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COMPETÊNCIAS NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM VIRTUDE DA LEI COMPLEMENTAR 140/2011: ESTUDO DE CASO - MUNICÍPIO DE CANOAS / RS Carlos Eduardo Prates Gomes 1 RESUMO A partir da Lei Complementar 140/11, que define as competências para proceder o licenciamento ambiental de forma a evitar sobreposições de atuações entre os entes federativos e impedir conflitos de atribuições, foi realizado este estudo com a finalidade de esclarecer as dúvidas presentes acerca da descentralização do licenciamento ambiental estadual. O objetivo da pesquisa foi identificar a estrutura de gestão ambiental do município de Canoas para atendimento da referida Lei no que tange o licenciamento ambiental de atividades de impacto local. A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso, utilizando desta maneira pesquisa documental e bibliográfica com o incremento da coleta de dados provenientes da própria Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Desta forma pode ser verificado o sistema de licenciamento municipal a partir dos dados obtidos, identificado a real competência atribuída ao município de acordo com a legislação ambiental pertinente. Concluindo que há melhorias a serem impostas à diretoria de licenciamento em relação à fiscalização e diante do surgimento da LC 140/11, que abordou especificamente a definição das competências ambientais, houve mudanças no que já estava consolidado entre o Município e o Estado. Palavras chave: Licenciamento Ambiental. Lei Complementar 140/11. Impacto local. 1 INTRODUÇÃO O presente artigo busca tentar esclarecer, através de um estudo de caso, as dificuldades ainda presentes acerca das competências do licenciamento ambiental 1 Discente do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário La Salle - Unilasalle, matriculado na disciplina de Trabalho de Conclusão II, sob a orientação do Prof. Eng°. Tiago José Pereira Neto. E-mail: [email protected]. Data de entrega: 14 dez. 2013.

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COMPETÊNCIAS NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM VIRTUDE DA LEI

COMPLEMENTAR 140/2011: ESTUDO DE CASO - MUNICÍPIO DE CANOAS / RS

Carlos Eduardo Prates Gomes1

RESUMO

A partir da Lei Complementar 140/11, que define as competências para proceder o

licenciamento ambiental de forma a evitar sobreposições de atuações entre os entes

federativos e impedir conflitos de atribuições, foi realizado este estudo com a

finalidade de esclarecer as dúvidas presentes acerca da descentralização do

licenciamento ambiental estadual. O objetivo da pesquisa foi identificar a estrutura

de gestão ambiental do município de Canoas para atendimento da referida Lei no

que tange o licenciamento ambiental de atividades de impacto local. A pesquisa foi

realizada através de um estudo de caso, utilizando desta maneira pesquisa

documental e bibliográfica com o incremento da coleta de dados provenientes da

própria Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Desta forma pode ser

verificado o sistema de licenciamento municipal a partir dos dados obtidos,

identificado a real competência atribuída ao município de acordo com a legislação

ambiental pertinente. Concluindo que há melhorias a serem impostas à diretoria de

licenciamento em relação à fiscalização e diante do surgimento da LC 140/11, que

abordou especificamente a definição das competências ambientais, houve

mudanças no que já estava consolidado entre o Município e o Estado.

Palavras chave: Licenciamento Ambiental. Lei Complementar 140/11. Impacto

local.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo busca tentar esclarecer, através de um estudo de caso, as

dificuldades ainda presentes acerca das competências do licenciamento ambiental

1Discente do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário La Salle - Unilasalle,

matriculado na disciplina de Trabalho de Conclusão II, sob a orientação do Prof. Eng°. Tiago José Pereira Neto. E-mail: [email protected]. Data de entrega: 14 dez. 2013.

