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Complementos Desenvolvimento E conômico Complementos Políticas Sociais no Brasil Brasil PolPúblicas/RealidadeBras/Planej. APO 2015 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected]

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Complementos Desenvolvimento Econômicoconômico

Complementos Políticas Sociais no BrasilBrasil

PolPúblicas/RealidadeBras/Planej.APO 2015

Prof. Waldery Rodrigues Jr.y [email protected]

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• Complementos Desenvolvimento Econômico– IndústriaAgropecuária– Agropecuária

– Serviços– Turismo– Pesca e Aquicultura– MineraçãoCiê i T l i I ã– Ciência, Tecnologia e Inovação

• Complementos Políticas Sociais no Brasil– EducaçãoEducação– Cultura– Saúde, Trabalho e Renda– Assistência Social– Saneamento e Habitação– Segurança pública e direitos humanosSegurança pública e direitos humanos. 

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IndústriaIndústria

• Contas NacionaisContas Nacionais• Política Industrial

i d i li ã ?• Desindustrialização?• Produtividade e crescimento econômico

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Referências Bibliográficas ‐ Indústria:Referências Bibliográficas  Indústria:

• O Futuro da Indústria no Brasil – Edmar Bacha e Monica B. De Bolle (2013)

• Política Industrial e Comercial para um Mundo em Transformação: Uma Agenda para 2015 – CláudioTransformação: Uma Agenda para 2015  Cláudio Frisctak e Maurício Mesquita Moreira (2014)

• Cláudio Frischtak‐ Perspectivas para a indústria brasileira (2012)brasileira (2012)

• Origens e Consequências dos Padrões de Industrialização no Brasil (RELEITURA SOB UMA ÓTICA FISHLOWIANA) R i B lli A d C lFISHLOWIANA) ‐ Regis Bonelli e Armando Castelar Pinheiro (2015)

• Blog Mansueto Almeida  (2014, 2015)g ( , )

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C t N i i I dú t i S iContas Nacionais: Indústria e Serviços

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Contas Nacionais:Contas Nacionais:

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"O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate". Por Edmar Bacha e Monica Baumgarten de Bolle:

• Apresentação 7 Pedro S. Malan • Introdução 13 Edmar Bacha e Monica Baumgarten de Baile • I. Industrialização brasileira em perspectivaI. Industrialização brasileira em perspectiva 

– 1. Origens e consequências da substituição de importações: 40 anos depois ‐Albert Fishlow 

– 2. DesindustriaJização no Brasil: fatos e interpretação ‐ Regis Bonelli, S l P Sil i MSamuel Pessoa e Silvia Matos 

– 3. Política industrial brasileira: motivações e diretrizes ‐ Luiz Schymura e Mauricio Canédo Pinheiro 

• II Macroeconomia da desindustrialização recenteII. Macroeconomia da desindustrialização recente – 4. Bonança externa e desindustrialização: urna análise do período 2005‐

2011 ‐ Edmar Bacha – 5. Por que a produção industrial não cresce desde 20i0? ‐ Affonso Celso 

Pastare, Marcelo Gazzano e Maria Cristina Pinotti – 6. Urna nota sobre a desaceleração recente da indústria brasileira ‐ Beny 

Pames e Gabriel Hartung – 7 Análise da dinâmica da produção industrial entre 2008 e 2012 ‐ Ilan7. Análise da dinâmica da produção industrial entre 2008 e 2012  Ilan 

Goldfajn e Aurélio BicalhoComplementos‐DesenvEcon_PolSociais‐Prof._Waldery_Rodrigues_Jr‐APO_2015 12

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• III. Padrões de comércio e política industrial – 8. Commodities no Brasil: maldição ou bênção? Sergio G. Lazzarini, Marcos 

Sawaya Jank e Carlos F. Kiyoshi V. Inoue – 9. Desempenho industrial e vantagens comparativas reveladas. Sandra 

Polónia Rios e José Tavares de Araujo Jr. – 10. Novos padrões de comércio e política tarifária no Brasil Renato Baumann e 

Honório KumeHonório Kume • IV. Política industrial: aspectos gerais 

– 11. Padrões de política industrial: a velha, a nova e a brasileira ‐Mansueto de Almeida 

– 12. Um conflito distributivo esquecido: notas sopre a economia ‐ política da desindustrialização Vinicius Carrasco e João Manoel Pinho de Mello 

– 13. Diversificação da economia e desindustrialização ‐ Tiago Berriel, Marco Bonomo e Carlos Viana de Carvalho V Política industrial: conteúdo localBonomo e Carlos Viana de Carvalho V. Política industrial: conteúdo local, inovação e tributação 

– 14. Uma avaliação da política de conteúdo local na cadeia do petróleo e gás ‐Eduardo Augusto Guimarães 15 P lí i i d i l i ã áli d lh i i– 15. Política industrial para inovação: uma análise das escolhas ‐ setoriais recentes Leonardo Rezende 

– 16. Abertura, competiÚvidade e desoneração fiscal ‐ Rogério L. F. Werneck – 17 Estabilizadores automáticos e política industrial ‐ Fernanda Guardádo e17. Estabilizadores automáticos e política industrial  Fernanda Guardádo e 

Monica Baumgarten de BolleComplementos‐DesenvEcon_PolSociais‐Prof._Waldery_Rodrigues_Jr‐APO_2015 13

Page 14: Complementos Desenvolvimento Econômico Complementos ... · Complementos Desenvolvimento ... • Como indicado pelo subtítulo, esse livro é estimulado pelo renas‐cimento

• Estud. Econ. vol.44 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2014• http://dx.doi.org/10.1590/S0101‐41612014000100007• RESENHA BIBLIOGRÁFICA••• John WilliamsonI; Roberto ZaghaII• IE‐mail: [email protected]

IIE il h @ ilIIE‐mail: [email protected]•• Um ensaio sobre "O futuro da indústria no Brasil: 

desindustrialização em debate". Por Edmar Bacha e Monica Baumgarten de Bolle

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• Como indicado pelo subtítulo, esse livro é estimulado pelo renas‐cimento do debate sobre desindustrialização no Brasil. A questão fundamental é saber se o fracasso do crescimento industrial no Brasil vai levar a uma desaceleração geral da economia e, por outro lado, se um crescimento industrial mais rápido é a chave para o crescimento acelerado. Antes de entrar na discussão do conteúdo do livro, será útil começar com uma breve síntese de nossa visão do desenvolvimento, que é bastantebreve síntese de nossa visão do desenvolvimento, que é bastante ortodoxa.

• Tomamos por certo que países em desenvolvimento possam crescer mais rapidamente em termos de renda per capita do que os avançados, b i d ibilid d d h ã f d labrindo, portanto, a possibilidade de catch‐up. A razão fundamental para isso é que é mais fácil aprender o que já existe em termos de tecnologias, políticas e instituições do que inventá‐las. A absorção desse conhecimento toma várias formas: importações de bens de capital,conhecimento toma várias formas: importações de bens de capital, investimento estrangeiro, investimentos em educação, "aprender‐fazendo", estudos no exterior, participação em conferências internacionais, e assim por diante. Isso não quer dizer que nenhuma inovação ocorre nos países em desenvolvimento: a indústria aeronáuticainovação ocorre nos países em desenvolvimento: a indústria aeronáutica do Brasil ou a agroindústria, a indústria farmacêutica da Índia, e a eletrônica da China são exemplos.

• No entanto, a maior parte do crescimento econômico acelerado depende , p pda adoção de tecnologias já inventadas e usadas no mundo desenvolvido.

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• "Catching‐up" não é apenas uma possibilidade teórica. Já aconteceu e mudou a vida de centenas de milhões de pessoas. Japão, Coreia, Taiwan e Cingapura são exemplos de países cuja renda per capita alcançou as de economias avançadas em duas gerações (60 anos) A China tem crescido aeconomias avançadas em duas gerações (60 anos). A China tem crescido a taxas anuais superiores a 10 por cento nas últimas três décadas, uma façanha sem precedentes na história da humanidade. A renda per capitada China, que atingia menos de 3 por cento da renda per capita dos EUA (em termos de paridade de poder de compra) em 1980, chegou a 19 por cento em 2010 (último ano para o qual existem dados disponíveis para a renda per capita em termos de PPC). No mesmo período, a renda per capita da Coreia cresceu de 21 por cento da renda perrenda per capita da Coreia cresceu de 21 por cento da renda per capita dos EUA para 64 por cento. Dentro de 20 anos, a renda per capita da China deverá chegar à média de hoje dos países da OCDE. As altas taxas de crescimento dos países do Leste Asiático têm sido facilitadas pela ind striali ação orientada para a e portaçãofacilitadas pela industrialização orientada para a exportação, investimentos maciços em infraestrutura e educação, taxas de câmbio estáveis e altamente competitivas, e poupança elevada. Se a extensiva intervenção do Estado para promover algumas indústrias ajudou muito é ç p p g juma questão ainda sujeita a controvérsias. Há também o exemplo de Hong Kong, que cresceu de forma semelhante sob a forma mais pura que o mundo já tenha visto de laissez‐faire (pelo menos até que os países bálticos alcançaram a independência) Em contraste com suas taxasbálticos alcançaram a independência). Em contraste, com suas taxas recentes de crescimento, o Brasil vai precisar de vários séculos para atingir os padrões de vida no Ocidente.

