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1 Como iniciar uma produção sustentável de flores e plantas ornamentais

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Como iniciar uma produção sustentável de flores e plantas

ornamentais

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IntroduçãoA floricultura é um setor que proporciona alto

retorno financeiro, desde que a produção seja iniciada e conduzida com planejamento, profissionalismo e organização. Os consumidores de flores requerem produtos de alta qualidade e não são aceitos defeitos, como sintomas de deficiência nutricional, danos causados por pragas e doenças ou por inadequado manuseio durante a produção ou na pós-colheita. Além disso, é preciso ter constância no fornecimento de flores e plantas ornamentais com as mesmas características de qualidade durante o ano todo e estar atento às mudanças no mercado que, atualmente, tem tendência ao consumo de produtos certificados produzidos com menor impacto ambiental utilizando Boas Práticas Agrícolas (BPA). Medidas adequadas tomadas no momento certo poderão auxiliar na profissionalização dos produtores, na busca da qualidade e na rastreabilidade dos produtos, bem como na redução dos riscos de contaminação do solo, da água, do produto colhido e do próprio homem, dessa maneira, preservando a biodiversidade e o agroecossistema.

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agroecossistema.

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PlanejamentoPara obter sucesso no cultivo de flores e plantas ornamentais, é necessário que

o produtor realize planejamento da implantação e de todas as etapas de produção e tenha acesso às informações sobre as despesas, as receitas e o custo de cada flor ou planta produzida. Assim, o planejamento da implantação de um cultivo de flores e plantas ornamentais envolve conhecimento sobre o assunto, análise de riscos do negócio e capacidade de empreendedorismo do produtor.

Antes de iniciar o cultivo de flores e de plantas ornamentais, o investidor deve responder a algumas questões como: Por que essa produção deve existir? Qual é sua particularidade? A produção será competitiva? Quem será sua clientela? Quais são as espécies e qual a quantidade a ser produzida?

No planejamento da implantação é importante prever a possível expansão do cultivo, sendo necessária a escolha de uma área maior que aquela onde será realizado o plantio inicial. Nesta fase, é necessário também observar o acesso à produção e os outros acessos dentro da área, prevendo espaços para manobras e estacionamentos para caminhões e carros que irão realizar o transporte, tanto dos produtos a ser comercializados, quanto dos insumos necessários para a produção.

É preciso verificar também a disponibilidade de mão de obra na região, onde o cultivo será implantado. A mão de obra feminina tem sido bastante valorizada, diante da aptidão e delicadeza que as mulheres possuem para realizar trabalhos mais delicados e minuciosos, os quais são requeridos em diferentes etapas do processo produtivo de flores e plantas ornamentais.

É preciso realizar o planejamento da produção para disponibilizar os produtos durante o ano de acordo com a demanda de cada época, pois além de existir um fluxo contínuo de vendas, há um aumento significativo nas principais datas comemorativas, como é o caso do Dia das Mães, dos Namorados, da Mulher, Finados, Natal e Ano Novo. Dessa maneira, deve-se conhecer a demanda local ou regional por meio de um diagnóstico, para definir o tamanho desse mercado.

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InvestimentoO capital necessário depende do

segmento escolhido, da espécie que será cultivada e da estrutura física necessária. A produção de algumas espécies é mais onerosa em comparação a outras, por causa do preço das mudas, da tecnologia de produção e da estrutura necessária para o desenvolvimento das plantas.

Algumas espécies podem ser produzidas a céu aberto e outras devem ser produzidas em telados ou em estufas. Os produtores que não possuem capital suficiente para aquisição de estufas sofisticadas podem construir as primeiras estruturas de forma mais simples e, quando a produção proporcionar retorno financeiro, essas podem ser melhoradas.

Opções de produçãoAs principais opções de produção que abrangem o setor da floricultura

são: sementes; bulbos, rizomas e mudas; flores e folhagens de corte que podem ser comercializadas frescas ou desidratadas; plantas envasadas (floríferas ou não floríferas); e mudas para paisagismo.