2

em virtude da promulgação da Lei Complementar (LC) 140/2011, que tem por

finalidade descentralizar a competência administrativa para proceder o licenciamento

ambiental entre os órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio

Ambiente (SISNAMA)2, de forma a evitar sobreposições de atuações entre os entes

federativos, impedir conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa

eficiente. O licenciamento ambiental é um instrumento de gestão de natureza

autorizatória advindo da Política Nacional de Meio Ambiente3, que busca conciliar o

desenvolvimento socioeconômico com respeito ao equilíbrio e às limitações dos

recursos naturais, tendo a sua definição expressa de acordo com o art. 1°, inc. I da

Resolução CONAMA 237/97 como sendo:

procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais

4,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Tema este que tem seu propósito voltado para o desenvolvimento

sustentável, que de acordo com o relatório da Comissão Mundial sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU)

em 1983, visa “ao atendimento das necessidades do presente, sem comprometer a

possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades”, contudo

se encontra em constante evolução devido à complexidade da dinâmica ambiental,

ao avanço da tecnologia e da industrialização, em razão da alta taxa de crescimento

populacional e de ocupação demográfica, que por sua vez necessita de mecanismos

efetivos e atualizados visando à proteção e manutenção do meio ambiente5, sendo

utilizado o licenciamento ambiental como procedimento operacional que efetiva esta

finalidade.

2SISNAMA é constituído por “órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Territórios e dos Municípios, bem com as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental” (Lei n° 6.938/81, art. 6°, parágrafo único). 3Lei n° 9638/1981.

4São recursos ambientais “a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários,

o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora” (Lei n° 6.938/81, art. 3°, inc. V). 5Meio Ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e

biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (Lei n° 6.938/81, art. 3°, inc. I).

3

Diante do que foi exposto, compete ao serviço público exercer de forma

cooperativa este procedimento administrativo, que de acordo com a Constituição

Federal de 1988 (CF) é competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos municípios proteger o meio ambiente, combater a poluição em

qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora6, Zimmer (2008,

p. 257 apud RIO GRANDE DO SUL, 2011, p.104) define o Serviço Público Estadual

como:

todo serviço prestado pelo Estado (Administração Direta e Indireta) ou por seus delegados, quando decorrentes de um processo de descentralização, por meio da assinatura de contratos de concessão e permissão (CF, art. 175 e Lei n° 8.987/95). O serviço público em sentido amplo corresponde ao desempenho de qualquer função estatal (administrativa, judicial e legislativa); em sentido restrito, o mais corriqueiro, compreende apenas o desempenho de função administrativa.

Visto que, de acordo com a o art. 225 da CF, todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, não fica só a cargo das esferas

constitucionais o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes

e futuras gerações, mas também da coletividade, pois é um direito fundamental do

cidadão. Com isso houve a necessidade de um estudo direto aplicado ao serviço

público a fim de verificar as mudanças advindas em função da LC 140/2011,

confrontando desta maneira com a política ambiental já consolidada no estado do

Rio Grande do Sul.

Tendo como objetivo identificar a estrutura de gestão ambiental do município

de Canoas para atendimento da LC 140/11 no que tange o licenciamento ambiental

de atividades de impacto local, pois de acordo com a referida lei os municípios

devem dispor de mecanismos para exercer o controle e fiscalizar as atividades ou

empreendimentos no qual tenham atribuição para efetuar licenciamento. Sendo

assim, este estudo tem por finalidade esclarecer os avanços, mudanças e possíveis

retrocessos que incidem sobre a prestação do serviço de licenciamento ambiental

municipal de atividades de impacto local, com o objetivo de verificar se a

descentralização na competência administrativa está efetivamente tornando o

Serviço Público mais eficiente no âmbito da proteção ambiental.

Como objetivos específicos buscou-se realizar um diagnóstico sobre o

panorama do licenciamento ambiental municipal, mostrar os procedimentos de

6Constituição da República de 1988, art. 23, III, VI e VII.

4

licenciamento ambiental e identificar a real competência atribuída ao município para

efetuar o licenciamento de atividades de impacto local diante da LC 140/11. Desta

forma confrontando as informações obtidas com as perspectivas do serviço público.

Como justificativa utilizou-se um município do Rio Grande do Sul (RS)

devido ser um Estado pioneiro no licenciamento ambiental, desde a Resolução

05/98 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) já qualificava os

municípios para o licenciamento de atividades de impacto local. É um Estado dotado

de uma paisagem natural única com alta biodiversidade e riqueza ecológica. Teve a

Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (SMAM) como a primeira do

gênero no país, criada em 21/12/1976 pelo Prefeito Guilherme Socias Villela,

também foi o primeiro Estado no país a instituir o Receituário Agronômico e possuir

no seu histórico um sistema de normatização ambiental voltado ao licenciamento de

atividades de impacto local expressa em resoluções do CONSEMA.