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• Bem antes da decolagem da Ásia do Leste, o Brasil também conheceu um crescimento econômico acelerado por um período bastante longo. Entre o final da Primeira Guerra Mundial em 1918 e 1980, o PIB cresceu a uma taxa composta de 6,3 por cento, uma taxa comparável com o desempenho mais recente dos países da , p , p p pÁsia do Leste. Não foi um processo fácil. Ao longo desses 60 anos, houve períodos de crescimento superior a 10 por cento ao ano, bem como períodos em que o crescimento foi negativo ou marginal. A inflação foi um problema quase permanente. Houve crises de balança de pagamentos. Houve ditaduras militares e p ç p gretornos à democracia. Durante 1932‐1939, enquanto o resto do mundo estava mergulhado na Grande Depressão, a indústria no Brasil cresceu a uma taxa de 9 por cento ao ano. Este foi um resultado de uma desvalorização maciça provocada pela queda no valor das exportações e do impacto imprevisto da política de apoio aos q p ç p p p ppreços do café, que levou à adoção de políticas fiscais e monetárias expansionistas ‐ políticas keynesianas impulsionadas pela necessidade política de proteger os rendimentos dos influentes fazendeiros de café. Durante os anos 1940 e 1950, o Estado tomou uma série de iniciativas para acelerar a industrialização do país p ç pquando algumas das maiores empresas públicas do Brasil foram criadas, como a Companhia do Vale do Rio Doce em 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional em 1942, a Petrobrás em 1952. Houve uma abertura da economia na década de 1960 e um retorno ao protecionismo na década de 1970. Este não é o lugar para rever o p g pdetalhe das políticas econômicas ao longo desses 60 anos, basta lembrar que o processo não foi linear; houve mudanças bruscas, correções, mas, talvez principalmente, houve a vontade política de crescer. O resultado foi altamente positivo.p

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• O crescimento do Brasil parou em 1980. Se o crescimento tivesse continuado às taxas dos 60 anos anteriores, a renda per capita do Brasil hoje seria o dobro do que é. Mas o que aconteceu foi que o crescimento do PIB foi próximo de zero nos anos dacrescimento do PIB foi próximo de zero nos anos da década de 1980, pouco acima da taxa de crescimento populacional nos anos da década de 1990, e um pouco i d 2 i 2000 12 (2 2acima de 2 por cento per capita em 2000‐12 (2.2 por 

cento para ser exato)—uma taxa apenas suficiente para alcançar a muito longo prazo a renda per capita das ç g p p peconomias avançadas, na qual a taxa secular de crescimento per capita está em torno de 2 por cento ao ano Como resultado a renda per capita do Brasil caiu deano. Como resultado, a renda per capita do Brasil caiu de 32 por cento da renda per capita dos EUA, em 1980, para 20 por cento em 2010.

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• Começando em 1980, o crescimento da produtividade total dos fatores (TFPG) foi negativo durante duas décadas, como documentado em vários estudos.1 Começou a aumentar nos anos 2000, quando o crescimento econômico acelerou‐se um pouco. Uma das razões para o longo período de TFPG baixa ou negativa é que o p p g p g qemprego cresceu mais rapidamente em atividades de menor produtividade, principalmente no setor informal de serviços. Uma das ideias centrais da economia do desenvolvimento é que o desenvolvimento implica transferir recursos de atividades de baixa produtividade para as de maior produtividade. Quando a mão p p p Qde obra se transfere da agricultura para atividades modernas, a produtividade global da economia aumenta. Mesmo dentro de um mesmo setor, a produtividade aumenta quando o trabalho passa de informal a formal. O que aconteceu após a crise da crise da dívida é que o emprego cresceu principalmente nas partes menos q p g p p pprodutivas do setor de serviços, e que a participação do emprego na indústria diminuiu. Em 1981, a agricultura representava 29 por cento do emprego, da indústria 25 por cento, e serviços 46 por cento. Em 2009 (último ano para o qual existem dados disponíveis do Banco Mundial), os valores correspondentes são de p ), p17, 22 e 61 por cento. E, embora nos últimos anos tenha havido uma redução da informalidade, a participação da força de trabalho no mercado de trabalho informal continua a ser muito elevada. Várias estimativas sugerem que está entre 33 e 50 por cento.2p

• A evolução da participação da indústria na economia que prevaleceu nos últimos anos é diferente da que vemos na China, e pode ajudar a explicar a evolução do TFPG ao longo das duas últimas décadas. Enquanto a participação da indústria no produto diminui em qualquer economia quando a renda per capita cresce, o Brasilproduto diminui em qualquer economia quando a renda per capita cresce, o Brasil começou esta evolução muito cedo; a "desindustrialização" pode ser prematura ou excessiva num país cuja renda per capita é de apenas 20 por cento dos EUA (em 2010) e muito inferior a das economias avançadas da Ásia do Leste.Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐

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• O livro de Bacha e Baumgarten é uma contribuição oportuna para a compreensão e debate da surpreendente desaceleração do crescimento no Brasil e a perda de dinamismo de seu desenvolvimento industrial. O livro contém pérolas de análise, bem como erros surpreendentes de omissão e erros de comissão. Esses erros são ptão importantes quanto os achados das análises, por que eles refletem o estado de espírito dos economistas no Brasil, assim como o estado de espírito dos que formulam políticas econômicas. Surpreende a falta de interesse sobre a perda do ritmo de crescimento nos últimos 30 anos, de curiosidade sobre as razões por trás , pda ascensão da Ásia, e de interesse na pouca integração do Brasil na economia global, em contraste com as economias asiáticas em crescimento rápido. Seria a premissa de que o Brasil é tão diferente que não há lições a extrair do sucesso dos outros? Seria, como Fishlow sugere, que "Deus é brasileiro"? Seriam, como , g , q ,indicado em vários capítulos, Austrália, Canadá e Noruega os comparadores relevantes? Ou seriam eles, ao invés, China, Índia, Vietnã, Coréia, e Japão? Seja qual for a resposta, o excepcionalismo é inimigo da curiosidade intelectual e de políticas econômicas bem informadas.p

• A Parte I contém três capítulos. • O primeiro é uma versão revista e atualizada do artigo clássico de Albert Fishlow 

descrevendo a política de substituição de importações do Brasil nos anos do pós‐guerra Rico em detalhes como este artigo é dificilmente se encaixa com o títuloguerra. Rico em detalhes como este artigo é, dificilmente se encaixa com o título do livro que ‐poderíamos começar a pensar ‐deveria ter se chamado "O Passado da Industrialização no Brasil". Como em outras publicações recentes,3Fishlow é um otimista constante sobre o Brasil, mas deve nos preocupar que seu otimismo tenha ficado incólume por três décadas desperdiçadas em termos de crescimentotenha ficado incólume por três décadas desperdiçadas em termos de crescimento econômico. Teria sido útil ter uma justificação de seu otimismo.

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Page 21: Complementos Desenvolvimento Econômico Complementos ... · Complementos Desenvolvimento ... • Como indicado pelo subtítulo, esse livro é estimulado pelo renas‐cimento

• O segundo capítulo é de Regis Bonelli, Samuel Pessoa e Silvia Mattos. Eles distinguem três razões possíveis que explica o porquê de a participação da indústria estar diminuindo: a fraqueza cíclica da indústria na economia global, a integração na economia mundial da China Índia e outros países asiáticos comintegração na economia mundial da China, Índia e outros países asiáticos com custos de trabalho mais baixos, e a tendência secular numa economia em crescimento da queda da participação da indústria no PIB, contrapartida ao aumento da participação dos serviços. (Como mencionado num dos capítulos, há uma quarta razão possível que pode explicar a redução da participação dauma quarta razão possível que pode explicar a redução da participação da indústria na economia brasileira: custos unitários do trabalho anormalmente elevados, assim como o impacto de outras deficiências nacionais no setor industrial). A parte principal do trabalho mostra o quão geral tem sido o declínio da produção industrial como percentagem do PIB O Brasil atingiu o máximo deda produção industrial como percentagem do PIB. O Brasil atingiu o máximo de 27% em meados da década de 1970, após o que a participação da indústria no PIB diminui cerca de 1 ponto percentual do PIB a cada 5 anos. A seguir, os autores calculam uma regressão (R2 ajustado = 0,42) que explica a participação da indústria no PIB em função da renda per capita e seu quadrado a populaçãoda indústria no PIB, em função da renda per capita e seu quadrado, a população, a taxa de poupança, a densidade populacional e a taxa de câmbio real (não significativa); teria sido desejável incluir a produção de commodities como fração do PIB. Eles concluem que o Brasil (com uma participação da indústria no PIB de 0 14 0 15) está apenas 1 por cento do PIB abaixo do intervalo de confiança mais0,14‐0,15) está apenas 1 por cento do PIB abaixo do intervalo de confiança mais baixo. A implicação é que a desindustrialização do Brasil é de se esperar e é compatível com as forças fundamentais da economia. O corolário é que o Brasil está condenado a continuar a ser um retardatário na economia mundial.

