLEXO DENTINO-PULPAR

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Page 1: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

UNIVERSIDADE CEUMACOORDENAÇÃO GERAL ÁREA DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIADENTÍSTICA RESTAURADORA

Camilla Bringel Rêgo

PROTEÇÃO AO COMPLEXO DENTINO-PULPAR

Page 2: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Proteção ao Complexo

Dentino - Pulpar

Page 3: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

COMPLEXODENTINO-PULPAR

Page 4: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

O conjunto esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa.

Ao mesmo tempo estes tecidos se protegem mutuamente.

O esmalte é um tecido duro - 12% de água + comp. Orgânicos - 88% de hidroxidohapatita

A dentina é um tecido

Resistente ao desgasteImpermeávelBom isolante térmico

PermeávelPouco resistente ao desgasteBoa condutora de eletricidade

ESMALTE/DENTINA

SE

PROTGEM

Extremamente friável

Possui resiliência

- 25% de água- 30% fibras- 45% de hidroxihapatita

Page 5: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

DENTINA

DENTINA PRIMÁRIA

• Mais superficial• Produzida: Por odontoblastos primários antes da apicogênese • Túbulos

Bem organizadosRegularesParalelos entre si

• Bem mais permeável

DENTINA SECUNDÁRIA•

Produzida

Por odontoblastos primários após a apicogêneseDurante toda vida útil do denteResponsável pela diminuição da câmera pulpar

• TúbulosMais tortuosos que a primáriaDensidade por área é menor que a primária

ESTÍMULOFISIOLÓGICO- alimentação - mudanças de

temperatura, etc.

Page 6: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

DENTINA TERCIÁRIA

• Estímulos Patológicos• Produzida: Por odontoblastos secundários - Só se produz diante de uma agressão RÁPIDA= REPARADORA

LENTA= REACIONAL• É menos mineralizada e extremamente porosa

• Pode apresentar células e vasos incluídos em sua matriz

• TúbulosPoucosMais tortuososMais desorganizadosDensidade por área bem maior que na dentina secundária

Page 7: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

DENTINA ESCLEROSADA

• Associada ao envelhecimento• Deposição peritubular Vedamento dos túbulos dentinários

Diminuindo a luz do túbulo

• Proteção natural da polpaAlto teor mineralMenos permeável

• Ocorre lesão e degeneração dos processos odontoblásticoos

Page 8: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Teoria Hidrodinâmica - movimentação do fluido dentinário pressiona as terminações nervosas causando a sensação dolorosa.

Teoria Hidrodinâmica - movimentação do fluido dentinário pressiona as terminações nervosas causando a sensação dolorosa.

DENTINA

Page 9: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

• Tecido conjuntivo

Características

REAÇÃO DEFENSIVSA

TECIDO PULPAR

- Diferenciado - Ricamente inervado- Vascularizado

Produção e nutrição de dentina

Alertar qualquer injúria ao elemento dentário DOR

- Responsável pela vitalidade do dente

INJÚRIA MENOR = formação dentina reacional

INJÚRIA MAIOR = reação inflamatória

Page 10: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Sempre que um dente tenha necessidade de ser restaurado é necessário que a vitalidade pulpar seja

preservada por meio de adequada proteção e cuidados relativos aos procedimentos clínicos.

PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-

PULPAR

Page 11: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

ASPECTOS IMPORTANTES Idade do paciente; Condição pulpar; Volume da câmara pulpar; Profundidade da cavidade; Dentina secundária e esclerótica; Diâmetro dos túbulos; Características/ sintomatologia; Tipo de Injúria.

Page 12: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

VOLUME DA CÂMARA PULPAR

POLPA -JOVEM POLPA-ADULTOMELHOR RESPOSTA

(+ cautela na remoção da cárie)POLPA MAIS LONGE

(- risco de exposição acidental)

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Cárie - Origem Bacteriana

Trauma - Origem Mecânica

Preparo cavitário- Origem Física

Materiais- Origem Química

FATORES DETERMINANTES A INJÚRIA PULPAR

Page 14: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

CUIDADOS RELACIONADO AOS PROCEDIMENTOS CLÍNICOS;

ADEQUADA LIMPEZA E PROTEÇÃO DO PREPARO CAVITÁRIO DE ACORDO COM SUA PROFUNDIDADE.

DEVE-SE RESPEITAR:

Page 15: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

RELATIVO AOS PROCEDIMENTOS CLÍNICOS

PREPARO CAVITÁRIO

-Condicionamento ácido e secagem;

-Qualidade das brocas;

-Refrigeração das Turbinas;

-Vibração.

