compÊndio teolÓgico sobre o vÉu

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes COMPÊNDIO TEOLÓGICO SOBRE O VÉU 1

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Page 1: COMPÊNDIO TEOLÓGICO SOBRE O VÉU

Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

COMPÊNDIO

TEOLÓGICO

SOBRE O VÉU

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

FINALIDADE DESTA OBRA

Os materiais literários do autor não têm fins lucrativos, nem lhe gera quaisquer tipo de receita. Os custos do livro são unicamente para cobrir despesas com produção, transporte, impostos e revendedores. Sua satisfação consiste em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus Todo-Poderoso.

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M543 Menezes, Valdemir, 1969

Compêndio Teológico sobre o véu / Valdemir Mota de Menezes, Cubatão/SP, Amazon.com Clubedosautores.com.br, 2015

235 p. ; 21 cm

ISBN-13: 978-1514836033

ISBN-10: 1514836033

1. véu 2. Teologia 3. História do cristianismo

4. moral cristã I - Titulo

CDD 260

CDU 24

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CONTATOS:

www.youtube.com/user/storytellervaldemir

www.facebook.com/menezes.scribe.3

Blog: http://aspectoexteriorcristiano.blogspot.com.br

E-mail: [email protected]

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AUTORIZAÇÃO

O livro pode ser reproduzido e distribuído por quaisquer meios, usado por qualquer entidade religiosa, educacional ou cultural sem prévia autorização do autor.

AUTOR: VALDEMIR MOTA DE MENEZES

Bacharel em Teologia pela Fatads de Santos, Licenciado em História e Ciências Biológicas pela Universidade Metropolitana de Santos{Unimes}, e Formado em Gestão Empresarial pela Universidade Monte Serrat de Santos {Unimonte}. Fundou o Centro de Evangelismo Universal em 1990.

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

SUMÁRIO

PARTE 1 – TEOLOGIA DO VÉU

FUNDAMENTO BÍBLICO DA DOUTRINA DO VÉU

A REBELDIA DAS CRISTÃS DE CORINTO

SIMBOLOGIA CRISTÃ E O VÉU

O VÉU É DOUTRINA TRANSCULTURAL

O CARÁTER SAGRADO DO VÉU

VÉU É QUESTÃO DE ORDEM

MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO DE INTERPRETAR

OS ANJOS E O VÉU

O VÉU E A DIFERENÇA DOS SEXOS

IGUALDADE ENTRE SEXO SOMENTE RELATIVA

CABELO DA MULHER REALÇA A DIFERENÇA

PENSADORES ERUDITOS E O VÉU

DESCRIÇÃO DO VÉU

O ESPÍRITO SANTO E O VÉU

VÉU SÓ NA IGREJA?

VÉU É O CABELO?

VÉU PRECEITO DE PAULO OU DE DEUS?

CARACTERISTICAS DO VÉU CRISTÃO

OUTRA COBERTURA PODE SUBSTITUIR O VÉU?

RAZÕES PARA USAR O VÉU

DR. RUSSEL NORMAN CHAMPLIN

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SATANÁS E O VÉU

DESCULPAS PARA NÃO USAR O VÉU

ARTIFÍCIOS HERMENÊUTICOS

PENTEADO MODESTO SUBSTITUI O VÉU

I CORÍNTIOS 11.2-16 É UMA INTERPOLAÇÃO

O VÉU ERA SÓ PARA OS CORÍNTIOS

SÓ PARA MULHERES CASADAS

A IGREJA TEM PODER DE ABDICAR DO VÉU

USA VÉU, MAS VIVE NO PECADO

USAR O VÉU É LEGALISMO RELIGIOSO

O VÉU E AS PROSTITUTAS

COSTUMES SOCIAIS E A TEOLOGIA DO VÉU

AMEAÇA DE EXCLUSÃO

PARTE 1 – HISTÓRIA DO VÉU

O VÉU E OS “PAIS DA IGREJA”

O VÉU NAS CATACUMBAS DE ROMA

REFORMA PROTESTANTE E O VÉU

RAINHA VITÓRIA DA INGLATERRA

O VÉU NA ANTIGUIDADE

O VÉU NA IDADE MÉDIA

O VÉU NO ISLAMISMO

O VÉU NO JUDAISMO

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O VÉU DE NOIVA

O VÉU DA VIUVA

O VÉU NA MODA

O VÉU CIGANO

O VÉU NA ÍNDIA

O VÉU NAS RELIGIÕES AFRICANAS

A HISTÓRIA DO VÉU NA ARTE CRISTÃ

O VÉU NA IGREJA CATÓLICA ROMANA

IMAGENS DE MARIA COM VÉU

IGREJAS DO SÉCULO XXI QUE USAM VÉU

O VÉU APARTIR DO SÉCULO XX

A CONTRACULTURA DO VÉU

ADVERTÊNCIA AOS DESOBEDIENTES

FIEL NO POUCO

TORÇENDO AS ESCRITURAS

APOSTASIA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS

VOLTEMOS A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

HIPOCRISIA

GUARDE OS ENSINAMENTOS

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

PARTE 1 – TEOLOGIA DO VÉU

FUNDAMENTO BÍBLICO DA DOUTRINA DO VÉU

Consideremos o que diz a Bíblia, citando I Coríntios 11.2–16. Ao começar esta análise peço que leia o texto abaixo, com singeleza de coração, sem armar o cérebro para rebater ou repudiar o que está escrito. Leia com a simplicidade de uma criança, pois assim será mais fácil entender e aceitar, do que ler como um filósofo ou advogado, procurando “brechas” para defender uma causa já pré-concebida.

2 Ora, eu vos louvo, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais os preceitos assim como vo-los entreguei.

3 Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo.

4 Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça.

5 Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada.

6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porém, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu.

7 Pois o homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem.

8 Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem;

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9 nem foi o homem criado por causa da mulher, mas sim, a mulher por causa do homem.

10 Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos.

11 Todavia, no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher.

12 pois, assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus.

13 julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher com a cabeça descoberta ore a Deus?

14 Não vos ensina a própria natureza que se o homem tiver cabelo comprido, é para ele uma desonra;

15 mas se a mulher tiver o cabelo comprido, é para ela uma glória? Pois a cabeleira lhe foi dada em lugar de véu.

16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus.

A REBELDIA DAS CRISTÃS DE CORINTO

Alguns teólogos e outros líderes cristãos têm inventado as mais estapafúrdias explicações para falar que a ordem paulina sobre o véu era exclusivamente para a Igreja de Corinto, não sendo um mandamento universal para as demais igrejas. Mas a tradição bíblica da mulher cobrir a cabeça durante a oração não é confinada ao tempo do Novo Testamento do Apóstolo Paulo. Esta era uma prática comum no Antigo Testamento, bem como evidenciado pelos seguintes escrituras registradas no Antigo Testamento:

Gênesis 24.65: E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu SENHOR. Então tomou ela o véu e cobriu-se.

Gênesis 38.14: Então ela tirou de sobre si os vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e

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assentou-se à entrada das duas fontes que estão no caminho de Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por mulher.

Gênesis 38.19: E ela se levantou, e se foi e tirou de sobre si o seu véu, e vestiu os vestidos da sua viuvez.

Ruth 3.15: Disse mais: Dá-me o véu que tens sobre ti, e segura-a. E ela a segurou; e ele mediu seis medidas de cevada, e lhas pôs em cima; então foi para a cidade.

Assim, é claramente estabelecido em evidência bíblica de que o véu era um costume na qual as mulheres deveriam cobrir a cabeça. Nos tempos do Antigo Testamento isto era verdade tanto em um contexto social quanto religioso. No Novo Testamento, tornou-se uma exortação de destaque para as fiéis na igreja de Corinto.

Uma vez que, na época do apóstolo Paulo, o uso do véu (ou não usá-lo) tinha tantas implicações sociais e religiosas, vale a pena se aprofundar nestes aspectos para ter uma clara compreensão e apreciação desta prática bíblica. Aparentemente, esta prática social no mundo greco-romano foi uma influência Oriental. Porque em terras orientais uma mulher com véu simbolizava a honra e a dignidade feminina. Com um véu em sua cabeça, ela era capaz de ir a qualquer lugar em segurança e profundo respeito. Na visão Oriental a autoridade de uma mulher e dignidade desaparece quando ela não se cobria com o véu.

Durante o início da vida do apóstolo Paulo, na cidade de Tarso, este foi o procedimento social dominante. Apesar de Tarso ser uma cidade greco-romana, foi marcada pela cultura oriental, e não grega. Assim, nos seus dias a dignidade da mulher dependia em grande sentido dela usar o véu. Por outro lado, as mulheres que apareciam em público com a cabeça descoberta eram consideradas de má reputação. Elas eram consideradas como mulheres desonrosas, e de caráter questionável.

A história nos diz que algumas das mulheres convertidas na igreja de Corinto se recusavam a cobrir-se com seus véus durante o culto, assim, praticamente alegando autoridade igual ao dos homens. Uma vez que o Apóstolo Paulo ensinou que "não pode haver macho ou fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3.28), algumas das mulheres aparentemente sentiram que a subordinação social aos homens deixou de ser aplicável. Assim, elas tomaram a liberdade de não usar véu. Obviamente, isso deu uma má impressão e trouxe em certa medida opróbrio sobre o cristianismo. Assim, o Apóstolo Paulo tomou as medidas adequadas e

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dirigidas aquelas cristãs da Igreja, determinando que elas deveriam usar véu como as demais cristãs das outras igrejas do mundo, dirigindo assim sua primeira epístola aos Coríntios.

AUGUSTUS NICODEMUS

O pastor Fabiano Antonio Ferreira cita o Dr. Augustus Nicomedus para reforçar a tese de que a igreja de Corinto estava se rebelando contra a doutrina do véu que era observada por todas as igrejas cristãs da época apostólica:

O Dr. Augustus Nicodemus Lopes, erudito reformado conservador, ao analisar 1 Co 11.2-16, chegou à conclusão de que a posição das mulheres da Igreja de Corinto era diametralmente oposta à prática de todas as igrejas do NT, e apresentou até mesmo uma alternativa para “os estudiosos que já perderam a esperança de poder sistematizar, de forma harmônica, as passagens do Novo Testamento que tratam, por um lado, da igualdade ontológica do homem e da mulher, e por outro lado, da diferenciação em suas funções”. Pois uns dizem, segundo Lopes, que o ensino de 1 Co 11.2-16 foi causado pela cultura da época e pelas circunstâncias prevalecentes na cidade de Corinto. Lopes continua: “Outros insistem que Paulo estava condicionado pela cultura predominantemente machista e patriarcal de sua época, que suas palavras são condicionadas culturalmente e, portanto, inadequadas para as culturas e sociedades pós-modernas” do século XXI. Assim, Lopes apresenta uma alternativa a essas soluções de desespero, dizendo:

“Tais soluções de desespero deixam de perceber alguns pontos simples. O principal é a distinção entre o princípio teológico supracultural e a expressão cultural deste princípio. Enquanto o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença fundamental entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo é a vigência desta diferença no culto – o véu é apenas a forma pela qual isso ocorria normalmente em cidades gregas do século I. Além disso, Paulo defende a apresentação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade (1 Cor 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1 Cor 11.8-9) . Acresce ainda que Paulo defende o uso

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do véu em Corinto apelando para o costume das igrejas cristãs em geral (1 Cor 11.16), o que indica que o uso do véu não era prática restrita apenas à cidade de Corinto, mas de todas as igrejas cristãs espalhadas pelo mundo grego”.

Catacumba de Priscila, Roma

SIMBOLOGIA CRISTÃ E O VÉU

O cristianismo é uma religião com poucos rituais e festas comemorativas. Ainda que inventou-se muitas coisas ao longo do tempo, mas basicamente no Novo Testamento só vemos como rituais cristãos três cerimônias:

BATISMO / SANTA CEIA / USO DO VÉU

Fico estarrecido que muitas outras invenciones são tão respeitadas e praticadas com fervor e o que a Palavra de Deus manda é relegada e mesmo esquecida.

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Cerimônias copiadas de outras religiões, de tradições seculares e do paganismo que são incorporadas as práticas cristãs são levadas muito mais a serio, como exemplo vou citar algumas:

Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados, não comer carne em dias especiais, comemoração de aniversário, apresentação de criança, noivado, cerimônia de casamento, templo, cerimônia fúnebre, apelo para aceitar Jesus, bem-vindo aos visitantes, campanhas disso e daquilo, etc.

Não vou entrar no mérito do valor destas cerimônias, mas elas não são ordenanças divinas, são tradições humanas. Mas o batismo, a Ceia do Senhor e o uso do véu, são cerimônias e rituais ordenados na Bíblia. São rituais porque possuem elementos representativos, figurativos e simbólicos, assim é que o batismo por imersão com ÁGUA representa o sepultamento do convertido, significando que a pessoa morreu para o mundo e nasceu para Deus. A Ceia do Senhor é outro ritual que biblicamente deve ser celebrado todo primeiro dia da semana, cujos elementos representativos são O VINHO E O PÃO. Estes dois elementos simbolizam o sangue e o corpo de Jesus, quando celebramos a ceia/eucaristia/comunhão, estamos relembrando a morte do Senhor por nós, bem como ao comermos do pão e bebermos do vinho estamos dizendo figurativamente que a vida do Senhor Jesus está em nós. Quanto ao VÉU, esta pequena peça de pano que as mulheres cristãs devem por na cabeça quando oram ou profetizam (falam em público no culto), representa o reconhecimento que as mulheres têm a hierarquia divina, aos anjos e ao senhorio do sexo masculino como cabeça da mulher e da criação.

No capítulo 11 da primeira carta aos Coríntios, Paulo trata de duas cerimônias que estavam sendo deturpadas pelos coríntios, a questão do véu (versos 2 a 16) e a questão da Ceia do Senhor (versos 17 à 34). Entendo que a disposição destes dois assuntos no mesmo capítulo é uma indicação do Espírito Santo para o valor das cerimônias cristãs.

Repetindo: batismo, ceia e uso do véu são rituais celebrados no cristianismo. Agora, Não são rituais e cerimônias da doutrina cristã:

Natal – A Bíblia manda comemorar a morte de Cristo (Ceia) e não o nascimento, além do que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Muitas igrejas se enfeitam com artigos de natal, quando as mulheres cristãs deviam se ornar com o véu e não fazem.

Dia das Mães – Invenção comercial muito divulgada pelos meios de comunicação para aquecer o mercado. De fato devemos honrar pai e mãe, todos os dias.

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Dias dos Namorados – Outra festividade mundana, que hoje aquece o mercado de motéis e restaurante. O namoro judaico-cristão esta longe do modelo hoje praticado. A igreja existe para influenciar o mundo e mudar os costumes de quem se converte e não ser guiado pelos costumes do mundo. Muitas igrejas promover encontros para casais neste dia e até para jovens para incentivar o namoro entre os fiéis. Incentivar a obediência a Palavra não fazem.

Não comer carne em dias especiais – Deixar de comer carne em respeito ao Senhor é um sacrifício pessoal até louvável, mas o leve sacrifício de por o véu na cabeça quando oram, as cristãs não o fazem.

Aniversário – Festa mundana, na Bíblia é citado o aniversário de Herodes que mandou decepar a cabeça de João Batista em plena festa de aniversário: “Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes” (Mateus 14.6). Se não parabenizar a irmã no dia do seu aniversário, ela até se ofende, mas quando ora não se cobre com o véu que ofende a hierarquia divina.

Apresentação de criança – Este é um ritual do judaísmo, que nem mesmo foi emprestado pelo cristianismo, fazemos por imitação. Não há ordem expressa no cristianismo para apresentar crianças no culto. Sim, todos os pais devem apresentar seus filhos em oração a Deus e devem educa-los na vontade de Deus. Bem, podemos levar criança recém-nascida para apresentar no culto para que a igreja ore por ela, mas por que as mulheres não oram com o véu na cabeça que é ordenança bíblica?

Noivado – Quando um casal se compromete em casar, costumam conforme as tradições das nações, fazer uma cerimonia inventada pelos homens para trocarem alianças. Mas, por que as mulheres não usam o véu quando oram, posto que é uma aliança divina, que representa a submissão feminina? Como vão representar algo que não vivem e que nem querem ser submissas...

Cerimônia de casamento – Não há na Bíblia ordem expressa para celebrar casamento, mas também não vamos negar que é uma tradição judaica, na qual o próprio Jesus começou seu ministério de milagres em uma festa de casamento, transformando água em vinho, demonstrando boa vontade de Deus para com os momentos de alegria dos homens e das mulheres. Então porque as mulheres não mostram boa vontade para com Deus usando o véu quando oram. Façam este milagre!

Templo – O cristianismo é tão simples, mas tão simples em sua essência que Jesus se esqueceu de determinar a construção de templos sagrados para ser cultuado. Dezenas de anos depois que Jesus subiu aos céus

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e os apóstolos nem tiveram a preocupação de fazer uma campanha para coletar ofertas para comprar um terreno e construir uma “igreja”. Quem conhece a Bíblia sabe que os cristãos faziam seus cultos em qualquer lugar, casas, florestas, terreiros, até dentro de cemitérios. Hoje fazem prédios suntuosos. Alguns que custaram milhões de reais. Mas, usar o véu na cabeça quando oram parece que é um preço muito caro para uma cristã pagar. Talvez seja muito humilhante...

Cerimônia fúnebre – O cristianismo é a religião de Deus, e Deus se revela aos homens exigindo quase nada de rituais. Não importa se o cristão é enterrado, cremado, jogado seu cadáver no mar, Deus o ressuscitará. Se alguém recomendou ou não recomendou sua alma, tanto faz. A cerimônia fúnebre é outra invenção humana que serve para os vivos se despedirem do defunto, apenas para ficar diante de um corpo sem vida que nem pode perceber quem veio ou não ao seu enterro. O maior valor da cerimônia fúnebre é o conforto que a família do defunto pode receber dos amigos no momento de grande perda. Agora, como usar o véu é algo que não serve para nada, somente agradar a Deus, nenhuma cristã tem interesse de usar, nem os líderes tem interesse em ensinar e determinar a prática bíblica. Este conforto ninguém dá para Deus. Comprar caixão caríssimo, construir sepultura ostentosa muitos fazem, usar um véu barato na cabeça que é ordem divina, elas não querem usar...

Apelo para aceitar Jesus – Ao final dos cultos, logo após a pregação, muitas igrejas criaram o momento do apelo par quem quer aceitar Jesus. Este apelo ritualístico não era praticado na igreja primitiva. À medida que as pessoas ouviam a mensagem cristã e demonstram arrependimento e interesse em se converter, elas eram instruídas na verdade e logo eram batizadas. O batismo é o ritual de entrada na igreja, o apelo para aceitar Jesus é um ritual que marca o momento em que a pessoa passa a se preparar para ser batizada. Ótimo, criam um ritual de pré-ingresso na igreja para se preparar para o ritual de ingresso na igreja. Por que não segue os rituais que já existem e estão determinados pela Palavra de Deus, em vez de por em prática os seus próprios rituais?

Bem-vindo aos visitantes – uma cerimônia, ou ato litúrgico que ocorre durante o culto em algumas igrejas, é o simpático ato de apresentar aos fiéis às pessoas que estão visitando aquela igreja. Algumas denominações cantam até um hino de saudação. Parabéns pela educação em recepcionar crentes de outra igreja, mas por que as cristãs não recepcionam Deus e os anjos com o símbolo do véu na cabeça? Não precisa andar o tempo todo com o véu, Deus só pede que o recepcione assim quando oram ou profetizam.

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Campanhas – Muitas igrejas principalmente as pentecostais, inventam campanhas de oração de sete dias de culto em favor disso, para conseguir aquilo, uma forma de estimular a fé. É uma invencionice marqueteira para incentivar os cristãos a assistirem ao culto. Por que não fazem uma campanha de instrução na Palavra de Deus para conseguirem obedecer à vontade de Deus?

PRINCÍPIO SIM, SIMBOLOGIA NÃO

O Dr. Fabiano Antônio Ferreira também fala da importância do símbolo do véu e o princípio espiritual que ele representa: “Uma razão que precisamos considerar para admitirmos a permanência do véu das mulheres na igreja hoje é de caráter semiológico, ou seja, diz respeito à maneira como lidamos com os símbolos estabelecidos por Deus para a igreja. Assim, quando encontramos, por exemplo, na nota de rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal acerca desta passagem, v. 6, a assertiva seguinte: “o princípio subjacente ao uso do véu deve permanecer, enquanto que o símbolo não”, temos de escolher entre o ensino apostólico e uma tradição interpretativa que se choca com esse ensino. Pois, abolir o uso do véu arbitrariamente por ser apenas um símbolo no NT e tentar abstrair um princípio subjacente é dicotomizar injustificavelmente o símbolo e a realidade simbolizada, passando por cima do claro ensino do apóstolo, cuja intencionalidade comunicativa claramente exposta em seu texto jamais sancionaria tal procedimento. De fato, isto demonstra, também, um procedimento semiológico dúbio, infundado e até perigoso. Por que? Porque estabelece a autoridade do intérprete em decidir o que deve e o que não deve permanecer na Palavra de Deus, quanto à questão dos símbolos. Então, se eu sou a autoridade nessas questões, a Bíblia deixa de ser a autoridade; quer dizer, o intérprete se coloca em posição acima da do apóstolo, que ordena explicitamente: Que ponha o véu! Deste modo, se eu posso decidir ficar com alguns símbolos que julgo necessários e abolir outros que julgo supérfluos, este procedimento semiológico abre espaço para eu ter de calar-me quando alguém extrapolar nessa linha de ação, alegando que o que realmente importa é a realidade simbolizada e abaixo qualquer tipo de símbolo! Assim, se surgir um novidadeiro teológico, vítima do MHC (consciente ou inconsciente), que adotou esta posição extremada e julga que não são mais necessários por serem apenas símbolos, que autoridade eu terei para discordar dele, tendo em vista que eu também procedi da mesma maneira e aboli os símbolos que julguei inconvenientes e mantive outros que quis, e ele da mesma maneira? Bem, então, a questão se complica, pois se os homens são as autoridades, cada um fará o que quiser neste campo semiológico e ninguém tem direito de reclamar. Contudo, as coisas não devem ser assim. Neste caso especifico dos símbolos do NT, é melhor que ouçamos Ferdinand de Saussure, o grande linguista, que

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postulava que o significante é indissociável do significado, como os dois lados de uma moeda, e mantenhamos os símbolos que nos foram legados no NT, embora saibamos que o que importa mesmo é a realidade simbolizada. Então, diz o apóstolo, no caso das mulheres: Que ponha o véu!”

O VÉU É DOUTRINA TRANSCULTURAL

Com sua pré-ciência profética, Paulo talvez supôs que suas cartas iriam circular amplamente com expressão de doutrina apostólica. Todas suas epístolas têm mensagens com aplicação geral ainda que dirigidas as necessidades e problema locais. Com isto em mente podemos ver que o ensinamento do véu não foi somente uma situação sociocultural específica, mas também uma doutrina para todas as igrejas em todo lugar. Se considerarmos a carta aos Coríntios como Palavra de Deus, devemos aceitar que a doutrina do véu é transcultural e válida para todos os santos em todos os lugares, conforme se lê no destinatário da carta:

PAULO (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes, 2 À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: (I Coríntios 1.1-2)

O CARÁTER SAGRADO DO VÉU

O uso do véu na Bíblia, tanto no Novo como no Antigo Testamento está relacionado com o sagrado. O véu separava os compartimentos do tabernáculo, e cobria o rosto de Moisés quando resplandecia a glória de Deus. Na instituição cristã das mulheres usarem véu é dito que o cabelo da mulher comprido é honroso porque ele é um contra véu, ou segue paralelo ao véu ou em oposição (I Cor 11.15, traduzido comumente: “em lugar do véu”). Portanto, véu é sinônimo de sagrado. Muitas igrejas cristãs centenárias e ritualísticas usam véus para cobrir suas relíquias sagradas:

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Véu eucarístico cobrindo o cálice e a patena.

Dentre as igrejas cristãs  que possuem tradições litúrgicas, diferentes tipos de véus são usados. Muitos desses véus estão associados ao véu do Tabernáculo do deserto e ao véu do Santo dos Santos do Templo de Salomão. O propósito desses véus é, em geral, proteger os objetos mais sacros, em particular a Eucaristia:

O Véu do Tabernáculo, usado para cobrir o Sacrário, usado particularmente na liturgia Católica Romana, mas também em outras tradições, é usado quando a Eucaristia está dentro do sacrário;

O Cibório ou Âmbula, o cálice onde as hóstias são armazenadas na tradição Católica, é protegido por um véu quando as hóstias que armazena foram consagradas; antes parte obrigatória da liturgia, hoje são considerados opcionais;

O cálice e patena contendo o vinho e o pão eucarísticos são também cobertos com um véu para evitar que os materiais sejam contaminados ou derramados. Na tradição católica um único véu é usado para ambos os materiais; nas igrejas orientais três véus são usados: um para o cálice, outro para o diskos (patena) e um terceiro, o Aër, para cobrir os dois anteriores;

O Véu umeral é uma veste litúrgica utilizada no Rito romano, bem como em algumas igrejas Anglicana e Luterana durante a exposição do Santíssimo Sacramento;

Durante a quaresma, muitas igrejas velam seus crucifixos com véus de cor roxa, vermelha ou preta, a depender da tradição litúrgica, para demonstrar luto pela morte de Cristo. (Wikipédia)

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Mulher pode ser pastora sim!

VÉU É QUESTÃO DE ORDEM

QUESTÃO DE HIERARQUIA (versículo 3)

Deus ama a ordem. Por isto estabeleceu o ordem que devemos seguir na igreja. Quando nós saímos desta ordem nos rebelamos contra ele. A partir desse momento Deus nos tira o direito de chamar-nos cristãos.

Recorde que I Coríntios 11 trata da ordem e da autoridade na igreja. Cristo como cabeça da igreja, é cabeça de todos os membros, tanto do varão como da mulher. Gálatas 3.28 diz: " Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." Quanto à salvação e os privilégios em Cristo não existe diferença entre o homem e a mulher. São iguais. Mas quanto à administração na igreja, Cristo a dirige por meio dos varões cheios do Espírito Santo (I Timóteo 2.11–12). Por esta razão em I Coríntios 11.3 se fala da ordem administrativa dizendo: "Cristo é a cabeça de todo homem, o homem é a cabeça da mulher". Agora completamos o quadro desta maneira:

Na administração da igreja a mulher cristã se sujeita ao homem. Esta sujeição não significa uma sujeição de escravatura nem de exploração. Também não indica que a mulher é menor em importância do que o varão. Isto se relaciona somente com a função administrativa da mulher dentro da igreja e lar não tem relação com seu valor e importância. "Se alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo

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são mandamentos do Senhor." (I Coríntios 14.37). Obedecer a Deus traz ordem e harmonia.

A mulher cristã, sim, tem um ministério a cumprir. Ela também tem dons espirituais que exerce no reino de Deus. Na igreja primitiva vemos que muitas mulheres exerciam seus dons ajudando grandemente na obra. Mas sempre o faziam segundo esta ordem bíblica, não participando na administração da igreja. As mulheres não exerciam autoridade sobre os homens.

Ainda que Deus pôs uma distinção clara entre o homem e a mulher, os dois se completam um ao outro. Os versículos 11–12 ilustram perfeitamente esta interdependência. A primeira mulher foi criada de uma costela do primeiro homem. Mas agora cada homem nasce de uma mulher. O homem e a mulher dependem um do outro. As mulheres precisam dos homens quanto a suas qualidades de força e liderança. Os homens precisam das mulheres por causa de sua gentileza e virtude. No entanto, como diz a última frase do versículo 12, "tudo vem de Deus". Que ilustração mais perfeita de harmonia e intercâmbio!

Sabemos que o plano de Deus é perfeito. Encontramos a maior felicidade e utilidade em nosso serviço cristão se todos nos sujeitamos a sua vontade e trabalharmos no lugar onde ele nos põe. Mas quando desobedecemos a sua vontade nos convertemos em rebeldes.

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Ordem - autoridade e sujeição

“Mas quero que vós saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem é a cabeça da mulher, e Deus é a cabeça de Cristo” (ver.3).

Paulo, agora, estabelece aqui as bases do novo ensino que vai revelar a seguir. O ensino que ele vai expor só se entende bem se tivermos em conta as premissas por ele aqui enunciadas, a saber, que Deus é a cabeça de Cristo, que Cristo é a cabeça do homem e que o homem é a cabeça da mulher.

As palavras de Paulo no Ver. 3 revelam implicitamente os dois alicerces que garantem a ordem e a harmonia no funcionamento da igreja, nomeadamente, a autoridade e a sujeição a essa autoridade.

É impossível que uma igreja funcione bem sem estes dois alicerces.

Nesta epístola é evidente a preocupação de Deus com a ordem que deve haver na igreja.

Em 1 Coríntios 14: 33 e 40, Paulo diz, relativamente à igreja, quando esta se reúne, que Deus privilegia a ordem - não a confusão.

“Porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz. Como em todas as igrejas dos santos.

“Mas faça-se tudo com decência e ordem”.

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Temos, então, no texto em consideração, a autoridade de Deus em relação a Cristo e a sujeição voluntária de Cristo em relação a Deus; temos a autoridade de Cristo em relação ao homem e a sujeição do homem em relação a Cristo; e temos a autoridade do homem em relação à mulher e a sujeição da mulher em relação ao homem. Estes exemplos de autoridade e sujeição foram concebidos por Deus e são fundamentais para que haja ordem e harmonia garantidas.

Todo o crente no Senhor Jesus Cristo curva-se perante esta declaração divina. Quando Deus diz que a cabeça da mulher é o homem, é caricato, ridículo e inútil haver quem queira disputar e discutir a questão.

Claro está que isto nada tem a ver com superioridade e inferioridade, mas tão-somente com ordem. Exemplo disso é a autoridade de Deus em relação a Cristo e a sujeição de Cristo em relação a Deus. Ambos são Deus, mas porque Deus é um Deus de ordem, o Pai está em lugar de autoridade com amor, e Cristo em lugar de sujeição voluntária. O mesmo é esperado de homens e mulheres. Aqueles devem exercer a sua autoridade com amor e estas devem ocupar o seu lugar de sujeição voluntariamente.

Mas não há algumas mulheres mais inteligentes do que os seus maridos? Sem dúvida! E daí? Não há filhos mais inteligentes do que os seus pais? Será que tal fato justifica que desobedeçam aos seus procriadores? Porque a mulher possui um melhor dom de palavra do que os homens que falam em público, não justifica que ela ocupe um lugar que Deus não lhe deu. Os filhos podem ser mais inteligentes e capazes do que os pais, e ainda assim quem deve estar no lugar de autoridade são os progenitores e no lugar de sujeição, os descendentes.

A questão é inteiramente de ordem, pois Deus é um Deus de ordem. O modo de funcionamento do universo faz dissipar qualquer dúvida a este respeito.

No dia em que os filhos tomarem o lugar de autoridade na família, teremos o caos garantido. Ora é exatamente isso que está a acontecer nas igrejas onde as mulheres desorbitam da sua esfera, ocupando o lugar de autoridade.

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O argumento que muitos apresentam, “Mas ela é uma bênção tão grande …”, não passa de uma falácia, de uma enorme armadilha. Quando Moisés feriu a rocha em vez de simplesmente lhe falar, como o Senhor tinha ordenado, apesar de dela ter brotado água para dessedentar os Israelitas, ter brotado, portanto, bênção, o resultado não justificou a sua ação - além de que granjeou-lhe o desagrado do Senhor e destituiu-o da honra e privilégio de introduzir o povo na Terra Prometida (Núm. 20:7-12). Que as irmãs atentem para este aviso e não falhem a recompensa.

Deus nunca pretendeu que a mulher fosse uma criatura independente à parte do homem; mas que estivesse associada a ele e que juntos tipificassem a relação que existe entre Cristo e a Sua Igreja (Efé. 5:22-33).

Ora, se a mulher representa a Igreja, que está sujeita a Cristo, não há dúvida alguma que a mulher deve estar sujeita ao homem, pois é esse o papel da Igreja relativamente a Cristo - sujeição.

Nós não esperamos que o mundo se sujeite à Palavra de Deus. O mundo faz pouco ou nenhum caso do que Deus diz. A sua atitude distingue-se pela forma como desafia e transgride as leis Divinas. Já das filhas de Deus esperamos que se sujeitem à autoridade das Escrituras e deem ouvidos ao que estas dizem sobre este importante assunto.

Uma palavra às mulheres

Mulher, mantém-te no lugar de infinita sabedoria que Deus te reservou. O teu lugar não é o lugar de “cabeça”; esse pertence ao homem e é da sua inteira responsabilidade perante Deus. A parte da liderança não é tua, mas dele. O Senhor quis que assim fosse. A tua esfera é de recato, mas maravilhosa. Não a manches introduzindo-te no território dele. O clamor universal relativamente aos “direitos” da mulher é contra Deus; é um ato de rebelião, um péssimo sinal dos últimos dias. Mantém-te no teu lugar no temor do Senhor, no lugar em que o Senhor achou que podias brilhar mais, pois não podes brilhar tanto como correspondendo ao propósito para o qual Deus te criou. O grande objetivo de Satanás foi sempre procurar frustrar esse propósito. Quanto mais te quiseres parecer com o homem, mais destituída ficarás da vontade de Deus para ti. Quanto mais feminina fores mais agradarás ao

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Senhor. Uma mulher nunca pode ser demasiado feminina pela simples razão de ser mulher. É tua responsabilidade evitares que modas, tendências, inovações, ou o que quer que seja, te façam parecer masculina. Tu és a glória do homem (Ver. 7); não queiras ser a sua vergonha (Ver. 5).

O uso do véu simboliza esta ordem divina na qual Cristo se sujeita voluntariamente ao Deus Pai, e as mulheres se sujeitam voluntariamente ao homem. Quis Deus que esta singela peça de tecido tivesse profunda representação tipológica sobre a ordem do universo e do mundo. É lamentável que muitos líderes cristãos deixando de analisar estritamente o texto bíblico partem para uma alucinante interpretação histórica sobre o valor cultural do véu, alegando que Paulo está dando uma ordem local e temporária. Mas sejam sinceros, não são argumentos sociais que Paulo usa para forçar a igreja de Corinto a se adequar ao costume doutrinário das outras igrejas. São argumentos espirituais, fundamentado na ordem celestial e divina estabelecida por Deus sobre a posição de Deus, de Cristo, do Homem e da Mulher no universo. Se em vez de olhar para o que diz a Palavra de Deus, preferem devanear em suas filosofias humanas. Lavo minhas mãos.

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QUESTÃO DE PRIMAZIA NA CRIAÇÃO

A mulher deve usar o véu quando ora ou profetiza, segundo a doutrina cristã, porque assim fazendo ela está simbolicamente respeitando a ordem na criação. Pois Deus primeiro fez o homem, e só depois a mulher.

21 Então Javé Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; 22 E da costela que Javé Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.(Gênesis 2.21-22)

Alguns alegam que não adianta usar o véu e não respeitar o simbolismo da submissão que ele representa. Concordo, mas nem por isso devemos desconsiderar o uso do véu, porque também há pessoas que se batizam e nunca morreram para o mundo, nem nasceram para Deus. Vamos deixar de batizar por causa disso? Há pessoas que tomam a Ceia, sem viver de acordo com a vontade de Cristo, não vivendo Cristo em sua vida, por causa disso vamos parar de celebrar a ceia? Pior ainda é nem usar o véu e nem ser submissa.

QUESTÃO DE SUBMISSÃO

Há mulheres que tem verdadeira ojeriza a expressão submissão, porque a sociedade moderna prega a igualdade entre os sexos. Mas o lar do servo de Deus não é democrático, é patriarcal. O homem deve exercer a

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liderança em todos os setores da sociedade como família, igreja e governo. Quando uma mulher usa o véu quando orar e profetiza, ela aceita o jugo dado por Deus, até mesmo com o estigma da maldição do pecado, que só terminará com a redenção de todas as coisas. Paulo não cita explicitamente que o véu é um estigma da maldição no Éden, ele prefere argumenta a ordem em que o homem e a mulher foram criados. Mas no judaísmo este conceito é mais explícito.

16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. (Gênesis 3.16)

Peço que Deus ilumine a mente de quem lê este livro e que tenha humildade para se sujeitar a vontade divina. Deus não faria nada que não fosse para o nosso bem, tanto aos homens como as mulheres.

"As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." (I Coríntios 2.13)

Portanto irmãos, tenham sabedoria do Espírito Santo e não retórica humana para justificar a desobediência a Deus. Se o uso do véu fosse somente para a igreja de Corinto Paulo certamente usaria outros argumentos como: “Irmãs de Corinto, sigamos os costumes sociais de nossa comunidade para não causarmos escândalos. Se mulher descente usa véu, usem véu. Não se comportem como as prostitutas de Corinto que não cobrem a cabeça e ainda cortam o cabelo curto. Quando estes costumes sociais estiverem em desuso, então vocês estarão desobrigadas de seguir esta tradição que eu estou lhes ordenando.” Mas não é isso que está escrito no texto.