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• O terceiro capítulo é de Luiz Schymura e Mauricio Canêdo Pinheiro, e é o primeiro em que a política industrial é discutida. Os autores dão a impressão de estar em conflito. Eles apoiam a adoção de uma política industrial mas as razões dadas parapolítica industrial, mas as razões dadas para justificar este apoio não são muito convincentes. Eles acabam apoiando a política industrial light, noEles acabam apoiando a política industrial light, no sentido de se limitar ao fornecimento geral de bens públicos ou a intervenções no mercado que beneficiam empresas específicas, mas opõem‐se a uma política industrial "pesada", i.e. uma política industrial que ao mesmo tempo assegura a provisãoindustrial que ao mesmo tempo assegura a provisão geral de bens públicos e favorece empresas específicas. A lógica desta posição nos escapa.p g p ç p

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• A Parte II contém quatro capítulos que exploram o declínio a (muito) curto prazo da indústria no Brasil e o i l à l ã d líti ô ivinculam à evolução das políticas macroeconômicas externas e internas. Os quatro capítulos se complementam e sugerem que boa sorte para o país foicomplementam e sugerem que boa sorte para o país foi realmente ruim para o setor industrial. As políticas do governo não deram prioridade ao crescimento industrial e o declínio do crescimento industrial do Brasil foi o resultado inevitável e passivo (com exceção de um capítulo) dos caprichos do tempo dos preçosde um capítulo) dos caprichos do tempo, dos preços internacionais dascommodities e outros choques externos. Os quatro capítulos são, possivelmente, os q p , p ,melhores do livro ‐ analíticos e bem pesquisados, apesar deles reconhecerem que a "desindustrialização" d il já i ddo Brasil já se arrasta por mais anos do que os poucos analisados nestes capítulos.

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• O primeiro capítulo, por Edmar Bacha, tem como objetivo explicar o declínio da produção industrial de 18 por cento do PIB em 2005, para 16 por cento do PIB em 2011. A partir de 2005, o Brasil tem experimentado um episódio de doença holandesa: um aumento significativo no preço deum episódio de doença holandesa: um aumento significativo no preço de suas exportações de commodities e fluxos de capital levou a uma apreciação da taxa de câmbio real. O artigo desenvolve um esquema contábil para estimar a bonança externa seguido por um modelo 

ô i i l d b i i í imacroeconômico simples, mostrando que esta bonança, ao permitir níveis mais elevados de absorção doméstica, aumentou a demanda por bens não comercializáveis e, portanto, provocou um deslocamento da mão de obra da indústria para os serviços, provocando, assim, uma desindustrialização. p ç , p , , çEnquanto o modelo explica o declínio da indústria, não permite perguntas do tipo "o que teria acontecido se". E se o governo tivesse introduzido impostos sobre as exportações de commodities a fim de capturar uma parte da bonança externa e portanto parcialmente compensado a políticaparte da bonança externa e, portanto, parcialmente compensado a política fiscal expansionista? E se tivesse reduzido, ou atenuado, o crescimento dos gastos públicos? E se tivesse tributado ou introduzido controles mais severos sobre as entradas de capital financeiro? Ou e se tivesse acelerado 

l ã d di i ? O d d bi ã d da acumulação de divisas? Ou adotado uma combinação de todas estas políticas? O artigo conclui sobre a necessidade de desenvolver um modelo dinâmico mais complexo para responder a estas perguntas, e só se pode aplaudir este plano. Mas seria um erro se a ausência da capacidade deaplaudir este plano. Mas seria um erro se a ausência da capacidade de levantar tais perguntas fosse interpretada como um endosso das políticas que as produziram. Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐

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• O artigo de Affonso Celso Pastore, Marcelo Gazzano e Maria Cristina Pinnoti é outra sólida peça de análise que procura explicar a estagnação do setor industrial desde 2010. O artigo chega a uma 

l ã d d ã d dúconclusão contraintuitiva: a queda da participação da indústria na economia tem sido agravada pelas políticas anticíclicas fiscais e monetárias adotadas em resposta à crise de 2008. A expansão da procura interna resultou (tal como prevista no artigo anterior) emprocura interna resultou (tal como prevista no artigo anterior), em um aumento na demanda por serviços e, consequentemente, dos salários no setor. Como no modelo escandinavo de inflação, eles argumentam que ambos os setores devem ter aumentos salariaisargumentam que ambos os setores devem ter aumentos salariais iguais, apesar de afirmar que o setor de serviços ao empregar 60 milhões de pessoas contra 20 milhões na indústria, é o setor que determina a inflação salarial. O aumento dos custos unitários dedetermina a inflação salarial. O aumento dos custos unitários de produção resultante não compensou o impacto positivo da redução dos juros. A consequência foi uma redução na utilização de capacidade instalada na indústria e um aumento das pimportações de bens industriais. Isso explica a queda na utilização da capacidade no setor industrial, apesar de a economia estar perto do pleno emprego.

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• O terceiro capítulo nesta parte é um interessante e claro artigo por Beny Parnes e Gabriel Hartung, que examina a ascensão (2004‐08) e declínio (2008‐12) do crescimento industrial brasileiro recente.

f d ã i d i l f i d i f i í l d• De fato, a produção industrial em 2012 foi de 2 por cento inferior ao nível de 2008. Os autores levantam a questão: foi a desaceleração industrial o resultado de um choque global, ou o resultado de políticas internas? A desaceleração industrial no Brasil foi muito mais rápida, e durou mais tempo d d d i i d i l f i ddo que em outras partes do mundo, e o crescimento industrial foi menor do que se viu na retomada em outros países. Os autores concluem que a desaceleração industrial no Brasil foi o resultado das políticas internas. Essas políticas expandiram a demanda doméstica em resposta ao choque de 2008, d i á i fi l ib í d lá i ireduziram o superávit fiscal, e contribuíram para o aumento dos salários reais. 

Junto com a apreciação da taxa de câmbio nominal, isto levou a um aumento no custo unitário em dólar do trabalho. Na verdade, este aumento já tinha começado no início de 2000 (ver Tabela 1 do capítulo), quando o custo unitário d b lh dól bi i id d ldo trabalho em dólar começou a subir mais rapidamente do que em qualquer dos países competidores da Ásia do Leste, ou na Europa, ou nos EUA, tanto como resultado da apreciação da taxa de câmbio como do aumento dos salários reais a taxas mais elevadas do que o crescimento da produtividade. C í l i d lá i l i dComo no capítulo anterior, o aumento do salário real ‐a taxas acima do crescimento da produtividade ‐ é o resultado da expansão da demanda por serviços.

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• O artigo de Ilan Goldfajn e Aurelio Bicalio conclui a Parte II do livro. Os autores usam um modelo VAR para estudar as respostas da indústria e serviços a choques de demanda. Eles confirmam que uma das razões por trás da desaceleração do crescimento industrial desde 2008 foram as políticas fiscais e monetárias expansionistas adotadas depois da crise da debacle de Lehman, o que gerou forte demanda por serviços em vez de bens, com os efeitos resultantes sobre os salários observado node bens, com os efeitos resultantes sobre os salários observado no papel de Pastore et al.

• Enquanto os quatro capítulos contém perspectivas interessantes e perspicazes, a desaceleração do setor industrial do Brasil tem uma hi ó i i i l d l i d d lihistória muito mais longa do que aquela examinada nesta parte do livro, e seria de se esperar que algumas questões tivessem sido exploradas, ou pelo menos colocadas, tais como: Por que a indústria pôde crescer no passado e não mais agora?no passado e não mais agora?

