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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • JULHO DE 2019 • ANO 6 • Nº 70 • 3.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP. Compaixão “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.” – Página 7 Agora o jornal é virtual. Acesse: www.tribunadoespiritismo.org Crédito: www.cebi.org.br

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • JULHO DE 2019 • ANO 6 • Nº 70 • 3.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITAwww.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTELCx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.

Compaixão“Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.” – Página 7

Agora o jornal é virtual. Acesse: www.tribunadoespiritismo.org

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Julho de 2019 PÁGINA 2

é a de abrigar Espíritos faltosos e contumazes descumpridores dos postulados divinos?

Esta é a realidade, poucos po-dem acessar o passado e não se en-vergonhar; raros são os detentores da condição de não se surpreender diante da recordação de levianas atitudes e grosseiras condutas pra-ticadas contra o próximo, e, tantas vezes, contra nós mesmos.

É por conta desta realidade que Deus nos faz esquecer temporaria-

mente muitas experiências e ações desagradáveis do nosso pretérito, todas registradas no perispírito.

A lei do esquecimento é uma dádiva para Espíritos ainda pouco afeiçoados à prática do bem, como todos nós ainda somos, pois, recor-dando-nos de tudo que já � zemos; e se aqueles a nos cercar, os nossos próximos mais próximos - os fa-miliares -, também tivessem este conhecimento, a vida se tornaria insuportável, os grupamentos familiares se esfacelariam, inviabi-lizando a evolução do grupo.

Desta forma, não nos preocu-pemos em desvendar o pretérito batendo às portas dos adivinhos,

Editorial

Nova fase

Esta publicação reduziu, a partir da presente edição, sua tiragem mensal, man-

tendo remessa impressa apenas para casos estratégicos, face aos altos custos de impressão e dis-tribuição, bem como os novos hábitos da atualidade e novos tempos no trato com a divulga-ção e a informação.

Todavia, continua sua missão: informar, motivar, conscienti-zar, unir.

E os exemplares, para quem não os receber em mãos — impressos — estão disponíveis virtualmente no site do jornal, que pode ser acessado no portal www.tribunadoespiritismo.org.

Há que se levar em conta vários fatores que levaram à decisão de reduzir a tiragem da publicação, sem prejuízo de seu conteúdo.

O que agora temos a solicitar dos amigos é que compartilhem pelo face e WhatsApp os con-teúdos virtuais da edição que vamos gradativamente postando para que a publicação continue a cumprir sua função maior: divul-gar o Espiritismo.

De nossa parte continuamos a trabalhar para aprimorar sua apresentação mensal. r

Como faz bem esquecerProvidência é sábia

Rogério [email protected]

“(...) bom mesmo é recordar coisas boas, ex-periências saudáveis, ati-tudes corretas tomadas em momentos críticos, lembranças de fatos tra-zendo-nos alegria e sa-tisfação, isto sim é grati-ficante

Quem se alegra em lembrar dos deslizes cometidos na vida presente? Al-

guém sente satisfação em relatar práticas contrárias às leis de Deus? Traz tranquilidade manter bem vivo na memória os feitos impensados cometidos no passado desta mesma existência?

Pouquíssimos, ou mesmo nin-guém, responderia estas perguntas dizendo sim: É muito bom lembrar os equívocos passados, expondo-os a todos! Estas poucas questões nos indicam não valer a pena recordar os enganos praticados, pelo con-trário, na verdade fazemos de tudo para apagar completamente lem-branças de todo e qualquer vestígio dos antigos atos irre� etidos.

É natural, afinal, bom mesmo é recordar coisas boas, experiên-cias saudáveis, atitudes corretas tomadas em momentos críticos, lembranças de fatos trazendo--nos alegria e satisfação, isto sim é gratificante.

Diante desta constatação, por que alguns desejam avidamente conhecer quem foram em antigas vidas? Há alguma lógica em desejar descortinar episódios distantes, quando sabemos que estamos ainda ligados a um mundo de provas e expiações, cuja característica básica

magos ou bruxos. Embora alguns possam ser verdadeiros médiuns, não detém autorização para revelar o passado, e, na ânsia de conse-gui-lo, estaremos sujeitos a toda a sorte de embustes e mentiras, sempre prejudiciais ao nosso mo-mento presente.

