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COMO INICIAR E TER SUCESSO NA CRIAÇÃO DE CAVALOS MARCHADORES MODULO I O INICIO ESCOLHA DA RAÇA PERFIL E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE FORMAÇÃO DE PASTAGEM INFRAESTRUTURA DE BAIAS E ANEXOS INFRAESTRUTURA DE MANEJO MODULO II A SELEÇÃO FORMAÇÃO DO PLANTEL DE MATRIZES A COMPRA DO REPRODUTOR METAS DE SELEÇÃO A EVOLUÇÃO DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO PLANTEL MODULO III A MÃO-DE-OBRA E O MANEJO ESCOLHA DA MÃO-DE-OBRA ROTINA DE MANEJO DE BAIAS MANEJO DE CASCOS MANEJO DOS ANIMAIS NOS PIQUETES MANEJO SANITÁRIO MANEJO DA ALIMENTAÇÃO MANEJO REPRODUTIVO PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FISICO PROGRAMA DE TREINAMENTO DE CABRESTO DOMA DE SELA PROGRAMA DE TREINAMENTO DE SELA MODULO IV A VIABILIDADE FINANCEIRA ALTERNATIVAS ECONÔMICAS DE ALIMENTAÇÃO ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE PONTA PROGRAMA PROFISSIONAL DE GERENCIAMENTO MARKETING INSTITUCIONAL E COMERCIAL CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO ATIVIDADES PRODUTIVAS ALTERNATIVAS

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COMO INICIAR E TER SUCESSO NA

CRIAÇÃO DE CAVALOS MARCHADORES

MODULO I – O INICIO

ESCOLHA DA RAÇA

PERFIL E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE

FORMAÇÃO DE PASTAGEM

INFRAESTRUTURA DE BAIAS E ANEXOS INFRAESTRUTURA DE MANEJO

MODULO II – A SELEÇÃO

FORMAÇÃO DO PLANTEL DE MATRIZES

A COMPRA DO REPRODUTOR METAS DE SELEÇÃO

A EVOLUÇÃO DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO PLANTEL

MODULO III – A MÃO-DE-OBRA E O MANEJO

ESCOLHA DA MÃO-DE-OBRA

ROTINA DE MANEJO DE BAIAS MANEJO DE CASCOS MANEJO DOS ANIMAIS NOS PIQUETES

MANEJO SANITÁRIO MANEJO DA ALIMENTAÇÃO MANEJO REPRODUTIVO

PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FISICO

PROGRAMA DE TREINAMENTO DE CABRESTO DOMA DE SELA

PROGRAMA DE TREINAMENTO DE SELA

MODULO IV – A VIABILIDADE FINANCEIRA

ALTERNATIVAS ECONÔMICAS DE ALIMENTAÇÃO

ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE PONTA

PROGRAMA PROFISSIONAL DE GERENCIAMENTO MARKETING INSTITUCIONAL E COMERCIAL

CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

ATIVIDADES PRODUTIVAS ALTERNATIVAS

MODULO I – O INICIO

ESCOLHA DA RAÇA

O Brasil tem 4 raças de andamento marchado: Mangalarga

Marchador, Campolina, Campeiro e Piquira. As principais são a Mangalarga Marchador e a Campolina. As diferenças

básicas entre ambas:

Porte – Bem maior o da raça Campolina, altura de cernelha

na faixa de 1,60m, enquanto a média para fêmeas e machos da raça Mangalarga Marchador é de 1,50m, sendo altura

ideal dos machos na faixa de 1,52m.

O cavalo Campolina é o maior marchador dentre as raças que

apresentam andamento marchado natural

O cavalo Mangalarga Marchador tem biótipo mediolineo, preservando

proporções equidistantes entre comprimento do corpo e altura da

cernelha; comprimento do dorso-lombo e comprimento da garupa. A

altura média para machos oscila entre 1,50 a 1,52m

Conformação – A região que melhor define a caracterização racial é o conjunto de frente –

cabeça/pescoço. A cabeça do cavalo Campolina é mais

longa, de formato trapezoidal (a imagem de um trapézio é imaginada entre as extremidades da boca e da base da

cabeça), perfil de chanfro suavemente convexilineo, orelhas longas e de formato lanceolado. A cabeça do cavalo

Mangalarga Marchador apresenta formato triangular (a imagem de um triângulo é imaginada tendo como vertices a

ponta da boca e as duas extremidades da base da cabeça),

perfil de chanfro retilineo, orelhas de comprimento médio e formato atesourado. O pescoço do cavalo Campolina é mais

longo, de direção rodada, o que confere um formato tendendo ao curvilineo. O pescoço do cavalo Mangalarga

Marchador é de direção obliqua, formato piramidal.