Você está com medo de aceitar a verdade sobre o véu, só porque a sua igreja prega contra o uso do véu? Aceitar a verdade lhe trará desconforto e constrangimento diante dos outros irmãos?

"Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (Atos 5.29)

Com certeza muitos que lerem este compêndio chegaram ao entendimento da necessidade da mulher usar o véu, mas aceitar a vontade de Deus pode significar a expulsão da membresia da igreja.

A verdade é inconveniente.

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MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO DE INTERPRETAR

20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. (II Pedro 1.20-21)

O Dr. Fabiano Antônio Ferreira aponta um erro grave dos evangélicos quando seus líderes adotam um método histórico crítico de interpretar a Bíblia, onde o intérprete se acha mais importante do que o texto sagrado. Aliás, sagrado para os tais são suas interpretações. O texto bíblico pode conter erros, ou resquícios de culturas primitivas que os tais se acham no direito de descartar ao interpretar a Bíblia. O artigo do Dr. Fabiano diz: “Vimos que a primeira razão para esta conclusão é que consistiria em uma violação do princípio bíblico da autoridade da Escritura afirmar que os apóstolos ministraram muitos ensinos condicionados pela cultura de seu tempo e que não podemos fazer uma transposição de muitas partes do Novo Testamento para os nossos dias. Mostramos que afirmar a presença de “dependência da cultura” nos ensinamentos apostólicos significa negar as doutrinas da inspiração e autoridade da Escritura, ao mesmo tempo em que nos lança em um verdadeiro subjetivismo, para estabelecer o que é ou não é condicionado culturalmente e, assim, roubando-nos todos os critérios objetivos. Este é um dos grandes males que o MHC (Método Histórico-Crítico) trouxe para a vida da Igreja: roubou a autoridade da Bíblia e investiu os intérpretes de autoridade para dizer o que nela está certo ou errado, o que é aplicável ou não contemporaneamente. Dissemos, portanto, que, efetivamente, tal procedimento não deixa de parecer com um tipo de gnosticismo pós-moderno ou é uma outra forma moderna ou pós-moderna de fazer crítica da Bíblia para sancionar o querer do intérprete! Realmente, na maioria das vezes, o próprio intérprete é que está condicionado pelo legado tradicional mantido por sua denominação. Infelizmente, quando o intérprete tem de escolher entre o claro ensino da Escritura e sua tradição denominacional, por uma questão de conveniência, ele prefere ficar com sua tradição. Caímos, quando assim procedemos, na mesma condenação dos escribas e fariseus dos tempos de Jesus: invalidamos a Palavra de Deus pela nossa tradição! Peço ao leitor que leia Mt 15.1-6 com atenção e reanalise a situação da igreja evangélica contemporânea à luz desse texto. É de bom alvitre ressaltar aqui que há uma tradição no NT divinamente estabelecida e que ninguém, em tempo algum, tem autoridade de abolir, a menos que seja uma vítima do MHC e se julgue com esse direito. Diz o apóstolo Paulo em 2Ts 2.15: ‘Então, irmãos, estai firmes e retende as

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tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa’.”

Não podemos excluir o mandamento do uso do véu pelas mulheres, não podemos isolar o texto de I Coríntios 11.1-16 como uma tradição sem sentido e que não é mais proveitosa para a Igreja.

16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (II Timóteo 3.16-17).

OS ANJOS E O VÉU

10 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. (I Coríntios 11.10)

Se as mulheres devem cobrir a cabeça com véu por causa dos anjos, então Paulo está nos dando uma razão espiritual, de algum mistério que relaciona as mulheres que usam o véu quando oram com os seres angelicais. Se o texto quer dizer de fato isto, não adianta querem justificar a revogação do uso do véu dizendo que é uma questão cultural que não faz mais sentido para a nossa geração. O que argumenta certos intérpretes? Dizem que a palavra “anjos” não quer dizer seres celestiais, mas os “anjos da igreja”, isto é, os responsáveis. Logo, se o responsável da Igreja (pastor) não exigir o véu, está tudo certo!!! Percebem a malícia hermenêutica? Este malabarismo exegético dizendo que anjos aqui significam pastores é prova cabal que não se quer obedecer sobre a questão do véu e se está disposto a lançar mão de qualquer argumento criativo e mentiroso.

O uso do véu é para nossos dias. Uma razão simples que motiva nossa convicção é a observação de que Paulo faz menção à necessidade do uso do véu devido à presença dos anjos nas reuniões da igreja. Ora, se os anjos ainda hoje frequentam regularmente as reuniões da igreja, pois esse não foi um privilégio apenas das igrejas do primeiro século (Hb 1.14), então, enquanto houver anjos assistindo as reuniões da igreja, cremos que o véu das mulheres deverá ser mantido. (Pr. Fabiano Antonio Ferreira)

Sobre o versículo 10, a Igreja Quinta do Conde de Portugal interpreta assim:

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Razões para a autoridade do homem e a sujeição da mulher

Anjos

Prosseguindo na análise a esta importante porção das Escrituras, vemos Paulo fazer no versículo 10 uma alusão aos anjos. Alguém poderá interrogar-se sobre a razão de Paulo fazer tal referência. “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade” (RA). Paulo estava a argumentar (Vers. 8,9) usando fatos da Criação, e os anjos são parte da Criação. Na primeira criação eles viram a mulher usurpar a autoridade do homem. Ela tomou a decisão que pertencia a Adão tomar. Como resultado o pecado entrou trazendo consequências indescritíveis de desgraça e dor. Agora, na nova criação, os anjos podem ver a mulher coberta em submissão voluntária a Deus. O Senhor quer usar o fato de que a mulher na nova criação é diferente, para lhes dar uma lição. Paulo diz-nos que Deus está a usar a Igreja para dar lições aos anjos a respeito da Sua multiforme sabedoria:

“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Efésios 3:10). Estando os anjos a aprender da Igreja, Deus naturalmente espera que esta seja um modelo em matéria de autoridade e sujeição - matéria em que, como sabemos, alguns deles falharam. Quando os anjos olham para baixo, Deus pretende que eles vejam a mulher em sujeição voluntária ao homem, indicando-o exteriormente através da cabeça coberta. A prática da cabeça descoberta por parte dos homens e da cabeça coberta por parte das mulheres declara e demonstra que a ordem estabelecida por Deus, que fora rejeitada sob a autoridade do primeiro homem, é agora voluntariamente praticada por aqueles que reconhecem a autoridade do segundo homem, Jesus Cristo. Esta ação difunde uma mensagem importantíssima às hostes celestiais, a saber, que o governo de Deus rejeitado no jardim do Éden, foi restabelecido sob a autoridade de Cristo. Vemos, assim, que os santos são uma carta, conhecida e lida não só por todos os homens (2 Coríntios 3:2), como também pelos anjos. 1 Coríntios 4:9 não ensina que até os apóstolos se tinham tornado espetáculo para os anjos?

Face ao exposto, podemos concluir que a cabeça coberta das mulheres e a cabeça descoberta dos homens estão a

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ser dois dos compêndios que Deus deu aos anjos para estes aprenderem sobre a sabedoria de Deus. O uso do véu feminino é interpretado pela Palavra de Deus como sendo um sinal de autoridade. “Por esta razão deve a mulher ter o sinal de autoridade sobre a cabeça por causa dos anjos” (1 Cor. 11:10, TB). Isto quer dizer que a cobertura da cabeça feminina com véu é sinal de a mulher estar sob, não em, autoridade. Nós vemos nas Escrituras que os anjos também sabem qual o seu lugar, e mostram-no na reverência que revelam quando adoram a Deus, pois vemo-los cobrir as suas faces nesse ato. “Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: COM DUAS COBRIAM OS SEUS ROSTOS, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam” (Isaías 6:2). É muito estranho que, enquanto no Céu os anjos cobrem os seus rostos e nos é ensinada uma lição de sujeição em aditamento à revelação de 1 Coríntios 11 que considerámos, haja mulheres cristãs professas que procurem desculpas e julguem inconveniente obedecer. Para os que ainda resistem a esta verdade, perguntamos: não será lógico que se espere o comportamento preconizado por 1 Coríntios 11 por parte de quem, brevemente, terá a incumbência de julgar os anjos, exatamente por estes terem desrespeitado a autoridade e se terem tornado insubmissos? “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? …” (1 Cor. 6:3). Se quando a igreja se reúne os anjos estão presentes, a igreja não deveria conduzir-se como se estivesse no Céu?

Rainha Isabel da Bavária, rainha da França, usava véu por baixo da sua coroa.

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A Igreja Cristã Apostólica dos Estados Unidos explana assim em seu site sobre a questão do véu e os anjos:

“Alguns dos versículos neste capítulo podem precisar de mais iluminação porque eles parecem mais difíceis de entender do que outros. Um exemplo está no versículo dez onde o apóstolo Paulo diz: "Por esta causa, a mulher deve cobrir a cabeça por causa dos anjos". A questão geralmente surge: como os anjos se encaixar no quadro deste texto? Durante o culto de adoração (Na verdade em todos os momentos na vida do crente) os bons anjos estão presentes (I Coríntios 4: 9 e I Timóteo 5:21). Eles estão cientes da ordem divina de Deus, e eles não conhecem insubordinação. Assim, se o homem ora com a cabeça coberta, ou uma mulher com a cabeça descoberta, este violação da ordem divina ofendendo os anjos.”

Edviges d'Anjou foi rainha da Polônia a partir de 1384 e grã-duquesa da Lituânia a partir de 1386. Embora seja chamada de "rainha", Edviges foi de fato coroada como "Rei da Polônia". Por seu fervor cristão foi canonizada pela Igreja Católica como Santa Edviges. Percebe-se o véu debaixo da sua coroa de monarca.

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O teólogo Jabesmar Aguiar Guimarães analisando a questão dos anjos e o véu faz as seguintes ponderações sobre o tema:

O versículo 10 diz: "Por causa disto deve a mulher ter autoridade (Gg. exousia) sobre a cabeça, por causa dos anjos" (NVI). A frase por causa disto (portanto), esta se referindo ao que já foi argumentado nos versículos anteriores. Mas há também uma referência direta aos anjos como outro motivo pelo qual a mulher deve ter sobre a cabeça um sinal de autoridade. Então surge a pergunta óbvia: que anjos são estes? O que a Bíblia quer dizer com isto?

Em uma tradução pessoal do texto grego do versículo 10 cheguei ao seguinte resultado: "Por esta razão e por causa dos anjos, a mulher deve ter sobre a cabeça um sinal de autoridade." Fica evidente que uma das causas pelas quais a mulher deve cobrir a cabeça são os anjos. A questão não é de escolha, de gosto ou cultura, pois os anjos são supraculturais. Quando eles são postos como motivo para o uso de cobertura, a Palavra nos amarra, por assim dizer, e toda argumentação a respeito do assunto não deveria fugir a este aspecto.

Reconhecendo que este é um dos versículos mais obscuros da Palavra de Deus, tentemos analisá-lo à luz de outras passagens (a Bíblia é interprete de si mesma). Vejamos então as opções que temos.

A. Anjos Caídos.

Para justificar esta menção a anjos como o motivo pelo qual as mulheres devem cobrir a cabeça, alguns já tentaram ligar este versículo a Gênesis 6:1ss. Ali lemos que os filhos de Deus tomaram para si mulheres de entre as filhas dos homens. Juntando isso a Judas 6, onde lemos que alguns anjos não guardaram o seu estado original (entendendo que isso significa que mantiveram relação sexual com mulheres) chegam a conclusão que os anjos caídos sentem-se atraídos sexualmente pelas mulheres que estão no culto sem usar cobertura. Segundo eles, o uso de cobertura seria então uma proteção contra estes anjos caídos que desejam desencaminhar as mulheres.

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Esta interpretação, porém, é forçosa e não tem o apoio claro da Palavra de Deus. Além disso, porque tais anjos só se sentiriam tentados pelas irmãs na hora dos cultos? Porque não se sentem atraídos pelas outras mulheres descrentes que também não usam cobertura no dia a dia. Esta conclusão, portanto, é descabida e muito improvável.

B. Anjos Bons.

A probabilidade é que a Bíblia esteja afirmando a presença de anjos não caídos, especialmente nos cultos. Entretanto, não fica claro qual seria o papel dos anjos no culto da igreja. Seriam eles meros observadores? Estariam eles a observar como a igreja preserva a ordem natural estabelecida por Deus na criação? Tentemos entender isso.

Em Apocalipse 8:3 vemos que um anjo está colocando diante de Deus as orações dos santos. Em Hebreus 1:14 vemos que a função dos anjos é servir aos salvos. Então já conhecemos algumas das funções dos anjos.

Contudo, mais significante ainda é o que lemos em Efésios 3:10 que diz: "para que pela igreja a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais." Então ficamos sabendo que, de certa forma, a Igreja é usada para manifestar aos anjos a sabedoria de Deus. Ela, a igreja, está a ensinar aos anjos.

Estou ciente que não devemos nos basear em letras de hinários para estabelecer doutrinas. Contudo, citarei uma estrofe do hino 501 dos “Hinos e Cânticos” para mostrar que o irmão Richard Holden (o iniciador do movimento dos Irmãos no Brasil), ao que parece, também tinha este entendimento. Vejamos a letra do seu poema:

Aba! Aqui nós te adoramos,

Muito alegres em saber

Que por nós, que em Cristo estamos,

Vão teus anjos conhecer

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Teu saber maravilhoso,

Tua graça, Teu amor,

E com mais intenso gozo,

Te adorar com novo ardor

Entendo que quando a igreja local se reúne seguindo os princípios estabelecidos por Deus, os anjos podem ver que a ordem hierárquica estabelecida por Ele está sendo respeitada. Creio ser isso uma lição tanto a uma quanto a outra classe de anjos. Aos anjos caídos que quebraram esta hierarquia ao se rebelarem ao tentarem tirar Deus do seu trono e aos anjos bons que ainda a respeitam. Neste sentido a igreja deve procurar ser uma "escola" para os anjos. Talvez esta seja uma das áreas nas quais os anjos serão julgados pelos santos (cf. I Co 6:3). Isto é por demais profundo para ser tratado com descaso pela igreja de Cristo. No mínimo os líderes deveriam estudar profundamente este assunto antes de emitir sua opinião sobre ele.

Acredito que haja outros mistérios que se associa o uso do véu com os anjos. Mas o importante não é saber por que Deus deu o mandamento, mas obedecê-lo. Não compete ao servo de Deus contestar a Deus, exigindo melhores explicações do por que da sua ordem. Quando o Senhor Javé deu a ordem para Adão e Eva não comer da árvore do Bem e do Mal, caso comessem morreriam. Não competia a Adão contestar a ordem do por que morreriam, ficar debatendo com Deus, dizendo que não via mal algum em comer daquela fruta. Da mesma maneira, sinceramente não sei que relação há entre o dever da mulher usar o véu quando oram e que isso é agradável aos anjos. Cristãos verdadeiros obedecem a Deus mesmo sem conhecer o profundo motivo divino para dar o ordenamento. Os rebeldes mesmo com muitas explicações continuarão de coração duro, e em vez de colocar o véu na cabeça, colocam no coração, rejeitando a vontade divina. Paulo em sua eloquente defesa do uso do véu pelas mulheres quando oram ou profetizam, ainda deu outras razões como: Sinal de submissão à hierarquia divina, onde a mulher está abaixo de Deus, Cristo e do Homem. Paulo ainda argumentou razoando que a mulher deve usar o véu por causa da ordem da criação. Quando a mulher usa o véu, ela reconhece que o homem foi criado primeiro e que ela foi criada por causa do homem, para ser-lhe companheira. Mas em uma sociedade feminista e contestadora como a deste século é natural que

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rejeitem o mandamento divino e todas as simbologias que estão envolvidas na questão do véu.

O VÉU E A DIFERENÇA DOS SEXOS

O uso do véu pelas mulheres cristãs no culto ainda esconde outra verdade espiritual e imutável, que nada tem a ver com um costume e tradição cristã temporária. Deus determinou diferenças entre o sexo masculino e feminino e estas diferenças estão em todas as partes do corpo, da alma e do espírito dos homens e das mulheres. Quando Deus determinou que as mulheres se cubram com um véu quando oram ou profetizam, elas estão simbolicamente concordando com Deus e ainda mais, acentuando esta diferença. Quando assistimos em um culto onde se respeita o mandamento do uso do véu, a primeira impressão que temos é a diferença onde estão assentados os homens e as mulheres. O véu sobre a cabeça proporciona uma diferença dos homens de das mulheres. Para o homem carnal isto parece bobagem, mas como já disse, o véu é só o símbolo de uma verdade muito profunda, vejamos algumas delas:

Os cabelos

Paulo, mesmo sem conhecimento científico, que se quer existia em sua época, no versículo 14 e 15 fala que a natureza estabeleceu diferença no cabelo do homem e da mulher. De fato existem sutis diferenças entre o cabelo dos dois sexos. Uma delas é que os hormônios masculinos propiciam mais facilmente a calvície, coisa que ocorre raramente com as mulheres. Para as mulheres os genes recessivos devem está nos cromossomos

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herdados do pai e da mãe para que elas possam ter tendência à calvície, já o homem só um gene recessivo é suficiente para desencadear a calvície.

Os ossos

Os ossos dos homens são muito mais duros e compactos do que os ossos femininos, as mulheres frequentemente precisam tomar cálcio quando estão na meia idade como alimentação suplementar para corrigir fraquezas ósseas.

Os músculos

Deus em sua infinita sabedoria criou os homens com músculos muito mais fortes para que o mesmo pudesse trabalhar com mais vigor e trazer o alimento para casa. No plano divino as mulheres devem cuidar do lar e dos filhos, o que exige menos força física, ainda que muito trabalho. Estas diferenças físicas são fundamentais para que homens e mulheres não podem competir na mesma modalidade esportiva uns contra os outros. Há futebol feminino e futebol disputado só por mulheres. Os campeonatos de vôlei são distintos, o masculino do feminino. Não precisa ser gênio para ver que o chute na bola do homem é muito mais forte que os das mulheres, o saque do vôlei dos homens é muito mais forte do que o saque das mulheres. Na natação e nos demais esportes individuais, todos os recordes dos homens são superiores aos recordes das mulheres. Ossos e músculos mais fortes tornam os homens diferentes das mulheres. Esta diferença deve ser preservada e pregada pela igreja de Deus. Igualdade entre os gêneros é altamente condenada pela palavra de Deus. Por que o Criador nos fez diferente, não queira o peixe voar, nem os pássaros rastejar...

A alma

Os homens e as mulheres são diferentes também no quesito psicológico. Os homens têm características diferentes das mulheres. Os homens são mais belicosos, por isso a história das guerras mostra quase que exclusivamente o homem praticando a arte da guerra, e raramente as mulheres. As mulheres são mais precavidas e cuidadosas que os homens que são mais impetuosos. Por esta razão os homens se envolvem muito mais em acidentes de trânsito do que as mulheres, pois a natureza psicológica do homem é mais corajosa, o que por sua vez o torna muitas vezes mais imprudente, imperito e negligente. As mulheres tem necessidade maior de falar, por isso se envolvem mais em confusões devido a fofocas. Os homens em geral são mais lacônicos que as mulheres.

O espírito

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As mulheres por serem mais emotivas e sensitivas, são também mais suscetíveis à possessão demoníaca. Mundialmente os casos de possessão são mais frequentes nas mulheres do que nos homens. As mulheres são mais seduzíveis do que os homens, elas são mais fáceis de aderir a uma religião do que os homens. Os homens são mais racionais e as mulheres são mais emotivas. Considerando estas diferenças foi que Satanás quando levou a humanidade ao pecado, preferiu tentar a mulher quando ela estava sozinha, sabendo que seria presa mais fácil, depois que Eva caiu no engodo do Diabo é que Adão se deixou seduzir pela mulher. O fato da mulher ter sido seduzida pelo Diabo e depois ela ter levado Adão ao pecado, seu pecado foi considerado maior, por isto Deus tomou decisões baseadas no gênero, tais como: Toda a Bíblia foi escrita por homens, todos os profetas que escreveram livros da Bíblia eram homens, todos os apóstolos de Cristo eram homens. Finalmente quando Deus tomou a forma humana para morrer por nós, ele tomou a forma de homem. Sem contar que em toda teofania ou aparição de anjos, os mesmos sempre aparecem como homens e nunca como mulheres. Em contrapartida muitas das pseudo-divindades, demônios e espíritos perturbadores que manifestam em diversas culturas são espíritos femininos. Quem não quiser aceitar esta palavra, está rejeitando a Palavra de Deus, precisa se converter e deixar de pensar como o mundo pensa e passar a pensar como Deus pensa.

"Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (I Coríntios 2 : 16)

A doutrina do uso do véu pelas mulheres é machista. Isto não é uma acusação, é uma afirmação. Por esta razão as feministas odeiam o véu, e foi a ideologia feminista que desviou as igrejas evangélicas do

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mandamento divino. Em vez da igreja influenciar o mundo, o mundo influenciou a igreja. A Bíblia é machista, qualquer outra interpretação é mentirosa e viciosa. Só temos que entender que o machismo bíblico não permite que os homens espanquem suas mulheres, as humilhem, mas que as trate com mais ternura, considerando que elas são fisicamente, psicologicamente e espiritualmente mais fracas.

O machismo bíblico exige SUBMISSÃO E REVERÊNCIA da mulher com relação ao homem, simbolizado pelo uso do véu quando oram e profetizam, e o machismo bíblico exige do homem amor, amor, amor e amor a sua mulher. Quem ama não faz mal, quem ama não xinga, quem ama não bate, quem ama acaricia, quem ama cuida, quem ama sustenta. O machismo bíblico é mais proveitoso para a mulher do que a ideologia feminista.

22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR; 23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; 30 Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus

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ossos. 31 Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. 32 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. 33 Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. (Efésios 5.22-33)

O véu na cabeça da mulher acentua o machismo bíblico, fazendo as mulheres sentirem a necessidade de serem submissas e reverentes para com o sexo masculino. Quem crê na Bíblia como Palavra de Deus aceita este ensinamento sem constrangimento, quem não aceita, segue a religião de Caim, isto é, quer servir a Deus do seu jeito, como ele pensa. Deus pede sacrifício de cordeiro, e estes oferecem legumes.

2 E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta a Javé. 4 E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou Javé para Abel e para a sua oferta. 5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. (Gênesis 4.2-5)

Deus já havia instruído Adão e Eva sobre o ritual de sacrifício de cordeiro para simbolizar a morte de Jesus, o próprio Deus deu o exemplo, logo que Adão e Eva pecaram, Deus sacrificou um cordeiro e tirou a pele, fazendo vestes para Adão e Eva.

21 E fez Javé Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu. (Gênesis 3.21)

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Este cordeiro era símbolo de Jesus, conforme está escrito:

"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Apocalipse 13 : 8).

Deus determinou o uso do véu para as cristãs, mas os líderes cristãos do século XX e XXI não estão ensinando isso para as mulheres, recusando a forma de culto estipulada por Deus, seguindo a religião de Caim.

IGUALDADE ENTRE SEXO SOMENTE RELATIVA

Outra interpretação maliciosa e tendenciosa das Escrituras é feita em cima do texto abaixo:

27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. 28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gálatas 3.27-28)

Os que se rebelam contra o mandamento do véu usam esta passagem de Gálatas para contradizer o texto de I Coríntios 11. Querendo criar confusão para não se submeterem ao uso do véu. O texto de I Coríntios 11 fala da hierarquia divina, O Pai não tem uma natureza melhor do que o Filho, mas o Filho submetesse voluntariamente ao Pai na organização da Divindade, da mesma forma o homem não possui uma natureza superior a mulher, temos a mesma natureza biológica, mas Deus instituiu que na organização humana, o homem é o cabeça da relação tanto na sociedade, como na política, como na família e também na igreja. As funções de liderança devem ser única e exclusivamente do homem. Os doutrinadores maliciosos e bajuladores dos ímpios e do mundo, querendo agradar o mundo e desagradar a Deus, citam o texto de Gálatas para negar a ordem hierárquica determinada por Deus, dizendo que homem e mulher são iguais e com direitos iguais. Mentira. Se quiser defender a igualdade entre sexo, procure argumentos humanistas fora da Bíblia. Pois a Bíblia é machista. O texto de Gálatas fala que em questão de salvação, no tocante aos que foram batizados “NISTO NÃO HÁ... MACHO NEM FÊMEA.”

Revejam seus conceitos e suas regras de hermenêutica para não serem condenados como falsificadores da Palavra.

CABELO DA MULHER REALÇA A DIFERENÇA

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O versículo 15 diz que a glória da mulher é o seu cabelo. Assim como Deus tem a sua glória (o homem), assim como o homem tem a sua glória (a mulher), também a mulher tem a sua glória que é o seu cabelo. Talvez possamos entender com isso que assim como a glória do homem (a mulher) deve apresentar-se na igreja coberta, assim também, a gloria da mulher (o seu cabelo) deve, por sua vez, apresentar-se coberta. O cabelo da mulher deve ser crescido, enquanto o do homem deve ser curto. Deus quer que se realce a diferença entre os sexos tanto fisicamente, quanto socialmente. Isso não diminui a mulher, aliás, estas funções sociais distintas são para melhor desempenho da família e para proteger a mulher. Mas isto trataremos em outra oportunidade.

PENSADORES ERUDITOS E O VÉU

JOHANN BENGEL

«Ao rejeitar o emblema da sujeição (o véu), a mulher, de um único salto, ao orar em público, ultrapassa tanto aos homens como aos anjos». (Bengel, Johann Albrecht Bengel [24 de Junho de 1687, Winnenden – 2 de Novembro de 1752, Stuttgart] foi um clérigo luterano pietista e um renomado estudioso da língua grega por sua edição do Novo Testamento em grego e seus comentários sobre a mesma.)

PAUL HOFFMANN

Após uma análise bem minuciosa do texto de 1Co 11.2-16, qualquer leitor só poderá concluir que o apóstolo Paulo realmente doutrinou que as mulheres cristãs dos tempos do Novo Testamento deveriam usar o véu quando da adoração ao Senhor. A igreja de Corinto foi a única igreja

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gentílica a adotar uma postura diferente das demais igrejas, tanto de maioria judaica como de maioria gentílica, incorrendo em flagrante rebelião contra os costumes das demais igrejas, e dessa questão o apóstolo Paulo tratou minuciosamente no texto supracitado. Que a conclusão de que a posição das mulheres da Igreja de Corinto era diametralmente oposta à prática de todas as igrejas do NT, como está explícita no v.16, hoje é patente até mesmo nos escritos contemporâneos de eruditos católicos liberais da ala da crítica radical, como Paul Hoffmann, que demonstra profunda insatisfação pelo fato de Paulo ter exigido que o movimento de emancipação da mulher em Cristo da igreja em Corinto cessasse e que elas usassem o véu como as demais igrejas. Paul Hoffmann disse que Paulo errou ao fazer essa exigência das irmãs de Corinto e recaiu em preconceitos judaicos! Isto é só para sentir como os liberais consideram a Escritura e os autores sagrados! Nos escritos de eruditos reformados conservadores também a conclusão é óbvia.

«Se uma mulher usa naturalmente cabelos compridos, os quais lhe foram dados como cobertura para a cabeça, então não deve constituir vergonha para ela o cobrir a cabeça com um véu. Portanto, que ela use véu. ‘A vontade deve corresponder à natureza’». (Shore, in loc.).

«...não como substituto do véu, porquanto isso faria das palavras de Paulo uma estultícia; mas sim, ‘na natureza de uma cobertura’, algo que ‘equivalha ao véu’» (Findlay, in loc.).

«Ê fato indiscutível que os cabelos longos, em um homem, o tornam desprezível; mas, em uma mulher, os cabelos compridos a tornam mais amigável. A natureza e o apóstolo falam o mesmo idioma; podemos tentar explicar isso como bem quisermos fazê-lo». (Adam Clarke, Em 1802, publicou um dicionário bibliográfico, em seis volumes, para o qual posteriormente, acrescentou um suplemento. Clarke recebeu muitas homenagens e títulos (era membro e Legum Doctor da Universidade de Aberdeen), e muitos homens ilustres da Igreja e do Estado eram seus amigos pessoais. Seus Miscellaneous Works foram publicados em treze volumes (1836)).

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«Não é ‘em lugar de véu’, e, sim, correspondente ao véu (‘anti’, no sentido em que essa palavra é usada em João 1:16), como um adorno permanente». (Robertson, William Robertson Smith [8 de Novembro de 1846 – 31 de Março de 1894] foi um orientalista escocês, estudioso do Antigo Testamento, professor de teologia e ministro da Igreja Livre da Escócia. Foi um dos editores da Encyclopaedia Britannica. Também é conhecido pelo seu livro Religião dos semitas, o que é considerado um texto fundamental no estudo comparativo da religião.).

«Dessa maneira ele cortou pela raiz qualquer tentativa de disputa sobre a questão, apelando para o uso universal (do véu) entre os cristãos; e a fim de tornar esse apelo mais solene, acrescentou as palavras ‘de Deus’ às palavras‘as igrejas', as assembleias que eram tidas em honra, por serem as próprias igrejas de Deus». (Alford, Henry Alford –[Londres, 7 de outubro de 1810 – 12 de janeiro de 1871] foi um clérigo, teólogo, crítico textual, erudito, poeta, hinógrafo e escritor inglês. Alford nasceu em Londres, de uma família de Somerset, que tinha produzido cinco gerações consecutivas de clérigos para a Igreja Anglicana. Os primeiros anos de Alford foram passados com seu pai viúvo, que era coadjutor de Steeple Ashton, em Wiltshire. Foi um garoto precoce, e antes dos dez anos tinha escrito várias odes em latim, uma história dos judeus e uma série de esboços homiléticos. Depois de um curso escolar itinerante, ingressou no Trinity College, Cambridge, em 1827 e formou-se em 1834).

Daniel Kauffman declarou: "O cabelo comprido é o sinal da relação natural que existe entre homens e mulheres; o véu é o sinal da relação espiritual que deve existir entre eles, como homens e mulheres no Senhor.”

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«‘...que rape o cabelo...' Essas palavras não foram ditas como uma permissão, mas expressa um mandamento que estabelece a consequência legítima de quão impróprio é uma mulher não velar-se... ‘se ela se dispõe a fazer uma das coisas, que faça igualmente a outra’» (Kling, in loc.).

DESCRIÇÃO DO VÉU

Segundo o dicionário Aurélio - Véu : “1- Tecido com que se cobre qualquer coisa. 2- Tecido transparente com que as mulheres cobriam a cabeça e/ou rosto. 3- Mantilha de freira. 4- O que serve para ocultar algum fato.” Véu é um tecido ou peça de vestuário, utilizado quase exclusivamente por mulheres de diferentes culturas, usado para cobrir totalmente ou em parte a cabeça e a face. Uma visão é a de que se trata de um item religioso, usado para honrar um local ou objeto de culto. As funções socioculturais, psicológicas e sociosexuais do véu, entretanto, não foram extensamente estudadas, mas provavelmente também incluem a manutenção de uma distancesocial, a comunicação de status social e identidade cultural. Em sociedades islâmicas, várias formas de véus foram adotadas da cultura árabe onde o Islã nasceu. A palavra "véu" é derivada do latim vēlum, que também era usada para denominar as vela das embarcações. Há duas teorias sobre a origem do termo vēlum:• da raiz indo-europeia *wel-, significando "cobrir"; •da raiz indo-europeia *wegh-, que significa "carregar um veículo". (Wikipédia)

Vanessa do véu, ungida pelo Espírito Santo, bem conhecida no Brasil.

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VÉU UM ELEMENTO PROTETOR

O véu também foi usado por homens como um ornamento de proteção. Espiritualmente alguns grupos de povos como Tuaregues, Songhai, Hauçás, Fulas e Mouros, usavam-no associado à proteção contra maus espíritos, mas muito provavelmente tem origem em usos mais pragmáticos, como proteger a face das condições rigorosas do deserto. Os homens passam a usar aos 25 anos de idade um tipo de véu que cobre toda a face, exceto os olhos, e não o removem mesmo junto aos membros de sua família. Ao redor do mundo, muitos trabalhadores da construção civil e camponeses usam chapéus, ou mantos como um véu para proteger-se dos raios solares. Alguns improvisam uma camisa ou toalha que lhe sirva como um véu protetor.

O ESPÍRITO SANTO E O VÉU

Algumas mulheres cristãs piedosas e tementes a Deus sentem vontade de usar véu, mas se sentem constrangidas em usar no culto e serem criticadas pelos demais, como estes testemunhos colhidos na internet:

Anônimo18 de abril de 2011 09:51

Olá td bem??

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Nos últimos dias, senti um grande desejo de usar o véu na santa Missa porém

na minha paróquia ninguém usa o véu. É conveniente eu sozinha usá-lo?

Como faço pra não chamar a atenção e nem ridicularizar?

1.

Graziela 18 de abril de 2011 11:29

Se você está sentindo o desejo de usar o véu, USE!

Você pode usá-lo sozinha na sua paróquia. Eu sou a única na minha paróquia que usa. Uso o véu em praticamente todas as santas missas, em qualquer paróquia que eu vá. Quem sabe depois você não ganha adeptas? Chamar atenção você vai, agora, isso é bem diferente de ridicularizar. As pessoas vão olhar, podem comentar, podem perguntar para você porque está usando, se não é proibido, se não é coisa do passado e, também, podem elogiar. Tudo isso aconteceu e acontece comigo. O medo maior está em nós, que vamos usar; depois que passamos a usar vemos que não foi um bicho de sete cabeças. Quando eu fui usar o véu perguntei ao meu pároco o que ele achava, ele me deu o maior apoio; porém, há padres que não gostam. E já até me mandaram tirar o véu, quando fui confessar. Uma pena. E ele ainda me perguntou de onde eu tinha tirado a ideia de usar o véu!

Portanto, esteja preparada para responder as perguntas que possam aparecer. O uso do véu é bíblico (I Cor), é uma tradição da Igreja, não foi abolido, nem proibido. Nossa Senhora usa o véu, não tem uma imagem dela sem o véu. E preste atenção nas suas roupas: dê preferência a usar saias/vestidos que vão, pelo menos, até o joelho, ao invés de calças; não use vestidos justos, roupa de alcinha, tomara-que-caia, decotes, short, bermuda, evite blusa/vestido sem manga. Se não tiver roupa de manga coloca um casaco, bolero. Não tenha medo! Depois que começar vai se acostumar e as pessoas também. Se você quiser, como falou o pe. Paulo, pode começar a usar somente na hora da comunhão, deixando o véu nos ombros e cobrindo a cabeça na hora da Santa Comunhão. Depois, quando tiver mais acostumada, pode usar o véu cobrindo a cabeça na missa inteira. Procure comungar recebendo o Corpo e o Sangue de Cristo diretamente na boca. Você pode, também, procurar saber se na sua cidade tem a Santa Missa tridentina, nessa missa todas as mulheres usam véu e você vai se sentir mais há vontade para começar. Boa sorte!

VÉU SÓ NA IGREJA?

Os cristãos que querem agradar ao Senhor em tudo se perguntam se as mulheres devem usar o véu quando oram no culto na igreja, ou quando oram em casa também. Mesmo alguns que defendem ardentemente o uso do véu entendem que não precisar usam o véu fora do culto:

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A resposta para cada uma dessas questões é NÃO! Este ensino da cobertura da cabeça com véu é para ser aplicado APENAS quando a igreja se congrega como tal - não noutras circunstâncias. (ICQ de Portugal)

Alguns grupos cristãos acreditam que o uso do véu deve ser contínuo pelas mulheres e argumentam assim:

Recorde que o propósito do véu é representar a sujeição da mulher cristã a sua cabeça. Já que essa relação entre o homem e a mulher não muda, a ela lhe convém levar o véu o tempo todo. Ademais, sua relação com Deus também é constante. A mulher cristã deve estar disposta a orar a Deus e testemunhar dele em todo tempo. Ao levar sobre a cabeça o véu ela sempre goza do privilégio de participar nessas atividades espirituais em todo momento. Se ela estiver em rebelião contra Deus quanto a esta doutrina bíblica, ainda que seja por uma hora, então perderia esse privilégio. Em conclusão, o exemplo do cabelo também ensina que a mulher cristã deve levar o véu em todo momento. O cabelo não pode ser tirado e posto a vontade, por exemplo, só para os cultos.

É elogiável a nobre vontade do argumentador acima em querer que as mulheres usem o véu, mas não podemos ir além do que está escrito, Paulo julga que especificamente no momento em que as mulheres oram ou profetizam, elas devem usar o véu. O argumento comparativo em que a mulher não pode optar por tirar e colocar o cabelo a hora que quer, da mesma forma não deve tirar e colocar o véu a hora que quer, pode até ter uma lógica, mas não é bíblico. Ademais, o cabelo não pode ser tirado à hora que quer, e o véu pode ser tirado da cabeça e colocado à hora que quiser.

