comparando a saúde no brasil com os países da ocde

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Fundação Getúlio Vargas Escola de Matemática Aplicada Cecília Pessanha Lima Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: explorando dados de saúde pública Rio de Janeiro 2016

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Page 1: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Fundação Getúlio Vargas

Escola de Matemática Aplicada

Cecília Pessanha Lima

Comparando a saúde no Brasil

com os países da OCDE:

explorando dados de saúde

pública

Rio de Janeiro

2016

Page 2: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV

Lima, Cecília Pessanha Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: explorando dados de

saúde pública / Cecília Pessanha Lima. – 2016. 140 f.

Dissertação (mestrado) – Fundação Getulio Vargas, Escola de Matemática Aplicada.

Orientador: Flávio Codeço Coelho. Coorientador: Renato Rocha Souza.

Inclui bibliografia.

1. Modelagem de dados (Computação). 2. Mineração de dados

(Computação). 3. Indicadores de saúde. 4. Serviços de saúde – Avaliação. 5. Saúde – Banco de

dados. I. Coelho, Flávio Codeço. II. Souza, Renato Rocha. IIII. Fundação Getulio Vargas. Escola de Matemática Aplicada. IV. Título.

CDD – 510

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Page 4: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Cecília Pessanha Lima

Comparando a saúde no Brasil com

os países da OCDE: explorando

dados de saúde pública

Dissertação apresentada a Fundação

Getúlio Vargas, para a obtenção de

Título de Mestre em Modelagem

Matemática da Informação, na Escola

de Matemática Aplicada da Fundação

Getúlio Vargas.

Orientador: Flávio Codeço Coelho

Co-Orientador: Renato Rocha Souza

Rio de Janeiro

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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2016

Agradecimentos

Agradeço aos professores e orientadores Flávio Codeço Coelho e Renato Rocha Souza

pela confiança, incentivo e ensinamentos ao longo dos dois anos do mestrado.

Agradeço a todos os colegas de trabalho que acreditaram na importância deste

mestrado, viabilizando minha participação do início ao fim.

Agradeço à Luciana Nigri, pela disponibiliade em dividir seus conhecimentos e

experiência com as bases de dados do SUS. Sua contribuição foi muito valiosa para o

enriquecimento deste trabalho.

Agradeço aos meus pais e a meus amigos que sempre me incentivam a ir além.

Dedico este trabalho ao Henri, pelo apoio em todos os momentos, incentivo, amor e

compreensão. Sem seu apoio incondicional eu não chegaria a este momento.

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RESUMO

A atenção à saúde da população no Brasil gera um grande volume de dados sobre os

serviços de saúde prestados. O tratamento adequado destes dados com técnicas de

acesso à grande massa de dados pode permitir a extração de informações importantes

para um melhor conhecimento do setor saúde.

Avaliar o desempenho dos sistemas de saúde através da utilização da massa de dados

produzida tem sido uma tendência mundial, uma vez que vários países já mantêm

programas de avaliação baseados em dados e indicadores.

Neste contexto, A OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico, que é uma organização internacional que avalia as políticas econômicas de

seus 34 países membros, possui uma publicação bienal, chamada Health at a Glance,

que tem por objetivo fazer a comparação dos sistemas de saúde dos países membros

da OCDE.

Embora o Brasil não seja um membro, a OCDE procura incluí-lo no cálculo de alguns

indicadores, quando os dados estão disponíveis, pois considera o Brasil como uma das

maiores economias que não é um país membro.

O presente estudo tem por objetivo propor e implementar, com base na metodologia

da publicação Health at a Glance de 2015, o cálculo para o Brasil de 22 indicadores em

saúde que compõem o domínio “utilização de serviços em saúde” da publicação da

OCDE. Para isto foi feito um levantamento das principais bases de dados nacionais em

saúde disponíveis que posteriormente foram capturadas, conforme necessidade,

através de técnicas para acessar e tratar o grande volume de dados em saúde no Brasil.

As bases de dados utilizadas são provenientes de três principais fontes remuneração:

SUS, planos privados de saúde e outras fontes de remuneração como, por exemplo,

planos públicos de saúde, DPVAT e particular.

A realização deste trabalho permitiu verificar que os dados em saúde disponíveis

publicamente no Brasil podem ser usados na avaliação do desempenho do sistema de

saúde, e além de incluir o Brasil no benchmark internacional dos países da OCDE nestes

22 indicadores, promoveu a comparação destes indicadores entre o setor público de

saúde do Brasil, o SUS, e o setor de planos privados de saúde, a chamada saúde

suplementar. Além disso, também foi possível comparar os indicadores calculados para

o SUS para cada UF, demonstrando assim as diferenças na prestação de serviços de

saúde nos estados do Brasil para o setor público.

A análise dos resultados demonstrou que, em geral, o Brasil comparado com os países

da OCDE apresenta um desempenho abaixo da média dos demais países, o que indica

necessidade de esforços para atingir um nível mais alto na prestação de serviços em

saúde que estão no âmbito de avaliação dos indicadores calculados.

Quando segmentado entre SUS e saúde suplementar, a análise dos resultados dos

indicadores do Brasil aponta para uma aproximação do desempenho do setor de

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saúde suplementar em relação à média dos demais países da OCDE, e por outro lado

um distanciamento do SUS em relação a esta média. Isto evidencia a diferença no nível

de prestação de serviços dentro do Brasil entre o SUS e a saúde suplementar.

Por fim, como proposta de melhoria na qualidade dos resultados obtidos neste estudo

sugere-se o uso da base de dados do TISS/ANS para as informações provenientes do

setor de saúde suplementar, uma vez que o TISS reflete toda a troca de informações

entre os prestadores de serviços de saúde e as operadoras de planos privados de

saúde para fins de pagamento dos serviços prestados.

Palavras-chave: indicadores, bases de dados em saúde, programas de avaliação

de sistemas de saúde.

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ABSTRACT

Healthcare authorities in Brazil produces a large amount of data on health services and

use. The appropriate treatment of this data with massive data techniques enables the

extraction of important information. This information can contribute to a better

understanding of the Brazilian healthcare sector.

The evaluation of health systems performance based on the analysis of routinely

produced healthcare data has been a worldwide trend. Several countries already

maintain monitoring programs based on indicators constructed using this type of data.

In this context, the OCDE—Organization for Economic Co-operation and Development,

an international organization that evaluates the economic policies of its 34 member

countries, has a biennial publication called Health at a Glance, which aims to make the

comparison of health systems in OCDE member countries.

Although it is not a member country, OCDE seeks to include Brazil in the calculation of

some of the indicators, when the data is available, considering that Brazil is one of the

largest economies that are still not a member country.

This study aims to construct and implement, based on the methodology of Health at a

Glance 2015, the calculation in the Brazilian context of 22 indicators in the health field

“Use of Health Services.” To develop the set of indicators, first, a wide search of the

major national health databases was done to assess data availability. The available data

was then extracted using massive data techniques. Those techniques were required

because of the large volume of health data in Brazil. The datasets were extracted from

three main data sources containing health billing data: SUS, private health insurance

and other sources of billing, as public health insurances, DPVAT and private.

This work has shown that health data publicly available in Brazil can be used to evaluate

the Brazilian health system performance, and include Brazil in the international

benchmark of the OCDE countries for the 22 indicators calculated. It can also promote

the comparison of the public health sector in Brazil, SUS, and the private health

insurance sector based on the same set of indicators. It also made possible the

comparison of in each State for SUS, thus underlining the differences in the health-care

services among Brazil States for the public sector.

The analysis of the indicators showed that, in general, compared to OCDE countries,

Brazil has a below-average performance, which indicates a need for efforts to achieve

a higher level in the provision of healthcare services that are under these indicators

assessment.

When separating SUS and private health insurance, the analysis of Brazil’s indicators

shows that the private health sector performance is in the average of the OCDE

countries. On the other hand, it was observed that SUS was systematically and

significantly under the average of the OCDE countries. This highlights the inequalities in

healthcare services provision in Brazil between the SUS and private health insurance.

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The use of the TISS/ANS database as a source of information for the private health

insurance sector for the calculation of these indicators will be an improvement over the

data available at the time of this analysis. TISS includes all the information exchanged

between healthcare services providers and private health insurance operators, in order

to perform the payment of healthcare services provided.

Key words: indicators, datasets in health, health systems assessment programs.

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GLOSSÁRIO

AIH Autorização de Internação Hospitalar

AMS Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária

ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar

APAC Autorização para Procedimentos de Alto Custo/Complexidade

BPA Boletim de Produção Ambulatorial

CADOP Sistema de Cadastro de Operadoras

CADSUS Sistema de Cadastramento de Usuários do SUS

CID -10 Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão

CIHA Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial

CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

DATASUS Departamento de Informática do SUS

DIOPS Documento de Informações Periódicas das Operadoras

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDB Indicadores e Dados Básicos para Saúde

INCA Instituto Nacional do Câncer

MS Ministério da Saúde

OPME Órteses, Próteses e Materiais Especiais

OMS Organização Mundial de Saúde

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio

PNI/API Sistema de Avaliação do Programa de Imunização

PSF Programa de Saúde da Família

RAAS Registro de Ações Ambulatoriais em Saúde

RCBP Registro de Câncer de Base Populacional

RIPSA Rede Interagencial de Informações para a Saúde

RPS Sistema de Registro de Planos

SAS Secretaria de Atenção à Saúde

SCPA Sistema de Registro de Planos Antigos

SIA Sistema de Informações Ambulatoriais

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SIB Sistema de Informações de Beneficiários

SIGTAP Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos

e OPM do SUS

SIH Sistema de Informações Hospitalares

SIM Sistema de Informações de Mortalidade

SINAN Sistema de Informações de Agravos de Notificação

SINASC Sistema de Informações de Nascidos Vivos

SIP Sistema de Informação de Produtos

SUS Sistema Único de Saúde

SVS Secretaria de Vigilância à Saúde

TISS Troca de Informação em Saúde Suplementar

VIGITEL Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

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SUMÁRIO

Resumo _______________________________________________________________________________________________________ 3

Abstract _______________________________________________________________________________________________________ 5

Glossário _____________________________________________________________________________________________________ 7

1 Introdução _____________________________________________________________________________________________ 14

1.1 Contexto _________________________________________________________________________________________ 14

1.2 Justificativa _______________________________________________________________________________________ 16

1.3 Objetivos _________________________________________________________________________________________ 17

1.4 Organização do Estudo __________________________________________________________________________ 17

2 Revisão da literatura ___________________________________________________________________________________ 19

2.1 Bases de dados em saúde no brasil ____________________________________________________________ 19

2.2 Indicadores de Saúde ___________________________________________________________________________ 32

3 Metodologia ___________________________________________________________________________________________ 36

3.1 Descrição das Bases de Dados __________________________________________________________________ 36

3.2 Captura e Tratamento das Bases de Dados ____________________________________________________ 48

3.3 Cálculo dos Indicadores – Fichas Técnicas ______________________________________________________ 53

4 Resultados _____________________________________________________________________________________________ 95

5 Discussão ____________________________________________________________________________________________ 103

5.1 Benchmark ____________________________________________________________________________________ 103

5.2 Validação ______________________________________________________________________________________ 139

5.3 Vantagens e Limitações _______________________________________________________________________ 141

6 Conclusão ___________________________________________________________________________________________ 143

Referências Bibliográficas _________________________________________________________________________________ 145

ANEXOS _____________________________________________________________________________________________________ 146

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SUMÁRIO DAS TABELAS

Tabela 1 Resumo das principais características das bases de dados em saúde investigadas no estudo ... 23

Tabela 2 Resumo das Bases de Dados Transferidas ................................................................................................ 49

Tabela 3 Proposta para o cálculo do indicador de Consultas com Médicos no Brasil ..................................... 54

Tabela 4 Proposta para o cálculo do indicador de Consultas por Médico no Brasil ........................................ 56

Tabela 5 Proposta para o cálculo do indicador de Equipamentos de Tomografia Computadorizada no

Brasil ..................................................................................................................................................................................... 58

Tabela 6 Proposta para o cálculo do indicador de Exames de Tomografia Computadorizada no Brasil .... 59

Tabela 7 Proposta para o cálculo do indicador de Equipamentos de Ressonância Magnética no Brasil .... 61

Tabela 8 Proposta para o cálculo do indicador de Exames de Ressonância Magnética no Brasil ................ 62

Tabela 9 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil .............................................. 64

Tabela 10 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil ........................................... 66

Tabela 11 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil ........................................... 69

Tabela 12 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares no Brasil ............................................. 71

Tabela 13 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas

Circulatórios no Brasil ...................................................................................................................................................... 73

Tabela 14 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer no

Brasil ..................................................................................................................................................................................... 75

Tabela 15 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação no Brasil

............................................................................................................................................................................................... 77

Tabela 16 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Parto Normal no Brasil ..................................................................................................................................................... 79

Tabela 17 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil........................................................................................................................... 82

Tabela 18 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Revascularização Coronariana no Brasil . 83

Tabela 19 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Angioplastia Coronariana no Brasil .......... 85

Tabela 20 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Quadril no Brasil............................................ 87

Tabela 21 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Joelho no Brasil .............................................. 88

Tabela 22 Proposta para o cálculo do indicador de Taxa de Parto Cesáreo no Brasil ..................................... 90

Tabela 23 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia Ambulatorial de Catarata no Brasil ................. 91

Tabela 24 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia Ambulatorial de Amigdalectomia no Brasil ... 93

Tabela 25 Resultados do Cálculo dos Indicadores .................................................................................................... 95

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SUMÁRIO DAS FIGURAS

Figura 1 Exemplo de conexão FTP através do Filezila para transferência das bases de dados do SIH ....... 49

Figura 2 Exemplo de conversão dos arquivos dbc para arquivos dbf através do TABWIN para as bases de

dados do SIH ...................................................................................................................................................................... 50

Figura 3 Exemplo de estrutura de dados fornecida pelo TABWIN para as bases de dados do SIH ............. 51

Figura 4 Fluxo das tarefas executadas pelo programa de leitura dos dados ..................................................... 52

SUMÁRIO DOS QUADROS

Quadro 1 Variáveis da Base de Dados de AIH Reduzida ......................................................................................... 38

Quadro 2 Variáveis da Base de Dados de AIH Serviços Profissionais .................................................................. 38

Quadro 3 Variáveis da Base de Dados de Produção Ambulatorial ....................................................................... 40

Quadro 4 Variáveis da Base de Dados do SIP ............................................................................................................ 41

Quadro 5 Variáveis da Base de Dados da CIHA ......................................................................................................... 45

Quadro 6 Variáveis da Base de Dados do CNES Equipamentos ........................................................................... 47

Quadro 7 Variáveis da Base de Dados do CNES Leitos ........................................................................................... 47

Quadro 8 Variáveis da Base de Dados do CNES Profissionais ............................................................................... 47

Quadro 9 Metodologia da OCDE para o Indicador de Consultas com Médicos ................................................ 53

Quadro 10 Metodologia da OCDE para o Indicador de Consultas por Médico ................................................ 55

Quadro 11 Metodologia da OCDE para o Indicador de Equipamentos de Tomografia Computadorizada 57

Quadro 12 Metodologia da OCDE para o Indicador de Exames de Tomografia Computadorizada ............. 59

Quadro 13 Metodologia da OCDE para o Indicador de Equipamentos de Ressonância Magnética ............ 60

Quadro 14 Metodologia da OCDE para o Indicador de Exames de Ressonância Magnética ......................... 61

Quadro 15 Metodologia da OCDE para o Indicador de Quantidade de Leitos .................................................. 63

Quadro 16 Metodologia da OCDE para o Indicador de Quantidade de Leitos por Tipo de Cuidado .......... 65

Quadro 17 Metodologia da OCDE para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos de Cuidados

Curativos e Agudos ........................................................................................................................................................... 67

Quadro 18 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares ........................................................ 70

Quadro 19 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas

Circulatórios ........................................................................................................................................................................ 72

Quadro 20 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer .... 74

Quadro 21 Metodologia da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação .... 76

Quadro 22 Metodologia da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Parto Normal ...................................................................................................................................................................... 78

Quadro 23 Metodologia da OCDE para o indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio ............................................................................................................................................ 80

Quadro 24 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Revascularização Coronariana ............ 83

Quadro 25 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Angioplastia Coronariana ..................... 84

Quadro 26 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Quadril ...................................................... 86

Quadro 27 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Joelho ......................................................... 87

Quadro 28 Metodologia da OCDE para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo ................................................ 89

Quadro 29 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia Ambulatorial de Catarata ............................ 90

Quadro 30 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia Ambulatorial de Amigdalectomia .............. 92

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SUMÁRIO DOS GRÁFICOS

Gráfico 1 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Consultas com Médicos ... 104

Gráfico 2 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Consultas com Médicos ................................................................................................................................................ 104

Gráfico 3 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Consultas com Médicos ..................... 105

Gráfico 4 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Consultas por Médico ...... 105

Gráfico 5 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Exames de Tomografia

Computadorizada ........................................................................................................................................................... 106

Gráfico 6 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Exames de Tomografia Computadorizada ............................................................................................................... 106

Gráfico 7 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Exames de Tomografia

Computadorizada ........................................................................................................................................................... 107

Gráfico 8 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Exames de Ressonância

Magnética ......................................................................................................................................................................... 108

Gráfico 9 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Exames de Ressonância Magnética ........................................................................................................................... 108

Gráfico 10 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Exames de Ressonância Magnética

............................................................................................................................................................................................ 109

Gráfico 11 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Equipamentos de

Tomografia Computadorizada .................................................................................................................................... 110

Gráfico 12 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Equipamentos de Tomografia Computadorizada .................................................................................................. 110

Gráfico 13 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Equipamentos de

Ressonância Magnética ................................................................................................................................................ 111

Gráfico 14 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Equipamentos de Ressonância Magnética .............................................................................................................. 112

Gráfico 15 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Leitos Hospitalares ......... 112

Gráfico 16 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Leitos Hospitalares......................................................................................................................................................... 113

Gráfico 17 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Leitos Hospitalares ............................ 114

Gráfico 18 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Leitos Hospitalares por Tipo

de Cuidado ....................................................................................................................................................................... 115

Gráfico 19 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Leitos Hospitalares por Tipo de Cuidado ................................................................................................................. 115

Gráfico 20 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Leitos Hospitalares por Tipo de

Cuidado............................................................................................................................................................................. 116

Gráfico 21 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos

para Cuidados Curativos .............................................................................................................................................. 116

Gráfico 22 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Taxa de Ocupação de Leitos para Cuidados Curativos ......................................................................................... 117

Gráfico 23 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos para

Cuidados Curativos ........................................................................................................................................................ 117

Gráfico 24 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares ........... 119

Gráfico 25 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares ........................................................................................................................................................... 119

Gráfico 26 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares .............................. 120

Gráfico 27 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para

Pacientes com Problemas Circulatórios ................................................................................................................... 121

Gráfico 28 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas Circulatórios ....................................................................... 121

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Gráfico 29 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com

Problemas Circulatórios ............................................................................................................................................... 122

Gráfico 30 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para

Pacientes com Câncer ................................................................................................................................................... 122

Gráfico 31 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer ....................................................................................................... 123

Gráfico 32 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com

Câncer ............................................................................................................................................................................... 123

Gráfico 33 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

............................................................................................................................................................................................ 125

Gráfico 34 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação ....................................................................................................................................... 125

Gráfico 35 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação .......... 126

Gráfico 36 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

para Parto Normal ......................................................................................................................................................... 126

Gráfico 37 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação para Parto Normal ................................................................................................... 127

Gráfico 38 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação para

Parto Normal ................................................................................................................................................................... 127

Gráfico 39 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

para Infarto Agudo do Miocárdio ............................................................................................................................... 128

Gráfico 40 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação para Infarto Agudo do Miocárdio ......................................................................... 128

Gráfico 41 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio ......................................................................................................................................... 129

Gráfico 42 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Revascularização

Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana ............................................................................................ 130

Gráfico 43 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Revascularização Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana ...................................... 130

Gráfico 44 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Revascularização

Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana ............................................................................................ 131

Gráfico 45 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Quadril .......... 132

Gráfico 46 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Quadril ......................................................................................................................................................... 132

Gráfico 47 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Quadril ............................ 133

Gráfico 48 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Joelho ............ 134

Gráfico 49 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Joelho ........................................................................................................................................................... 134

Gráfico 50 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Joelho .............................. 135

Gráfico 51 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo ... 135

Gráfico 52 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Taxa de Parto Cesáreo .................................................................................................................................................. 136

Gráfico 53 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo ..................... 136

Gráfico 54 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Catarata ........ 137

Gráfico 55 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Catarata ....................................................................................................................................................... 137

Gráfico 56 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Catarata .......................... 138

Gráfico 57 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Tonsilectomia

............................................................................................................................................................................................ 138

Gráfico 58 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Tonsilectomia ............................................................................................................................................. 139

Gráfico 59 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Tonsilectomia ................ 139

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO O Sistema de saúde atualmente vigente no Brasil teve início em 1988 a partir da nova

Constituição Federal que estabeleceu o SUS – Sistema Único de Saúde como o sistema

público de saúde no Brasil. Com o SUS, a população brasileira passou a ter acesso

universal ao cuidado em saúde sem ter que pagar diretamente por isso, uma vez que

o SUS é financiado pelo orçamento do Governo Federal, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios.

A Constituição Federal de 1988 também permitiu a coexistência de um sistema privado

suplementar de saúde, que oferece serviços de saúde privados a seus beneficiários

mediante contratação de planos de saúde.

Portanto, toda a população do Brasil, aproximadamente 201 milhões de habitantes1,

está coberta pelo SUS, dentre os quais, aproximadamente 51 milhões2 também têm

cobertura por planos privados de saúde, o que indica que 25% da população tem

cobertura dupla (pública e privada).

A atenção à saúde da população gera um grande volume de dados sobre os serviços

de saúde prestados, sejam eles públicos ou privados. Este volume de dados

armazenado pelos diversos sistemas de informação do setor de saúde no Brasil

ultrapassa a capacidade humana de análise. No entanto, o tratamento adequado

desses dados com técnicas de acesso a grande massas de dados pode permitir a

extração de informações importantes para um melhor conhecimento do setor saúde.

"Dados são o novo petróleo. O petróleo precisa ser refinado para então se tornar útil.",

disse Andreas Weigend, ex diretor da Amazon.com.

Para quantificarmos o volume de dados em saúde, expomos os números iniciais deste

trabalho: aproximadamente 4 bilhões de atendimentos ambulatoriais e 11,2 milhões

de internações, somente no SUS para o ano de análise, 2013. Além disso, mais 72,2

milhões de serviços de saúde entre internações e procedimentos ambulatoriais, que

tiveram outras fontes de financiamento que não o SUS.

Esta massa de dados pode e deve ser usada na avaliação do desempenho do sistema

de saúde brasileiro visando à formulação de políticas de acesso aos cuidados,

adequação dos serviços e criação de estratégias que visem à melhoria da saúde da

população.

Avaliar o desempenho dos sistemas de saúde tem sido uma tendência mundial, uma

vez que vários países já mantêm programas de avaliação baseados em dados e

indicadores. Os programas de avaliação dos sistemas de saúde existentes no mundo

1 Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2 Fonte: ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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têm objetivos diversos, sejam eles: avaliar a qualidade dos cuidados hospitalares e/ou

a qualidade dos cuidados primários, avaliar o desempenho do sistema de saúde como

um todo ou avaliar partes específicas como o desempenho de programas em saúde

ou o setor de seguros privados, incrementar a qualidade dos cuidados, fomentar

políticas, alocar recursos, comparar resultados, promover a transparência e ajudar os

usuários na escolha de melhores hospitais ou planos de saúde disponíveis.

O desenvolvimento destes programas de avaliação foi acelerado a partir de uma

publicação do instituto de medicina dos Estados Unidos no ano de 2000, chamada To

Err is Human (Errar é humano), na qual era relatada insuficiência na qualidade dos

cuidados em saúde nos EUA e que entre 44 000 e 98 000 pessoas morriam por ano

em decorrência de erros nos cuidados prestados, que poderiam ser evitados. (1)

Neste contexto de avaliação dos sistemas de saúde, A OCDE – Organização para

Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que é uma organização internacional que

avalia as políticas econômicas de seus 34 países membros, possui uma publicação

bienal, chamada Health at a Glance (2), que tem por objetivo fazer a comparação dos

sistemas de saúde dos países membros da OCDE. Esta publicação calcula um conjunto

de indicadores de saúde separados em 10 domínios: gastos e financiamento em saúde,

status de saúde, determinantes não médicos em saúde, força de trabalho na saúde,

utilização dos serviços de saúde, qualidade dos cuidados em saúde, qualidade dos

cuidados em saúde, tendências de gastos farmacêuticos e desafios futuros, setor

farmacêutico e envelhecimento e cuidados de longo termo e proteção social.

Embora o Brasil não seja um membro, a OCDE procura incluí-lo no cálculo de alguns

indicadores pois considera o Brasil como uma das maiores economias que não é um

país membro. Em alguns domínios há uma boa representatividade de indicadores que

já vêm sendo calculados para o Brasil, enquanto em outros ainda há muito poucos

indicadores calculados para o Brasil.