Todo o conjunto do cavalo Campolina é mais curvilineo, em

uma visão global considerando como pontos de referência o

perfil convexo do chanfro, a região superior convexa do

pescoço (porque a direção é rodada), a garupa um pouco

mais inclinada, na média, em relação à do cavalo Mangalarga Marchador.

A cabeça do cavalo Campolina é longa, sendo o perfil de chanfro

suavemente convelineo, como mostra a foto. O pescoço apresenta

direção rodada, sendo convexo na região superior e concavilineo na

região inferior

A cabeça do cavalo Mangarga Marchador tem comprimento mediano,

perfil de chanfro reto, sendo o pescoço de direção obliqua, formato

piramidal, de direção retilinea em ambas as regiões - superior e inferior

Pelagem – A pelagem prevalente na raça Campolina é a

baia, sendo que na raça Mangalarga Marchador é a tordilha, preta, castanha, alazã.

Pelagem baia, variedade de nome popular “baia amarela”, sendo a

mais prevalente na raça Campolina. Praticamente não incide na raça

Mangalarga Marchador. Além do pêlo de tonalidade amarela outra

caracterisitca é a tonalidade escura da região inferior dos membros, da

crina e da cauda.

Pelagem Alazã Sobre Baia, uma variedade da pelagem “baia amarela”

mostrada na foto anterior. O que difere ambas é que na pelagem alazã

sobre baia os membros, crina e cauda são de tonalidade avermelhada,

semelhante à tonalidade do corpo.

Pelagem Baia, variedade de nome popular baia clara, ou baia palha,

sendo a segunda mais prevalente. Esta pelagem incide na raça

Mangalarga Marchador, mas não tanto como na raça Campolina.

Pelagem castanha, uma das mais prevalentes na raça Mangalarga

Marchador

Pelagem Tordilha, também uma das mais prevalentes na raça

Mangalarga Marchador e pouco incidente na raça Campolina

Andamento – O mesmo para ambas as raças, podendo ser

na modalidade marcha batida ou marcha picada.

Os fatores a considerar na escolha de uma das duas raças:

1 – O mercado da raça Mangalarga Marchador é bem mais amplo, sendo mais fácil a comercialização. Mas como raça

nova em algumas regiões, a opção pela raça Campolina

pode ser uma vantagem, pela menor concorrência de mercado, o que pode aumentar a liquidez, e até mesmo os

preços de venda. Todavia, será necessário investimento em marketing.

A média de preços praticados nos leilões de elite, ou seja, dos principais criadores, não serve de referência caso o novo

criador não tenha potencial para competir no mercado de elite, o qual requer investimento elevado para iniciar o

criatório, principalmente na compra de matrizes. Os preços praticados no segmento dos pequenos e médios criadores

tem como referência os preços de mercado do segmento de

usuários, ou seja, da fatia de mercado que tem como foco o uso do cavalo em passeios, cavalgadas e provas de marcha

regionais. O mercado de usuários é o mercado de proprietários, não de criadores, mas estão sempre

renovando o plantel, para uso entre amigos e familiares nos finais de semana, feriados, férias. O mercado de usuários é

maior do que o mercado de criadores.

O mercado de pequenos e médios criadores é bem maior do

que o mercado dos grandes criadores, os chamados criadores da elite. Os pequenos e médios criadores

geralmente compram potras e/ou éguas de valor mais baixo, para uso na reprodução, mas muitos fazem

investimento alto na compra do reprodutor ou de

coberturas.

2 – Se o foco da comercialização é tambem o mercado

internacional a raça Mangalarga Marchador está bem adiante

da raça Campolina, tendo associações oficiaiizadas na

Alemanha e Estados Unidos, além de criadores na Itália, Portugal, Argentina.