VÉU É O CABELO?

Muitos recusam o véu, dizendo: "O apóstolo diz no versículo 15 que o cabelo é o véu. Então não precisa de outro cobrimento."

Se você lê os versículos 4–7 cuidadosamente notará que Paulo fala de duas coisas diferentes, o cabelo e o véu. "se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também" (v. 6). Talvez usaria a palavra "também" se falasse só de uma coisa? Se neste caso o cabelo fora o véu, quando ela se descobre já não teria cabelo para cortar. Também notamos que o véu que se menciona

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nestes versículos é algo que se pode pôr e tirar, o qual não se pode fazer com o cabelo.

Já notamos que o apóstolo usou o exemplo do cabelo (o véu natural que Deus lhe deu a toda mulher) para comprovar a necessidade do uso de outro véu (um símbolo do espiritual e um cobrimento para o cabelo). É triste ver que o que Paulo disse para apoiar esta ordem tenha sido distorcido por alguns para pregar que é desnecessário o véu. Seria um contrassenso Paulo prega a necessidade do uso do véu do versículo dois ao quatorze e quando chegasse ao versículo 15 dissesse que o véu que ele quer dizer é o cabelo.

«...em lugar de mantilha ...» Embora o original grego permita essa tradução é uma grande perversão do texto sagrado dizer que essas palavras significam que uma mulher não precisa mais de véu, se porventura usa longos os seus cabelos. Pois ninguém pode ler o terceiro versículo em diante desta passagem, onde Paulo tanto insiste sobre a necessidade do uso do véu, de conformidade com a ordenança divina, com os costumes sociais e com os ditames da natureza, para então lançar fora todo o seu argumento, supondo que se uma mulher conservar longos os seus cabelos já não precisará usar véu quando ora ou profetiza, sem incorrer em grave incoerência. Porquanto tal conclusão será diametralmente oposta a todos os argumentos anteriores de Paulo, transformando esse apóstolo em um insensato que se contradiz consigo mesmo. Tal interpretação só pode ser aceitável para aqueles que manuseiam desonestamente as Escrituras, procurando adaptá-las aos seus pontos de vista e às suas práticas. Essas práticas ditam que a mulher «não use o véu». Porém, se tantas mulheres crentes não usam o véu, isso não pode estar firmado no que Paulo diz aqui, e nem sobre a suposição que ele recomendava que bastava às mulheres usarem os cabelos longos para não precisarem mais do véu.

O Doutor Russel Norton Champlim, a quem dedico um capítulo inteiro, para aprendermos o texto da carta aos coríntios diz o seguinte sobre o versículo 15:

«...em lugar de mantilha...» (Os cabelos longos da mulher lhe servem de véu natural, pois lhe servem «em lugar de mantilha»). Compreendendo Corretamente Este Texto: 1. Os cabelos longos servem para a mulher de um véu natural; e

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por si mesmos declaram: «Estou sujeita ao homem [...]. Reconheço a minha subordinação». 2. O véu serve à mulher de véu secundário (artificial), que a mulher deve pôr sobre seus cabelos como símbolo da mesma realidade representada pelos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher requerem o uso de um véu; não servem de substituto. Se o véu for retirado, a mulher terá também de rapar os cabelos (ver o vs. 6). Seja usado o véu, e este confirmará o significado dos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher como que «convidam» o uso do véu, porquanto as duas coisas encerram o mesmo simbolismo. «Se uma mulher usa naturalmente cabelos compridos, os quais lhe foram dados como cobertura para a cabeça, então não deve constituir vergonha para ela o cobrir a cabeça com um véu. Portanto, que ela use véu. ‘A vontade deve corresponder à natureza’». (Shore, in loc.). «...não como substituto do véu, porquanto isso faria das palavras de Paulo uma estultícia; mas sim, ‘na natureza de uma cobertura’, algo que ‘equivalha ao véu’» (Findlay, in loc.). «Ê fato indiscutível que os cabelos longos, em um homem, o tornam desprezível; mas, em uma mulher, os cabelos compridos a tornam mais amigável. A natureza e o apóstolo falam o mesmo idioma; podemos tentar explicar isso como bem quisermos fazê-lo». (Adam Clarke, in loc.). «Não é ‘em lugar de véu’, e, sim, correspondente ao véu (‘anti’, no sentido em que essa palavra é usada em João 1:16), como um adorno permanente». (Robertson, in loc.).

V.15:"...O cabelo...". No grego a ideia é de um cabelo tratado, adornado, crescido, como glória... "Véu...", no grego significa “cobertura”, ou seja, o cabelo foi dado à mulher como um véu, como tendo a mesma função e a mesma utilidade.

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A palavra “mantilha” é a tradução do termo grego PERIBOLAION, que significa “cobertura”. A natureza ensina que a mulher deveria utilizar o cabelo comprido.

"...em lugar de..." No grego a palavra é "ANTI". No N.T. a palavra

aparece 22 vezes e muitas vezes significando em oposição a, em face de, e em algumas versões "como".

Isto vem confirmar as conclusões até aqui obtidas. Paulo acha, por inspiração divina, que a mulher deve usar dois véus.

Segue abaixo o comentário do livro do - Dr. OPINAM C. Stamps:

"Paulo sustenta que o homem é a cabeça da mulher. Este fato subentende a subordinação da mulher. Deste modo, estabelece-se uma cadeia de comando: Deus, Cristo, o homem, a mulher. A partir desta proposição deduzem-se decorrências práticas. As mulheres estão erradas, se de qualquer forma, modificam suas diferenças em relação aos homens. Esta admoestação é verdadeira em qualquer circunstância. Paulo dá o exemplo da diferença no vestir. Uma das maneiras de se ver esta diferença estava na maneira dessas mulheres manterem o cabelo. Este devia permanecer de tal maneira que distinguissem os homens das mulheres. O cabelo da mulher simbolizava sua submissão e lealdade a seu marido... Paulo também declara que o cabelo longo é uma vergonha para o homem."

A Associação Cristã de Campinas explica no seu site assim o fato de alguns pastores dizerem que as mulheres não precisam usar o véu, porque o véu é o cabelo: “É evidente que o Apóstolo não iria ordenar tão enfaticamente por meio dos versos 5 e 6, que as mulheres cristãs devem usar o véu, e depois concluir no verso 15 que o cabelo já é véu. Dessa forma, além de contrariar a sua própria argumentação em relação ao uso de véu, colocaria em crise o verso 04 (“todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra sua própria cabeça”), pois se cabelo é véu, os homens também estão de véu. Ora, se o apóstolo escreve: ‘cobrir a cabeça’, e se cabelos são o próprio véu, não precisaria cobrir, já estaria coberto; mas como cabelo é cabelo e, véu é véu, não há de se contrariar: ‘…que ponha o véu..’ (verso 6). Cremos dessa forma, que não existe contrariedade bíblica e que o apóstolo Paulo, sendo inspirado pelo Espírito Santo, jamais seria contraditório em seus ensinamentos. Por isso, preserva-

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se a doutrina do uso do véu pela mulher cristã. Sendo a Igreja em Corinto o tipo de Igreja, deveras carnal, houve ali muitos desvios dos princípios ensinados pelo Apóstolo Paulo. É nítido que os dons de línguas e profecia eram os mais abusados, existindo até mulheres que oravam e profetizavam sem o uso do véu e passaram a ter uma participação no culto, a qual não lhes fora ensinada, e com isso o estado emocional tomava o lugar da espiritualidade.”(7)

VÉU PRECEITO DE PAULO OU DE DEUS?

Grandes pensadores cristãos do século XX e XXI na insensatez de anular e dizer que o ensino do véu é obsoleto, chegam a por em xeque a doutrina da inspiração das Escrituras alegando que o capítulo onze de I Coríntios é uma doutrina de Paulo e não de Deus... Penso que tais pessoas ou não conhecem a doutrina da inspiração das Escrituras, ou para combater o uso do véu estão dispostos a defender que nem toda a Escritura é divinamente inspirada.

Que autoridade tem esta passagem bíblica?

Outros que não aceitam o ensino desta passagem torcem também o versículo 16 que diz: "Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus.". Estes "indoutos e inconstantes" pensam que Paulo diz aqui é: “se alguém não quer receber esta doutrina, está bem, não há problema.” Eles dão a entender que a mesma não se praticava em nenhuma das igrejas de Deus, era uma ordem

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temporária e somente para Coríntio. Alguns até se atrevem a dizer que não é obrigatório, senão que é algo que pertence à opção de cada pessoa.

Mas, como é que podemos falar assim da Santa Palavra de nosso Deus? Se Deus teria inspirado Paulo a escrever as instruções da primeira parte do capítulo para depois eliminá-las no versículo 16. Deus não se contradiz! O que quer dizer este versículo é isto: "Se algum quer opor-se a esta ordem, saiba que as igrejas de Deus não têm tal costume de que as mulheres orem sem véu." Sim, esta passagem tem a autoridade divina.

O longo artigo que se segue é um eloquente argumento da Igreja de Quinta do Conde sobre o preceito do véu, razoando se o mesmo é de Paulo ou se é divino:

Monja da Igreja Ortodoxa com véu

Nas Escrituras a apresentação da verdade do véu feminino começa com o seguinte texto:

“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.

“E louvo-vos irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e RETENDES OS PRECEITOS COMO VO-LOS ENTREGUEI.

“Mas QUERO QUE SAIBAIS …” (1 Cor. 11:1,2,3).

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Uma nova doutrina para uma nova dispensação

O termo “preceitos” significa, regras, normas ou doutrina.

A palavra Grega traduzida aqui por “preceitos” é paradosis. O Exegético de W. E. Vine apresenta o seu significado como sendo "legado".

De fato, a doutrina, ou ensinamentos de Paulo, são o seu legado à Igreja, ou no dizer de Paulo a Timóteo, “o bom depósito” (2 Tim. 1:14; 1 Tim. 6:20) da Igreja, o Corpo de Cristo. Ele entregou-nos o que o Senhor lhe revelou, “Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que PARA CONVOSCO me foi DADA” (Efésios 3:2). À medida que Paulo ia recebendo do Senhor as revelações da doutrina para a Igreja, ele entregava-a aos crentes.

Já mostrámos em artigos anteriores que Paulo recebeu uma série de VÁRIAS REVELAÇÕES (Atos 22:14; 26:16; 2 Cor. 12:1,7) - não uma revelação única, de uma vez - até ao final do Livro dos Atos (Atos 28:28), quando Deus pôs definitivamente de parte a nação de Israel, e a revelação da doutrina para a Igreja ficou finalmente concluída.

Como a carta aos Coríntios foi escrita durante o período intermédio dos Atos é natural vermos que Paulo já tenha ENTREGUE alguns preceitos que recebera do Senhor. Mas por ainda se encontrar em fase de receber do Senhor mais revelações, é natural vê-lo agora, consequentemente, com mais PRECEITOS para ENTREGAR.

É por isso que ele diz, “QUERO QUE SAIBAIS …” (ver.3). Ele iria dar-lhes mais um preceito, neste caso, sobre a verdade do Véu feminino, ou mais rigorosamente, como veremos mais adiante, sobre a Glória de Deus na Igreja, razão pela qual o véu se tornaria necessário.

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Ao elogiá-los por terem retido os preceitos como ele os havia entregue, Paulo está como que a encorajá-los a continuarem no mesmo espírito relativamente à nova doutrina, ou preceito, que ele lhes iria entregar e que incluía o véu feminino. Ele esperava que relativamente à verdade do véu eles a retivessem como ele a legaria.

O Véu feminino é, portanto, uma das verdades reveladas pelo Senhor glorificado ao Apóstolo Paulo como parte do ensino para a Igreja, o Corpo de Cristo. O ensino que Paulo apresentou sobre o véu feminino é algo absolutamente NOVO. Não fazia parte da tradição Judaica, tratando-se de puro Cristianismo genuíno. Os “preceitos” atrás referidos são, pois, exclusivamente Paulinos.

De acordo com o contexto, “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”, significa imitar, ou seguir, na doutrina e não na conduta; significa que os Coríntios deveriam continuar a reter os preceitos exatamente como Paulo lhes entregara, pois estes tinham sido recebidos do Senhor exatamente como ele lhos entregara. Os preceitos deveriam ser experimentados por decalque, por imitação, para não serem deturpados, corrompidos, modificados.

A terminologia usada por Paulo reforça o que afirmamos.

“Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”. Paulo não diz, “… como também eu de JESUS”, mas “… como também eu de CRISTO”.

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JESUS foi o nome que Deus deu ao nosso Senhor, pelo qual Ele foi conhecido na Terra. Em Atos 2:36, quando o nosso Senhor ressuscitou, lemos que Deus O fez “SENHOR E CRISTO”. Paulo nunca O conheceu na Terra como JESUS. Foi como SENHOR E CRISTO, exaltado acima de tudo, que Paulo o conheceu e seguiu, quando por revelação direta o Senhor lhe confiou à gloriosa “dispensação da graça de Deus… o mistério manifestado pela revelação”, o “mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos” (Efé. 3:2,3; Col. 1:26) em preceitos, ensinamentos, doutrina.

Paulo não recebeu doutrina de Jesus na Terra, mas de Cristo no Céu, glorificado.

É importante aqui relembrar que a DOUTRINA, a posição, a conduta e o destino da Igreja estão exclusivamente nos escritos de Paulo.

A Palavra de Deus mostra, pois, claramente em 1 Coríntios 11 que a doutrina da cobertura da cabeça nas mulheres, o véu feminino, faz parte da revelação do mistério que foi dado ao Apóstolo Paulo. É Paulo, nesta sua carta, que pela primeira vez revela ao mundo a verdade da cobertura da cabeça e os seus propósitos e

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significado. Nunca alguém antes referira, e muito menos ensinara, esta verdade.

Mais adiante, neste mesmo capítulo, Paulo aborda um dos preceitos que tinha já sido entregue por ele aos crentes Coríntios - a verdade sobre Ceia do Senhor para o Corpo de Cristo: “Porque eu RECEBI DO SENHOR O QUE TAMBÉM VOS ENSINEI: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão…” (1 Cor. 11:23). A verdade que Paulo recebeu do Senhor sobre a Ceia também é inteiramente nova e diferente. A verdade da ceia do Senhor que Jesus instituíra no Seu ministério terreno só contemplava a verdade do corpo físico de Cristo, não a verdade do Corpo místico de Cristo que Paulo recebeu. As verdades da “comunhão do sangue” e “comunhão do corpo”, da unidade do corpo – “um só pão e um só corpo” -, da “mesa do Senhor”, do anúncio da morte do Senhor e do Arrebatamento são verdades exclusivamente Paulinas que foram reveladas da glória pelo Senhor a Paulo e que o Senhor quando estava na Terra nunca revelou.

As verdades do “véu“ e da “Ceia do Senhor” fazem parte, pois, dos preceitos que Paulo recebeu e nos legou – fazem parte do “bom depósito” que devemos guardar (2 Tim. 1:14; 1 Tim. 6:20).

Se formos imitadores de Paulo como ele foi de Cristo, reteremos por decalque os preceitos como nos foram entregues.

Por conseguinte, o ensino do véu e verdades associadas fazem parte da doutrina para a Igreja, sendo um ensino absolutamente novo, antes desconhecido de todos os crentes, pois foi revelado pelo Senhor em primeira mão a Paulo e depois a toda a Igreja por seu intermédio.

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A verdade do véu feminino não se trata de uma verdade que estivesse em vigor e que, entretanto, foi abolida por uma mudança dispensacional qualquer. Pelo contrário, trata-se de uma NOVA verdade que passou a vigorar com a introdução de uma NOVA dispensação - a dispensação da graça de Deus -, e que, portanto, será vigente enquanto esta presente dispensação durar – até ao Arrebatamento da Igreja.

Aqueles que pensavam que quando Paulo se dirigiu a Jerusalém foi receber instruções dos Doze apóstolos, e especialmente de Pedro Tiago e João, ou certificar-se de que o que ele andava a pregar estava de acordo com o que eles pregavam (Gálatas 2:1-10), talvez agora consigam finalmente perceber e ver que Paulo foi-lhes expor e comunicar o que eles ignoravam, que Paulo conhecia algo que eles desconheciam e precisavam conhecer – “o Evangelho” que ele pregava entre os Gentios, o “Evangelho da Graça de Deus”. Estes “preceitos” do véu e da Ceia do Senhor são um exemplo típico de que o ministério do Apóstolo Paulo era claramente distinto do ministério dos Doze Apóstolos. Foi Paulo que recebeu estas verdades e foi através dele que todos as puderam conhecer. Pena é que a maioria da Igreja não esteja a reter estes preceitos como ele os entregou. (Igreja Quinta do Conde)

Paulo advertiu na mesma carta: "Se alguém se considera profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do

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Senhor." (I Coríntios 14.37). Recordemos que "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra." (II Timóteo 3.16–17). Portanto, o texto de I Coríntios 11 é a Palavra de Deus para todos os cristãos de todos os lugares e todos os tempos.

EPÍSTOLAS DE PAULO ERAM UNIVERSAIS

O uso do véu era mandamento de Paulo ou do SENHOR?

Lendo o capítulo dois de I Coríntios vemos que Paulo deixa bem claro que não falou nada de si, somente pelo SENHOR.

Pois bem as epistolas eram ou não universais?

Col 4:16 - E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também. É fato histórico que as cartas de Paulo eram aceitas por todas as igrejas, e posteriormente na formação do cânon bíblico, as cartas aos coríntios foram aceitas com autoridade divina, como expressão da vontade de Deus. Negar que o texto paulino é expressão da vontade de Deus para guiar a igreja na terra, é tão estúpida quanto tentar distorcer o sentido do texto.

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O teólogo Jabesmar Aguiar Guimarães entende que o texto de I Coríntios 11 sobre o véu é um mandamento geral para todas as igrejas, e que a única igreja que criou problema foi a igreja de Corinto, razão porque Paulo teve que argumentar sobre os motivos espirituais pela qual as mulheres deveriam usar o véu. Se a igreja de Corinto continuasse rejeitando o véu, Paulo deu um ultimato dizendo que as igrejas de Deus não resistiram a doutrina do véu, dando a entender, que se a Igreja de Corinto persistisse em seu liberalismo feminista, ela não seria considerada IGREJA DE DEUS.

Depois de praticamente esgotar sua argumentação a favor do uso de cobertura por parte das mulheres, Paulo lança uma pergunta de crucial importância: "Julguem entre vocês mesmos: é apropriado a uma mulher orar a Deus com a cabeça descoberta? (v. 13). Na verdade ele esta perguntado: "depois de tudo que lhes foi apresentado, vocês ainda entendem que uma mulher deve orar na igreja com a cabeça descoberta?" A resposta que ele espera ouvir é, com toda a certeza, não! A Bíblia diz: "Toda mulher, porém, que ora, ou profetiza, com a cabeça sem véu (descoberta), desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada" (I Co 11:5 -parêntese meu ).

Outra observação importante a fazer é quanto ao versículo 15. A Bíblia na Edição Revista e Corrigida, diz que o cabelo foi dado a mulher em lugar de véu. Isto tem levado muitos a entender que a mulher que tem o cabelo comprido está dispensada de cobrir a cabeça. Mas na verdade o texto em grego diz que o cabelo lhe foi dado em lugar de manto,

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mantilha. A palavra usada aqui é "peribolaiou" em contraste com "katalupto" que é usada nos versículos anteriores e que é traduzida como véu.

Aliás em todo o texto grego do capítulo 11 a palavra véu não aparece uma vez sequer. Katalupto foi traduzida por véu porque normalmente o pano que cobre a cabeça das mulheres no oriente é conhecida por nós como véu. Esta tradução pode nos ajudar a entender melhor, mas também pode trazer confusão como vimos acima. Portanto, neste texto fica melhor traduzir katalupto com o seu significado primário que é cobrir, cobertura.

Iniciamos este estudo com algumas perguntas entre as quais uma questionava sobre a validade ou não do uso de cobertura por parte das mulheres na igreja atual. Espero que tenhamos chegado a conclusão que, desde que seja feito com entendimento, permanece para as irmãs a validade do uso de cobertura nos cultos da igreja de todos os tempos.

Contudo devemos evitar os exageros de querer obrigar as irmãs a usarem o véu (uso a palavra véu por ser a que melhor expressa o uso de cobertura na nossa língua) deste ou daquele tamanho, deste ou daquele tecido, deste ou daquele formato, desta ou daquela cor e por aí vai... infelizmente. A Bíblia não especifica nada destas coisas e quando o fazemos estamos pondo na boca do Senhor Deus aquilo que Ele nunca disse. Fazer isto traz prejuízo e é pecado.

Quanto a idade ou quando uma irmã deve começar a usar o véu a Bíblia não especifica. Contudo, apesar da nossa tradição rezar que só depois de batizada uma irmã está autorizada a usar o véu, entendo que a partir do momento no qual ela aceita Cristo como seu Salvador pessoal ela pode e deve usar o véu. Quanto a isso a Palavra de Deus não faz nenhuma restrição.

Creio não ter nenhum valor espiritual uma pessoa que use o véu sem entendimento nenhum do seu significado ou usar somente por tradição. Não adianta, por exemplo, usar o símbolo da submissão, da hierarquia estabelecida por Deus, se em casa não se é submissa ao marido. Isto se parece mais com uma tradição supersticiosa do que com um culto racional, inteligente, com entendimento (cf. Rm 12:1).

Por último é bom lembrar que, longe de desmerecer a mulher, o véu lhe confere um lugar de dignidade na

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assembleia onde se adora ao Deus Eterno. Lugar este que, ainda hoje, é negado a mulher judia, e a mulher islâmica (maometana) no seu culto. Este símbolo lhe assegura um elevado lugar na igreja, ainda que deixe claro que não é o lugar do homem.

Paulo encerra este assunto afirmando que se alguém quer ficar criando polemica a esse respeito, este não era o seu costume e nem o das demais igrejas co-irmãs em Cristo. Isto sugere que o uso do véu era praticado também pelas outras igrejas neotestamentárias. Sendo que a polêmica só existiu na complicada igreja em Corinto.

PAULO BAJULADOR DOS JUDEUS

Os insubmissos pastores que se recusam a ensinar a verdade sobre a ordenança do véu usam todos os recursos da retórica e todos os argumentos estapafúrdios para justificarem suas rebeliões contra Deus. Um destes argumentos é que o texto de I Coríntios 11 no tocante ao véu é ordenança de Paulo, portanto não tem valor universal para todos os tempos, mas somente para aquela igreja em específico. Seria como dissessem: “O registro é divino, mas o mandamento é humano.” (retórica demoníaca para não obedecerem a Deus, isso é o que significa tais palavras capciosas).

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Mulheres se alimentando em Igreja na Etiópia. Usando véu.

Nesta afronta contra a Palavra de Deus, citam o episódio em que Paulo levou Timóteo para ser circuncidado, claramente uma atitude feita para agradar os judeus.

3 Paulo quis que este fosse com ele; e tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego. (Atos 16.3)

Não resta dúvida que o apóstolo Paulo tomou esta atitude visando seduzir os judeus e desarmar seus espíritos contra o cristianismo. Paulo submeteu Timóteo ao ritual da circuncisão para criar um ponto de contato com os judeus e atraí-los para Cristo. Daí para defender que Paulo era bajulador e estaria introduzindo dentro da igreja costumes judaicos como o véu é uma interpretação totalmente ardilosa. A circuncisão era uma clausula pétrea do judaísmo e Paulo abominou a possiblidade do cristianismo adotar a circuncisão.

"A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus." (I Coríntios 7 : 19)

12 Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. 13 Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. (Gálatas 6.12-13)

"Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão;" (Filipenses 3 : 2)

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Quem conhece minimamente a Bíblia sabe que Paulo escreveu a epístola aos Gálatas para deter doutrinas judaizantes que se disseminavam naquela igreja. O texto Aos Gálatas é ríspido e agressivo contra o cristianismo judaizante. Como pode os que pregam contra o véu alegar que Paulo ensinou a doutrina do véu aos Coríntios para agradar aos judeus? O que Paulo fez em Atos 16.3 foi algo excepcional e circunstancial. Se o véu não fosse essencial ao cristianismo Paulo não ensinaria. Mas se ensinou é porque é doutrina universal. Paulo enfrentou muitas vezes os judaizantes dentro e fora da igreja rejeitando a doutrina pétrea do judaísmo, mostrando que não abriria concessão alguma para que tradições judaicas fizessem ninho no cristianismo.

ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos. 2 Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão. (Atos 15.1-2)

Não esqueçamos que a circuncisão foi instituída por Deus para os judeus, e Paulo bem poderia adota-la no cristianismo se quisesse cair nas graças dos judeus, mas não o fez. Acusar Paulo de introduzir o costume do véu para agradar os judaizantes não procede. Os que rejeitam obedecer a questão do véu dizem que quem defende o véu deve submeter-se a circuncisão. Acontece que a Bíblia ensina as cristãs a usarem o véu, agora onde a Bíblia ensina os cristãos a circuncidarem-se?

Paulo nunca pregou nem submeteu qualquer gentio a circuncidar-se, Timóteo foi circuncidado por ser judeu:

E CHEGOU a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego; (Atos 16.1).

IMITEMOS PAULO

Se aceitarmos que o texto escrito por Paulo é a palavra de Deus, isto é, que ele escreveu inspirado pelo Espírito Santo, então devemos imitá-lo em sua forma de pensar. Se o apóstolo Paulo inspirado por Deus pregou e defendeu o uso do véu como doutrina, também devemos fazê-lo.

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SEDE meus imitadores, como também eu de Cristo. (I Coríntios 11.1)

CARACTERISTICAS DO VÉU CRISTÃO

O véu cristão não tem medidas específicas, deve somente cumprir a função de cobrir os cabelos. A Bíblia também não fala do tipo de tecido, podendo ser um pano grosso, ou um pano muito fino. Seria bom, que por questão de modéstia cristã, as mulheres evitassem véus como peças ornamentais, com metais, e multicoloridas. Coisa muito difícil de exigir desta geração do fim dos tempos. Seria altamente desejável que usassem véu sem cores extravagante. Mas não devemos também exigir, mais do que está escrito. A Bíblia não determina as cores do véu cristão. Historicamente as mulheres usavam véus pretos ou brancos. Mas repito, não devemos ser fariseus criando regras excessivas, onde a Palavra de Deus, deixou por conta da liberdade cristã.

OUTRA COBERTURA PODE SUBSTITUIR O VÉU?

A Bíblia não ensina alguma forma ou algum padrão específico para o véu. Mas pensando no significado espiritual que tem o mesmo concluímos que deve ser uma cobertura em sua cabeça. Dessa maneira perderia seu significado; não seria então uma "sinal de autoridade". O véu da mulher cristã deve ser diferente a qualquer outra cobertura. Em situações

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excepcionais já teve casos das irmãs usarem jornal, lenço e até guardanapo para não orarem com a cabeça descoberta. O texto grego no original sugere que seja uma cobertura;

Mulheres usando chapéu como cobertura

Quando o movimento feminista começou a surgir em meados do século XX nas sociedades ocidentais, logo passaram a pressionar a igreja que recuou na manutenção da sã doutrina e foi permitindo que gradativamente as mulheres se apresentassem no culto com chapéus, substituindo o véu, até que culminaram abandonando qualquer forma de cobertura.

O penteado, o vestido, e o comportamento da mulher cristã devem concordar com o uso de seu véu. Os penteados ostentosos, a roupa que não é modesta, ou a conduta desavergonhada destroem o que o véu representa. Para que o uso do véu seja de proveito para a mulher cristã, a igreja, e a sociedade, tem que ser acompanhado de modéstia, pudor, e decoro cristão. Dessa maneira se converte num depoimento poderoso do plano de Deus para a humanidade.

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Em I Coríntios 11.15 fala que o cabelo foi dado como contra véu (conforme a melhor tradução). Assim o cabelo deve ser coberto completamente pelo véu de pano, assim como o contra piso é coberto completamente pelo piso.

QUAIS MULHERES DEVEM USAR O VÉU?

Alguns se questionam se todas as mulheres devem usar, ou somente as casadas. Toda mulher cristã deve cobrir-se, seja casada ou solteira. Aqui não se refere somente à mulher casada, pois diz: "o varão" e "a mulher". Não diz: "o marido" e "a esposa".

RAZÕES PARA USAR O VÉU

1 - DOUTRINA NEOTESTAMENTÁRIA

Alguns libertinos cristãos procuram fugir da austera vida moral cristã, que é superior ao padrão judaico. Alegando que os cristãos não devem se sujeitar as ordenanças do Antigo Testamento. Esquecendo os tais que a Graça é mais rigorosa que a Lei. Se na Lei era pecado cometer adultério, na graça, olhar uma mulher com desejo malicioso, deve causar tamanha repulsa na alma cristã que ele deve se arrepender como se

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arrancasse o olho fora. Se a Lei orientava o fiel a amar seus amigos e odiar seus inimigos, na graça, a recomendação é mais austera: devemos amar, orar e bendizer os inimigos. Os que rebatem o uso do véu alegam que isto não passa de tradição oriental, ultrapassada e de costume local. Todavia, o texto central sobre o uso do véu está escrito no Novo Testamento, e foi usada toda uma argumentação racional, lógica e teológica de conteúdo espiritual para que as cristãs usassem o véu. Em toda a passagem de I Coríntios 11, nenhuma vez Paulo fez referência que era um problema local e por razões sociais daquela comunidade. O uso do véu pelas mulheres era questão cultural no Antigo Testamento, mas no Novo Testamento é questão doutrinária, espiritual. No Antigo Testamento não há argumentos sobre a obrigatoriedade de usar o véu por parte das mulheres, mas no Novo Testamento, o apóstolo Paulo desenvolveu todo um argumento teológico para que as mulheres usassem o véu. Paulo não repetiu esta exortação em outras cartas para outras igrejas, porque as demais igrejas estavam seguindo este princípio cristão sem contestar. A única igreja “modernista” era a de Corinto!

2 - CARÁTER SAGRADO DO VÉU

O tabernáculo e o templo tinham divisórias de véu, quando o rosto de Moisés resplandecia com a glória de Deus, seu rosto foi coberto com véu. As noivas se apresentavam aos noivos com o rosto coberto com um véu. Estas simbologias representadas pelo véu falam deste elemento como uma redoma protetora de coisas sagradas. O que estava coberto com véu era sagrado. Portanto, quando uma mulher orar ou profetiza com véu, ela não esta sendo rebaixada, ela esta sendo na verdade revestida de caráter sagrado. Existe até uma relação de mistério entre as mulheres e os anjos. É como se a mulher coberta com véu esta espiritualmente vestida descentemente diante dos anjos. Quando uma alta dignidade morre e seu sarcófago é enrolado com uma bandeira, aquilo simboliza uma união entre o defunto e a nação representada pela bandeira de tecido. Quando uma mulher cobre a cabeça com véu de tecido, esta mesma simbologia de união é manifestada diante de Deus, dos anjos e dos homens.

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Freiras católicas usam véu continuamente.

3 – HIERARQUIA DIVINA

(versículos 4–7)

Tendo ensinado A hierarquia celestial e espiritual, na economia divina e na igreja cristã o apóstolo Paulo prossegue a ensinar que o véu é um símbolo de submissão a hierarquia divina como segue: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do Homem e o Homem é o cabeça da mulher. Tal argumento refuta qualquer desonestidade intelectual dos doutrinadores modernos que dizem que o uso do véu era um mandamento temporário e somente para a Igreja de Corinto. A razão aqui apresentada revela que o uso do véu transcende o tempo e o espaço, devendo ser usado por todas as cristãs que aceitam a hierarquia divina, bem como em todas as igrejas e em todos os tempos. A desculpa esfarrapada que era somente para diferenciar as cristãs das prostitutas é totalmente fora do contexto bíblico e fora do TEXTO BÍBLICO.

Nas funções espirituais de orar (comunicar-se com Deus) e profetizar (comunicar-se com as pessoas a respeito de Deus), o varão não deve cobrir a cabeça. Cristo, sendo a cabeça (ou autoridade) do homem, é invisível. A cabeça descoberta do homem simboliza a autoridade que Deus lhe deu sobre todas as coisas visíveis. Quando o homem exerce esta

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autoridade de forma apropriada glorifica ao Criador. Desta maneira sua cabeça descoberta reflete a glória de Cristo.

Se o homem cristão se cobre sua cabeça com algum cobrimento que tenha uma aparência religiosa então estaria declarando que ele não deseja exercer a autoridade dada por Deus. Dessa maneira ele estaria afrontando (desonrando) a Cristo. A cabeça descoberta e o cabelo bem cortado declaram que o homem cristão é varonil e que está disposto a aceitar suas responsabilidades na igreja.

A mulher que ora e profetiza deve reconhecer a autoridade do homem ao cobrir-se a cabeça com um véu. Deus formou à mulher do homem e para o homem. Quando a mulher cobre sua cabeça mostra que se sujeita ao homem e que está em harmonia com o plano de Deus para ela. Isto lhe dá autoridade para orar e profetizar. Mas como já vimos, seu direito de profetizar não inclui ensinar aos homens nem exercer autoridade na congregação (I Timóteo 2.11–12; 1 Coríntios 14.34–35).

A mulher cristã que não põe o véu como cobrimento cristão e mandamento de Deus declara abertamente que não quer sujeitar-se a sua cabeça (o homem) nem aceitar o plano de Deus para as mulheres. Ela demonstra que deseja exercer domínio sobre o homem e desta maneira recusa o lugar que Deus lhe deu. A verdade é que isto constitui uma rebelião contra Deus, porque Deus é quem deu ao homem a autoridade sobre ela.

4 – HERARQUIA DA CRIAÇÃO

Se aceitarmos a Bíblia como a Palavra de Deus, devemos aceitar o que ela expressa como sendo a vontade de Deus. A mulher cristã deve usar o véu quando ora e profetiza porque assim fazendo ela respeita a ordem da criação, em que o homem foi feito primeiro, e posteriormente Deus resolveu criar a mulher como uma auxiliadora do homem. O homem não foi feito para a mulher, mas a mulher para o homem. Quem não quiser aceitar esta palavra, está recusando a hierarquia da criação. O ensino deste mandamento bíblico em I Coríntios 11.8-9 tem suas raízes desde o ato da criação. Deus criou o homem e à mulher com propósitos diferentes, para que cumprissem papéis diferentes. Por isto criou a Adão primeiro e lhe encarregou que tivesse senhorio sobre toda a criação. Depois disse Deus: "far-lhe-ei uma

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ajudadora que lhe seja idônea." (Gênesis 2.18). Então Deus tomou uma das costelas do homem e com ela criou à mulher." Portanto, diz a Bíblia, "a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos." (1 Coríntios 11.10).

Que vergonhoso é quando esta distinção entre o homem e a mulher se confunde! Hoje em dia muitas mulheres se vestem como os homens, não se cobrem, e cortam o cabelo. Muitas delas têm as mesmas responsabilidades que os homens no lar, no trabalho, na política, na igreja e na sociedade. Da mesma maneira existem homens que, devido à moda e à fraqueza de seu caráter, deixam crescer o cabelo e se embelezam usando roupa, joias, e perfumes que sugerem um toque feminino. Muitos destes homens não executam suas responsabilidades de serem líderes moral e espiritual. Tais homens afrontam (ou desonram) a Deus, o Criador.

5 – POR CAUSA DOS ANJOS

Tenho visto muitos cristãos que rejeitam o uso do véu na igreja, dizendo que não ficou claro porque as mulheres devem usar véu “por causa dos anjos”. Acontece que devemos obedecer a Deus, mesmo sem conhecer claramente os propósitos de certos mandamentos. Não compete ao servo questionar porque o Senhor esta dando aquela ordem. Devemos confiar que Deus sabe o que faz. Muitas explicações são dadas porque os anjos se comprazem em ver as mulheres cristãs usando véu, mas não importa quais são os reais motivos, o cristão obediente não questiona a Deus. Imagine Abraão levando Isaque para ser sacrificado. Era um mandamento muito incompreensível, o pai deveria matar o filho e oferece-lo a Deus em sacrifício no altar. Nem Abraão, nem Isaque questionaram o mandamento. Isaque não tentou fugir do destino que aparentemente Deus lhe reservou. Fico pensando o que se passava na cabeça de Isaque, mas independente do que passava em sua cabeça ele não esboçou rebeldia. Quando fico lendo os textos produzidos por aqueles que rejeitam o véu, fico triste por saber que Deus está pedindo algo tão pequeno, e os cristãos preferem distorcer a Palavra de Deus e tentar dar um sentido que não é verdade. Ainda que estes seres criados por Deus para cuidar e servir tomam em conta a sujeição da mulher cristã. Eles mesmos se sujeitam a Deus. De outra maneira, perderiam

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seu lugar no céu. Os anjos de Deus se comprazem na sujeição da mulher cristã, que se manifesta por meio de sua obediência ao cobrir-se com um véu. Quando a mulher leva este sinal de autoridade, goza da presença e a proteção dos anjos. Os desobedientes querem contender, quando ficam argumentando: “Como um pedaço de pano na cabeça pode ser tão importante para Deus.” Não cabe a nós debater com Deus. Poderíamos também questionar porque um banho pode ter um significado tão importante para o ingresso da pessoa no reino de Deus, mas é isso que o batismo significa. Também poderíamos debater como um pedaço de pão e gole de vinho pode ser tão importante para a vida cristã. Os rebeldes discutem a validade do mandamento, o servo só obedece!