Um dos domínios de extrema importância é o de “utilização dos serviços de saúde”,

cujos indicadores podem ser calculados para o Brasil usando as bases de dados em

saúde disponíveis. Este domínio foi escolhido prioritariamente neste trabalho por tratar

de um aspecto fundamental na área de saúde, acesso e padrão de utilização do

sistema, e atualmente há um número pequeno de indicadores já calculados para o

Brasil. Os indicadores contidos neste domínio são:

- Consultas Médicas, subdividido em: Consultas com Médicos, e Consultas por

Médico;

- Tecnologias Médicas, subdividido em: Equipamentos de Tomografia

Computadorizada, Equipamentos de Ressonância Magnética, Exames de

Tomografia Computadorizada, e Exames de Ressonância Magnética;

- Leitos Hospitalares, subdividido em: Leitos Hospitalares Global, Leitos

Hospitalares por Tipo de Cuidado e Taxa de Ocupação de Leitos para Cuidados

Curativos (Agudos);

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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- Altas Hospitalares, subdividido em: Altas Hospitalares Global, Altas Hospitalares

para Pacientes com Problemas Circulatórios e Altas Hospitalares para Pacientes

com Câncer;

- Tempo Médio de Internação, subdividido em: Tempo Médio de Internação

Global, Tempo Médio de Internação para Parto Normal e Tempo Médio de

Internação para Infarto Agudo do Miocárdio;

- Procedimentos Cardíacos, subdividido em: Cirurgia de Revascularização

Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana;

- Substituição do Quadril e Joelho, subdividido em: Cirurgia de Quadril e Cirurgia

de Joelho;

- Taxa e Parto Cesáreo;

- Cirurgia Ambulatorial, subdividido em: Cirurgia de Catarata e Cirurgia de

Tonsilectomia (Amigdalectomia).

Do conjunto de indicadores acima o Brasil só tem atualmente calculados 4 indicadores:

Consultas com Médicos, Consultas por Médico, Leitos Hospitalares Global e Altas

Hospitalares Global. Observa-se ainda que, embora os indicadores de Consultas com

Médicos e Altas Hospitalares já sejam calculados, as fontes de dados descritas nas

fichas técnicas da OCDE mencionam o SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais

do SUS e SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS, respectivamente. Isto

indica que todas as consultas com médicos e altas hospitalares ocorridas fora do

âmbito do SUS estão excluídas dos indicadores, causando, portanto, uma grande

subestimação do seu valor real.

1.2 JUSTIFICATIVA Há uma tendência mundial em avaliar seus sistemas de saúde através da utilização dos

dados disponíveis. No Brasil, já existe um esforço tanto do setor público quanto do

privado em avaliar seus sistemas de saúde através de programas de indicadores. Por

exemplo, para o setor público há o programa de indicadores do IDSUS – Índice de

Desempenho do SUS (3), e para o setor de saúde suplementar há o programa de

indicadores IDSS – Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (4), que avaliam o

desempenho dos sistemas público e privado de saúde, respectivamente. Portanto, o

cálculo de indicadores reconhecidos internacionalmente como referência vai poder

contribuir para este tipo de avaliação.

Outra fonte importante de avaliação do sistema de saúde brasileiro através do cálculo

de um conjunto extenso de indicadores é o IDB – Indicadores e Dados Básicos para

Saúde no Brasil, formulado através de uma cooperação entre o Ministério da Saúde e

a OPAS – Organização Panamericana de Saúde. (5)

Além disso, no Brasil existe uma quantidade grande de dados em saúde que são

disponibilizados publicamente, principalmente os dados administrativos de

faturamento do setor público, que são disponibilizados através do DATASUS -

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Departamento de Informática do SUS, e que podem ser utilizados para avaliação do

sistema de saúde.

Através do cálculo dos indicadores o Brasil poderá ter seu sistema de saúde

comparado com outros países, apontando áreas que podem ser melhoradas. Além da

comparação com outros países, poderão ser comparados também os setores público

e privado no Brasil.

1.3 OBJETIVOS Face ao exposto, o objetivo geral deste trabalho é propor e implementar, com base na

metodologia da publicação Health at a Glance da OCDE, o cálculo de indicadores no

Brasil para o domínio “utilização de serviços em saúde”, utilizando técnicas para acessar

e tratar o grande volume de dados disponíveis em saúde no Brasil.

Este trabalho tem ainda como objetivos auxiliares fazer um levantamento dos bancos

de dados em saúde que contêm informações relevantes para o cálculo dos indicadores,

apontar para a necessidade de coleta de dados relevantes para o cálculo dos

indicadores quando estes não estiverem disponíveis nos bancos de dados existentes,

promover o benchmarking do sistema de saúde brasileiro com outros países, e

comparar, quando aplicável, os indicadores do setor de saúde público com o setor de

saúde privado no Brasil.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO O estudo está organizado da seguinte forma:

Glossário, com a descrição de todas as siglas utilizadas ao longo do texto.

O primeiro capítulo é a Introdução, onde é apresentado um breve panorama do

sistema de saúde no Brasil e a relevância da avaliação dos sistemas de saúde através

da utilização dos dados disponíveis. Além disso, são apresentados os principais

objetivos do trabalho e a justificativa para sua execução.

O segundo capítulo apresenta a Revisão da Literatura, que apresenta os resultados de

uma busca ampla sobre as principais bases de dados em saúde existentes no Brasil,

sintetizando suas principais características. Neste capítulo também é apresentada uma

análise da metodologia dos indicadores de saúde propostos pela OCDE.

O terceiro capítulo é de Metodologia, onde são descritas as bases de dados que serão

utilizadas neste estudo, o método para captura e tratamento dos dados. É também

detalhada a metodologia para o cálculo de cada um dos indicadores.

O quarto capítulo apresenta os Resultados, onde os valores calculados dos indicadores

são expostos.

O quinto capítulo faz a Discussão dos resultados, onde é apresentada uma análise

comparativa do Brasil com outros países da OCDE. Comparações dos indicadores entre

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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as Unidades da Federação e os setores público e privado do Brasil também são feitas,

quando pertinentes. Ao final do capítulo são apresentadas as principais vantagens e

limitações do estudo, bem como é discutida a validade dos resultados encontrados.

O último capítulo é de Conclusão, onde são feitas as considerações finais sobre o tema

abordado e possíveis extensões deste trabalho.

Referências Bibliográficas, com o apontamento de todo o material consultado na

construção deste trabalho.

Anexos que contêm todos os códigos de programação utilizados na captura das bases

de dados e os códigos para tratamento e filtro nos dados para o cálculo dos

indicadores. Também são apresentados os filtros utilizados para a contrução de cada

indicador.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 BASES DE DADOS EM SAÚDE NO BRASIL Para poder calcular os indicadores, é necessário primeiramente conhecer o cenário

das bases de dados em saúde existentes no Brasil. Por este motivo, foi realizada uma

busca das principais bases de dados em saúde existentes no país, e foram investigadas

suas principais características, como: propósito da base de dados, principais variáveis,

nível de agregação dos dados, período em que as bases de dados estão disponíveis e

existência de disponibilização pública desses dados. Estas informações foram

sintetizadas em uma tabela que é apresentada no final deste capítulo.

Com base na pesquisa realizada verificou-se que o Brasil possui um grande acervo de

dados em saúde, sejam os de registros médico-administrativos sobre os serviços de

saúde prestados, quanto os dados de vigilância em saúde, estatísticas do registro civil,

cadastros como os de estabelecimentos de saúde, procedimentos e usuários do

sistema, bem como programas e pesquisas específicas que investigam tópicos

relacionados à saúde.

Será apresentado a seguir o levantamento feito neste trabalho sobre as principais

bases de dados em saúde disponíveis no Brasil, sejam elas do setor público ou privado.

Através deste levantamento prévio dos dados existentes será feito no próximo capítulo

o mapeamento das informações necessárias para o cálculo dos indicadores propostos

pela OCDE.

2.1.1 Dados do Setor Público

Para o setor público temos como principal fonte de informação as bases de dados sob

supervisão do DATASUS, que é um órgão do governo dentro do Ministério da Saúde

responsável pela coleta, processamento e análise das informações de saúde. Ao longo

dos últimos 37 anos foram armazenados em diversos sistemas sob a guarda do

DATASUS, dados sobre a saúde de mais de 200 milhões de indivíduos, nos quais

encontramos informações sobre eventos em internação hospitalar, atendimento

ambulatorial, procedimentos de alta complexidade, imunização, óbitos, nascimentos,

vigilância em saúde, entre outros.

Toda a produção em saúde realizada no país financiada pelo SUS vem sendo registrada

diariamente nos sistemas de dados médico administrativos do SUS: SIH – Sistema de

Informação Hospitalar e SIA – Sistema de Informação Ambulatorial. O SIH é o sistema

que armazena dados de todas as internações realizadas no SUS cujo instrumento de

coleta é a AIH – Autorização de Internação Hospitalar, assim como o SIA é o Sistema

que armazena dados de todos os procedimentos ambulatoriais realizados no SUS e

que tem como fonte de coleta o BPA – Boletim de Procedimento Ambulatorial, APAC –

Autorização para Procedimentos de Alta Complexidade e o RAAS – Registro de Ações

Ambulatoriais em Saúde.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

20 / 149

Embora os dados destes dois sistemas do SUS tenham o propósito principal de

remuneração dos prestadores de serviços de saúde, esta é a única fonte de dados que

contem toda a produção em saúde realizada no âmbito do SUS e, portanto, estas bases

de dados vêm sendo amplamente utilizadas na literatura para a avaliação do sistema

de saúde, seus gastos, oferta e demanda de serviços, cobertura, e também na

construção de indicadores.

As estatísticas do Registro Civil contam com dois principais sistemas, o SINASC, que

registra todos os nascidos vivos no Brasil, e o SIM que armazena dados sobre todos os

óbitos no país. As estatísticas do Registro Civil são de extrema importância para analisar

o perfil demográfico e epidemiológico da população e, em conjunto com os demais

dados em saúde, planejar políticas.

O DATASUS mantem alguns importantes sistemas de informação que têm objetivo

monitorar o perfil de doenças da população, como o SINAN – Sistema de Informação

de Agravos de Notificação, onde são registrados casos de doenças de notificação

compulsória, como AIDS, febre-amarela, dengue, malaria, etc. Para o monitoramento

de doenças crônicas, que não são de notificação compulsória, foi criado o VIGITEL –

Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que acompanha o perfil social,

econômico, comportamental e político relacionados a doenças crônicas através da

realização de uma pesquisa amostral feita por telefone.

Outros grupos de interesse de acompanhamento são as doses de vacina aplicadas no

país, que são registradas no sistema PNI/API – Programa Nacional de Imunizações, e os

casos de câncer que são registrados no RCBP – Registro de Câncer de Base

Populacional sob a guarda do INCA – Instituto Nacional do Câncer.

Existem, ainda, os cadastros sob a administração do DATASUS. Todos os

estabelecimentos de saúde no país devem estar registrados no CNES – Cadastro

Nacional de Estabelecimentos de Saúde, que guarda informações de cadastro de cada

estabelecimento.

Outro cadastro é o CADSUS – Cadastro dos Usuários do SUS, que registra todos os

usuários do SUS, atribuindo um número a cada pessoa. Para que o cadastro seja amplo

e atinja a população como um todo, o Ministério da Saúde fez uma parceria com a ANS

para que usuários de planos privados de saúde recebam um número de Cartão

Nacional de Saúde ao utilizarem o plano privado de saúde, e posteriormente serem

incorporados na base do CADSUS. Por motivo de sigilo, este banco de dados não é

aberto para download.

Há ainda um sistema que registra todos os procedimentos e materiais, que é utilizada

na codificação dos serviços de saúde prestados no setor público, a SIGTAP - Sistema

de Gerenciamento da Tabela de Procedimento, Medicamentos e OPM do SUS.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

21 / 149

2.1.2 Dados de Fontes de Financiamento não Público

O banco de dados da CIHA - Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial foi

criado pelo Ministério da Saúde para registrar todos os dados de internações

hospitalares e atendimentos ambulatoriais que fossem realizados no país que não

tiveram financiamento pelo SUS, ou seja, englobando atendimentos a beneficiários de

planos públicos e privados de saúde, atendimentos particulares financiados

diretamente pelo paciente e DPVAT.

A intenção do Ministério da Saúde com a CIHA era de, juntamente com o SIA e SIH, ter

informação sobre todos os serviços de saúde realizados no Brasil, independentemente

da fonte de financiamento. No entanto, como o CIHA não está vinculado ao pagamento

dos serviços prestados, espera-se uma subestimação das quantidades de serviços

médicos registados em seu sistema devido à subnotificação dos mesmos, uma vez que

seu registro tem caráter apenas informativo. Muitos prestadores consideram que não

é importante enviar sua produção para CIHA já que não dependem deste registro para

receberem o pagamento pelos serviços médicos prestados.

2.1.3 Dados do Setor de Saúde Suplementar

No setor de saúde suplementar, há dados sobre os serviços médicos prestados à

população beneficiária de plano privado de saúde, bem como dados sobre o perfil

destes beneficiários. Estes dados encontram-se sob a guarda da ANS – Agência

Nacional de Saúde Suplementar, que é a agência vinculada ao Ministério da Saúde para

regular o mercado de planos privados de saúde no Brasil.

As principais bases de dados de serviços prestados na saúde suplementar vêm de dois

sistemas principais que estão sobre a guarda da ANS: SIP – Sistema de Informação de

Produtos e TISS – Troca de Informação em Saúde Suplementar. Ambos os sistemas são

alimentados pelas informações enviadas pelas operadoras de planos de saúde, que

enviam periodicamente seus dados à ANS, com a finalidade de monitoramento do

mercado.

O setor de saúde suplementar conta também com importantes cadastros: o SIB –

Sistema de Informações de Beneficiários, que registra todos os beneficiários de planos

de saúde, o CADOP – Sistema de Cadastro de Operadoras, que por sua vez registra

todas as operadoras aptas a vender planos de saúde no Brasil e o RPS - Sistema de

Registro de Planos, que é o cadastro de todos os planos de saúde oferecidos no

mercado pelas operadoras.

Existe ainda o DIOPS – Documento de Informações Periódicas das Operadoras que

registra dados sobre os planos de contas contábeis das operadoras de saúde. Este

banco é utilizado pela ANS para fazer o acompanhamento da saúde econômico

financeira das operadoras.

2.1.4 Dados de Pesquisas e Programas em Saúde

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, desenvolve pesquisas específicas

na área de saúde como a AMS – Pesquisa de Assistência Médico Sanitário e a PNAD –

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio que inclui o suplemento saúde em

algumas de suas edições.

A PNAD tem por objetivo obter informações demográficas e socioeconômicas da

população, e ocasionalmente inclui em seu suplemento informações sobre um tópico

específico. As edições da PNAD que incluem o suplemento saúde são as de 1981, 1986,

1998, 2003 e 2008. Os módulos do suplemento saúde no ano de 2008 foram:

morbidade, cobertura de plano de saúde, acesso aos serviços de saúde, uso dos

serviços nas duas últimas semanas, internações, limitação de atividades físicas e fatores

de risco e proteção.

A AMS faz um retrato da capacidade instalada no país através de um censo nos

estabelecimentos de saúde cobrindo aspectos como número de leitos, tipos de

serviços disponíveis para cada tipo de financiamento (SUS, privado ou plano de saúde),

equipamentos em funcionamento, entre outras características dos estabelecimentos.

Através de um a cooperação do Ministério da Saúde com a OPAS – Organização Pan

Americana de Saúde foi criada a RIPSA - Rede Interagencial de Informações para a

Saúde. A RIPSA é a responsável pelo cálculo dos Indicadores do IDB - Indicadores e

Dados Básicos para Saúde que é um programa que promove a organização e

manutenção de um conjunto de indicadores no status de saúde da população e

aspectos sociais, econômicos e organizacionais que influenciam nesse status.

O quadro a seguir mostra uma síntese das principais informações sobre cada um dos

sistemas mencionados anteriormente:

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

23 / 149

Tabela 1 Resumo das principais características das bases de dados em saúde investigadas no estudo

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

SIP Sistema de

Informação de

Produtos

Monitoramento

dos serviços de

saúde prestados

pelas

operadoras de

planos de saúde

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

desde 2002 A unidade é a

quantidade de

procedimentos

realizados

agregados pelo

tipo de

procedimento,

UF e tipo de

plano de saúde

(individual ou

coletivo)

- - Registro Médico

Administrativo

Quantidade de

procedimentos

realizados,

quantidade de

beneficiários

expostos,

Operadora,

valor da

despesa

assistencial

TISS Troca de

Informação em

Saúde

Suplementar

Pagamento dos

serviços de

saúde prestados

a beneficiários

de planos

privados de

saúde

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

desde 2014

(OBS: o TISS

existe desde sss

mas a ANS so

comecou a

receber esses

dados de todas

as operadoras

em 2014)

A unidade é o

procedimento

realizado na

guia TISS

- - Registro Médico

Administrativo

Operadora,

estabelecimento

ou profissional

prestador do

serviço de

saúde, nome do

beneficiário,

procedimento

realizado, valor

pago

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

24 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

SIB Sistema de

Informações de

Beneficiários

Registrar todos

os beneficiários

de planos

privados de

saúde

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

Desde 2003 A unidade de

registro é o

beneficiário

(quando um

indivíduo possui

2 ou mais

planos de

saúde, há 2 ou

mais registros

do mesmo

beneficiário)

http://www.ans.

gov.br/anstabne

t/#

- Cadastro Nome do

beneficiário,

nome da mãe,

data de

nascimento,

plano de saúde

contratado

CADOP Sistema de

Cadastro de

Operadoras

Registrar todas

as operadoras

de planos

privados de

saúde

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

Desde 2003 A unidade de

registro é a

operadora de

plano privado

de saúde

http://www.ans.

gov.br/anstabne

t/#

- Cadastro Nome da

Operadora,

modalidade

(autogestão,

seguradora,

cooperativa

médica, etc),

endereço

DIOPS Documento de

Informações

Periódicas das

Operadoras

Monitorar a

saúde

econômico

financeira das

operadoras de

planos de saúde

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

Desde 2001 A unidade de

registro é o

valor de cada

conta contábil

de cada

operadora

http://www.ans.

gov.br/anstabne

t/#

- Registro

Contábil

Valor do Ativo

Circulante, Valor

do Patrimônio

Líquido, Valor

das Provisões

Atuariais

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

25 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

RPS Sistema de

Registro de

Planos

Registrar todos

os planos

privados de

saúde

existentes

ANS - Agência

Nacional de

Saúde

Suplementar

Desde 2001 A unidade de

registro é o

plano privado

de saúde

http://www.ans.

gov.br/anstabne

t/#

- Cadastro Nome do Plano,

Operadora ao

qual o plano

pertence, tipo

de

cobertura(ambu

latorial,

hospitalar,

dental, etc), tipo

de contratação

(individual,

coletivo)

AMS Pesquisa de

Assistência

Médico-

Sanitária

Formar um

panorama da

capacidade

instalada e

disponibilidade

dos serviços de

saúde no Brasil

IBGE - Instituto

Brasileiro de

Geografia e

Estatística

Desde 1999 A unidade é o

estabelecimento

de saúde

http://www.data

sus.gov.br/DATA

SUS/index.php?

area=0204

http://www.ibge.

gov.br/home/est

atistica/populac

ao/condicaodevi

da/ams/2009/mi

crodados.shtm

Cadastro Caracterização

do

estabelecimento

, instalação

física, recursos

humanos,

equipamentos,

numero de

leitos

PNAD Pesquisa

Nacional por

Amostra de

Domicílio

Pesquisa

amostral de

domicílios que

visa obter

informações

sobre

características

demográficas e

socioeconomica

s

IBGE - Instituto

Brasileiro de

Geografia e

Estatística

Desde 1967 A unidade de

registro pode

ser o domicílio

ou o indivíduo

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/

deftohtm.exe?p

nad2008/pnad.d

ef

http://download

s.ibge.gov.br/do

wnloads_estatist

icas.htm?caminh

o=Trabalho_e_R

endimento/Pesq

uisa_Nacional_p

or_Amostra_de_

Domicilios_anual

/microdados/re

ponderacao_20

01_2009

Amostragem

Probabiliística

Realização de

exames,

consultas com

médicos e

dentistas, posse

de plano

privado de

saúde,

internações

realizadas,

estado de saúde

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

26 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

RCBP Registro de

Câncer de Base

Populacional

Monitorar os

pacientes

diagnosticados

com câncer

residentes de

áreas pré

definidas

(capitais dos

Estados e

algumas

grandes cidades

da região

Sudeste)

INCA - Instituto

Nacional do

Câncer

Desde 1967 A unidade é o

paciente

diagnosticado

com câncer

https://irhc.inca.

gov.br/RHCNet/v

isualizaTabNetE

xterno.action

https://irhc.inca.

gov.br/RHCNet/v

isualizaTabNetE

xterno.action

Registro Médico

Administrativo

Nome, sexo,

grau de

instrução, data

da primeira

consulta, data

do diagnostico,

primeiro

tratamento

recebido

IDB Indicadores e

Dados Básicos

para Saúde

Organizar e

manter

indicadores

básicos de

saúde da

população

RIPSA - Rede

Interagencial de

Informações

para a Saúde

Desde 2003 A unidade é

cada indicador

calculado por

cada Região

Geográfica

(alguns

indicadores

estão agregados

por sexo e faixa

etária também)

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/i

db2012/matriz.h

tm

- Nome do

Indicador,

numerador,

denominador,

valor do

indicador

Page 30: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

27 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

AIH/SIH Autorização de

Internação

Hospitalar/Siste

ma

deInformações

Hospitalares

Pagamento de

internações no

SUS

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

desde 1982 A unidade é a

internação

http://www2.dat

asus.gov.br/data

sus/index.php?a

rea=0202

http://www2.dat

asus.gov.br/data

sus/index.php?a

rea=0901&item

=1&acao=25

Registro Médico

Administrativo

Idade, Sexo,

CEP,

Identificação do

Hospital,

CID,procedimen

to realizado

APAC/SIA Autorização

para

Procedimentos

de Alta

Complexidade /

Sistema de

Informações

Ambulatoriais

Pagamento de

serviços

ambulatoriais

que requerem

autorização

prévia

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

desde 1997 A unidade é

prodedimento

efetuado

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0202

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=22&

pad=31655

Registro Médico

Administrativo

Idade, Sexo,

Numero do

cartao Nacional

de Saude

(encriptado),

procedimento

realizado, valor

pago

Page 31: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

28 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

BPA/SIA Boletim de

Produção

Ambulatorial /

Sistema de

Informações

Ambulatoriais

Pagamento de

serviços

ambulatoriais

que não

requerem

autorização

prévia

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

desde 1994 BPA-I: a unidade

é o

procedimento

efetuado

BPA-C: a

unidade é a

quantidade de

procedimentos

realizados por

idade do

paciente e

ocupação do

profissional que

realizou o

procedimento

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0202

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=22&

pad=31655

Registro Médico

Administrativo

BPA-I: Idade,

sexo, Nome

(não é divulgado

publicamente),

procedimento

realizado

BPA-C:

procedimentos

realizados

agregados pela

idade do

paciente e

ocupação do

profissional que

realizou o

procedimento

RAAS/SIA Registro de

Ações

Ambulatoriais

em Saúde /

Sistema de

Informações

Ambulatoriais

Monitoramento

da atenção

psicosocial e

domiciliar

(Programa

Melhor em

Casa)

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

desde 2012 A unidade é

prodedimento

efetuado

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0202

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=22&

pad=31655

Registro Médico

Administrativo

Data de

nascimento do

paciente, CID

principal, data

de início do

atendimento,

data de fim do

atendimento

Page 32: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

29 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

CIHA Comunicação de

Informação

Hospitalar e

Ambulatorial

Monitoramento

de internações e

serviços

ambulatoriais

não financiados

pelo SUS

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

desde 2011 A unidade é

prodedimento

efetuado

- http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=24

Registro Médico

Administrativo

Idade, sexo, CID-

10,

procedimento

realizado, fonte

de remuneração

CNES Cadastro

Nacional de

Estabelecimento

s de Saúde

Registrar os

estabelecimento

s de sa[ude no

Brasil

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

Desde 2003 A unidade de

registro é o

estabelecimento

de saúde

http://www.data

sus.gov.br/DATA

SUS/index.php?

area=0204

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=31&

pad=31655

Cadastro Nome do

estabelecimento

de saúde, tipo

de atendimento

prestado, tipo

de convênio

(SUS, privado,

plano, etc),

leitos,

equipamentos

SIGTAP Sistema de

Gerenciamento

da Tabela de

Procedimentos,

Medicamentos e

OPM do SUS

Codificar os

procedimentos,

OPME (órteses,

protéses e

materiais

especiais) e

medicamentos

para o SUS

Secretaria de

Atenção à

Saúde/Ministéri

o da Saúde

Desde 2008 A unidade de

registro é o

procedimento,

OPME ou

medicamento

codificado

- http://www2.dat

asus.gov.br/SIH

D/tabela-

unificada

Cadastro Nome do

procedimento,

código do

procedimento,

tipo de

complexidade,

CID-10

relacionado ao

procedimento

Page 33: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

30 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

CADSUS Sistema de

Cadastramento

de Usuários do

SUS

Registrar os

usuários do SUS

Secretaria de

Gerenciamento

Estratégico e

Participativo /

Ministério da

Saúde

A unidade de

registro é o

indivíduo

registrado no

SUS

- - Cadastro Nome, sexo,

CPF, RG,

numero do

Cartão Nacional

de Saúde, tipo

de domicílio,

esgotamento

sanitário,

estabelecimento

de saúde

cadastrador

PNI/API Sistema de

Avaliação do

Programa de

Imunização

Monitorar as

vacinas

aplicadas no

Brasil

Secretaria de

Vigilância em

Saúde /

Ministério da

Saúde

Desde 1994 A unidade é o

número de

indivíduos

vacinados por

faixa etária e

tipo de vacina

recebida

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/

deftohtm.exe?p

ni/cnv/cpniuf.def

- Registro Médico

Administrativo

Doses aplicadas

por

estabelecimento

de saúde,

Município, tipo

de vacina, dose

SIM Sistema de

Informações de

Mortalidade

Registrar os

óbitos

Secretaria de

Vigilância em

Saúde /

Ministério da

Saúde

desde 1979 A unidade é o

óbito

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/

deftohtm.exe?si

m/cnv/obt10br.

def

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=26&

pad=31655

Registro Civil Idade do

falecido, sexo do

falecido, local de

nascimento,

causa principal

do óbito

Page 34: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília Pessanha Lima - 2016

31 / 149

Base de Dados

(Sigla)

Base de Dados

(Nome)

Propósito Responsável Cobertura

Temporal

Nível de

Agregação dos

Dados

Acesso Público a

Tabulações

Acesso Público a

Banco de Dados

Tipo de

Processo

Exemplos de

Variáveis

SINAN Sistema de

Informações de

Agravos de

Notificação

Registrar casos

de doenças de

notificação

compulsória

Secretaria de

Vigilância em

Saúde /

Ministério da

Saúde

desde 1990 A unidade é o

paciente

portador da

doença

notificada

http://dtr2004.s

aude.gov.br/sina

nweb/

- Registro Médico

Administrativo

Sexo,

escolaridade,

raça, data dos

primeiros

sintomas,

município

SINASC Sistema de

Informações de

Nascidos Vivos

Registrar os

nascidos vivos

Secretaria de

Vigilância em

Saúde /

Ministério da

Saúde

desde 1994 A unidade é o

nascido vivo

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/

deftohtm.exe?si

nasc/cnv/nvuf.d

ef

http://www2.dat

asus.gov.br/DAT

ASUS/index.php

?area=0901&ite

m=1&acao=28&

pad=31655

Registro Civil Número da

declaração e

nascido vivo,

sexo, APGAR,

peso,

estabelecimento

de saúde, idade

da mãe,

ocupação da

mãe

VIGITEL Vigilância de

Doenças

Crônicas por

Inquérito

Telefônico

Monitorar a

magnitude de

doenças não

notificáveis

Secretaria de

Vigilância em

Saúde /

Ministério da

Saúde

desde 2006 A unidade é o

inquérito

telefônico

http://tabnet.dat

asus.gov.br/cgi/v

igitel/vigteldescr.

htm

http://svs.aids.g

ov.br/bases_vigit

el_viva/dispbd_vi

gitel.php

Amostragem

Probabiliística

Idade, consumo

de tipos de

alimento,

atividades

fisicas,

referência a

diagnóstico

médico anterior

de hipertensão

arterial, diabetes

e colesterol

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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A tabela acima é uma síntese de pontos-chave sobre as bases de dados em saúde

investigadas neste estudo. As colunas “Acesso Público à Tabulações” e “Acesso Público

ao Banco de Dados” mostram os links os quais podem ser acessados para acesso

online aos dados de interesse. É possível notar que, em termos de acesso público às

bases de dados, o DATASUS e o IBGE oferecem acesso online à maioria de suas bases,

mesmo que com algumas variáveis omitidas ou mascaradas, para preservar o sigilo de

informações médicas sobre os indivíduos.