Mas como fazer então!? Tra-balhemos as nossas tendências instintivas, observemos as nossas condutas, estejamos atentos à forma como agimos e reagimos no nosso cotidiano diante das situações corriqueiras do dia a dia, estes são bons indicadores de como vivemos no passado, dizem muito sobre nós mesmos, dão-nos uma boa ideia do que fomos e do que continuaremos a ser, caso não trabalhemos os aspectos negativos de nossa personalidade.

E mais, quando estivermos insatisfeitos e desgostosos na vivência de nossas inexplicáveis expiações e provas, ambas medidas corretivas e auxiliadoras em nosso processo evolutivo; quando as dú-vidas nos assaltarem a consciência tornando a vida aparentemente insuportável, experimentemos conversar com o nosso guia espi-ritual, ele está sempre atento ao nosso momento, quem sabe, após uma oração sincera, a leitura de um texto evangélico, renovadas forças nos serão comunicadas, talvez uma nova luz se acenda em nosso cinzento horizonte, e, com estas providências divinas, poderemos retomar o andamento de nossas jornadas com ânimo forte e a con-vicção de que Deus é sábio e justo, quando determina este provisório esquecimento do passado. r

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Julho de 2019PÁGINA 3

O centro espírita e a educaçãoQual o verdadeiro papel?

Marcus De [email protected]

O Espiritismo é doutrina de educação da alma imortal, tendo surgido na metade

do século XIX para realizar a trans-formação moral da humanidade. É uma � loso� a com base cientí� ca e de consequências morais. Tendo isso muito claro a partir do estudo das obras de Allan Kardec, que por sua vez estudou os ensinos dos espíritos superiores, compre-endemos que o centro espírita, para representar com � delidade a doutrina, deve ser um verdadeiro centro educacional dos espíritos reencarnados, todos nós, onde os serviços de estudo, divulgação e evangelização devem ser prioriza-dos. Entretanto, nem sempre é o que vemos acontecer.

Há verdadeira febre nos centros espíritas pelo chamado tratamento espiritual, chegando-se a reservar vastas dependências físicas para leitos e macas, com dezenas de médiuns dedicados a atender cen-tenas de pessoas, fazendo com que o centro espírita mais pareça um hospital – de corpos! Mas o corpo é perecível, é � nito, enquanto a alma é imortal, volta ao mundo espiritual. E voltará como se não recebeu a oportunidade de autoco-nhecimento e autoeducação?

Muitos centros espíritas, apesar da ampla movimentação de pessoas enquanto tarefeiros, cooperadores, não têm o serviço de evangelização da criança e do jovem, e os grupos de estudo do Espiritismo, quando exis-tem, padecem de adesão. Esse centro espírita pode ser considerado legíti-mo representante do Espiritismo?

Quando falamos que o centro espírita deve ser um verdadeiro

centro educacional de almas, não estamos querendo dizer que o centro espírita deve ser uma escola com salas de aula, professores e currículo. Não é isso. Aliás, esse modelo escolar está ultrapassado e não deve ser copiado pelo centro espírita. Entendemos, com Kardec, que os serviços ligados à educação devem ser fomentados, mantidos e quali� cados por serem impres-cindíveis para a humanização e moralização das crianças, jovens e adultos.

A evangelização (ou educação) espírita da infância, os grupos de jovens, os grupos de estudo do Espiritismo devem ser a base do centro espírita, trabalhando o po-tencial intelectual e afetivo de cada ser para que tenhamos no mundo pessoas de bem, pessoas éticas, pessoas solidárias. Isso não quer dizer que serviços outros como o atendimento fraterno, a assistência e promoção social, a mediunidade e assim por diante não devam fazer parte do centro espírita, pois tudo o que é útil e faça o bem, desde que esteja de acordo com os prin-cípios e valores que fundamentam a doutrina, pode ser desenvolvido e ofertado. Nosso alerta é para que não invertamos as prioridades.