Alguns grupos cristãos vão além do que está escrito quando criam regras além da Bíblia como a cor do véu e até uniformes para certas Ordens religiosas.

6 – O TESTEMUNHO DA NATUREZA

13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? 15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. (I Coríntios 11.13-15)

A natureza ensina que o homem deve ter cabelos curtos e as mulheres cabelos crescidos. Não sei onde o apóstolo Paulo estudou biologia

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e os efeitos da hereditariedade e dos hormônios sobre o couro capilar dos seres humanos. Mas Paulo tinha razão, as naturezas biológicas do homem e da mulher são mesmos diferentes. O homem tem a tendência de ter uma cabeleira menor e tem muito mais possibilidade de perder a cabeleira, ficando careca. Enquanto que a calvície é mais rara nas mulheres. A bióloga Karla Patrícia explica:

Na verdade as mulheres também tem calvície. São casos mais raros e não tão intensos como ocorre nos homens. A calvície que vimos normalmente nos homens é conhecida como alopecia androgenética, ou seja, é uma calvície de origem genética e manifestada na presença de hormônios masculinos (andrógenos). Isso quer dizer, que mesmo nos casos de calvície feminina, uma das causas é o hormônio masculino, presente em muito pouca quantidade no organismo da mulher. A principal reação bioquímica que gera a calvície acontece quando a enzima 5-alfa-redutásia age sobre a testosterona (o principal tipo de hormônio masculino), produzindo outro hormônio, o di-hidro-testosterona (DHT). Esse hormônio é o grande responsável pelo afinamento dos fios e consequente queda, mas ele não é o único responsável. Afinal se a pessoa não tiver receptores celulares sensíveis ao DHT no couro cabeludo, o hormônio não age. E o que define a sensibilidade desses receptores é a herança genética. Na origem genética, a calvície é dominante nos homens. Isso quer dizer, que o problema se manifesta mesmo quando herdado somente do pai ou só da mãe. Nas mulheres a calvície é recessiva, ou seja, para que as mulheres percam os cabelos é necessário que acumule dois genes, um do pai e outro da mãe. Mas, como já dito, ter tendência genética não é o bastante. A herança só se manifesta em presença de testosterona, um hormônio masculino. Por isso, no caso das mulheres a calvície é tão rara. (Bióloga Karla). (1)

Quando o apóstolo Paulo apela para o argumento da natureza biológica para dizer que a mulher deve manter o cabelo crescido e o homem deve aparar o cabelo, ele está dando um motivo que não é transitório, cultural, local, mas sim um argumento que deve servir de base para que seja respeitada esta ordenança em todos os tempos e em todos os continentes. Paulo sustenta que Deus criou diferenças entre os homens e as mulheres que devem ser respeitadas pelos cristãos. O mundo prega a igualdade entre os sexos, tanto nas relações sociais, como no vestir, nos costumes e na condução do lar. A Palavra de Deus diz que Deus fez o homem e a mulher com naturezas diferentes e com funções sociais distintas. Quando a igreja do

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nosso século recusa-se a usar o véu, ela está recusando seguir o curso da natureza criada por Deus. O cabelo é o contrapiso do véu.

DR. RUSSEL NORMAN CHAMPLIN

Autor da consagrada Obra: “Novo Testamento comentado versículo por versículo”, editora Arghos, 2002. Esta obra literária exerceu grande influência na minha concepção sobre o véu. Somente 10 anos após batizar-me é que aceitei a doutrina do véu, pois pertencia a uma denominação evangélica que não adotava o véu como normativa cristã para as mulheres. Este erudito cristão não é um palpiteiro das redes sociais, metido a intelectual como somos acostumados a ver na internet. Seu comentário bíblico equivale a um livro de 20.000 (vinte mil páginas), ou seja, é uma pessoa que se aplicou muito no estudo da Bíblia, não é leigo nem moleque. Champlin mostra que do capítulo 11 ao 14, o apóstolo Paulo trata da ordem no culto:

V. Regulamentação da Adoração Cristã (I Cor. 11:2- 14:40). 1. O véu das mulheres (11:2-16).

11:2: Ora, eu vos louvo, porque em tudo vos lembrais de mim, o guardais os preceitos assim como vo-los entreguei.

NÃO USA O VÉU POR ERUDIÇÃO SUPERFICIAL

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Champlin diz: “Paulo não aprovava as mulheres que não usassem o véu em determinadas ocasiões. muitas mulheres dali procuravam imitar as sacerdotisas pagãs em seus oráculos selvagens, que profetizavam com cabeça descoberta, [...] Por exemplo, virtualmente nenhuma denominação realmente requer que as mulheres usem o véu, um verdadeiro véu, aceitável para o apóstolo Paulo. O texto perante nós requer peremptoriamente o uso do véu, e toda qualquer outra interpretação é forçada, mal informada, resultante de uma erudição superficial ou mesmo desonesta. No entanto, «onde está o véu das mulheres!» De fato, é muito difícil encontrar essa prática em qualquer igreja evangélica moderna.”

CHAPÉUS NÃO SUBSITUEM O VÉU

Champlin discorda dos pequenos chapéus para substituir o véu: “Às vezes vemos pequenos chapéus ou panos de cabeça usados pelas mulheres crentes. Ora, isso não teria agradado e nem satisfeito ao apóstolo dos gentios. Ele recomendou e ordenou o uso do antigo véu oriental, que tinha o propósito de «cobrir» os cabelos, fazendo-os desaparecer da vista. Um chapeuzinho ou um pano de cabeça não é um véu.”

QUEM CRÊ NA BÍBLIA ESTÁ OBRIGADO A USR O VÉU

Champlin apresenta a questão do véu como uma ordenança para os que creem que toda a Bíblia deve ser obedecida: “É extremamente desonesto dizermos que Paulo não requeria de fato o uso do véu, pois é fato indubitável que ele fazia tal exigência. Se alguém crê que as Escrituras Sagradas inteiras, bem à parte da questão dos costumes e do pano de fundo histórico e das convenções sociais, devem ser cumpridas, então esse alguém está absolutamente obrigado a aceitar que às mulheres crentes é ordenado não somente que usem o véu quando «oram ou profetizam», mas também que usem os cabelos longos. Tal véu deve ser autêntico, e não apenas um simulacro. Esse véu deve cobrir realmente os cabelos. Os substitutos modernos jamais teriam sido aceitos pelo apóstolo dos gentios, visto que não podem cumprir o propósito pelo qual foi exigido o véu para as mulheres. O véu era uma parte importante dos costumes sociais antigos, não sendo observado somente no seio da primitiva igreja cristã, havendo outras razões para seu uso que não mais existem.”

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Muitos católicos sinceros se queixam do recuo da Igreja Católica na exigência do uso do véu durante o culto, agora quem fica constrangido é quem quer usar e acaba sendo observado com olhares de reprovação.

RECONHECENDO AS AUTORIDADES

11:3: Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo.

Champlin considera que o erro maior da igreja de Corinto era não entender o princípio divino de autoridades: “Se por um lado os crentes coríntios exageravam a autoridade de seus heróis, de acordo com os quais criavam divisões denominacionais, por outro lado não percebiam a desordem reinante na congregação de Corinto no tocante às mulheres, o que se devia à sua ignorância quanto à hierarquia de autoridades. Existe certa ordem decrescente de autoridade: cada ser tem o seu «cabeça». O cabeça, como diretor do corpo, representa a autoridade. Assim, de todas as famílias do céu e da terra, Deus é o cabeça. O Pai é o cabeça até mesmo de Cristo, e não somente na missão terrena deste, mas também dentro da própria Trindade o Pai é o cabeça e o Filho lhe é subordinado. 3. O Filho estabeleceu o exemplo. Seu Cabeça é o Pai, e é em obediência ao Pai que ele cumpriu e está cumprindo a sua missão (ver João 8:29). 4. Os filhos de Deus estão todos sujeitos a Cristo como o Cabeça, pois ele é o alvo de toda a sua existência, além de ser o poder que pode fazer deles seres participantes de sua própria natureza divina (ver Rom. 8:29). Portanto, o cabeça do homem é Cristo. O homem não é independente, mas dependente, porquanto

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nem ao menos é o senhor de seu próprio destino. A própria salvação consiste de crescermos em Cristo como o cabeça, em que contamos com ele como o cabeça de tudo. (Ver Efésios 1:10, 23). 5. A mulher não é espiritualmente inferior ao homem, mas está subordinada a ele nesta esfera terrena, especificamente a seu próprio marido. Não pode cumprir seu papel no seio da igreja, imitando as frenéticas sacerdotisas descabeladas e sem véu dos pagãos. Portanto, que ela faça certas coisas: que traga os cabelos longos, como lhe é natural (símbolo da autoridade de seu marido sobre ela), e que use um véu sobre a cabeça, em determinadas ocasiões, o que também lhe serve de símbolo de sua sujeição. Os pontos fortes e os pontos fracos da natureza feminina: Por igual modo, a mulher, embora da mesma natureza que o homem, e embora tendo o mesmo destino, está em posição de sujeição a ele. Até mesmo quando duas pessoas vão montadas em um cavalo, uma delas vai na frente e a outra atrás. Assim também o homem ocupa um primeiro lugar, tanto em sua casa como na casa de Deus. Naturalmente, isso tem dado margem a muitos abusos.”

RELAÇÃO DEUS-CRISTO E HOMEM-MULHER

Champlin faz uma comparação da relação entre Deus e Cristo e o homem e a mulher. Explanando o pensamento de Paulo, ele mostra que o homem não é superior em natureza a mulher, mas em hierarquia de comando, sendo o véu a simbologia desta relação espiritual: “O princípio da igualdade feminina com o homem não quer dizer que ela possa agir como bem entenda, tal como também não significa que o homem possa agir a seu talante. Há uma ordem divina a ser seguida. 2. Mas o princípio de igualdade entre os sexos significa que o homem também tem suas próprias responsabilidades. Não pode fazer da mulher uma escrava. O marido precisa reconhecer a elevada dignidade de sua esposa como uma pessoa, tratando-a com respeito e consideração. No lar, o marido deveria estabelecer uma democracia, ao máximo em que isso possa ser praticado, sem perder a sua liderança. Qual A Posição Do Filho Em Relação Ao Pai? 1. Este versículo era usado pelos arianos (e continua sendo usado por certos), na tentativa de demonstrar a inferioridade do Filho em relação ao Pai; pois, para esses, o versículo parece indicar um tempo em que o Filho foi criado, e que sua divindade é secundária, tendo-lhe sido «outorgada», ao invés de ser algo inerente à sua pessoa eterna. Outros versículos que parecem dar a entender a posição secundária do Filho, são I Cor. 3:23; Efé. 1:23; 4:15; 5:23 e Col.

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1:18. O que Paulo queria que entendêssemos é que aquilo que ele dizia aqui expressa um «princípio geral», com muitas implicações, incluindo a posição e a função das mulheres crentes no seio da igreja, o que havia sido violado pelos coríntios, cujas mulheres viviam exageradamente emancipadas. «Visto que a cabeça pertence à mesma essência que o corpo, e que Deus é o cabeça do Filho, então o Filho deve ser da mesma essência do Pai». (Crisóstomo). «A mulher é da mesma essência que o homem, não tendo sido criada por ele; assim também o Filho não foi criado pelo Pai, mas é da mesma essência que o Pai». (Teodoreto). Certas ideias dos hebreus, acerca da dependência e inferioridade naturais da mulher, em relação ao homem, se derivam da declaração original do trecho de Gên. 3:16.”

AO HOMEM É PROIBIDO COBRIR A CABEÇA

11:4: Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça.

Champlin mostra que a despeito do judaísmo moderno adotar uma cobertura para a cabeça dos homens, o cristianismo não admite uso de qualquer cobertura na cabeça do homem quando oram:

“Para aqueles que visitam um a sinagoga ortodoxa hoje em dia, ao adentrarem na sinagoga, colocam um pequeno gorro sobre a cabeça, embora nunca um véu, pelo menos quando se dedicam à oração. Não obstante, esse costume entre os judeus só teve início em cerca do século IV D.C. Originalmente, cobrir a cabeça era sinal de tristeza, e não somente de adoração reverente. (Ver Strack and Billerbeck, Kommentarzum N .T., III, págs. 423-426). Esta tradição penetrou nas Escrituras através de suas epístolas, e os crentes o tem aceitado como um mandamento de Deus, e com toda a razão. Naturalmente, no caso dos homens, na igreja coríntia nunca houve qualquer problema sobre esse particular. Nenhum homem andaria coberto de véu, pois as mulheres é que se cobrem de véu, e não os homens. Mas Paulo mencionou essa particularidade a fim de melhor equilibrar o seu argumento. Foi um preceito inteiramente tomado por empréstimo do judaísmo, devendo ser compreendido em seu fundo cultural e histórico. Naturalmente, Paulo pensava ser isso um mandamento «divino», porquanto era assim que ele estava acostumado a fazer. Não antecipou o apóstolo uma total modificação nos costumes sociais a respeito. Em caso

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contrário, é possível que tivesse escrito de maneira diferente. Está aqui em vista o ensinamento público em geral, e não apenas o exercício do dom da profecia. Esse dom envolvia mais do que o ensino oral na igreja. «...desonra...» Isso em face do fato que cobrir a cabeça era símbolo de sujeição a algum poder «visível». Espiritualmente falando, e de acordo com a ordem divina das coisas, o homem não está sujeito a qualquer poder dessa ordem. Portanto, cobrir a cabeça seria, para o homem, uma degradação, desonrando a «...sua própria cabeça...» Cristo não é diretamente aludido aqui, ainda que se um homem que pertence a Cristo, desonra a si mesmo, também desonra secundariamente a Cristo, visto que terá perturbado a ordem divina sobre essa questão. Alguns estudiosos opinam que se assim agisse, o homem poderia dar a entender que tinha outro cabeça, além de Cristo. Ora, isso seria um insulto contra o senhorio de Cristo. No entanto, entre os judeus de séculos posteriores, quando um homem entrava na sinagoga, recebia o «tallith», um xale de quatro pontas, para ser posto sobre a cabeça. Os romanos, antes mesmo do aparecimento do «tallith» judaico, já costumavam entrar em seus templos de cabeça coberta, incluindo tanto as mulheres como os homens. (Ver Virgílio, Eneida, iii.545, sobre esse fato). Os gregos, entretanto, tradicionalmente sempre oravam e adoravam de cabeça descoberta. E o sétimo versículo deste capítulo acrescenta certa razão para o homem orar de cabeça descoberta: o homem é a imagem de Deus à face da terra. E essa imagem não deve ser encapuçada.”

O DOGMA DO VÉU NA MULHER

11:5: Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada.

Champlin não perdoa aqueles que querem dar outro sentido ao texto paulino, chega a chamar de INTERPRETAÇÃO SUICIDA aquela que pregam contra o uso do véu: “Encontramos aqui as instruções paulinas sobre o véu das mulheres. Os versículos cinco, seis, nove, dez, doze, treze e quinze ensinam, mui dogmaticamente, que a mulher deve usar o véu quando ora ou profetiza. Que assim deve ser está de acordo com o princípio geral exarado no terceiro versículo deste capítulo, e que Paulo considerava estar sendo violado pelos crentes de Corinto. É ua interpretação suicida, portanto, fazer os versículos quinze e dezesseis

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contradizer o ensino geral desta passagem, supondo que os cabelos das mulheres (se forem longos, conforme o texto requer) lhes foram dados em lugar ou em substituição ao véu, tornando desnecessário o uso do véu, conforme alguns estudiosos têm interpretado o décimo quinto versículo. Igualmente incoerente e contrário ao texto inteiro é aquela interpretação que supõe que, no décimo sexto versículo, Paulo diz que se algum homem desejar levantar objeção acerca dessa questão, Paulo estava disposto a esquecer-se do assunto inteiro, permitindo que as mulheres fizessem como bem lhes entendessem. Não é isso que o décimo sexto versículo ensina. Interpretações Antigas E Modernas 1. O próprio texto é claríssimo. A mulher deve usar um véu e também trazer os cabelos longos. Nenhuma outra interpretação é possível.”

Em muitas denominações cristãs antigas as mulheres que pertencem as Ordens Religiosas usam véu em público.

IGREJA MODERNA X IGREJA PRIMITIVA

Champlin admite que a igreja moderna é mundana e prefere seguir os costumes do mundo (sociais) em vez de obedecer a ordem bíblica. Chega a dizer que os líderes atuais não têm nem mesmo a intenção de seguir a verdade da Palavra:

“A igreja cristã, por conseguinte, adaptando-se aos modernos costumes sociais, tem ignorado essas instruções de Paulo. Ou então, ao invés de ignorá-las, tem preferido distorcê-las, adaptando-as aos nossos costumes atuais. Mas isso é anacrônico e absurdo. Parece impossível, para certos homens religiosos, simplesmente admitirem que não estamos seguindo (e nem temos a intenção de seguir) certos

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mandamentos de Paulo, quando estes se derivam de costumes antigos e não são mais válidos em nossa sociedade. Pois pensam que, de alguma maneira, estão seguindo todas as instruções dadas por Paulo, e por isso distorcem trechos bíblicos como aqueles que proíbem, de modo absoluto, que as mulheres falem na igreja, ou que requerem que as mulheres tragam os cabelos longos e usem véus. Mas que Paulo realmente determinou essas três coisas é bem patente neste capítulo e no décimo quarto capítulo de I Coríntios. E que ele só pode ter querido que esses preceitos fossem observados é algo exigido pelo conhecimento que temos dos antigos costumes e atitudes dos hebreus. Além disso, a história da igreja primitiva mostra-nos que essas coisas eram praticadas estritamente nos primeiros séculos, exceto nos centros cosmopolitas e pagãos, como Corinto. É impossível tornar compatíveis os costumes da igreja do século XX, no que diz respeito às mulheres e ao que podem fazer na igreja, com os costumes do primeiro século da era cristã. A tentativa é absurda, e as interpretações dadas por aqueles que não seguem à risca esses preceitos são desonestas ou baseadas na falta de conhecimento próprio.”

PROVAS ARQUEOLÓGICAS A FAVOR DO VÉU

Ao longo deste livro mostro várias gravuras existentes nas catacumbas de Roma que revelam como as mulheres cristãs cobriam a cabeça com véu nos cultos; um capítulo inteiro aborda esta prova testemunhal, e finalmente neste capítulo sobre Champlin, o mesmo também cita o argumento das catacumbas para corroborar a universalidade do uso do véu na igreja primitiva:

“Não estamos praticando o que Paulo determinou. Que fazemos, então, para justificar-nos? Dizemos: «Os costumes se alteraram, e as exigências também». Essa é uma resposta honesta. Que cada qual refute ou justifique essa resposta. Aqueles que a refutarem, terão necessidade de pôr em prática o que o apóstolo determinou. Aqueles que a justificarem, terão de satisfazer a própria consciência, diante da determinação da Palavra de Deus. Nas catacumbas, nos desenhos que representam os cultos públicos dos cristãos primitivos, as mulheres são vistas a usar xales apertados em torno da cabeça, que ocultavam completamente os seus cabelos. O propósito do véu era o de ocultar os cabelos. Por conseguinte, os modernos substitutos,

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como os chapeuzinhos ou os lenços de cabeça dificilmente satisfazem as exigências do texto que ora comentamos.”

8 RAZÕES PARA USAR O VÉU

Champlin ao analisar o texto áureo sobre o véu detecta oito argumentos dado por Paulo para que as mulheres usem o véu quando oram e profetizam. São quase todas razões de cunho transcendental e transcultural, e que portanto, devem ser mantido pela igreja em todos os tempos e lugares:

“Quais são as razões específicas para o uso do véu? Abaixo enumeramos as razões bíblicas: 1. A fim de manter a ordem divina sobre as posições que homens e mulheres devem ocupar. A mulher usa o véu a fim de mostrar que está subordinada ao homem. (Ver o terceiro versículo). 2. Não usar o véu é desonrar essa ordem de coisas, bem como à própria mulher, que é assim reduzida à posição de uma prostituta; e isso desonra a sua própria «cabeça», a sua própria pessoa, além de desonrar, em segundo lugar, o homem que é sua cabeça. (Ver o quinto versículo). 3. Paulo diz que se a mulher não se cobre com véu, então que também rape os cabelos, a exemplo dos homens. Duas palavras diferentes são usadas pelo apóstolo Paulo para indicar o corte dos cabelos, neste texto. Uma delas indica «rapar com navalha» (nos versículos quinto e sexto), e a outra indica «cortar com tesoura» (no sexto versículo). Esse corte dos cabelos era o sinal social da escravatura, ou talvez de uma mulher de luto. Paulo assim diz que a «emancipação» que algum as mulheres buscavam, querendo desfazer-se do véu ou querendo cortar os cabelos (o que também era um dos costumes das prostitutas), na realidade era uma degradação, levando as mulheres a regredirem em sua dignidade, não uma emancipação. 4. A mulher é a glória do homem, porquanto «vem dele» e é «para ele» (ver os versículos sétimo a nono), pelo que também não pode ser emancipada a ponto de ser igual a ele. O véu serve de símbolo dessa posição subordinada, pelo que também deve ser usado pelas mulheres crentes. (Ver os mesmos versículos). 5. Os anjos observam os cultos de adoração dos crentes, sendo eles os guardiães da ordem divina. Assim, por causa deles, a mulher deveria mostrar o devido respeito por eles, usando o véu. (Ver o décimo versículo). 6. É «decente» ou apropriado para as mulheres usarem o véu, segundo igualmente ditavam os costumes sociais da época. (Ver o décimo terceiro versículo). 7. A própria natureza confirma quão próprio é as mulheres usarem véu, tendo dado às mulheres cabelos longos; e isso não em lugar do

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véu, e, sim, como uma coberta ou mantilha natural, - que é, ao mesmo tempo, uma espécie de véu natural e primário. O véu de pano secundário corresponde ao véu primário dos cabelos, o que serve para mostrar-nos que a própria natureza ensina às mulheres que elas devem colocar o véu. Sim, a própria natureza pôs certo véu sobre a mulher. A igreja cristã deveria aprender essa lição, requerendo que as suas mulheres usem o véu de pano. A vontade das mulheres crentes deveria concordar com a vontade expressa pela própria natureza. 8 . No entanto, se os crentes de Corinto quisessem mostrar-se contenciosos, que soubessem que a igreja em geral não tem nenhum outro costume além desse, isto é, não adotaria qualquer inovação, derivada de Corinto. Não seguiriam os crentes em geral tais costumes locais de Corinto, como se os mesmos fizessem parte integrante da «liberdade cristã» (ver o décimo sexto versículo).”

EMANCIPAÇÃO FEMINISTA REPELIDA POR PAULO

A igreja de Corinto estava inserida em um ambiente mais liberal e relação as demais culturas do Oriente Médio e mesmo da Europa, por isso a influência do movimento feminista era mais evidente nesta cidade, o que acabou se introduzindo dentro da igreja local. Mas Paulo, visando manter os bons costumes, tratou de mandar uma carta a igreja de Corinto com várias repreensões sobre os hábitos mundanos que estavam sendo inseridos dentro da igreja. Os cristãos se Corinto estava se levando pela cultura anticristã com os modismos e a luta pela emancipação feminina:

“«...desonra a sua própria cabeça...» A cabeça da mulher está aqui em foco, e não o seu cabeça, que é seu marido, embora este último também esteja secundariamente em foco. A mulher crente tão-somente se degrada quando não observa a ordem divina de coisas, ao repelir autoridades devidamente constituídas por Deus, ao procurar uma emancipação que não lhe cabe, ao desconsiderar o que é apropriado para a igreja. Outrossim, a «desonra» praticada contra o sexo dominante, mediante a sua rebeldia, recai sobre a mulher. É bem provável que esse opróbrio inclua o fato de que as mulheres tradicionalmente são mais atrativas ao sexo oposto se tiverem os cabelos longos. Isso atrai a atenção dos homens. Uma mulher sem véu, em lugares públicos, por conseguinte, era considerado um motivo de atração sexual; e isso envolvia a mulher em uma conduta imprópria, no que

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concerne ao respeito que a mulher deve a seu marido. «...é como se a tivesse rapada...» A mulher que não usasse véu nos cultos públicos da igreja primitiva agia como se tivesse rapado a cabeça, porquanto tinha removido um véu necessário, tal como os cabelos longos são uma mantilha necessária para ela. Remover um equivale a remover o outro. Ora, a cabeça rapada era algo repugnante para os judeus, porque as adúlteras sempre tinham a cabeça rapada, como castigo e sinal de seu crime. (Ver Núm. 5:18). As mulheres escravizadas também tinham seus cabelos rapados; e as mulheres em luto às vezes faziam outro tanto; mas isso não era normal para as mulheres que estavam em seu estado natural e livre. Isaías utilizou a figura do corte dos cabelos para dar a entender a destruição do povo inteiro de Israel por meio de uma divina retribuição. (Ver Isa. 7:20). Entre os povos germânicos antigos, de acordo com o historiador romano Tácito (ver Germ. 19), as mulheres adúlteras eram expulsas da casa de seus maridos com a cabeça rapada. E o código de Justiniano também prescrevia tal punição para as mulheres adúlteras. Alguns cultos gregos ofereciam à mulher um alto grau de emancipação, nos quais as mulheres não usavam véu algum, porque, quanto a esse respeito, as mulheres eram iguais aos homens. É possível que, em algumas congregações cristãs locais esses cultos pagãos fossem especificamente imitados, em que mulheres crentes julgavam ser um sinal de emancipação, de seu direito como cristãs, não usarem véu algum. Porém, mesmo que nessa hipótese haja algum elemento de verdade, o que sucede até mesmo na igreja e nos costumes sociais de nossa própria época, como uma conduta decente para as mulheres, era avançado por demais para os dias de Paulo, em um contexto grego ou judaico. As mulheres gregas raramente apareciam em público, mas viviam em reclusão essencial. As mulheres solteiras não abandonavam as suas habitações exceto em ocasiões especiais, como nos festivais e nos cortejos. E até mesmo depois de contraírem matrimônio era-lhes permitido bem pouca liberdade para se misturarem com outras pessoas. Suas companhias constantes eram os escravos e as crianças. Certos lugares eram vedados à sua visita. A cobertura de cabeça, entre os gregos, consistia de redes ou de lenços, que usualmente cobriam a cabeça toda, ou então de um xale que geralmente envolvia tanto o corpo como a cabeça. Com base em tais costumes é que vemos por que Paulo insistia sobre o uso do véu, e por qual razão somente essa interpretação—que diz que as mulheres do cristianismo primitivo usavam realmente o véu sobre os cabelos longos—é que satisfaz as exigências do texto.”

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FUDAMENTALISTA BÍBLICO USA O VÉU

Champlin não vê outra alternativa para os crentes que aceitam a Bíblia como regra de fé, o uso do véu é obrigatório:

“O problema no contexto contemporâneo: Porventura essa prática não deveria ser seguida hoje em dia? É óbvio que essa prática não é seguida entre nós, hoje em dia, na grande maioria das denominações evangélicas, e isso nem nos cultos e nem em público. Contudo, se realmente o véu não precisa mais ser usado pelas mulheres crentes, não pode ser em razão de qualquer «interpretação» deste texto. Se sentimos que a totalidade das Escrituras, a despeito das modificações sociais, devem ser seguidas à risca, então o uso do véu é algo absolutamente obrigatório, pelo menos nos cultos.”

VÉU NATURAL E VÉU SIMBÓLICO

Champlin mostra que os dois véus eram necessários, o véu natural (cabelo) e o véu simbólico (mantilha):

11:6: Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porém, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu.

“A mulher decorosa dos tempos antigos usava duas modalidades de véu. O primeiro, que era natural, consistia de seus cabelos longos, de sua beleza e glória. (Ver o décimo quinto versículo). Esse véu, que a versão portuguesa que serve de base textual deste comentário distingue do outro, mediante o uso da palavra «mantilha» (no grego, «peribolaios») (ver o décimo quinto versículo), foi dado à mulher pela própria natureza. Para complementar esse véu natural, cumpre à mulher crente usar outro véu. Ambas as coisas, juntamente, eram símbolo de sua posição na sociedade, de sua sujeição ao homem, de sua posição na hierarquia divina de poderes e posições. «...tosquiar-se ou rapar-se... Está aqui em foco aparar rente os cabelos com um a tesoura, ou então rapar inteiramente os cabelos com uma navalha. Porém, tanto uma como outra coisa eram reputadas como uma desgraça, pelas várias razões expostas nas notas referentes aos versículos quinto e décimo quinto. «Se uma mulher se recusar usar o véu, que ela, coerentemente, se faça masculina, cortando bem baixo os seus cabelos;”

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Louis Francescon, fundador da Congregação Cristã no Brasil, em cem anos de atuação no Brasil, instalou-se 20 mil igrejas (casas de oração), maior denominação que usa véu no Brasil.

VÉU SÍMBOLO DE SUBMISSÃO

Champlin segue desenvolvendo o texto do apóstolo Paulo, esmiuçado cada palavra para o melhor entendimento:

“11:7: Pois o homem, na verdade, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e gloria de Deus; mas a mulher é a glória do homem. O homem, ao cobrir a cabeça, elimina simbolicamente a sua elevada posição como imagem e glória de Deus. (Quanto ao «homem como imagem de Deus», segundo o pensamento dos hebreus, ver Gên. 1:27; quanto à doutrina cristã paralela a isso, isto é, o homem «transformado segundo a imagem de Cristo», o que lhe permite participar da natureza divina, ver Rom. 8:29 e II Ped. 1:4). Visto que o homem possui a glória e a imagem de Deus, ele é o seu vice-regente à face da terra; é o verdadeiro rei da terra. A mulher, por

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outro lado, que fica no lar, a cuidar das questões domésticas e a criar os filhos, é, por assim dizer, a representante do homem, da glória do homem, se ela é realmente uma mulher piedosa e boa. À mulher é dado o direito e a autoridade para criar corretamente os filhos, no lar, tal como ao homem foi dada por Deus, sobre a terra, autoridade e poder. E isso concorda com os primeiros capítulos do livro de Gênesis, bem como com a interpretação rabínica comum a respeito dos mesmos. Ora, não tendo poder «visível» ao qual deva estar sujeito, o homem não precisa usar qualquer «sinal» de sujeição, como é o caso da mulher, que deve usar o véu. E esta deve assim fazer para mostrar sua sujeição a um poder «visível», o homem, e, mais particularmente ainda, o seu próprio marido.”

Com véu, mas já com ares mundano.

PENSAMENTO MODERNO X TEXTO BÍBLICO

Champlin não concorda com o uso do véu por considera-lo obsoleto e ultrapassado, mas reconhece que o texto bíblico exige o uso do véu. Há um problema irreconciliável: A moralidade cristã X costumes sociais. Quem prefere seguir os costumes sociais acredita que a Bíblia está obsoleta, quem prefere seguir a moralidade cristã seguirá usando o véu. Devo a Champlin a iluminação do meu entendimento sobre o uso do véu. Ele foi sincero querendo nos dizer que: “Eu acho um mandamento obsoleto, mas que a Bíblia manda as mulheres usar o véu, manda.” Vamos a mais esta pérola:

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“O caso daquelas crentes que haviam exagerado em sua emancipação feminina, e que é exatamente a atitude aqui condenada pelo apóstolo. Por conseguinte, se não estamos obedecendo a esse mandamento, devemos estar alicerçados no argumento de que os costumes sociais, tendo sido radicalmente alterados, têm tornado «obsoletas» e «ultrapassadas» essas práticas. Esta passagem ilustra o perene problema da relação que há entre os costumes sociais e a moralidade cristã. Paulo escreveu aqui do ponto de vista de um rabino, como representante da antiga cultura judaica. Porventura tais costumes continuariam sendo obrigatórios para nós, hoje em dia, quando as coisas são tão radicalmente diferentes, em aspectos como o vestuário, e sobretudo no que tange à nossa ideia acerca da posição da mulher? Este comentador acredita que visto que os costumes sociais mudaram, as exigências deste texto também mudaram. A ordem divina dos poderes, de hierarquias, de quem deve estar sujeito a quem (ver o terceiro versículo), pode ser mantida sem os sinais antigos e externos, como, por exemplo, o véu. Paulo apela para a natureza, em defesa do uso dos «cabelos longos» pelas mulheres. Este autor concorda com esse apelo. Seria apropriado, pois, na opinião deste autor, se o véu fosse completamente esquecido como reminiscência do passado, mas grandemente desejável que o uso de cabelos longos entre as mulheres permanecesse. Ao assim dizermos, porém, temos de admitir que não é isso que o texto sagrado nos ensina, embora isso talvez preserve o «âmago»» da questão. Não obstante, posso perceber como esse apelo à natureza, em prol do uso de cabelos longos pelas mulheres, poderia permanecer firme. Que cada crente satisfaça a sua própria consciência sobre a questão, persuadindo sua esposa e sua igreja de acordo com a mesma.”

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Glorioso batismo na África acompanhado por cristãs com véu.

SUBORDINAÇÃO TERRENA DA MULHER

Champlin explica que Paulo ao mandar as mulheres usar o véu somente esta dizendo que no plano terrestre a mulher está em posição inferior, na eternidade não haverá distinção entre homens e mulheres:

“A subordinação da mulher não se aplica ao estado eterno. No que tange à questão do homem ser a imagem de Deus, e da mulher ser a glória do homem, Paulo não fazia qualquer alusão à salvação eterna, e nem ao estado final das coisas, e, sim, à ordem terrena das coisas. O N.T. não faz qualquer distinção entre o destino eterno dos homens e das mulheres. Ambos podem ser transformados segundo a imagem de Cristo, vindo assim a participar da natureza divina. (Ver Gál. 3:28). Na pessoa de Jesus Cristo, devido àquilo que ele faz em favor do homem na redenção, não há qualquer diferença entre homem e mulher, entre escravo e livre, entre judeu e gentio. Todas essas distinções terrenas, em Cristo Jesus, são completamente eliminadas. Antes, todos os crentes, homens e mulheres, são filhos de Deus (ver Gál. 3:26), dotados de glória e estatura potencialmente igual. O fato de alguém ser uma mulher não será obstáculo algum no estado eterno, e nem serve agora de empecilho ao seu progresso espiritual. E qualquer subordinação a que a mulher seja posta neste mundo, não será transferida para os lugares celestiais, o lar final da igreja. Para Paulo, entretanto, dentro desta esfera terrena, a mulher era a cópia mais fraca da glória de Deus, o que era uma noção judaica perfeitamente comum. Seja como for, não nos devemos esquecer que Paulo aqui expunha a posição da mulher em relação ao homem, e não em relação a Deus. Como um fato indiscutível, nas páginas do N.T., tanto homens como mulheres, isto é, a humanidade inteira, aparecem como a glória de Deus, por ter sido criado o ser humano segundo a imagem moral de Deus; e, através de Cristo, pode obter até mesmo a glória da natureza divina e a verdadeira imortalidade, isto é, a vida necessária e independente, o mesmo «tipo» de vida que Deus tem, e não meramente uma existência sem fim. (Ver os trechos de João 5:25,26 e 6:57, quanto à exposição desses conceitos). Compartilhar da natureza de Deus, participar da imagem de Cristo, é receber a glória e a majestade de seu ser, bem como a sua herança espiritual. (Ver Rom. 8:17). A essas modalidades de doutrina é que Paulo fazia aqui alusão. A mulher reflete a glória de Deus, embora indiretamente, porquanto reflete mais diretamente a glória do

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homem. Mas isso não deve ser compreendido em sentido absoluto, como se a mulher não pudesse aproximar-se de Deus diretamente. De fato, tem-se dado automaticamente à mulher uma posição subordinada ao homem com base na ideia judaica sobre a posição inferior da mulher, devido à observação que, quando da criação, a mulher foi formada da costela de Adão, isto é, «da parte do homem» e também «para o homem». Porém, Paulo não fala aqui essencialmente acerca da glória eterna, ainda que isso fique implícito no fato que o homem é a glória de Deus; mas o apóstolo se referia às questões terrenas, à questão da hierarquia de poderes e posição.”

Quando o véu começou a desaparecer das igrejas...