Por outro lado as bases de dados da ANS não estão acessíveis publicamente para

download. O que poderia explicar este fato é que por conter dados do mercado de

comercialização de planos privados de saúde, essas informações abertas poderiam

privilegiar alguma parte envolvida neste mercado.

Em 2011 foi promulgada a Lei 12.527, chamada Lei de Acesso à Informação (6), que

regula o acesso às bases de dados do governo. O direito de acesso aos dados

produzidos ou armazenados por instituições públicas no Brasil é um direito

constitucional.

De acordo com a Lei de Acesso à Informação, transparência e acessibilidade são a regra

e sigilo a exceção. As maiores fontes de sigilo estão em informações de segurança

nacional, saúde pública ou informações pessoais, que ferem o direito de privacidade

também garantido pela constituição.

A Lei fala ainda que o cidadão que quiser solicitar as bases de dados não precisa expor

o motivo da solicitação e que caso a informação esteja disponível, a entidade

responsável deverá prover os dados em até 20 dias após a solicitação. A maneira de

solicitar os dados é através dos canais de acesso à informação, chamados de SIC –

Serviço de Informações ao Cidadão, presentes em cada instituição pública.

Portanto, as bases de dados que não estão disponibilizadas publicamente, e que se

fizerem necessárias no cálculo dos indicadores, poderão ser solicitadas ao órgão

público gestor da base de dados, contanto que os dados sejam estruturados de forma

a não ferir os princípios de sigilo mencionados anteriormente.

2.2 INDICADORES DE SAÚDE

2.2.1 Boas Práticas na Seleção de Indicadores

Muitos programas no mundo utilizam dados disponíveis para calcular indicadores para

medição da qualidade dos seus sistemas de saúde. Em geral, os indicadores que

compõem os programas apresentam certa homogeneidade, isto é, há um conjunto de

indicadores consagrados pela literatura internacional que são comumente

encontrados em diversos programas. O uso destes indicadores pode ser considerado

como um conjunto das melhores práticas aceitas internacionalmente no

desenvolvimento de um programa de indicadores de qualidade em saúde.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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A AHRQ é a Agência Americana para Pesquisa e Qualidade dos Serviços de Saúde que

tem a missão de produzir evidências que tornem os cuidados em saúde mais seguros,

melhorando aspectos como a qualidade, acesso e equidade dos serviços de saúde. A

AHRQ possui um extenso programa que produz e valida grupos de indicadores (7)que

são utilizados em muitos programas dos Estados Unidos. Os indicadores da AHRQ são

desenvolvidos com base em revisões da literatura e testados através de uma série de

análises empíricas.

Segundo a AHRQ, os critérios para escolha e validação de indicadores devem seguir

três critérios principais: relevância, qualidade metodológica e exequibilidade. Estes

critérios estão detalhados a seguir:

Relevância

- Para stakeholders – o indicador é importante para os stakeholders? Por

exemplo, pacientes, médicos, governo, planos de saúde, etc.

- Para a Saúde – o indicador é de interesse do ponto de vista de saúde? Por

exemplo, o aspecto de saúde do qual trata o indicador é de alta prevalência ou

incidência, e/ou há um efeito significativo na gravidade da doença.

- Potencialidade para medir a distribuição dos cuidados – o indicador pode ser

estratificado por subgrupos para averiguar onde existem disparidades nos

cuidados ou na saúde entre populações diferentes de pacientes?

- Potencialidade para aperfeiçoamento – o indicador evidencia má qualidade

geral ou variações na qualidade entre os prestadores de cuidados em saúde

que possam ser aperfeiçoadas?

- Potencialidade para influenciar o sistema dos cuidados em saúde – o

indicador está relacionado a ações ou intervenções possíveis de serem

efetuadas pelos prestadores de cuidados em saúde cujo desempenho esteja

sendo medido, de modo que eles possam melhorar seu desempenho?

Qualidade Metodológica

- Clareza da evidência - a evidência que respalda o indicador é clara?

- Força da evidência – o indicador é solidamente respaldado pela evidência, ou

seja, é de muita importância para melhorar a qualidade dos cuidados?

- Confiabilidade – os resultados do indicador são reprodutíveis

independentemente de quem ou quando eles sejam produzidos?

- Validade – o indicador mensura de fato o que ele se propõe a medir?

- Potencialidade para ajustes – se necessário, o indicador permite estratificação

ou ajuste?

- Compreensível – os resultados do indicador são compreensiveis para os

usuários?

Exequibilidade

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

34 / 149

- Especificação explícita de numerador e denominador – o indicador tem

descrições detalhadas e explícitas para seu numerador e denominador?

- Disponibilidade de dados – A fonte de dados necessária para implementação

do indicador está disponível e acessível?

Portanto, de acordo com a AHRQ, os critérios acima devem ser verificados

sistematicamente para se decidir sobre a inclusão de um indicador em um programa

de avaliação do sistema de saúde.

Uma caracterísitca importante do conjunto de indicadores da AHRQ é que eles são

baseados em dados administrativos, geralmente dados de faturamento, que se

encontram disponíveis na maioria dos estabelecimentos de saúde.

O uso dos dados de rotina diminui a sobrecarga de compilação e aumenta a

credibilidade das informações, uma vez que o uso de bases de dados nacionais tem a

vantagem de padronizar o processo de compilação de dados garantindo, assim, a

comparabilidade dos resultados dos indicadores. Além disso, o uso de dados de rotina

reduz a probabilidade de dados falsos, reportados visando um melhor resultado para

os indicadores.

2.2.2 Conjunto de Indicadores do Health at a Glance

O programa de indicadores da publicação Health at a Glance é focado na comparação

do desempenho dos sistemas de saúde nos diferentes países da OCDE. Ele é

destinado à transparência de informações e a auxiliar os governos na identificação

dos resultados qualitativos em seus sistemas de cuidados em saúde.

A seleção dos indicadores que compõem o programa foi feita com base na estrutura

criada pelo projeto OCDE HealthCare Quality indicators Project (8) . Este projeto se

iniciou em 2001 com o objetivo de, no longo prazo, elaborar um conjunto de

indicadores que permitisse a comparação da qualidade dos serviços de saúde providos

em diferentes países.

O processo de seleção do conjunto de indicadores foi dividido em 3 fases:

1. Definição de áreas prioritárias de interesse

2. Criação de uma primeira lista de indicadores, construída através de uma vasta

revisão da literatura especializada

3. Proposição da primeira lista de indicadores para um grupo de experts, formado

por especialistas internacionais em avaliação da qualidade

Em geral, a escolha de cada um dos indicadores observava os seguintes critérios

principais: relevância, qualidade metodológica, e exequibilidade, que seguem os

mesmos princípios de boas práticas da AHRQ.

Em relação à relevância, era verificado se o aspecto avaliado pelo indicador era

importante para o sistema de saúde, isto é, se seus resultados poderiam ser utilizados

para melhorar a qualidade dos serviços. Quando um indicador é considerado

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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relevante, ele é selecionado e colocado em uma fase de teste para verificar a qualidade

metodológica e exequibilidade.

A qualidade metodológica está relacionada à verificação dos seguintes aspectos:

evidência clínica, reprodutibilidade, validade, precisão, ajuste de risco e

comparabilidade das fontes de dados.

A exequibilidade está relacionada à disponibilidade de dados, e/ou do custo para

compilação e/ou obtenção dos dados necessários para o cálculo.

Uma vez aprovado nas 3 fases o conjunto de indicadores selecionados pela OCDE foi

apresentado ao grupo de especialistas, que validaram ou não os resultados alcançados

e decidiram se o indicador seria incluído ou excluído do programa.

Os indicadores selecionados para o Health at a Glance baseiam-se essencialmente

nos dados de rotina disponíveis regularmente (registros administrativos), podendo

algumas vezes ser complementados com pesquisas realizadas com pacientes.

Como o objetivo do programa da OCDE é comparar países, os indicadores baseiam-

se em dados que são comparáveis entre os países.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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3 METODOLOGIA

3.1 DESCRIÇÃO DAS BASES DE DADOS Considerando a revisão das bases de dados desenvolvida no capítulo anterior e a

avaliação das fichas técnicas da OCDE sobre cada indicador que será apresentada

posteriormente neste capítulo, no subitem “Cálculo dos Indicadores”, foram

selecionadas as bases de dados necessárias para o cálculo dos indicadores.

Para todos os indicadores sobre utilização de serviços em saúde foram utilizadas

amplamente as principais bases que refletem a produção de serviços em saúde no

país:

- SIA/SUS e SIH/SUS para produção ambulatorial e hospitalar, respectivamente,

no setor público

- SIP/ANS para produção ambulatorial e hospitalar no setor de saúde

suplementar

- CIHA/SUS para produção ambulatorial e hospitalar com outras fontes de

financiamento que não SUS e Saúde Suplementar

Especificamente para a Saúde Suplementar, com base no levantamento das bases de

dados existentes, inicialmente havia-se optado pela utilização do TISS/ANS ao invés do

SIP/ANS. O fato de se priorizar o TISS ao SIP se justifica pelo TISS ser o instrumento que

reflete o pagamento dos prestadores que efetuaram atendimento dos beneficiários de

planos de saúde. Já o SIP é um sistema no qual as operadoras apenas declaram para

controle da ANS as quantidades e valores totais dos serviços de saúde realizados. O

fato do SIP não estar atrelado ao pagamento pode gerar um mascaramento nos dados

enviados pelas Operadoras à ANS.

No entanto, embora a base ideal para o cálculo dos indicadores seja a do TISS, a ANS

só começou a receber os dados do TISS das operadoras a partir de setembro de 2014,

ou seja, a base do TISS não está disponível para o período de análise deste trabalho,

ano de 2013. Portanto, a base utilizada neste trabalho para extrair os dados de

produção de serviços na saúde suplementar é a do SIP.

Para os indicadores que refletem a estrutura dos estabelecimentos em saúde, bem

como quantidade de profissionais de saúde, que são informações utilizadas pelos

indicadores de leitos hospitalares, equipamentos para exames médicos e consultas por

médico, a base utilizada para extração dos dados será a do CNES/SUS. A escolha da

base de dados do CNES ao invés da base de dados da MAS/IBGE se deu pelo fato de

que a data mais recente com os dados da pesquisa da MAS é o ano de 2009, enquanto

o CNES apresenta uma série histórica que contém os registros de 2013, ano de análise

dos indicadores neste trabalho.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Para a quantidade de habitantes, utilizada no denominador da maioria dos indicadores,

serão utilizados os dados da Projeção da População do Brasil e das Unidades da

Federação feita pelo IBGE, com base no Censo de 2010.

Para o cálculo dos indicadores referentes à saúde suplementar o denominador

considera somente os beneficiários de planos privados de saúde. Estes números foram

retirados do Sistema de Informação de Beneficiários SIB/ANS.

SIH – Sistema de Informações Hospitalares

Como visto na revisão das bases de dados em saúde no Brasil, o SIH é o sistema que

registra toda a produção de internações no âmbito do SUS com a finalidade de

remuneração dos serviços prestados.

A base de dados do SIH é alimentada por um instrumento de coleta, AIH – Autorização

de Internação Hospitalar, que é preenchido pelos estabelecimentos de saúde para

cada internação. Cada internação gera uma AIH que contem, além do número que

identifica a autorização de internação, dados de identificação do paciente, registro dos

procedimentos médicos e serviços de diagnose e terapia e código da doença

diagnosticada (CID). (9)

O DATASUS disponibiliza publicamente duas bases de dados originadas pelo SIH: base

de dados de AIH Reduzida e base de dados de AIH Serviços Profissionais.

A base de dados da AIH Reduzida, AIH RD, traz as principais informações sobre o

procedimento principal, isto é, o procedimento que gerou a internação excluindo

informações de identificação dos pacientes. Já a base de dados da AIH Serviços

Profissionais, AIH SP, traz a informação dos demais procedimentos realizados em uma

internação. A base de dados de AIH Serviços Profissionais deve conter todos os atos

médicos realizados na internação, os que precisam de pagamento ou não, pois alguns

atos médicos já têm seu pagamento vinculado ao procedimento principal que gerou a

internação. Assim como ocorre em outras bases de dados que não estão vinculadas a

pagamento, estima-se que haja subnotificação de procedimentos cujo registro seja

apenas informativo, não estando vinculado a seu pagamento.

Para o cálculo dos indicadores neste trabalho precisaremos das duas bases de dados,

tanto AIH RD quanto AIH SP, para termos acesso a todos os procedimentos realizados

durante a internação.

Abaixo são listadas as variáveis existentes nos bancos de dados disponibilizados pelo

DATASUS referentes aos arquivos do SIH.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Quadro 1 Variáveis da Base de Dados de AIH Reduzida

UF_ZI DIAR_ACOM DIAG_PRINC INSTRU FINANC

ANO_CMPT QT_DIARIAS DIAG_SECUN CID_NOTIF FAEC_TP

MES_CMPT PROC_SOLIC COBRANCA CONTRACEP1 REGCT

ESPEC PROC_REA NATUREZA CONTRACEP2 RACA_COR

CGC_HOSP VAL_SH NAT_JUR GESTRISCO ETNIA

N_AIH VAL_SP GESTAO INSC_PN SEQUENCIA

IDENT VAL_SADT RUBRICA SEQ_AIH5 REMESSA

CEP VAL_RN IND_VDRL CBOR AUD_JUST

MUNIC_RES VAL_ACOMP MUNIC_MOV CNAER SIS_JUST

NASC VAL_ORTP COD_IDADE VINCPREV VAL_SH_FED

SEXO VAL_SANGUE IDADE GESTOR_COD VAL_SP_FED

UTI_MES_IN VAL_SADTSR DIAS_PERM GESTOR_TP VAL_SH_GES

UTI_MES_AN VAL_TRANSP MORTE GESTOR_CPF VAL_SP_GES

UTI_MES_AL VAL_OBSANG NACIONAL GESTOR_DT VAL_UCI

UTI_MES_TO VAL_PED1AC NUM_PROC CNES MARCA_UCI

MARCA_UTI VAL_TOT CAR_INT CNPJ_MANT

UTI_INT_IN VAL_UTI TOT_PT_SP INFEHOSP

UTI_INT_AN US_TOT CPF_AUT CID_ASSO

UTI_INT_AL DT_INTER HOMONIMO CID_MORTE

UTI_INT_TO DT_SAIDA NUM_FILHOS COMPLEX

Quadro 2 Variáveis da Base de Dados de AIH Serviços Profissionais

SP_GESTOR SP_ATOPROF SP_CO_FAEC

SP_UF SP_TP_ATO SP_PF_CBO

SP_AA SP_QTD_ATO SP_PF_DOC

SP_MM SP_PTSP SP_PJ_DOC

SP_CNES SP_NF IN_TP_VAL

SP_NAIH SP_VALATO SEQUENCIA

SP_PROCREA SP_M_HOSP REMESSA

SP_DTINTER SP_M_PAC SERV_CLA

SP_DTSAIDA SP_DES_HOS SP_CIDPRI

SP_NUM_PR SP_DES_PAC SP_CIDSEC

SP_TIPO SP_COMPLEX SP_QT_PROC

SP_CPFCGC SP_FINANC SP_U_AIH

Neste trabalho as principais variáveis utilizadas para o cálculo dos indicadores são:

Para a base de dados de AIH RD:

- UF_ZI – identifica a UF onde foi realizada a internação.

- IDENT – identifica o tipo de AIH, isto é, se for do tipo 5 corresponde a uma AIH

de continuidade. Esta variável é importante pois pacientes que ficam

internados por mais de 45 dias terão uma nova AIH registrada como tipo 5.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Portanto, para evitar múltipla contagem de uma mesma internação é preciso

filtrar as AIHs que são diferentes do tipo 5, isto é, de longa duração.

- PROC_REA – identifica o procedimento principal que gerou a internação.

- DT_INTERN – identifica a data de entrada do paciente.

- DT_SAIDA – identifica a data de saída do paciente.

- DIAG_PRINC – identifica o CID-10 do diagnóstico principal do paciente.

- DIAS_PERM – identifica a quantidade de dias de permanência do paciente. Esta

variável além de ser útil na contagem do tempo de uma internação, também

identifica os casos de hospital-dia.

- COBRANCA – identifica o motivo da alta, se por morte, transferência, alta

médica, etc.

Para a base de dados de AIH SP:

- SP_UF – identifica a UF onde foi realizada a internação.

- SP_DTINTER – identifica a data de entrada do paciente.

- SP_DTSAIDA – identifica a data de saída do paciente.

- SP_ATOPROF – identifica o ato médico (procedimento) realizado.

- SP_QTD_ATO – identifica a quantidade de atos realizada.

Quando se pretende contar a quantidade de internações é importante observar o tipo

de AIH. AIHs cuja identificação (IDENT) é 1 ou 7 são utilizadas para registrar todas as

internações até o tempo máximo de 45 dias. Para pacientes que necessitem de mais

de 45 dias internados, psiquiátricos ou crônicos, além da AIH tipos 1 ou 7 preenchida,

outro tipo de AIH também deverá ser preenchida ao final dos 45 dias, o tipo 5, que é a

AIH de continuidade.

Portanto, uma AIH do tipo 5 sempre vem em seguida a uma AIH do tipo 1 ou 7, para

caracterizar que uma internação iniciada há 45 dias irá continuar. A AIH do tipo 5

contém o mesmo número e data de internação da AIH 1 ou 7 emitida para o paciente,

sua identificação e informações sobre a continuidade de seu tratamento. Dessa forma,

o número de internações realizadas por uma instituição se refere apenas às AIHs tipo

1 e 7. (10)

É importante destacar também que na base de dados da AIH Reduzida cada linha de

registro representa uma AIH, e na base de dados de AIH Serviços Profissionais cada

linha de registro representa a quantidade de procedimentos realizados que

contenham as mesmas características descritas nas demais variáveis.

Algumas particularidades do SIH a serem tratadas com cuidado (11):

- Não identifica reinternações e transferências de outros hospitais, o que pode

levar a sobrestimação da quantidade de internações

- Como a finalidade é a remuneração de serviços e as AIHs estão limitadas ao teto

financeiro do estado, há interferência deste limite nas informações

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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apresentadas. Os gestores estaduais e municipais tendem a optar por cobrar

os procedimentos mais caros, arcando com os custos dos mais baratos

3.1.1 SIA – Sistema de Informações Ambulatoriais

O SIA é o sistema de informações do SUS onde são registrados os atendimentos

ambulatoriais. Estes atendimentos são provenientes de três fontes de registro: Boletim

de Produção Ambulatorial, APAC e RAAS.

O DATASUS disponibiliza toda a Produção Amulatorial do SUS em uma única base de

dados chamada Produção Ambulatorial, que contem todas as informações referentes

aos atendimentos ambulatoriais registrados através do Boletim de Produção

Ambulatorial, APAC e RAAS.

Ao utilizar os dados do arquivo de Produção Ambulatorial podemos distinguir de qual

instrumento de registro a informação é proveniente. Dependendo do tipo do

instrumento de coleta, o registro pode ser individual ou estar agregado. Uma diferença

importante entre as informações do SIA em relação ao SIH é que no SIH temos

obrigatoriamente o CID-10 preenchido, enquanto no SIA esta informação é opcional.

Abaixo são listadas as variáveis existentes nos bancos de dados disponibilizados pelo

DATASUS referentes aos arquivos da Produção Ambulatorial:

Quadro 3 Variáveis da Base de Dados de Produção Ambulatorial

PA_CODUNI PA_AUTORIZ PA_QTDPRO

PA_GESTAO PA_CNSMED PA_QTDAPR

PA_CONDIC PA_CBOCOD PA_VALPRO

PA_UFMUN PA_MOTSAI PA_VALAPR

PA_REGCT PA_OBITO PA_UFDIF

PA_INCOUT PA_ENCERR PA_MNDIF

PA_INCURG PA_PERMAN PA_DIF_VAL

PA_TPUPS PA_ALTA NU_VPA_TOT

PA_TIPPRE PA_TRANSF NU_PA_TOT

PA_MN_IND PA_CIDPRI PA_INDICA

PA_CNPJCPF PA_CIDSEC PA_CODOCO

PA_CNPJMNT PA_CIDCAS PA_FLQT

PA_CNPJ_CC PA_CATEND PA_FLER

PA_MVM PA_IDADE PA_ETNIA

PA_CMP IDADEMIN PA_VL_CF

PA_PROC_ID IDADEMAX PA_VL_CL

PA_TPFIN PA_FLIDADE PA_VL_INC

PA_SUBFIN PA_SEXO PA_SRV_C

PA_NIVCPL PA_RACACOR

PA_DOCORIG PA_MUNPCN

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Neste trabalho as principais variáveis utilizadas para o cálculo dos indicadores são:

- PA_UFMUN – identifica a UF onde foi realizado o atendimento.

- PA_PROC_ID – identifica o procedimento realizado.

- PA_QTDPRO – identifica a quantidade de procedimentos realizados.

- PA_CBOCOD – identifica o CBO do profissional que realizou o

procedimento.

3.1.2 SIP – Sistema de Informação de Produtos

A ANS solicita que as operadoras de planos de saúde enviem trimestralmente

informações sobre a produção de serviços de saúde a seus beneficiários. Essas

informações são enviadas à ANS de forma consolidados por tipo de procedimento. Por

exemplo, para o procedimento parto cesáreo, a operadora informa a quantidade de

partos cesáreos realizados no período, o valor de sua despesa assistencial, e a

quantidade de beneficiárias mulheres da operadora que se encontravam na faixa etária

considerada fértil e que estavam cobertas para este procedimento. Portanto, temos no

SIP uma importante fonte de informação da produção de serviços em saúde para o

setor de saúde suplementar.

Diferentemente do DATASUS, que dá muitas vezes acesso público às suas bases de

dados, a ANS não disponibiliza publicamente a base de dados do SIP. No entanto, a

ANS tem uma publicação chamada “Mapa Assistencial” que divulga as informações

constantes do SIP de maneira agregada, ou seja, não são disponibilizados os bancos

de dados completos por operadora, mas temos de forma consolidada o total da

produção de serviços em saúde pelo setor de saúde suplementar.

Esta informação é bastante útil na construção dos indicadores deste trabalho pois com

os dados do Mapa Assistencial conseguimos saber o total dos números de produção

de serviços por cada tipo de procedimento.