Recordemos importante ensi-no a esse respeito feito por Allan Kardec em magistral comentário à questão 685a de O Livro dos Espíritos:

“Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a edu-cação intelectual, mas a educação

moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Conside-rando-se a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem princí-pios, sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão de espan-tar as consequências desastrosas que daí decorrem? Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é res-peitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendi-da pode curar. Esse o ponto de par-tida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos”.

Eis o trabalho que é também de competência do centro espí-rita. Re� itamos com seriedade e profundidade sobre esse tão im-portante tema: o centro espírita e a educação. r

* * * * * *Uma nova proposta pedagógica

Solicite gratuitamente o Projeto Educação do Espírito (são dois livros digitais entregues via e-mail) e conheça, estude e trabalhe a evan-gelização espírita de forma diferen-ciada. Como solicitar? Enviando mens agem para [email protected].

Livros espíritas sobre educação

Os livros Visão Espírita da Educação, Educação com o Cristo e Família, Espaço de Convivência, de minha autoria, todos com 20% de desconto, podem ser adquiridos em www.marcusdemario.com.

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Julho de 2019 PÁGINA 4

Saúde preventivaEm busca do equilíbrio do corpo e da alma

Raul de Mello Franco [email protected]

O mundo desperta para a realidade da estreita inte-ração entre saúde e espi-

ritualidade. As mídias eletrônicas e as redes sociais propagam, todos os dias, a importância da prece, da irradiação de energia pelas mãos, da meditação, da alimentação saudá-vel, dos recursos regeneradores da natureza. O homem moderno vai descobrindo que espiritualidade não está, necessariamente, vincula-da a uma religião e que o equilíbrio ou o desequilíbrio da dualidade espírito-matéria é o contrapeso da balança de saúde ou doença.

A doutrina espírita, em especial, está repleta de lições de alerta, a evidenciar que a quase totalida-de das doenças nasce de nossos excessos, abraça o nosso campo energético e vibracional e se con-solida em quadro mórbido que não se restringe ao corpo físico.

Neste cenário, parece mesmo inacreditável que pessoas com razoáveis conhecimentos dou-trinários imprimam um estilo de vida, de clara imprudência, como se a cabedal dos ensinamentos que dominam não passasse de um mo-numento à razão pura, a dispensar ações concretas e a luz divina.

As obras de André Luiz nos trazem magní� cas ilustrações dessa triste realidade. Em Missionários da Luz, André e outros espíritos visitam uma sessão de serviço me-diúnico. O que relatam, portanto, aconteceu no interior de uma casa espírita, na abertura dos trabalhos de psicogra� a. Chama-lhes a aten-ção a pessoa de um rapaz que, de lápis em punho, esperava por uma comunicação. Embora a epí� se re-gistrasse pequena atividade, o apa-relho genital estava em convulsão. André identi� ca aluviões de cor-púsculos negros de espantosa mo-bilidade, que formavam colônias nas vesículas seminais, na próstata e na uretra do rapaz, travando guerra com as células sexuais. Alexandre, o seu instrutor, explica: “são ba-cilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela febre de prazeres inferiores”. São desconhecidos pela medicina humana. As “larvas” (de-nominação genérica utilizada por Alexandre) eram cultivadas pelo próprio indivíduo, cuja vida sexual era desregrada. Entidades grossei-ras o acompanhavam, produzindo aquela contaminação. Tratava-se de trabalhador que, embora médium e conhecedor da doutrina espírita,

acreditava que o sexo nada tinha a ver com espiritualidade e agia como se a alma fosse absolutamente se-parada do corpo físico.

Descreveram, ainda na mesma sessão, um cavalheiro (outro mé-dium) cujo aparelho gastrointesti-nal estava ensopado em aguardente. O fígado enorme, o baço com atividade estranha e os rins com dinâmica extenuante eram apenas a parte visível, da estrutura material, do que se passava no campo espi-ritual: completo desequilíbrio dos centros vitais. Uma senhora (outra médium) apresentava o aparelho digestivo inundado por pastas de carne e gordura, cheirando a vi-nagre. Corpúsculos semelhantes a lesmas famintas e vorazes atacavam e destruíam os sucos gástricos. So-fria as consequências dos excessos alimentares que, por sua vez, dese-quilibravam todo o seu psiquismo.