O produtor, ao iniciar a atividade, deve optar por qual segmento deseja atuar de acordo com as condições climáticas da região, aptidão e demanda do mercado. É aconselhável conciliar mais de um segmento em uma mesma propriedade, pois a diversificação proporciona maior segurança ao produtor, principalmente em períodos de entressafra ou quando os produtos cultivados não atingem o valor comercial esperado.

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Rosa

Crisântemo

Flores de corteUma das vantagens desse segmento é o rápido retorno do capital investido, e a principal desvantagem é a perda do produto, que é perecível e deve ser comercializado rapidamente. As principais espécies cultivadas como flores de corte são: rosa, crisântemo, gladíolo, lírio, lisiantus, gérbera, copo-de-leite, orquídea, tango, gipsofila, boca-de-leão, alstroeméria, alpínia, helicônia, bastão-do-imperador, antúrio, sorvetão, dentre outras.dentre outras.

Crisântemo

Lírio

Copo-de-leite

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Lisiantus

Alstroeméria

Bastão-do-imperador

LisiantusLisiantus

Antúrio

Sorvetão

Alstroeméria

Sorvetão

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Folhagens de corteApesar de não terem o mesmo valor comercial das flores cortadas, as folhagens

de corte são comercializadas em grande volume, o que proporciona alto retorno financeiro ao produtor. Dentre as principais espécies cultivadas como folhagens de corte podem-se destacar: avencão, ruscus, cordiline, dracena, tuia, junco, papiro, costela-de-adão, asparagus, dentre outras.costela-de-adão, asparagus, dentre outras.

Bastão-do-imperador

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Diferentes tipos de folhagens de corte cultivadas tanto em canteiros como em vasosDiferentes tipos de folhagens de corte cultivadas tanto em canteiros como em vasos

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Flores cultivadas em vasosAs flores cultivadas em vasos

apresentam maior durabilidade que as de corte, com isso o produtor tem um período maior para comercializar o seu produto. Muitas espécies de flores podem ser cultivadas em vasos, tais como crisântemos, begônias, violetas, kalanchoes, gérberas, orquídeas, lírios, azaleias, dentre outras.

Diversidade de espécies floríferas cultivadas em vasos

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Folhagens cultivadas em vasos

As folhagens ornamentais cultivadas em vasos apresentam maior durabilidade que as plantas floríferas. Geralmente são utilizadas em ambientes internos, e as principais espécies cultivadas com esta finalidade são: zamioculca, lírio-da-paz, samambaia, schefflera, raphis, areca, dentre outras.

Diversidade de folhagens cultivadas em vasos

Mudas para paisagismoA produção de mudas para paisagismo

é um segmento bastante amplo que envolve desde a produção de forrações, até espécies de grande porte como árvores e palmeiras.

Além dessas opções, o produtor tem a possibilidade de se especializar em outro segmento diferenciado e bastante valorizado, como é o caso da produção de gramas.

Mudas para paisagismo

é um segmento bastante amplo que envolve desde a produção de forrações, até espécies de grande porte como árvores e palmeiras.

a possibilidade de se especializar em outro segmento diferenciado e bastante valorizado, como é o caso da produção de gramas.

a possibilidade de se especializar em outro segmento diferenciado e bastante valorizado, como é o caso da produção de gramas.

Espécies de pequeno porte (forrações) comercializadas em caixarias e/ou bandejas tipo plugs

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Espécies de médio porte comercializadas em vasos

Espécies de grande porte

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FornecedoresA escolha de fornecedores idôneos e

comprometidos garante o cumprimento dos prazos firmados entre o produtor e os clientes.

Os principais produtos utilizados pelos produtores de flores e plantas ornamentais são: estufas, filme agrícola, malhas de sombreamento, sistema de irrigação, sistema de iluminação, câmara fria, vasos, bandejas, substratos, adubos, defensivos químicos e biológicos, reguladores de crescimento, conservantes florais, redes de tutoramento, redinhas protetoras de flores, embalagens, mudas, sementes, bulbos, rizomas, dentre outros.