3 – Se o novo criador é pessoa de elevada estatura poderá

optar pela raça Campolina. Algumas pessoas muito altas não se sentem totalmente confortaveis quando montadas em

cavalos de porte pequeno ou médio. Mas de uma forma

geral, o porte do cavalo Mangalarga Marchador é universal, atendendo a média de porte do brasileiro. Na verdade, um

dos entraves ao crescimento mais rápido da raça Campolina foi exatamente o porte, porque até o final do século passado

eram valorizados animais de altura de cernelha bem acima

do ideal estabelecido pelo Padrão Racial, que é na faixa de 1,60 a 1,62m. Pessoas que não dominam bem a técnica da

equitação têm dificuldade em conseguir montar cavalos muito altos, além do próprio medo de montar um cavalo

muito grande.

4 – Como raça de grande porte o Campolina é um pouco

mais exigente na alimentação. Um cavalo, ou égua adulta, requer para manutenção em torno de 1 a 2kg de ração a

mais por dia, em comparação com a raça Mangalarga Marchador, além de um volume maior de volumosos (pasto,

capim de corte e/ou feno).

Éguas Campolina em pastejo são um pouco mais exigentes do que éguas

Mangalarga Marchador, devido ao maior porte. A categoria que mais

consome capim é a de éguas paridas, devido à demanda de nutrientes

para produção de leite. Há também o consume adicional pelas crias, que

ja começam a pastar no primeiro mes de vida

PERFIL E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE

O primeiro passo para iniciar a criação é comprar uma propriedade. Uma compra errada afetará o sucesso da

criação.

A localização deve ser estratégica nos seguintes aspectos:

1 – Fácil acesso, por via asfaltada. Estradas de terra de grande distância limitam as visitas de compradores em

potencial, dos próprios familiares e amigos, além de gerarem mais custos operacionais, sendo que as dificuldades

de acesso agravam-se durante os periodos de chuva;

2 – Proximidade de centro consumidor – Se o mercado da

região não for bom para a raça, dificultará a comercialização. No caso da raça Mangalarga Marchador o

crescimento foi tanto nos ultimos anos que se encontra bem

distribuida em todas as regiões do Brasil. No caso da raça

Campolina o mercado mais forte é na região sudeste, seguido pela região nordeste e centro-oeste. A raça ainda é

pouco criada nas regiões norte e sul.

3 – Proximidade à uma rodovia de grande fluxo de veiculos

– se a propriedade está localizada na margem de uma rodovia de grande fluxo de veiculos será um importante

marketing para o criatório, através da colocação de outdoor,

um moderno painel digital, além da própria divulgação na entrada do haras, que deve explorar bem este tipo de midia.

O perfil ideal da propriedade:

1 – A topografia plana ou levemente ondulada, facilita a formação e manejo das pastagens, além do próprio manejo

dos animais. Outra vantagem é a redução de custos, pois

áreas de topografia montanhosa dificultam a mecanização agricola;

2 – O clima da região não deve ser úmido, pois é

inadequado à preservação da boa saúde dos animais ao

longo do ano. O índice pluviométrico e distribuição de chuvas ao longo do ano deve ser bem analisado. Uma região

de baixo índice pluviométrico acarretará em custo mais elevado com suplementação alimentar do plantel, pois o

capim das pastagens sofrerá paralização de crescimento;

3 – O solo não deve ser pobre, para não onerar custo de

produção inerente ao gasto com fertilizantes e outros corretivos de solo;

4 – A propriedade deve dispor de aguadas fartas, podendo

ser rio e riachos perenes, açúdes que não secam no periodo de estiagem. Uma vantagem importante da disponibilidade

de água abundante é a possibilidade de irrigar piquetes

(pequenas áreas destinadas ao pastejo) e, principalmente,

áreas de produção de feno e/ou capim de corte;

5 – Se a propriedade ja está formada com pastagem

adequada, e tendo infra-estrutura para equinos, será uma grande vantagem. Todavia, o investimento com a compra de

uma propriedade com este perfil será mais elevado. No entanto, o novo criador deve considerar entre comprar uma

propriedade de area maior, ainda não formada, ou uma

menor, ja formada, que seja suficiente para atender o porte do plantel;

6 – A área deve ser suficiente para criar, sem dificuldade, o

numero de animais do plantel final estabilizado. Caso contrário, o novo criador terá custos elevados com a

suplementação alimentar.