Os excessos do sexo, do alcoo-lismo ou da gula são apenas alguns exemplos do quanto muitos de nós mesmos, espíritas, ainda per-manecemos longe de transformar conhecimento em saúde do corpo e do espírito. Matéria e espírito não podem ser encarados como unidades estanques e dissociadas

se, no curso da jornada encarnató-ria, sequer é possível traçar a linha divisória perfeita entre um campo e outro. Todo excesso do corpo é desperdício de forças da alma. Cada descuido na nossa viagem de adestramento, mergulhados na matéria, gera consequências que se amontoam nos nossos corredores de sofrimento. O sexo equilibrado, o aperitivo, a refeição bem escolhi-da ou preparada não são desvios, lembra Alexandre. Todavia, se perdemos o senso da ponderação e do equilíbrio, descambamos por des� ladeiros de dor que, sem razão, iremos tributar ao acaso, à má-sor-te, à herança genética ou mesmo a resgastes inadiáveis de erros co-metidos em encarnações passadas. Não é bem por aí. Quase todas as nossas doenças são produzidas pelos nossos descuidos, comodis-mos, falta de disciplina alimentar ou de cuidados com o corpo e com o espírito. As transformações que geram saúde não acontecem em episódios instantâneos. Supõem autoconhecimento, persistência, renúncia ao prazer sem rédeas ou às excessivas facilidades do mundo moderno. “A consciência traça o destino, o corpo re� ete a alma”, nos ensina André Luiz (Entre a Terra e o Céu).

Podemos concluir, nesta linha, que a saúde preventiva germina nas conquistas do espírito para, só mais tarde, desabrochar no bem-estar que inclui a higidez do corpo físico, embora nos abra horizontes para caminhar para muito além dela. r

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Julho de 2019PÁGINA 5

Roda de Conversa em Araraquara-SPData: 06 de julho de 2019, sábado, das 14 às 17hLocal: Anfiteatro da Uniara – Av. D. Pedro II, 660 – centroInscrições gratuitas: bit.ly/roda2019Participantes: Alle de Paula, Gustavo Gandolfi, Manu Mandeli, Orson Peter Carrara e Tato Savi.

Insegurança, medo e culpa

Roda de Conversa em Jaboticabal-SPData: 20 de julho de 2019 – sábado, das 15 às 17hDebatedores: Orson Peter Carrara, Sandra Fiore e Vinícius CastroNão há necessida de inscrição. Só comparecer.Local: Centro Espírita Universal - Av. José da Costa, 1119

Perda de entes queridos

Jovens, adolescentes terão ati-vidades especí� cas, simulta-neamente ao evento. Conheça

um pouco dos nossos convidados:

CAROL OLIVEIRA10 anos de experiência traba-

lhando com a Juventude Espírita, cocriadora da página Espiritismo

da Depressão e canal Meninas Es-píritas, apresentadora do programa Juventude Maior da Tv Mundo Maior e Rádio Boa Nova, pales-trante, e Coach para jovens.

JULIO SENAJulio Sena é comunicador, pales-

trante e trabalhador do Centro Es-pírita Nosso Lar Casas André Luiz. Pro� ssionalmente trabalha na Rádio Boa Nova e TV Mundo Maior, emis-soras da Fundação Espírita André Luiz. Faz parte da equipe do canal Meninas Espíritas e criou em 2017 o canal Coaching Espírita no YouTube.

ANA TALAVERAComunicóloga de formação,

iniciou seus estudos no Espiri-tismo em 2012 como vocalista da banda Sol de Outubro. Foi convidada a assumir a Secretaria de Comunicação da 1ª Assessoria do Departamento de Mocidades da USE/SP na gestão de 2015-

2018. Atual dirigente do Geração Jovem e palestrante no Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz. Cocriadora do canal Meni-nas Espíritas e administradora do Espiritalks.