PRIORIDADE DO HOMEM

Explicando o versículo oito Champlin fala como Paulo baseia sua tese da prioridade do homem no fato do Deus ter criado Adão primeiro do que Eva:

11:8: Porque o homem não proveio da mulher, mas a mulher do homem;

“Paulo alude aqui à narrativa da criação, em que foi retirada uma costela do homem a fim de formar a mulher. (Ver Gên. 2:22). E daí Paulo extraiu a inferência da prioridade do homem. A passagem de I Tim. 2:13 declara: «Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva». E essa declaração também subentende a posição secundária da mulher em relação ao homem. Por essa razão também é que há instruções neotestamentarias no

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sentido da mulher aprender em silêncio, com toda a sujeição, para jamais usurpar a autoridade do homem e nem exercer domínio sobre ele, mas antes, conservar-se em silêncio. (Ver I Tim. 2:11-13). Outrossim, foi a mulher, e não o homem, que foi enganada pelo diabo; e isso significa que ela é menos digna de confiança que o homem, como pessoa a ser investida de autoridade. (Ver I Tim. 2:14). Além disso, a narrativa do livro de Gênesis deixa claro que a mulher foi criada para benefício do homem, e não o contrário; e daí é extraído um argumento em favor da superioridade do homem (no nono versículo deste capítulo). Esses diversos fatores e argumentos ilustram a ordem hierárquica de poderes e autoridades, bem como a propriedade da sujeição da mulher ao homem, e, por conseguinte, quão apropriado é que a mulher use véu ao orar.”

Véu fashion da moda islâmica. Nem todo véu é símbolo de modéstia.

SUBORDINAÇÃO DA MULHER DESDE A ORIGEM

Champlin cita os eruditos que não acreditam na Bíblia como palavra de Deus, e são estes indivíduos que não aceitam a subordinação da mulher com as bases teológicas defendidas por Paulo, e o raciocínio de Paulo é que a mulher tem origem na costela do homem. Quem acha esta história mito, também acha que a mulher não precisa usar o véu. Champlim

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acha que Paulo citou a história de Adão e Eva como realidade histórica e por isso fundamenta a tese da subordinação simbólica do véu. Quem aceita a história de Adão e Eva, também deve aceitar o véu como ordenança:

11:9: nem foi o homem criado por causa da mulher, mas sim, a mulher por causa do homem.

“Nos versículos oitavo e nono deste capítulo Paulo confirma e ilustra sua afirmativa que a mulher é a «glória» do homem. Ela foi criada do homem e «para o homem». Essa narrativa é totalmente inaceitável como literal, na opinião de muitos eruditos bíblicos, os quais interpretam tais ideias como tentativas alegóricas para descrever o que poderia ter sido a natureza da criação. Para alguns, a ideia do emprego de uma costela, a fim de ser formada a mulher, não passa de um claro mito primitivo, e bastante cru quanto à sua forma. Portanto, se a inferioridade da mulher tiver de ser estabelecida, precisa isso ser feito com outras bases. Embora Paulo tenha usado simbolicamente o A.T. por muitas vezes, conforme o mostra o trecho de I Cor. 10:1, parece ter-se referido a esta narrativa do A.T. como uma realidade histórica. O apóstolo se reporta aqui ao trecho de Gên. 2:18, onde o homem é apresentado como ser que já existia, tendo sido criada subsequentemente a mulher a fim de ser-lhe ajudadora idônea. Por conseguinte, o homem foi a «razão» pela qual a mulher foi criada; e desse modo Paulo mostra a glória do homem, que é a «mulher», em que esta ocupa uma posição que lhe é subordinada, por ser o homem a «glória de Deus». A subordinação da mulher se alicerça em sua origem, porquanto ela veio à existência como ser subordinado ao homem, para suplementar o homem, que já existia. No dizer de John Gill (in loc.), a mulher foi criada «...para lhe servir de ajudadora, porquanto o homem já fora criado; para servir-lhe de companheira e associada, tanto na sua adoração religiosa como na sua vida civil; e para a procriação e educação dos filhos». (John Gill, in loc.).”

VÉU E A RELAÇÃO DA TERRA COM O CÉU

11:10: Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um sinal de submissão, por causa dos anjos.

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Com base nos argumentos anteriores, Paulo agora estabelece ainda mais firmemente a sua afirmativa de que a mulher crente deve usar o véu (naturalmente, quando ora ou profetiza, segundo se lê no versículo quatro deste capítulo). A mulher é subordinada ao homem desde a criação, tendo sido feita «do» homem e «para» o homem. Não usar uma mulher o véu era sinal de desrespeito ao homem, na tentativa de ser igual a ele quanto às vestes e aos costumes. Neste ponto Paulo acrescenta outra razão para a necessidade do uso do véu pelas mulheres. Essa razão é a que diz: «...por causa dos anjos...» Visto que Paulo não nos deixou qualquer explanação sobre essa frase, naturalmente ela tem atraído diversas interpretações, a saber:

Igrejas que obedecem a questão do véu, são repetidamente atacadas pelas demais igrejas evangélicas como seitas. Quem está mesmo na heresia?

INTERPOLAÇÃO

1. A primeira interpretação, e que deve ser rejeitada, é aquela que assevera que este versículo é uma glosa ou interpolação, feita por escribas posteriores, como se não fosse de autoria paulina. Não existe um único manuscrito que dê mostras de evidências em favor dessa ideia; antes, todas as tradições textuais o preservam. E um interpolador bem provavelmente teria o cuidado de deixar bem claro o que queria dizer. Paulo, entretanto,

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parece ter suposto que os seus leitores estavam familiarizados com a ideia aqui injetada, por mais escura que ela nos possa parecer.

LÍDERES CRISTÃOS

2. Alguns supõem que o termo «.. .anjo...» (que significa «mensageiro», no original grego), é novamente aqui usado para indicar os «ministros da Palavra», os pastores (Ambrósio), os presbíteros (Efraem) ou o clero em geral (Primásio). Provavelmente não era isso que Paulo queria dar a entender aqui; e poucos eruditos modernos vêm qualquer razão nessa interpretação.

DEMÔNIOS

3. Alguns estudiosos antigos, como Tertuliano (De virg. vol. vii, xvii) acreditavam que estão em foco os «anjos maus», e que os mesmos, observando mulheres sem véu, poderiam ser tentados a algum ataque de natureza sexual. Em apoio a essa noção, ver Gên. 6:1,2; Testamento dos Doze Patriarcas (Ruben v.6), Livro dos Jubileus (iv. 15,22) e Teodoto (frag. 44). É noção antiga que os seres angelicais malignos possuem funções sexuais, podendo ter relações sexuais com as mulheres. E ainda se pensava que assim foram produzidos os gigantes ou outros seres estranhos entre o gênero humano. Ainda que esse fosse o sentido de Gên. 6:1,2, e esse é um aspecto intensamente disputado nessa passagem, tal ideia parece absurda, tendo sido rejeitada por todos os intérpretes sãos. Outrossim, poder-se-ia perguntar: «A única ocasião em que tais seres podem ser tentados a assaltar sexualmente as mulheres é quando elas não estão de véu na igreja?» E também: «Tal tentação pode ser afastada somente porque as mulheres usam um véu?» Essas indagações parecem fatais para essa teoria, por mais bem confirmada que ela apareça na literatura antiga, que testifica a existência de tal noção.

MENSAGEIROS MATRIMONIAIS

4. Alguns poucos eruditos pensam que os «anjos», neste caso, se referem aos «deputados» ou mensageiros, nomeados para procurarem esposas apropriadas para aqueles por quem eram contratados. Isso envolvia um costume judaico, sendo usado o vocábulo «anjo» para indicar tais pessoas; mas é altamente improvável que Paulo tenha feito um a alusão a tais homens, mesmo que em seus dias esse costume ainda fosse prevalente, e

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mesmo que tais homens costumassem frequentar as reuniões dos cristãos primitivos, a procurarem esposas dignas para outros. (Quanto a esse costume do judaísmo ver Mishnah Kidduchin, cap. 2, secção 1).

SANTOS ANJOS

5. A interpretação que tem recebido o mais decidido apoio, e que quase certamente é a correta, é aquela que diz que os anjos aqui referidos são os «anjos santos». Esses anjos se fariam presentes quando das reuniões de adoração dos crentes, observando o que ali sucede, aprendendo acerca do próprio Cristo, e, ao mesmo tempo, agindo como guardiães da igreja. Seria uma ofensa, por conseguinte, que certas mulheres emancipadas, não mais usassem seus véus. Isso seria contrário ao decoro que convém à igreja cristã. E a afronta não seria apenas contra os homens que observassem tão chocante ousadia da parte dessas mulheres, mas também contra os anjos que viessem observar a reunião. A ideia de que os anjos mantêm tais contatos com os homens, mormente nas suas reuniões de adoração, é uma tradição judaica bem firmada, que foi transferida para o cristianismo. (Ver Sal. 138:1; I Cor. 4:9. E a passagem de Heb. 1:14, quando diz que os anjos são «espíritos ministradores», bem pode emprestar maior força a essa ideia). «Em I Cor 4:9 ele ‘Paulo’ alude aos ‘anjos’ como espectadores interessados na conduta dos servos de Cristo; e em I Cor. 6:3 ele se refere a certos anjos que serão julgados pelos santos... de muitas e variegadas maneiras esses exaltados seres são associados ao reino terreno de Deus (ver Luc. 2:13; 12:8; 15:10; Atos i:10; Heb. 1:14; 12:22 e ss., bem como muitíssimas passagens do livro de Apocalipse). De conformidade com as crenças judaicas, os anjos aparecem como agentes da outorga da lei, em Gál. 3:19 (Atos 7:53); e em Heb. 1:7 os anjos são identificados com as forças da natureza. A mesma linha de pensamento vincula os anjos, no presente versículo, com a manutenção das leis e limites impostos quando da criação (comparar com Jó 38:7), e Paulo expressa a reverência devida aos tais conforme o seu próprio estilo, nesta alusão». (Findlay, in loc.). «A casa de oração é uma corte adornada com a presença de poderes celestiais; ali estamos nós, cantando e entoando hinos a Deus, contando com os anjos entre nós, como nossos associados; O apóstolo requereu tão grande cuidado, com relação à decência, por causa da presença dos anjos». (Hooker, in loc.). «...por causa...» Mui provavelmente essas palavras significam «para agradá-los», para não ofendê-los com uma conduta indecorosa. Alguns estudiosos

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interpretam essa expressão como se ela quisesse dizer «porque os anjos assim fazem», ou seja, na presença do Senhor, cobrem os seus rostos (ver Isa. 6:2). E assim também as mulheres, ao adorarem na presença de sua autoridade visível (o homem), devem cobrir a cabeça. Mas essa interpretação, a despeito de ser interessante, é menos provável do que a interpretação anterior.

Vários tipos de coberturas: véus, capuz, lenços, chapéus. Havendo modéstia, acho que estão cumprindo o mandamento.

VÉU - SÍMBOLO DE AUTORIDADE E SUBMISSÃO

Champlin segue interpretando o versículo 10, e ele nos comenta como o vocábulo grego empregado por Paulo fala do véu como um símbolo de autoridade do homem sobre a mulher e ao mesmo tempo como um símbolo de submissão da mulher em referência ao homem:

“«...trazer véu na cabeça...» Essas palavras não são uma tradução, mas antes, uma interpretação. O original grego diz, literalmente, «...essa é a razão por que uma mulher deve ter poder (ou autoridade) sobre a sua cabeça...» O vocábulo grego «eksousia» obviamente se refere ao véu; mas alguns eruditos sentem dificuldade em compreender como o véu poderia ser chamado «poder», quando o resto inteiro da passagem se refere ao véu como símbolo da ideia oposta, isto é, da «sujeição». Mas o véu se torna símbolo da «autoridade» que o marido exerce sobre a sua mulher, como também é símbolo de sua própria sujeição a ele. E esse duplo simbolismo

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não é difícil de ser compreendido. Sir William Ramsay apela para a prática moderna a fim de ilustrar este texto. Diz ele: «Nos países orientais, o véu representa o poder, a honra e a dignidade da mulher. Com o véu na cabeça ela pode ir em qualquer lugar, com toda a segurança e sob profundo respeito. Ela não é notada; pois é sinal de maneiras as mais inconvenientes observar uma mulher velada nas ruas. Ela está sozinha. O resto do povo ao seu derredor como que não existe para ela, e nem ela para eles. Ela é suprema na multidão... Mas, sem o véu, a mulher é como nada, que pode ser insultada por qualquer um ... A autoridade e a dignidade de uma mulher desaparece quando ela se desfaz do véu que tudo lhe cobre. Esse é o ponto de vista oriental, que Paulo aprendeu em Tarso». (The Cities of St. Paulo, págs. 202 e ss.). A isso se pode acrescentar os comentários desse mesmo autor, no prefácio desse seu livro: «Quando da cerimônia do casamento, entre os hebreus, segundo a mesma é observada na Palestina moderna, conforme fui informado, o marido arranca o véu da noiva e o põe sobre os seus próprios ombros, como sinal de que ele assumiu autoridade sobre ela». O véu usado pela mulher casada simboliza o fato que ela tem um guardião e compartilha do poder de seu marido, o qual é seu guardião. Portanto, ao usar o véu, a mulher é exaltada, porque isso é sinal de decoro apropriado da parte dela, aludindo à proteção de que ela desfruta da parte de seu marido, ou por parte do homem, que presumivelmente aparece como protetor da dignidade feminina, quando a mulher ocupa o lugar que lhe convém. Variante Textual: Em lugar da palavra supostamente difícil, «autoridade», a palavra grega «kalumma» («véu», «coberta») aparece na Vulg (5) e na citação feita por Valentiniani apud Ir, bem como nos escritos dos pais da igreja Hier e Aug. Mas isso é obviamente uma substituição para um texto mais fácil, conforme era comum os escribas fazerem. Trata-se de uma correta interpretação, embora não represente o texto original deste versículo. «A própria subordinação de um sexo a outro subentende uma mútua conexão entre eles, e não o isolamento de cada sexo... A mulher não é independente do homem, e sim, dependente dele, ‘no Senhor’, isto é, na economia cristã». (Shore, in loc.). Há uma maneira admirável em que a natureza gentil, compassiva e até certo ponto infantil da mulher suplementa a natureza agressiva, voluntariosa e às vezes dura do homem. O homem necessita dessa suplementação, e a mulher necessita da maior força de vontade e da determinação que é uma propriedade mais característica masculina. Uma mulher agressiva é chamada «masculina». Um homem excessivamente flexível é chamado de «feminino». Ambas são boas qualidades, mas devem ser apropriadamente

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restringidas a quem de direito. (Quanto a uma discussão sobre a teoria das «almas gêmeas», que salienta ainda mais essa interdependência entre homem e mulher. Essa expressão significa «na economia cristã», «na esfera onde a vontade de Deus é cumprida», «na esfera da comunhão mística com Cristo e em Cristo», e certamente aqui significa «quando ambos são discípulos de Cristo, ensinados por ele».”

INTERDEPENDÊNCIA

11.12: pois, assim como a mulher veio do homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus.

Champlin interpretando o versículo 12 mostra que o machismo defendido por Paulo não pulveriza a mulher, colocando-a em uma posição de imprestável. Ao contrário, o machismo bíblico enaltece a mulher dizendo que ela é a “fábrica de homens”. Sem a existência da mulher a humanidade é exterminada em uma geração! De maneira que, como cristãos devemos combater piadas de mau gosto contra as mulheres, ou ideologias que defendem a violência contra a mulher. O machismo bíblico obriga os homens a serem os protetores das mulheres. Quando uma mulher usa o véu, todos os homens em volta dela estão obrigados em protege-las e reverenciá-la de tal modo que não devem se quer olhar maliciosamente para a mesma. Admiro Champlin por sua interpretação autêntica das Escrituras, sem torcer o sentido do texto, mas repudio sua crítica textual que se acha capaz de dizer que Paulo não estava correto em sua forma de pensar sobre a submissão feminina:

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“A interdependência tão variegada, entre homem e mulher, se baseia no fato que, na criação original, a mulher procedeu do homem (argumento que aparece no oitavo versículo deste capítulo), mas então o homem (mediante o nascimento físico) provém da mulher, ou seja, lhe deve a vida. Esse fato básico subentende várias formas de interdependência, não meramente no terreno físico, conforme se vê nas notas sobre o versículo anterior. Por conseguinte, há certa glória e dignidade na maternidade, porquanto permite que o plano de Deus relativo à humanidade entre em operação; e da vida física aparece a vida espiritual, conforme vemos na transição de João 1:3,4, onde a vida física é declarada como algo que procede de Cristo, porquanto a vida (espiritual e física) está «nele», e essa vida (em seu aspecto espiritual) é a «luz dos homens, o que indica a obtenção da «glória» na vida espiritual. Ora, a mulher desempenha o seu papel nesse plano por servir de veículo da vida física, o que não é algum a coisa sem importância na economia divina, além de ser algo de que o homem depende para sua devida expressão nesta esfera terrena, para que, nesse dom da vida física, ele possa aprender a progredir na direção de Deus, espiritualmente falando. «...e tudo vem de Deus...» O homem e a mulher dependem um do outro; mas, ao mesmo tempo, dependem de Deus em sua vida —tanto a física como a espiritual— como também em todo o bem -estar, neste mundo e no outro. A mulher, portanto, depende primariamente de Deus, e somente em segundo lugar do homem; e outro tanto se pode dizer com relação ao homem. Deus criou o universo físico a fim de incluir os corpos físicos, que servem de veículos do progresso espiritual para o homem, que havia caído no pecado. Assim sendo, a vida, em suas variegadas formas, existe pela bondade de Deus; e essa sua bondade suprema leva-o a ser a autoridade legítima sobre todos os seres, além de ser aquele a quem pertencem, afinal de contas, toda a bênção e toda a glória. Existem fontes secundárias da vida física, o homem e a mulher, mas Deus é quem é a fonte final de toda a vida, e, portanto, é a sua autoridade suprema. A ordem de decoro, a autoridade relativa do homem e da mulher, também procedem de Deus, e quase certamente faz parte do que Paulo queria dar a entender. Dessa maneira, um homem não pode desprezar a mulher, e nem menosprezar a posição dela; pois Deus é quem fez da mulher o que ela é, incluindo sua posição na ordem natural das coisas; mas essa posição, quando é corretamente compreendida, é exaltada. (Outros trechos bíblicos que indicam que o homem, a mulher e toda a posição relativa deles dependem de Deus quanto à sua origem, são: I Cor. 15:27 e Efé. 5:23. Ver

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também Rom. 11:36 e II Cor. 5:18. Para Deus, o homem e a mulher merecem respeito. Quanto a notas expositivas sobre a «vida necessária e independente de Deus», que é oferecida à humanidade por intermédio de Jesus Cristo, ver João 5:25, 26 e 6:57). Sim, todas as coisas pertencem a Deus. Paulo reconhece haver no ser humano certa razão e intuição, por Deus haver conferido aos homens essa faculdade. (Ver Rom. 1:19 e ss.; 3:8). O trecho de João 16:7-11 mostra-nos que a presença do Espírito Santo no mundo garante que os homens poderão reconhecer certas realidades espirituais importantes. O Espírito de Deus é testemunha dessas realidades, e influencia os homens na direção das mesmas. Assim é que até mesmo os pagãos, que não possuíam a revelação da lei, às vezes praticavam os preceitos da lei, porquanto tal lei se achava escrita em seus corações e em suas mentes; e a sua consciência também dava testemunho sobre a justiça ou injustiça das coisas. (Ver Rom. 2:14,15). Assim sendo, apesar de Paulo haver apelado para a consciência social, para que os crentes de Corinto julgassem o que é certo e o que é errado, o seu apelo vai mais longe do que isso. Tal apelo procura tocar naquilo que a alma humana testifica para o próprio indivíduo. Paulo tinha a esperança que os crentes de Corinto se deixassem ensinar por ele (ver os versículos primeiro a décimo segundo deste capítulo), se deixassem ensinar pelo seu próprio testemunho íntimo (ver este versículo), e se deixassem ensinar pela natureza (ver o versículo seguinte), a fim de que assim reconhecessem o único costume aceitável para a igreja cristã, a saber, o uso do véu pelas mulheres crentes. «...ore...», particularmente ou em público, não querendo dar a entender isso que Paulo permitia que uma mulher orasse ou ensinasse em público. O trecho de I Cor. 14:34 e ss. mostra-nos que o apóstolo dos gentios não concordava com isso. Se porventura concordasse com isso, teria ido de encontro a toda a sua formação e educação judaica, porque uma mulher a ensinar e orar em público teria sido considerado uma grande abominação entre os judeus. (Comparar com o quinto versículo deste capítulo, onde se lê que as mulheres podem orar e profetizar, presumivelmente nos cultos públicos das igrejas cristãs). E não há razão alguma para supormos que as mulheres crentes de Corinto não fizessem assim; mas o décimo quarto capítulo desta epístola mostra-nos que Paulo não aprovava essa conduta feminina. Não obstante, isso não significa que Paulo, ao seguir os pontos de vista da erudição rabínica, estivesse necessariamente correto em suas ideias sobre essa questão. O baixo papel atribuído às mulheres, no judaísmo, havia criado muitas restrições que parecem insensatas para as

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mentes modernas, no que diz respeito à posição da mulher na sociedade e na igreja.

DEPOIS DE TODO ARGUMENTO AINDA É CONTRA O VÉU?

10.13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?

Champlin, interpretando Paulo, diz que ele ao fazer a pergunta, espera obter a seguinte resposta: Desculpe Paulo pela nossa rebeldia, verdadeiramente, seus argumentos nos convenceram que a mulher deve orar decentemente com o véu na cabeça, você nos mostrou razões históricas, culturais, teológicas, angelicais, hierárquicas que apontam para esta necessidade. Discordo de Champlim quando fala que a noção do que é decoros deve ser baseado nos costumes sociais, rejeito esta ideia. A noção do que é decoro deve ser baseado na palavra de Deus. Quando Adão e Eva pecaram, ficaram nus, e fizeram uns aventais tipo “minissaia”, e no padrão de decoroso para Deus, aquilo estava errado e ele mesmo, o próprio Deus fez túnicas para cobri-los mais descentemente. De maneira que os missionários históricos do cristianismo ao chegar em tribos selvagens, animalizada pelo pecado, os ensina a vestirem roupas, caso muito comum em tribos indígenas do Brasil, África e Oceania.

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“E como se Paulo tivesse dito aqui: «Tenho exposto diversos argumentos que podeis considerar. Mas penso que um julgamento pessoal tranquilo, de vossa parte, revelará a mesma resposta a esta pergunta que tenho proposto. Tanto os costumes sociais como as Escrituras têm demonstrado como é apropriado que a mulher use o véu quando ora; e a razão confirma exatamente isso». Paulo faz duas perguntas (ver este e o próximo versículo) a fim de confirmar o seu argumento. Primeiramente ele apela para o senso de propriedade dos seus leitores, quando é séria e tranquilamente investigado esse senso (ver o décimo terceiro versículo). E em seguida apela para a propriedade demonstrada pela própria natureza (ver o décimo quarto versículo), que cobriu a mulher com um «véu» natural, isto é, com cabelos longos, mostrando assim quão decoroso e próprio é o uso do véu de pano. «— julgai entre vós mesmos...», palavras que também podem ser traduzidas por «...Julgai por vós mesmos...», com o sentido de «consultai a voz interior» acerca dessa questão. Naturalmente que se precisa admitir que tais julgamentos pessoais quase sempre se alicerçam, quase totalmente, se não mesmo completamente, sobre os costumes sociais. Em outras palavras, os costumes sociais é que determinam, quase sempre, quais sejam as nossas noções sobre o que é decoroso quanto à maneira de nos conduzirmos e vestirmos. Na cidade antiga de Corinto, tal influência só poderia dar em resultado uma resposta: as mulheres precisam usar véu, se é que são mulheres de respeito. Não era recomendável ali uma mulher imitar as prostitutas ou adoradoras de determinados ritos pagãos, desfazendo-se do véu na tentativa de emancipar-se e obter igualdade social com os homens. Sabemos que as sacerdotisas pagãs também não usavam véu; e, em suas contorsões, seus cabelos ficavam despenteados e desgrenhados. Ora, nenhuma mulher crente, piedosa, desejaria imitar essa forma de conduta feminina. No grego, o verbo «julgar» é «krino», que significa «separar», «distinguir», «discernir», «considerar», «decidir». Um exame preciso é subentendido. «...próprio...» Essa palavra significa «apropriado», em face das circunstâncias, dos costumes sociais, das ideias convencionais sobre o que é apropriado. Está em foco a conduta que fica bem para as mulheres na sociedade em geral. Ora, o que era próprio para uma prostituta ou para uma sacerdotisa pagã, não podia ser julgado próprio para uma mulher crente piedosa, ainda que houvesse o maior exagero da «liberdade cristã». De maneira geral, os homens gregos usavam cabelos curtos, embora isso nem sempre ocorresse entre os hebreus (como no caso dos nazireus, que não passavam navalha na cabeça). Contudo, muitos gregos usavam cabelos

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compridos, incluindo os heróis gregos, e também os filósofos, os mestres e os sábios. É bem possível que alguns dos leitores de Paulo ficassem perplexos ante essa declaração, pois, apesar disso refletia um costume geral entre os gregos, isso certamente não expressava o que era feito por todos. Assim sendo, o uso de cabelos curtos pelos homens não era algo firmemente baseado nos costumes sociais, embora o uso de cabelos longos pelas mulheres tivesse sólidas bases nas convenções sociais, de maneira universal. (Ver o versículo seguinte). Portanto, não é totalmente convincente o argumento que diz que a natureza nos ensina; pois se a natureza realmente assim nos ensinasse, ficaria subentendido que haveria poucas ou mesmo nenhuma exceção a isso nos costumes sociais. Naturalmente, Paulo poderia estar fazendo um apelo à «natureza» inteiramente à parte dos costumes sociais, o que, para ele, refletia necessariamente a maneira da natureza operar, e a sua afirmação seria então: «Cabelos curtos para os homens; cabelos longos para as mulheres». Contudo, os versículos décimo terceiro e décimo quarto formam um par inseparável. O primeiro apela para o senso de propriedade, com base nos costumes sociais, e o segundo apela à natureza, presumivelmente confirmada pelos costumes sociais prevalentes. Seja como for, o argumento de Paulo, tanto no que tange à natureza como no que concerne aos costumes sociais, é sólido, ainda que não seja universalmente confirmado, e ainda que não seja perfeito em qualquer sentido, e nem totalmente convincente. O cristianismo supostamente respeita a «natureza», ao passo que o fanatismo a desafia. A natureza presumivelmente toma suas formas. Os filósofos estóicos baseavam sua filosofia moral inteira sobre a ideia que se deve «seguir a natureza», a qual, para eles, era incapaz de haver erro, estando previamente determinados todos os seus caminhos. Para esses, o argumento de Paulo teria bastante valor. E é bem possível que Paulo houvesse formulado dessa maneira o seu argumento a fim de atrair as simpatias dos filósofos que havia na igreja de Corinto. Façamos aqui algumas considerações sobre a «natureza». A lei e a luz da natureza se manifesta na razão e na intuição humanas, e isso é confirmado pela sociedade em sua conduta diária. Homens de várias nações, nos tempos de Paulo, usavam os cabelos compridos, como, por exemplo, os samaritanos e os lacedemônios (uma das divisões raciais da Grécia), sem falarmos nos outros gregos de épocas mais remotas, conforme a Ilíada de Homero o comprova, visto que ele chama certos homens de «gregos de cabelos longos», «Aqueanos de cabelos longos». A maioria dos comentadores concorda, entretanto, que ao

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tempo de Paulo os judeus, exceto aqueles que faziam o voto do nazireado, usavam os cabelos relativamente curtos. (Ver Núm. 6:5; II Sam. 14:26 e Atos 18:18, acerca do . «voto do nazireado». A nota de sumário sobre essa questão aparece em Atos 18:18). Os gregos em geral usavam os cabelos curtos para os homens, e os hebreus seguiam a mesma norma; e isso deve ter sido suficiente para Paulo estabelecer esse ponto, embora não seja provável que ele tenha apelado para a natureza inteira, à parte das evidências dos costumes sociais vigentes. Os cabelos curtos para os homens certamente é um preceito calcado no pensamento de que os cabelos longos formam uma espécie de véu natural (ver o versículo seguinte). Por isso, um homem deve evitar usar cabelos longos, já que não deve andar velado, pelas razões dadas na exposição relativa ao quarto versículo deste capítulo.”

Mulheres muçulmanas do Irã cederam costumes mundanos de praticarem esportes como futebol, mas ainda resistem bravamente em usar o véu em público. Ainda que no cristianismo o véu só é exigido quando oram e profetizam.

MULHER COM CABELO COMPRIDO – PADRÃO CRISTÃO

11.15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.

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Champlin defende a doutrina bíblica ensinada por Paulo. Crente que é crente usa cabelo comprido, não pode cortá-lo curto!

“Paulo continua aqui a escrever sobre a lição que a «natureza» nos ensina. No caso dos homens, a natureza, segundo era refletido nos costumes sociais de diversas nações, nem sempre se mostrou favorável ao uso de cabelos curtos pelos homens. Porém, no caso de mulheres, havia um consenso universal acerca do que a natureza ensina quanto aos cabelos. Ora, compete ao cristianismo respeitar a natureza, e não desconsiderá-la, como sucede ao fanatismo. As mulheres só usavam cabelos curtos como sinal de luto, como castigo devido ao adultério, etc., embora as prostitutas costumassem, rapar o cabelo, talvez como sinal distintivo de sua profissão, tal como hoje geralmente usam certas vestes, como sinal distintivo. No entanto, hoje em dia uma prostituta não mais pode ser distinguida pela maneira como cuida de seus cabelos, porquanto tornou generalizado o uso de cabelos curtos e penteados de inúmeras maneiras. No entanto, pode ser identificada por suas calças compridas e blusas exageradamente curtas e apertadas, como também pela sua aparência em geral. E isso significa que ela se vestirá ao máximo, desde uma bolsa e uma sombrinha estilizadas, mesmo que não esteja chovendo. Esses são os sinais através dos quais ela faz propaganda. Nos dias de Paulo, as prostitutas se davam a conhecer usando cabelos curtos. Ela fazia o que era contrário à natureza a fim de atrair os homens a afagos que também são contrários à natureza. Ora, o apóstolo dos gentios não queria que as mulheres crentes imitassem as prostitutas. Os versículos quinto e sexto deste capítulo mostram-nos que é vergonhoso para uma mulher ter os cabelos aparados ou rapados. O presente versículo ensina-nos que é uma «glória» para a mulher ter seus cabelos longos. E é uma glória para ela porque esse é o seu véu natural. E, conforme temos visto, o véu de pano que as mulheres crentes devem usar quando oram ou profetizam, simboliza a sua posição de subordinação ao homem, bem como a sua posição na hierarquia divina de poderes, estando ela abaixo do homem. (Quanto ao princípio geral que introduz toda esta secção, ver o terceiro versículo deste capítulo). No pensamento paulino, assim sendo, era um ato de rebeldia uma mulher desfazer-se de seu véu natural (os cabelos longos), além de ser algo contrário aos costumes sociais, à natureza e à hierarquia divina das coisas. Quando assim fazia, uma mulher se afastava de sua posição natural, na qual a sua glória se manifestava; pois quem está deslocado não pode estar manifestando a sua glória. A mulher que se

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conserva em seu lugar é uma glória para o homem, além de ser um louvor para Deus, visto que ela mantém o lugar que lhe foi dado pelo Senhor, não desobedecendo ela à ordenança divina. Ora, os cabelos longos simbolizam a «legítima posição» da mulher, a sujeição em que ela está à autoridade de seu marido, ou à autoridade do homem em geral. Ao falar em «...glória...» Paulo também deu a entender que os cabelos compridos servem de belo enfeite para a mulher, enfatizando a beleza natural que o Senhor deu a ela, conferindo-lhe feições e traços mais finos, mais delicados, mais belos. Assim sendo, a mulher que corta os cabelos, lança fora parte de sua beleza natural. Qualquer homem (ou quase todos) concorda com isso plenamente. Os homens tradicionalmente são maiores apreciadores de cabelos longos (até mesmo nos tempos modernos) do que as mulheres; e isso por causa do senso de «beleza» física, embora Paulo afirmasse que os homens agem assim por «instinto natural», e não meramente porque uma mulher de cabelos compridos é mais agradável à vista masculina.”

CABELO EM LUGAR DO VÉU?

Champlin com simplicidade e erudição mostra que além do cabelo, Paulo estava mandando as mulheres usar o véu, é uma perversão modificar a palavra de Deus pra fazê-la se ajustar com as nossas doutrinas. Algumas igrejas pregam que as mulheres devem ter o cabelo crescido e que isto já basta, não sendo necessário usar véu.

«...em lugar de mantilha ...» Embora o original grego permita essa tradução é uma grande perversão do texto sagrado dizer que essas palavras significam que uma mulher não precisa mais de véu, se porventura usa longos os seus cabelos. Pois ninguém pode ler o terceiro versículo em diante desta passagem, onde Paulo tanto insiste sobre a necessidade do uso do véu, de conformidade com a ordenança divina, com os costumes sociais e com os ditames da natureza, para então lançar fora todo o seu argumento, supondo que se uma mulher conservar longos os seus cabelos já não precisará usar véu quando ora ou profetiza, sem incorrer em grave incoerência. Porquanto tal conclusão será diametralmente oposta a todos os argumentos anteriores de Paulo, transformando esse apóstolo em um insensato que se contradiz consigo mesmo. Tal interpretação só pode ser aceitável para

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aqueles que manuseiam desonestamente as Escrituras, procurando adaptá-las aos seus pontos de vista e às suas práticas. Essas práticas ditam que a mulher «não use o véu». Porém, se tantas mulheres crentes não usam o véu, isso não pode estar firmado no que Paulo diz aqui, e nem sobre a suposição que ele recomendava que bastava às mulheres usarem os cabelos longos para não precisarem mais do véu.

«...em lugar de mantilha...» (Os cabelos longos da mulher lhe servem de véu natural, pois lhe servem «em lugar de mantilha»). Compreendendo Corretamente Este Texto: 1. Os cabelos longos servem para a mulher de um véu natural; e por si mesmos declaram : «Estou sujeita ao homem, especificamente a meu marido. Reconheço a minha subordinação». 2 . O véu serve à mulher de véu secundário (artificial), que a mulher deve pôr sobre seus cabelos como símbolo da mesma realidade representada pelos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher requerem o uso de um véu; não servem de substituto. Se o véu for retirado, a mulher terá também de rapar os cabelos (ver o vs. 6). Seja usado o véu, e este confirmará o significado dos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher como que «convidam» o uso do véu, porquanto as duas coisas encerram o mesmo simbolismo.

O véu bíblico é para cobrir a cabeça e não a mulher inteira como ensina os radicais islâmicos. Chega a ser uma opressão, mulheres enterradas vivas dentro de burkas.

AS IGREJAS DE DEUS USAM VÉU

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11:16: Mas, te alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus.

Champlin

Este versículo também tem sido torcido pelos intérpretes modernos, geralmente sem erudição, a fim de lançar por terra todo o argumento de Paulo em favor do uso de cabelos longos e de véu para as mulheres, como se esse apóstolo tivesse dito que se um homem resolvesse levantar objeção por esse motivo, seria melhor esquecer-se completamente da questão. Mas essa interpretação é inteiramente estranha ao contexto inteiro. Paulo não haveria de escrever seus argumentos de muitas facetas, em favor do uso de cabelos longos e do véu para as mulheres crentes, somente para, depois de tudo, dizer que se encontrasse oposição a isso, permitiria as igrejas locais fazerem como melhor lhes parecesse. Esse tipo de interpretação se tem desenvolvido por causa de uma «necessidade moderna», que tenta fazer o apóstolo dizer o que queremos ouvir, mas que ignora o que realmente ele ensinou. Essas palavras também podem ser traduzidas como segue: «Se alguém se inclina para o debate, não reconhecemos qualquer outra prática, e nem as igrejas de Deus» (RSV, aqui vertida para o português). Ou então: «Porém, se alguém parece ser contencioso, ‘nós não temos tal costume (conforme esse alguém propõe), e nem também as igrejas de Deus». (Robertson e Plummer, in loc.). E a isso esses mesmos autores adicionam: «Existem pessoas que gostam tanto de disputas que contestam até mesmo as conclusões mais claras; e os coríntios apreciavam imensamente as disputas. Mas o apóstolo não estava disposto a encorajá-los. Se isso pusesse em dúvida o decoro e a natureza dessa questão, poder-se-ia dizer que os mestres não permitiam que as mulheres crentes estivessem sem véu, algo nunca ouvido nas congregações cristãs... O apelo final de Paulo, à prática de todas as congregações, tinha um valor especial na tão democrática Corinto».