Em face do forte ativismo ambiental e consequentemente a conquista de

diversos ganhos, tornam explícitos a preocupação ambiental no RS. Diante de todos

os fatos que concerne o ativismo ambiental no Estado foi adotado o município de

Canoas como objeto do estudo, tendo em vista o seu histórico de atuação no

licenciamento de atividades de impacto local e pela sua importância regional, sendo

um município muito representativo no estado do RS. Com uma população residente

com cerca de 323.827 habitantes, conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, é o município mais populoso da Região

Metropolitana, caracterizado pela sua concentração populacional com crescimento

acelerado. É constituído atualmente apenas por zona urbana, dispõe de uma

unidade territorial de 131,096 km², possui o segundo maior Produto Interno Bruto

(PIB) gaúcho e é sede de grandes empresas nacionais e multinacionais do ramo

petrolífero, metal-mecânico e elétrico, também é sede do 5º Comando Aéreo

Regional (V Comar) e integra duas bacias hidrográficas, desta forma dividido pela

bacia Hidrográfica do Sinos e pela bacia Hidrográfica do Gravataí, da região

Hidrográfica do Guaíba7.

Devido a grande representatividade no Estado, sua elevada industrialização,

da interface e logística com a Instituição de ensino e pela insuficiência de estudos

específicos, optou-se para realização deste estudo o município de Canoas, a fim de

7Lei n° 10350/94

5

tornar mais contundente o estudo das competências no licenciamento ambiental de

impacto local.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia em um nível sistemático caracteriza e avalia as técnicas de

pesquisa com vistas à resolução de problemas investigativos podendo ser descrita

como: “[...] Consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis,

identificando suas limitações ou não a nível das implicações de suas

utilizações’’(APARECIDA; JESUS, 1986, p. 1). Já Eva e Marina (1985, p.165) dizem

que a “Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma

ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática.”

Em face disto, devido à necessidade de caracterização legal do órgão

ambiental do município de Canoas, houve um estudo preliminar e exploratório, desta

forma o procedimento metodológico para operacionalização e aplicação do método

utilizado foi à técnica de pesquisa descritiva, utilizando desta maneira a pesquisa

documental e bibliográfica, sendo esta realizada através de análises de informações

encontradas em arquivos públicos, ou seja, de fontes primárias, no qual transcrevem

o regimento legal e as diretrizes que norteiam a política ambiental. De acordo com

este método buscou-se de maneira investigativa analisar e interpretar, também de

forma estatística, as informações teóricas já existentes em instrumentos legais (leis,

decretos, portarias) e resoluções deliberadas pelos - Conselho Nacional do Meio

Ambiente (CONAMA), Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA-RS) e do

Conselho Municipal de Meio Ambiente de Canoas (COMMA).

Também houve a coleta de dados provenientes da própria Secretaria de

Meio Ambiente de Canoas devido à necessidade de uma abordagem direta para

obtenção de informações específicas. Portanto buscou-se o conhecimento de

informações relativas à estrutura do órgão ambiental, ou seja, divisão dos setores,

quadro de funcionários que realizam o licenciamento ambiental e a fiscalização,

atividades licenciáveis de acordo com resoluções do CONAMA, CONSEMA E

COMMA, leis específicas da política ambiental municipal e dados de gerenciamento

das atividades realizadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, partindo do

Princípio de Publicidade (artigo 37, caput, da CF/88 e 19, caput, da CE/89).

6

Como o objetivo deste estudo é identificar a estrutura e competência do

órgão ambiental do município de Canoas para atendimento da LC 140/2011, visando

o desenvolvimento sustentável, não foi preconizada a identificação dos servidores,

apenas suas funções e importância junto ao Órgão Ambiental.