Assistência técnica e apoio a produção

O produtor de flores e plantas ornamentais necessita de um profissional capacitado e especializado em floricultura para orientá-lo na implantação e na condução do cultivo.

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Rosas

Gérberas

CultivoAo iniciar a implantação de um cultivo é necessário conhecer todos os aspectos

da espécie que irá produzir, como: classificação botânica, variedades disponíveis no mercado, substrato adequado, necessidades nutricionais, principais pragas e doenças, procedimentos de colheita, manejo pós-colheita, embalagem apropriada, durabilidade e todos os tratos culturais necessários.

As espécies ornamentais possuem exigências distintas, tais como: tipo de estrutura de produção (estufas, telados), controle do fotoperíodo e temperatura, podas de condução, indução floral, dentre outras. Sendo assim, o produtor deve, constantemente, estar atualizado para ter maior domínio das exigências de cada espécie e disponibilizar no mercado produtos que estejam de acordo com os padrões comerciais exigidos.

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Copos-de-leite

Plantas ornamentais para jardins

Flores em vasos

Folhagens de corte

Diferentes ambientes de cultivo de flores e plantas ornamentais em função da espécie produzida

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Boas Práticas Agrícolas As Boas Práticas Agrícolas (BPA) consistem na produção segura por meio da

adoção de um conjunto de procedimentos que organiza a propriedade, reduz a necessidade da utilização excessiva de insumos sem comprometer a produção e a qualidade dos produtos. É assim, um dos alicerces da agricultura sustentável, pois com isso os produtores poderão preservar os recursos naturais para as gerações futuras.

A adoção das BPA na produção de flores e plantas ornamentais é o caminho recomendável para que o produtor possa organizar sua propriedade e, futuramente, certificar a sua produção.

A certificação permite que o produto receba um selo de identificação que possibilita resgatar informações da origem e o histórico de todas as etapas do processo produtivo adotado, desde a produção até a chegada do produto ao consumidor final. A certificação é, portanto, uma ferramenta para otimizar a produção de flores e plantas ornamentais, passo essencial para a exportação.

Principais informações sobre Boas Práticas Agrícolas

Área de plantio

Verificar o histórico da área. Não é recomendável escolher locais anteriormente cultivados com hortaliças, pois pragas e patógenos que acometem essas espécies podem continuar presentes na área e comprometer o cultivo de flores e plantas ornamentais, aumentando os custos de produção.

Verificar se não há risco de contaminação da água.

Dividir a área de plantio em pequenos lotes (parcelas) e identificá-los para facilitar as anotações em caderneta de campo.

Instalar latas de lixo em locais estratégicos na propriedade e recolher ao final do dia de trabalho.

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Água

A água deve apresentar ótima qualidade e ser suficiente para manter a atividade. A qualidade da água é avaliada por meio da análise de pH, salinidade, condutividade elétrica, conteúdo de minerais e possíveis contaminantes.

A irrigação deve ser planejada e monitorada para evitar desperdício. Devem-se utilizar sistemas de irrigação mais eficientes para maximizar o uso da água, como gotejadores ou microaspersores, visando aumentar a produtividade e economizar mão de obra e energia.

Manejo do solo e fertilizantes

Realizar análises químicas, físicas e biológicas do solo.

Respeitar a declividade do terreno onde será cultivado. Caso o terreno seja íngreme, o plantio deve ser realizado em nível, no sentido perpendicular à declividade para evitar a erosão.

Adotar o sistema de rotação de culturas.

Realizar a adubação com base na análise de solo, necessidade da planta e orientação de um engenheiro agrônomo, evitando desperdícios e contaminação do solo e da água.

Deve-se construir um local específico para armazenar os fertilizantes, a fim de reduzir os perigos de contaminação ambiental.

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Controle de pragas e doenças

Os ataques de pragas e doenças no cultivo de flores e plantas ornamentais podem ser monitorados com a utilização de medidas preventivas. Essas medidas, quando aplicadas corretamente, podem ser eficazes, evitando ou minimizando a utilização de defensivos agrícolas na produção. Algumas dessas medidas são:

Adquirir sementes e mudas de qualidade. As sementes e mudas devem apresentar alto padrão de qualidade, ser vigorosas, não podem apresentar qualquer sintoma de ataque de praga ou doença, e devem ser adquiridas de empresas idôneas e certificadas.