FORMAÇÃO DE PASTAGEM

Salvo algumas exceções, dependendo da região, os pastos

nativos são de capins de baixo valor nutritivo. Assim sendo, quase invariavelmente, será necessário formar a pastagem

com um capim nobre, de elevado produção e valor nutritivo.

Alguns exemplos clássicos de pastagens nativas:

- Região Sudeste: notadamente em Minas Gerais, há um

predominio de pastos nativos de capim gordura, que é um bom capim para a estação sêca, mas não para uso ao longo

do ano, pois tem baixo teor proteico. O nome cientifico é Melinis minutiflora, sendo nativo da África, mas plenamente

adaptado ao Brasil, ao ponto de ter si tornado planta nativa.

Atualmente é um capim indesejavel pois é invasora de

ecossistemas naturais, notadamente as regiões de cerrado onde se alastra por cima da vegetação nativa que após certo

tempo morre por causa do sombreamento. Outro maleficio

é que favorece a proliferação de incêndios no cerrado.

Capim gordura, quando em estado maduro apresenta cor roxa, do caule

e da floração

- Sul da Bahia: O capim Colonião, cujo nome cientifico é Panicum maximum, é o capim predominante, sendo planta

perene, originária da África, sendo um bom capim para criar equinos a campo, além de ser um dos melhores para a

engorda de bovinos, que é a atividade pecuária tradicional

dessa região. O porte é grande, formando densas touceiras que chegam a atingir de 2 a 3m de altura. O clima ideal é o

tropical, quente e úmido.

Capim Colonião, caracterizado pela formação de touceiras densas e

altas, podendo atingir até 3m de altura

- Norte de Minas e centro-oeste do Brasil: predominam

os pastos nativos de cerrado, com capins e leguminosas que podem nutrir bem os equinos, mas não durante a longa

estação de estiagem, pois o solo em geral é de baixa

permeabilidade.

Vegetação tipica do ecossistema de cerrado

- Região Norte: Há um predominio de pastagens de capim

humidicola, que é uma braquiária, tendo sido amplamente disseminado nas fazendas. A origem é do continente

africano. Com o tempo, passou a ser conhecido como

Quicuio da Amazônia, tendo formação praticamente natural na região norte. As vantagens são a rusticidade, adaptando

bem a diferentes tipos de solo, resistente à sêca e a rebrota é rápida com o reinicio das chuvas. A palatabilidade não é

boa, porque as folhas são muito duras e têm sabor um

pouco amargo, como a maioria das braquiárias, que não são em aceitas pelos equinos. A Brachiária humidicola é uma das

poucas braquiarias que os equinos pastam. Mas esse capim

produz excesso de oxalatos, sais de ácido oxálico, que

combinam com íons do cálcio presente na graminea, resultando na formação de oxalato de cálcio, um composto

insolúvel, não assimilado pelo metabolismo, resultando em

deformações ósseas. A Osteomalácia, conhecida comumente como “cara inchada”, é a principal deformação

óssea. Como o nome sugere, é caracterizada pelo inchaço dos ossos da cabeça, geralmente na região do chanfro.

Gradativamente, como o cálcio não é assimilado pelo

sangue, passa a ser retirado dos ossos, sendo que na área da retirada é formado tecido fibroso. O animal perde peso, a

fertilidade é reduzida, diversas funções orgânicas serão afetadas.

Capim Brachiária humidícola, caracterizado por talos e folhas finas

– Região Nordeste: Há um predominio de pastagens de

capim Pangola, que não é nativo, mas foi amplamente

desseminado nas fazendas. O Pangola é originário da África

do Sul, mas foi introduzido no Brasil a partir de mudas

vindas dos Estados Unidos. A palatabilidade é muito boa,

sendo perene, e bem resistente à seca, porém as pastagens não têm boa capacidade suporte durante longos periodos de

estiagem. O valor nutritivo é mediano, sendo necessária a

suplementação dos animais durante os meses da estação

sêca.