Desta forma foi garantido o sigilo dos dados de identificação dos mesmos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Aspectos legais do licenciamento ambiental de impacto local no Rio

Grande do Sul

Primeiramente cabe ressaltar a Resolução CONAMA 237/97, no qual teve

como objetivo integrar a atuação dos entes federativos pertencentes ao Sistema

Nacional de Meio Ambiente na execução da Política Nacional do Meio Ambiente, em

conformidade com as respectivas competências, desta forma estabeleceu critérios

para exercício da competência para o licenciamento no que se refere o artigo 10 da

Lei 6.938/81, sendo esta resolução, de hierarquia infralegal, que norteava o

licenciamento ambiental. O Rio Grande do Sul, baseado no art. 6° da Resolução n°

237/97 do CONAMA, começou em 1998 a dispor de critérios para o exercício da

competência do Licenciamento Ambiental Municipal, tendo como marco inicial a

promulgação da Resolução CONSEMA n°05/98. Após foi emitida a Resolução

CONSEMA 004/2000 no qual exigiu uma série de documentos para habilitação

municipal a serem aprovados junto a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA),

sendo as atividades licenciáveis expressas de acordo com o Anexo Único da

Resolução 05/98, que no decorrer teve seu rol de atividades ampliado. Ainda em

2000 foi emitida a Resolução CONSEMA 011/2000 que estabelecia a necessidade

da criação do Plano Ambiental Municipal de forma a garantir a integração e

comprometimento dos diversos segmentos da Administração Municipal visando o

planejamento, a proteção, a recuperação e o uso ecologicamente sustentável do

meio ambiente.

Em 2002 começou a habilitação normatizada dos municípios, sendo o

município de Canoas habilitado de acordo com a Resolução CONSEMA 020/2002.

Após, devido à necessidade de definir as atividades e empreendimentos de impacto

7

local, citados no art. 69 e no parágrafo único do Código Estadual de Meio Ambiente8,

e do art. 6° da Resolução CONAMA 237/97, estabeleceu códigos de ramo de

atividades de impacto local no Anexo Único da Resolução CONSEMA 102/2005,

revogando as disposições contrárias, em especial a Resolução CONSEMA n°

005/98, todavia ainda os municípios deveriam cumprir os procedimentos

estabelecidos pela Resolução CONSEMA n° 04/2000 para competência do

licenciamento ambiental, de maneira a consolidá-lo como instrumento de gestão da

Política Ambiental Estadual, visando o desenvolvimento sustentável.

Com o intuito de ter uma abordagem maior de atividades a Resolução

CONSEMA 102/2005 teve seu rol de atividades ampliado pelas Resoluções 110 e

111 de 2005, 168/2007 e 232/2010 do Conselho Estadual de Meio Ambiente. Em

2006, com a Resolução n° 008/06, foram estabelecidas diretrizes e critérios gerais

como pré-requisitos obrigatórios para celebrar convênios de delegação de

competência em licenciamento e fiscalização ambiental entre a Fundação Estadual

de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (FEPAM) e os 497 municípios do RS

(IBGE/10).

Os critérios para qualificação dos Municípios para exercício da competência

do Licenciamento Ambiental dos empreendimentos e atividades considerados como

de impacto local foram atualizados com a Resolução CONSEMA 167/2007,

revogando as disposições contrárias, em especial a Resolução CONSEMA n°

04/2000, e posteriormente alterada pela Resolução n° 199/2008 e pela Resolução

n°250/2010 do CONSEMA.

Visto que a promulgação é o ‘instrumento que declara a existência da lei e

ordena sua execução’, conforme expresso pelo Senado Federal ([2013?]), o estado

do RS teve que definir empreendimentos e atividades consideradas de impacto local

devido à publicação da LC 140/2011, onde competências ambientais pode ser

expresso como “a congregação das atribuições juridicamente conferidas a

determinado nível de governo visando à emissão das suas decisões no cumprimento

do dever de defender e preservar o meio ambiente”(SIVINI, 2010, p. 228).

Considerando o disposto no artigo 9°, inciso XIV da LC 140/11, sobre a competência

dos municípios para o licenciamento ambiental de impacto local, da mesma forma

determinando que são os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente que definem quais

8Lei n° 11520/00.