«... nós...», isto é, o próprio apóstolo Paulo, os demais apóstolos, as igrejas cristãs locais e a sua liderança em geral. «A alusão às igrejas de Deus se reveste de grande ênfase, como um ponto decisivo para a solução dessa pendência, ficando abafada qualquer tentativa de contenda. Poder-se-ia dizer que temos aqui um genuíno elemento católico, posto em oposição ao particularismo dotado de opiniões próprias». (Kling, in loc.). «.. .se alguém

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quer ser...', isto é, se alguém pensa ser próprio, se alguém assim preferir, depois de todos os meus argumentos, ainda assim contender; se alguém pensa que está com a ‘razão’, há aqui a reprovação da atitude de auto-suficiência e espírito contencioso em Corinto (I Cor. 1:20). Não temos tal costume, como o de mulheres a orarem sem ‘véu’... e nem as igrejas. O uso universal não é um teste infalível da ‘verdade’, mas é um teste geral da ‘decência’». (Faucett, in loc.). «...contencioso...» No grego temos a palavra «philoneikia», que se deriva dos vocábulos «phileo», gostar, e «neikos», querela, contenda. Os crentes de Corinto se inclinavam para a fraqueza desse tipo de pecado, conforme nos mostram os primeiros capítulos desta epístola.”

SATANÁS E O VÉU

O texto a seguir é do ICQ de Portugal, isto é, da Igreja em Quinta do Conde. Concordo plenamente com a posição desta Igreja, pois vejo como Satanás para introduzir algumas aberrações nas igrejas evangélicas como mulheres pastoras etc, primeiro precisaria retirar o véu, símbolo da organização divina e da hierarquia divina. Com a queda do véu, o movimento feminista foi ganhando força na igreja, agora que a diferença entre os sexos diminui mais e mais em contraposição a vontade de Deus, a próxima etapa do plano de Satanás, é universalizar o homossexualismo:

“Ai dos que puxam pela iniquidade com cordas de vaidade, e pelo pecado como se fosse com cordas de carros!

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal: que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!

“Ai dos que são sábios a seus próprios olhos …

“Dos que justificam o ímpio …” (Isaías 5:18,20,21,23).

O quadro é triste e infelizmente real, mas o pior é que o mal tem perpassado para a igreja e a agora a inversão dos valores é algo com que nos confrontamos hoje no "átrio interior da casa do Senhor".

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“Ó Deus, as nações entraram na Tua herança; contaminaram a Teu santo templo …” (Salmo 79:1).

Temos, com lágrimas, visto na Igreja muitos serem “envolvidos [nas corrupções do mundo] e vencidos”, serem juntamente arrebatados, e descaírem da sua firmeza (2 Ped. 2:20; 3:17).

Chegaram os últimos tempos, e o tempo da apostasia da fé chegou à Igreja (1 Tim. 4:1), o tempo dos homens que “resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (2 Tim. 3:8), dos homens que “se desviaram da verdade” pervertendo a fé de alguns (2 Tim. 2:17,18), o tempo em que as sãs palavras de Paulo deixaram de ser ouvidas (2 Tim.1:13), o tempo em que a Palavra de Deus é tida entre mãos com “mácula e repreensão” (1 Tim. 6:14), “tempo em que não” suportam “a sã doutrina” e desviam “os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2 Tim. 4:3,4).

Enquanto o mundo carece das inegociáveis verdades da Palavra de Deus, os púlpitos de muitas igrejas também carecem do mesmo. Se a nossa geração está degenerada, tanto mais estão os nossos púlpitos!

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades: falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor” (Jer. 23:16).

Citando apenas alguns exemplos, hoje “profetas que profetizam mentiras” (Jer. 23:26) pretendem impingir-nos falsidades como pastorado feminino, pastorado gay, casamento gay, igrejas gay, recasamento, secularismo, mundanismo, individualismo, modismo, liberalismo, teologia da prosperidade, amuletos, talismãs e feitiços, “louvor” dançante, músicas “dark”, ovações, etc., etc. – “um abismo chama outro abismo”.

Vivemos dias em que não há diferença entre o santo e o profano, o consagrado e o amaldiçoado, o lícito e o proibido, o justo e o injusto. Qualquer coisa serve.

“Como se escureceu o ouro! como se mudou o ouro fino e bom! como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas!” (Cant. Sal. 4:1).

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Tem sido desolador constatar que o sólido e glorioso edifício espiritual dos primeiros séculos se tenha transformado num edifício em ruínas que se vai sustendo já só com escassas ripas de verdade.

Ora, a verdade do VÉU FEMININO, como veremos, é uma das “grossas traves” (Eze. 41:26) que foi retirada em muitas igrejas ao “templo de Deus”, mas devem ter cuidado os responsáveis por isso, pois:

“Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (1 Cor. 3:17).

Um plano estratégico “invisível”

Quem estiver atento à panorâmica do quadro global detecta e descortina facilmente que por detrás do que está a acontecer existe um plano estratégico “invisível” que tem estado em execução há muito tempo – as mudanças têm ocorrido lenta e subtilmente de modo quase imperceptível ao longo do tempo. Por detrás desse plano percebe-se que tem estado a operar nos bastidores uma mente, um espírito invisível que não provém do Senhor – “o espírito do mundo”, “o espírito do erro”, o “espírito que agora opera nos filhos da desobediência”, “o espírito maligno”.

É claro que para se chegar ao ponto de as mulheres passarem a pregar, serem “pastoras”, “bispas”, “apóstolas”, havia que primeiro minar, por assim dizer, o terreno, a fim de eliminar os impedimentos para esse objetivo. Havia que eliminar a diferença entre sexos. Seria praticamente impossível haver êxito na mudança passando-se abruptamente da situação vigente no início da igreja, no primeiro século, para a situação com que nós estamos a confrontar atualmente. Por isso a mudança foi-se fazendo lenta, progressiva, mas eficazmente.

O objetivo último de Satanás é destruir a humanidade através da confusão dos sexos. Não é, portanto, estranho vermos em Apocalipse emanarem do abismo criaturas estranhas descritas nos seguintes termos:

“… os seus rostos eram como rostos de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres …” (9:7,8).

A masculinização das mulheres e a efeminação dos homens faz parte da estratégia maligna para a confusão dos sexos.

A implementação insistente do conceito da igualdade do género foi um entre os muitos passos dados ao longo dos tempos para Satanás conseguir o seu intento. As primeiras sementes destas mudanças foram

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lançadas no séc. XX com a revolução sexual e o feminismo. A implementação da moda unissex foi crucial no processo para tal, e a eliminação de algumas barreiras como o VÉU FEMININO era importante para se eliminar toda a diferença.

Satanás sempre quis unir o que Deus separou e separar o que Deus uniu. Urge aqui repetir a pergunta que o Senhor fez quando esteve aqui na Terra:

“Não tendes lido que Aquele que os fez no princípio, macho e fêmea os fez?” (Mateus 19:4).

Estamos a viver uma época não apenas de crise económica, mas também de identidade. A Igreja também tem perdido a sua. Em época de grande secularização, muitas coisas - coisas que antes eram valorizadas - como O VÉU, estão a perder o seu valor. Só venceremos a crise de identidade que a igreja passa nos dias atuais se atentarmos para o que a Palavra de Deus nos ensina. A perda de identidade da igreja está relacionada com a negligência do estudo da Bíblia. A igreja deixou de reter "os preceitos" como Paulo os entregou (1 Cor. 11:2) para seguir os modismos de hoje, porém saiba-se que nós não somente procuraremos tudo fazer para preservar as “grossas traves”, como as cobriremos “com ouro”, conforme fez Salomão (2 Crón. 3:7).

DESCULPAS PARA NÃO USAR O VÉU

Segue-se uma coleção melancólica e desonesta de argumentos mirabolantes para justificar a desobediência das igrejas modernas ao texto de I Coríntios 11.2-16.

ARTIFÍCIOS HERMENÊUTICOS

Muitas igrejas evangélicas para não submeter-se ao mandamento do véu, usa de artifícios hermenêuticos para desdizer o que Paulo disse, dizendo o que ele não disse. Entendeu? Das artimanhas que usam para interpretar o texto de I Coríntios 11 podemos citar algumas: Dizem que Paulo estava dando um mandamento local, outros dizem que o cabelo substitui o véu, outros falam que o uso do véu era só para diferenciar das prostitutas (mas o texto não fala nada disso). Quando Paulo fala que o uso do véu está relacionado com a ordem da criação em que o homem foi feito primeiro que a mulher, usam do artifício em citar que homens e mulheres são iguais diante de Cristo, o que é uma verdade, mas em questão de

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hierarquia, a mulher deve ser submissa ao homem, simbolizada tal submissão pelo uso do véu. Vários jogos de palavras são formulados para desdizer o texto sagrado. Sobre isso o Dr. Fabiano Antonio Ferreira fala em um artigo publicado, dizendo o seguinte: “Às vezes fico pensando o que seria de nós se não tivéssemos em mãos a Palavra de Deus, e se esta Palavra não possuísse esses registros sagrados acerca da Igreja em Corinto. Essa igreja, aliás, como retratada nas duas epístolas de Paulo endereçadas a ela, é a chave para entendermos grande parte dos problemas que ocorrem hoje em dia na igreja evangélica. Do divisionismo ao feminismo, do intelectualismo árido à pseudo-espiritualidade, do liberalismo esquálido ao fundamentalismo infecundo, passando pelo legalismo causticante e pela hedionda carnalidade exacerbada, enfim, todas as nuanças de problemas que o evangelicalismo contemporâneo enfrenta podem ser identificadas, mesmo que embrionariamente, na Igreja de Corinto. Contudo, o que a grande maioria de nós, evangélicos, precisa reconhecer é que os problemas tratados ali naquela igreja incipiente não são para ser repetidos, mas para que nós fiquemos com a solução provida por Deus através da autoridade apostólica. Lamentavelmente, a despeito de todas as instruções de que dispomos, emulamos prazerosamente o modo coríntio de ser igreja, como se aquela vivência deformada de igreja com suas caricaturas de espiritualidade fosse o nosso paradigma! Estamos aí, após tantos séculos, aplaudindo e justificando nossas divisões com artifícios hermenêuticos e exegéticos que corariam e, por certo, irritariam os apóstolos, caso eles pudessem se pronunciar. Aduzamos apenas três diretrizes hermenêuticas bíblicas que nos permitirão consolidar nossa inequívoca conclusão de que o véu para a adoração das servas de Deus é uma questão contemporânea, se é que admitimos que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, autoritativa e normativa.”

PENTEADO MODESTO SUBSTITUI O VÉU

É lamentável a desonestidade intelectual de certos intérpretes que devem criar argumentos para justificar o porquê de suas denominações não exigirem o véu nas mulheres. O Dicionário Bíblico Wicliffe, publicado pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus na página 2009 trás a seguinte explanação no capítulo que aborda o véu:

“Portanto, o ensino de Paulo, de que a mulher deve cobrir a cabeça, está referindo-se a um estilo propriamente feminino de

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usar o cabelo e não a um véu ou cobertura de cabeça. Um penteado feminino modesto é sinal de que a esposa cristã é submissa à autoridade do marido. Essa conclusão parece concordar com a afirmação de Paulo feita em sentido figurado de que todo cristão deve olhar para a glória do Senhor com a cara descoberta ( II Cor 3.18)”

Penteado não serve como véu...

Quem lê honestamente o texto de I Coríntios 11.2-16 e o compara com esta conclusão do autor deste artigo do Dicionário Wicliffe não pode ser tão cego a ponto de concordar com uma estapafúrdia conclusão desta. Se quer o texto cita a expressão “penteado”. Já repetimos em outra oportunidade que o versículo 15 quando diz: “O cabelo foi dado em lugar do véu”, a melhor tradução é: “o cabelo foi dado como contra véu, ou em conformidade com o véu.” Como a Assembleia de Deus no Brasil não obedece ao mandamento quanto ao véu é coerente que suas publicações tentem justificar a negligência.

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I CORÍNTIOS 11.2-16 É UMA INTERPOLAÇÃO

Outro devaneio dos que não querem se sujeitar a Palavra de Deus foi inventar e disseminar o boato que este texto de I Coríntios foi acrescentado posteriormente para introduzir o costume do véu na igreja.

Enquanto a autoria dessa carta é quase unanimemente atribuída a Paulo de Tarso, o trecho acima (I Coríntios 11.1-16), entretanto, é considerado por diversos estudiosos bíblicos como uma adição posterior, contemporânea das epístolas pastorais, por ter estilo e doutrina em geral divergentes do defendido em outros trechos atribuídos a Paulo. (Wikipédia)

Estes ditos estudiosos bíblicos são desonestos, pois jogam ao vento uma mentira sem fundamento histórico, pois todos os manuscritos antigos da primeira Epístola de Paulo aos Coríntios possuem este texto. Não há nenhuma evidência histórica que justifique este argumento da interpolação.

O VÉU ERA SÓ PARA OS CORÍNTIOS

Outros dizem que este capítulo foi algo escrito só para as mulheres daquela época, na cultura de Corinto e que já não tem vigência. Talvez eles poderiam dizer o mesmo da última parte do capítulo que fala da santa Ceia? Ademais, ao começar esta epístola Paulo ao se dirigir aos coríntios diz: "à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (I Coríntios 1.2). Isto inclui a todos os crentes de todas as épocas e de todas as culturas. Notemos também que todas as evidências citadas por Paulo que apoiam o uso do véu (vv. 8–16) são coisas que tocam igualmente às mulheres de qualquer época e qualquer cultura: a hierarquia divina, a criação, os anjos, e a natureza. São coisas que não mudam, não importa o século nem o lugar.

SÓ PARA MULHERES CASADAS

Alguns falsificadores da Palavra de Deus dizem que o véu foi determinado por Paulo apenas as mulheres casadas e assim mesmo somente tendo validade para aquela época, um destes disse:

A princípio, eu elimino a suposição de que as mulheres devem usar o véu por causa dos homens em geral, o texto não faz menção que seria por causa deles, mas apenas por causa dos maridos.

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(http://christoskurios.canalblog.com/archives/2013/06/29/27534357.html)

Examinando o texto de I Coríntios 11.3-16, fica claro que Paulo se refere ao homem em geral e não ao marido, quando o apóstolo diz: Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça do homem e o homem o cabeça da mulher (v. 3), também Paulo fala que a mulher deve usar o véu porque o homem foi criado primeiro e a mulher criada depois, e ainda com o propósito de ser uma ajudante do homem (v. 8-9). Os argumentos paulinos vão muito além de apenas uma questão matrimonial e familiar. Por fim, Paulo usou o termo mulher e não esposa, quando se refere que elas devem usar o véu.

Pintura de 1898 – Mikhail Nesterov.

A IGREJA TEM PODER DE ABDICAR DO VÉU

Uma das desculpas mais repugnantes que tenho ouvido é que a igreja pode decidir se ela vai ou não adotar o véu. Se ela adotar o costume do véu, as cristãs são obrigadas a usar, sob pena de desobediência, mas se a igreja não determinar o uso do véu, as irmãs estão livres para assistir o culto sem o véu. Esta heresia se assenta sobre a falsa interpretação desta passagem bíblica:

"E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mateus 16.19)

Esta interpretação das palavras de Jesus tem sido usada por homens mal intencionados que querem criar doutrinas de acordo com suas vontades.

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Pois qualquer pessoa sensata sabe que Jesus não está dando poder para a igreja decidir o que é certo e o que é errado, o que é pecado e o que não é pecado. Estas coisas aprendemos que quem decide é Deus, e isso ele nos revelou por sua palavra e pelo Espírito Santo. No texto acima Jesus está dando a igreja poder para decidir sobre a administração e a condução das atividades da igreja na terra, como por exemplo: Se a igreja resolver mandar um missionário para uma determinada região, Jesus está dizendo que o que eles decidirem quanto a isso, Deus concordará e apoiará a decisão da igreja. Outro exemplo é sobre os dias e horários de culto, as Escrituras não estipulam dias e horários, mas Jesus dá autonomia para a igreja decidir sobre questões cotidianas, assim, o que a igreja decidir na terra, Deus concordará no céu. Seria absurdo e um contrassenso a igreja decidir o que ela acha que é certo ou errado com respeito a doutrina e aos costumes e hábitos cristãos quando a Palavra de Deus já determinou qual é a vontade de Deus. Portanto não tem validade a decisão da igreja que aprova divórcio, casamento misto, aborto, sexo livre, homossexualismo e tantas outras aberrações que temos visto as igrejas permitirem aos membros praticarem sob alegação que eles decidiram na terra e por isso será concordado por Deus. Se Deus determinou o uso do véu pelas cristãs quando oram ou profetizam, ninguém tem autonomia para revogar a ordem de Deus. Os evangélicos criticam a Igreja Católica e não aceitam a infalibilidade papal em questão de doutrina, entretanto, muitos se revestem de uma pseudo-autoridade de decidir em questão de doutrina, sem levar em conta o que já está determinado pela Palavra de Deus. Aliás, talvez a única desculpa plausível para não usarem o véu no culto é justamente porque o mandamento fala em cobrir a cabeça quando oram e profetizam. Acontece que em muitas igrejas por ai, o momento de oração é ridículo, falam algumas palavrinhas baixinho e pronto, dizem que já oraram. O Diabo deve ficar contente com estas liturgias sem contato com Deus, orações mortas que duram alguns segundos. O resto é preenchido com show gospel, mais gente querendo se aparecer aos outros do que se aparecer para Deus. Bem, os cultos não tem oração e também tenho visto que as profecias estão extintas em muitas igrejas. Assim justifica-se mesmo o fato de não usarem o véu: Não oram, não profetizam, para que usar o véu? Deixou uma pergunta: Se não nos reunirmos para orar e para manifestação do Espírito Santo pelos dons espirituais, estão se reunindo para que?

USA VÉU, MAS VIVE NO PECADO

Uma desculpa recorrente dos rebeldes quanto à ordenança do véu é o ataque moral que fazem apontando os erros e pecados das mulheres que usam véu. E dizem: “Que adianta usar o véu e está em adultério”, ou “usa véu na cabeça, devida coloca-lo entre as pernas.” Outros ainda atacam

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dizendo: “devia colocar o véu na boca para vê se para de falar da vida dos outros.”

Estes argumentos não são válidos: Apontar os erros dos outros para justificar os seus erros não é método argumentativo conveniente ao cristão. De fato adultério é muito mais ofensivo do que não usar o véu. Matar alguém é muito mais ofensivo do que não usar o véu. Contudo quem não está disposto a obedecer aos mandamentos de menor importância também peca contra Deus. E nós estamos buscando servir ao Senhor completamente. É muito mais fácil colocar um véu na cabeça do que conter a língua e não falar mal dos outros. Agora se a pessoa não está disposta a colocar um véu na cabeça que é algo tão fácil, parece incoerente que esteja disposto a obedecer outros mandamentos que exigem mais resistência à tentação. Repito, ficar procurando defeito na vida do intercolutor para desmerecer os argumentos apresentados não é um método ético de vencer um debate. Demonstre pela Bíblia que o uso do véu não é uma ordenança para as cristãs? Ficar apontando o pecado do próximo, os erros da vida alheia é típico de mente pequena, sem capacidade argumentativa, método altamente empregado pelo Diabo:

...porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. (Apocalipse 12.10)

A maioria das igrejas evangélicas faz de conta que I Coríntios 11.2-16 não existe, e não usam o véu.

Uma coisa é cair no pecado (adultério), outra coisa é defender o pecado como estilo de vida aceitável (não usar o véu). Na vida já encontrei muitos cristãos que cometeram adultério e fornicação e se entristeceram e se arrependeram. Mas é difícil encontrar quem assiste o culto sem o véu e demonstre arrependimento. Pecar, todos estão fadados a cair, para isso tem o remédio do arrependimento. Mas contra o coração altivo e rebelde que não

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demonstra temor em obedecer aos mais pequenos mandamentos não sei se há cura...

Não atire a pedra em quem usa véu e pecou, porque você certamente também tem seus pecados e ainda para piorar não usa o véu....

e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. (João 8.7)

USAR O VÉU É LEGALISMO RELIGIOSO

Na esteira dos argumentos para não obedecer à ordem divina, os líderes cristãos que querem agradar os movimentos feministas alegam que o uso do véu é legalismo, é criar regras desnecessárias para adorar a Deus. E citam com convicção e de boca cheia as palavras de Jesus:

23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. (João 4.23-24)

O que é adorar em espírito e verdade?

O contexto desta frase de Jesus revela que a mulher samaritana discutia com Jesus a questão aonde se deve adorar a Deus, se em Samaria como defendia os samaritanos ou em Jerusalém, como defendia os judeus. Jesus respondeu que não importa o local físico onde se adora a Deus, na dispensação da graça, Deus procura aqueles que estão com o espírito voltado a adorá-lo. Portanto, adorar em espírito é adorar com intensidade, com o coração voltado exclusivamente para Deus. Quando alguém demonstra grande devoção a uma causa costumamos dizer que ela entrou na causa “de corpo e alma”. Adorar em espírito é adorar com todo o coração. Quanto a adorar em verdade, significa adorar sem fingimento, sem hipocrisia. Querendo mesmo fazer as coisas do jeito que Deus quer. Neste ponto a mulher que adora sem o véu na cabeça não está adorando completamente na verdade. Pode ser que algumas não usam o véu por ignorância, mas outras não usam o véu por rebeldia mesmo, não querem colocar sobre a cabeça um símbolo de submissão.

O que é legalismo? Legalismo é criar excessivamente regras minuciosas na prática de rituais e no cumprimento de ordenanças e mandamentos divinos. Estipular regras em cima dos mandamentos,

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tornando-os difíceis de serem postos em prática é legalismo. Mulheres que usam o véu quando oram ou profetizam não é legalismo porque é isso que é ordenando em I Coríntios 11. Torna-se legalismo se passarmos a determinar o tipo de tecido que pode ou que não pode ser confeccionado o véu, legalismo é se determinarmos a medida mínima do véu, dando a largura e comprimento válido. Legalismo é determinar as cores permitidas.

Legalismo é criar regras excessivas que devem ser observadas de forma ritualísticas. Cobrir-se com véu é mandamento, somente mandamento...

O povo simples sempre usou o véu com resignação, mas as “peruas” vaidosas do cristianismo moderno se recusam a usar o véu. Se o pastor exigir, elas resolvem a questão, simplesmente mudando para uma igreja segundo as suas vontades.

O VÉU E AS PROSTITUTAS

Os que não querem obedecer torcem as Escrituras e dizem que o véu era usado pelas mulheres cristãs apenas para diferencia-las das prostitutas culturais que havia em Corinto.

Quem usa o argumento acima não está pautado na Bíblia, porque Paulo em nenhum momento fala que esta é a razão das mulheres usarem o véu na igreja. Pelo contrário um dos argumentos do apóstolo Paulo é que as

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mulheres devem usar o véu por causa dos anjos (v. 10) e não por causa das prostitutas. Pense nisso...

Não obstante, na cidade de Corinto, as prostitutas não usavam véu, e as escravas e as adúlteras raspavam a cabeça. Este pano de fundo da cultural local não é a base da doutrina, mas quando Paulo fala que a mulher que não usa o véu é semelhante as prostitutas e adúlteras. O uso do véu transcende o contexto cultural grego e deve ser usado pelas cristãs pelas razões espirituais e não somente por causa do contexto cultural da época. Mulher sem véu e com a cabeça raspada não é mais confundida pela sociedade como sendo prostituta ou adúltera, mas não usar o véu desrespeita todos os princípios espirituais elencados no texto paulino.

COSTUMES SOCIAIS E A TEOLOGIA DO VÉU

O doutor Fabiano Antônio Ferreira escreveu um extenso artigo em defesa do uso do véu, dando diversas razões porque o véu é uma questão de teologia e não somente de um costume social, como querem entender os que não querem obedecer: “De fato, o que não podemos olvidar ou deixar de perceber é que o apóstolo Paulo, ao tratar da questão do uso do véu, em nenhum momento o faz com base em costumes sociais, porém, como o Dr. Charles Ryrie asseverou com toda a lucidez na Bíblia Anotada, nas notas sobre esta passagem de 1Co 11.2-16, p. 1446: “As mulheres deveriam trazer sua cabeça coberta, ou usar um véu nas reuniões da Igreja, e os homens deveriam ter a cabeça descoberta. As razões de Paulo eram baseadas em teologia (hierarquia na criação, v. 3), na ordem na criação (vv. 7-9), e na presença de anjos nas reuniões da igreja (v. 10). “Nenhuma destas razões estavam baseadas em costumes sociais da época”. Deste modo, percebemos que o apóstolo Paulo procedeu a uma total ressemantização desse costume cultural, quer dizer, por revelação divina o apóstolo confere ao véu das mulheres uma significação completamente nova e ele imprime nele traços jamais divisados anteriormente por nenhum outro escritor, profano ou sagrado, de tal modo que ocorre o esvaziamento de quaisquer traços culturais, locais e temporais anteriores, a ponto de ocorrer uma ruptura semântica definitiva com quase tudo quanto o mesmo viesse a significar antes, e um revestimento de novos traços, com os quais ele entra no cânon sagrado. É óbvio que, olhando pela perspectiva da Teologia Bíblica, tal fato se justifica por estar em consonância com o caráter progressivo da história da revelação divina e pela seletividade divinamente orientada do que deveria constar do cânon sagrado. Assim, o Apóstolo dos Gentios vai muito além de si próprio, nas mãos do Espírito Santo, quando reanalisa a questão do véu, de forma a refundamentá-la em bases bíblico-teológicas completamente surpreendentes, apelando para o bom senso e, inusitadamente, atrelando-a, no clímax de seus argumentos, à

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presença dos anjos nas reuniões da igreja. É relevante destacarmos que, a partir dessas reanálises e refundamentações, quando o apóstolo Paulo revisita a questão do véu por inspiração divina e o ressemantiza do modo como lemos no texto em apreço, esvaem-se todos os argumentos a favor da pressuposição de que haja no NT doutrinas oriundas de condicionamentos culturais, locais e temporais. Por conseguinte, o véu das mulheres de 1 Co 11:2-16, embora fosse antes apenas um costume da época e da cultura dos tempos do NT, após revisitação, reanálise e refundamentação bíblico-teológica ou, em outras palavras, após sua ressemantização divina na instrumentalidade do apóstolo Paulo, passa a possuir um mais amplo sentido e a incorporar traços distintivos divinamente revelados, no momento e no lugar exatos da história da revelação, que o tornam supratópico, supracultural e supratemporal.[8] Somente a parussia (segunda vinda de Cristo) eliminará a necessidade do uso do véu por parte das mulheres cristãs quando da adoração, quando oram ou profetizam.”

AMEAÇA DE EXCLUSÃO

16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. (I Coríntios 11.16)

Após argumentar em quatorze versículos sobre a necessidade das mulheres cristãs usarem o véu quando ora e profetizam, usando argumentos espirituais (hierarquia divina, ordem da criação, os anjos e a natureza biológica) e nenhuma vez fez citação sobre alguma tradição judaica ou etiqueta cultural vigente, Paulo se irrita! Alias, os teólogos mercenários que se prestam para defender ideologias anticristãs nunca explicam porque o apóstolo Paulo que sempre teve uma postura antijudaica em suas doutrinas, teria agora alguma razão para defender um costume judaica de menor importância. Todo mundo sabe que se não fosse a revelação dada por Deus a Paulo sobre o plano de salvação, o cristianismo corria o risco de ser apenas uma seita judaica, mas Paulo cortou o cordão umbilical que ligava a igreja com o judaísmo. Não me venha então alegar que Paulo estava pregando uma ideia judaica. O versículo 16 revela que Paulo já estava exausto em argumentar com os coríntios dando suas alegações para que as mulheres da igreja de Corinto submetessem a usarem o véu. Então de forma velada e culta ele sugere que se a Igreja de Corinto persistisse em sua teimosia em não usar o véu, esta igreja não estaria enquadrada entre as igrejas de Deus. Quem conhece a arte da retórica percebe que Paulo estava dando de forma delicada um ultimato à igreja de Corinto.

Em um artigo intitulado “Prayer Veil” (orar com véu) que faz parte de uma série de estudos da Igreja Cristã Apostólica (Apostolic Christian

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Church), o autor traz a tona outra falsa interpretação deste versículo 16, pois muitos que não adotam o uso do véu na igreja, ou quando as mulheres oram ou profetizam alegam que é uma questão de costume e quem não quiser seguir este costume está tudo bem. Segundo estes pseudo-hermeneutas Paulo estaria dizendo que estaria disposto a esquecer o assunto em vez de ficar contendendo, que as igrejas de Deus não tem o hábito de contender, que use o véu quem quiser. Mas o contexto do versículo não permite esta interpretação flácida. Após vários argumentos sobre o uso do véu, Paulo na verdade está dizendo que não vai ficar contendendo com quem não quer obedecer, mas lembra aos coríntios que as igrejas que são verdadeiramente de Deus seguem o costume doutrinário do véu. Assim como os coríntios, muitos líderes cristãos ficam contendendo criando factoides, e inventando explicações para justificarem seu desinteresse ao mandamento.

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PARTE 2 – HISTÓRIA DO VÉU

Nesta segunda parte do livro, estaremos fazendo um apanhado histórico sobre o uso do véu nas igrejas, e em outras culturas do mundo.

O VÉU E OS “PAIS DA IGREJA”

A história da igreja primitiva presta depoimento dizendo que as mulheres cristãs de então levavam o véu. Tertuliano, um líder da igreja que viveu nos anos 160–222 d.C. escreveu que não só as mulheres casadas, senão também as virgens usavam o véu nas igrejas que foram estabelecidas na época apostólica. Outro líder cristão da antiguidade, Crisóstomo, testemunha que em sua época também todas o levavam.

TERTULIANO

“Mas admoestamos às mulheres que não deixem esta disciplina do véu nem por um momento, nem sequer por uma hora.” — Tertuliano (160–222 d.C.); Em outra passagem escreve: "Te rogo, sejas tu mãe, ou irmã, ou filha virgem, cobre tua cabeça". Tertuliano (160–222 d.C.)

“Em toda a Grécia, e algumas das suas províncias bárbaras, a maioria das igrejas mantém as suas virgens cobertas. Na verdade, esta prática é seguida em certos lugares sob o céu Africano.”

“Além disso, apontarei como modelos as igrejas que foram fundadas por apóstolos ou homens apostólicos... Os Coríntios compreenderam o que ele disse. Até ao presente os Coríntios cobrem as suas virgens. O que os apóstolos ensinaram, os discípulos dos apóstolos confirmaram. [Tertuliano, The Veiling of Virgins The Ante-Nicene Fathers [O Véu das Virgens, Os Pais Pré-Niceia] vol. 4 pp 27-29,33].”

CRISÓSTOMO

Outro líder Cristão da antiguidade, Crisóstomo, testemunha que também na sua época todas as mulheres o usavam e escreve sobre o assunto

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na sua Homilia XXVI explicando I Coríntios 11 como as mulheres se devem cobrir com véu:

“Que fará a mulher cristã se descuidasse esta ordem? Calará a oração espontânea de agradecimento? Se enfrentará à tentação sem a arma da oração? Deixará de cumprir com seu Senhor, privando a uma alma precisada de um depoimento? Desafiará ao Senhor e menosprezará seu mandato, orando e testemunhando sem o véu? Desonrará a seu Senhor ou usará o véu durante todo o dia para assim encontrar-se o tempo todo em comunhão com seu Deus, disposta para testemunhar?” —Crisóstomo (344–407 d.C.)

«Se ela despreza a cobertura provida pela ordenança divina, que também desfaça a cobertura provida pela natureza». (Crisóstomo).

CLEMENTE

Clemente disse que é desejo da Palavra que a mulher ore com a cabeça coberta.

JERÓNIMO, AUTOR DA VULGATA

Jerónimo também defendeu que a cabeça da mulher deve ser coberta com véu.

AGOSTINHO DE HIPONA

Agostinho de Hipona, na sua Carta CCXLV, escreveu que as mulheres não devem ter as suas cabeças descobertas uma vez que “o apóstolo ordena às mulheres que cubram as suas cabeças”.

HIPÓLITO DE ROMA

Hipólito, um líder da igreja em Roma, por volta do ano 200, compilou um registo de vários costumes e práticas na igreja das gerações que o precederam. O seu livro “Tradição Apostólica” contém a seguinte declaração:

“Em resumo, os primeiros cristãos praticavam exatamente o que I Coríntios. 11 diz: os homens oravam com as cabeças descobertas. As mulheres oravam com as cabeças cobertas. Ninguém contestava isso, independentemente de onde vivessem - Europa, Médio Oriente, Norte de África ou Extremo Oriente.” [Tradição Apostólica de Hipólito].

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O VÉU NAS CATACUMBAS DE ROMA

Nas catacumbas de Roma, as gravuras ali existentes sobre os cultos públicos dos cristãos mostram os homens de cabelo curto e as mulheres com véus apertados em volta da cabeça, que ocultavam completamente os seus cabelos. Esse é o tipo de cena que se poderia ver nas igrejas cristãs de todo o mundo greco-romano daquela época, incluindo Corinto. Paulo, pois, apelou para quão apropriada é essa prática universal, não se inclinando ele para aceitar desafios a fim de disputar acerca de modificações nessa prática. (Champlin, 2002)

Catacumba de Roma, gravura da antiguidade mostra cristãs orando com véu na cabeça.

Nas catacumbas [Um conjunto de corredores e quartos subterrâneos embaixo de Roma onde se escondiam os cristãos durante tempos de perseguição.] se podem ver muitos desenhos nas paredes feitos pelos cristãos dos primeiros séculos. Nesses desenhos as mulheres têm a cabeça coberta com um véu.

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Imagem da catacumba de Roma, no local chamado Cubículo da mulher com véu, parece que o grupo esta celebrando a ceia.

Gravura nas catacumbas de Roma revelam que o uso do véu fazia parte do cotidiano.

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Catacumbas de Roma: Um homem e uma mulher estão celebrando a Ceia do Senhor. A mulher orando com o véu na cabeça.

Uma pintura feita na catacumba de “São Calixto” em Roma, datado do século IV mostra uma mulher cristã vestida modestamente com um véu transparente cobrindo a cabeça . Todo testemunho iconográfico do período apostólico e pós-apostólico revelam que todas as cristãs usavam véu enquanto oravam.

Nas catacumbas, nos desenhos que representam os cultos públicos dos cristãos primitivos, as mulheres são vistas a usar xales apertados em torno da cabeça, que ocultavam completamente os seus cabelos. O propósito do véu era o de ocultar os cabelos. Por conseguinte, os modernos substitutos, como os chapeuzinhos ou os lenços de cabeça dificilmente satisfazem as exigências do texto que ora comentamos. (Dr. Norman Champlin)

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Gravura na catacumba de Roma mostra uma mulher com as mãos para cima, em posição de oração e um fino véu sobre a cabeça. O véu era de uso universal entre as cristãs dos primeiros séculos.

Paulo, admirável vaso de Deus. Escreveu quase a metade do Novo Testamento.

REFORMA PROTESTANTE E O VÉU

Entre os reformadores protestantes, a esposa de Martinho Lutero, Katherine, usava véu no culto público e John Knox e João Calvino ambos requereram que as mulheres usassem véu no culto público. Entre os comentaristas da Bíblia que defendem o véu durante culto público destacamos, entre um vasto universo, John Gill, Charles Spurgeon, John Wesley, Matthew Henry, A. R. Fausset, A. T. Robertson, William Barclay, John Murray, G. G. Findlay, M. R. Vincent, Harry A. Ironside e Charles Caldwell Ryrie. Na verdade, até o século XX não houve nenhum teólogo

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reformado que ensinasse contra as mulheres cobrirem a cabeça em culto público.

JOÃO CALVINO

«Paulo estabelece, mediante dois argumentos, a preeminência que ele atribuíra ao homem sobre a mulher. O primeiro desses argumentos é que a mulher deriva a sua origem do homem, pelo que lhe é inferior quanto à posição. E o segundo é que, visto a mulher haver sido criada por causa do homem, ela, portanto, lhe é sujeita, assim como o resultado é sujeito à sua causa». (Calvino, in loc.).

João Calvino, um dos pilares da Reforma Protestante, considerado o mais bíblico deles, defendia o uso do véu.

TOMÁS DE AQUINO

Tomás de Aquino, mais conceituado teólogo católico da Idade Média explica esta declaração a partir de I Coríntios 11.10 simplesmente dizendo que: “é porque os anjos estão presentes no Santo Sacrifício da Missa. Os homens devem mostrar reverência, assim como as mulheres. As mulheres mostram reverência, cobrindo suas cabeças, e os homens mostram reverência por não cobrir suas cabeças.”

IGREJA ANGLICANA

Um véu sobre o cabelo faz parte do vestuário e hábito da maioria das ordens de freiras e irmãs religiosas na Igreja Católica e em algumas ordens religiosas femininas Anglicanas. (Wikipedia)

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Além disso, em 1641 uma pintura do pregador Anslo de Rembrandt mostra-o dando conforto a uma mulher que usava um véu.