Para os dados do ano de 2013, existe publicamente no site da ANS a publicação do

Mapa Assistencial que contem a quantidade total realizada por cada grupo abaixo:

Quadro 4 Variáveis da Base de Dados do SIP

A. CONSULTAS MÉDICAS

1. Consultas médicas ambulatoriais

1.1 Alergia e Imunologia

1.2 Angiologia

1.3 Cardiologia

1.4 Cirurgia geral

1.5 Clínica médica

1.6 Dermatologia

1.7 Endocrinologia

1.8 Gastroenterologia

1.9 Geriatria

1.10 Ginecologia e Obstetrícia

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1.11 Hematologia

1.12 Mastologia

1.13 Nefrologia

1.14 Neurocirurgia

1.15 Neurologia

1.16 Oftalmologia

1.17 Oncologia

1.18 Otorrinolaringologia

1.19 Pediatria

1.20 Proctologia

1.21 Psiquiatria

1.22 Reumatologia

1.23 Tisiopneumologia

1.24 Traumatologia-ortopedia

1.25 Urologia

2. Consultas médicas em Pronto Socorro

B. OUTROS ATENDIMENTOS AMBULATORIAIS

1. Consultas/sessões com Fisioterapeuta

2. Consultas/sessões com Fonoaudiólogo

3. Consultas/sessões com Nutricionista

4. Consultas/sessões com Terapeuta Ocupacional

5. Consultas/sessões com Psicólogo

C. EXAMES

1. Ressonância magnética

2. Tomografia computadorizada

3. Procedimento diagnóstico em citopatologia cérvico-vaginal oncótica em mulheres de 25 a 59 anos

4. Densitometria óssea – qualquer segmento

5. Ecodopplercardiograma transtorácico

6. Broncoscopia com ou sem biopsia

7. Endoscopia digestiva alta

8. Colonoscopia

9. Holter de 24 horas

10. Mamografia convencional e digital

10.1 Mamografia em mulheres de 50 a 69 anos

11. Cintilografia miocárdica

12. Cintilografia renal dinâmica

13. Hemoglobina glicada

14. Pesquisa de sangue oculto nas fezes

15. Radiografia

16. Teste ergométrico

17. Ultra-sonografia diagnóstica de abdome total

18. Ultra-sonografia diagnóstica de abdome inferior

19. Ultra-sonografia diagnóstica de abdome superior

20. Ultra-sonografia obstétrica morfológica

D. TERAPIAS

1. Transfusão ambulatorial

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2. Quimioterapia sistêmica

3. Radioterapia megavoltagem

4. Hemodiálise aguda

5. Hemodiálise crônica

6. Implante de dispositivo intrauterino – DIU

E. INTERNAÇÕES

Tipo de Internação

1. Clínica

2. Cirúrgica

2.1 Cirurgia bariátrica

2.2 Laqueadura tubária

2.3 Vasectomia

2.4 Fratura de fêmur (60 anos ou mais)

2.5 Revisão de artroplastia

2.6 Implante de CDI (cardio desfibrilador implantável)

2.7 Implantação de marcapasso

3. Obstétrica

3.1 Parto normal

3.2 Parto cesáreo

4. Pediátrica

4.1. Internação de 0 a 5 anos de idade por doenças respiratórias

4.2 Internação em UTI no período neonatal

4.2.1 Internações em UTI no período neonatal por até 48 horas

5. Psiquiátrica

Regime de internação

1. Hospitalar

2. Hospital-dia

2.1 Hospital-dia para saúde mental

3. Domiciliar

F. CAUSAS SELECIONADAS DE INTERNAÇÃO

1. Neoplasias

1.1 Câncer de mama feminino

1.1.1 Tratamento cirúrgico de câncer de mama feminino

1.2 Câncer de colo de útero

1.2.1 Tratamento cirúrgico de câncer de colo de útero

1.3 Câncer de cólon e reto

1.3.1 Tratamento cirúrgico de câncer de cólon e reto

1.4 Câncer de próstata

1.4.1 Tratamento cirúrgico de câncer de próstata

2. Diabetes mellitus

3. Doenças do aparelho circulatório

3.1 Infarto agudo do miocárdio

3.2 Doenças hipertensivas

3.3 Insuficiência cardíaca congestiva

3.4 Doenças cerebrovasculares

3.4.1 Acidente vascular cerebral

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4. Doenças do aparelho respiratório

4.1 Doença pulmonar obstrutiva crônica

5. Causas externas

G. NASCIDO VIVO

H. DEMAIS DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES

I. PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS

1. Consultas odontológicas iniciais

2. Exames radiográficos

3. Procedimentos preventivos

3.1 Atividade educativa individual

3.2 Aplicação tópica profissional de flúor por hemi-arcada

3.3 Selante por elemento dentário (menores de 12 anos)

4. Raspagem supra-gengival por hemi-arcada (12 anos ou mais)

5. Restauração em dentes decíduos por elemento (menores de 12 anos)

6. Restauração em dentes permanentes por elemento (12 anos ou mais)

7. Exodontias simples de permanentes (12 anos ou mais)

8. Tratamento endodôntico concluído em dentes decíduos por elemento (menores de 12 anos)

9. Tratamento endodôntico concluído em dentes permanentes por elemento (12 anos ou mais)

10. Próteses odontológicas

11. Próteses odontológicas unitárias (Coroa Total e Restauração Metálica Fundida)

Dos procedimentos médicos disponíveis no SIP, para este trabalho utilizaremos os

seguintes itens:

- Consultas médicas ambulatoriais

- Consultas médicas em Pronto Socorro

- Ressonância Magnética

- Tomografia Computadorizada

- Parto Normal

- Parto Cesáreo

Nem todos os itens necessários para o cálculo dos indicadores deste trabalho estão

disponíveis no SIP. No caso da informação sobre os serviços realizados pelos planos

privados não estar disponível no SIP, foi utilizado como proxy as informações

registradas na CIHA que tiveram como fonte de remuneração planos privados.

3.1.3 CIHA - Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial

O banco de dados da CIHA - Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial foi

criado pelo Ministério da Saúde para registrar todos os dados de internações

hospitalares e atendimentos ambulatoriais que fossem realizados no país que não

tiveram financiamento pelo SUS, ou seja, engloba atendimentos a beneficiários de

planos públicos e privados de saúde, atendimentos particulares financiados

diretamente pelo paciente e DPVAT.

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A intenção do Ministério da Saúde com a criação da CIHA era de, juntamente com o SIA

e SIH, ter a informação completa sobre todos os serviços de saúde realizados no Brasil,

independentemente da fonte de financiamento.

É preciso pontuar que como o registro dos atendimentos na CIHA não está vinculado

ao pagamento dos serviços prestados, espera-se uma subestimação das quantidades

de serviços médicos registados em seu sistema devido à subnotificação dos mesmos,

uma vez que seu registro tem caráter apenas informativo. Muitos prestadores

consideram que não é importante enviar sua produção para CIHA já que não

dependem deste registro para receberem o pagamento pelos serviços médicos

prestados.

Sobrinho ET Al desenvolveu um estudo que comparava os registros de partos

informados na CIHA com os nascimentos registrados no SINASC no período entre 2006

e 2009, concluindo que a cobertura do registro dos partos na CIHA foi baixa, em torno

de 20%.(12)

No entanto, mesmo com a hipótese forte de subnotificação dos registros, esta é a única

fonte de dados na qual são registradas os atendimentos fora do SUS. Por este motivo

estes dados serão contabilizados no cálculo dos indicadores neste trabalho.

A limitação da subnotificação destes registros é levada em consideração neste trabalho

e por este motivo não é possível fazer uma análise isolada dos dados de produção de

serviços em saúde para os que tiveram fonte de financiamento fora do SUS, mas estes

números podem ser somados ao total da produção de serviços no Brasil, agregando

assim mais informação aos dados do SUS e da Saúde Suplementar.

Abaixo são listadas as variáveis existentes nos bancos de dados disponibilizados pelo

DATASUS referentes aos arquivos da CIHA:

Quadro 5 Variáveis da Base de Dados da CIHA

ANO_CMPT COBRANCA

MES_CMPT NATUREZA

ESPEC GESTAO

CGC_HOSP MUNIC_MOV

MUNIC_RES COD_IDADE

NASC IDADE

SEXO DIAS_PERM

UTI_MES_TO MORTE

UTI_INT_TO NACIONAL

PROC_REA CAR_INT

QT_PROC HOMONIMO

DT_ATEND CNES

DT_SAIDA FONTE

DIAG_PRINC MODALIDADE

DIAG_SECUN

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Neste trabalho as principais variáveis utilizadas para o cálculo dos indicadores são:

- PROC_REA – identifica o procedimento realizado.

- QT_PROC – identifica a quantidade de procedimentos realizados.

- DT_ATEND – identifica a data de atendimento do paciente.

- DT_SAIDA – identifica a data de saída do paciente para os casos de internação.

- DIAG_PRINC – identifica o CID-10 do diagnóstico principal do paciente.

- COBRANCA - identifica o motivo da alta, se por morte, transferência, alta

médica, etc. para os casos de internação.

- DIAS_PERM - identifica a quantidade de dias de permanência do paciente para

os casos de internação. Esta variável além de ser útil na contagem do tempo

de uma internação, também identifica os casos de hospital-dia.

- FONTE – identifica a fonte de financiamento do serviço prestado, se plano

público ou privado, particular ou DPVAT.

3.1.4 CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

O CNES é um cadastro de todos os estabelecimentos de saúde do país. Através das

bases de dados do CNES podemos ter a dimensão da capacidade instalada nos

estabelecimentos de saúde do país.

As bases de dados do CNES registram diferentes aspectos sobre os recursos físicos

dos estabelecimentos de saúde, como características dos estabelecimentos, tipo de

atendimentos prestado, fonte de financiamento dos serviços, leitos, equipamentos,

profissionais, entre outras.

Para a construção dos indicadores deste trabalho as seguintes bases de dados do

CNES foram utilizadas: base de dados de Equipamentos, de Leitos e de Profissionais.

Mais uma vez, é necessário apontar que no CNES também pode haver subnotificação

de registros. Isto ocorre principalmente pois como quem faz o cadastramento dos

estabelecimentos são as secretarias de saúde, é reportada pelos estabelecimentos

privados a dificuldade de conseguirem se cadastrar. Este fato pode levar a uma

subestimação da capacidade instalada nos estabelecimentos de saúde no Brasil.

No entanto, mesmo com esta limitação, esta é a fonte de dados oficial sobre os

estabelecimentos de saúde no país e será usada para a construção dos indicadores

neste trabalho.

Abaixo são listadas as variáveis existentes nos bancos de dados disponibilizados pelo

DATASUS referentes aos arquivos do CNES.

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Quadro 6 Variáveis da Base de Dados do CNES Equipamentos

CNES NIV_DEP NIV_HIER

CODUFMUN CNPJ_MAN TERCEIRO

REGSAUDE ESFERA_A TIPEQUIP

MICR_REG ATIVIDAD CODEQUIP

DISTRSAN RETENCAO QT_EXIST

DISTRADM NATUREZA QT_USO

TPGESTAO CLIENTEL IND_SUS

PF_PJ TP_UNID IND_NSUS

CPF_CNPJ TURNO_AT COMPETEN

Quadro 7 Variáveis da Base de Dados do CNES Leitos

CNES NIV_DEP NIV_HIER

CODUFMUN CNPJ_MAN TERCEIRO

REGSAUDE ESFERA_A TP_LEITO

MICR_REG ATIVIDAD CODLEITO

DISTRSAN RETENCAO QT_EXIST

DISTRADM NATUREZA QT_CONTR

TPGESTAO CLIENTEL QT_SUS

PF_PJ TP_UNID QT_NSUS

CPF_CNPJ TURNO_AT COMPETEN

Quadro 8 Variáveis da Base de Dados do CNES Profissionais

CNES CNPJ_MAN CPF_PROF VINCUL_A

CODUFMUN ESFERA_A CPFUNICO VINCUL_N

REGSAUDE ATIVIDAD CBO PROF_SUS

MICR_REG RETENCAO CBOUNICO PROFNSUS

DISTRSAN NATUREZA NOMEPROF HORAOUTR

DISTRADM CLIENTEL CNS_PROF HORAHOSP

TPGESTAO TP_UNID CONSELHO HORA_AMB

PF_PJ TURNO_AT REGISTRO COMPETEN

CPF_CNPJ NIV_HIER VINCULAC UFMUNRES

NIV_DEP TERCEIRO VINCUL_C

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Neste trabalho as principais variáveis utilizadas para o cálculo dos indicadores são:

- Para a base de dados do CNES Equipamentos:

o CODUFMUN – identifica a UF do estabelecimento.

o CODEQUIP – identifica o tipo de equipamento.

o QT_USO – identifica a quantidade de equipamentos que se encontram

em uso.

- Para a base de dados do CNES Leitos:

o CODUFMUN – identifica a UF do estabelecimento.

o CODLEITO – identifica o tipo de leito.

o QT_EXIST – identifica a quantidade de leitos existentes.

- Para a base de dados do CNES Profissionais:

o CODUFMUN – identifica a UF do estabelecimento cujo profissional está

vinculado.

o CBO – identifica o código brasileiro de ocupação, CBO, do profissional.

o CPFUNICO – identifica se o profissional está registrado em um único

registro ou em vários registros no CNES (por exemplo, mesmo

profissional pode ter mais de um vínculo de trabalho com mais de um

estabelecimento).

3.2 CAPTURA E TRATAMENTO DAS BASES DE DADOS

3.2.1 Bases de dados sob a guarda do DATASUS

3.2.1.1 Arquivos

As bases de dados sob a guarda do DATASUS utilizadas neste trabalho encontram-se

disponíveis para download na página do DATASUS no formato dbc. Arquivos do tipo

dbc são bancos de dados criados em Visual FoxPro, um aplicativo da Microsoft com

recursos de manipulação de dados. Em geral, cada arquivo dbc disponibilizado para

download corresponde a uma base de dados de uma determinada UF e mês.

3.2.1.2 Fonte

Os arquivos dbc do SUS estão armazenados em um servidor FTP - File Transfer Protocol

que é uma forma simples de se transferir arquivos de um servidor remoto. O endereço

para download das bases de dados do DATASUS é ftp://ftp.datasus.gov.br.

O servidor aceita conexão anônima, isto é, não é preciso fazer login para acessar as

bases de dados.

Os grupos de arquivos relacionados a cada um dos sistemas do SUS estão organizados

em subpastas distintas. Para download das bases de dados do ano de 2013,

necessárias para o cálculo dos indicadores, foi feita uma rotina de transferência de

arquivos através do servidor FTP.

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Tabela 2 Resumo das Bases de Dados Transferidas

Base de

Dados

Sigla

Base de Dados

Nome

Quantida

de de

arquivos

Tamanho

dos

arquivos

Endereço da pasta contendo os arquivos

RD-AIH AIH Reduzida 324 778 MB /dissemin/publicos/SIHSUS/200801_/Dados/

SP-AIH AIH Serviços

Profissionais

324 1,85 GB /dissemin/publicos/SIHSUS/200801_/Dados/

PA Produção

Ambulatorial

336 3,78 GB /dissemin/publicos/SIASUS/200801_/Dados/

CIHA Comunicação

de Informação

Hospitalar e

Ambulatorial

288 177 MB /dissemin/publicos/CIHA/201101_/Dados/

CNES EQ CNES

Equipamentos

27 53,4 MB /dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/

CNES PF CNES

Profissionais

27 650 MB /dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/

CNES LT CNES Leitos 27 4,98 MB /dissemin/publicos/CNES/200508_/Dados/

O aplicativo cliente escolhido para baixar as bases de dados foi o FileZilla, que é um

programa de código aberto para Windows, Mac e Linux de interface simples para enviar

e receber arquivos através do FTP.

Figura 1 Exemplo de conexão FTP através do Filezila para transferência das bases de dados do SIH

3.2.1.3 Conversão

A partir da captura das bases de dados do DATASUS, foi feita a conversão dos arquivos

com formato dbc para arquivos com formato dbf, com intuito de posteriormente

importá-las para um sistema de bancos de dados relacionais.

Para a conversão das bases dbc para dbf foi utilizado o auxílio do aplicativo do

DATASUS, o TABWIN. O TABWIN é um aplicativo para recuperação de informação

disponível no site do DATASUS que facilita que os usuários utilizem as bases do SUS

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através da leitura de seus dados, construção de tabelas, gráficos e mapas. Neste

trabalho o TABWIN só foi utilizado para auxílio da expansão de arquivos dbc em

arquivos dbf.

Figura 2 Exemplo de conversão dos arquivos dbc para arquivos dbf através do TABWIN para as bases de

dados do SIH

3.2.1.4 Importação

A decisão de importar os dados para um banco de dados relacional se deu pela

possibilidade de poder acessar facilmente esses bancos através de tabelas

armazenadas, utilizando para isto a linguagem Structured Query Language, ou

simplesmente SQL.

O sistema de gerenciamento de banco de dados escolhido foi o MySQL, que utiliza a

linguagem SQL como interface. A escolha do MySQL se deu pelo fato de ser um banco

de dados em código aberto, de ampla utilização por possuir consistência, alta

performance e facilidade de utilização.

O MySQL é indicado no desenvolvimento de aplicações onde a velocidade é

importante, com foco em facilidade de administração e baixo consumo de recursos

do hardware. Devido ao grande volume das bases de dados deste estudo estes foram

pontos cruciais na escolha do MySQL.

Para criar as tabelas no MySQL primeiramente foram pegas as estruturas de dados

cada um dos sistemas. Estas estruturas estão disponíveis no TABWIN, que fornece

diretamente a query que corresponde à criação da estrutura da tabela dentro do

MySQL.

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Figura 3 Exemplo de estrutura de dados fornecida pelo TABWIN para as bases de dados do SIH

Posteriormente, para importar os dados dentro das tabelas criadas no passo anterior,

foi construído um programa em PHP que simplesmente lê cada linha da base de dados

e a grava na tabela criada no MySQL. Os programas utilizados na importação de cada

base de dados encontram-se disponíveis no ANEXO B “Códigos utilizados para

importação das bases de dados”.

Como os sistemas contêm arquivos separados por mês e UF, no programa de

importação estes arquivos foram agregados em uma única tabela, facilitando assim a

manipulação dos dados para extração de informação. Apenas para as bases com uma

grande quantidade de registros, como a base de dados ambulatoriais e a de serviços

profissionais do SIH, optou-se por criar uma base de dados para cada UF.

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Figura 4 Fluxo das tarefas executadas pelo programa de leitura dos dados

3.2.1.5 Resultado

O processo de importação dos dados não foi trivial, devido ao grande volume dos

dados. Dependendo do tamanho do arquivo importado o processo levou de minutos

a até mais de um dia. Abaixo está registrado o resultado final da importação das bases

de dados, que gerou um banco de dados relacional acessado por SQL contendo as

seguintes tabelas:

- SIA – Base de Dados de Produção Ambulatorial: 244 920 784 registros

separados em 27 tabelas, uma para cada UF

- SIH – Base de Dados de AIH Serviços Profissionais: 113 472 838 registros

separados em 27 tabelas, uma para cada UF

- SIH – Base de Dados de AIH Reduzida: 11 520 837 registros em uma única

tabela

- CIHA: 11 679 320 registros em uma única tabela

- CNES – Base de Dados de Equipamentos: 566 050 registros em uma única

tabela

- CNES – Base de Dados de Leitos: 49 050 registros em uma única tabela

- CNES – Base de Dados de Serviços Profissionais: 3 027 691 em uma única

tabela

3.2.2 Bases de dados sob a guarda da ANS

A única base de dados utilizada na construção dos indicadores que não se encontra

disponível para captura é a base do SIP, que reflete a produção de serviços em saúde

no setor de saúde suplementar. Mas, como dito antes, através da publicação na ANS

chamada Mapa Assistencial é possível ter acesso aos números da base de dados do

SIP de maneira consolidada. Portanto, para captura dos números do SIP, foi utilizada a

publicação Mapa Assistencial que se encontra disponível para download no site da ANS

no link:

http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto

/mapa_assistencial_20143012.pdf.

Leitura da pasta que contém os

arquivos de dados

• Regra geral para o nome da pasta: XXUFMMAA

Leitura da pasta que contém os

arquivos de dados

• Regra geral para o nome da pasta: XXUFMMAA

Criação da(s) Tabela(s) no MySQL (uma única tabela

ou uma tabela por

UF)

Criação da(s) Tabela(s) no MySQL (uma única tabela

ou uma tabela por

UF)

Para cada arquivo de

dados contido na

pasta:

Para cada arquivo de

dados contido na

pasta:

Leitura de cada linha do

arquivo de dados

Leitura de cada linha do

arquivo de dados

Inserção da linha lida na tabela criada

no MySQL

Inserção da linha lida na tabela criada

no MySQL

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3.3 CÁLCULO DOS INDICADORES – FICHAS TÉCNICAS Nesta seção é apresentada a metodologia proposta para calcular cada indicador,

incluindo conceito, critérios de inclusão e exclusão, numerador, denominador e

fórmula de cálculo.

Cada indicador é calculado para o Brasil considerandos três fontes de informação:

setor público, setor de saúde suplementar e demais fontes de remuneração. Quando

possível, os indicadores são calculados de forma segmentada de modo a permitir a

comparação dos resultados entre os setores. Além disso, para todos os indicadores,

foram calculados os indicadores segmentados por Unidade da Federação para o SUS

a fim de poder comparar o desempenho do SUS nos Estados.

Como a maioria dos indicadores tem o denominador baseado na população, define-se

previamente o que foi considerado como população: quantidade de habitantes em

2013 segundo a Projeção da População do Brasil e das Unidades da Federação feita

pelo IBGE, com base no Censo de 2010.

No entanto, para o cálculo dos indicadores referentes à saúde suplementar, foi

considerado como população a quantidade de beneficiários de planos de saúde no

meio do ano (junho de 2013) divulgada pela ANS com base no SIB – Sistema de

Informação de Beneficiários.

3.3.1 Indicador de Consultas Médicas

3.3.1.1 Indicador de Consulta com Médicos

Este indicador calcula, em média, quantas consultas com médicos fez cada habitante

por ano.

Quadro 9 Metodologia da OCDE para o Indicador de Consultas com Médicos

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Consultas com Médicos durante o

ano / Número de Habitantes

Critérios de Inclusão

Consultas/visitas no consultório

Consultas/visitas na casa do paciente

Consultas/visitas nos ambulatórios dos hospitais

Critérios de Exclusão Contatos telefônicos

Visitas para testes laboratoriais prescritos

Visitas para tratamentos prescritos e agendados,

como: injeção, fisioterapia, etc

Consultas/visitas com dentistas

Consultas/visitas com enfermeiras

Este indicador já tem o valor divulgado para Brasil no programa Health at a Glance. De

acordo com a metodologia descrita pela OCDE, é utilizado como fonte de dados o

indicador de consultas médicas por habitante calculado no IDB - Indicadores e Dados

Básicos para a Saúde no Brasil, pela RIPSA.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Na ficha técnica que descreve a metodologia de cálculo deste indicador pela RIPSA,

para obter a quantidade de consultas com médicos foram filtrados no SIA/SUS os

procedimentos referentes a consulta médica cujo CBO – Código Brasileiro de

Ocupações de quem executou o serviço fosse de médico.

Neste trabalho analisamos os códigos propostos na ficha técnica da RIPSA com a tabela

de procedimentos do SIGTAP e a tabela de CBO, e foi verificada uma discordância em

relação aos códigos de CBO que deveriam ser utilizados para filtrar os profissionais

médicos. A proposta da RIPSA indicava somente o uso do grupo 2231. No entanto os

códigos dos grupos 2251, 2252 e 2253 se tratam de médicos também. Por este motivo,

neste trabalho, estes códigos também entraram no filtro.

Embora este indicador para o Brasil já conste do programa Health at a Glance, da

maneira como ele está estruturado, só inclui as consultas médicas feitas no âmbito do

SUS, o que gera subestimação do número uma vez que não considera as consultas

financiadas por outras fontes que não o SUS, como por exemplo consultas particulares

e as de planos de saúde. Neste trabalho a proposta será de incluir também as consultas

médicas feitas fora do SUS.

Tabela 3 Proposta para o cálculo do indicador de Consultas com Médicos no Brasil

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

Consultas com Médicos

durante o ano no

âmbito do SUS

SIA/SUS População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

Consultas com Médicos

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

SIP/ANS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

Consultas com Médicos

durante o ano com

outras fontes de

remuneração

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano no âmbito do SUS foi

somada a quantidade de procedimentos (PA_QTDPRO) referentes a consultas médicas

(PA_PROC_ID) que foram realizados por médicos (PA_CBOCOD) no SIA/SUS. Os códigos

utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada

variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no

ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano no âmbito da Saúde

Suplementar foi considerada a quantidade de consultas com médicos registradas em

duas contas do SIP, conforme o Mapa Assistencial publicado pela ANS: “Consultas

médicas Ambulatoriais” e “Consultas Médicas em Pronto Socorro”.

Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos referentes a consultas

médicas (PROC_REA) cuja fonte de financiamento fosse diferente de plano privado de

saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Como a base de dados da CIHA não contem a informação sobre o CBO do profissional

que realizou o procedimento, não pode ser filtrado se a consulta foi realizada por

médico.

3.3.1.2 Indicador de Consultas por Médico

Este indicador calcula, em média, quantas consultas cada médico fez por ano.

Quadro 10 Metodologia da OCDE para o Indicador de Consultas por Médico

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Consultas com Médicos durante o

ano / Número de Médicos

Critérios de Inclusão

Consultas/visitas no consultório

Consultas/visitas na casa do paciente

Consultas/visitas nos ambulatórios dos hospitais

Critérios de Exclusão Contatos telefônicos

Visitas para testes laboratoriais prescritos

Visitas para tratamentos prescritos e agendados,

como: injeção, fisioterapia, etc

Consultas/visitas com dentistas

Consultas/visitas com enfermeiras

Este indicador já tem o valor divulgado para Brasil no programa Health at a Glance. No

entanto, assim como o indicador de consultas médicas por habitante calculado acima,

o seu valor é subestimado pois só considera as consultas realizadas no âmbito do SUS.

Para a proposta de cálculo para o Brasil neste trabalho, utilizamos no numerador a

quantidade de consultas com médicos calculada no indicador anterior e no

denominador utilizamos a quantidade de médicos registrados no CNES.

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O Conselho Federal de Medicina também disponibiliza em sua página da internet a

quantidade de médicos em atividade no Brasil. No entanto, esta informação só está

disponível para o último período, isto é, não há uma série histórica. Portanto, para

posicionarmos a quantidade de médicos no período de cálculo do indicador

utilizamos a informação do CNES no meio do ano (junho/2013).

No CNES não há a informação sobre qual a fonte de remuneração do médico, se por

plano privado de saúde, por pagamento direto do paciente, etc. A informação que há

é se o médico atende ou não SUS. No entanto, como um mesmo médico pode

possuir diferentes tipos de vínculos com estabelecimentos diversos, optou-se por

calcular este indicador para o total de médicos, sem diferenciar entre SUS e não SUS.