8

são as atividades e empreendimentos considerados de impacto local, foi publicado a

Resolução CONSEMA n° 269/2012 que definiu que os empreendimento e atividades

consideradas de impacto local são estabelecidas de acordo com as Resoluções do

CONSEMA n° 102/2005, 110/2005, 111/205, 168/2007 e 232/2010, devido já existir

tal normativa no Rio Grande do Sul.

3.2 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Canoas

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Canoas (SMMA) é um Órgão

Local9 integrante do SISNAMA por força da Lei Federal n° 6.938/81, no Estado é um

órgão executor do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEPRA) na

implementação da Política Ambiental Regional, já no âmbito municipal a SMMA se

enquadra dentro da estrutura organizacional do Município de Canoas como sendo

uma Secretaria de Natureza Fim10, que dentre uma das suas principais

competências voltadas ao pleno cumprimento das suas atribuições e

responsabilidades para alcance dos objetivos fundamentais do Município,

observando o disposto na CF e na Constituição Estadual de 1989, é efetuar o

licenciamento ambiental das atividades previstas em lei e orientar, fiscalizar e

aprovar atividades que potencialmente causem agressão ao meio ambiente.

Com base na metodologia de pesquisa empregada pode-se verificar que a

Secretaria Municipal de Meio Ambiente dispõe de quatro diretorias, sendo informado

um breve descritivo de cada uma, tendo o foco na que dispõe sobre o licenciamento

ambiental devido ser o objetivo do estudo, sendo os dados obtidos inseridos em um

espaço amostral de janeiro a junho de 2013. A seguir são elencadas as diretorias

componentes da SMMA.

3.2.1 Diretoria de Educação Ambiental

Responsável por promover a educação ambiental e pela divulgação do

programa ambiental municipal. Realiza trilhas ecológicas com a sociedade, tendo

9São Órgãos Locais “os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização

dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;” (Lei 6.938/81, art. 6°, inc. VI). 10

Lei Municipal n° 5363/09, art.5°, III.

9

uma média de quatro trilhas realizadas por mês em parques municipais conforme

dados disponibilizados pela SMMA.

Através de solicitação de empresas promove palestras sobre vários temas

referentes à educação ambiental, assim qualificando profissionais. Atua também

com escolas municipais, promovendo palestras orientativas a professores e alunos

sobre a importância da proteção e respeito ao meio ambiente, além de visitas ao

mini-zoológico municipal.

3.2.2 Diretoria de Resíduos

Responsável por habilitar a coleta seletiva municipal, estando habilitadas

atualmente quatro cooperativas com suas respectivas áreas de atuação dentro do

município, executando este serviço através de caminhões próprios, sendo os

resíduos destinados aos seus respectivos galpões e o capital gerado com este

serviço destinado as próprias cooperativas.

3.2.3 Diretoria de Praças

Responsável pelas podas e manutenção das praças e parques municipais,

também é responsável pelo gerenciamento do viveiro que conta com cerca de mais

de 20 espécies, dentre elas, floríferas, herbáceas e arbustivas, no qual são utilizadas

em ajardinamento e arborização de vias e espaços públicos e para a distribuição à

população em geral em determinados eventos.

3.2.4 Diretoria de Licenciamento

Responsável pela análise dos requerimentos de licenciamento e emissão

dos respectivos documentos ambientais. É composta por quatro técnicos

concursados de nível superior, dentre áreas da Geologia, Engenharia Agronômica,

Engenharia Civil e Biologia. Compõe também o quadro de funcionários desta

diretoria quatro fiscais ambientais concursados de nível médio, responsáveis pelas

fiscalizações e atendimento de denúncias, baseados na Lei de Crimes Ambientais11

11

Lei n° 9605/98.

10

e na Lei municipal n° 5671/12, que estabelece o procedimento administrativo

municipal para apuração de infrações ambientais e dá outras providências.