• Quais foram as motivações dos governos que no passado conseguiram levar ao crescimento acelerado? É um fato aceito que o Brasil não poderá atingir o nível de renda dos países mais desenvolvidos com o 

l í l d i d i li ã ? N hatual nível de industrialização? No momento em que esta resenha estava sendo escrita, o crescimento declinava a medida que o commodity boom desvanecia. Quais são as políticas econômicas que poderiam restaurar o dinamismo industrial?p

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• A Parte III do livro contém três capítulos. • O de Sergio G. Lazzarini, Marcos Sawaya Jank e Carlos F. Kiyoshi V. Inoue examina os efeitos 

do boom das commodities no desempenho industrial do Brasil, e discute se este boomtem sido uma bênção ou uma maldição. Ignorando seis décadas de teoria e da experiência do desenvolvimento econômico, a resposta inequívoca dos autores é que o boom tem sido uma bênção. Os autores desmascaram cinco "mitos": (1) o valor q q ç ( )agregado em commodities é baixo, (2) o conteúdo tecnológico na produção decommodities é baixo, (3) as rendas são capturadas pelo sistema político; (4) há um declínio secular no preço das commodities, e (5) commodities são uma causa de doença holandesa no Brasil. Entretanto, a força dessas convicções não encontra paralelo no raciocínio ou nos dados do documento. As duas preocupações comcommodities não são de que o valor agregado seja baixo. Ao contrário, é bem sabido que a produção decommodities é normalmente b d t l i d ét d d d ã i t i it l t t d ti id dbaseada em tecnologias avançadas e métodos de produção intensivos em capital e, portanto, a produtividade do trabalho é muito elevada (como o capítulo mostra). As preocupações são de que ascommodities têm poucas ligações com o resto da economia, e apreciam a taxa de câmbio, reduzindo, assim, a competitividade dos setores intensivos em trabalho e tecnologicamente menos avançados. Mostrando que a produção de commodities agrega valor e que o trabalho é mais produtivo do que no resto da economia, mal resolve esses dois problemas Quanto à captura os autores têm razão de que a desigualdade de renda é mais importante dodois problemas. Quanto à captura, os autores têm razão de que a desigualdade de renda é mais importante do que a produção de commodities, por si só. Eles também podem estar certos que através de um desenho institucional criativo e a participação do Estado na produção de petróleo, a Noruega tem sido capaz de evitar as piores consequências da maldição associada à produção de commodities. Mas pode o Brasil importar a distribuição de renda da Noruega (5 milhões de pessoas)? E é realista melhorar a distribuição de renda na base de tributação dos recursos gerados pelas commodities? Em relação ao declínio secular dos preços das ç g p ç p çcommodities, os autores estão certos sobre a falta de evidência‐‐isto foi resolvido há muito tempo na literatura. Os autores também têm razão de que a volatilidade continua sendo um problema. Finalmente, a proposição de que a economia brasileira é suficientemente ampla e diversificada para resistir à doença holandesa é desmentida pelos fatos. A 2.2 trilhões de dólares (a taxas de câmbio de mercado) a economia do Brasil é equivalente a um quarto da economia da China, um sexto da economia dos EUA, e 3 por cento da economia mundial As oportunidades econômicas oferecidas por uma economia mais integrada no resto do mundo emmundial. As oportunidades econômicas oferecidas por uma economia mais integrada no resto do mundo, em termos de oportunidades de exportação e economias de escala, superam amplamente as que podem ser alcançadas em uma economia com um tamanho de 3 por cento do tamanho da economia mundial.

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• O segundo capítulo, por Sandra Polonia Rios e José Tavares de Araujo Jr., começa com uma nota otimista: as exportações de manufaturados do Brasil em 2011 chegaram perto do recorde histórico de 2008; a produção industrial em 2011 foi de 33 por cento acima do nível de 1996; e a parcela da produção industrial exportada aumentou de 9 por cento em 1996, para 19 por cento em 2005. Em seguida, os autores mostram que os setores que cresceram mais rápido são aqueles nosmostram que os setores que cresceram mais rápido são aqueles nos quais as importações como proporção da produção nacional são as mais altas. A concorrência feroz forçou as empresas a responder através da melhoria da competitividade: elas adotaram inovações geradas no exterior e ampliaram os investimentos em P & D No entanto umexterior e ampliaram os investimentos em P & D. No entanto, um aumento de 33 por cento na produção industrial durante 1996‐2011 representa uma taxa de crescimento anual de apenas 2 por cento. A maioria dos setores industriais perdeu competitividade em relação às exportações. O desempenho dos setores intensivos em trabalho tem sido particularmente fraco, por causa da emergência da China e outras economias asiáticas com salários baixos. A conclusão do capítulo, mais bem exortação é que a indústria brasileira precisa aumentar a suabem exortação, é que a indústria brasileira precisa aumentar a sua produtividade, mas o mecanismo e a dinâmica do processo são deixados à imaginação do leitor.

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• O último capítulo desta parte é uma valiosa contribuição para o tema principal do livro. O capítulo mostra que o Brasil tem sido incapaz de participar no crescimento doBrasil tem sido incapaz de participar no crescimento do comércio internacional, incluindo a parte baseada em cadeias de produção principalmente por causa das altas tarifas do país Enquanto em 2011 o Brasil tinha o 6º lugartarifas do país. Enquanto em 2011 o Brasil tinha o 6º lugar no mundo em termos do tamanho de sua economia, ficou em 22º em termos do volume de suas exportações. Comparado a alguns dos maiores países emComparado a alguns dos maiores países em desenvolvimento, o Brasil tem as maiores tarifas sobre as importações de bens de capital, duas vezes mais altas das da China ou Coreia do Sul e 60 por cento maior do que asda China ou Coreia do Sul, e 60 por cento maior do que as da Índia.

• No caso de bens intermediários, enquanto o diferencial é i d B il i d imenos pronunciado, o Brasil ainda tem as maiores taxas. 

Este é talvez o capítulo mais bem documentado dessa parte do livro e o mais útil em termos de suas implicações 

l õe conclusões.Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐Prof._Waldery_Rodrigues_Jr‐APO_2015 30

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• A quarta parte do livro é composta por três capítulos que tratam de diferentes aspectos da política industrial. O primeiro, de Mansueto de Almeida, revê a literatura recente sobre a política industrial, e ressalta que uma grande parte dos empréstimos (subsidiados) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem 

d di d t já b t b l id t t ã t ib i d à di ifi ãse dedicado a setores já bem estabelecidos, portanto não contribuindo à diversificação da indústria. O segundo capítulo, por Vinicius Carrasco e João Manuel Pinho de Mello, demonstra o fato (bem conhecido na literatura) de que a proteção de um setor industrial é um imposto implícito sobre os consumidores, mas, a seguir, embarca num exercício muito útil e esclarecedor, documentando os efeitos de proteção em umexercício muito útil e esclarecedor, documentando os efeitos de proteção em um produto industrial amplamente utilizado na indústria da construção: a barra de aço reforçado, vergalhão. Mostra que regulações (presumivelmente) impedem a importação de vergalhões abaixo de certo grau, que é maior do que aquele geralmente usado em países europeus, Estados Unidos ou China. O resultado é que o preço dos vergalhões no B il é t 2 4 i t í C l tBrasil é entre 2 e 4 vezes maior que em outros países. Como regulamentos aparentemente benignos (presumivelmente de segurança) acabam fornecendo o que parece ser enorme proteção à indústria nacional, é uma perspectiva muito importante. O leitor teria gostado de mais detalhes, e se esse problema é mais geral e se estende a outros bens manufaturados. Suspeita‐se que altas tarifas e regulamentos do tipo que seoutros bens manufaturados. Suspeita se que altas tarifas e regulamentos do tipo que se aplicam a vergalhões de aço, explicam por que as importações do Brasil são tão baixas em relação ao seu PIB. O terceiro capítulo dessa parte do livro, por Tiago Berriel, Marco Bonomo, e Carlos Viana de Carvalho, é um exercício incomum visando estimar a composição ideal (agricultura, indústria e serviços) da economia brasileira, 

h d i l dreconhecendo que uma economia altamente concentrada nos setores em que tem a maior vantagem comparativa corre o risco de baixa diversificação e alta variabilidade dos rendimentos. Os autores aplicam um quadro analítico que estabelece um trade‐off entre diversificação e crescimento econômico, que conclui que a participação da indústria no PIB brasileiro está acima da ideal Este é um exercício mental interessanteindústria no PIB brasileiro está acima da ideal. Este é um exercício mental interessante, mas seria um erro levar o resultado muito a sério.

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• A quinta e última parte do livro é composta por quatro capítulos que exploram diferentes aspectos das políticas implementadas no Brasil nos últimos anos. O artigo de Eduardo Augusto Guimarães analisa os efeitos da política de conteúdo local em indústrias fornecedoras de equipamentos e materiais para a Petrobras para exploração de petróleo e gás. Conclui‐se que os requisitos de conteúdo local são excessivos e que falta um senso de prioridades. Em particular, a política deveque falta um senso de prioridades. Em particular, a política deve identificar claramente as partes da indústria que têm um potencial de longo prazo e foco sobre aquelas.

• O trabalho bem pesquisado por Leonardo Rezende analisa o atual i d i d à i ã i d i l l é dsistema de apoio do governo à inovação industrial. Ele contém duas conclusões interessantes. O sistema atual não suporta indústrias que inovam e, na verdade, suporta principalmente firmas já estabelecidas em partes altamente concentrados do setor industrial (reforçando aem partes altamente concentrados do setor industrial (reforçando a conclusão de Carrasco e Pinho de Mello). O autor recomenda uma reorientação do apoio do governo para a inovação em áreas que poderiam beneficiar um grande número de firmas seguindo o exemplo da EMBRAPA responsável por uma grande parte do progresso dada EMBRAPA, responsável por uma grande parte do progresso da agricultura brasileira nas últimas três décadas.