TATTO SAVICirurgião Dentista, tarefeiro do

movimento espírita de Bauru-SP, onde reside, tornou-se muito co-nhecido por suas palestras sempre transmitidas ao vivo pelo FACE e tem visitado muitas cidades do estado e do país, com temas de expressivo conteúdo. r

Com os jovens no EAC 2019Inscrições também pelo site do Instituto Cairbar Schutel

Júlio, Carol e Ana

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Julho de 2019 PÁGINA 6

A escada que subimos de costasPerspectiva é diferente

Mateus Balieiro [email protected]

No talmude Hebraico existe uma frase que diz: “Quem salva uma pessoa, salva o

mundo inteiro”.Só existe uma pessoa que você

pode salvar.Talvez você acredite, como

Kardec, que as maiores chagas da humanidade sejam o orgulho e o egoísmo. Sem dúvida, para o observador atento que testemu-nhar ou estudar as atrocidades e misérias que vitimaram a huma-nidade ao longo de sua história, encontrará sem exceção o verme-lho vivo do orgulho e do egoísmo. Tal qual dia e noite, um estará sempre acompanhado do outro e presentes na raiz motivacional de todas as calamidades coletivas ou individuais da jornada humana na terra.

Evidente os traços escarlates no caráter de déspotas e ditadores, na real motivação de seus atos. Tornam-se evidentes em mim e você, nos nobres e parcos momen-tos de lucidez, ao confrontar nossa consciência sobre os males que nos apavoram, se o � zermos com a necessária lisura.

Mas a verdade é uma escada que subimos de costas. A cada degrau alcançado temos um pouco do horizonte dilatado. Para nós, o que vemos é tudo o que existe. Só quando subimos mais um degrau é que nos damos conta de que existe algo mais. O problema de subir uma escada estando de costas para ela e de frente para o horizonte é que não importa em que degrau você está, você nunca saberá quanto ainda falta por subir e até, � nal-mente, ver do topo.

Notórios tiranos permitiram que o orgulho e o egoísmo os guiassem ao inevitável fracasso. Mas sem a predominância da ignorância, essas mazelas não teriam êxito sobre seu caráter. Só através do desconheci-mento da verdade sobre a vida é que a vida perde seu valor.

A importante re� exão a fazer sobre isso é nos perguntarmos: quanta tirania jaz em nós, latente

no íntimo, mas adormecida para a sociedade por falta de ocasião oportuna?

Nossa falha como ser humano é que alimenta nosso fracasso como sociedade.

Reconhece o iniciado pelo esforço que faz por justi� car suas faltas com a identi� cação destas

mazelas. Apesar de apreciável avanço, é a análoga � gura dos cegos curados pelo Mestre, que reco-brando a luz dos olhos da carne, continuam ignorando sete oitavos da realidade que os cerca.

O conforto e assertividade oriundos da identi� cação desses males por trás de nossas íntimas motivações, são apenas um engo-do da ignorância. Camada � na de

gelo super� cial que escondendo o abismo escuro onde o que des-conhecemos toma a proporção de enorme iceberg.

Visualize um novelo de lã. Uma das pontas é fácil de ver. Esse é como estamos no agora. A outra, após voltas e voltas, � ca invisível. Este é quem somos. Contudo se

desenrolarmos o novelo chega-remos à origem. Conosco não é diferente, talvez um pouco mais complicado. O orgulho e o egoísmo são como as voltas que a lã faz no novelo que com o tempo se tornam um padrão de comportamento. Mas não são a origem. Na analogia com as voltas, são meios incorpo-rados a persona, para atingir um almejado fim. O cerne de toda mazela repousa sobre os ombros largos da ignorância.

A causa de toda a� ição viven-ciada por mim, por você ou pela humanidade, nasce da ignorância. Combater a ignorância é o ver-dadeiro propósito do evangelho. Não por menos que o único título que Jesus aceitou foi o de Mestre, pois sua única missão era nos li-vrar da ignorância.

Conhecimento não é o remédio de� nitivo para a ignorância. É pre-ciso vivenciar esse conhecimento e transformá-lo em saber. Pois quem crê pode encontrar-se descrente amanhã, mas quem sabe, sabe.

