competência tributária

28
Competência Tributária • É o poder que a CF constitui aos entes políticos, para que possam legislar instituindo seus tributos. Geralmente o que se exige para instituição de um tributo é Lei Ordinária, salvo quando a constituição expressamente dispõe de forma diversa, requerendo, por exemplo, que seja efetivada por Lei Complementar (art. 146 CF). Atualmente tem-se admitido Medida Provisória para majoração ou instituição de tributo.

Upload: leyna

Post on 05-Jan-2016

21 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Competência Tributária. É o poder que a CF constitui aos entes políticos, para que possam legislar instituindo seus tributos. - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Competência Tributária

Competência Tributária• É o poder que a CF constitui aos entes políticos,

para que possam legislar instituindo seus tributos. Geralmente o que se exige para instituição de um

tributo é Lei Ordinária, salvo quando a constituição expressamente dispõe de forma diversa, requerendo, por exemplo, que seja efetivada por Lei Complementar (art. 146 CF).

Atualmente tem-se admitido Medida Provisória para majoração ou instituição de tributo.

Page 2: Competência Tributária

• Classificação quanto à sua Titularidade:1) Exclusiva - quando se atribui a apenas um ente

político o poder de legislar sobre aquela matéria; Ex: Empréstimo Compulsório;

2) Cumulativa - é observada em relação á União,

que detém essa competência. Acumula suas próprias obrigações, dos Estados e eventualmente dos Municípios.

• DF ao mesmo tempo legisla como Estado e como

Município.

Page 3: Competência Tributária

• 3) Comum - é o caso em que alguns tributos podem ser instituídos por qualquer ente político, União, ou pelos Estados, ou Municípios. Ex:

• Contribuição de Melhoria - é instituída elo ente político que tiver os gastos com a obra pública, se a obra é Federal, a União, se estadual será o estado.

• Taxas

• 4) Residual• Art. 154, I , CF - A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo

anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

Em regra a competência legislativa residual é dos Estados, porém o

dispositivo legal acima, traz uma exceção.

Page 4: Competência Tributária

Princípios da competência Tributária• 1) Princípio Facultatividade - Não se pode obrigar

um ente político a legislar instituindo seus tributos;

• 2) Princípio da Irrenunciabilidade - um ente político não pode editar uma lei renunciando ao seu poder de legislar.

Pode conceder isenção por lei e depois revogá-la.

Page 5: Competência Tributária

• 3) Princípio da Incaducabilidade - o poder de tributar não caduca.

• Ainda que passe muitos anos sem que o ente político sem que o ente político legisle quanto ao tributo, ele poderá fazê-lo a qualquer tempo, por que não caduca. Ex: Imposto sobre grandes fortunas.

• 4) Princípio da Indelegabilidade - significa que esse poder de legislar, instituindo tributo não pode ser delegado de um ente político para outro.(art. 7 do CTN).

Page 6: Competência Tributária

• 5) Princípio da Inalterabilidade - a competência deve ser exercida nos limites da CF. O ente político não pode mudar os limites constantes na CF quando do exercício da competência tributária.

BITRIBUTAÇÃO• Verifica-se a bitributação quando dois entes políticos

distintos (União e Município), instituem, exigem o mesmo tributo ou tributo com mesmo fato gerador de outro já existente.

• Ex: Sujeito tem um único bem imóvel e é tributado pelo

IPTU (Município) e pelo ITR (União), ou o imóvel é urbano ou é rural. O fato gerador é o mesmo - ser proprietário de imóvel.

Page 7: Competência Tributária

Bitributação• Normalmente a bitributação é inconstitucional, haja

vista que houve uma invasão de competência.

• No entanto, a CF autoriza em uma hipóteses determinada, a bitributação.

• No caso de guerra externa ou sua iminência, a União, com base no Art. 154, II da CF, pode instituir o imposto extraordinário cujo fato gerador esteja ou não na esfera de sua competência.