Tabela 4 Proposta para o cálculo do indicador de Consultas por Médico no Brasil

Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano no âmbito do SUS foi

somada a quantidade de procedimentos (PA_QTDPRO) referentes a consultas médicas

(PA_PROC_ID) que foram realizados por médicos (PA_CBOCOD) no SIA/SUS. Os códigos

utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada

variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no

ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade de

Consultas com

Médicos durante o ano

SIA/SUS

SIP/ANS CIHA/SUS

Quantidade de

Médicos no meio do

ano (jun/2013)

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Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano no âmbito da Saúde

Suplementar foi considerada a quantidade de consultas com médicos registradas em

duas contas do SIP, conforme o Mapa Assistencial publicado pela ANS: “Consultas

médicas Ambulatoriais” e “Consultas Médicas em Pronto Socorro”.

Para a quantidade de consultas com médicos durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos referentes a consultas

médicas (PROC_REA) cuja fonte de financiamento fosse diferente de plano privado de

saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Como a base de dados da CIHA não contem a informação sobre o CBO do profissional

que realizou o procedimento, não pode ser filtrado se a consulta foi realizada por

médico.

Para a quantidade de médicos foi contado todos os profissionais registrados no CNES

com CBO referente a médico (CBO). Como o registro no CNES é por vínculo de trabalho

com cada estabelecimento, foi utilizada a variável que distingue se o CPF é único

(CPFUNICO) para que cada médico só fosse considerado na contagem uma única vez.

Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

3.3.2 Indicador de Exames Diagnósticos

3.3.2.1 Quantidade de Equipamentos de Tomografia Computadorizada

Este indicador calcula quantidade de equipamentos de Tomografia Computadorizada

disponíveis para cada milhão de habitantes.

Quadro 11 Metodologia da OCDE para o Indicador de Equipamentos de Tomografia Computadorizada

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Equipamentos de Tomografia

Computadorizada / Número de Habitantes x

1.000.000

Critérios de Inclusão

Equipamentos de Tomografia Computadorizada

Critérios de Exclusão -

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Ele será calculado

neste trabalho com base na tabela de equipamentos do CNES, considerando a

quantidade de equipamentos em uso no meio do ano, junho de 2013. Existem no CNES

duas variáveis que quantificam os equipamentos: qtde_existe e qtde_uso, que se

referem à quantidade existente de equipamentos e quantidade de equipamentos em

uso, respectivamente. A opção por contar a quantidade de equipamentos em uso se

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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deu pelo fato do indicador poder refletir somente os equipamentos que estão

disponíveis para realizarem exames.

O CNES engloba tanto estabelecimentos públicos quanto privados, no entanto há uma

variável que indica se o equipamento está ou não disponível para o SUS. No entanto

não há distinção se o equipamento está disponível para plano privado, ou outras fontes

de financiamento. Portanto, o indicador calculado neste trabalho só apresenta seu

valor total para o Brasil e para o SUS, não sendo calculado segmentado por plano

privado e outras fontes de financiamento.

Tabela 5 Proposta para o cálculo do indicador de Equipamentos de Tomografia Computadorizada no

Brasil

Foi contada a quantidade de equipamentos em uso (QT_USO) de Tomografia

Computadorizada (CODEQUIP) .Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-

se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado

para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o

cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público Quantidade de

Equipamentos de

Tomografia

Computadorizada

Disponíveis para o SUS

Tabela de

equipamentos do

CNES/SUS

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade de

Equipamentos de

Tomografia

Computadorizada

Tabela de

equipamentos do

CNES/SUS

População Total

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3.3.2.2 Quantidade de Exames de Tomografia Computadorizada

Este indicador calcula quantas tomografias computadorizadas foram feitas para cada

1000 habitantes durante o ano.

Quadro 12 Metodologia da OCDE para o Indicador de Exames de Tomografia Computadorizada

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Tomografias Computadorizadas

durante o ano / Número de Habitantes x1000

Critérios de Inclusão

Exames feitos em equipamentos CT or CAT

Critérios de Exclusão -

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo neste trabalho utilizam-se como fonte de informações as tomografias realizadas

no SUS em ambulatório (SIA/SUS) e as tomografias realizadas em pacientes em

hospitais. Ou seja, além dos exames realizados no SUS em regime ambulatorial ou em

ambulatórios de hospitais em pacientes não internados (registrados via SIA), serão

incluídos também os exames realizados em hospitais em pacientes internados

(registrados como procedimentos secundários na base de dados de Serviços

Profissionais do SIH).

Para o setor de saúde suplementar serão utilizados os números do SIP/ANS e para as

demais fontes de financiamento os dados da CIHA.

Tabela 6 Proposta para o cálculo do indicador de Exames de Tomografia Computadorizada no Brasil

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

Tomografias

Computadorizadas

feitas durante o ano no

âmbito do SUS

SIA/SUS e SIH/SUS

(Arquivo de

Serviços

Profissionais)

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

Tomografias

Computadorizadas

feitas durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

SIP/ANS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

Tomografias

Computadorizadas

feitas durante o ano

com outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Para a quantidade de exames de tomografia computadorizada realizadas durante o

ano no âmbito do SUS foi somada a quantidade de procedimentos (PA_QTDPRO)

referentes a tomografias computadorizadas (PA_PROC_ID) registradas no SIA/SUS.

Além disso, foram somados os procedimentos secundários (SP_QTD_ATO) referentes a

tomografia computadorizada (SP_ATOPROF) registrados no arquivo de Serviços

Profissionais do SIH/SUS. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no

ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para

gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para a quantidade de exames de tomografia computadorizada durante o ano no

âmbito da Saúde Suplementar foi considerada a quantidade de exames registrados na

conta “Tomografia Computadorizada” do SIP, conforme o Mapa Assistencial publicado

pela ANS.

Para a quantidade de exames de tomografia computadorizada durante o ano com

outras fontes de remuneração foi somada a quantidade de procedimentos referentes

a tomografia computadorizada (PROC_REA) cuja fonte de financiamento fosse diferente

de plano privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados

encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em

SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados

para o cálculo dos indicadores”.

3.3.2.3 Quantidade de Equipamentos de Ressonância Magnética

Este indicador calcula quantidade de equipamentos de ressonância magnética

disponíveis para cada milhão de habitantes.

Quadro 13 Metodologia da OCDE para o Indicador de Equipamentos de Ressonância Magnética

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Equipamentos de Ressonância

Magnética / Número de Habitantes x 1.000.000

Critérios de Inclusão

Equipamentos de Ressonância magnética

Critérios de Exclusão -

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Ele será calculado

neste trabalho com base na tabela de equipamentos do CNES, considerando a

quantidade de equipamentos em uso no meio do ano, junho de 2013. Existem no CNES

duas variáveis que quantificam os equipamentos: qtde_existe e qtde_uso, que se

referem à quantidade existente de equipamentos e quantidade de equipamentos em

uso, respectivamente. A opção por contar a quantidade de equipamentos em uso se

deu pelo fato do indicador poder refletir somente os equipamentos que estão

disponíveis para realizarem exames.

O CNES engloba tanto estabelecimentos públicos quanto privados, no entanto há uma

variável que indica se o equipamento está ou não disponível para o SUS. No entanto

não há distinção se o equipamento está disponível para plano privado, ou outras fontes

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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de financiamento. Portanto, o indicador calculado neste trabalho só apresenta seu

valor total para o Brasil e para o SUS, não sendo calculado segmentado por plano

privado e outras fontes de financiamento.

Tabela 7 Proposta para o cálculo do indicador de Equipamentos de Ressonância Magnética no Brasil

Foi contada a quantidade de equipamentos em uso (QT_USO) de ressonância

magnética (CODEQUIP) .Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no

ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para

gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.2.4 Quantidade de Exames de Ressonância Magnética

Este indicador calcula quantas ressonâncias magnéticas foram feitas para cada 1000

habitantes durante o ano.

Quadro 14 Metodologia da OCDE para o Indicador de Exames de Ressonância Magnética

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Ressonâncias Magnéticas durante

o ano / Número de Habitantes x1000

Critérios de Inclusão

Exames feitos em equipamentos de ressonância

magnética

Critérios de Exclusão -

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público Quantidade de

Equipamentos de

Ressonância Magnética

Disponíveis para o SUS

Tabela de

equipamentos do

CNES/SUS

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade de

Equipamentos de

Ressonância Magnética

Tabela de

equipamentos do

CNES/SUS

População Total

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Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo neste trabalho utilizam-se como fonte de informações as ressonâncias

realizadas no SUS em ambulatório e as realizadas em pacientes em hospitais. Ou seja,

além dos exames realizados no SUS em regime ambulatorial ou em ambulatórios de

hospitais em pacientes não internados (registrados via SIA), serão incluídos também os

exames realizados em hospitais em pacientes internados (registrados como

procedimentos secundários na base de dados de Serviços Profissionais do SIH).

Para o setor de saúde suplementar serão utilizados os números do SIP/ANS e para as

demais fontes de financiamento os dados da CIHA.

Tabela 8 Proposta para o cálculo do indicador de Exames de Ressonância Magnética no Brasil

Para a quantidade de exames de ressonância magnética realizadas durante o ano no

âmbito do SUS foi somada a quantidade de procedimentos (PA_QTDPRO) referentes a

ressonância magnética (PA_PROC_ID). Além disso, foram somados os procedimentos

secundários (SP_QTD_ATO) referentes a ressonância magnética (SP_ATOPROF)

registrados no arquivo de Serviços Profissionais do SIH/SUS. Os códigos utilizados nos

filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem

como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A

“Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

ressonâncias

magnéticas feitas

durante o ano no

âmbito do SUS

SIA/SUS e SIH/SUS

(Arquivo de

Serviços

Profissionais)

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

ressonâncias

magnéticas feitas

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

SIP/ANS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

ressonâncias

magnéticas feitas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Para a quantidade de exames de ressonância magnética durante o ano no âmbito da

Saúde Suplementar foi considerada a quantidade de exames registrados na conta

“Ressonância Nuclear Magnética” do SIP, conforme o Mapa Assistencial publicado pela

ANS.

Para a quantidade de exames de ressonância magnética durante o ano com outras

fontes de remuneração foi somada a quantidade de procedimentos referentes a

ressonância magnética (PROC_REA) cuja fonte de financiamento fosse diferente de

plano privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados

encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em

SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados

para o cálculo dos indicadores”.

3.3.3 Indicador de Leitos Hospitalares

3.3.3.1 Quantidade de Leitos

Este indicador calcula quantidade de leitos hospitalares disponíveis para cada mil

habitantes.

Quadro 15 Metodologia da OCDE para o Indicador de Quantidade de Leitos

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Leitos Hospitalares / Número de

Habitantes x 1.000

Critérios de Inclusão

Leitos, ocupados ou não, em todos os hospitais,

incluindo hospitais gerais, psiquiátricos e outros

hospitais especializados

Critérios de Exclusão Mesas cirúrgicas, macas de recuperação ou

emergência, leitos de hospital-dia, leitos não

disponíveis por alguma razão, leitos temporários

e home care

Este indicador é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE, e tem como fonte de

informação o CNES, onde é calculada a média mensal para o ano de análises da

quantidade de leitos registrados o CNES, incluindo SUS e não SUS.

Neste trabalho o indicador será calculado também com base no CNES, no entanto,

optou-se por utilizar a quantidade de leitos no meio do ano (junho/2013) ao invés de

usar a média mensal do ano. Esta escolha é justificada pelo fato do denominador ser

representado pela quantidade de habitantes no meio do ano, e não a média mensal

de habitantes no ano. Desta forma, numerador e denominador ficam compatíveis na

mesma competência.

Para atender aos critérios de exclusão do indicador da OCDE, foram excluídos do

cálculo os leitos de hospital-dia.

O CNES engloba tanto estabelecimentos públicos quanto privados, no entanto há uma

variável que indica se o leito está ou não disponível para o SUS. No entanto não há

distinção se o leito está disponível para plano privado, ou outras fontes de

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financiamento. Portanto, o indicador calculado neste trabalho só apresenta seu valor

total para o Brasil e para o SUS, não sendo calculado segmentado por plano privado e

outras fontes de financiamento.

Tabela 9 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil

Foi contada a quantidade de leitos existentes (QT_EXISTE) e de leitos disponíveis para

o SUS (QT_SUS) cujo tipo de leito (TP_LEITO) fosse diferente de hospital-dia .Os códigos

utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada

variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no

ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público Quantidade de Leitos

Hospitalares Disponíveis

para o SUS

Tabela de leitos do

CNES/SUS

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade Total de

Leitos Hospitalares

Tabela de leitos do

CNES/SUS

População Total

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3.3.3.2 Quantidade de Leitos por Tipo de Cuidado

Este indicador calcula quantidade de leitos hospitalares disponíveis para cada mil

habitantes segmentado pelos tipos de cuidado: psiquiátrico, longo-termo, curativo

(agudo) e outros.

Quadro 16 Metodologia da OCDE para o Indicador de Quantidade de Leitos por Tipo de Cuidado

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de Leitos Hospitalares / Número de

Habitantes x 1.000

Critérios de Inclusão

Psiquiátrico: leitos em hospitais psiquiátricos,

leitos em departamentos de psiquiatria em

hospitais gerais e especializados

Longo Termo: leitos de cuidados de longo termo

em hospitais gerais e hospitais especializados

(que não psiquiátricos), e leitos para cuidados

paliativos

Curativo: Leitos que acomodem pacientes onde o

objetivo principal seja: parto, cura de doenças

não mentais ou provimento de tratamento

definitivo, cirurgia, melhorar os sintomas de

doenças não mentais (excluindo cuidados

paliativos), redução da severidade de doenças

não mentais, proteção contra a complicação de

doenças não mentais que poderiam causar

impactos na vida ou em funções normais,

procedimentos diagnósticos ou terapêuticos

Outros: leitos para reabilitação ou outros leitos

que não foram classificados nas categorias

anteriores

Critérios de Exclusão Psiquiátrico: leitos para cuidados curativos de

doenças não mentais, leitos para cuidados de

longo têrmo de doenças não mentais, leitos para

reabilitação e leitos para cuidados paliativos

Longo Termo: leitos em hospitais psiquiátricos,

leitos para reabilitação

Curativo: leitos para outras funções: cuidados

psiquiátricos, de reabilitação, de longo termo e

paliativos, leitos em hospitais psiquiátricos

Outros: -

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE, no entanto como

há a informação do tipo de leito no CNES, isto permite o cálculo do indicador. De acordo

com os critérios de inclusão e exclusão da OCDE descritos no quadro acima,

observamos que na classificação de leitos por tipo é levado em consideração o tipo de

leito, exceto para hospitais psiquiátricos, que além de considerar leitos psiquiátricos,

inclui tambem todos os leitos em hospitais especializados em psiquiatria.

No CNES há estas duas variáveis, tipo de leito e tipo de estabelecimento, no entanto na

classificação por tipo de estabelecimento não há a categoria “Hospital Psiquiátrico”,

estando este tipo de estabelecimento classificado como “Hospital Especializado”.

Portanto não temos como distinguir dentre os hospitais especializados os que são para

cuidados psiquiátricos.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Apesar de não conseguirmos diferenciar na tabela de leitos do CNES o tipo do

estabelecimento, podemos observar diretamente na classificação dos leitos a

existência de categorias específicas para leitos psiquiátricos e saúde mental. Portanto,

na proposta de cálculo do indicador neste trabalho será levada em consideração a

classificação por tipo do leito como segue:

Psiquiátrico – leitos classificados como psiquiatria ou saúde mental, excluindo os que

são para hospital-dia.

Longo-têrmo – leitos classificados como crônicos, excluindo os leitos de hospital-dia.

Curativo – leitos de várias especialidades para procedimentos cirúrgicos e clínicos,

leitos de outras especialidades, leitos obstétricos e leitos pediátricos. São considerados

também os leitos complementares que englobam os leitos de UTI. Todos os leitos

nestas especialidades classificados como hospital-dia foram excluídos.

Outros – leitos classificados como reabilitação, unidade de isolamento ou acolhimento

noturno, excluindo os leitos de hospital-dia.

Tabela 10 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público Quantidade de Leitos

Hospitalares por Tipo

Disponíveis para o SUS

Tabela de leitos do

CNES/SUS

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade Total de

Leitos Hospitalares por

Tipo

Tabela de leitos do

CNES/SUS

População Total

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Foi contada a quantidade de leitos existentes (QT_EXISTE), por código do leito

(CODLEITO) cujo tipo de leito (TP_LEITO) fosse diferente de hospital-dia .Os códigos

utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada

variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no

ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

3.3.3.3 Taxa de Ocupação de Leitos de Cuidados Curativos e Agudos

Este indicador calcula a taxa de ocupação para leitos de cuidados curativos e agudos

no ano.

Quadro 17 Metodologia da OCDE para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos de Cuidados

Curativos e Agudos

Fórmula de Cálculo do Indicador Leitos-Dia para Cuidados Curativos e Agudos /

(Número de Leitos para Cuidados Curativos e

Agudos x 365)

Critérios de Inclusão

Leitos que acomodem pacientes onde o objetivo

principal seja: parto, cura de doenças não

mentais ou provimento de tratamento definitivo,

cirurgia, melhorar os sintomas de doenças não

mentais (excluindo cuidados paliativos), redução

da severidade de doenças não mentais, proteção

contra a complicação de doenças não mentais

que poderiam causar impactos na vida ou em

funções normais, procedimentos diagnósticos ou

terapêuticos

Critérios de Exclusão Curativo: leitos para outras funções: cuidados

psiquiátricos, de reabilitação, de longo termo e

paliativos, leitos em hospitais psiquiátricos

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. A taxa de ocupação

é calculada dividindo o número de leitos-dia de cuidados curativos (agudos) pelo

número de leitos de cuidados curativos (agudos) disponíveis, multiplicado por 365.

O número de leitos-dia de cada paciente significa o seu tempo médio de permanência

internado, que é contado como a data de sua alta menos a data de sua admissão. Por

exemplo, um paciente admitido no dia 25 e que teve alta no dia 26 é contado como 1

dia de permanência.

Portanto, o indicador pode ser calculado com base no indicador de Quantidade de

Leitos por Tipo de Cuidado já calculado neste trabalho, e no número de leitos-dia para

cuidados curativos e agudos.

O número de leitos-dia para cuidados curativos será retirado da base de dados da AIH

Reduzida para o SUS e da CIHA para outras fontes de financiamento que não o SUS.

Tanto na base de dados da AIH Reduzida quanto na CIHA é possível filtrar as

internações por tipo de especialidade do leito.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Para filtrarmos as internações em leitos para cuidados curativos e agudos usamos as

seguintes categorias:

- 01-Cirúrgico

- 02-Obstétricos

- 03-Clínico

- 06-Pneumologia Sanitária (Tisiologia)

- 07-Pediátricos

- 64-Unidade Intermediária

- 65-Unidade Intermediária Neonatal

- 74-UTI I

- 75-UTI Adulto II

- 76-UTI Adulto III

- 77-UTI Infantil I

- 78-UTI Infantil II

- 79-UTI Infantil III

- 80-UTI Neonatal I

- 81-UTI Neonatal II

- 82-UTI Neonatal III

- 83-UTI Queimados

Excluimos as internações classificadas como: 04-Crônicos, 05-Psiquiatria, 08-

Reabilitação, 09-Leito Dia / Cirúrgicos, 10-Leito Dia / AIDS, 11-Leito Dia / Fibrose Cística,

12-Leito Dia / Intercorrência Pós-Transplante, 13-Leito Dia / Geriatria, 14-Leito Dia /

Saúde Mental, Não discriminado ou que não tivesse classificação da especialidade do

leito preenchida.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Tabela 11 Proposta para o cálculo do indicador de Leitos Hospitalares no Brasil

Para quantidade de leitos-dia para cuidados curativos e agudos no âmbito do SUS

foram somados os leitos-dia das AIHs cuja especialidade do leito (ESPEC) fosse para

cuidados curativos e agudos que tiveram motivos selecionados de alta (COBRANCA).

Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de leitos-dia para cuidados curativos e agudos com outras fontes de

remuneração foram somados os leitos-dia cuja especialidade do leito (ESPEC) fosse

para cuidados curativos e agudos por motivos selecionados de alta (COBRANCA). Os

códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público Quantidade de Leitos-

Dia para cuidados

curativos e agudos para

o SUS

Tabela de leitos do

CNES/SUS

Quantidade de Leitos

disponíveis para

cuidados curativos e

agudos para o SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

Total Brasil Quantidade Total de

Leitos-Dia para

cuidados curativos e

agudos

Tabela de leitos do

CNES/SUS

Quantidade Total de

Leitos disponíveis para

cuidados curativos

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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3.3.4 Indicador de Altas Hospitalares

3.3.4.1 Altas Hospitalares Global

Este indicador calcula a quantidade de altas hospitalares para cada cem mil

habitantes.

Quadro 18 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de altas hospitalares durante o ano /

Número de Habitantes x100 000

Critérios de Inclusão

Altas de todos os hospitais, incluindo hospitais

gerais, psiquiátricos e hospitais especializados

Mortes em hospitais

Transferências para outros hospitais

Altas de recém-nascidos

Critérios de Exclusão Transferências para outra unidade dentro do

mesmo hospital

Este indicador é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e indica o número total

de altas hospitalares de pacientes admitidos para tratamento ou cuidado e que

permaneceram no mínimo uma noite. No entanto no valor divulgado pela OCDE só são

considerada as altas ocorridas no âmbito do SUS.

Na proposta de cálculo deste trabalho utiliza-se como fonte de informações a soma

das altas hospitalares ocorridas no SUS informadas através do SIH/SUS com as altas

hospitalares provenientes de outras fontes de informação que vêm da CIHA.

Como no SIP/ANS não temos a informação de quantidade de altas hospitalares

utilizamos como proxy as altas hospitalares informadas na CHIA que tiveram como

fonte de remuneração planos privados de saúde.

Para a AIH foram desconsideradas as altas do tipo 5 – longa permanência para evitar

dupla contagem da mesma internação, uma vez que segundo as características da base

de dados, a informação de data de entrada e saída bem como informações como o

motivo da alta encontram-se na AIH original de entrada também. Por exemplo, um

paciente admitido através de uma AIH normal e que teve uma AIH de continuidade

registrada por ter que permanecer mais tempo internado, terá no banco de dados da

AIH a informação sobre a sua alta na AIH original também, que gerou a internação.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Tabela 12 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares no Brasil

Para a quantidade de altas hospitalares durante o ano no âmbito do SUS foi contada a

quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) que tiveram motivos

selecionados de alta (COBRANCA) cuja quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse

superior a 1, para excluir os casos de hospital-dia. Os códigos utilizados nos filtros dos

dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o

script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL

utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de altas hospitalares durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de altas (PROC_REA) por motivos selecionados

(COBRANCA), cuja quantidade de diárias (DIAS_PERM) fosse superior a 1, para excluir

os casos de hospital-dia, e que tiveram fonte de financiamento diferente de plano

privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se

no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado

para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o

cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano no

âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.4.2 Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas Circulatórios

Este indicador calcula a quantidade de altas hospitalares para pacientes com

problemas circulatórios para cada cem mil habitantes.

Quadro 19 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas

Circulatórios

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de altas hospitalares para pacientes

com problemas circulatórios durante o ano /

Número de Habitantes x100 000

Critérios de Inclusão

Altas de todos os hospitais, incluindo hospitais

gerais, psiquiátricos e hospitais especializados

Mortes em hospitais

Transferências para outros hospitais

Altas de recém-nascidos

Critérios de Exclusão Transferências para outra unidade dentro do

mesmo hospital

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e indica o número

total de altas hospitalares para pacientes com problemas circulatórios admitidos para

tratamento ou cuidado e que permaneceram no mínimo uma noite. Na proposta de

cálculo deste trabalho utilizam-se como fonte de informações tanto as altas

hospitalares por diagnóstico ocorridas no SUS informadas através do SIH/SUS quanto

as altas hospitalares provenientes de outras fontes de informação que vêm da CIHA.

Como no SIP/ANS não temos a informação de quantidade de altas hospitalares

utilizamos como proxy as altas hospitalares por diagnóstico informadas na CHIA que

tiveram como fonte de remuneração planos privados de saúde.

Para a AIH foram desconsideradas as altas do tipo 5 – longa permanência para evitar

dupla contagem da mesma internação, uma vez que segundo as características da base

de dados, a informação de data de entrada e saída, bem como informações sobre o

motivo da alta encontram-se na AIH original de entrada também. Por exemplo, um

paciente admitido através de uma AIH normal e que teve uma AIH de continuidade

registrada por ter que permanecer mais tempo internado, terá no banco de dados da

AIH a informação sobre a sua alta na AIH original, que gerou a internação, também.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Tabela 13 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas

Circulatórios no Brasil

Para a quantidade de altas hospitalares para pacientes com problemas circulatórios

durante o ano no âmbito do SUS foi contada a quantidade de AIHs de tipo diferente de

continuidade (IDENT) por diagnóstico principal (DIAG_PRINC) que tiveram motivos

selecionados de alta (COBRANCA) cuja quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse

superior a 1, para excluir os casos de hospital-dia. Os códigos utilizados nos filtros dos

dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o

script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL

utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de altas hospitalares para pacientes com problemas circulatórios

durante o ano com outras fontes de remuneração foi somada a quantidade de altas

(PROC_REA) por diagnóstico principal (DIAG_PRINC) por motivos selecionados

(COBRANCA), cuja quantidade de diárias (DIAS_PERM) fosse superior a 1, para excluir

os casos de hospital-dia, e que tiveram fonte de financiamento diferente de plano

privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se

no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de altas

hospitalares para

pacientes com

problemas circulatórios

ocorridas durante o ano

no âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de altas

hospitalares para

pacientes com

problemas circulatórios

ocorridas durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de altas

hospitalares para

pacientes com

problemas circulatórios

ocorridas durante o ano

com outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o

cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.4.3 Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer

Este indicador calcula a quantidade de altas hospitalares de pacientes com câncer

para cada cem mil habitantes.