Capim Pangola, porte baixo, caracterizado pela folhas finas, vegetação

densa, mas raleando um pouco durante periodos de longa estiagem.

A pastagem deve ser formada com um capim nobre, sendo um dos mais recomendados o Tifton, que se propaga

facilmente através de mudas, na forma de longos talos, dispostos nos sulcos em sentido horizontal. Além da

facilidade do plantio e da rápida formação, o Tifton

apresenta outras vantagens, tais como: o elevado valor nutritivo, principalmente o teor de proteina, em torno de

14%; boa palatabilidade; boa capacidade suporte; possibilidade de ser usado como capim de corte, pois o

crescimento é muito rápido (dependendo do solo, das chuvas e da fertilização – até 1cm por dia); o melhor capim

para a produção facilidade de feno de boa qualidade. Em

média, ao longo do ano, um hectare de Tifton tem

capacidade para suportar o pastejo de 3 a 5 potros e de 2

cavalos adultos. Porém, estes numeros podem triplicar por

hectare no caso do pastejo rotativo, ou da possibilidade de irrigação.

Piquete de Tifton, bem formado e limpo, no ponto para pastejo ou para

corte visando a produção de feno

Detalhe das ramas do capim Tifton, usadas para o plantio

Antes de iniciar o procedimento de formação da pastagem

deve ser feita a divisão e marcação provisória dos piquetes, de acordo com o manejo das diversas categorias – potros,

potras, éguas, garanhões, cavalos de serviço. A categoria de

éguas deve ser subdividida em éguas solteiras, éguas

paridas, éguas gestantes, eguas parturientes. O numero de piquetes para cada categoria dependerá do porte do

criatório:

O numero minimo de piquetes, para um plantel de pequeno

porte, estabilizado em mais ou menos 10 matrizes (além dos potros e potras), deve ser distribuido da seguinte forma:

Potros e potras - 2 piquetes de 1 ha para cada categoria;

Éguas – 2 piquetes de 1 ha para cada categoria – éguas solteiras, éguas paridas, éguas gestantes; e 1 piquete de

1ha para as éguas parturientes;

Cavalos e muares de serviço – 1 piquete de 1 ha;

Garanhões – 1 piquete de 3 a 4 mil metros quadrados,

anexo a uma baia;

Piquete reserva – pelo menos um piquete de 1ha, podendo ser usado para corte do Tifton e fornecimento verde, sem a

necessidade de picar. Mas faltando 30 dias para inicio da

estação seca o piquete reserva deve ser mantido para uso no periodo da estiagem. Importante que pelo menos este

piquete reserva e as areas de fenação e capim de corte (capineira) sejam irrigados.

Área para produção de feno – 1ha

Área para produção de capm de corte – 1 ha

Com base nessa distribuição de piquetes, e considerando

uma área extra de 4ha compondo áreas de mata, da casa

sede, pomar, aguadas e para atividades produtivas

alternativas, a área total da propriedade a ser comprada soma em torno de 20ha. Essa é a area ideal para implantar

um haras de pequeno a médio porte, ou seja, com plantel

estabilizado variando entre 10 a 20 matrizes. Caso for

implantado o pastejo rotativo e havendo possibilidade de irrigação, a area total poderá ser reduzida para a faixa de 10

a 15ha.

Se o manejo rotativo de pastejo for implantado, durante o

periodo de chuvas mais intensas o periodo de pastejo em cada piquete deve ser em torno de um mes para as diversas

categorias. Mas durante o periodo de menos chuvas o

rodizio de piquetes deve ser feito a cada 15 dias, em média.

No organograma orientado as áreas destinadas a produção de feno e capim de corte são suficientes para atender

necessidade de suplementação durante periodos de estiagem. O feno deve ser estocado para uso durante a

sêca. O capim de corte deve ser o Paraiso, que é mais

produtivo, tem teor proteico bem mais elevado em relação aos capins comuns de corte – Napier e Camerum, e é de

formação mais barata, pois a multiplcação se dá por sementes.