Page 8: Competência Tributária

BIS IN IDEM• Possibilidade de bis in idem:• O mesmo ente político exige duas vezes o mesmo imposto,

que detém o mesmo fato gerador.Normalmente é abusivo. • Ex: Imóvel de esquina com dois portões, a pessoa recebe

dois IPTU como se fossem propriedades diferentes, mas o fato gerador é o mesmo e o ente que o cobra tb.

EXCECÃO• Em caso de guerra externa, nos termos do inc. II do Art. 154

da CF, a União poderá instituir dois impostos com o mesmo fato gerador de outro imposto que já tenha sido cobrado.

Page 9: Competência Tributária

Tributos

Art. 3º CTN- “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Page 10: Competência Tributária

Tributos• a) obrigação "ex lege” - obrigação é o vinculo

abstrato de conteúdo patrimonial pelo qual alguém (suj. passivo) se vê compelido a dar, fazer, não fazer ou suportar algo em favor de outrem (suj. ativo).

• b) em moeda - a lei só pode exigir q o contribuinte a recolher tributos na moeda corrente.

• Exceção: Art. 156 CTN – “Extinguem o crédito tributário:

• (...)• XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na

forma e condições estabelecidas em lei.”

Page 11: Competência Tributária

Tributos• A COMPULSORIEDADE constitui elemento

essencial do tributo, consubstanciada numa obrigação de dar dinheiro ao Erário, ou seja, independe da vontade de seu devedor.

• c) não constitui sanção por ato ilícito - afirma que o tributo não é multa e ao contrario dela, tem por pressuposto a pratica de um fato licito qualquer; Pagamos tributos porque praticamos atos lícitos.

• Teoria do “nun olet”: Não importa a origem do dinheiro, não importa a causa remota, o que importa para o tributo é a causa próxima.

Page 12: Competência Tributária

Tributos• d) sujeito ativo - normalmente, uma pessoa política. O SA é

o credor do tributo, é a pessoa que detém a titularidade do crédito tributário, é a pessoa que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo.

• Competência Tributaria - INDELEGÁVEL• Capacidade Tributaria Ativa - e DELEGÁVEL por lei editada

pela pessoa política tributante.EX: União criou mediante lei as Contribuições Sociais e mediante lei também delegou ao INSS a arrecadação, a fim de obter recursos para assistência social. Nada impede que 3° pessoa venha a arrecadar, basta receber autorização legislativa para tanto.

Page 13: Competência Tributária

Tributos

• e) sujeito passivo- é o devedor do tributo, é a pessoa que tem o dever jurídico de efetuar o pagamento . As próprias pessoas políticas (União, Estados, Municípios e DF) podem revestir a posição de sujeito passivo (Taxas e Contribuição de Melhoria).

Page 14: Competência Tributária

Tributos

• HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

• Conceito - é o fato descrito em lei que acontecido faz nascer à relação jurídica tributaria, que tem por objeto a divida tributaria.

Page 15: Competência Tributária

• Para criar em abstrato um tributo, a lei deve descrever em todos os seus aspectos as normas jurídicas tributárias.

• Norma Jurídica Tributária: • Hipótese de Incidência• Sujeito Ativo• Sujeito Passivo• Base de Cálculo • Alíquota

• Base de Cálculo e a Alíquota - São elementos quantitativos do tributo. São eles que permitem que se chegue ao “quantum debeatur”.

Page 16: Competência Tributária

• BASE DE CÁLCULO - dimensão legal da materialidade do tributo. É o ponto de partida das operações aritméticas que revelarão o “quantum debeatur”. Exemplos:

IR: Hipótese de Incidência: auferir rendimento• Base de Cálculo: renda líquida obtida.

• ALÍQUOTA é o critério apontado em lei, normalmente em porcentagem, que, conjugado à base de calculo, revela o montante de tributo a pagar. Ex. IPVA 4% ou 2%.