Quadro 20 Metodologia da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de altas hospitalares de pacientes

com câncer durante o ano / Número de

Habitantes x100 000

Critérios de Inclusão

Altas de todos os hospitais, incluindo hospitais

gerais, psiquiátricos e hospitais especializados

Mortes em hospitais

Transferências para outros hospitais

Altas de recém-nascidos

Critérios de Exclusão Transferências para outra unidade dentro do

mesmo hospital

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e indica o número

total de altas hospitalares de pacientes com câncer admitidos para tratamento ou

cuidado e que permaneceram no mínimo uma noite. Na proposta de cálculo deste

trabalho utilizam-se como fonte de informações tanto as altas hospitalares ocorridas

no SUS informadas através do SIH/SUS quanto as altas hospitalares provenientes de

outras fontes de remuneração que vêm da CIHA.

Como no SIP/ANS não temos a informação de quantidade de altas hospitalares

utilizamos como proxy as altas hospitalares de pacientes com câncer informadas na

CHIA que tiveram como fonte de remuneração planos privados de saúde.

Para a AIH foram desconsideradas as altas do tipo 5 – longa permanência para evitar

dupla contagem da mesma internação, uma vez que segundo as características da base

de dados, a informação de data de entrada e saída, bem como informações sobre o

motivo da alta encontram-se na AIH original de entrada também. Por exemplo, um

paciente admitido através de uma AIH normal e que teve uma AIH de continuidade

registrada por ter que permanecer mais tempo internado, terá no banco de dados da

AIH a informação sobre a sua alta na AIH original, que gerou a internação, também.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Tabela 14 Proposta para o cálculo do indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer no

Brasil

Para a quantidade de altas hospitalares de pacientes com câncer durante o ano no

âmbito do SUS foi contada a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade

(IDENT) por diagnóstico principal (DIAG_PRINC) que tiveram motivos selecionados de

alta (COBRANCA) cuja quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse superior a 1, para

excluir os casos de hospital-dia. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-

se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado

para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o

cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de altas hospitalares de pacientes com câncer durante o ano com

outras fontes de remuneração foi somada a quantidade de altas (PROC_REA) por

diagnóstico principal (DIAG_PRINC) por motivos selecionados (COBRANCA), cuja

quantidade de diárias (DIAS_PERM) fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-

dia, e que tiveram fonte de financiamento diferente de plano privado de saúde (FONTE).

Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

pacientes com câncer

ocorridas durante o ano

no âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

pacientes com câncer

ocorridas durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

pacientes com câncer

ocorridas durante o ano

com outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.5 Indicador de Tempo Médio de Permanência

3.3.5.1 Tempo Médio de Permanência de Internação

Este indicador calcula o tempo médio, em dias, de duração de uma internação

hospitalar.

Quadro 21 Metodologia da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de leitos-dia durante o ano/

Quantidade de altas hospitalares durante o ano

Critérios de Inclusão

Tempo médio de permanência de todos os

hospitais, incluindo hospitais gerais, psiquiátricos

e hospitais especializados

Tempo médio de permanência de recém-

nascidos

Critérios de Exclusão Hospital-dia

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e ele verifica o

tempo médio de dias que um paciente permaneceu internado. O tempo médio de

permanência dos pacientes é calculado dividindo o número de leitos-dia pelo número

de altas hospitalares.

O número de leitos-dia de cada paciente significa o seu tempo médio de permanência

internado, que é contado como a data de sua alta menos a data de sua admissão. Por

exemplo, um paciente admitido no dia 25 e que teve alta no dia 26 é contado como 1

dia de permanência.

O número de altas utilizado no denominador deste indicador será a quantidade de

altas calculada no numerador do indicador de Altas Hospitalares.

Na proposta de cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dias de

permanência do SIH para as internações do SUS e os dias de permanência da CIHA

para as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A

opção por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu

pelo fato de não termos o tempo de internação no SIP.

Como visto, o SIH contém três tipos de AIH: 1,5 e 7, onde as AIHs tipo 1 e 7 são utilizadas

para registrar todas as internações até o tempo máximo de 45 dias. Para pacientes que

necessitem de mais de 45 dias internados, além da AIH tipos 1 ou 7 preenchida, a AIH

de continuidade (tipo 5) também é preenchida. Portanto, para saber o tempo total de

permanência de um paciente, foi necessário somar os dias de permanência registrados

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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em cada tipo de AIH. Para somar todos os dias de permanência em uma internação foi

usada como chave o número da AIH. Somente após esta junção foram contados os

dias de permanência para cada internação.

Tabela 15 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação no

Brasil

Para o tempo de permanência de internações durante o ano no âmbito do SUS foi

somada a quantidade de dias de permanência de todas as AIHs que tiveram motivos

selecionados de alta (COBRANCA) cuja quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse

superior a 1, para excluir os casos de hospital-dia. Os códigos utilizados nos filtros dos

dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o

script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL

utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para o tempo de permanência de internações durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de dias de todas internações que tiveram

motivos selecionados de alta (COBRANCA), cuja quantidade de diárias (DIAS_PERM)

fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-dia, e que tiveram fonte de

financiamento diferente de plano privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos

filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Tempo Total de

Permanência para

Internações ocorridas

durante o ano no

âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

1 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano no âmbito

do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Tempo Total de

Permanência para

Internações ocorridas

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS 2 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano no âmbito

da Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Tempo Total de

Permanência para

Internações ocorridas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS 3 - Quantidade de Altas

Hospitalares ocorridas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A

“Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.5.2 Tempo Médio de Permanência de Internação para Parto Normal

Este indicador calcula o tempo médio, em dias, de duração de uma internação para

parto normal.

Quadro 22 Metodologia da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Parto Normal

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de leitos-dia para parto normal

durante o ano/ Quantidade de altas hospitalares

para parto normal durante o ano

Critérios de Inclusão

Altas de todos os hospitais, incluindo hospitais

gerais, psiquiátricos e hospitais especializados

Mortes em hospitais

Transferências para outros hospitais

Altas de recém-nascidos

Critérios de Exclusão Transferências para outra unidade dentro do

mesmo hospital

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e ele verifica o

tempo médio de dias que uma paciente permaneceu internada para parto normal. O

tempo médio de permanência dos pacientes é calculado dividindo o número de leitos-

dia pelo número de altas hospitalares.

O número de leitos-dia de cada paciente significa o seu tempo médio de permanência

internado, que é contado como a data de sua alta menos a data de sua admissão. Por

exemplo, um paciente admitido no dia 25 e que teve alta no dia 26 é contado como 1

dia de permanência.

O número de altas utilizado no denominador deste indicador segirá a mesma

metodologia do numerador do indicador de altas hospitalares calculado neste

trabalho.

Embora a OCDE fale de diagnóstico, nos dados de produção de serviços em saúde no

Brasil, parto normal aparece como um procedimento. Portanto, no cálculo do indicador

foram filtradas as internações cujo procedimento principal tenha sido parto normal.

Na proposta de cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dias de

permanência do SIH para as internações do SUS e os dias de permanência da CIHA

para as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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opção por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu

pelo fato de não termos o tempo de internação no SIP.

Como visto, o SIH contém três tipos de AIH: 1,5 e 7, onde as AIHs tipo 1 e 7 são utilizadas

para registrar todas as internações até o tempo máximo de 45 dias. Para pacientes que

necessitem de mais de 45 dias internados, além da AIH tipos 1 ou 7 preenchida, a AIH

de continuidade (tipo 5) também é preenchida. Portanto, para saber o tempo total de

permanência de um paciente, foi necessário somar os dias de permanência registrados

em cada tipo de AIH. Para somar todos os dias de permanência em uma internação foi

usada como chave o número da AIH. Somente após esta junção foram contados os

dias de permanência para cada internação.

Tabela 16 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Parto Normal no Brasil

Para o tempo total de permanência para parto normal durante o ano no âmbito do

SUS foram somados os leitos-dia das AIHs cujo procedimento principal (PROC_REA)

tenha sido parto normal que tiveram motivos selecionados de alta (COBRANCA) cuja

quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-

dia. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros

aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Tempo Total de

Permanência para Parto

Normal para

Internações ocorridas

durante o ano no

âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

1 - Quantidade de Altas

Hospitalares para Parto

Normal ocorridas

durante o ano no âmbito

do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Tempo Total de

Permanência para Parto

Normal para

Internações ocorridas

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS 2 - Quantidade de Altas

Hospitalares para Parto

Normal ocorridas

durante o ano no âmbito

da Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Tempo Total de

Permanência para Parto

Normal para

Internações ocorridas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS 3 - Quantidade de Altas

Hospitalares para Parto

Normal ocorridas

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

80 / 149

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para o tempo total de permanência para parto normal durante o ano com outras fontes

de remuneração foram somados os leitos-dia por diagnóstico principal (DIAG_PRINC)

por motivos selecionados de alta (COBRANCA), cuja quantidade de diárias (DIAS_PERM)

fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-dia, e que tiveram fonte de

financiamento diferente de plano privado de saúde (FONTE). Os códigos utilizados nos

filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem

como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A

“Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.5.3 Tempo Médio de Permanência de Internação para Infarto Agudo do Miocárdio

Este indicador calcula o tempo médio, em dias, de duração de uma internação

hospitalar para pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio.

Quadro 23 Metodologia da OCDE para o indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de leitos-dia para diagnóstico de

infarto agudo do miocárdio durante o ano/

Quantidade de altas hospitalares para

diagnóstico de infarto agudo do miocárdio

durante o ano

Critérios de Inclusão

Altas de todos os hospitais, incluindo hospitais

gerais, psiquiátricos e hospitais especializados

Mortes em hospitais

Transferências para outros hospitais

Altas de recém-nascidos

Critérios de Exclusão Transferências para outra unidade dentro do

mesmo hospital

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e ele verifica o

tempo médio de dias que um paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio

permaneceu internado. O tempo médio de permanência dos pacientes é calculado

dividindo o número de leitos-dia pelo número de altas hospitalares.

O número de leitos-dia de cada paciente significa o seu tempo médio de permanência

internado, que é contado como a data de sua alta menos a data de sua admissão. Por

exemplo, um paciente admitido no dia 25 e que teve alta no dia 26 é contado como 1

dia de permanência.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

81 / 149

O número de altas utilizado no denominador deste indicador será a quantidade de

altas calculada no numerador do indicador de Altas Hospitalares por Diagnóstico deste

trabalho.

Na proposta de cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dias de

permanência do SIH para as internações do SUS e os dias de permanência da CIHA

para as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A

opção por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu

pelo fato de não termos o tempo de internação no SIP.

Como visto, o SIH contém três tipos de AIH: 1,5 e 7, onde as AIHs tipo 1 e 7 são utilizadas

para registrar todas as internações até o tempo máximo de 45 dias. Para pacientes que

necessitem de mais de 45 dias internados, além da AIH tipos 1 ou 7 preenchida, a AIH

de continuidade (tipo 5) também é preenchida. Portanto, para saber o tempo total de

permanência de um paciente, foi necessário somar os dias de permanência registrados

em cada tipo de AIH. Para somar todos os dias de permanência em uma internação foi

usada como chave o número da AIH. Somente após esta junção foram contados os

dias de permanência para cada internação.

Para o tempo total de permanência de pacientes durante o ano no âmbito do SUS

foram somados os leitos-dia das AIHs com diagnóstico principal (DIAG_PRINC) de

infarto agudo do miocárdio que tiveram motivos selecionados de alta (COBRANCA) cuja

quantidade de diárias (QT_DIARIAS) fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-

dia. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros

aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para o tempo total de permanência durante o ano com outras fontes de remuneração

foram somados os leitos-dia diagnóstico principal (DIAG_PRINC) com diagnóstico de

infarto agudo do miocárdio que tiveram motivos selecionados de alta (COBRANCA), cuja

quantidade de diárias (DIAS_PERM) fosse superior a 1, para excluir os casos de hospital-

dia, e que tiveram fonte de financiamento diferente de plano privado de saúde (FONTE).

Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Tabela 17 Proposta para o cálculo do indicador de Tempo Médio de Permanência de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil

3.3.6 Indicador de Procedimentos Cardíacos

3.3.6.1 Cirurgia de Revascularização Coronariana (Revascularização Miocárdica)

Este indicador calcula a quantidade de procedimentos cirúrgicos de revascularização

coronariana para cada 100.000 habitantes.

A cirurgia de revascularização do miocárdio, também conhecida como ponte de safena,

é um procedimento cirúrgico no qual é retirada uma parte de um vaso sanguíneo

saudável da perna, peito ou braço do paciente e o vaso é enxertado em sua artéria

coronariana.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Tempo Total de

Permanência de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

para Internações

ocorridas durante o ano

no âmbito do SUS

SIH/SUS (base de

dados de AIH

reduzida)

1 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

ocorridas durante o ano

no âmbito do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Tempo Total de

Permanência de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

para Internações

ocorridas durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS 2 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

ocorridas durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Tempo Total de

Permanência de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

para Internações

ocorridas durante o ano

com outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS 3 - Quantidade de Altas

Hospitalares de

Pacientes com

Diagnóstico de Infarto

Agudo do Miocárdio

ocorridas durante o ano

com outras fontes de

financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Quadro 24 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Revascularização Coronariana

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de procedimentos cirúrgicos de

revascularização coronariana realizados durante

o ano / Quantidade de habitantes x100 000

Critérios de Inclusão

Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

de hospital-dia ou hospitalar, de emergência ou

eletivo

Critérios de Exclusão Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

ambulatorial

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

registradas no SIH para as internações do SUS, e as cirurgias registradas na CIHA para

as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A opção

por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu pelo fato

de não termos a quantidade de cirurgias de revascularização coronariana no SIP.

Tabela 18 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Revascularização Coronariana no Brasil

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

revascularização

coronariana realizados

durante o ano no

âmbito do SUS

SIH/SUS População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

revascularização

coronariana realizados

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

revascularização

coronariana realizados

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Para a quantidade de cirurgias de revascularização coronariana durante o ano no

âmbito do SUS foi contada a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade

(IDENT) cujo procedimento realizado (PROC_REA) fosse revascularização coronariana.

Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de cirurgias de revascularização coronariana durante o ano com

outras fontes de remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC)

de revascularização coronariana (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento

diferente de plano privado (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados

encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em

SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados

para o cálculo dos indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.6.2 Cirurgia de Angioplastia Coronariana

Este indicador calcula a quantidade de procedimentos cirúrgicos de angioplastia

coronariana para cada 100.000 habitantes.

A angioplastia coronária consiste num procedimento médico para a abertura do

entupimento de uma artéria do coração.

Quadro 25 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Angioplastia Coronariana

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de procedimentos cirúrgicos de

angioplastia coronariana realizados durante o

ano / Quantidade de habitantes x100 000

Critérios de Inclusão

Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

de hospital-dia ou hospitalar, de emergência ou

eletivo

Critérios de Exclusão Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

ambulatorial

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

registradas no SIH para as internações do SUS, e as cirurgias registradas na CIHA para

as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A opção

por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu pelo fato

de não termos a quantidade de cirurgias de angioplastia coronariana no SIP.

Page 88: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Tabela 19 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Angioplastia Coronariana no Brasil

Para a quantidade de cirurgias de angioplastia coronariana durante o ano no âmbito

do SUS foi contada a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo

procedimento realizado (PROC_REA) fosse angioplastia coronariana. Os códigos

utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada

variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no

ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de cirurgias de angioplastia coronariana durante o ano com outras

fontes de remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de

angioplastia coronariana (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de

plano privado (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no

ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para

gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

angioplastia

coronariana realizados

durante o ano no

âmbito do SUS

SIH/SUS População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

angioplastia

coronariana realizados

durante o ano no

âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

angioplastia

coronariana realizados

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

Page 89: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.7 Indicador de Substituição do Quadril e Joelho

3.3.7.1 Cirurgia de Quadril (Artroplastia de Quadril)

Este indicador calcula a quantidade de cirurgias de quadril para cada 100.000

habitantes.

Quadro 26 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Quadril

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de cirurgias de quadril realizadas

durante o ano / Quantidade de habitantes x100

000

Critérios de Inclusão

Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

de hospital-dia ou hospitalar, de emergência ou

eletivo

Critérios de Exclusão Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

ambulatorial

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

registradas no SIH para as internações do SUS, e as cirurgias registradas na CIHA para

as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A opção

por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu pelo fato

de não termos a quantidade de cirurgias de quadril no SIP.

Para a quantidade de cirurgias de quadril durante o ano no âmbito do SUS foi contada

a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo procedimento

realizado (PROC_REA) fosse cirurgia de quadril. Os códigos utilizados nos filtros dos

dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o

script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL

utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de cirurgias de quadril durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de cirurgia de

quadril (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de plano privado

(FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros

aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Page 90: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Tabela 20 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Quadril no Brasil

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.7.2 Cirurgia de Joelho (Artroplastia de Joelho)

Este indicador calcula a quantidade de cirurgias de joelho para cada 100.000

habitantes.

Quadro 27 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Joelho

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de cirurgias de joelho realizadas

durante o ano / Quantidade de habitantes x100

000

Critérios de Inclusão

Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

de hospital-dia ou hospitalar, de emergência ou

eletivo

Critérios de Exclusão Procedimentos cirúrgicos realizados em caráter

ambulatorial

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

cirurgias de quadril

realizadas durante o

ano no âmbito do SUS

SIH/SUS População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

cirurgias de quadril

realizadas durante o

ano no âmbito da

Saúde Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

cirurgias de quadril

realizadas durante o

ano com outras fontes

de financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

Page 91: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

registradas no SIH para as internações do SUS, e as cirurgias registradas na CIHA para

as internações da Saúde Suplementar e de demais fontes de remuneração. A opção

por utilizar a CIHA como proxy das internações na Saúde Suplementar se deu pelo fato

de não termos a quantidade de cirurgias de joelho no SIP.

Tabela 21 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia de Joelho no Brasil

Para a quantidade de cirurgias de joelho durante o ano no âmbito do SUS foi contada

a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo procedimento

realizado (PROC_REA) fosse cirurgia de joelho. Os códigos utilizados nos filtros dos

dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o

script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL

utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de cirurgias de joelho durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de cirurgia de

joelho (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de plano privado

(FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros

aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

cirurgias de joelho

realizadas durante o

ano no âmbito do SUS

SIH/SUS População Total

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

cirurgias de joelho

realizadas durante o

ano no âmbito da

Saúde Suplementar

CIHA/SUS Beneficiários de Planos

Privados Médicos

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

cirurgias de joelho

realizadas durante o

ano com outras fontes

de financiamento

CIHA/SUS População Total

Total Brasil 1 + 2 + 3 População Total

Page 92: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.8 Taxa de Parto Cesáreo

Este indicador calcula o percentual de cesarianas em relação ao total de nascimentos.

Quadro 28 Metodologia da OCDE para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de partos cesáreos durante o ano/

Quantidade de nascidos vivos durante o ano x

100

Critérios de Inclusão

Partos cesáreos

Critérios de Exclusão -

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE e ele verifica a taxa

correspondente às cesarianas realizadas em relação ao total de nascidos vivos. Neste

trabalho a proposta será de calcular a taxa de partos ceráreos em relação ao total de

partos realizados.

Os dados referentes ao cálculo subsegmentado do indicador entre SUS, saúde

suplementar e demais fontes de pagamentos virão dos seguintes sistemas,

respectivamente, SIH, SIP e CIHA.

Para a quantidade de partos cesáreos durante o ano no âmbito do SUS foi contada a

quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo procedimento

realizado (PROC_REA) fosse cesariana. Os códigos utilizados nos filtros dos dados

encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em

SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados

para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de partos cesáreos durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de cesariana

(PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de plano privado (FONTE). Os

códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Page 93: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Tabela 22 Proposta para o cálculo do indicador de Taxa de Parto Cesáreo no Brasil

Para a quantidade de partos cesáreos durante o ano no âmbito da saúde suplementar

foi utilizado o número constante da conta “PARTO CESÁREO” do SIP.

3.3.9 Indicador de Cirurgia Ambulatorial

3.3.9.1 Cirurgia Ambulatorial de Catarata

Este indicador calcula a proporção de cirurgias de catarata que foram realizadas em

regime ambulatorial em relação ao total de cirurgias de catarata realizadas.

Quadro 29 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia Ambulatorial de Catarata

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de cirurgias de catarata realizadas

em regime ambulatorial durante o ano /

Quantidade total de cirurgias de catarata

realizadas durante o ano

Critérios de Inclusão

Cirurgias realizadas em ambulatórios de hospitais

Cirurgias realizadas em departamentos de

emergência

Cirurgias realizadas fora de hospitais

(ambulatórios)

Critérios de Exclusão Cirurgias realizadas em regime de hospital-dia

Cirurgias realizadas em regime de internação

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 – Quantidade de

partos cesáreos

ocorridos durante o ano

no âmbito do SUS

SIH/SUS 1 - Quantidade total de

partos ocorridos durante

o ano no âmbito do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

partos cesáreos

ocorridos durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

CIHA/SUS 2 - Quantidade total de

partos ocorridos durante

o ano no âmbito da

Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

partos cesáreos

ocorridos durante o ano

com outras fontes de

financiamento

SIP/ANS 3 - Quantidade total de

partos ocorridos durante

o ano com outras fontes

de financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

de catarata registradas no SIH (cirurgias realizadas em regime de internação ou

hospital-dia) e as cirurgias de catarata registradas no SIA (cirurgias realizadas em

regime ambulatorial) para o SUS.

Também será utilizada a CIHA para as cirurgias de catarata da Saúde Suplementar e de

demais fontes de remuneração. A opção por utilizar a CIHA como proxy das cirurgias

na Saúde Suplementar se deu pelo fato de não termos a quantidade de cirurgias de

catarata no SIP.

Tabela 23 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia Ambulatorial de Catarata no Brasil

Para a quantidade de cirurgias de catarata durante o ano no âmbito do SUS foi contada

a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo procedimento

realizado (PROC_REA) fosse cirurgia de catarata (para pacientes internados), somadas

à quantidade de cirurgias registradas no SIA cujo prodecimento realidado

(PA_PROC_ID) fosse cirurgia de catarata (pacientes ambulatoriais). Os códigos utilizados

nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados em cada variável”,

bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador encontra-se no ANEXO A

“Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de catarata

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano no âmbito do SUS

SIH/SUS 1 - Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de catarata realizados

durante o ano no âmbito

do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de catarata

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano no âmbito da

Saúde Suplementar

CIHA/SUS 2 – Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de catarata realizados

durante o ano no âmbito

da Saúde Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de catarata

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano com outras fontes

de financiamento

CIHA/SUS 3 - Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de catarata realizados

durante o ano com

outras fontes de

financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

92 / 149

Para a quantidade de cirurgias de catarata durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de cirurgia de

catarata (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de plano privado

(FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros

aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

3.3.9.2 Cirurgia Ambulatorial de Amigdalectomia

Este indicador calcula a proporção de cirurgias de amigdalectomia que foram

realizadas em regime ambulatorial em relação ao total de cirurgias de amigdalectomia

realizadas.

Quadro 30 Metodologia da OCDE para o Indicador de Cirurgia Ambulatorial de Amigdalectomia

Fórmula de Cálculo do Indicador Quantidade de cirurgias de amigdalectomia

realizadas em regime ambulatorial durante o ano

/ Quantidade total de cirurgias de

amigdalectomia realizadas durante o ano

Critérios de Inclusão

Cirurgias realizadas em ambulatórios de hospitais

Cirurgias realizadas em departamentos de

emergência

Cirurgias realizadas fora de hospitais

(ambulatórios)

Critérios de Exclusão Cirurgias realizadas em regime de hospital-dia

Cirurgias realizadas em regime de internação

Este indicador não é atualmente calculado para o Brasil pela OCDE. Na proposta de

cálculo do indicador para este trabalho serão utilizados os dados referentes às cirurgias

de amigdalectomia registradas no SIH (cirurgias realizadas em regime de internação ou

hospital-dia) e as cirurgias de amigdalectomia registradas no SIA (cirurgias realizadas

em regime ambulatorial) para o SUS.

Também será utilizada a CIHA para as cirurgias de amigdalectomia da Saúde

Suplementar e de demais fontes de remuneração. A opção por utilizar a CIHA como

proxy das cirurgias na Saúde Suplementar se deu pelo fato de não termos a quantidade

de cirurgias de amigdalectomia no SIP.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Tabela 24 Proposta para o cálculo do indicador de Cirurgia Ambulatorial de Amigdalectomia no Brasil

Para a quantidade de cirurgias de amigdalectomia durante o ano no âmbito do SUS foi

contada a quantidade de AIHs de tipo diferente de continuidade (IDENT) cujo

procedimento realizado (PROC_REA) fosse cirurgia de amigdalectomia (para pacientes

internados), somadas à quantidade de cirurgias registradas no SIA cujo prodecimento

realidado (PA_PROC_ID) fosse cirurgia de amigdalectomia (pacientes ambulatoriais). Os

códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C “Filtros aplicados

em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o numerador

encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores”.