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• Os dois últimos artigos do livro contêm duas perspectivas diferentes sobre a recente decisão do governo de mudar a base de contribuições previdenciárias dos salários para a ç p preceita da empresa. O trabalho de Rogério Werneck considera esta mudança um erro: prestações sociais devem ser financiadas por aqueles que delas se beneficiam. Além disso, p q q ,a mudança introduz cascata no sistema tributário. O trabalho de Fernanda Guardado e Monica Baumgarten reconhece essas deficiências, mas também destaca o fato de que a , qmudança introduz uma componente contracíclica, uma característica desejável em qualquer sistema tributário. Os autores também ressaltam que essa mudança tem um efeito au o es a bé essa a que essa uda ça e u e e oa longo prazo, por que, ao baratear o custo do trabalho, incentiva a substituição do capital pelo trabalho, e uma vez que eles consideram o Brasil estar perto do pleno emprego, éque eles consideram o Brasil estar perto do pleno emprego, é o uso do capital que eles argumentam deve ser incentivada no longo prazo. Dada a grande taxa de informalidade no Brasil, a conclusão que se deve promover a substituição deBrasil, a conclusão que se deve promover a substituição de trabalho por capital parece precipitada.

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• Com isto terminamos a análise detalhada dos capítulos individuais, que, em muitos casos, dão a impressão de complacência: o Brasil teve a grande sorte de desfrutar de melhores condições de comércio e fluxos de capital abundantes que lhe permitiram desindustrializar sem ter um problema naabundantes que lhe permitiram desindustrializar sem ter um problema na balança de pagamentos. Presumivelmente, a reversão iminente de sua boa sorte, se ocorrer, será considerada como um problema, mas um problema separado. Commodities são uma bênção e não uma maldição. A participação da indústria é apenas um ponto percentual de PIB inferior do intervalo deda indústria é apenas um ponto percentual de PIB inferior do intervalo de confiança mais baixo na análise de Bonelli et al., enquanto Berriel et al. até concluem que é muito grande. China, Índia e outros países asiáticos têm a vantagem de salários baixos, e são economias com as quais o Brasil não pode competir O tamanho da economia do Brasil é suficientemente grande paracompetir. O tamanho da economia do Brasil é suficientemente grande para fornecer o mercado necessário ao desenvolvimento industrial. E enquanto só se pode concordar que a indústria do Brasil precisa ser competitiva internacionalmente, um tema em vários dos capítulos, a dinâmica desse processo é deixada sem discussão Porque as empresas investiriam emprocesso é deixada sem discussão. Porque as empresas investiriam em expansão e modernização quando alguns dos fundamentos da economia ajudam pouco e são tão incertos? O drama do crescimento perdido para toda uma geração não parece encontrar uma voz suficientemente forte no livro. Teríamos gostado de um pouco mais de estridência sobre esta questão ParaTeríamos gostado de um pouco mais de estridência sobre esta questão. Para milhões de pessoas no Brasil, o declínio da renda per capita como proporção daquela dos EUA de 32 por cento em 1980, para 20 por cento no momento é nada menos do que uma tragédia silenciosa das oportunidades perdidas e vidas desperdiçadasvidas desperdiçadas.

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• É, portanto, totalmente compreensível que, em agosto de 2013, conforme relatado no jornal Valor,4 Edmar Bacha teve um pesadelo na noite anterior a uma viagem a São Paulo na qual ele iria apresentar e discutir o livro com um grupo de industriais de destaque. No pesadelo, o prédio que hospeda a Federação das Indústrias do Estado dedestaque. No pesadelo, o prédio que hospeda a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo tinha se transformado num museu industrial. Em uma súbita reversão de fortunas, porém, o prédio foi restaurado como a Federação das Indústrias Exportadoras de São Paulo. A mensagem é que para crescer mais rápido o Brasil precisa orientar sua indústria para as exportações.

• Algumas semanas mais tarde, Bacha publicou um artigo5 que, reforçando as conclusões do seu capítulo neste livro, reconhece que a euforia de 2004‐12 era insustentável, resultado de um golpe de sorte que agora acabou, e que "a economia brasileira está doente", a falta de integração na economia mundial sendo responsável por este estado de coisas Em termos de exportações e importações em relação ao tamanho dade coisas. Em termos de exportações e importações em relação ao tamanho da economia, o Brasil está bem atrás de outras economias. A solução é adotar políticas que integrem o país na economia mundial e ter uma participação maior no comércio mundial (as exportações do Brasil caíram de 2 por cento do volume mundial em 1950 para a metade agora). A clara mensagem deste artigo é que, como foi o caso durante os p g ) g g q ,anos do "milagre", o Brasil precisa expandir o papel das exportações na economia e na sua estratégia de crescimento. Maiores exportações resultarão num setor industrial maior, embora quanto maior não é algo sobre o qual possamos ser categóricos. (A única coisa que é clara é que foi um erro permitir que o setor industrial fosse espremido por booms temporários em commodities e entradas de capital)por booms temporários em commodities e entradas de capital).

• Para implementar uma estratégia orientada para o crescimento, Bacha sugere três tipos de reformas, a serem introduzidas gradualmente: fiscais, redução de proteção às importações e acordos comerciais preferenciais com outros países. A proposta fiscal é emular uma política introduzida em Israel que restringe o crescimento da despesa aemular uma política introduzida em Israel que restringe o crescimento da despesa a metade do crescimento do PIB dos últimos dez anos.

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• O segundo pilar seria uma redução das tarifas de importação ao longo de vários anos, juntamente com a eliminação de todas as preferências concedidas à indústria nacional (na forma de exigências de conteúdo local, preferências em compras governamentais e especificações técnicas diferentes das aceitasem compras governamentais e especificações técnicas diferentes das aceitas internacionalmente), compensada pela desvalorização da taxa de câmbio. Em um anexo ao artigo, o autor fornece mais detalhes sobre a forma de manter a competitividade da taxa de câmbio real, inclusive através de restrições à entrada de capitais Este Anexo é um bem vindo reconhecimento do papel queentrada de capitais. Este Anexo é um bem‐vindo reconhecimento do papel que a taxa de câmbio tem numa estratégia de crescimento orientada para as exportações e dos custos de uma conta de capital aberta. Houve no mundo um reconhecimento cada vez mais amplo sobre a necessidade de gerir os fluxos financeiros de forma que não prejudique a economia real e não aprecie a taxafinanceiros de forma que não prejudique a economia real e não aprecie a taxa de câmbio indevidamente.6 Estas lições das últimas décadas da experiência de desenvolvimento têm sido bem assimiladas nos países da Ásia do Leste. No Brasil, no entanto, temos encontrado uma aspiração Churchilliana por uma moeda forte com pouca consciência ou até mesmo discussão de seus custos Amoeda forte com pouca consciência ou até mesmo discussão de seus custos. A maior contribuição de "O Futuro da industrialização no Brasil" pode ter sido de preparar o terreno para o artigo recente de Edmar Bacha, que reconhece que o Brasil precisa de uma estratégia de crescimento orientada para as exportações e que esta estratégia está intimamente relacionada com um regime dee que esta estratégia está intimamente relacionada com um regime de importação mais aberto e uma taxa de câmbio mais competitiva.

• Recebido em 04 de outubro de 2013.Aceito: 09 de janeiro de 2014.

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Confiança da indústria ainda em queda livrequeda livre

• Blog Mansueto Almeida ‐ Posted in Economia on 27 de maio de 2015 | 6 Comments »|

• Em 2009, depois de atingir um vale em janeiro de 2009, quando foi de 74,1 pontos, o índice de confiança da indústria em maio (86,4) já estava em franca recuperação com altaem maio (86,4) já estava em franca recuperação com alta consecutiva em quatro meses. Mas este ano o índice de confiança da industria da FGV continua em queda livre e atingiu 71,6 pontos em maio.

• Por enquanto, não há nada que nos deixe mais otimistas e as projeções de crescimento do PIB, para 2015, estão indo para a faixa de ‐1,5% a ‐2%. Itau e IBRE‐FGV trabalham com queda do qPIB de 1,5% este ano e Bradesco já aposta em queda de 2% este ano. E 2016? pelas projeções de mercado, crescimento não será suficiente para recuperar a queda de 2015.

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• “Apesar da acomodação na ponta, a pesquisa que p ç p , p q qencerra o semestre mostra o declínio expressivo da atividade setorial em 2015. Entre outros indicadores, chama atenção que o indicador de emprego previstochama atenção, que o indicador de emprego previsto esteja, em junho, em nível 29% inferior ao observado em 2014. As condições financeiras das empresas pioraram e mesmo as expectativas, que registraram melhora neste mês, ainda estão bastante deprimidas, com predominância de projeções de queda da p p j ç qatividade da construção”. Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE

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Confiança? Por enquanto, nenhuma• Blog Mansueto Almeida 28 de junho de 2015 por mansueto• Blog Mansueto Almeida ‐ 28 de junho de 2015 por mansueto• A FGV todos os meses publica os índices de confiança da indústria, comércio, serviços, 

construção civil e consumidores. Infelizmente, neste ano, esses indicadores de confiança ainda não pararam de piorar e os dois divulgados relativos ao mês de junho – construção civil e confiança do consumidor‐ continuam em queda livre.civil e confiança do consumidor continuam em queda livre.