Page 17: Competência Tributária

TAXAS e CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

• As taxas e contribuições de melhoria, são tributos vinculados a contraprestação estatal. Nascem sempre de atuações estatais.

Page 18: Competência Tributária

Taxas• Tributos que tem por hipótese de incidência uma

atuação estatal diretamente referida ao contribuinte. Essa atuação estatal, por força do que estabelece a disposição constante no Art. 145, II da CF, podem ser:

• Serviço público - taxas de serviço• Ato de policia - taxas de policia - nasce da pratica

de atos de policia.

Page 19: Competência Tributária

Pedágio

• PEDÁGIO• O pedágio é uma taxa de serviço, com base no

Art. 150, V, "in fine" CF.

• O serviço de conservação da rodovia é que abre espaço a cobrança de pedágio.

Page 20: Competência Tributária

Taxas

• Obs 1: as taxas de polícia não remuneram o ato em si mesmo considerado, e sim a diligência necessária à prática do ato de polícia.

• • Obs 2: Art. 145, § 2º da CF - estabelece que

"as taxas não poderão ter base de calculo própria de impostos".

Page 21: Competência Tributária

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

• É a modalidade de tributo que tem por hipótese de incidência o fato gerador in abstrato, uma atuação estatal, indiretamente referida ao contribuinte.

• É a modalidade de tributo que tem por hipótese de incidência, valorização imobiliária causada por obra pública.

Page 22: Competência Tributária

• A Contribuição de Melhoria só pode ser cobrada apos à obra já ter sido terminada para que se possa calcular ser valor.

• Não há necessidade de edição de lei para cada obra pública que for realizada, basta que o ente político promova uma lei genérica que disponha quanto ao assunto.

Page 23: Competência Tributária

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS• São tributos restituíveis.

• Somente a União poderá criar empréstimo compulsório, através de Lei Complementar de acordo com a disposição legal constante no Art. 148 da CF.

• Isso impossibilita também que sejam criados por Medida Provisória.

Page 24: Competência Tributária

• Duas modalidades de empréstimo compulsório: Art. 148, I e II:

• para atender as despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência. Não precisam obedecer ao princípio da anterioridade.

• e no caso de investimento público em caráter urgente e de relevante valor nacional, observado o disposto no art. 150, III, alínea "b". Obedecem ao princípio da anterioridade.

Page 25: Competência Tributária

Extinção tributária• Art. 156 CTN - Extinguem o crédito tributário:• I - o pagamento;• II - a compensação;• III - a transação;• IV - remissão;• V - a prescrição e a decadência;• VI - a conversão de depósito em renda;• VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos

do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;• VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do

artigo 164;• IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na

órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;• X - a decisão judicial passada em julgado.• XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições

estabelecidas em lei.

Page 26: Competência Tributária

Suspensão tributária• Art. 151 CTN - Suspendem a exigibilidade do crédito

tributário:• I - moratória;• II - o depósito do seu montante integral;• III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis

reguladoras do processo tributário administrativo;• IV - a concessão de medida liminar em mandado de

segurança.• V – a concessão de medida liminar ou de tutela

antecipada, em outras espécies de ação judicial; • VI – o parcelamento.

Page 27: Competência Tributária

Decadência

• No direito tributário, temos duas espécies de decadência: uma que pode ser conceituada como “a extinção do poder que a Fazenda Pública tem de CONSTITUIR o crédito tributário pelo lançamento, tornando-o, assim, LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL” e outra, como “a extinção do direito do sujeito passivo de pleitear a restituição de tributo indevidamente pago, ou pago a maior.”

Page 28: Competência Tributária

Prescrição

• “a perda do direito da Fazenda Pública de ajuizar ação de cobrança (ou, mais propriamente, de Execução Fiscal) relativamente a crédito tributário não pago, pelo decurso do tempo” ou, ainda , “a perda do direito de ação de repetição de indébito, pelo decurso do tempo”.