Para a quantidade de cirurgias de amigdalectomia durante o ano com outras fontes de

remuneração foi somada a quantidade de procedimentos (QT_PROC) de cirurgia de

amigdalectomia (PROC_REA) que tiveram fonte financiamento diferente de plano

privado (FONTE). Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO

C “Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

Segmento

Numerador

Medida

Fonte

Denominador

Financiamento Público 1 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

amigdalectomia

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano no âmbito do SUS

SIH/SUS 1 - Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de amigdalectomia

realizados durante o ano

no âmbito do SUS

Financiamento pela

Saúde Suplementar

2 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

amigdalectomia

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano no âmbito da

Saúde Suplementar

CIHA/SUS 2 – Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de amigdalectomia

realizados durante o ano

no âmbito da Saúde

Suplementar

Demais Fontes de

Financiamento

3 - Quantidade de

procedimentos

cirúrgicos de

amigdalectomia

realizados em regime

ambulatorial durante o

ano com outras fontes

de financiamento

CIHA/SUS 3 - Quantidade total de

procedimentos cirúrgicos

de amigdalectomia

realizados durante o ano

com outras fontes de

financiamento

Total Brasil 1 + 2 + 3 1 + 2 + 3

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

94 / 149

Para saúde suplementar também foram utilizados os mesmos filtros na CIHA descritos

acima com exceção do tipo de financiamento que considerou somente a saúde

suplementar. Os códigos utilizados nos filtros dos dados encontram-se no ANEXO C

“Filtros aplicados em cada variável”, bem como o script em SQL utilizado para gerar o

numerador encontra-se no ANEXO A “Códigos SQL utilizados para o cálculo dos

indicadores”.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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4 RESULTADOS

Os valores calculados para cada indicador, bem como o numerador e denominador

que o compõe, são apresentados nesta seção.

Posteriormente, no capítulo de discussão dos resultados, cada indicador calculado

para o Brasil terá seu valor comparado com os outros países da OCDE assim como,

quando aplicável, será feita a comparação dos indicadores calculados para o Brasil

segmentados pela forma de financiamento e comparação entre as Unidades da

Federação para o setor público.

A tabela abaixo mostra o valor calculado para cada indicador, e seus respectivos

numerador e denominador, segmentado pela fonte de financiamento: público, plano

privado ou demais fontes de financiamento.

Por exemplo, para o indicador de consultas com médicos foi calculado para a fonte de

financiamento público 2,75 consultas por habitante, 5,40 consultas por habitante em

planos privados e 0,02 consultas por habitante para demais fontes. Os valores deste

indicador foram encontrados usando no numerador a quantidade de consultas com

médicos: 553 645 026 consultas no setor público, 261 733 938 consultas em planos

privados e 4 192 766 consultas em outras fontes de financiamento, dividido pelo

denominador que é a quantidade de habitantes (201 032 714) no caso de

financiamento público ou demais fontes. Para planos privados o denominador

considerada a quantidade de beneficiários de planos médicos de saúde (48 432 584).

O total destas três fontes de financiamento gera o indicador para o Brasil, de 4,08

consultas com médicos por habitante, resultado da divisão das 819 571 730 consultas

pelo número de habitantes, 201 032 714.

Tabela 25 Resultados do Cálculo dos Indicadores

Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Consultas com

médicos (por

habitante)

2,75 Público quantidade

de consultas

com médicos

553 645 026 habitantes 201 032 714

5,40 Plano Privado 261 733 938 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

0,02 Demais

Fontes

4 192 766 habitantes 201 032 714

4,08 Total 819 571 730 habitantes 201 032 714

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Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Consultas por

médico (por

médico)

Público

Plano Privado

Demais

Fontes

2 587 Total quantidade

de consultas

com médicos

819 571 730 quantidade

de médicos

316 859

Equipamentos de

Ressonância

Magnética (por

milhão de

habitantes)

3,00 Público quantidade

de

equipamentos

604 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

7,48 Total quantidade

de

equipamentos

1 503 habitantes 201 032 714

Equipamentos de

Tomografia

Computadorizada

(por milhão de

habitantes)

8,24 Público quantidade

de

equipamentos

1 656 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

16,38 Total quantidade

de

equipamentos

3 292 habitantes 201 032 714

Exames de

Ressonância

Magnética

(por 1 000

habitantes)

4,55 Público quantidade

de exames

914 303 habitantes 201 032 714

103,30 Plano Privado 5 003 174 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

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Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

0,26 Demais

Fontes

52 563 habitantes 201 032 714

29,70 Total 5 970 040 habitantes 201 032 714

Exames de

Tomografia

Computadorizada

(por 1 000

habitantes)

22,62 Público quantidade

de exames

4 547 641 habitantes 201 032 714

107,92 Plano Privado 5 227 013 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

1,10 Demais

Fontes

221 338 habitantes 201 032 714

49,72 Total 9 995 992 habitantes 201 032 714

Quantidade de

Leitos

(por 1 000

habitantes)

1,71 Público Quantidade

de leitos

344 272 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

2,47 Total Quantidade

de leitos

495 562 habitantes 201 032 714

Quantidade de

Leitos por Tipo de

Cuidado -

Curativos

(por 1 000

habitantes)

1,47 Público Quantidade

de leitos

296 520 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

2,15 Total Quantidade

de leitos

432 757 habitantes 201 032 714

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Quantidade de

Leitos por Tipo de

Cuidado -

Psiquiátricos

(por 1 000

habitantes)

0,17 Público Quantidade

de leitos

34 125 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

0,22 Total Quantidade

de leitos

45 094 habitantes 201 032 714

Quantidade de

Leitos por Tipo de

Cuidado - Longo

Termo

(por 1 000

habitantes)

0,04 Público Quantidade

de leitos

8 977 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

0,06 Total Quantidade

de leitos

11 517 habitantes 201 032 714

Quantidade de

Leitos por Tipo de

Cuidado - Outros

(por 1 000

habitantes)

0,02 Público Quantidade

de leitos

4 650 habitantes 201 032 714

Plano Privado

Demais

Fontes

0,03 Total Quantidade

de leitos

6 194 habitantes 201 032 714

Taxa de Ocupação

de Leitos

Curativos (Agudos)

(em %)

40,18 Público Leitos-Dia 43 485 130 Quantidade

de leitos

296 520

Plano Privado

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Demais

Fontes

33,37 Total Leitos-Dia 52 704 592 Quantidade

de leitos

432 757

Altas Hospitalares

Global

(por 1 000

habitantes)

52,84 Público quantidade

de altas

hospitalares

10 623 218 habitantes 201 032 714

30,54 Plano Privado 1 478 960 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

2,73 Demais

Fontes

548 031 habitantes 201 032 714

62,93 Total 12 650 209 habitantes 201 032 714

Altas Hospitalares

para Pacientes

com Problemas

Circulatórios

(por 1 000

habitantes)

5,23 Público quantidade

de altas

hospitalares

selecionadas

por

diagnóstico

1 050 607 habitantes 201 032 714

0,00 Plano Privado - beneficiários

de planos

privados

48 432 584

0,00 Demais

Fontes

- habitantes 201 032 714

5,23 Total 1 050 607 habitantes 201 032 714

Altas Hospitalares

para Pacientes

com Câncer

(por 1 000

habitantes)

3,21 Público quantidade

de altas

hospitalares

selecionadas

por

diagnóstico

644 648 habitantes 201 032 714

1,48 Plano Privado 71 473 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

0,18 Demais

Fontes

35 311 habitantes 201 032 714

3,74 Total 751 432 habitantes 201 032 714

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

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100 / 149

Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Tempo Médio de

Permanência de

Internação Global

(em dias)

4,44 Público Quantidade

de leitos-dia

47 154 749 quantidade

de altas

hospitalares

10 623 218

4,66 Plano Privado 6 889 887 1 478 960

4,25 Demais

Fontes

2 329 575 548 031

4,46 Total 56 374 211 12 650 209

Tempo Médio de

Permanência de

Internação para

Parto Normal

(em dias)

2,14 Público Quantidade

de leitos-dia

por

procedimento

selecionado

2 388 748 quantidade

de altas

hospitalares

1 114 460

2,13 Plano Privado 43 498 20 427

1,82 Demais

Fontes

7 517 4 128

2,14 Total 2 439 763 1 139 015

Tempo Médio de

Permanência de

Internação para

Infarto Agudo do

Miocárdio

(em dias)

6,02 Público Quantidade

de leitos-dia

por

diagnóstico

selecionado

448 454 quantidade

de altas

hospitalares

74 439

7,30 Plano Privado 53 161 7 287

6,32 Demais

Fontes

16 307 2 581

6,14 Total 517 922 84 307

Cirurgia de

Revascularização

Coronariana

(por 100 000

habitantes)

11,62 Público quantidade

de cirurgias

por

procedimento

selecionado

23 368 habitantes 201 032 714

4,10 Plano Privado 1 987 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

101 / 149

Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

0,34 Demais

Fontes

677 habitantes 201 032 714

12,95 Total 26 032 habitantes 201 032 714

Cirurgia de

Angioplastia

Coronariana

(por 100 000

habitantes)

35,06 Público quantidade

de cirurgias

por

procedimento

selecionado

70 474 habitantes 201 032 714

21,46 Plano Privado 10 394 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

1,91 Demais

Fontes

3 847 habitantes 201 032 714

42,14 Total 84 715 habitantes 201 032 714

Cirurgia de

Quadril

(por 100 000

habitantes)

11,00 Público quantidade

de cirurgias

por

procedimento

selecionado

22 116 habitantes 201 032 714

10,79 Plano Privado 5 224 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

1,01 Demais

Fontes

2 022 habitantes 201 032 714

14,61 Total 29 362 habitantes 201 032 714

Cirurgia de Joelho

(por 100 000

habitantes)

3,88 Público quantidade

de cirurgias

por

procedimento

selecionado

7 805 habitantes 201 032 714

14,52 Plano Privado 7 031 beneficiários

de planos

privados

48 432 584

0,98 Demais

Fontes

1 976 habitantes 201 032 714

8,36 Total 16 812 habitantes 201 032 714

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Indicador Fonte de

Financiamento

Numerador Denominador

Taxa de Parto

Cesáreo

(para cada 100

partos)

41,01 Público quantidade

de partos

cesáreos

776 897 quantidade

total de

partos

1 894 324

84,61 Plano Privado 453 227 535 675

94,27 Demais

Fontes

69 061 73 260

51,90 Total 1 299 185 2 503 259

Cirurgia

Ambulatorial de

Catarata

(em %)

92,15 Público quantidade

de cirurgias

ambulatoriais

de catarata

486 492 quantidade

total de

cirurgias de

catarata

527 944

0,03 Plano Privado 8 27 379

0,00 Demais

Fontes

- 21 513

84,34 Total 486 500 576 836

Cirurgia

Ambulatorial de

Tonsilectomia

(em %)

2,45 Público quantidade

de cirurgias

ambulatoriais

de

tonsilectomia

946 quantidade

total de

cirurgias de

tonsilectomia

38 604

0,00 Plano Privado - 17 402

0,00 Demais

Fontes

- 5 710

1,53 Total 946 61 716

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

103 / 149

5 DISCUSSÃO

Neste trabalho foram capturadas algumas das maiores bases de dados em saúde do

Brasil, disponíveis publicamente para download pelo DATASUS, ou quando a base não

estava completamente disponível, foram usados números constantes de publicações

oficiais das entidades responsáveis pela guarda das bases.

A escolha dessas bases é resultado de uma ampla pesquisa das bases de dados em

saúde existentes no Brasil, realizada neste trabalho. A partir da captura dessas bases e

construção de um banco de dados em MySQL, foi feita exploração dos dados com

objetivo de calcular os indicadores de saúde constantes da dimensão “Utilização de

Serviços de Saúde” da publicação Health at a Glance da OCDE.

O objetivo da publicação da OCDE é de promover o benchmark de diversos países em

relação a seus sistemas de saúde. Portanto, com os resultados deste trabalho foi

possível incluir o Brasil na comparação com outros países no que se refere à utilização

de serviços de saúde.

Além do benchmark internacional, também foram feitas, quando aplicável,

comparações entre planos privados de saúde e SUS, e comparação das UFs do Brasil

no âmbito do SUS.

5.1 BENCHMARK

5.1.1 Consultas com Médicos

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark internacional, onde observamos que a

média brasileira de 4,1 consultas com médicos por habitante por ano se encontra

abaixo da média dos países da OCDE, que é de 6,6 consultas.

No segundo gráfico posicionamos o Brasil segmentado pela forma de financiamento

das consultas realizadas, isto é, 2,8 consultas por habitante pelo SUS e 5,4 consultas

por beneficiário entre as pessoas que possuem planos privados de saúde. Embora haja

uma diferença significativa no número de consultas por habitante entre o SUS e a

saúde suplementar, nenhum dos dois alcança a média dos países da OCDE, de 6,6

consultas por ano.

O último gráfico abre a informação do SUS entre as UFs do país para que se mostre

por Estado a quantidade média de consultas por habitante por ano.

Vale destacar que este indicador já é divulgado para o Brasil pela OCDE, com valor de

2,7. No entanto, de acordo com a metodologia de cálculo descrita na ficha técnica da

OCDE, eles somente consideram as consultas realizadas no SUS, o que gera uma

subestimação grande do total de consultas realizadas no Brasil, além da informação

estar defasada de três anos, pois eles utilizam os dados do SUS de 2010.

Page 107: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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Gráfico 1 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Consultas com Médicos

Gráfico 2 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Consultas com Médicos

14

,61

2,9

11

,71

1,1

11

10

,59

,98

,28

,17

,77

,47

,47

,17

,16

,86

,86

,66

,56

,56

,46

,46

,26

,26

,26

5 4,7

4,7

4,2

4,1

4,1

4 3,9

3,8

3,7

3,3

2,9

2,8

2,6

2,5

KO

RE

AJA

PA

NH

UN

GA

RY

CZ

EC

H R

EP

.S

LO

VA

K R

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.R

US

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AN

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BR

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ST

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ND

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ND

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EN

ME

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OF

INL

AN

DS

OU

TH

AF

RIC

A

14

,61

2,9

11

,71

1,1

11

10

,59

,98

,28

,17

,77

,47

,47

,17

,16

,86

,86

,66

,56

,56

,46

,46

,26

,26

,26 5,4

5 4,7

4,7

4,2

4,1

4 3,9

3,8

3,7

3,3

2,9

2,8

2,8

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

105 / 149

Gráfico 3 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Consultas com Médicos

5.1.2 Consultas por Médico

O gráfico inclui o Brasil no benchmark internacional, aonde quantidade de consultas

por médico por ano chega a um total de 2 587, acima da média dos países da OCDE,

de 2 227.

Este indicador já é divulgado para o Brasil pela OCDE, com valor de 1 470. No entanto,

de acordo com a metodologia de cálculo descrita na ficha técnica da OCDE eles

somente consideram as consultas realizadas no SUS, o que gera uma subestimação

grande do total de consultas realizadas no Brasil, além da informação estar defasada

de 3 anos, pois eles utilizam os dados do SUS de 2010.

Gráfico 4 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Consultas por Médico

3,3

3,3

3,2

3,2

2,9

2,9

2,9

2,9

2,8

2,8

2,8

2,7

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2,5

2,5

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2,0

1,9

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76

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24

72

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77

21

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20

92

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

106 / 149

5.1.3 Exames de Tomografia Computadorizada

O primeiro gráfico posiciona o Brasil no benchmark internacional, onde observamos

que a média brasileira de 49,7 exames de tomografia computadorizada para cada mil

habitantes por ano é um valor bem inferior a dos outros países, só estando acima da

Finlândia que apresenta 31,7 exames.

No segundo gráfico, quando olhamos para os números do Brasil segmentados entre

SUS e Saúde Suplementar, vemos uma enorme diferença no padrão de realização de

exames de tomografia computadorizada. Enquanto a média para as pessoas que

possuem plano privado é de 107,9 para o SUS é de 22,6.

O último gráfico abre a informação do SUS entre as UFs do país para que se mostre

por Estado como se dá a variação na quantidade de tomografias computadorizadas

realizadas.

Gráfico 5 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Exames de Tomografia

Computadorizada

Gráfico 6 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Exames de Tomografia Computadorizada

24

0,4

20

2,1

19

2,8

18

1,2

17

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17

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Page 110: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

107 / 149

Gráfico 7 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Exames de Tomografia

Computadorizada

5.1.4 Exames de Ressonância Magnética

O primeiro gráfico posiciona o Brasil no benchmark internacional, onde observamos

que a média brasileira de 29,7 exames de ressonância magnética para cada mil

habitantes por ano está abaixo da média dos países da OCDE, que é de 51,7.

No segundo gráfico, quando olhamos para os números do Brasil segmentados entre

SUS e Saúde Suplementar, vemos uma diferença ainda maior do que a observada nos

exames de tomografia computadorizada. O padrão de realização de exames de

ressonância magnética para as pessoas que possuem planos privados de saúde está

entre os mais altos do mundo, com 103,3 exames em média, ficando apenas atrás da

Turquia e Estados Unidos. Por outro lado para a população que realiza o exame pelo

SUS esta média cai para 4,5, o que representa a mais baixa média de realização deste

exame dentre todos os países incluídos no benchmark.

24

0,4

20

2,1

19

2,8

18

1,2

17

8,5

17

3,1

14

5,3

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5,0

14

1,9

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3,6

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22

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Page 111: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

108 / 149

O último gráfico abre a informação do SUS entre as UFs do Brasil para que se mostre

por Estado como se dá a variação na quantidade de ressonâncias magnéticas

realizadas, onde se destaca que o Amapá não apresentou nenhuma ressonância

magnética durante o ano inteiro de 2013.

Gráfico 8 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Exames de Ressonância

Magnética

Gráfico 9 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Exames de Ressonância Magnética

11

9,2

10

6,9

90

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Page 112: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

109 / 149

Gráfico 10 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Exames de Ressonância Magnética

5.1.5 Equipamentos de Tomografia Computadorizada

O primeiro gráfico mostra que o Brasil possui uma média de 16,38 equipamentos de

tomografia computadorizada para cada milhão de habitantes, enquanto a média de

OCDE é de 24,43. Em comparação com o indicador apresentado anteriormente, de

quantidade de exames de tomografia computadorizada, é possível verificar que países

com uma média de equipamentos por habitante inferior a do Brasil conseguem realizar

um número maior de exames por habitante. Talvez este fato esteja relacionado à

existência de equipamentos subutilizados, ou equipamentos que não estão disponíveis

para o SUS, onde a quantidade média de exames por habitante foi mostrada bem

inferior a da população com planos de saúde.

O segundo gráfico confirma a hipótese apresentada acima, de que existe uma

quantidade bem inferior de equipamentos disponíveis para o SUS, de 8,24

equipamentos para cada milhão de habitantes.

11

,4

11

,3

10

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6,8

6,2

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

110 / 149

Gráfico 11 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Equipamentos de Tomografia

Computadorizada

Gráfico 12 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Equipamentos de Tomografia Computadorizada

10

1,2

85

3,6

54

3,4

84

0,5

33

7,7

63

7,6

53

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93

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73

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92

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02

4,4

32

2,1

82

2,0

82

1,7

02

0,2

71

8,9

71

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02

4,4

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82

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71

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48

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47

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Page 114: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

111 / 149

5.1.6 Equipamentos de Ressonância Magnética

O primeiro gráfico mostra que o Brasil possui uma média de 7,48 equipamentos de

ressonância magnética para cada milhão de habitantes, enquanto a média de OCDE é

de 14,09. Em comparação com o indicador apresentado anteriormente, de quantidade

de exames de ressonância magnética, é possível verificar que países com uma média

de equipamentos por habitante inferior a do Brasil conseguem realizar um número

maior de exames por habitante. Levantamos a mesma hipótese, assim como quando

analisamos os equipamentos de tomografia computadorizada, de subutilização de

equipamentos ou equipamentos que não estão disponíveis para o SUS.

O segundo gráfico confirma que a quantidade de equipamentos é bem inferior no SUS,

de 3 equipamentos de ressonância magnética para cada milhão de habitantes.

Gráfico 13 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Equipamentos de

Ressonância Magnética

46

,87

35

,49

24

,62

24

,45

24

,30

22

,06

21

,83

19

,90

19

,22

15

,39

15

,34

14

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13

,44

13

,27

12

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11

,59

11

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11

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11

,18

10

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10

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18

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47

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26

,65

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16

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46

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3,1

03

,03

2,0

6

Page 115: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

112 / 149

Gráfico 14 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Equipamentos de Ressonância Magnética

5.1.7 Leitos Hospitalares

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark internacional dos países da OCDE em

relação à quantidade leitos por 1 000 habitantes, o Brasil apresenta em média 2,47

leitos para cada 1 000 habitantes, sendo o 7º país com a relação leito/habitante mais

baixa.

No segundo gráfico mostramos somente os leitos disponíveis para o SUS, o que indica

que há apenas 1,71 leitos SUS para cada 1 000 habitantes.

Por fim, o terceiro gráfico abre a quantidade de leitos SUS disponíveis por UF, onde

vemos que a variação é de 2,26 leitos no Piauí até 1,4 leitos para cada 1 000 habitantes

no Sergipe.

Gráfico 15 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Leitos Hospitalares

46

,87

35

,49

24

,62

24

,45

24

,30

22

,06

21

,83

19

,90

19

,22

15

,39

15

,34

14

,09

13

,44

13

,27

12

,88

11

,59

11

,49

11

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11

,18

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

113 / 149

Gráfico 16 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Leitos Hospitalares

13

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Page 117: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

114 / 149

Gráfico 17 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Leitos Hospitalares

5.1.8 Leitos Hospitalares por Tipo de Cuidado

Os gráficos abaixo mostram a distribuição percentual dos leitos existentes por tipo de

cuidado: curativos, psiquiátricos, longo termo e outros. A ordem dos países obedece à

quantidade de leitos por habitante calculada no indicador anterior.

Portanto, no primeiro gráfico identificamos que o Brasil possui uma proporção maior

de leitos para cuidados curativos, quando comparados com países que possuem mais

leitos por habitante. Uma baixa relação leito por habitante demonstra que os países

como o Brasil acabam priorizando ter leitos de cuidados curativos a detrimento de

leitos para cuidados psiquiátricos e de longo termo. A mesma análise se mantém para

os gráficos 2 e 3, onde há um predomínio de leitos para cuidados curativos no SUS em

detrimento de leitos para cuidados psiquiátricos e de longo termo. No gráfico 3

observamos ainda que Rio de Janeiro e São Paulo são os estados que mantêm uma

menor proporção de leitos para cuidados curativos em relação às demais UFs,

apresentando assim um a maior proporção de leitos para cuidados psiquiátricos para

o SUS.

2,2

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Page 118: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

115 / 149

Gráfico 18 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Leitos Hospitalares por Tipo

de Cuidado

Gráfico 19 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Leitos Hospitalares por Tipo de Cuidado

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Curativos Psiquiátricos Longo termo Outros

Page 119: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

116 / 149

Gráfico 20 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Leitos Hospitalares por Tipo de

Cuidado

5.1.9 Taxa de Ocupação de Leitos para Cuidados Curativos (Agudos)

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark dos países da OCDE em relação à taxa

de ocupação dos leitos para cuidados curativos. O Brasil apresenta a menor taxa de

ocupação dentre todos os países da OCDE, de apenas 33,4% de ocupação. Quando

analisamos o gráfico 2, vemos que para os leitos SUS a taxa de ocupação é um pouco

mais elevada, 40,2%, mas mesmo assim está bem abaixo da taxa de ocupação dos

leitos de cuidados curativos em outros países.

Dentre as UFs do Brasil, a que mais se aproxima da média da OCDE para ocupação do

leitos, de 77,3%, é o Distrito Federal que tem uma taxa de ocupação para os leitos SUS

de 56,7%.

Gráfico 21 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos

para Cuidados Curativos

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Curativos Psiquiátricos Longo termo Outros

Page 120: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

117 / 149

Gráfico 22 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Taxa de Ocupação de Leitos para Cuidados Curativos

Gráfico 23 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Taxa de Ocupação de Leitos para

Cuidados Curativos

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

118 / 149

5.1.10 Altas Hospitalares (Global)

O primeiro gráfico mostra que a quantidade de altas hospitalares no Brasil para cada

1 000 habitantes é de 62,9, número bem inferior à média dos países de OCDE, que é

de 155,5.

No segundo gráfico, segmentando as altas no Brasil entre SUS e saúde suplementar,

temos 52,8 e 30,5 altas, respectivamente.

No útimo gráfico abrimos as altas hospitalares do SUS pelas UFs do Brasil e vemos que

o intervalo de variação entre as Ufs vai de 36,1 no Rio de Janeiro até 67,4 no Piauí.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

119 / 149

Gráfico 24 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares

Gráfico 25 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares

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Page 123: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

120 / 149

Gráfico 26 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares

5.1.11 Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas Circulatórios

O primeiro gráfico mostra que a quantidade de altas hospitalares para pacientes com

problemas circulatórios no Brasil para cada 1 000 habitantes é de 5,2, número bem

inferior à média dos países de OCDE, que é de 19,3, só estando o Brasil acima do

México que possui 2,4 altas para cada 1 000 habitantes.

No segundo gráfico, segmentando as altas para pacientes com problemas circulatórios

no Brasil entre SUS e saúde suplementar, temos 5,2 altas para o SUS e nenhuma alta

informada para a saúde suplementar, o que aponta grave inconsistênia na base de

dados da CIHA, fonte dos dados da saúde suplementar para este indicador.

No útimo gráfico abrimos as altas hospitalares para pacientes com problemas

circulatórios do SUS pelas UFs do Brasil e vemos que o intervalo de variação entre as

Ufs vai de 2,2 em Roraima até 8,1 no Paraná.

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,6

36

,1

PI

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RS

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SC

MA

MT

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BR

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IL

GO

BA

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SP

CE

AL

PB

RN

AM SE RJ

Page 124: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

121 / 149

Gráfico 27 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para

Pacientes com Problemas Circulatórios

Gráfico 28 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares para Pacientes com Problemas Circulatórios

36

,93

5,8

35

,63

0,1

30

,02

7,7

27

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6,6

26

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3,8

23

,62

0,1

20

,11

9,8

19

,61

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19

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18

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7,8

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6,4

14

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3,8

13

,71

3,3

12

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11

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1,3

10

,37

,25

,2

2,4

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SU

SM

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DO

S

Page 125: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

122 / 149

Gráfico 29 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com

Problemas Circulatórios

5.1.12 Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark dos países da OCDE em relação às altas

hospitalares para pacientes com câncer, onde observamos que o indicador calculado

para o Brasil, de 3,7 altas para cada mil habitantes, é a segunda menor taxa entre todos

os países, só ficando acima do México, que teve indicador calculado de 3,0.