• Índice de confiança baixo por parte dos empresários significa menos investimento e, logo, menor crescimento futuro. Índice de confiança do consumidor baixo significa menos consumo. Assim, nos resta o setor externo para nos tirar da crise. Mas essa ajuda do setor externo será pequena porque dependemos de exportação de manufaturas e o Brasil p q p q p p çcontinua um pais caro.

• Desde o início dos anos 90, eu não me lembro na minha vida profissional de um cenário tão ruim e com tanta indefinição. Tudo isso agravado pela ocorrência simultânea de vários fatores negativos: ajuste fiscal, confiança baixa, fragilidade politica, efeito do Lava Jato b f d d d lsobre o investimento em infraestrutura, queda no preço das commodities, juros altos, etc.

• Frases:• “O resultado do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) retrata um consumidor 

preocupado com a situação econômica geral e da família, tendo a inflação como principal vilã, seguida pelo mercado de trabalho. O resultado reflete insatisfação com a situação presente e a ausência, até o momento, de sinais de reversão da fase negativa no curto prazo.” Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV/IBRE.

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Questões Estilo ESAF:

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• APO 2009‐ PLANEJAMENTO/ORÇAMENTO GOVERNAMENTAL ‐QUESTÃO 2) Sob a ótica do desenvolvimento sustentávelQUESTÃO 2) Sob a ótica do desenvolvimento sustentável, indique a opção incorreta.

• a) O conceito de desenvolvimento sustentável representou uma nova forma de desenvolvimento econômico que leva emuma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

• b) Atividades econômicas podem ser encorajadas em d t i t d b d t i d ídetrimento da base de recursos naturais dos países.

• c) Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos í i d t i li dpaíses industrializados.

• d) O desenvolvimento sustentável depende do reconhecimento de que os recursos naturais são infinitos.

• e) Os modelos tradicionais de medição econômica não conseguem abranger os aspectos do desenvolvimento sustentável, como, por exemplo, o cálculo do Produto Interno B (PIB)Bruto (PIB).

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• APO ‐ ECONOMIA – 2009 – questão 31) Com relação ao desenvolvimento do setor industrial no Brasil, a partir da década de 1930, marque a opção incorreta.

• a) Uma das características da industrialização substituidora de importações foi a adoção de um modelo de industrialização aberta.

• b) As principais difi culdades na implementação do PSI (Processo de Substituição de Importações) foram: a tendência ao desequilíbrio externo, o aumento do grau de concentração de renda, a escassez de fontes de financiamento e o aumento da participação do Estado.

• c) O processo de substituição de importação do PSI foi concentrador em termos de renda, em função do caráter capital intensivo do investimento industrial.

• d) O período 1940/1950 foi caracterizado pelo início da ) p pformação do setor produtivo estatal.

• e) Em 1931, foi introduzido o controle de câmbio, com o objetivo de racionar as divisas e cujo efeito indireto foi a j jproteção do setor industrial.

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• Ano: 2009, Banca: ESAF, Órgão:MPOG, • Prova: Especialista em Políticas Públicas e GestãoProva: Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental

• Assinale a opção falsa com relação a alguns dos bj i id l E dobjetivos perseguidos pelo Estado 

desenvolvimentista no Brasil, ao longo de sua existência, tendo como meta a superação do seu , p çatraso no processo de industrialização.

• a) Promover a transferência de tecnologia davançada.

• b) Diversificar as exportações.• c) Proteger firmas estrangeiras• c) Proteger firmas estrangeiras.• d) Desenvolver fontes domésticas de energia.• e) Limitar as exportaçõese) Limitar as exportações.

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• Ano: 2004, Banca: ESAF, Órgão: CGU• Prova: Analista de Finanças e Controle ‐ Área ‐ Auditoria e Fiscalização

É d h i l á i õ hi ó i E d• É de conhecimento geral que, por várias razões históricas, o Estado assumiu em vários países de industrialização tardia ou subdesenvolvidos uma função central na promoção do desenvolvimento econômico, inclusive no Brasil. Identifique a opção falsa.q pç

• a) No Brasil, o Estado, para viabilizar o processo de industrialização, assumiu a incumbência de desenvolver o setor de bens intermediários e gerar a infra‐estrutura.

• b) As empresas estatais, no período do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), conforme determinação governamental, só podiam ter acesso ao crédito interno.

• c) O Estado brasileiro atuou no desenvolvimento do setor siderúrgico• c) O Estado brasileiro atuou no desenvolvimento do setor siderúrgico, da exploração de petróleo, do setor petroquímico, entre outros.

• d) Além do grande esforço na tentativa de redirecionamento da poupança interna para os projetos do II PND, houve uma grandepoupança interna para os projetos do II PND, houve uma grande participação de empréstimos externos no financiamento dos programas de investimentos.

• e) Observou‐se, ao longo do processo de desenvolvimento nacional b il i i i ã d d ibrasileiro, a constituição de um setor produtivo que ocupava os espaços que não estavam ao alcance do setor privado propriamente dito.

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• Ano: 2013, Banca: ESAF, Órgão:MF• Prova: Analista de Finanças e Controle ‐ Econômico‐çFinanceira

• Ao longo dos anos 1990, o Brasil passou por profundas t f õ t t i A i l ã ã f itransformações estruturais. Assinale a opção que não foi uma consequência destas transformações, sentida na segunda metade desta década.

• a) Uma maior inserção internacional do país.• b) A transformação do papel do Estado na economia de 

d á d l dum Estado‐empresário para um Estado mais regulador e fiscal.

• c) Uma redução significativa no gasto públicoc) Uma redução significativa no gasto público.• d) Um aumento da produtividade industrial.• e) Uma taxa de câmbio valorizada.)

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Serviços:ç

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IBGE – Setor de Serviços:• Fonte: www.ibge.gov.br• O setor de serviços é caracterizado por atividades bastante heterogêneas 

quanto ao porte das empresas, à remuneração média e à intensidade no uso de tecnologias Nas últimas décadas o desempenho das atividades que compõemtecnologias. Nas últimas décadas o desempenho das atividades que compõem o setor vem se destacando pelo dinamismo e pela crescente participação na produção econômica brasileira. Em 2012, de acordo com os resultados do Sistema de Contas Nacionais, a participação dos serviços atingiu 68,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do paísProduto Interno Bruto (PIB) do país.

• O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ‐ IBGE ‐ realiza a Pesquisa Anual de Serviços ‐ PAS ‐ que constitui em uma importante fonte de dados para a compreensão do comportamento do mercado formal sob a ótica da oferta de serviços não financeiros no Brasil As informações da PAS sobre a estrutura doserviços não financeiros no Brasil. As informações da PAS sobre a estrutura do setor de serviços são fundamentais para planejamentos público e privado, para a comunidade acadêmica e para o público em geral.

• Os resultados da PAS 2012 indicaram que, no ano em questão, cerca de 1 ilhã d d d i ilhã il imilhão de empresas prestadoras de serviços geraram 1 trilhão e 100 mil reais 

em receita operacional líquida, ocuparam 12 milhões de pessoas e pagaram aproximadamente 227 bilhões de reais em salários. Os dados apontaram, também, que 5,8% do total de empresas estimadas foram responsáveis por 78% d i i l lí id d 66 8% d d78% da receita operacional líquida gerada e por 66,8% das pessoas ocupadas no setor.

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• Quanto aos segmentos de atividades que compõem o âmbito da pesquisa, observou‐se que:

• dois grupos, somados, representaram mais de 60% do número dedois grupos, somados, representaram mais de 60% do número de empresas. Foram eles: os serviços profissionais, administrativos e complementares, com 361 442 empresas ou 31,3%; e os serviços prestados principalmente às famílias, com 367 363 empresas ou 31 8%;31,8%;

• com respeito à receita operacional líquida e ao valor adicionado, destaque para as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; serviços profissionais administrativos etransportes e correio; serviços profissionais administrativos e complementares; e serviços de informação e comunicação. Juntas essas atividades atingiram cerca de 80% de participação nos dois indicadores econômicos. Em valores absolutos, os três segmentos arrecadaram 915 bilhões de reais em receita e somaram 535 bilhõesarrecadaram 915 bilhões de reais em receita e somaram 535 bilhões de reais em valor adicionado;

• Já, considerando ao número pessoas ocupadas e massa salarial, foi o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares g ç p , pque se destacou, respondendo por 4.915 mil pessoas ocupadas (41,0%) e pagando o montante de 83 bilhões de reais em salários (36,6%), retiradas e outras remunerações.