Analise as más escolhas do seu passado recente, que hoje já é capaz de perceber e identi� cara uma ava-lanche de “ses”. Se não tivesse feito aquilo... Se não tivesse deixado de fazer isso... Se tivesse me calado…

Hoje és capaz de tais conclusões pois libertou-se ligeiramente da ignorância neste pormenor. Colheu o fruto da má escolha. Se soubesse o que sabe hoje, o desfecho neste caso seria diverso.

A causa profunda não está no arraigado hábito do orgulho ou do egoísmo, mas na presença constan-te que nos assinala a imperfeição. A ignorância. r

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Julho de 2019PÁGINA 7

Exortação à compaixão!“Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.”

Maroísa [email protected]

A quinta bem-aventurança (Mateus 5:7), no origi-nal em hebraico, difere

muito da forma como normal-mente é apresentada: “Avante os que promovem a vida, porque eles receberão a vida”. Segundo o Prof. Severino Celestino, em seu livro “O Sermão do Monte”, há uma explicação interessante para isso: na tradução literal hebraica o ter-mo gerador de vida foi traduzido para o grego como eleémon que signi� ca misericórdia.

Embora pareçam, à primeira vista, totalmente diferentes, os signi� cados se encaixam: aqueles que têm o coração compadecido são promotores da vida em todas as suas expressões pois, conhecendo as necessidades e limitações de cada ser, procuram ampará-lo por meio de ações que o promovam para melhor, amenizando di� culdades ou eliminando-as!

Ainda conforme as elucidações do Prof. Severino, este concei-to também se adapta ao quinto mandamento do Decálogo: “Não matarás” (Êxodo 20:13), pois re-presenta o respeito que se deve à vida! Portanto, nesta bem-a-venturança, originalmente, Jesus exaltava o princípio de respeito à vida e sua promoção!

A palavra misericórdia tem ori-gem na junção de duas palavras em latim: miseratio (compaixão) + cordis (coração). Assim, pode-se entendê-la literalmente como coração compadecido. Note-se que nesta bem-aventurança a promessa de Jesus é muito clara: somente alcançará misericórdia quem for misericordioso.

A misericórdia é divisora de progresso espiritual. São nove bem--aventuranças e ela é justamente a quinta, colocando assim, quatro antes e quatro depois. As quatro primeiras tratam de virtudes con-quistadas apenas em mundos de provas e expiações. Aprendendo a ser humilde, resignado, pací� co e a suportar com coragem as consequ-ências de suas faltas, o Espírito se predispõe ao sentimento da com-paixão. Quando esta se integra ao seu modo de ser e viver, ele estará preparado para viver em mundos de regeneração.

Somente os misericordiosos é que conseguem ser puros de cora-ção e paci� cadores, ter a coragem moral su� ciente para enfrentar as perseguições por serem justos e por amor a Jesus.

Enquanto cultivarmos a má-goa, o ódio, o rancor, a intran-sigência e a dureza de coração, continuaremos estagiando nos mundos de expiações e provas pois somente estas nos ensinarão a sermos misericordiosos diante do sofrimento de nossos irmãos fazendo a eles o que gostaríamos nos fosse feito se estivéssemos nas mesmas situações.

Como é maravilhosa a com-paixão diante do sofrimento, das necessidades e das limitações de nossos irmãos! Tanto é amparado e digni� cado aquele que a recebe quanto aquele que se compadece! No entanto, diante de intensos sofrimentos, sobretudos os ines-perados, é fácil compadecer-se dos sofredores, clamando apenas Misericórdia, Senhor!, mas sem ne-nhuma ação positiva em favor dos

envolvidos. Essa compaixão, dita pelos lábios com os braços cruza-dos não é a que se refere o Mestre quando diz: Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. (Lucas 6:35).

Somente Deus conhece a ex-tensão de nossas faltas e de nossos erros. Ainda assim, não deixa de ser misericordioso para conosco, oferecendo-nos tantas oportuni-dades quantas se façam necessá-

rias para o nosso reajustamento aos Seus Desígnios. Estamos todos, sem distinção, empenhados à Sua Misericórdia!

Quando nosso coração se cobrir de sombras, em virtude da incom-preensão alheia, das ofensas, dos prejuízos sofridos, das desilusões, lembremo-nos da in� nita mise-ricórdia divina que nos sustenta e deixemos que a compaixão desanu-vie nosso mundo íntimo. r

Crianças e jovens também devem se inscrever e terão espaço/programação especial (veja no site).