RAINHA VITÓRIA DA INGLATERRA

A rainha Vitória, de Inglaterra, uma crente fiel e exemplar, quando um dia um grupo do coral cantava o célebre hino “Coroai-O”, ela ergueu-se, tirou a coroa real da sua cabeça e colocou-as aos seus pés, atribuindo desse modo toda a glória ao seu Salvador. Esta mesma rainha teve uma outra atitude na sua vida que ainda admiramos mais: decidiu usar (e usava) o véu; casou-se, por exemplo, com véu – acessório proibido a uma rainha na época.

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Ora, sabermos que houve uma rainha que usou o véu, não podendo, e que agora há mulheres que não o usam, podendo, por achar que é humilhante...

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Vitória era amante das letras, estudou geografia, história, falava fluentemente além do inglês, o francês e o alemão, também tocava piano; podemos dizer que a rainha Vitória era uma erudita apreciadora de artes, aliás, desempenhou a prática da pintura até seus setenta anos. Uma dura perda foi a morte de seu marido Alberto, no ano de 1861, a rainha se desmanchou em lágrimas e viveu em luto por quase toda sua vida. O governo de Vitória perdurou 64 anos, tornou-se o maior reinado da história da Inglaterra. Mais conhecido como a “Era Vitoriana”, o principal feito durante o seu reinado foi o apogeu da política industrial e colonialista inglesa, marcado pela prosperidade industrial da burguesia. Além das atribulações políticas, a rainha Vitória desempenhou uma série de atribuições sociais, como a Abolição da Escravidão no Império Britânico (1838), reduziu a jornada de trabalho dos trabalhadores da indústria têxtil para dez horas (1847), instalou o “Third Reform Act”- direito ao voto de todos os trabalhadores (1884). (Leandro Carvalho, Mestre em História)(10)

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O VÉU NA ANTIGUIDADE

As leis do período médio da Assíria (Século XII a.C.) determinavam que as esposas e as filhas dos cidadãos assírios deviam cobrir-se com véus quando saíam sozinhas às ruas, com exceção das prostitutas e escravas. Quando um cidadão colocava o véu em uma concubina na presença dos vizinhos, estava declarando que ela era sua esposa.

O primeiro uso conhecido do véu para mulheres é reportado em um texto legislativo assírio do século 12 a.C., que restringia seu uso a mulheres da aristocracia e proibia prostitutas e mulheres comuns de o adotarem. O termo em grego micênico a-pu-ko-wo-ko, significando "artesão de véus para cavalos", também é atestado desde cerca de 1300 a.C. na escrita silábica Linear B3 e B4. Textos gregos antigos também citam o uso do véu pela elite persa. Estátuas em Persépolis retratam mulheres usando véus.

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Estátuas gregas dos períodos clássico e helênico por vezes retratam mulheres gregas com a cabeça e face cobertas por véus. Ambos Caroline Galt e Lloyd Llewellyn-Joves argumentaram com base nessas representações e referências literárias que era comum entre as mulheres gregas desse período (ou pelo menos das mulheres de alto status social) o uso do véu em público.

Mulher segurando um véu. figura de terracota, ca. 400–375 a.C.

O VÉU NA IDADE MÉDIA

Tomás de Aquino, teólogo católico da Idade Média explica esta declaração a partir de I Coríntios 11.10 simplesmente dizendo que é porque os anjos estão presentes no Santo Sacrifício da Missa. Os homens devem mostrar reverência, assim como as mulheres. As mulheres mostram reverência, cobrindo suas cabeças, e os homens mostram reverência por não cobrir suas cabeças.

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Na era medieval, mulheres casadas normalmente cobriam a cabeça com véus, depois copiados pelo vestuário das freiras, indicando sua posição como "noivas de Cristo". (Wikipédia)

Por muitos séculos, até por volta de 1175, mulheres anglo-saxãs e anglo-normandas, excetuando as jovens solteiras, usavam véus que cobriam totalmente os cabelos e, por vezes, o pescoço e o queixo. Apenas no período Tudor (1485), quando o uso de capuzes se tornou popular, véus desse tipo começaram a ser menos comuns.

O uso do véu entre mulheres europeias também é atestado em situações de luto e em substituto às máscaras como método de ocultação da identidade de uma mulher. De maneira mais pragmática, o véu também era usado para proteger a pele do sol, da mesma forma que o keffiyeh é usado hoje em dia.

O VÉU NO ISLAMISMO

O uso do véu pelas mulheres muçulmanas tem um significado diferente do véu usado pelas cristãs, e por sua vez o véu no judaismo tem mais relação com o islamismo do que com o cristianismo. Enquanto o islamismo exige que as mulheres usem o véu para cobrir as partes consideradas atraentes, como os cabelos e em alguns casos mais radicais, cobrindo até o rosto para não despertar o desejo sexual nos homens. O véu no cristianismo está ligado ao culto e as orações das mulheres. O significado do véu para o apóstolo Paulo não tem valor social, mas espiritual.

Mulher usando um véu e vestuário compatível com o HIJAB

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Uma variedade de peças de vestuário para a cabeça é usada por mulheres e meninas muçulmanas de acordo com o hijab (o princípio da modéstia no vestuário), normalmente sendo referidos no ocidente como véus. O principal objetivo do véu muçulmano é ocultar aquilo que poderia ser considerado sexualmente atraente para os homens. Muitas dessas peças de vestuário cobrem os cabelos, orelhas e garganta, mas não a face. O khimar é uma espécie de lenço para a cabeça. O nicabe e a burca são véus que cobre toda a face, exceto uma pequena fresta para os olhos. A burca afegã cobre o corpo todo, ocultando totalmente a face, exceto por uma rede que permite que a mulher que a está usando possa enxergar. A boshiya é um véu que pode ser usado como um lenço sobre a cabeça, que cobre toda a face com um tecido translúcido. É sugerido que a prática do uso do véu, incomum entre os árabes antes do surgimento do Islã, se originou no Império Bizantino e se espalhou posteriormente na região. O uso de véus e coberturas para a face por mulheres muçulmanas levantou questões políticas em países do ocidente, especialmente em Quebeque, na França e no Reino Unido. Há também um acalorado debate na Turquia, país secular de maioria islâmica, onde os véus foram banidos em universidades e prédios do governo por serem considerados um símbolo de militância política de grupos Islamistas. (Wikipédia)

O VÉU NO JUDAISMO

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Devemos lembrar que o judaismo e o cristianismo possuem muitas similaridades porque o Deus do Judaismo é o mesmo Deus do cristianismo, apenas o judasimo não reconhece Jesus como o Messias prometido que viria para trazer a restauração a Israel. A rejeição dos judeus ao Messias, abriu espaço para a salvação ser estendida ao mundo inteiro conforme o plano divino revelado por Jesus Cristo. Portanto judaismo e cristianismo são intrisecamente ligados. A Bíblia cristã inclui a Bíblia judaica que é o Antigo Testamento. Na Bíblia Sagrada há outras passagens que fala de outros véus, como:

•O véu da separação - Êxodo 26: 31 a 37

•O véu do coração – II Corintios 3: 6-18-31

•O véu de Moisés – Êxodo 34: 33 a 35

•O véu de Rebeca – Gêneses 24: 65

•O véu de Tamar – Gêneses 38:14

Mulheres judias orando enquanto usa um Tichel .

O uso do véu entre mulheres judias casadas é, segundo formas mais restritas do Judaísmo ortodoxo, uma expressão da devoção e amor exclusivos de uma mulher pelo seu marido. Dessa forma, o Tichel e outras formas de cobertura para os cabelos, considerados uma parte sensual do corpo, são recomendados a mulheres judias de tradições mais ortodoxas como um ato de modéstia. O uso de cobertura para o cabelo é referido na Torah (Números 5:18), onde a cerimônia de punição as mulheres acusadas de adultério se inicia pela remoção dessa cobertura por um sacerdote. A Mishna (Ketuboth 7:6) e o Talmud (Ketuboth 72) também se referem à cobertura dos cabelos como uma obrigação feminina. Tanto a

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Torah (Cântico dos Cânticos 4:1) como o Talmud (Berakhot 24a) se referem aos cabelos como objeto de erotismo e sexualidade (ervah). Véus bordados também são usados de forma simbólica como coberturas para a arca que contém os rolos da Torah nas sinagogas. Essa cortina ou véu chamado parochet, é uma herança do véu do tabernáculo e dos véus que originalmente cobriam a Arca da Aliança e o Santo dos Santos (Kodesh Hakodashim) no Templo de Jerusalém. Esses véus separam fisicamente aqueles espaços considerados particularmente sagrado de outros espaços, e limitam o acesso a esses espaços. (Wikipédia)

O véu é apresentado por Paulo como um mandamento divino, mas as ideias fudamentais sobre o uso do véu pelas cristãs, Paulo herdou intelectualmente da cultura judaica. Lembrando que Jesus e Paulo eram judeus, estando ambos sintonizados com a revelação divina que vinha se manifestando na história por meio do povo hebreu.

O VÉU DE NOIVA

Nos casamentos cristãos durante muitos séculos, as noivas apareciam na cerimônia com a cabeça coberta com um véu, esta tradição é mais antiga que o cristianismo e parece ter origem na cultura romana. Na Bíblia nem há regras para a cerimônia de casamento, muito menos se ordena em usar véu na cerimônia de casamento.

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Véus também é parte integrante do vestuário das noivas em grande parte das culturas ocidentais. Véus compridos, cobrindo o cabelo e a face, substituíram o uso do cabelo longo e solto como símbolo da virgindade da noiva. O véu que cobria a face era normalmente removido ao apresentar a noiva ao noivo, ato que nos casamentos modernos é ignorado. Na tradição judaica a noiva era desvelada apenas antes da consumação do casamento. Não é claro que o uso do véu no casamento é um uso não-religioso, uma vez que na tradição ocidental casamentos quase sempre acontecem em situações religiosas. Entretanto, o uso do véu no casamento predata a associação da cerimônia do casamento com a religião cristã. Noivas romanas usavam véus coloridos para espantar maus espíritos e posteriormente esse véu foi adotado nas cerimônias cristãs. O véu, uma vez tornado símbolo de virgindade, passou a ser adotado também por mulheres cristãs que consagravam sua virgindade a Cristo. (Wikipédia).

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O VÉU DA VIÚVA

Um costume que se popularizou foi a viúva se apresentar em público no velório com um véu preto e manter por um tempo o luto, incluindo o uso do véu. Este ritual também não é mandamento bíblico, mas já foi largamente seguido na era eduardiana da monarquia inglesa, hoje caiu em desuso. Mesmo assim nos circulos de pessoas ricas, famosas e de fino trato estes rituais ainda são observados.

As roupas… Para o funeral, as mulheres vestiam um vestido preto liso e véu negro. Deveriam considerar também um lenço negro bordado. Os homens usariam um terno preto, luvas, chapéu e gravata. O chapéu deveria ter uma faixa de tecido negro ao seu redor. Após o funeral, o uso dos trajes de luto era facultativo. Se você optasse por seguir os hábitos tradicionais, de origem vitoriana, deveria se abster de bailes, jantares, chás… Se você não quisesse abrir mão da sua vida social, era melhor não vestir o luto. Muitas famílias que se consideravam “bem nascidas” não envergavam o luto. Usavam trajes negros no funeral e depois, apenas cores discretas. Mas, se era para adotar o luto, que fosse completo. Os melhores tecidos para vestidos eram a casemira e uma variedade de algodão chamada Henrietta. Sarja francesa para os melhores trajes de alfaiataria. Para os casacos caseiros, crepes. A viúva deveria vestir uma espécie de boina escura, coberta com uma capa de renda ou crochê. Também poderia usar um véu de crepe ou musselina. Era costume usar durante o primeiro ano de luto, mas isso já havia caído por volta de 1908. Filhas solteiras deveriam usar

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um chapéu pequeno decorado com seda sem brilho ou véu de crepe. As luvas negras eram opcionais. Se jóias fossem usadas, apenas em pequena quantidade e feitas em hematita ou esmalte. A duração do luto variava de acordo com a relação que se tinha com o morto: Se a mulher morria, o marido usaria luto por dois anos; Se o marido morria, a esposa usava luto profundo por um ano. Nos 9 meses seguintes, o crepe era reduzido aos poucos, até que ela estivesse usando apenas o traje preto nos três últimos meses; (http://diariosanacronicos.com/blog/rituais-de-luto-na-era-eduardiana-1900-1914/)(2).

Frances Perkins usando um véu após a morte de Franklin D. Roosevelt

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Até a desvariada Lady Gaga usando véu no velório do avô. Usar véu por tradição e moda as mulheres usam... Mas, usar para obedecer a Deus, isso não!!

O VÉU NA MODA

Nem sempre o uso do véu está associado a religião, muitas mulheres usavam o véu em casas de prostituição, dançavam e seduziam clientes. Outras coberturas para os cabelos são usadas mas com finalidade meramente decorativa e de adorno visando essencialmente o embelezamento. As coberturas para a cabeça feminina de cunho religioso é em síntase o véu e de cores discretas. Quando se usa véu ou outras coberturas por vaidade e por moda, costuma-se cometer extravagância nos modelos e nas cores.

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VÉU E SENSUALISMO

Na dança do ventre, arte de dança misturada com sensualismo, as mulheres dançam com um rebolado sedutor e em passos sensuais mexendo o corpo, muitas vezes usam um véu com a qual se faz malabarismos. Nesta diabólica dança do ventre, o véu nunca está na cabeça, mas sendo usado como uma arma de sedução sexual, é como se o Diabo estivesse de forma subliminar dizendo que está afim de brincar e debochar com um símbolo da submissão feminina. Em vez de significar modéstia e pudor, na dança do ventre, o véu é usado como instrumento erótico. Na dança do ventre as mulheres dançam como prostitutas com rebolados, expondo a mudez das coxas e barriga e partes dos seios.

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O VÉU CIGANO

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Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa. A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco. Os ciganos praticam muita magia para influenciar a natureza e as pessoas em seu favor. Na dança cigana cada movimento com o véu esconde um simbolismo, como Luciana do Roccio Mallon descreve de forma poética o significado do véu para as mulheres ciganas:

Significados do Véu na Dança Cigana

Quando uma cigana dança com o véu

Ela quer louvar a leveza e a liberdade

Como um pássaro que voa pelo céu

Batendo suas asas de verdade!

Quando ela amara o lenço na cintura

Significa surpresa, emoção e sentimento

Porque apesar de seu olhar de doçura

Ela tirará este véu em qualquer momento!

Bem no meio da linda música

De uma maneira lúdica e lúcida!

Quando ela joga este lenço para trás

Balanço o véu nas suas costas, bem atrás

É porque começou uma dança de paz

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Este lenço vira asas leves

Em passos suaves e breves

Num doce vai e vem

Que invoca o bem!

Quando ela coloca o véu no meio da cabeça

Ela não deseja que o terceiro olho se esqueça

Que ele é a força da intuição da natureza

Assim, a bailarina vira uma princesa!

Quando a cigana joga o lenço para trás

Homenageia a sua vida nômade e errante

Porque ficar num só lugar não satisfaz

Quem nasceu para ser uma estrela brilhante!

Quando a cigana joga o véu na terra

Para bailar em círculo ao seu redor

Ela homenageia a fertilidade e a nova era

Com a sua dança mágica repleta de suor!

Quando ela coloca o véu transparente

Na frente do seu corpo cheio de magia

A cigana deseja dizer de um jeito inocente

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Que a estrada está cheia de ilusão e fantasia!

Quando uma cigana dança com o véu

Ela quer louvar a leveza e a liberdade

Como um pássaro que voa pelo céu

Batendo suas asas de verdade.

(Luciana do Rocio Mallon)(4)

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O VÉU NA ÍNDIA

Na Índia o véu é usado pelas mulheres no dia-a-dia, e é visível que estas mulheres usam o véu mais como um enfeite, um ornamento e mesmo como um dispositivo de atração, nem sempre como um sinal de submissão ou humilhação.

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No norte da Índia, mulheres hindus frequentemente se cobrem com véus em regiões rurais, particularmente em Gujarat e no Rajastão quando em situações tradicionais e diante de homens mais velhos. Este véu é denominado Ghoonghat ou Laaj. Seu propósito é demonstrar humildade e submissão aos anciãos. (Wikipédia)

Ao chegar a Índia, independente do local aonde se vá, com certeza veremos a maioria das mulheres usando um lenço ou véu. Este véu, pode

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estar na cabeça, pode estar sobre os ombros, pode estar apenas jogado como um cachecol, pode estar amarrado na cintura, etc.

Duas famosas celebridades indianas e seus lenços.

Enfim, o véu é um acessório que não pode faltar na bolsa de uma mulher na Índia. Mas, vamos discutir um pouco sobre os diversos usos e funções do véu. A palavra véu é conhecida por dupatta ou chunari, sendo a dupatta a mais comum. O uso da dupatta ou véu varia conforme a região e a idade. Quanto maior e mais desenvolvida a cidade, mais se verá os véus e dupattas, mas com usos distintos, como estilo ou muito comum, passando ele todo na cara para proteger contra a poluição. Em Mumbai é assim. Algumas moças, nas grandes cidades, usam a dupatta ou um véu aleatório combinando com sua roupa estilo ocidental e jeans. Bem comum.

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Já em outras cidades menores e mais conservadoras, a dupatta deve ser sempre usada com a kurta e o salwar. Nada de dupatta + jeans! (os mais tradicionais não suportam!). É possível também, que haja a distinção entre solteiras e casadas: as solteiras usam Kurta, salwar e dupatta e as casadas, usam o tradicional sari, cuja borda (pallu) já é feita justamente para ser puxada e cobrir a cabeça. Quem visita os pontos turísticos religiosos, como templos,  mesquitas e gurdwaras, é sempre bom ter um véu ou lenço dentro da bolsa, pois provavelmente terá que cobrir a cabeça ao entrar nestes locais. Até aqui, falamos sobre o uso prático da dupatta ou véu de acordo com a região e idade. Porém, há algo ainda mais profundo sobre o véu e o ato de uma mulher cobrir sua cabeça.

Ghoonghat - Creio que esta palavra não seja muito familiar, mas é a palavra correta para descrever o ato da mulher cobrir a cabeça ou até mesmo a face inteira. O ghoonghat deve ser feito pela mulher em relação a todos os homens conectados a ela através do casamento: marido, cunhado, sogro, tios, etc. E, também, em relação a todos aqueles que são mais velhos que seu esposo, ainda que não sejam da família. Em Mumbai, dificilmente você verá alguém fazendo o Ghoonghat. Porém, no Norte da Índia esta prática é muito comum, principalmente nas áreas rurais de estados como: Uttar Pradesh, Punjab, Haryana, Rajashtan, Bihar, UttarKhand, Madhya Pradesh entre outros. Quem opta por fazer o Ghoonghat ou tem esta tradição em família, geralmente cobre a face inteira, podendo observar o que se passa apenas atrás do véu. Muitas noivas fazem o Ghoonghat até que o seu sogro a

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permita remover o véu. Segundo a tradição, isto seria para manter a decência da noiva. Mas, só podemos ver este tipo de cena em áreas rurais ou filmes de Bollywood.

No geral, as mulheres que fazem Ghoonghat devem fazê-lo na frente dos mais velhos e convidados do sexo masculino. Na frente das mulheres e rapazes mais novos que ela, esta não precisa usar.Também é muito usado pelas mulheres nômades dos desertos indianos, para proteger sua pele e olhos do sol e da areia. Há muita especulação sobre quando o Ghoonghat foi implantado na Índia. Alguns acreditam que foi após o Império Mughal, cuja religião era o islamismo e trouxe consigo. (5)

O VÉU NAS RELIGIÕES AFRICANAS

As religiões africanas conhecidas no Brasil como umbanda, quimbanda, candomblé, vodu, macumba, xangô e outras manifestações religiosas da África também é costume as mulheres usarem um turbante ou cobertura para a cabeça. Em alguns rituais isto é necessário para esconder a cabeça raspada, e cortes na orelha e na própria cabeça onde se faz incisões para derramamento de sangue, em rituais de sangue.

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Outra coisa importante é o uso de turbantes, simples, por parte das mulheres. O uso dessas coberturas se faz necessária pelo fato dos médiuns não necessitarem ir a um cabeleireiro ante de ir trabalhar no Templo (vaidade) e também proteger a sua coroa (chacra coronal) da possível infestação de alguns tipos de bactérias[...], oriundas dos atendimentos. Agora, o mais importante é que com a cabeça coberta, todos somos iguais perante Deus, Suas Hierarquias e seus irmãos de fé. (Trecho extraído do livro: O ABC do Servidor Umbandista – Pai Juruá) (11)

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A HISTÓRIA DO VÉU NA ARTE CRISTÃ

As cristãs primitivas.

Os seguintes desenhos dos primeiros cristãos achados nas catacumbas de Roma que datam do século II e III demonstram como as mulheres cristãs daquela época punham em prática a ordem dos Apóstolos quanto ao véu.

Ano 200: Catacumbas - Roma

Ano 200: Catacumbas - Roma

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Ano 200: Catacumbas - Roma

Ano 200: Catacumbas - Roma

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Ano 300: Catacumbas - Roma

Ano 800: Inglaterra

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Não só nos primeiros séculos, senão através da história muitas igrejas ensinaram que a mulher deve cobrir-se.

Idade MédiaDurante a Idade Média, as mulheres cristãs mantiveram o uso do

véu com o propósito de modéstia e oração. Estes véus foram bastante amplos. De fato, o véu tradicional usado pelas freiras católicas romanas até épocas recentes se baseia no estilo do véu usado pela maioria de mulheres Cristãs da Europa em tempos medievais.

Ano 1100: Europa

Ano 1200: Europa

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Ano 1300: Inglaterra

Ano 1400: Inglaterra

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1400: Alemanha

Ano 1400: Europa

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1450: Itália

A Época da Reforma

Nenhuma igreja na Reforma Protestante se opôs ao uso do véu como as cristãs católicas vinham usando.

Ano 1500: Europa

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Ano 1500: Europa

1520: Alemanha

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1525: Igreja Luterana no culto

1530: Inglaterra

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1530: Anabaptista Alemã

1535: Bélgica

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1560: França

1567: Bélgica

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1580: Holanda

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Ano 1600: Europa

Ano 1600: Holanda

1620: França

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1620: Nova Inglaterra

1625: França

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Ano 1600: Holanda - Anabaptistas

1650: Nova Inglaterra

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1650: Holanda

1655: Holanda

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1660: Inglaterra

1670: Europa

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1750: Europa

O VÉU NA IGREJA CATÓLICA ROMANA

Somos ainda do tempo em que na Igreja Católica Romana as mulheres casadas usavam véu preto e as solteiras véu branco. Até os católicos, com todos os seus desvios e abusos na Idade Média, foram obedientes no uso do véu.

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Antes do Concílio Vaticano II, era tradição da Igreja Católica Apostólica Romana o uso do véu pelas mulheres durante a Missa, contudo, após o Concílio Vaticano II o Código de Direito Canônico, que ditava essa obrigatoriedade, foi alterado silenciando sobre o assunto. Aqui no Ocidente as mulheres deixaram de usar o véu na Missa e muitas pessoas pensam que essa tradição foi abolida e até proibida. Mas o uso do véu ainda é parte das doutrinas e tradições católicas, fundamentadas na Palavra de Deus que ordena as mulheres a usarem véu quando oram ou profetizam.

Na Igreja Católica, era costumeiro na maioria das localidades a cobertura da cabeça por véus, capas, estolas, echarpes e barretes, até a década de 1960. (Wikipédia)

Pe. Paulo Ricardo, que é membro do Conselho Internacional de Catequese (Coincat) da Congregação para o Clero, ensina sobre o assunto falando dessa doutrina da Igreja Católica, discorrendo sobre a obrigatoriedade ou não, cor do véu, modéstia no vestir e uso da saia pelas mulheres:

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Meninas comungando de joelhos e usando o véu. Esta cena ainda pode ser vista em algumas Igrejas Católicas, respeitando o mandamento das mulheres usarem véu nos cultos.

Senhoras rezando, de joelhos, na Igreja e usando o véu. As pessoas mis idosas são mais devotas e apegadas aos ensinos mais antigos (e bíblicos).

Uso do véu em Audiência com o Papa no Vaticano. Quase dois mil anos de história e algumas doutrinas bíblicas a Igreja Católica ainda mantém, resistindo a pressão do mundo e do movimento feminista. Umas delas é não ordenar mulher para pastorear igreja, e que o uso do véu como sinal de submissão seja pelo menos respeitado em algumas cerimônias da Igreja, como no caso, quando uma mulher se apresenta diante do bispo primaz da Igreja Romana.

LEI CANÔNICA CATÓLICA OBRIGA O USO DO VÉU

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O editor do blog católico “Rainha dos Mártires” demonstra como o movimenta feminista combate o uso do véu, e como de forma covarde, os participantes do Concílio Vaticano II evitou confrontá-las, todavia, permanece em vigor o Cânon 20 que determina o uso do véu:

Está escrito no Código de Direito Canônico de 1917: Cânon 1262, que a mulher tem que cobrir suas cabeças--"especialmente quando se aproximam da mesa sagrada" (altar). "Mulieres autem, capite cooperto et modest vestitae, maxime cum ad mesnam Domincam accedunt". Após tantos anos de repúdio e/ou indiferença ao véu por parte das mulheres e num contexto geral, o Vaticano (como é de costume após o CVII), não querendo confrontar e/ou decepcionar as feministas, simplesmente fingem que o problema não existe. Quando o Código de Direito Canônico de 1983 foi produzido, a questão do véu simplesmente não foi mencionada (não foi abolida, simplesmente não mencionada). De qualquer forma, Cânones 20-21 do Código de Direito Canônico de 1983 deixa claro que a nova Lei Canônica só abole a Velha Lei Canônica quando eles escreverem explicitamente isto, e que em caso de dúvidas, a Lei Antiga não deve ser revogada, pelo contrario; Cânon 20 (Código Direito Canônico). Consequentemente, de acordo com a Lei Canônica e o costume, a mulher continua tendo o dever de cobrir suas cabeças. O véu cristão é um assunto muito sério, e não somente um que diz respeito à Lei Canônica, mas também o de dois milênios de Tradição da Igreja --na qual se encontra na Tradição do Velho Testamento e no Novo Testamento (Blog: Rainha dos Mártires)

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Outro instituto dogmático católico romano confirma que as católicas devem usar o véu:

Para o nosso caso brasileiro, de forma mais específica, o Concílio Plenário brasileiro de 1929 confirma esta obrigatoriedade, isso antes de existir a CNBB. Ora: esta norma nunca foi suprimida oficialmente. (Grupo São Tomás de Aquino)

CATÓLICA DEVE USAR VÉU NA IGREJA(Pontificale Romanum, De Benedictione et Consecratione Virginum)

Acima de tudo, em respeito à casa de Deus.

O site da Pontifícia Universidade do Peru trouxe o seguinte artigo sobre o véu:

Um dos costumes e disposição eclesiástica católica romana que está ficando em desuso e sendo considerado um arcaísmo e um suposto ataque a natureza da mulher é o uso do véu na igreja. A igreja Católica durante 2000 anos aceitou, propôs e estabeleceu que as mulheres deveriam se cobrir com um véu nas cerimônias do culto como um símbolo de submissão, humildade e obediência a Deus. Na primeira Carta aos Coríntios (11.1-16), São Paulo saiu contra certos pensamentos e praticas paganizantes de algumas mulheres da cidade grega de Corinto. Nosso santo apóstolo expressa: Sede

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meu imitadores, assim como eu sou de Cristo, os louvo, irmão, porque em tudo lembrais de mim, e retendes as instruções com as entreguei. Foi um hábito feliz e norma eclesiástica que a mulher usasse véu na igreja, isto na última fase da Idade Antiga, como durante toda a Idade Média e até bem pouco tempo... O Código de Direito Canônico de 1917 no cânon 1262 § 2 que as mulheres na igreja e mui especialmente quando se aproxima para comungar “devem ter a cabeça com véu e devem vestir-se modestamente...” (En latín es: “Viri in ecclesia vel extra ecclesiam, dum sacris ritibus assistunt, nudo capite sint, nisi aliud ferant probati populorum mores aut peculiaria rerum adiuncta; mulieres autem, capite cooperto et modeste vestitae, maxime cum ad mensam Dominicam accedunt.” ) O novo missal romano promulgado por Paulo VI não explicitou a obrigatoriedade de usar o véu na igreja e no Código de Direito Canônico de 1983 tão pouco foi mencionado o uso do véu, deixando aos clérigos e fieis atuarem segundo seus critérios. Se as mulheres sempre usaram véu, o que foi revelado de extraordinário que agora não se usa mais nestes últimos quarenta anos? Há uma resposta, ainda que dura, mas real: OS HOMENS ESTÃO QUERENDO CONVERTER A RELIGIÃO CATÓLICA EM UMA PSEUDO RELIGIÃO de amor aos homens, independente da vontade de Deus e a obediência a ele devida. Estes autos denominados “católicos” que se insurgem contra o véu, dizendo que as mulheres devem seguir a moda, só que estes chamados “cristãos” se esquecem que na Santa Madre Igreja não existem as modas, porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hebreus 8.8). OS QUE SE OPÕEM AO VÉU ESTÃO INDO CONTRA A SAGRADA ESCRITURA, A TRADIÇÃO E AO DIREITO CANÔNICO. O fato das mulheres não usarem mais o véu, é resultado das ideias do igualitarismo pernicioso infiltrado em nossa igreja por determinadas entidades notadamente anticatólicas, as quais seduzem muitas mulheres, aproveitando-se da rebeldia e das vontades dela, além da irresponsabilidade das pessoas que deveriam zelar corretamente pelas almas que lhe foram confiadas. Este artigo de fé é fundamentado na verdade histórica que a Santa Igreja Católica Romana foi fundada por nosso Senhor Jesus Cristo, por tanto, nela e em suas tradições relacionadas a sã doutrina não deve ser mudada para agradar aos homens, já que fomos criados para amar e servir a Deus nesta vida. Ele estabeleceu em sua igreja para que nós possamos transmitir o melhor caminho e não fazer dela um subproduto de nossos pecados, subjetividades e caprichos! Quanto dor está sentindo nosso Senhor ao ver que tantas mulheres não tem grande respeito na casa de Deus! Tenhamos presente o pecado de nossos primeiros pais Adão e Eva!

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

“Accipe vélamen sacrum, quo cognoscáris mundum contempsísse, et te Christo Jesu veráciter humilitérque, toto cordis annísu, sponsam perpetuáliter subdidísse, qui te ab omni malo deféndat, et ad vitam perdúcat aetérnam”(FUENTE: blog.pucp.edu.pe /// Veritas Liberavit Vos)

CATÓLICOS INTERESSADOS NO USO DO VÉU

Observando o site “Como ser cristã Católica” li o comentário abaixo em um artigo sobre o uso do véu. Vi com apreço como existem muitas católicas interessadas em obedecer a Palavra de Deus no que tange ao véu. Vergonhosamente muitos evangélicos que se dizem mais próximos da Bíblia, desprezam este mandamento com as explicações mais sofistas possíveis. Lógico que na Igreja Católica há muitos erros doutrinários graves. Mas na questão do véu está mais próxima da verdade do que muitas igrejas evangélicas que no ímpeto de arrebanharem pessoas, estão dispostas a abandonarem os princípios mais básicos do cristianismo. Não é à toa que muitas denominações evangélicas ordenam mulheres para o oficialato da Igreja, passaram a aceitar o divórcio sem restrição, e algumas mais avançadas estão pregando o aborto, e até participando da Parada Gay e em blocos de carnaval.

- 20 de maio de 2012 14:31

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Sou o Maurício, de Caravelas-BA. Sou vocacionado para a diocese.Quero agradecer pelo trabalho de vocês em conscientizar às meninas/moças/senhoras sobre a modéstia cristã. Desejo que Deus lhe dê força pra perseverar nessa vocação que você tem de catequisar. Há pouco tempo comecei a aprender sobre o piedoso uso do véu e sobre a modéstia tradicionalmente católica. Entre outros estudos sobre a doutrina da igreja, me apaixonei pelo uso do véu, de forma que desejo que as meninas católicas que conheço, vivam a modéstia, tendo em vista que muitas não a vivem por ignorância sobre o assunto. Entre as meninas de minha cidade, há uma da qual eu sou mais próximo e amigo. Sei que ela participa de um movimento (RCC) que parece, aqui no Brasil, não aderir à Sagrada Tradição. No entanto, penso que se esse movimento denominado católico, ele deve se adequar ao que a igreja vive, na tradição. Ou seja, que eu devo ensinar à minha amiga sobre a modéstia cristã. Ante tantas situações nos comentários acima, pensei se você poderia me aconselhar ao que fazer (devo ensinar ou não, como devo ensinar, o que devo dizer, onde comprar ou mandar fazer para presentear, o que devo comprar pra uma costureira fazer, etc.).

Na conversa abaixo, uma católica comenta que gostaria de usar o véu, mas como caiu em pecado, ao que tudo indica, pecado sexual, a mesma se considera indigna de usar o véu. Mas embaixo, outra leitora do referido blog COMO SER CRISTÃ CATÓLICA a incentiva a usar o véu, dizendo que se ela já resolveu o seu pecado confessando-o a Deus, não deve ficar receosa, além do que, o véu não tem relação com pureza sexual, mas obediência à ordenança divina.

Silvia Mattos 3 de dezembro de 2013 15:14

Gostaria muito de voltar a usar o véu. Mas não posso. Deixei-me levar por um relacionamento sujo, que tirou de mim o precioso dom da pureza. Como me arrependo! Hoje, tendo confessado e voltado à vida na comunidade, sei que muitos sabem da minha grande falta. Seria um escândalo se eu usasse o véu preto, não sendo casada e escândalo maior se eu usasse o branco. Peço que orem por minha alma entristecida.

Graziela 3 de dezembro de 2013 20:29

Silvia, vamos por partes. O véu (branco) não tem ligação com pureza, se antes tinha hoje não tem mais, até porque,

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infelizmente, hoje em dia não é tão fácil encontrar mulheres puríssimas, né? Depois, em outro comentário você falou que era catequista. Ora, se você já confessou e até é catequista na Igreja, pode usar o véu tranquilamente. Você não deve satisfação para ninguém, só para Deus e com esse, em relação ao seu pecado você já resolveu, né? Use o véu. Sem medo. Deixa que o povo fale, mais faça o que o seu coração pede. Se é solteira, não pode usar o véu preto. Então use o branco. Se o problema é a "falta" da pureza, então use um véu bege, gelo, offwhite.... Mas, USE O VÉU!!! 

Boa sorte.

Os registros escritos e artísticos da história do cristianismo revelam que nenhuma comunidade cristã questionou a doutrina do véu.

Católicas de verdade sempre usaram o véu como uma regra, não somente nas missas como em várias situações e eventos na comunidade. O texto abaixo descreve vários episódios da vida da cristã católica em que ela deveria usar o véu:

Uma família católica com marido e mulher casados pelo sacerdote, e consumado o casamento tem sua primeira filha esta é batizada no segundo dia após seu nascimento com a cabeça descoberta evidentemente. Aos cinco anos a menina vai para as aulas de catecismo com a turma feminina e instruída por uma freira, até então ela não vai à missa. Então aos sete anos, ela põe seu primeiro véu branco dado e costurado por sua mãe, põe seu vestido modesto com mangas e compridinho e vai ao confessionário se confessar, então no domingo será o dia de sua primeira comunhão, aí ela se veste de noiva com seu véu

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branco e uma vela. Ela como presente ganha dos seus amigos e parentes véus brancos de vários tipos, a partir daí ela vai todos os domingos e dias santos, ou nas missas diárias com seu véu branco. Por volta dos quinze anos, ela se veste da mesma maneira como se vestiu na primeira comunhão, mas desta vez com mais requinte, com seu véu branco sobre o rosto e um vestido branco com uma calda, grinalda, luvas e um ramalhete nas suas mãos, aí ela se casa. Após a festa de casamento ela abre seus presentes e quase todos os presentes vinham sempre com um véu preto. Então assim ela irá a todas as missas de véu preto. Também após o casamento ela usará em funerais e missas de Requiem, um vestido todo preto com um véu sobre o seu rosto, o mesmo acontecerá com suas filhas. Após a sua morte no dia de seu funeral ela será enterrada com um vestido preto e véu em sua cabeça. (Thetimman)(3)

Jacqueline Kennedy de véu no velório de John Kennedy.

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Católica orando com véu, mesmo quando a igreja católica já não exige o uso obrigatório. Mas no meio evangélico, quando uma igreja não adota o uso do véu, nenhuma mulher usa para não ser recriminada.