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Estatísticas do Mecado Doméstico ‐Setor de ServiçosSetor de Serviços

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Número de empresas segundo o d lsegmento de serviço ‐ Brasil ‐ 2012

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Número de pessoas ocupadas segundo o d i ( il) B il 2012segmento de serviço (em mil) ‐ Brasil – 2012:

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RTI – Bacen – 1o Tri/2015: SERVIÇOSRTI  Bacen  1o Tri/2015: SERVIÇOS

• Serviços A receita nominal do setor deServiços A receita nominal do setor de serviços cresceu 2,9% no trimestre finalizado em abril de 2015 em relação a igual períodoem abril de 2015, em relação a igual período de 2014, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGEServiços (PMS), divulgada pelo IBGE. Destacaram‐se os aumentos de 6,4% nas atividades serviços profissionaisatividades serviços profissionais, administrativos e complementares e 3,4% serviços prestados às famíliasserviços prestados às famílias.

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• O Índice de Confiança de Serviços (ICS), i d ã d %repercutindo contração de 6,8% no ISA‐S e 

expansão de 1,6% no IE‐S, apresentou recuo mensal de 1 6% em maio dados dessazonalizadosmensal de 1,6% em maio, dados dessazonalizados. Ressalte‐se que, das sete atividades pesquisadas, três atingiram o menor patamar da série iniciada g pem junho de 2008: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios; atividades imobiliárias; 

t ie outros serviços.• O PMI‐Serviços para a atividade negócios atingiu 42 5 pontos em maio (44 6 pontos em abril e 50 642,5 pontos em maio (44,6 pontos em abril e 50,6 pontos em maio de 2014), dados dessazonalizados.

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Importância do Setor Terciário:• Fonte: 

http://wwwmdic gov br/sitio/interna/interna php?area=4&menu=4485http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485• O setor terciário mostra crescente relevância na economia 

brasileira, ao evoluir junto com o aumento da renda e o desenvolvimento econômico e social verificados nos últimos anosdesenvolvimento econômico e social verificados nos últimos anos, bem como ao constituir setor fundamental de expansão das atividades empresariais.A evolução do PIB brasileiro tem sido influenciadaA evolução do PIB brasileiro tem sido influenciada significativamente pelo setor terciário. O crescimento anual dos serviços mostra‐se geralmente em linha com o do PIB, embora em alguns momentos a expansão dos serviços tenha sido fundamental g p çpara mitigar uma queda geral da economia, como em 2009 (2,1% dos serviços frente a ‐0,3% do PIB) e 2012 (1,9% dos serviços frente a 1,0% do PIB). Com efeito, segundo as Contas Nacionais 

( )Trimestrais do IBGE, o setor de serviços (que engloba o comércio), de 2003 a 2013, passou de 64,7% para 69,4% do valor adicionado do PIB. Desde 2004, os serviços têm ganhado espaço no PIB. Em 

ti l é i t t bé i ifi ti ãparticular, o comércio mostra também significativa expansão, ao passar de 10,6% em 2003 para 12,7% do valor adicionado do PIB em 2013. Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐

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• Estudos recentes, presentes no Atlas Nacional de Comércio e Serviços ‐ 1ª Edição, publicado pela SCS em conjunto com IBGE, IPEA e SEBRAE, revelam que a dinâmica corrente da economia brasileira de crescimento e inclusão tem sido benéfica para o setor terciário Em 2012 de acordo com atem sido benéfica para o setor terciário. Em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, a taxa de desocupação ficou em 6,7%, sendo a menor taxa em 20 anos e inferior aos 10,5% de 2003. O rendimento real médio do trabalho, segundo cálculos do IPEA ã f i d 44 9% E j ó i ib ídIPEA, teve expansão efetiva de 44,9%. Essa trajetória tem contribuído para a diminuição na desigualdade de renda e o crescimento da classe média no país, que passou de 38% em 2002 para 53% da população em 2012, de acordo com a SAE/PR./

• Essas mudanças recentes na expansão da renda e do consumo de massa têm incentivado o desenvolvimento dos setores de Comércio e Serviços, que estão entre aqueles que mais empregam desde 2003, incentivando a 

d i f lid d ( d i f lid d d 50 4%queda na informalidade (o grau de informalidade passou de 50,4% em 2003 para 39,3% em 2012, conforme a PNAD). Apenas em 2013, de acordo com os dados do CAGED/MTE, Comércio e Serviços corresponderam a 76% do saldo total de empregos criados com carteira p p gassinada, ao adicionarem, respectivamente, 305 mil e 546 mil postos de trabalho.

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• O setor de serviços ganhou recentemente uma nova pesquisa para analisar sua dinâmica de curto prazo, a Pesquisa Mensal de 

d b d d d á éServiços do IBGE. Mesmo com base de dados recente, já é possível perceber o crescimento significativo de 8,5% na receita nominal dos serviços em 2013 na comparação com o ano anterior Alguns ramos impulsionados pela demanda doanterior. Alguns ramos, impulsionados pela demanda do consumo, têm apresentado expansão mais acentuada, como Transportes (10,8%) e Serviços prestados às famílias (10,2%).O é i f d t l t t iá i t id• O comércio, ramo fundamental para o setor terciário, tem sido incentivado pela conjuntura de expansão recente da demanda. A Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, apontou elevação de 4 3% no volume de vendas no varejo em 2013 registrando a 10ª4,3% no volume de vendas no varejo em 2013, registrando a 10ª alta anual consecutiva na série histórica (iniciada em 2000). A evolução mensal do índice de volume de vendas, com ajuste sazonal, sinaliza essa dinâmica significativa de expansão.sazonal, sinaliza essa dinâmica significativa de expansão. Setorialmente, as maiores altas ano passado vieram de Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (10,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,3%).p ( , )

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• A relevância dos serviços brasileiros também se torna crescente no comércio internacional. Enquanto o valor das exportações mundiais de serviços teve elevação de 133,5% no período de 2003 a 2012, o Brasil mostrou aumento de 281,6% no período, de acordo com dados da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) e do BCB (B C t l d B il) A d défi it b l d i i d à di â i(Banco Central do Brasil). Apesar de déficit no balanço de serviços, associado à dinâmica do crescimento interno, observa‐se expansão nas exportações de serviços brasileiros, que passaram de 0,6% em 2003 para 0,9% das exportações mundiais em 2012.

• Assim, os serviços estão localizados no centro do debate sobre competitividade e inovação. Trata‐se de insumos cada vez mais determinantes para acelerar o crescimento econômico eTrata‐se de insumos cada vez mais determinantes para acelerar o crescimento econômico e a produtividade, pois são indispensáveis para melhorar a intermediação financeira, a infraestrutura, a logística, o acesso e o uso das tecnologias da informação e comunicação ‐TICs, a educação, a competitividade do setor de bens e manufaturas e a própria qualidade das políticas públicas.p p

• As empresas do setor terciário, dessa forma, ganham destaque no cenário brasileiro e mundial. Os países desenvolvidos mostram significativa base de empresas de diversos setores na economia mundial, vinculadas em diversos elos das cadeias globais de valor. Com o processo de globalização produtiva, comercial e financeira, ocorre igualmente 

ã d i i d í A i ã dexpansão das empresas transnacionais de países emergentes. A inserção das empresas emergentes está associada aos serviços e ao desenvolvimento da competitividade nacional.

• O encadeamento produtivo para trás e para frente dos setores de serviços na economia implica importância fundamental desses setores sobre a indústria e a agricultura Asimplica importância fundamental desses setores sobre a indústria e a agricultura. As empresas dos setores primário e secundário utilizam‐se de serviços especializados para a produção e, portanto, dependem também da eficiência das empresas do setor terciário, que conferem fluidez e agregam valor às cadeias de produção, distribuição e vendas.

• * Dados atualizados até mar/2014Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐Prof._Waldery_Rodrigues_Jr‐APO_2015 66

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Setor de serviços cresceu 6% em 2014, diz IBGE:2014, diz IBGE:

• 20/02/2015 09h01 ‐ Atualizado em 20/02/2015 09h20• Maior alta veio de serviços prestados às famílias, com expansão de 9,2%.

Entre estados, BA teve maior alta, e PI a maior queda em dezembro.• Do G1, em São Paulo ‐ O setor de serviços encerrou 2014 com crescimento de 6%, segundo dados divulgadosDo G1, em São Paulo  O setor de serviços encerrou 2014 com crescimento de 6%, segundo dados divulgados 

nesta sexta‐feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a menor taxa anual da série do indicador, que tem início em janeiro de 2012. Em 2013, a expansão foi de 8,5%.

• A maior taxa de crescimento veio de serviços prestados às famílias, com alta de 9,2% – abaixo da taxa de 10,2% de 2013. Nesse segmento, serviços de alojamento e alimentação cresceram 9,5%, e outros serviços prestados às famílias tiveram alta de 7,1%.,

• Já as menores taxas vieram de serviços de informação e comunicação, com crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. Dentro desse segmento, serviços de tecnologia da informação cresceram 2,9%, e serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, 6,3%.

• Serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 8,5% em 2014, e foram o único grupo a registrar taxa maior que a registrada em 2013, quando ficou em 8,1%. Já o segmento de outros serviçosregistrar taxa maior que a registrada em 2013, quando ficou em 8,1%. Já o segmento de outros serviços acumulou alta de 6,8%, enquanto o de transportes cresceu 6,4%.

• DezembroNo último mês do ano, os serviços tiveram crescimento nominal de 4,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entre os cinco grupos de atividade, apenas os serviços de informação e comunicação tiveram queda, de 1,2%. Serviços prestados às famílias tiveram alta de 8,9%; serviços profissionais, administrativos e , ç p , ; ç p ,complementares, de 10,9%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 4,8%; e outros serviços, de 3,2%.

• EstadosA Bahia liderou o crescimento dos serviços entre os estados em dezembro, com alta de 17,4%. Em seguida, aparecem Ceará, com expansão de 11,6%, e Espírito Santo, com 8,7%. Tiveram alta acima da média nacional, p , p , , p , , ,ainda, Mato Grosso do sul (6,6%) e Santa Catarina (6,3%).

• Já as maiores contrações foram registradas no Piauí, de 2,6%, e em Roraima, de 2,3%. O setor também "encolheu" no Acre (‐1,5%), Amazonas (‐1,1%) e Maranhão (‐1,1%).

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Em crise, comércio e serviços cortam vagas e fecham portas:

• Marcelo Camargo/Agência Brasil• Comércio em São Paulo: setor vai fechar mais de 83 mil postos formais• Idiana Tomazelli e Mariana Sallowicz, doEstadão Conteúdo• Rio ‐ Os dois setores que mais empregam no Brasil não suportaram a pressão da inflação elevada, do aumento 

dos juros e principalmente da queda na renda e começaram um ajuste rápido em seu contingente de trabalhadores Diante da demanda das famílias cada vez mais tímida comércio e serviços caminham para tertrabalhadores. Diante da demanda das famílias cada vez mais tímida, comércio e serviços caminham para ter, neste ano, o primeiro corte de vagas formais após mais de uma década sustentando o crescimento domercado de trabalho do país.

• Só o comércio vai fechar mais de 83 mil postos formais, na previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que considera a evolução do varejo ampliado (desde setores tradicionais até veículos e materiais de construção) e do atacado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).veículos e materiais de construção) e do atacado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A entidade não tem uma estimativa fechada para serviços, mas sustenta que a tendência para o setor é até pior. "O impacto é ainda mais forte em serviços porque é mais intensivo em mão de obra", explica o economista da CNC Bruno Fernandes.

• Sem escapar da desaceleração da atividade evidente desde o início do ano passado, tanto comércio quanto serviços adiaram por um bom tempo o ajuste no pessoal ocupado. Mas a recuperação cada vez mais distante serviços adiaram por um bom tempo o ajuste no pessoal ocupado. Mas a recuperação cada ve mais distantelevou os empresários a uma revisão dos planos. Desde o fim de 2014, o comércio vem enxugando o quadro de funcionários, movimento reforçado mais recentemente pelos outros serviços ‐ que reúnem justamente os segmentos de serviços pessoais, como cabeleireiro e alimentação, mais sensíveis à renda das famílias.

• Apenas em junho deste ano, os dois setores demitiram juntos 209 mil pessoas nas seis principais regiões metropolitanas do País em relação a igual mês do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, do p ç g p , g q p g ,IBGE. O levantamento considera tanto empregos formais quanto informais. O número representa 70% das dispensas no período.

• Em muitos casos, a situação é tão dramática que inviabiliza o negócio. Na cidade do Rio, 1.280 lojas já fecharam nos primeiros cinco meses deste ano, uma alta de 33% em relação a igual período de 2014, segundo levantamento do Sindilojas Rio. "Considerando a média de funcionários, isso significa entre 13 mil e 20 mil demissões", afirma o presidente da entidade, Aldo Gonçalves. Em todo o Estado, o número de lojas fechadas no período foi ainda maior: 3.290. "Considerando o cenário desfavorável, é mais provável que elas (pessoas demitidas) não tenham conseguido recolocação", acrescenta.

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• Nem o comércio popular escapa do mau momento. No Saara, tradicional centro de compras no centro carioca, pelo menos 100 lojas estão à venda, algo incomum para a região. "O cenário é muito difícil, e o Rio de Janeiro ainda tem um agravante. Aeconomia é muito voltada para o petróleo. A queda no preço do petróleo gera menos royalties ao governo, e ainda tem a corrupção na Petrobras", diz Gonçalves. Segundo ele, os escândalos envolvendo a estatal drenaram receitas das prestadoras de serviços o que deprimiu ainda mais a demanda do comércio localde serviços, o que deprimiu ainda mais a demanda do comércio local.

• Diante do quadro, a sala de homologações na sede do Sindicato dos Empregados do Comércio no Rio de Janeiro (SECRJ) não fica mais vazia. A todo o momento há novos pedidos para ratificar demissões. Um levantamento feito pela entidade a pedido do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostra que 2.460 pessoas fizeram a solicitação em junho deste ano, avanço de 7,3% em relação a igual mês do ano passado. Quando levados em conta os pedidos de demissão, o número chega a 3.126, alta de 22%.E Sã P l i ã bé é i f h d 57 il l d úl i "N i• Em São Paulo, a situação também é ruim, com o fechamento de 57 mil postos ao longo dos último meses. "Nunca tivemos um início de ano tão ruim para o mercado de trabalho do comércio como no ano de 2015", conta o economista Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP. Segundo a entidade, as vendas no comércio paulista já encolheram 4% este ano, e as demissões têm sido a principal maneira encontrada pelos empresários para lidar com a queda na receita e a menor demanda.

• Nem as grandes escapam do mau momento da economia. A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, anunciou há d d l d d f d l dpoucos dias que demitiu 4,8 mil pessoas no segundo trimestre deste ano. As posições foram cortadas em lojas, montadores, 

centros de distribuição e administrativo, e a empresa não descarta novas reduções de custo. Já o Grupo Pão de Açúcar, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, informou que dispensou 7 mil trabalhadores entre abril e junho.

• O quadro nos serviços tampouco é alentador. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), estabelecimentos com preço médio entre R$ 30 e R$ 70 ‐ que concentram um grande número de restaurantes e bares ‐ são os mais afetados, com queda de 20% a 30% do faturamento. Já os mais caros e aqueles com tíquete médio entre R$ 20 e R$ 30 registram estabilidade.

• Apenas bares e restaurantes que cobram em média R$ 20 ou menos estão vendo a clientela crescer. "As pessoas estão buscando lugares mais baratos para comer", explica Paulo Solmucci Júnior, presidente da associação.

• Com a pressão dos custos e o movimento em baixa, restaurantes e bares em geral reduziram o número de trabalhadores em 4,5% em todo o País no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2014, segundo levantamento da Abrasel. A alta de custos ‐ principalmente com a energia elétrica, que subiu 42% só neste ano ‐ e a redução no movimentoAbrasel. A alta de custos  principalmente com a energia elétrica, que subiu 42% só neste ano  e a redução no movimento pesam na decisão.

• O comércio e os serviços geralmente são os últimos a demitir, mas o ajuste no mercado de trabalho desses setores tende a ser mais rápido, segundo economistas. Isso porque essas atividades são impactadas por um ciclo vicioso ‐ e nada virtuoso. As dispensas antes concentradas na indústria e na construção diminuíram a demanda e aos poucos recebem reforços do comércio e dos serviços. Com isso, muito mais gente deixa de receber um salário, o que significa consumo ainda mais fraco e maior incentivo para as empresas continuarem com os cortes de pessoalmaior incentivo para as empresas continuarem com os cortes de pessoal.

• "Não há perspectiva de recuperação em 2015 e 2016, até 2017. Enquanto houver retração de vagas formais, o ciclo vai piorar", aponta Vasconcellos, da FecomercioSP. O especialista vê "algum equilíbrio" nas receitas do comércio apenas no segundo semestre de 2017. Complementos‐DesenvEcon_PolSociais‐

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Bibliografia – Setor Serviços:Bibliografia  Setor Serviços:

• IPEA ‐ Estrutura e Dinâmica do Setor deIPEA  Estrutura e Dinâmica do Setor de Serviços no Brasil ‐ João Alberto de Negri e Luis Cláudio Kubota (organizadores) / BrasíliaLuis Cláudio Kubota (organizadores) / Brasília, 2006

• IBGE PAS• IBGE – PAS• Importância do Setor Terciário – MDIC

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Ciência, Tecnologia e Inovação

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Referências Bibliográficas ‐ CTIReferências Bibliográficas  CTI

• Ciência Tecnologia e Inovação no Brasil:Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: Desafios para o Período 2011 a 2015

• wwwmcti gov br• www.mcti.gov.br• Ipea• ...

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