Capim Paraiso, o melhor para formação de capineira. Notar a boa

relação folha/caule e o teor proteico é o mais alto dentre os capins de

corte

Antes do plantio do capim o terreno deve ser preparado com o procedimento padrão de arar, gradear, aplicar calcáreo

para correção do solo e adubação. A correção de solo e adubação são feitas de acordo com o resultado da análise de

solo.

Após a formação dos piquetes devem ser construidas as

cercas. Uma forma de reduzir custos é utilizar arame liso revestido com tudo PVC uma polegada. Apenas o arame liso

não deve ser usado, pois é risco de acidentes graves. Com o tempo o arame torna-se frouxo, principalmente porque os

animais têm o hábito de se apoiarem no arame, para coçar o

corpo. Os animais podem prender as patas, geralmente de membros anteriores, ocorrendo cortes profundos, e até

mesmo lesões irrecuperaveis, na estrutura óssea, de tendões ou de ligamentos. A segunda opção para construção

da cerca é usar arame farpado. As estacas são colocadas a cada 1,5 a 2,0m, altura entre 1,20 a 1,40m, 4 fios de

arame.

As estacas de eucalipto tratado são as de custo mais baixo. Outra forma de reduzir custo com numero de estacas é usar

balancins, que são cabos de aço fixados nos arames, sentido

vertical, em cada espaçamento entre estacas. Nos cantos da

cerca devem ser fixados nas estacas os esticadores, que são de cabo de aço, dispostos no sentido diagonal, para dar

melhor sustentação à estrutura da cerca.

Cerca de arame liso, estacas de eucalipto tratado. Detalhe do esticador,

um cabo de aço na diagonal, para melhor sustentar a estrutura da

cerca. Há também os balancins, colocados no sentido vertical

Desenho orientando construção de cerca

Cerca de arame farpado em pasto nativo de cerrado

Os piquetes de garanhões e de éguas parturientes devem

ser de régua, para maior segurança. O numero minimo de três reguas de 10 a 15cm de largura por 2 a 2,5cm de

espessura, a primeira sendo dispostas a 40cm do solo, a

segunda com espaçamento de mais 30cm e a a rédua superior com espaçamento de mais 30cm.

Piquetes de três réguas

Em cada piquete, exceto o de garanhão, deve ser colocado

um cocho coberto para suplementação de sal mineral, feno e capim picado.

Ao fundo coberta com cochos e bebedouro. À frente, sobre a cerca,

modelo de fenil, de acesso simultaneo aos dois piquetes

Modelo simplificado de cocho pré-fabricado para fornecimento de

capim picado e ração nos piquetes

Todos os piquetes devem ter água corrente, sendo o sistema

mais prático o abastecimento por gravidade, ou seja, uma

caixa d’ água localizada em nivel superior aos piquetes. Caso a propriedade tenha reservatórios naturais de água será

uma boa economia, sem a necessidade de gastar com encanação e bebedouros para alguns piquetes.

INFRAESTRUTURA DE BAIAS E ANEXOS

A localização do complexo de baias deve ser estratégica,

preferencialmente em terreno plano, para reduzir custos

com a construção. O local deve ser bem ventilado, pois é mais saudavel para os animais. De preferência a frente das

baias deve ser em direção ao sol nascente. Caso houver árvores de grande porte na proximidade, não devem ser

cortadas, pois o sombreamento em dias de sol intenso

também é saudavel. Outra dica é que as áreas de capim de corte devem ser próximas ao complexo de baias, para

reduzir tempo de mão-de-obra com o manejo alimentar, bem como reduzir custos com transporte.

As baias não devem estar localizadas muito próximo à entrada do haras, para garantir uma certa segurança. Uma

boa distância da casa sede deve ser mantida, para evitar odor e reduzir incidência de môscas ao redor da casa sede.

Mas a casa do gerente do haras deve ser próximo ao complexo de baias, para facilitar a assistência a qualquer

tempo aos animais.

O numero de baias varia de acordo com o porte do plantel:

Plantel de pequeno porte – 10 matrizes, serão

necessarias pelo menos 5 baias, para uso pelos melhores potros (as), selecionados para exposição. Mas há também a

necessidade de preparar melhorar os potros (as) que se

destinam a venda em leilões. As éguas raramente são mantidas embaiadas porque a finalidade é a reprodução.