IMAGENS DE MARIA COM VÉU

Não considero relevante e importante o fato das imagens de Maria com véu, para mim, que creio na Bíblia como única regra de fé, as tradições católicas de Maria usando véu, se quer pode ser usada como prova histórica. Mas também não podemos descartar por completo o valor desta milenar tradição que Maria sendo uma judia e depois uma seguidora de Cristo, teria se comportado com convinha a uma judia-cristã, usando o véu. A representação que os artistas católicos fazem de Maria com um véu na cabeça é compatível com a cultura da época e com a doutrina cristã. Selecionei várias imagens de Maria que há pelo mundo, todas Maria usando o véu. Como cristãos devemos fazer as coisas porque Deus manda, não para imitar Maria. Mas considerando que Maria era um bom exemplo de serva de Deus, pois ela teve uma missão muitíssimo especial, gerar em seu útero o

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corpo físico de Deus que encarnaria para salvar o mundo, inclusive a própria Maria que o chamou de seu salvador.

46 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, 47 E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; (Lucas 1.46-47)

Portanto, pelo menos os católicos tem o dever moral de seguir o exemplo de Maria, usando o véu.

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IGREJAS DO SÉCULO XXI QUE USAM VÉU

ADENOMINACIONAIS

Também conhecidos como "Igreja cristã", "Congregação Cristã" e semelhantes. Grupos de irmãos que se reúnem quase sempre em casas, possuem ministério próprio, alguns congregam em igrejas semelhantes, porém realizam batismos e santa Ceias, encontram-se por todo país, são conhecidos por buscar o primitivismo apostólico, sendo considerados um movimento de restauração da igreja. Alguns grupos possuem sites.

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CONGREGAÇÃO EVANGELICA APOSTOLICA NO BRASIL

Iniciada em Imperatriz, Maranhão, assim como as Assembleias Cristãs buscam o primitivismo apostólico.

IGREJA RENOVADORA CRISTÃ

Iniciada pelo ancião Aldo Ferreti na década de 1980, possui doutrina mais rígida. O templo sede da Renovadora fica no Bairro Heitor Penteado (Perdizes - São Paulo - Capital).

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IGREJA CRISTÃ REMANESCENTE

Desligamento da Congregação Cristã no Brasil, a Congregação Cristã Conservadora se unificou com este grupo.

IGREJA DO ORIENTE

– Também conhecida como Igreja Assíria ou de Igreja Nestoriana. È originária do Cristianismo estabelecido historicamente no Iraque e Pérsia. Tinha sede em Susã, no Irã e durante parte da Idade Média foi a maior denominação cristã, com cerca de 60 milhões de membros, mas devido às perseguições possui atualmente cerca de 200 mil membros, a metade no Iraque. Possui sede em Chicago. Batiza adultos e crianças por imersão. Aos

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padres e recentemente os bispos são permitidos casarem. Rejeitam o culto aos santos e ícones. Sentam separados no culto, saúdam com ósculo santo, as mulheres usam véus.

IGREJA EVANGÉLICA ARABE – IGREJA EVANGÉLICA ARMENIA – SÍNODO EVANGÈLICO COPTA DO NILO -

ASSEMBLEIA PENTECOSTAL IRANIANA

Na década de 1830 missionários presbiterianos ingleses e americanos iniciaram a evangelização entre árabes, assírios, armênios e coptas. Durante a I Guerra Mundial esses cristãos foram duramente massacrados e dispersos. Nessa época houve um avivamento com sinais de glossolalia na Armênia e na colônia Assíria-Iraniana de Chicago. Hoje há cerca de 500.000 cristãos evangélicos oriundos dessas denominações no Oriente Médio e diáspora, a maior é o Sínodo Evangélico Copta do Nilo, com 60% desse número. Doutrina geralmente calvinista, práticas como ósculo santo, assento separado e uso do véu são comuns.

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MENONITAS

Originários do movimento anabatista na Holanda no século XVI, creem que a adesão à igreja deva ser voluntária e só batizam adultos. Dentre os mais conservadores as mulheres andam com a cabeça coberta e se vestem modestamente. Há hoje 8 milhões de menonitas no mundo, concentrados nos EUA, Canadá, Rússia, Alemanha, Paraguai, Etiópia. O estilo de vida dos menonitas primitivos é para mim um dos mais santificados entre os cristãos do mundo inteiro. Deus salve os menonitas!

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IGREJA CRISTÃ EVANGELICA DE TORINO – ITÁLIA

Igreja fundada em 1927 por Antônio Brunetti, que em 1944 morreu na câmera de gás em um campo de concentração nazista, em meio à perseguição contra os pentecostais iniciada em 1935. Até no batismo as mulheres usam véu.

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IGREJA CRISTÃ REMANESCENTE PRIMITIVA

AMISH

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Uma das ramificações mais radicais dos menonitas, não usam prédios para culto, antes se reúnem em casas. Praticam o uso seletivo de tecnologia moderna. Os elderes (anciãos) são leigos e abrem a Bíblia aleatoriamente para a palavra. Não usam instrumentos nos cultos, onde as mulheres sentam separadas dos homens. Praticam o ósculo santo e o uso do véu. Possuem 300.000 membros.

IGREJA PRESBITERIANA LIVRE DO ULSTER

Original da Irlanda. Os cultos são solenes, com as mulheres com a cabeça coberta, cantam somente os salmos e as igrejas mais tradicionais não usam instrumentos algum nos cultos. Surgida na década de 1950, possui cerca de 5000 aderentes. O batismo é ministrado a adultos somente.

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OBRA DA RESTAURAÇÃO

Iniciada em 1964, observam: o véu que as mulheres cristãs devem usar para orar e profetizar; a saudação com o ósculo santo; o “porte” dos homens e das mulheres cristãos; o Lava-pés praticado pela Igreja por ocasião da Ceia do Senhor, cuja celebração é realizada uma vez por ano com a utilização do vinho puro.

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CASA DE ORAÇÃO

Movimento cristão adenominacional. Possui doutrina Fundamentalista cristã. Conhecidos como “Irmãos”, “Irmãos de Plymouth”, “Assembleias dos Irmãos”, ou “Casa de Oração”, valorizam a autonomia da igreja local. O movimento teve inicio em Dublin na Irlanda no início do século XIX. Os primeiros irmãos eram estudantes que começaram a se reunir sem nenhum interesse de começar uma nova denominação. A Igreja chegou ao Brasil em 1878 através do missionário inglês Richard Holden fixando no Rio de Janeiro. Holden inicialmente frequentou a Igreja Evangélica Fluminense, mas influenciado pelas as ideias do ministro e escritor britânico, John Nelson Darby, iniciou a organizar igrejas seguindo estes princípios. Anos mais tarde, em 1896 um outro missionário inglês, Stuart Edmund MacNair, plantou várias Igrejas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. As igrejas possuem extrema autonomia local, são geridas por um corpo colegiado de ministros, os anciãos e diáconos.

CONGREGAÇÃO CRISTÃ APOSTÓLICA

Iniciada em Aparecida de Goiânia

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CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

Iniciada em Santo Antônio da Platina - PR

CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO SÉTIMO DIA

Iniciada em Santa Catarina.

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IGREJA "OBRA DE RESTAURAÇÃO"

IGREJA APOSTÓLICA

Grupo de pessoas que saíram da CCB na época do José Valério e a CCB-R, mas decidiram não retornar a CCB. Presidida por Manoel ancião de Guanabi, BA.

ASSOCIAÇÃO DE MEMBROS DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

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Movimento iniciado em 2002 por Ezequiel Lourenço, Jahyr Ferreira do Amaral, Osni R. Santos de São Paulo e Reginaldo Fernandes de Tatuí-SP. Possui um site http://associacaodemembrosccb.blogspot.com.br/

IGREJA CONGREGAÇÃO CRISTÃ

IGREJA DO DEUS VIVO PRIMITIVA

IGREJA SINOS DE BELEM

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Igreja fundada no estado de São Paulo pelo missionário Josias. Em suas práticas cristãs incluem o celibato para um pseudo-grupo eclesiástico chamado de Primícias. Acreditando serem os 144.000 do Apocalipse.

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IGREJA UNIVERSAL ASSEMBLEIA DOS SANTOS

ASSEMBLEIA DOS SANTOS

IGREJA DE RESTAURAÇAO CRISTÃ NO BRASIL

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CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO SENHOR JESUS NO BRASIL

IGLESIA APÓSTOLES Y PROFETAS

Fundada em 1999 com sede em Maryland, possui congregações em Honduras, El Salvador, Nicarágua, além dos Estados Unidos.

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APOSTOLIC CHRISTIAN CHURCH/

IGREJA CRISTÃ APOSTÓLICA

- Apostolic Christian Church Practices Series -

No site da Igreja Cristã Apostólica eles justificam assim o uso do véu:

“Para aqueles que assistem a um culto na Igreja Cristã Apostólica, pela primeira vez, há algo que eles estão propensos a notar de imediato. Eles vão observar que as mulheres usam véu na cabeça. Como a maioria das denominações de igrejas não enfatizam a necessidade das mulheres em ter as suas cabeças cobertas durante o culto, o visitante pode estranhar, parecendo incomum para alguns, mas esta prática não foi considerada incomum para os crentes na Bíblia nos primeiros tempos e nos séculos que se seguiram. A Bíblia Sagrada é inconfundível no ensino que mulheres crentes devem cobrir a cabeça quando oram ou profetizar. Em sua carta à igreja primitiva em Corinto, o apóstolo Paulo falou sobre esta prática. A substância de seu ensino a este respeito está contida em I Coríntios 11: 2-16.

É uma grande bênção para as mulheres convertidas na igreja ter que usar o véu. Todas elas podem prontamente atestar a alegria que sentiram na conversão quando elas começaram a ornamentar-se de acordo com esta

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norma bíblica, e também, como elas procederam em sua caminhada cristã, Elas voluntariamente admitem a satisfação experimentada em saber que estão cumprindo um requisito bíblico.

IGREJA ORTODOXA DA ETIÓPIA

Ate 1959 a Igreja Ortodoxa Etíope era parte da Igreja Copta da Etiópia. Possui 40 milhões de membros, essa comunidade foi autorizada pela Igreja Copta para ter o seu próprio Patriarca. Acreditam que foram evangelizados pelo Eunuco descrito em Atos 8. Mantem a prática das mulheres usarem véu.

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IGREJA ORTODOXA COPTA

Igreja com cerca de 10 milhões de membros, principalmente no Egito. Consideram seu fundador, o evangelista Marcos, no ano 60 d.C.

O VÉU APARTIR DO SÉCULO XX

A prática começou a cessar por volta de 1930 e começou a firmar-se em 1950. A partir daí as mulheres tornaram-se neste aspeto cada vez mais decadentes e insolentes na sua postura, mesmo eventualmente não tendo disso consciência. Quando as mulheres deixaram de cobrir as suas cabeças as primeiras razões que apresentaram foram: "esta é agora a nossa forma de proceder", ou "não nos cobrimos simplesmente porque não nos cobrimos mais". Os seus argumentos eram tão lógicos como dizer, "eu mato, porque mato." Depois ouviram-se razões como, “isso foi lá atrás, naquele tempo e cultura", etc. Tal raciocínio é ilógico, contraditório e desonesto, na melhor das hipóteses, pois ignora completamente o fato de que as mulheres USARAM UNIVERSALMENTE O VÉU até há cerca de cem anos atrás."

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O uso de TECIDOS COMO VÉU para cobrir a cabeça em adoração foi, pois, universalmente a prática das mulheres cristãs até o século XX. O que aconteceu? Será que, de repente, descobriram alguma verdade bíblica para a qual os santos durante milhares de anos estavam cegos? Ou foram antes pontos de vista de mulheres que foram corrompidas pelo movimento feminista moderno que se infiltrou na Igreja de Jesus Cristo?

Cobrir os cabelos era prática comum entre mulheres ao frequentar igrejas até a década de 1960, tipicamente usando véus de renda. Um tipo de véu de renda que cobrem a face ainda é usado por mulheres europeias e de diversas denominações cristãs em funerais. No Brasil denominações cristãs como a Congregação Cristã no Brasil, dentre outras, ainda adotam o uso de véus durante serviços religiosos e orações. Os Menonitas e outras religiões americanas também adotam o uso do véu nessas situações. (Wikipédia)

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

As Testemunhas de Jeová adotam o véu conforme texto da revista Sentinela:

O uso do véu pelas Testemunhas de Jeová é só e ocasiões especiais, não sendo usual no culto, mesmo assim ainda usam vagamente o véu.

A CONTRACULTURA DO VÉU

A contracultura do uso do véu tem se tornado um dos maiores embates e barreira contra o uso da cobertura para a cabeça por parte das mulheres. As igrejas que adotam o véu nos seus cultos são logo taxadas de seitas pelas demais denominações que passam a condenar veementemente o uso do véu pelas mulheres. Trata-se de um fundamentalismo laico que se infiltrou dentro da própria igreja evangélica. É lamentável que parte da igreja tenha se colocado ao lado dos ímpios para reprimir o uso do véu como ocorre em vários países da Europa, como a França, criando leis que vetam o uso do véu em público, claramente uma lei contra a religião, especificamente contra as mulheres muçulmanas.

O uso do véu tem mesmo sido considerado um escândalo. José Alberto Barrera em 2010 escreveu um artigo e citou como em cinquenta anos, o véu passou de algo culturalmente elogiável e agora se tornou culturalmente reprovável. O véu bíblico cobre a cabeça, enquanto a burka

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dos radicais islâmicos cobrem todo o corpo. Independente disso, não devemos se opor a religiosidade dos outros. Ainda no ocidente alguns redutos se mantem fieis ao uso geral do véu como na cidade de Lourdes em Portugal, onde as freiras enfermeiras usam véu. Em alguns cantos da Bosnia Herzegovina as mulheres católicas usam véu. Na Espanha também há regiões que as mulheres usam o véu no dia-a-dia com na Galícia e Astúrias.

VÉU, SÓ UM USO E COSTUME?

É interessante que o uso do véu pelas mulheres passou a ser contestado a partir do século XX quando cresceu o movimento feminista, as campanhas a favor do aborto e do homossexualismo. O véu sobre as cabeças das mulheres é a parte visível e simbólica da submissão feminina ao homem. Quem rejeita a doutrina da submissão da mulher ao homem, quem rejeita a submissão do homem a Cristo, não tem mesmo porque aceitar o uso do véu. Coube aos teólogos farsantes elaborar uma desculpa para justificar a eliminação do véu nos cultos, e então inventaram a mentira que a doutrina do véu, era só um costume local que não faria sentido nos dias modernos. Se usarmos esta lógica diabólica, também devemos pensar que o batismo é um simbolismo arcaico, desnecessário nos dias modernos, a ideia de tomar vinho como se fosse sangue e comer pão como se fosse carne de alguém também parece algo primitivo, de ideologia antropofágica. Se usarmos esta lógica que o véu não faz sentido em nossa cultura, devemos pensar que o divórcio, o aborto e o homossexualismo é algo natural e bem ajustado ao nosso tempo, não tendo porque a igreja resistir às pessoas que se divorciam, que abortam e praticam o homossexualismo, devendo a igreja acolher estas pessoas e não condená-las. Estes que rejeitam o véu, amanhã estarão considerando como questão cultural o divórcio, aborto, homossexualismo, sexo livre, adultério etc... São vítimas do engano do Diabo e mensageiros do engodo ao pregarem que o véu não é mais necessário na igreja. O mesmo espírito maligno que destruiu a prática sagrada da mulher usar o véu no ocidente, nos países ditos cristãos, está agora em campanha contra as mulheres muçulmanas que guardam sua beleza e seus cabelos para às vistas dos seus respectivos maridos.

COSTUMES DAS NAÇÕES

Muitos dizem que o uso do véu é um costume judaico adotado por Paulo. Ok, e quem é o Deus do judaísmo, se não o Deus do cristianismo? O

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Deus, os conceitos, os livros sagrados do judaísmo (Leis, Profetas e Escritos) são os mesmos do cristianismo. Seguimos sim novos costumes quando resolvemos seguir ao Senhor, e temos a obrigação moral de abandonar os costumes e culturas das nações.

"E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto fui enfadado deles." (Levítico 20 .23)

Uma tática do Diabo é dizer que devemos somente seguir a Bíblia quanto às doutrinas, os usos e costumes não são obrigatórios. Todavia, muitas vezes não temos como separar costumes pagãos das doutrinas. Por exemplo: A idolatria é uma questão de costume e doutrina:

"Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com machado;" (Jeremias 10.3)

Da mesma forma, o véu era costume oriental e também carrega conceitos e símbolos doutrinários, basta não ser mente fechada e ler o texto de I Coríntios 11, sem querer distorcer o sentido do texto e a pessoa sincera admitirá que os motivos que Paulo dá para usar o véu transcendem a costumes insignificantes, sendo sim, baseado em verdades espirituais e atemporal.

EU FAÇO O QUE OS OUTROS FAZEM

Felipe Danner escreveu um artigo no site “O cristão primitivo” (6) e destaca que muitos cristãos estão convencidos da necessidade das mulheres usarem o véu quando oram e profetizam, mas pensam: “são tantas pessoas, boas cristãs que não usam véu, que acredito que Deus não deixará de salvá-las só por esta falta.” E assim acham que pela desobediência dos outros, a sua própria desobediência é justificada.

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes." (I Coríntios 15.33)

Os cristãos estão obrigados a seguir os bons costumes, e não deixar se corromper pelo fato da maioria dos cristãos não seguir os costumes DETERMINADOS pela Palavra de Deus.

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Conhecer qual é a vontade de Deus e não praticá-la é semelhante a pessoa que constrói a casa na areia, na tormenta do juízo não subsistirá. Sabe que o véu é um costume doutrinário, como a Ceia, o Batismo, e a castidade, e não obedece, pode incorrer na situação descrita por Jesus:

24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; 25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26 E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; 27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. (Mateus 7.24-27)

ETIQUETAS SOCIAIS X COSTUMES SANTOS

Etiquetas sociais podem varias de tempo e local, e se elas não ofendem a moral cristã, o servo de Deus está livre para se adaptar as tradições locais sem agredir a sua consciência cristã, mas se uma etiqueta (convenção social) vai de encontro a Palavra de Deus, o servo de Deus não deve seguir a regra social. Fazer sexo antes do casamento tem se tornado um costume social aceitável, muitos namorados se acariciam com intimidades que excitam sexualmente e praticam o sexo regularmente mesmo sem estarem casados. Este “usos e costumes” podem ser aceitos pela igreja? Se quisermos ser cristãos fundamentalistas, bíblicos, obedientes e salvos temos que repudiar estes costumes. Portanto, os cristãos estão obrigados a seguir certos costumes como ordenanças divinas e como doutrinas pétreas. O costume do uso do véu pelas cristãs não são baseados em etiquetas sociais, são baseados em princípios teológicos como o apóstolo Paulo expôs, isto é, baseado na hierarquia divina que não mudou, baseado na ordem da criação que não mudou, baseado na relação com os anjos que não mudou, e baseado na natureza biológica que não mudou, portanto é irrelevantes as mudanças na etiquetas sociais, o costume do véu é baseado em princípios supraculturais.

ADVERTÊNCIA AOS DESOBEDIENTES

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Alguns tratam de justificar-se, dizendo: "Mas há tantas igrejas que não requerem o véu, e eles são bons cristãos". Outra vez, escutemos a palavra de Deus. Quem é um "bom cristão"?

21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. 23 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. 24 Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou. (João 14.21, 23-24)

4 Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. (I João 2.4-5)

Nunca podemos justificar-nos de nossa desobediência pela desobediência de outros, nem ainda pelos assim chamados cristãos. O medir-se a si mesmo comparando-se com outros não é sábio. Pode ser que alguns não praticam esta ordem por falta de instrução ou falta de entendimento. Mas aos que negam e recusam a sã doutrina de Deus, a Bíblia mesma lhes julgará.

15 Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. (II Tessalonicenses 2.15)

6 Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. (II Tessalonicenses 3.6)

Se dentre os cristãos muitos vão receber juízo de condenação, pior ainda para o mundo que nem estão aí para obedecer ao evangelho. O uso do véu pelas mulheres é parte do Evangelho. Será que pesa tanto assim colocar um véu de poucos gramas na cabeça, para agradar a Deus?

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"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" (I Pedro 4.17)

Sinceramente ficou preocupado com os líderes das igrejas que não querem instituir o uso do véu na igreja. Muitos não o fazem porque temem perder parte do rebanho, mesmo que no íntimo tem convicção que o véu é mandamento bíblico. Outros ficam em dúvida, mas não querem se aprofundar no tema, temeroso em ter que mudar de opinião e acabar ficando em um dilema de consciência angustiante. Mas pergunto-me: Será que vale a pena ter um rebanho cujo líder não pode ensinar toda verdade? É melhor não ser um mestre ou líder do que sê-lo e não ter coragem de falar toda a verdade, pondo em risco a própria salvação.

"MEUS irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo." (Tiago 3:1)

Há um ditado que diz: “O pior cego é o que não quer vê.” Muitos cristãos não querem nem lê este compêndio com medo de se convencerem da necessidade das mulheres usarem o véu para agradarem a Deus, e com isso pode irromper uma crise interior diante do dilema de como iria convencer a igreja, e havendo grande risco da igreja se dividir. Muitos querem ser reconhecidos como mestres da Palavra, mas não buscam ler e entende-la como ela de fato ensina.

"Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam." (I Timóteo 1.7)

FIEL NO POUCO

Insisto a todos os líderes cristãos que obriguem as mulheres a usarem véu quando oram ou profetizam e também no culto. Não se fiem no fato de ser um “mandamento pequeno”, pois Deus está olhando para os que procuram obedecer até nos mínimos detalhes:

10 Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. (Lucas 16.10)

TORÇENDO AS ESCRITURAS

Devemos zelar pela palavra de Deus e procurar interpretá-la corretamente, quem procura torcer o sentido do texto original para satisfazer sua vontade e das feministas pode está indo para a perdição:

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15 E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16 Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. (II Pedro 3.15-16)

APOSTASIA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS

Sinais da apostasia no povo de Deus é a mulher tirar o véu da cabeça e colocar as pernas à mostra. Quando o profeta Isaías vaticinou a queda da Babilônia ele usa estas duas figuras de linguagem:

2 Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu, descalça os pés, descobre as pernas e passa os rios. (Isaías 47.2)

Na Lei de Moisés havia um ritual de juramento de mulher suspeita de adultério, na qual o véu era retirado da sua cabeça:

18 Então o sacerdote apresentará a mulher perante Javé, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote.(Números 5.18)

Estas simbologias do judaísmo nos trazem lições espirituais. E o Espírito Santo por meio de Paulo assimilou o véu e que a mulher quando ora sem ele é um ofensa para Deus.

5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. (I Coríntios 11.5-6)

Quem é espiritual aceita esta palavra, quem é contencioso a rejeita. O Dr. Fabiano Antônio Ferreira, já citado nesta obra anteriormente, conclui que a Igreja evangélica dos nossos dias está se comportando como a igreja de Corinto, a mesma atitude de rebelião. O texto do Dr. Fabiano diz: “Pois bem, depois de concluir que a defesa do uso véu saiu da lavra apostólica, de modo claro e indubitável, uma questão se impõe: Pela maneira como ensinou o apóstolo, o uso do véu quando da adoração seria uma

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obrigatoriedade para as mulheres cristãs até os nossos dias, então por que a igreja evangélica reluta em obedecer a essa doutrina? A igreja evangélica de nossos dias não está se comportando exatamente como a igreja de Corinto, de modo a levar avante a mesma atitude de rebelião contra a autoridade apostólica que prevalecia no seio daquela igreja até à época em que Deus usou o apóstolo para corrigir essa situação? Infelizmente temos de admitir que esta é a situação vigente na maior parte do evangelicalismo contemporâneo. São raras as igrejas evangélicas que encaram as determinações de Deus através do apóstolo Paulo realmente como determinações divinas. Hoje, a maior parte das mulheres evangélicas não adora a Deus durante o culto coberta com véu. E isto não decorre, como demonstrei em meu outro artigo sobre este assunto (O uso do véu – reinterpretando 1Co 11.2-16), de qualquer possibilidade interpretativa honesta. A menos que sejamos infiéis em nossa interpretação das Escrituras é que podemos deduzir que Paulo ensinou outra coisa diferente, conforme qualquer leitor poderá concluir através da simples leitura de 1 Co 11.2-16, ou, se preferir, com a ajuda da abordagem lúcida e sucinta do meu artigo anterior, nos quais recorri a muitos excelentes intérpretes para não falar sozinho.”

VOLTEMOS A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. (Atos 2.42)

Há alguns anos atrás estive no Mendes Convention em Santos onde o importante líder evangélico pastor Silas Malafaia discursava, em dado momento ele disse que não iria voltar a igreja primitiva, mas que iria em busca do novo, pois Deus disse: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (II Coríntios 5.17). Acho que o texto foi colocado fora de contexto. A igreja não tem que ir atrás de doutrinas novas, ela tem que permanecer na doutrina dos apóstolos. O que se faz novo é a nossa vida, que deixamos de praticar os atos do pecado e do mundo, para vivermos uma nova vida em santidade. Obviamente que Silas Malafaia não prega o dever das mulheres cristãs se cobrirem com véu quando oram. Mas prega a comemoração do natal como uma festividade cristã! Realmente ele esta indo atrás no novo... Assim como ele muitos cristãos dos mais diversos grupos precisam voltar a doutrina dos apóstolos.

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HIPOCRISIA

46 E por que me chamais, SENHOR, Senhor, e não fazeis o que eu digo? (Lucas 6.46)

Um dos perigos mais graves do cristianismo é admitirmos qual é a vontade de Deus e simplesmente deliberamos em não obedece-lo. Alguns cristãos mentalmente escolhem quais mandamentos vão obedecer e quais irão passar por cima. Uma coisa é pecar por ignorância, outra é saber qual é a vontade do Senhor e se recusar a obedecê-lo. Servo não escolhe qual ordem vai obedecer...

GUARDE TODOS OS ENSINAMENTOS

20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28.20)

O véu é ensinamento bíblico, os líderes devem ensinar e estimular a igreja a obedecer a palavra de Deus. Quem é líder e não ensina os cristãos a guardar TODAS AS COISAS está em falta com Deus. Não tenha um pensamento mundano dizendo que a falta de um véu na cabeça não vai impedir das mulheres entrarem no reino de Deus. Um pedaço de pano com certeza não impedirá ninguém a se salvar, mas a desobediência é pecado, e pecado é a única coisa que nos afasta de Deus!

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QUESTIONÁRIO, REFLEXÃO E MEMORIZAÇÃO

1 – Qual o texto áureo sobre a doutrina do véu?

2 – Quais os três rituais do cristianismo?

3 – Em que consistia a rebelião da igreja de Corinto quanto ao véu?

4 – Cite algumas razões que Paulo deu para as mulheres usarem véu.

5 – Quais as possíveis relações dos anjos com o fato das mulheres usarem véu?

6 – Explique porque o véu de I Cor 11.15 não é o cabelo.

7 – Quais pensadores eruditos ensinaram sobre o uso do véu?

8 – Por que o véu é preceito de Deus e não somente de Paulo?

9 – Cite algumas desculpas que alguns dão para não usar o véu.

10 – Qual trecho bíblico há uma ameaça velada de excluir a igreja que não usa véu?

11 – Relacione o nome de alguns dos “pais da igreja” que ensinaram sobre o véu.

12 – O que as gravuras nas catacumbas de Roma nos revela sobre a questão do véu?

13 – Copie um trecho do texto do Dr. Norman Champlin em que ele é incisivo sobre a ordem de Paulo para as cristãs usarem véu.

14 – Relacione alguns reformadores que pregaram o uso do véu.

15 – Qual exemplo a rainha mais poderosa da história da humanidade nos deixou sobre o véu?

16 - Qual a posição da igreja católica em toda sua história sobre a questão do véu?

17 – Relacione algumas denominações cristãs que usam o véu?

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18 – O que é a contracultura do véu?

19 – O que a arte cristã nos mostra sobre a questão do véu no transcurso da história?

20 – Quais advertências a Bíblia nos dá sobre a desobediência voluntária?

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

Ελληνικό Λεξικό (Dicionário Grego): Επανωκαλύμμαυχο

Leo Rosten, Religions of America (Simon and Schuster 1975), p. 122

Review of Herrin book and Michael Angold. [S.l.]: Cambridge University Press. 426–7 & ff;1995 p. ISBN 0521269865

John Esposito. Islam: The Straight Path. 3rd ed. [S.l.]: Oxford University Press, 2005. 98 p.HOFFMANN, Paul. A herança de Jesus e o poder na Igreja – Reflexão sobre o Novo Testamento. São Paulo: Paulus, 1998, p. 86.

PRINTCHARD, J.B., Anciente Near Eastern Texts, pag 183.

LOPES, Augustus Nicodemus. O culto espiritual: Um estudo em 1 Coríntios sobre questões atuais e diretrizes bíblicas para o culto cristão. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1999, p.70.

WYCLIFFE, Dicionário Bíblico, CPAD, 2000

FERREIRA, Fabiano Antonio. Que ponha o véu: A verdadeira interpretação de 1Coríntios 11.1-16 à luz do texto original grego e do verdadeiro transfundo histórico. Rio de Janeiro: Kirios Editora, 2000

Concordância Analítica de Young com a Bíblia; Wm. B. Eerdmans Publishing Company, página 209

Padres Ante-Nicéia, Volume II, página 290.

Ibid, Volume III, página 94, e volume IV, páginas 27-37.

Niceia e Pós-Nicéia

MURPHY, R.F.. (1964). "Social Distance and the Veil.". American Anthropologist, New Series 66 (6): 1257-1274.

BRENNER, S.. (1996). "Reconstructing Self and Society: Javanese Muslim Women and "The Veil".". American Ethnologist 23 (4): 673-697.

Palaeolexicon Word study tool of ancient languages.

Jose L. Melena. Index of Mycenaean words.

Enciclopédia brasileira Mérito. [S.l.: s.n.]. 318 p. 20 vol.

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

Regina Novaes. Os Escolhidos de Deus. [S.l.: s.n.], 1985. 60-61 p.

Frank Spencer Mead. Handbook of denominations in the United States. [S.l.: s.n.], 1961. 57 p.

Wenger, John C. and Elmer S. Yoder. (1989). Prayer Veil. Global Anabaptist Mennonite Encyclopedia Online. Visitado em 27 de Março de 2012.

SECOR, A.. (2002). "The Veil and Urban Space in Istanbul: Women’s Dress, Mobility and Islamic Knowledge.". Gender, Place and Culture 9 (1): 5-22.

John Barton; John Muddiman. The Oxford Bible Commentary. New York: Oxford University Press Inc., 2001. 1125 p. ISBN 978-0-19-875500-5 ("It is full of awkward argumentation, so awkward that a few scholars even consider it a later addition to the letter by another hand.")

1917 Codex Iuris Canonici Canon 1262, Section 2.

Canon 6 §1 of the Code of Canon Law.

Ελληνικό Λεξικό (Dicionário Grego): Επανωκαλύμμαυχο

Leo Rosten, Religions of America (Simon and Schuster 1975), p. 122

Review of Herrin book and Michael Angold. [S.l.]: Cambridge University Press. 426–7 & ff;1995 p. ISBN 0521269865

John Esposito. Islam: The Straight Path. 3rd ed. [S.l.]: Oxford University Press, 2005. 98 p.

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BIOLOGIA – O MITO DA EVOLUÇÃO - Este livro de BIOLOGIA tem o propósito definido de refutar a Teoria da Evolução e exaltar a Deus como único responsável pela criação. Aos homens anunciamos nesta literatura que a sua existência aqui se originou de um ATO DE CRIAÇÃO e não de um PROCESSO DE EVOLUÇÃO. Aos cientistas solicitamos a reconsideração de teorias que atrapalham o desenvolvimento da ciência, lembrando que nenhuma crença deve desviar as pesquisas da sua única finalidade: A VERDADE.

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

ESCRIVÃO DE POLÍCIA É CARGO TÉCNICO CIENTÍFICO - O objetivo deste trabalho é aprofundar os leitores no entendimento das reais atribuições de um policial civil que exerce o cargo de ESCRIVÃO DE POLÍCIA. É o conjunto destas atribuições que prova sem margem para erro que o Escrivão de Polícia é uma função técnica no sentido semântico, jurídico e constitucional.

O QUE É IGREJA CATÓLICA ROMANA? - A partir destas letras, o leitor começará a conhecer melhor a história da Igreja Católica Apostólica Romana e como ela se posiciona diante da Bíblia e dos seus ensinos. Em se tratando de uma religião com tantos adeptos, ela é a maior facção do cristianismo, ainda figura como a seita religiosa que possui o maior número de fiéis, contando com os que se dizem católicos não praticantes. Muitos se dizem católicos, mas desconhecem a história desta gigantesca instituição.

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

JUÍZO FINAL - O ápice da história humana é o Juízo Final. No transcorrer da epopeia humana, a balança da justiça está muito desequilibrada, os maus e desonestos, cruéis e corruptos estão em vantagem sobre os homens de bem, mas no Juízo Final os pecadores perceberão que a vantagem que tiveram na vida terrena era ilusória. Este livro pretende expor o que ocorrerá naquela Grande Dia revelado em toda a Bíblia, especialmente no Apocalipse. Os detalhes sobre o Dia do Juízo são assustadores, porque a realidade que se avizinha será terrível. O julgamento será de acordo com as atitudes e condutas que tivemos nesta existência. Não adiantará alegar que acreditava em Deus e mesmo que era cristão. Prepare-se para este dia. As sentenças proferidas serão terríveis e irreversíveis. A condenação no inferno é eterna.

A Arqueologia Bíblica é um ramo da Arqueologia e das ciências históricas que visa resgatar o passado, nos dando compreensão sobre os

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Compêndio Teológico sobre o véu, por: Escriba Valdemir M. Menezes

fatos, lugares, e pessoas que vieram em determinado tempo. O intuito deste livro é introduzir o leitor no estudo da Bíblia para que possamos ter certeza que o livro mais lido e mais vendido do mundo, não é um conto religioso, mas se trata de um importante livro de registro de eventos históricos que de fato aconteceram, por mais que nela contenha históricas fantásticas, a Bíblia não pode ser desprezada. Da mesma forma que a vida moderna com o advento das novas tecnologias seria considerada absurdo para os povos antigos, que possivelmente não acreditariam no que estaria por vir.

Neste livro o leitor irá compreender os fenômenos paranormais e suas nomenclaturas, bem como o seu paralelo com as histórias bíblicas; os fenômenos aqui abordados são: Aparição, aportes, autoscopia, bilocação, catalepsia, clarividência, comunicação com os mortos, cumberlandismo, déjà vu, dermografia, desdobramento de personalidade, drogas, ectoplasma, figura espiritual, fotogênese, glossolalia, heteroscopia, hiperestesia direta, hiperestesia, indireta do pensamento, hipnose, inédia, inspiração, intuição, levitação, materialização, meditação, mediunidade, morte, pantomnésia, precognição, premonição prosopopese, psicofonia, psicografia, quarta dimensão, sonambulismo, sonho, subjugação telepsíquica, talento do inconsciente, telecinésia, telemetria, telepatia, teleportação, telergia, teorias parapsicológicas, tiptologia, e transe.

LIVRO EM ESPAÑOL

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El vértice de la historia humana es el Juicio Final. En el transcurso de la epopeya humana, la balanza de la justicia está muy desequilibrada, malos y deshonestos, crueles y corruptos se encuentran en una ventaja sobre los hombres de buena conducta, pero en el Juicio, los pecadores se darán cuenta que la ventaja que tenían en esta vida era ilusoria. Este libro tiene como objetivo exponer lo que sucederá en ese gran día revelado en toda la Biblia, especialmente en el Apocalipsis. Los detalles sobre el Día del Juicio dan miedo porque la realidad por delante será terrible. El juicio se hará de acuerdo con las actitudes y los comportamientos que hemos tenido en esta vida. No habrá ventaja al afirmar creer en Dios e incluso que era cristiano. ¡Prepárate para el Día.

LIVRO EM INGLÊS

This book of Biology has the definite purpose of refuting the theory of evolution and exalt God as the one responsible for creating. We dedicate

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this volume to the Creator that is very close to the men, as the Scripture says in Acts 17.24-28, through this book we tax the God the title of THE LORD OF LIFE. Men announced this literature that their existence here originated from a CREATION ACT and not a PROCESS DEVELOPMENT. The true believers in God, this book will reinforce their beliefs regarding the origin of LIFE and MAN. Scientists to request reconsideration of theories that hinder the development of science, noting that no belief should divert research at its sole purpose: TRUTH.

LIVRO EM FRANCÊS

L'archéologie biblique est une branche de l'archéologie et des sciences historiques qui vise à sauver le passé, nous donnant la compréhension des faits, les lieux et les gens qui sont vivant à un moment donné. Le but de ce livre est de présenter au lecteur dans l'étude de la Bible afin que nous puissions être sûr que le livre le plus lu et le plus vendu dans le monde, est pas un conte religieux, mais il est important registre des événements historiques qui ont réellement passé , autant qu'il contient fantastique historique, la Bible ne peut pas être négligée. De la même manière que la vie moderne avec l'avènement des nouvelles technologies serait considérée comme absurde pour les personnes âgées, qui ne peuvent croire ce qui venait.

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