O procedimento administrativo para protocolo de requerimentos de abertura

de processos licenciatórios é efetuado através do software inteligente do Sistema de

Licenciamento Ambiental, SISLAM, onde a ferramenta empregada é o “SisL@m 1.0

- Licenciamento Ambiental, no qual controla a emissão de licenciamento ambiental

do município e armazena dados. A sua operacionalidade se dá em duas plataformas

de acesso, sendo o acesso externo destinado aos cidadãos, consultores ou

empreendedores que fazem os requerimentos via on-line, porém tendo que realizar

o protocolo na Prefeitura, onde os documentos complementares necessários são

informados nos formulários de acordo com o ramo de atividade e o acesso externo

sendo destinado a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, onde os servidores

cadastrados têm acesso às funcionalidades internas que operacionalizam a análise

dos processos e do monitoramento ambiental.

Contudo esta sistematização pode acabar gerando contratempos devido à

utilização de um software, sendo identificado durante este estudo que o sistema

ficou inoperante no período de setembro a dezembro, levando desta forma a uma

adaptação da secretaria, na qual teve que operacionalizar o procedimento

administrativo utilizando o próprio e-mail de licenciamento ambiental da SMMA

([email protected]). Visto que a LC 140/11 exige que os

municípios disponham de mecanismos para exercer o controle de atividades e

empreendimentos no qual tenham a atribuição licenciar ou autorizar, a inoperância

do sistema pode gerar uma ineficiência neste aspecto.

Conforme disposto no art. 23 da CF compete aos Municípios, de forma

cooperativa, proteger o meio ambiente. Diante disto, Canoas foi habilitado para o

licenciamento de atividades de impacto local em 2002, através da Resolução

CONSEMA 020/2002, desta forma dispondo de todos os requisitos necessários para

tal, um destes requisitos foi criar Lei específica para promover o licenciamento

ambiental12 que em seu art. 7° classificava como sendo atividades de impacto local

as definidas pelo CONSEMA e as definidas por ‘Resolução do COMMA’, respeitando

os limites estabelecidos pelo CONSEMA. Porém, conforme disposto pela LC 140/11

só compete ao município licenciar atividades que causem ou possam causar

12

Lei Municipal n° 5563/10.

11

impacto ambiental de âmbito local, conforme as tipologias definidas pelo CONSEMA,

de acordo com os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade, ou

em empreendimentos localizados em unidades de conservação instituídas pelo

Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APA’s). Podendo ser verificado

que devido à promulgação da LC 140/11 o município de Canoas não tem mais a

competência para licenciar as atividades dispostas por resoluções estabelecidas

pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, interferindo diretamente no que estava

disposto na lei ambiental municipal, especificamente no art. 7°, II.

Foi identificado também que o Município de Canoas abrangeu o

licenciamento e fiscalização ambiental de atividades de competência do Estado

através do Convênio firmado entre o Município e a Fundação Estadual de Proteção

Ambiental Henrique Luís Roessler em 2009, desta forma estando relacionado com a

Diretoria de Licenciamento, sendo os convênios definidos segundo Meirelles (apud

RIO GRANDE DO SUL, 2011, p.263) como sendo:

acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes. Convênio é acordo, mas não contrato. No contrato, as partes têm interesses diversos e opostos; no convênio, os partícipes têm interesses comuns e coincidentes.

Verificando desta forma que convênio é um acordo comum de vontades com

a finalidade de realizar interesses institucionais similares entre os participantes

(União, Estado, Municípios e entidades públicas e privadas). No referido convênio,

em seu parágrafo segundo, classificava as atividades que o município estaria apto a

licenciar seriam as descritas na Resolução CONAMA 237/97, nas resoluções do

CONSEMA de impacto local, pela ‘legislação municipal pertinente’ e nas atividades

constantes na tabela anexa ao convênio, e tudo que não estaria nestas normativas

não teria a prerrogativa do licenciamento, estando isento.

Mediante a LC 140/2011 estabelecer que só cabe ao Estado definir as

tipologias de atividades de impacto local, entra em discordância com o que estava

descrito no referido convênio, pois o Município não dispõem mais da competência

administrativa de decidir e instaurar as atividades julgadas como sendo de impacto

local, somente de empreendimentos localizados em unidades de conservação por

ele instituídos.

12

Figura 1 – Denúncias e vistorias realizadas

Fonte: Adaptado da SMMA, 2013.