Page 16: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

RELATIVO AOS PROCEDIMENTOS CLÍNICOS

LIMPEZA CAVITÁRIA

Page 17: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

RELATIVO AOS PROCEDIMENTOS CLÍNICOS

SECAGEM DA CAVIDADE

Bolinhas de algodão ou curtos jatos de ar, o uso de ar por 10s ou

mais causam desorganização

da camada odontoblástica

Page 18: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Superfície de brocas confeccionadaspor dois sistemas distintos

Superfície de brocas confeccionadaspor dois sistemas distintos

Brocas desgastas após o uso

Brocas desgastas após o uso

Qualidade das brocas

Page 19: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Refrigeração das Turbinas

Page 20: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Vibração

Page 21: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

• AGENTES DESMINERALIZANTES- Ácido fosfórico- Ácido poliacrílico e EDTA

• AGENTES NÃO-DESMINERALIZANTES

RELATIVO AOS AGENTES CAVITÁRIOS

- Clorexidina a 2%- Solução de Hidróxido de calcio (PA) + Agua destilada - Fluor fostato acidulado

AGENTES DE LIMPEZA CAVITÁRIA• Aplicados após preparo cavitário;• Reduz número de bactérias na dentina;• Promove adequada limpeza do preparo cavitário.

Page 22: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Um material protetor ideal se tiver as seguintes características: Ser um bom isolante térmico e elétrico; Ser bactericida e bacteriostático; Ter adesão à estrutura dentária; Estimular a formação de dentina reparadora; Biocompatível;

AGENTES PROTETORES

- Vernizes - Cimentos de Hidróxido de Cálcio- Cimento de Ionômero de Vidro- Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol- Fluor Fosfato Acidulado- Adesivos Dentinários

SÃO ELES:

PROTEÇÃO COMPLEXO DENTINO-PULPARRELATIVO AOS AGENTES CAVITÁRIOS

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• São compostos à base de resina dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona; • O solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora que

veda com eficiência a superfície dentinária;• Inibem a penetração de Íons metálicos;• Evitam a infiltração marginal.• Hidroxiapatita sintética

INDICAÇÃO:- Restauração com Amálgama

EX:.Verniz Caulk (Dentsply).

Vernizes Cavitários

Page 24: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Produtos a base de Hidróxido de Cálcio Bastante difundidos e muito utilizados. Possui Ph alcalino, solúvel, biocompatível e bacteriostático. Neutralizam os ácidos- migram para a polpa Induz a formação de dentina reparadora INDICAÇÃO:• Área de exposição pulpar (Hidróxido de Cálcio-PA);• Usado muito próximo da polpa (Hidróxido de Cálcio- Pasta);

APRESENTAÇÃO:• Solução: limpeza e hemostasia• Suspensão: Forramento• Pó: Capeamento Direto• Cimento: Capeamento Indireto

Page 25: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Hidróxido de Cálcio

Page 26: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Possuem as mais diferentes composições e comportamentos físicos e biológicos.

# Os mais utilizados em forramentos e proteção são:

Cimentos Dentários

Óxido de zinco e eugenol (OZE) Apresenta efeito terapêutico sobre a polpa. Baixa resistência mecânica. Péssima adesividade à estrutura dental. Inibe a polimerização das resinas compostas e adesivos dentinários.

Ionômero de vidro (CIV) Promove a remineralização pela liberação de flúor. Coeficiente de expansão térmica-linear próximo ao da dentina. Biocompatível. Excelente resistência como protetor e/ou forrador.

Page 27: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

ÓXIDO DE ZINCO E EUGNOL

CIMENTO DE IONÔMERO DE

VIDRO (FORRADOR)

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Cavidades Rasas- Cavidades em esmalte ou ultrapassando 0,5 a 1,0 mm da junção

amelodentinária;

Cavidades Médias - Cavidades com 1mm ou mais de dentina remanescente entre o assoalho e a

polpa;

Cavidades Profundas- Cavidades com até 0,5mm de dentina remanescente entre o assoalho e a polpa;

Cavidades Muito Profundas- Cavidades com até 0,5mm ou menos de dentina remanescente entre o assoalho e a polpa.

PROFUNDIDADE DAS CAVIDADES

Page 29: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

PROFUNDIDADE DAS CAVIDADES

Page 30: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

PROFUNDIDADE DA CAVIDADE

AGENTE DE LIMPEZA

PROTEÇÃO INTERMEDIÁRIA

RASA/ MÉDIA - Solução de

Hidróxido de cálcio - Flúor

Flúor

PROFUNDA - Solução de Hidróxido de cálcio - Flúor

Cimento de Ionômero de vidro

MUITO PROFUNDA

- Solução de Hidróxido de cálcio

- Flúor

Hidróxido de Cálcio + CIV

RESTAURAÇÃO /AMÁLGAMA

INDICADORES DOS AGENTES PROTETORES

Irá determinar qual o tipo de proteção que deverá ser utilizado.