Devem-se utilizar ferramentas limpas e desinfectadas.

Devem ser empregados métodos integrados de manejo de pragas, priorizando os métodos culturais e biológicos de acordo com a praga, tais como implantar os cultivos distantes de culturas muito suscetíveis, eliminar os restos culturais e as plantas daninhas hospedeiras das pragas, preservar os inimigos naturais, dar prioridade ao uso do controle biológico ou a utilização de produtos alternativos em substituição aos defensivos químicos.

A escolha do defensivo agrícola deve ser realizada a partir de critérios técnicos, como a identificação e o monitoramento de pragas e doenças a ser controladas.

Caso seja necessário o uso de defensivos agrícolas, utilizar somente produtos registrados para a cultura, observando as dosagens recomendadas e os períodos de carência, conforme regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Na aplicação de defensivos deve-se levar em conta os possíveis efeitos sobre os inimigos naturais e o grau de periculosidade ao homem e ao ambiente.

Os produtos de largo espectro, ou seja, que controlam ao mesmo tempo um grande número de pragas e doenças, devem ser evitados, priorizando a utilização de produtos mais específicos.

Deve-se construir um lugar específico para armazenamento de defensivos

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químicos, o qual deve ser fechado, ventilado, fresco, seguro e sinalizado com identificações de perigo.

As embalagens de defensivos químicos vazias possuem grande potencial de poluição ambiental. Por isso, deve-se realizar a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão nas embalagens vazias no momento do preparo da calda, logo depois do esvaziamento completo da embalagem. Esse procedimento evita que o produto resseque e fique aderido na parte interna da embalagem, dificultando a sua remoção. Posteriormente, essas embalagens devem ser furadas para não ser reutilizadas, colocadas em sacos fechados e enviadas aos centros de coleta de embalagens da região para ser recolhidas pelos fabricantes.

Trabalhadores

A contratação dos trabalhadores (fixos ou temporários) deve estar de acordo com a legislação local e seguir as regras contidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Devem receber capacitação sobre aplicação de fertilizantes e defensivos, primeiros socorros e higiene.

Deve haver banheiros fixos e móveis suficientes para o número de trabalhadores.

Devem utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação de defensivos químicos. Devem ser evitadas as aplicações nas horas mais quentes do dia. Durante o preparo e a aplicação de defensivos, os trabalhadores não devem comer, beber ou fumar.

Equipamento de Proteção Individual (EPI)

O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira com base nas normas regulamentadoras. O não cumprimento dessas normas poderá acarretar ações de responsabilidade cível e penal, além de multas

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aos infratores, pois a intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de defensivos químicos é considerada acidente de trabalho.

A legislação trabalhista prevê que são obrigações do empregador: fornecer os EPIs adequados ao trabalho, devidamente higienizados, instruir e treinar quanto ao uso dos EPIs, fiscalizar e exigir o uso dos EPIs, além de repor aqueles danificados.

É obrigação do trabalhador: usar e conservar os EPIs, ou seja, usá-lo apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela sua guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso. A falha no cumprimento dessas obrigações poderá acarretar a demissão do trabalhador por justa causa. Para o empregador a legislação determina que ele poderá ser alvo de ação judicial e estará obrigado a pagar multa em caso de condenação, quando não cumprir as normas estabelecidas por lei.

Os principais EPIs que devem ser utilizados pelo trabalhador responsável em aplicar os defensivos químicos são: luvas, respirador, viseira facial, jaleco e calça, boné árabe, capuz ou touca (substitui o boné árabe), avental e botas. Após a aplicação de defensivos químicos, o trabalhador deve tomar banho e lavar os EPIs.

A durabilidade das vestimentas é informada pelos fabricantes e deve ser checada rotineiramente pelo usuário. Antes de ser descartadas, as vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos dos defensivos químicos sejam removidos.