Conforme a Figura 1 pode ser verificado que a demanda de denúncias é

muito maior do que as vistorias realizadas, sendo atendidas apenas 38% das

denúncias, visto que as vistorias não abrangem somente as denúncias, mas também

à verificação do cumprimento das condições e restrições impostas nas licenças

ambientais dos empreendimentos sobre sua atribuição como de forma cooperativa,

mostra um déficit neste importante serviço de proteção ambiental, pois o

licenciamento ambiental perde seu objetivo quando não há a fiscalização e a LC

140/2011 exige que os municípios exerçam a fiscalização de atividades ou

empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental.

A metodologia utilizada não buscou só verificar a estrutura de licenciamento

da SMMA e os procedimentos administrativos necessários para protocolos de

abertura de processos, mas também identificar as licenças ambientais emitidas, que

de acordo com o art.4°, inc. II da Lei n° 5563/10, que dispõe sobre o licenciamento

ambiental no município de Canoas, define que a licença ambiental é:

ato administrativo pelo qual o órgão ambiental estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

0

50

100

150

200

jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

90 106

125

175

0

125

27 22 45

67

24 53

Denúncias recebidas Vistorias realizadas

13

Figura 2 – Licenças ambientais emitidas

Fonte: Adaptado da SMMA, 2013.

A Figura 2 mostra as licenças ambientais emitidas no período amostral de

seis meses. Conforme dados da Figura 2 pode ser verificado que a SMMA emitiu em

média 1.5 LP/mês, 3.33 LI/mês, 9.33 LO/mês e 4 LU/mês, onde de acordo com o

artigo 10, I, II e III da Lei Municipal n° 5563/10, que dispõe sobre o licenciamento

ambiental no município de Canoas, cria a taxa de licenciamento ambiental e dá

outras providencias, define as licenças ambientais como:

Art. 10. A SMMA, no exercício de sua competência [...] I – Licença Prévia (LP) - Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua concepção e localização, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II – Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III – Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após verificação do efetivo cumprimento do que consta

0

2

4

6

8

10

12

jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

LP 1 1 4 1 2 0

LI 3 4 4 2 3 4

LO 12 6 11 10 9 8

LU 3 4 7 3 4 3

LEGENDA

LP: Licença Prévia

LI: Licença de Instalação

LO: Licença de Operação

LU: Licença Única

14

das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

A referida Lei Municipal, em conformidade com a Resolução FEPAM n.º 001

de 19 de junho de 2007, descreve que atividades agroindustriais de mínimo ou

pequeno porte e baixo impacto ambiental, bem como, as unidades de transporte e

tratamento de esgoto sanitário de porte mínimo, pequeno ou médio, devem ser

sujeitas ao licenciamento único, através de Licença Única de Instalação e Operação

(LIO), devendo atender às condicionantes ambientais exigidas pelas SMMA.

Verificando que as Licenças de Operação foram as mais representativas no

período amostral, porém devido a SMMA não fornecer quais são os ramos de

atividades que constam nestas licenças, e pelo fato da LC 140/11 dispor que só

cabe ao município licenciar as atividades definidas pelo CONSEMA, pode gerar uma

diferenças na representatividade das licenças emitidas, pois algumas destas

atividades licenciadas podem ser vinculadas a resolução municipal que define

códigos de ramos atividades de impacto local, que não tem mais validade segundo a

LC 140/11.

4 CONCLUSÕES

Com base nos dados obtidos por meio dos procedimentos metodológicos

utilizados, pode ser realizado um breve panorama do licenciamento ambiental do

município de Canoas. Sendo assim, pode ser verificado que a SMMA dispõe de

quatro diretorias envolvidas na gestão ambiental do município, em face disto,

notadamente se identifica a falta de contingente de funcionários para atender a

demanda de denúncias e realizar as vistorias nos empreendimentos licenciados pelo

município como de forma cooperativa, e conforme disposto na LC 140/11 é dever do

município exercer a fiscalização ambiental. Também foi verificado que o software

utilizado pela SMMA para armazenamento de dados ficou inoperante durante o

período do estudo, podendo sobrecarregar a sistematização da análise e emissão

das licenças ambientais, também gerando dúvidas aos cidadãos que necessitam

realizar o protocolo ou acompanhar o processo licenciatório somente pelo e-mail da

SMMA, tendo como agravante a falta de uma home Page específica da SMMA que

auxilie no acompanhamento do andamento dos processos.