Plantel de médio porte – 20 matrizes, serão necessárias

pelo menos 10 baias.

Plantel de grande porte – acima de 20 matrizes, serão

necessárias de 15 a 20 baias.

O tamanho das baias para animais adultos – 4 x 4m e para

animais jovens – 3 x 3m. A baia dos garanhões deve medir um pouco mais, em torno de 5 x 5m. Importante ressaltar

que o melhor sistema de criação não é o intensivo, mas sim

o extensivo, sendo os animais mantidos a pasto. Caso for

necessario embaiar, o sistema deve ser o semi-intensivo, soltando os animais parte do dia. A baia torna o animal

inquieto, mentalmente estressado, podendo adquirir vicios,

tais como: morder madeira; intenção de morder até mesmo pessoas que se aproximam da baia; cavar o piso,

danificando os cascos; dentre outros vicios. Outro problema de criar embaiado é o desenvolvimento de desvios de

aprumos e a maior incidência dos distúrbios digestivos, pela

falta de exercicios para auxiliar a digestão.

O modelo ideal de baias é o semi-aberto, pois é mais ventilado, e possibilita uma melhor socialização entre os

animais. Caso as baias forem fechadas, as portas não devem ser inteiriças, sendo melhor uma divisão de duas portas,

sendo a que a superior poderá permanecer aberta durante o

dia. Ainda no caso de baias totalmente fechadas, é orientada a colocação de uma janela na parede do fundo, para

favorecer a ventilação, e também reduzir no interior da baia a amônia exalada da urina, a qual é prejudicial à saúde. Nas

paredes divisórias entre baias deve ser feita uma abertura para permitir uma melhor socialização entre os animais. Esta

abertura pode ser feita com grade de ferro, altura do solo

de, aproximadamente 1,50m, sendo o tamanho de 0,80 a 1,00m de comprimento por 0,60 a 0,80m de largura.

O piso das baias de menor custo é o de terra batida. Uma

opção de custo mais elevado é construir um sistema de filtragem da urina e agua, com base em duas out res

camadas de brita fina intercaladas com carvão. Uma outra

opção é o piso de borracha, mas requer maior mão-de-obra com lavagem diária do piso e dos animais, que se sujam

muito com a umidade da urina e fezes.

As fotos em seguida ilustram diferentes modelos de baias.

Baias fechadas, mas com janelão que pode ser aberto. Na extremidade

mostrada na foto foi construida uma area de apoio, para casqueamento

e trato do pêlo, alem da disponibilidade de um cocho. Na outra

extremidade está o escritório, quarto de sela, area da maquina

forrageira e lavador

Baias semi-abertas, bem ventiladas, possibilitando boa socialização

entre os animais. À frente, uma boa area cimentada que pode ser usada

para mostrar animais em dias de chuva e nas praticas de manejo, como

o casqueamento/ferrageamento, trato do pêlo, arrear para treinamento

de sela.

Baias semi-abertas, bem ventiladas. Notar nas paredes as argolas para

colocação dos cabrestos de contenção dos animais para as práticas de

manejo.

Baias semi-abertas, mas dentro de um galpão, com corredor central

Baias semi-abertas. Notar na parede divisória a abertura em grade de

ferro, que possibilita contato visual e oltativo entre os animais

Baias semi-abertas, de custo baixo, pois a madeira é eucalipto tratado e

o telhado de telhas pré-fabricadas

Em dois cantos da baia devem ser dispostos os cochos, de

ração e de volumosos. A altura dos cochos pode variar de 0,60 a 0,80m, dependendo da categoria – potros (as) ou

cavalos/éguas. O tamanho dos cochos é na faixa de 0,60m.

Como são colocados nos cantos, não há medida de largura.

A profundidade de 0,30 a 0,40m. Acima do cocho de capim de corte deve ser colocado o fenil, que é uma grade de ferro

para colocação do feno. À medida em que o cavalo come o

feno caem pedaços dentro do cocho e, posteriormente, o resto será aproveitado.