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Caderneta de campo

Um dos principais procedimentos para obter a certificação é o registro de todas as atividades realizadas na propriedade como, por exemplo: data e detalhes sobre o preparo do solo e plantio, procedência das mudas, detalhamento sobre aplicação de defensivos, adubação, pós-colheita, comercialização, dentre outros. Para isso, é necessário disciplina e atenção, pois nenhuma informação pode ser esquecida ou perdida. Por meio dessas anotações, todo o histórico de produção pode ser rastreado e, por esse motivo, todas as cadernetas devem ser arquivadas na propriedade.

25 de maio

29 de maio

30 de junho

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ComercializaçãoA comercialização é considerada um dos pontos críticos da produção de flores

e plantas ornamentais. Se não houver uma comercialização eficiente, todas as etapas envolvidas, anteriormente, no sistema de produção serão perdidas.

Uma comercialização eficiente exige logística adequada, incluindo técnicas e operações de transporte, utilização de caminhões com isolamento térmico e acondicionamento dos produtos em locais adequados. Além disso, o produtor deve ser assíduo com seus compromissos, disponibilizando, com regularidade, produtos padronizados. A regularidade das entregas tem por finalidade o cumprimento dos prazos dos contratos e, consequentemente, a obtenção da confiança e fidelidade do consumidor.

Para melhor êxito na comercialização de flores e plantas ornamentais é essencial que seja criado um polo produtivo com produtos diversificados e em grande volume, favorecendo a comercialização desses produtos no Brasil e, até mesmo, a exportação. Isso só é possível por meio da formação de associações e cooperativas. Com base nos princípios do associativismo e cooperativismo, o produtor não pode considerar os produtores vizinhos que também cultivam flores e plantas ornamentais como concorrentes, mas como parceiros para que o sucesso e a expansão do seu empreendimento possam ocorrer.

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Atualização e especializaçãoA participação dos produtores de flores

e plantas ornamentais em eventos relacionados com floricultura é de grande importância não só para atualização do conhecimento, mas também para expor produtos, manter e fazer novos contatos com outros produtores e empresas consolidando, cada vez mais, toda a cadeia produtiva. Para isso, é importante a participação em cursos de capacitação, seminários, congressos e, principalmente, em feiras direcionadas aos produtores.

No Brasil, a maior feira direcionada para produtores de flores e plantas ornamentais é a Hortitec. Esta feira acontece anualmente na cidade de Holambra, SP, onde, o produtor pode conhecer as novidades do setor e encontrar fornecedores de diversos insumos, maquinários e estruturas utilizadas no cultivo de flores e plantas ornamentais.

para atualização do conhecimento, mas também

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23Elka Fabiana Aparecida Almeida

Elka Fabiana Aparecida Almeida

Estratégias para implementação da produção integrada de rosas em Minas Gerais

Departamento de Informação Tecnológica

Ângela Batista P. Carvalho

Rosely A. Ribeiro Battista PereiraMarlene A. Ribeiro Gomide

EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG [email protected]

Simone Novaes Reis

EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG [email protected]

Izabel Cristina dos Santos Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais - CREA-MG

[email protected]

Gustavo de Faria Freitas

Simone Novaes Reis

Elka Fabiana Aparecida Almeida EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG

[email protected]

Marília Andrade Lessa

Marília Andrade Lessa EPAMIG Sul - CERN

[email protected]

Lívia Mendes de Carvalho EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG

[email protected]

Coordenação

Projeto

Equipe técnica

Produção

Revisão

Projeto Gráfico

Fotos

Patrícia Duarte de Oliveira Paiva Universidade Federal de Lavras - UFLA

[email protected]

Erivelton Resende EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG

[email protected]

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EPAMIG SulCampo Experimental Risoleta Neves

Núcleo Tecnológico EPAMIG FloriculturaAv. Visconde do Rio Preto, s/no - Vila São Paulo - Campus da UFSJ (CTAN)

São João del-Rei - MG CEP 36301-360Tel.: (32) 3379-2649 - [email protected]

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MG

Prefeitura de Carandaí Prefeitura de Lagoa Dourada Prefeitura de Prados

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