15

A resolução CONAMA 237/97 era o instrumento infralegal que até então

definia as competências entre os entes federativos, sendo esta sobreposta por força

de Lei Complementar que abordou especificamente a definição das competências

ambientais. Com a promulgação da LC 140/11, referente ao artigo 23 da

Constituição Federal de 1988, houve mudanças no que já estava consolidado no

município, devido à referida LC estabelecer que as atividades ou empreendimentos

que causem ou possam causar impacto local são definidas pelos respectivos

Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, desta forma inviabilizando a Resolução

COMMA N° 013/11 que estava descrita na Lei Municipal de Meio Ambiente e no

convênio no que diz respeito à legislação municipal pertinente.

A LC 140/11 foi criada para evitar sobreposições de atuações e

descentralizar o licenciamento ambiental, que na prática obriga os Estados a

compartilharem o licenciamento ambiental e evoluírem na proteção do meio

ambiente, todavia houve de certa forma um retrocesso no município no qual foi

abordado este estudo, pois tudo que não está em normatização Estadual passa a

não ser mais licenciável pelo município, como as atividades que constam na

Resolução COMMA n° 013/11 (edificação de prédios não residenciais, estofaria,

laboratórios de análises ambientais, lavagem de veículos, oficina mecânica, rede de

esgotos sanitários em área pública, etc.), e as que não constavam em nenhuma

diretriz, mas o município licenciava, como Shoppings Centers, pois o Canoas

Shopping é licenciado pelo município mesmo não existindo na época tal ramo de

atividade, porém atualmente foi criado a código de ramo n° 4140 para Shopping

Center/ Supermercado, sendo de competência do Estado o licenciamento, conforme

consta em pesquisa no site13 da FEPAM.

Foi verificado que 93% dos municípios gaúchos são habilitados para o

licenciamento de atividades de impacto local e apenas 2,8 % destes municípios são

conveniados para exercer o licenciamento e fiscalização de atividades de impacto

supralocal. Identificando que o Rio Grande do Sul é um estado avançado na

descentralização do licenciamento ambiental.

Atualmente o CONSEMA discute a deliberação de uma nova resolução que

amplie os ramos de atividades de impacto local juntamente com a Federação das

13

Disponível em: <http://www.fepam.rs.gov.br/licenciamento/Area1/lista.asp?tamanho=2000&ramo=4.140,00&vlsUF=RS&municipio=4304606&VlsUnidadeConcervacaoFederal=false&ir_app=False&ir_mun=false&ir_uce=false&cpfcnpj=02108776001> Acesso em: 05 nov. 2013.

16

Associações de Municípios do estado do Rio Grande do Sul (FAMURS), no qual é

representante dos municípios no conselho, desta forma abrangendo as atividades

que deveriam ser licenciadas, como as que se encontram em resoluções municipais,

mas no cunho legal não têm obrigação.

ABSTRACT

The Complementary Law 140/11 defines the competencies to carry out the process

licensing so that the superposition of actions between federal entities is avoided and

assignment conflicts are prevented. This study was performed, based on the referred

law, in order to answer questions regarding decentralization of the state process

licensing. The goal of the research was to identify the environmental management

structure in Canoas for the treatment of the referred law with respect to the process

licensing of local impact activities. The research was conducted through a case

study, making use of documental and bibliographical research with the addition of

data collected by the local environment agency (Secretaria Municipal de Meio

Ambiente). In this way, the town licensing system can be checked according to the

obtained data and the real competency attributed to the town conforming to the

pertinent environmental legislation can be identified. Concluding that there are

improvements to be imposed on the licensing board regarding inspections and face

to the emergence of the Complementary Law 140/11, which specifically approached

the definition of environmental competencies, there were changes in what was

already consolidates between the Town and the State.

Keywords: Process Licensing. Complementary Law 140/11. Local impact.

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