No segundo gráfico percebemos que quando segmentamos o Brasil entre SUS e saúde

suplementar, temos 3,2 e 1,5 altas respectivamente, o que são valores bem baixos em

relação aos países da OCDE.

No útimo gráfico abrimos as altas hospitalares para pacientes com câncer do SUS pelas

UFs do Brasil e vemos que o intervalo de variação entre as UFs vai de 1,2 no Pará até

4,8 no Rio Grande do Sul.

Gráfico 30 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Altas Hospitalares para

Pacientes com Câncer

8,1

7,7

7,0

6,9

5,9

5,5

5,4

5,2

5,2

5,1

4,9

4,6

4,6

4,4

4,3

4,2

4,0

4,0

3,9

3,8

3,7

3,7

3,2

3,2

2,6

2,4

2,2

2,2

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RS

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BA

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Page 126: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

123 / 149

Gráfico 31 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Altas Hospitalares para Pacientes com Câncer

Gráfico 32 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Altas Hospitalares para Pacientes com

Câncer

29

,32

4,5

24

,02

3,3

22

,21

9,8

17

,31

7,1

16

,81

6,0

15

,91

5,1

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2,8

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11

1,1

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6,7

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3,7

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34

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6,2

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Page 127: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

124 / 149

5.1.13 Tempo Médio de Internação (Global)

O primeiro gráfico mostra que o tempo médio para uma internação hospitalar no Brasil

é de 4,5 dias quando a média dos demais países da OCDE é de 8,1 dias, chegando ao

máximo de 17,2 dias no Japão.

No segundo gráfico, segmentando as internações no Brasil entre SUS e saúde

suplementar, o tempo médio das internações não é muito diferente entre eles, 4,4 dias

para o SUS e 4,7 dias para a saúde suplementar.

No útimo gráficos abrimos as internacões do SUS pelas UFs do Brasil e vemos que o

estado que vem apresentando um maior tempo médio de internação é o Rio de Janeiro,

com 6,2 dias.

4,8

4,8

4,5

4,4

3,9

3,7

3,6

3,3

3,3

3,2

3,2

2,9

2,8

2,8

2,7

2,7

2,6

2,6

2,4

2,3

2,2

2,2

1,9

1,8

1,6

1,5

1,4

1,2

RS

PR

RN

SC

ES

SP

PE

MG

DF PI

BR

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IL

TO

MS

MT

AL RJ

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BA

RR

GO

PB

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AC

MA

RO

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Page 128: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

125 / 149

Gráfico 33 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

Gráfico 34 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação

17

,21

6,5

10

,81

0,1

9,5

9,4

9,1

8,9

8,9

8,7

8,1

8,1

7,9

7,9

7,9

7,6

7,6

07

,57

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6,5

6,5

6,4

6,1

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6,0

5,9

5,8

5,7

5,6

4,5

4,3

4,0

3,9

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17

,21

6,5

10

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9,5

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9,1

8,9

8,9

8,7

8,1

8,1

7,9

7,9

7,9

7,6

7,6

7,5

7,5

7,1

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6,6

6,5

6,5

6,4

6,1

6,1

6,0

5,9

5,8

5,7

5,6

4,7

4,4

4,3

4,0

3,9

JAP

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FR

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Page 129: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

126 / 149

Gráfico 35 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação

5.1.14 Tempo Médio de Internação para Parto Normal

O tempo médio de internação para parto normal para os países de OCDE é de 2,9 dias,

e o Brasil apresenta uma média de 2,1 dias de internação, como podemos ver no

primeiro gráfico. Este tempo médio de 2,1 dias é o mesmo tanto para o SUS quanto

para a saúde suplementantas, conforme mostrado no segundo gráfico.

O último gráfico mostra os dias de internação para parto normal no SUS por UF,

apresentado variação desde 1,6 dias no Sergipe até 2,9 dias no Distrito Federal.

Gráfico 36 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

para Parto Normal

6,2

5,9

5,5

5,0

4,6

4,5

4,5

4,5

4,5

4,5

4,4

4,4

4,4

4,4

4,4

4,3

4,2

4,1

4,1

4,0

3,9

3,9

3,9

3,8

3,8

3,7

3,6

3,5

RJ

DF

RS

AP

AM SC

AC

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SP

BR

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IL

MG

PB

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BA

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MT PI

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MA

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5,1

5,0

4,3

4,1

4,0

4,0

3,9

3,8

3,6

3,6

3,6

3,4

3,1

3,0

2,9

2,9

2,9

2,8

2,7

2,7

2,7

2,5

2,4

0

2,3

2,1

2,0

2,0

1,9

1,7

1,6

1,6

1,5

1,5

1,3

SL

OV

AK

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LA

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32

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LA

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TU

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ITE

D K

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Page 130: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

127 / 149

Gráfico 37 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação para Parto Normal

Gráfico 38 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação para

Parto Normal

5.1.15 Tempo Médio de Internação para Infarto Agudo do Miocárdio

O primeiro gráfico mostra que o tempo médio de internação para infarto agudo do

miocárdio no Brasil está próximo à média dos países da OCDE, 6,1 e 6,8 dias,

respectivamente.

Quando segmentamos o Brasil entre SUS e planos privados vemos que a diferença

aumenta, sendo 6 dias a média de internação para o SUS e de 7,3 dias para a saúde

suplementar, conforme o gráfico 2. Cabe destacar que a média apresentada pela saúde

suplementar neste caso está acima da média dos países da OCDE, de 6,8 dias.

5,1

5,0

4,3

4,1

4,0

4,0

3,9

3,8

3,6

3,6

03

,63

,43

,13

,02

,92

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,82

,72

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2,9

2,8

2,7

2,6

2,5

2,5

2,4

2,3

2,2

2,2

2,1

2,1

2,1

2,1

1,9

1,9

1,9

1,8

1,8

1,8

1,8

1,8

1,8

1,7

1,7

1,7

1,6

1,6

DF RJ

AM SP

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IL

GO

RR

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Page 131: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

128 / 149

O último gráfico mostra que há uma grande variação na quantidade de dias de

internação para infarto agudo do miocárdio entre as UFs do Brasil. Enquanto Distrito

Federal e Rio de Janeiro apresentam 13,7 e 10,2 dias, respectivamente outras UFs têm

uma permanência bem menor, chegando ao mínimo de 3,4 dias no Paraná.

Gráfico 39 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Tempo Médio de Internação

para Infarto Agudo do Miocárdio

Gráfico 40 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Tempo Médio de Internação para Infarto Agudo do Miocárdio

13

,11

0,3

9,1

8,9

8,3

8,1

7,9

7,9

7,8

7,8

7,4

7,3

7,3

7,1

7,1

6,9

6,9

6,8

6,6

6,2

6,1

6,1

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

129 / 149

Gráfico 41 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Tempo Médio de Internação para

Infarto Agudo do Miocárdio

5.1.16 Cirurgia de Revascularização Coronariana e Cirurgia de Angioplastia

Coronariana

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark dos países da OCDE em relação à

quantidade de cirurgias de angioplastia coronariana e cirurgias de revascularização do

miocárdio para cada 100 mil habitantes. Em comparação com os demais países, o Brasil

apresenta uma quantidade de cirurgias relativamente pequena, em torno de 50 para

cada 100 mil habitantes, sendo este o segundo menor número, só ficando na frente do

México.

O segundo gráfico abre a informação do Brasil entre SUS e planos privados, onde

observamos que a grande maioria das cirurgias realizadas e registradas nos sistemas

de informação se dão no SUS.

O último gráfico abre a informação do SUS entre as UFs do Brasil, e percebemos que

alguns Estados sequer informaram em um ano inteiro qualquer realização de cirurgias

deste tipo, como é o caso do Acre e Roraima.

13

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Page 133: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

130 / 149

Gráfico 42 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Revascularização

Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana

Gráfico 43 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Revascularização Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana

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Angioplastia Coronariana Revascularização do Miocárdio

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Angioplastia Coronariana Revascularização do Miocárdio

Page 134: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

131 / 149

Gráfico 44 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Revascularização

Coronariana e Cirurgia de Angioplastia Coronariana

5.1.17 Cirurgia de Quadril

Os gráficos a seguir mostram a quantidade de cirurgias de quadril para cada 100 mil

habitantes. No primeiro gráfico observamos que em comparação com os países da

OCDE, o Brasil possui uma quantidade de cirurgias de quadril bastante baixa, 14,6

cirurgias para cada 100 mil habitantes, sendo este número bastante inferior à média

dos demais países que é de 161,2 cirurgias para cada 100 mil habitantes.

Quando abrimos no segundo gráfico os números do Brasil entre SUS e saúde

suplementar vemos que esta baixa quantidade de cirurgias de quadril está dividida

quase que igualmente entre SUS e saúde suplementar, com 11 e 10,8,

respectivamente.

No último gráfico observamos que no SUS, o Estado brasileiro que apresenta uma

maior quantidade de cirurgias é o Rio Grande do Sul, com 23 cirurgias para cada 100

mil habitantes.

0

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Angioplastia Coronariana Revascularização do Miocárdio

Page 135: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

132 / 149

Gráfico 45 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Quadril

Gráfico 46 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Quadril

29

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Page 136: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

133 / 149

Gráfico 47 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Quadril

5.1.18 Cirurgia de Joelho

O primeiro gráfico inclui o Brasil no benchmark dos países da OCDE em relação às

cirurgias de joelho realizadas no ano de análise, onde observamos que o indicador

calculado para o Brasil, de 8,4 cirurgias de joelho para cada 100 mil habitantes, é a

segunda menor taxa entre todos os países, só ficando acima do México, que teve

indicador calculado de 3,3.

No segundo gráfico percebemos uma grande diferença entre SUS e saúde suplementar

em realção às cirurgias de joelho, com indicadores calculados de 3,9 para o SUS e 14,5

para a saúde suplementar. Embora a quantidade de cirurgias na saúde suplementar

seja mais que o triplo do SUS, ainda assim os números do Brasil estão bem abaixo da

média dos países da OCDE que é de 120,6 cirurgias para cada 100 mil habitantes.

No último gráfico observamso que as cirurgias de joelho pelo SUS são realizadas muito

pouco na maioria dos estados do Brasil, exceto em Roraima e Sergipe que apresentam

indicadores calculados de 216,2 e 84,2 respectivamente. O padrão de cirurgias de

joelho nestes estados difere bastante dos demais estados do Brasil.

23

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

134 / 149

Gráfico 48 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Joelho

Gráfico 49 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Joelho

22

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21

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Page 138: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

135 / 149

Gráfico 50 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Joelho

5.1.19 Taxa e Parto Cesáreo

Os gráfcos a seguir mostram a proporção de cesarianas em relação a todos os partos

ocorridos. No primeiro gráfico, em comparação aos demais países da OCDE, o Brasil é

o primeiro país em cesarianas, apresentando uma taxa de 51,9%, enquanto a média

dos países é de 27,6%.

Quando segmentamos no segundo gráfico o Brasil em SUS e saúde suplementar

observamos que a situação da saúde suplementar é ainda pior, pois esta apresenta a

mais elevada taxa de cesárea dentre todos os países, de 84,6%. O SUS apresenta uma

taxa de cesárea de 41%, o que o faz estar abaixo de alguns países como Chile, México

e Turquia, mas ainda assim o SUS possui uma taxa mais alta do que média dos países

da OCDE.

No terceiro gráfico, abrindo os números do SUS dentre os Estados do Brasil,

observamos que Maranhão, Amapá, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe apresentaram

taxa de cesárea inferior à média dos países da OCDE.

Gráfico 51 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo

21

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

136 / 149

Gráfico 52 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Taxa de Parto Cesáreo

Gráfico 53 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Taxa de Parto Cesáreo

5.1.20 Cirurgia de Catarata

Os gráficos a seguir apresentam a proporção de cirurgias de catarata realizadas em

ambulatório em relação ao total das cirurgias de catarata realizadas. No primeiro

gráfico observamos que no Brasil 84,3% das cirurgias de catarata realizadas são em

ambulatório, o que é uma proporção bem próxima da média dos países da OCDE, de

83,4%.

No segundo gráfico quando segmentamos o Brasil entre SUS e saúde suplementar

observamos que a grande maioria das cirurgias de catarata realizadas no SUS se dão

em ambulatório, 92,1%, o que mostra uma realidade completamente diferente dos

dados da saúde suplementar onde esta taxa é zerada, ou seja, na saúde suplementar

15

,21

5,4

15

,61

5,8

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,41

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

137 / 149

as cirurgias de catarata não são realizadas em ambulatório, ou esta infomação não é

bem preenhida nos bancos de dados.

No último gráfico observamos que no SUS uma grande parte dos estados só realiza

este tipo de cirugia em ambulatório, com taxas de 100%, e que a maioria dos estados

apresenta taxa acima de 80%, com exceção do Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Gráfico 54 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Catarata

Gráfico 55 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Catarata

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

138 / 149

Gráfico 56 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Catarata

5.1.21 Cirurgia de Tonsilectomia (Amigdalectomia)

Diferentemente da cirurgia de catarata, os gráficos abaixo mostram que a cirurgia de

amigdalas quase não é realizada em ambiente ambulatorial no Brasil. No primeiro

gráfico vemos que a proporção de cirurgias de amigdala realizadas em ambulatório

para o Brasil é de 1,5% enquanto a média dos países da OCDE é de 34,1%.

O segundo gráfico mostra que no SUS 2,5% das cirurgias de amigdala são realizadas

em ambulatório e na saúde suplementar este tipo de cirurgia não é realizada em

ambiente ambulatorial.

Quando abrimos o SUS entre as UFs do Brasil vemos que a grande maioria dos estados

não realiza este tipo de cirurgia em ambulatório, com exceção dos estados do Rio

Grande do Sul, São Paulo e Paraná.

Gráfico 57 Benchmark do Brasil com os Países da OCDE para o Indicador de Cirurgia de Tonsilectomia

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

139 / 149

Gráfico 58 Benchmark do Brasil por fonte de financiamento com os Países da OCDE para o Indicador de

Cirurgia de Tonsilectomia

Gráfico 59 Comparação entre as UFs do Brasil para o Indicador de Cirurgia de Tonsilectomia

5.2 VALIDAÇÃO Em relação à validação interna foi verificado se a aquisição das bases de dados foi

adequada e se o processo de cálculo dos indicadores refletiu os dados resgistrados

nestas bases.

Para verificar se a aquisição das bases de dados foi adequada, durante o processo de

captura das bases do DATASUS e sua importação para o SQL, foi confirmado que as

bases de dados importadas para o SQL continham a totalidade dos registros e das

variáveis das bases originais do DATASUS.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

140 / 149

Para verificar se as queries para cálculo dos indicadores refletiam os dados registrados

nas bases, quando possível os valores calculados para os numeradores e

denominadores dos indicadores eram comparados com as tabelas extraídas no

tabulador online do DATASUS, o TABNET para verificar se os números eram coerentes.

Na data de importação dos dados usada neste trabalho, esta verificação se mostrou

coerente para todos os indicadores testados.

Em relação à validação externa foi verificado se os indicadores calculados neste

trabalho faziam sentido no contexto do benchmark dos países criado pela OCDE. O

processo de validação foi feito da seguinte maneira:

Caso o indicador já tivesse sido calculado para o Brasil no programa de indicadores da

OCDE, o valor calculado neste trabalho era comparado com o valor divulgado pela

OCDE. Este tipo de verificação foi possível para os indicadores

Consultas com médicos: valor divulgado para o Brasil pela OCDE foi de 2,7, que

representam as consultas por habitante no SUS em 2010. Neste trabalho, calculamos

para o ano de análise, 2013, 2,75 consultas por habitante no SUS.

Consultas por medico: foi divulgada pela OCDE uma quantidade de 1 470 consultas por

ano por médico, levando em consideração as consultas do SUS para o ano de 2010.

Neste trabalho o cálculo do indicador não foi segmentado entre SUS e não SUS pois as

informações foram extraídas do CNES, que não há a informação sobre qual a fonte de

remuneração do médico, se por plano privado de saúde, por pagamento direto do

paciente, etc. A informação que há é se o médico atende ou não SUS. Portanto, como

um mesmo médico pode possuir diferentes tipos de vínculos com estabelecimentos

diversos, o indicador calculado neste trabalho é de 2 587 que representa o total de

consultas por médico no Brasil para o ano de 2013.

Leitos Hospitalares: o valor divulgado para o Brasil pela OCDE é de 2,32 leitos para

cada mil habitantes para o ano de 2012, fazendo a mádia mensal da quantidade de

leitos ao longo do ano registrados no CNES. Neste trabalho foi calculado o valor de 2,47

leitos para cada mil habitantes considerando a quantidade de leitos registrada no CNES

no meio do ano de análise, junho de 2013.

Altas hospitalares: a OCDE divulga para o Brasil o valor de 56 altas para cada mil

habitantes no ano de 2012. Este valor só representa as altas ocorridas no âmbito do

SUS. Neste trabalho, calculamos para o SUS 52,84 altas para cada mil habitantes para

o ano de análise, 2013.

Caso o indicador não tivesse seu valor calculado para o Brasil no programa da OCDE, o

indicador calculado neste trabalho era comparado com os indicadores calculados para

os demais países da OCDE e era verificado se os números do Brasil estavam dentro de

um intervalo coerente que não tornasse seus resultados discrepantes dos demais

países.

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

141 / 149

5.3 VANTAGENS E LIMITAÇÕES Este trabalho contribuiu para incluir o Brasil no ranking internacional da OCDE sobre a

utilização de serviços de saúde em vários países. Os indicadores para o Brasil só

puderam ser calculados devido ao grande volume de dados em saúde que há

disponível no Brasil, principalmente os dados do setor público de saúde, o SUS.

No entanto, alguns limites devem ser observados na interpretação dos resultados

encontrados:

- As fichas técnicas de definição dos indicadores da OCDE nem sempre são

exatas quanto à classificação de categorias de doença ou procedimento que se

deseja medir com o indicador. Este fato se deve à codificação de procedimentos

e doenças não ser uniforme em todos os países. Portanto, por vezes, a escolha

dos códigos a serem incluídos ou excluídos em cada indicador pode gerar

diferenças na apuração de seu resultado.

- Os registros contidos nas bases de dados utilizadas podem estar enviesados

por estarem atrelados ao pagamento ou podem estar subnotificados

justamente pelo contrário, isto é, não precisarem de seu registro para

remuneração da assistência prestada. Subnotificação, ou notificação enviesada,

nas bases de dados utilizadas pode gerar distorções nos valores dos

indicadores. No entanto, estas são as bases de dados oficiais existentes no

Brasil e vêm sendo usadas para avaliação do sistema de saúde brasileiro em

diversos estudos e trabalhos técnicos.

- O fato de ainda não se ter uma série completa de um ano do TISS prejudicou o

cálculo dos indicadores para a saúde suplementar. Embora o SIP seja uma fonte

de dados oficial sobre a produção de serviços pelo setor de saúde suplementar,

como os dados são enviados à ANS já agregados, e apenas para

monitoramento, as informações nele contidas têm maior chance de ter viéses.

Por outro lado, caso fosse possível utilizar o TISS neste trabalho, teríamos

acesso a um banco de dados que reflete a cobrança dos serviços prestados, o

que traria maior confiabilidade além de podermos trabalhar com o universo de

todos os procedimentos realizados, e não com o recorte dos procedimentos

selecionados pelo SIP.

- Outra limitação relacionada aos dados da saúde suplementar é que nem todos

os indicadores presentes neste trabalho tinham fonte de informação no SIP.

Para todos estes casos, a informação referente aos serviços prestados a

beneficiários de planos de saúde foram retiradas da CIHA. A informação na CIHA

não pode ser considerada confiável por se tratar de um banco de dados

formada por registros que não estão vinculados ao pagamento, portanto com

muita subnotificação. No entanto, sendo esta a única informação disponível, a

CIHA foi usada nestes casos.

- Sendo o SUS o sistema público universal do Brasil, por definição ele cobre toda

a população. Por este motivo, todos os denominadores dos indicadores

calculados neste trabalho para o SUS contêm toda a população. No entanto,

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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podemos pensar que a população que possui plano de saúde privado não

busca serviços do SUS, mas sim de sua rede contratada através do plano, para

a maioria dos serviços de saúde. O fato de termos optado por não excluir os

beneficiários de planos privados de saúde da população total pode estar

subestimando os valores dos indicadores do SUS cujo denominador deriva da

população.

Apesar do cuidado que se deve ter ao analisar os resultados, os mesmos são válidos,

provêm de bases dados oficiais do país, que são fontes de dados administrativas que

contêm o universo da produção dos estabelecimentos de saúde, e não resultado de

pesquisas, estimativas ou recortes pontuais. Além disso, todas as bases estavam

disponíveis para o ano de análise recomendado pela OCDE para a publicação, o ano de

2013.

Ter incluído no cálculo dos indicadores do Brasil os serviços de saúde que tiveram

outras fontes de remuneração que não o SUS, isto é, saúde suplementar e demais

fontes de financiamento, enriquece os resultados divulgados para o Brasil na

publicação da OCDE. Os resultados alcançados neste trabalho mostram que os

indicadores que já estavam sendo divulgados pela OCDE para o Brasil estão com seus

valores subestimados, uma vez que só estão incorporados os números do SUS.

Para todas as informações utilizadas, com exceção do SIP, elas são provenientes de

bases de dados completas, o que permite uma maior gerência sobre os dados, e

possibilitou mais poder, flexibilidade e controle na exploração dos dados para

apuração dos resultados dos indicadores.

Por fim, o banco de dados construído neste trabalho para o cálculo dos indicadores

representa uma possibilidade de acesso a dados completos de produção de serviços

em saúde no país e pode ser usado para outras análises.

Page 146: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

143 / 149

6 CONCLUSÃO

O estudo teve por objetivo propor e implementar, com base na metodologia da

publicação Health at a Glance da OCDE, o cálculo para o Brasil de 22 indicadores em

saúde que compõem o domínio “utilização de serviços em saúde” da publicação da

OCDE.

Para isto foi feito um levantamento das principais bases de dados nacionais em saúde

disponíveis que posteriormente foram capturadas conforme necessidade através de

técnicas para acessar e tratar o grande volume de dados em saúde no Brasil.

A realização deste trabalho permitiu verificar que os dados em saúde disponíveis

publicamente no Brasil podem ser usados na avaliação do desempenho do sistema de

saúde, e desta forma contribuir para o controle dos processos e implementação de

políticas de saúde visando melhoria geral na qualidade da prestação dos serviços de

saúde à população.

O trabalho permitiu além de incluir o Brasil no benchmark internacional dos países da

OCDE para os 22 indicadores calculados, promover a comparação destes indicadores

entre o setor público de saúde do Brasil, o SUS, e o setor de planos privados de saúde,

a chamada saúde suplementar. Além disso, também foi possível comparar os

indicadores calculados para o SUS para cada UF, demonstrando assim as diferenças na

prestação de serviços de saúde nos estados do Brasil para o setor público.

A análise dos resultados dos indicadores calculados para o Brasil demonstrou que, em

geral, o Brasil comparado com os demais países da OCDE apresenta um desempenho

abaixo da média dos demais países da OCDE, o que indica necessidade de esforços

para atingir um nível mais alto na prestação de serviços em saúde que estão no âmbito

de avaliação dos indicadores calculados.

Quando segmentado entre SUS e saúde suplementar, a análise dos resultados dos

indicadores do Brasil aponta para uma aproximação do desempenho do setor de

saúde suplementar em relação à média dos demais países da OCDE, e por outro lado

um distanciamento do SUS em relação a esta média. Isto evidencia a diferença no nível

de prestação de serviços dentro do Brasil entre o SUS e a saúde suplementar. No

entanto, esta análise foi prejudicada para alguns indicadores cuja fonte de informação

não pôde vir da base de dados oficial da ANS, o SIP/ANS, por se tratarem de

informações não disponíveis neste sistema. Para estes casos, a informação sobre a

utilização dos serviços de saúde do setor saúde suplementar veio da base de dados da

CIHA, que é reconhecidamente uma base onde há grande subnoticação devido à

natureza de seus registros não estarem vinculados à remuneração dos serviços

prestados.

Uma proposta de melhoria na qualidade dos resultados obtidos neste estudo é o uso

da base de dados do TISS/ANS para as informações provenientes do setor de saúde

suplementar. O TISS reflete toda a troca de informações entre os prestadores de

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Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

144 / 149

serviços de saúde e as operadoras de planos privados de saúde para fins de

pagamento dos serviços prestados. Portanto, analogamente às bases de dados do SUS

que refletem a produção de serviços no setor público, O SIH/SUS e SIA/SUS, para o

setor de saúde suplementar toda a informação de pagamento dos serviços prestados

aos beneficiários de planos de saúde está contida na base de dados do TISS/ANS. No

presente estudo não foi possível a utilização do TISS/ANS pois no período de avaliação,

o ano de 2013, esta base de dados ainda não existia na ANS.

Por último, como aprimoramento e ampliação deste trabalho recomenda-se que para

a próxima edição do Health at a Glance, prevista para 2017 e portanto usando dados

de 2015, sejam calculados os indicadores da dimensão “Produção de serviços de

saúde” considerando-se como fonte exclusiva de informações para a saúde

suplementar a base de dados do TISS/ANS, bem como também avaliar a viabilidade de

expansão de cálculo dos indicadores para o Brasil em outras dimensões da publicação.

Page 148: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 149: Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE

Comparando a saúde no Brasil com os países da OCDE: Explorando Dados de Saúde Pública - Cecília

Pessanha Lima - 2016

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ANEXOS

A – Códigos SQL utilizados para o cálculo dos indicadores

B – Códigos utilizados para importação das bases de dados

C – Filtros Aplicados em Cada Variável