Page 31: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

PROFUNDIDADE DA CAVIDADE

AGENTE DE LIMPEZA

PROTEÇÃO INTERMEDIÁRIA

RASA/ MÉDIA Condicionamento

ácido + Clorexidina 2%

Sistema Adesivo

PROFUNDA Clorexidina 2% CIV + Sist. Adesivo

MUITO PROFUNDA Clorexidina 2%

POLPA JOVEM Hid.Cálcio + CIV.+

Sist. AdesivoPOLPA

ENVELHECIDACIV + Sist. Adesivo

RESTAURAÇÃO/RESINA COMPOSTA

INDICADORES DOS AGENTES PROTETORES

Page 32: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

RELAÇÃO

CIV

Solúvel;Aplicação somente no ponto mais fundo da cavidade.

Protege o Hid. De Cálcio;Adesão a estrutura dental na parede pulpar e circundantes.

Page 33: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Tratamento expectante Capeamento pulpar indireto

Capeamento pulpar direto

Curetagem pulpar

Pulpotomia

TRATAMENTO CONSERVADOR DA POLPA

Page 34: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Capeamento pulpar indireto

Evitar exposição pulpar durante preparos em cavidades

profundas.

REMOÇÃO PARCIAL DO TECIDO CARIADO

INDUÇÃO DE DENTINA REPARADORA

Page 35: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Remover dentina superficial;Deixar dentina infctada nas paredes circundantes; Hidróxido de cálcio (PA)Pasta de Hidróxido de Cálcio + Pasta de óxido de zinco e eugenol

APÓS 45 DIAS

Realizar teste de vitalidade pulpar;Remoção total do tecido cariado;Restaurar como cavidade muito profunda.

TRATAMENTO EXPECTANTE:Capeamento Pulpar Indireto

Page 36: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

TRATAMENTO EXPECTANTE: Capeamento Pulpar Indireto

RESULTADO RADIOGRÁFICO

Page 37: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Tem sangramento traumaPequena exposição acidental durante preparo cavitário

Polpa coronária clnicamente vital e reversível

Exposição por trauma: Maximo 24 horas.

Capeamento pulpar direto

Page 38: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

Capeamento pulpar direto• Anestesia • Isolamento• Remoção do tecido cariado• Preparo e exposição acidental• Lavagem da cavidade Soro fisiológico• Hemostasia e secagem da cavidade• Aplicação de corticosteróides OTOSPORIN (5 min.) • Hidróxido de Cálcio-PA (pó)• Cimento Hidróxido de Cálcio• Remoção dos excessos das paredes laterais

• Restauração

• Teste de vitalidade (Na segunda visita do paciente)• Proservação de 6 em 6 meses• Prognóstico Duvidoso

Bolinha de algodão

Provisória > CIVImediata > Resina/Amálgama

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PULPOTOMIACURETAGEM PULPAR

MAIOR EXPOSIÇÃO ACIDENTAL DA POLPA

REMOÇÃO PARCIAL DA

POLPA CORONÁRIA

REMOÇÃO TOTAL DA

POLPA CORONÁRIA

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vermelho vivo

resistente ao corte

abundante

Extensão do processo inflamatório

DIAGNÓSTICO

Sangramento

Consistência

Page 41: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

- Abertura:

- Anestesia;

- Isolamento absoluto ;

- Excisão de toda polpa coronária;- Lavagem com soro fisiólógico;- Hemostasia e secagem da cavidade;- Apicação de corticosteroide (OTOSPORIN- 10 a 15 min.)

PULPOTOMIA

- Remoção total do tecido cariado;- Remoção do teto da câmara pulpar;

Page 42: Complexo Dentino-Pulpar- Camilla Bringel

- Aplicação do Hidróxido de cálcio PA sobre o remanescente pulpar;- Aplicação do Cimento de Ca(OH)2 ;

- Remoção dos excessos das paredes laterais;

- Restauração imediata ou provisória;

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RESULTADO RADIOGRÁFICO

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PROSERVAÇÃO

Em torno de 94% dos casos Ausência de sintomatologia

Normalidade dos tecidos perapicais

Barreira mineralizada Vitalidade pulpar

Presença de coágulos extra pulpares

Presença de fragmentos de dentina na polpa radicular

Aplicação inadequada do hidróxido de cálcio

Selamento provisório por tempo prolongado

Suce

sso

Causas de insucessos

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