Valores e prazos diferenciados visam estimular inscrições ante-cipadas para dimensionarmos o evento, inclusive por faixa etária.

Evento também contemplará Fórum de Arte, que divulgaremos oportunamente.

E aguarde as costumeiras surpresasInformações e Inscrições no www.institutocairbarschutel.org.

De 1 de julho a 31 de julhoAté 12 anos ISENTODe 13 até 21 anos R$ 25,00Individual R$ 45,00

De 1 de agosto a 31 de agostoAté 12 anos ISENTODe 13 até 21 anos R$ 25,00Individual R$ 60,00

1 de setembro: INSCRIÇÕES ENCERRADAS.

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Prejuízos do palavrãoQuais são em verdade esses desdobramentos?

Orson Peter [email protected]

REMETENTE:Instituto Cairbar Schutel.

Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SPJulho de 2019

Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT

O pequeno garoto sofria há dias de uma difícil dor de cabeça que não lhe dava

tréguas. Prostrado, preocupava os pais, pois se apresentava também febril e os medicamentos não sur-tiam efeito.

Procuraram ajuda. A vinda daquela bondosa senhora, sem-pre disposta a atender e socorrer os dramas humanos decifrou o enigma. Ao adentrar a casa, com a ampliação de sua conhecida per-cepção visual, além das aparências, pode perceber pelas paredes da casa focos de lama, como ver-dadeiras gosmas que escorriam pelas paredes, pingavam do teto, causando grandes prejuízos ao ambiente doméstico.

Ao entrar no quarto percebeu o garoto � uidicamente atolado no líquido lamacento, causa da forte dor de cabeça e do estado febril.

A causa desses focos � uídicos de lama? O palavreado do pai. Ha-bituado a palavrões, xingamentos, projetava no ambiente da casa o resultado de suas emanações men-

tais. A cada palavreado de revolta, a cada agressão verbal, a cada palav-rão, a vibração de seus sentimentos através da voz agressiva projetava no ambiente do lar o resultado de seus desequilíbrios.

A prece no ambiente dava a sen-sação de uma pá que juntava o lixo para jogá-lo pela janela, limpando aquelas vibrações pesadas espalha-das pelo pai descuidado. E como isso impressionava vivamente o garoto, que absorvia a agressividade do próprio ambiente!

O cuidado com o que pensamos e falamos é vital para a paz interior e para a harmonia da família. O pensamento é capaz de construir o edifício grandioso de nossa felicidade ou o abismo de nossas perturbações. E o que pensamos acaba se transformando em ações...

Cuidar da voz, da seleção de palavras que não � ram a digni-dade e que sintonizem com o bem geral que deve nortear nosso comportamento é mais impor-tante do que imaginamos. Ocorre que o que pensamos, o que fala-

mos, atrai e sintoniza vibrações que se assemelham.

O que fazemos, o que falamos, atrai para o ambiente onde vive-mos vibrações que podem ser de harmonia ou de desarmonia, de paz ou de profundas perturbações. Trata-se apenas de selecionar o que é bom para que tenhamos conosco o mesmo bem que desejamos. O

bem é sempre o bem, não tenhamos dúvida. O palavrão não tem espaço em nenhum lugar ou circunstância. Ele é sempre incabível, inoportuno, agressivo e dispensável.

A propósito, é oportuno ler um trecho específico do livro Despedindo-se da Terra: “(...) Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xinga-mentos como forma de desafogo,

é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no in-terior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que � cam reverberando pela at-mosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima, raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental. Não bas-tando isso, a degeneração � uídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar para o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores (...) se veem atraídos por aquele choque magnético que eles identi� cam (...) Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia, piorando o estado geral da vibração coletiva (...)”.

Nada mais tenho a acrescentar diante de tão claros e lúcidos ar-gumentos. r

“O que fazemos, o que falamos, atrai para o am-biente onde vivemos vi-brações que podem ser de harmonia ou de desarmo-nia, de paz ou de profun-das perturbações