O bebedouro deve ser disposto em um terceiro canto da

baia, oposto aos cantos onde estão os cochos. A água do

bebedouro deve ser corrente, com sistema de bóia. Pelo menos uma vez por semana o bebedouro deve ser limpo,

pois mesmo estando disposto longe dos cochos caem restos de comida da boca sempre que o cavalo bebe água.

No quarto canto da baia deve ser colocado o saleiro, que

deve ter uma divisória central, para que o sal comum seja

fornecido à parte da mistura mineral balanceada. Esta prática de manejo é importante, porque o cavalo tem a

capacidade de autoregular o consumo de sal mineral, de acordo com a exigência metabólica. Animais em treinamento

intensivo perdem muitos sais no suor, sendo a maior perda do cloreto de sódio, que é o componente do sal comum.

As fotos em seguida ilustram cochos, saleiros e bebedouros para baias.

Baia de tijolos pré-fabricados (blocos), de custo mais baixo. Cocho de

volumoso à esquerda, um pouco maior do que o cocho de ração à

direita. Este mesmo modelo serve para bebedouro, porém um pouco

menor, e com sistema de bóia, para controlar o fluxo da égua

Grade de ferro para colocação do feno, denominada fenil, devendo ser

fixada acima do cocho de volumosos. O cocho da foto deveria ser maior,

não arredondado, mas na diagonal, em linha suavemente em curva,

como os modelos da foto anterior

Balde com alça de apoio, podendo ser usado como cocho móvel para

fornecimento de ração

Modelo de bebedouro com bóia

Modelo de bebedouro com bóia, para piquetes

Modelo de fenil para uso em piquetes, possibilitando acesso dos animais

por ambos os lados

No caso do plantel de pequeno porte as duas baias maiores,

do garanhão e de égua parturiente, devem ser anexas a um piquete, conforme já foi orientado. Em caso de no futuro o

haras ter 2 reprodutores a baia da égua parturiente poderá

ser utilizado para o segundo garanhão, não havendo

problema em manter as éguas parturientes somente no piquete maternidade.

Uma infraestrutura importante para facilitar suplementação das éguas durante os periodos de estiagem, caso a

suplementação não for feita diretamente no próprio piquete através do fenil (como mostrado na foto anterior) é o que se

chama popularmente de “Lanchonete”. Na frente do cocho

são construidas divisórias de três réguas, altura de 1,20m, espaçamento, largura de 1,00m. Cada égua é alimentada

em separado.

Sistema de alimentação chamado popularmente de “lanchonete”,

construido em estrutura de ferro, em galpão originalmente utilizado

para gado de leite

Sistema de alimentação coletiva de potros (as). A ração é colocada nos

cochos individuais e o feno no chão, pelo lado de fora.

Outros anexos do complexo de baias: Selaria e acessórios de montaria – as selas devem ser

colocadas sobre cavaletes apropriados, bem como as mantas. Uma opção para ganhar espaço é fixar armadores

na parede. Os cabrestos e cabeçadas com embocaduras devem ser pendurados na parede. Importante dar

manutenção correta, pelo menos uma vez por mes,

limpando todo o arreamento e aplicando óleo para reduzir ressecamente do couro.

Selas colocadas sobre armadores fixados na parede

Cabrestos e cabeçadas de embocaduras colocadas em ganchos fixados

na parede

Escritório e farmácia – No próprio escritório pode estar

disposta a farmácia, pois os medicamentos são guardados em prateleiras.

Laboratório – Será necessário caso o haras adotar as

práticas de Inseminação Artificial e/ou Transferência de Embriões.

Depósito de ração, feno e máquina forrageira – Tudo pode ser na mesma área, um mini-galpão. A máquina

forrageira pode ser utilizada tanto para o corte do capim (se for utilizada capineira), como de certos alimentos

alternativos de suplementação - cana forrageira, rolão de

milho, parte aérea da mandioca, amendoim forrageiro, dentre outros.

Depósito de cama para as baias – basta uma área de 4 x

4m, sendo o material mais utilizado a serragem, que pode ser fornecida em fardos, para facilitar o armazenamento.

Serragem para cama de baia armazenada em fardos

Esterqueira – deve ser localizada em local afastado das

baias, para reduzir moscas nas baias. Um modelo simples,

de custo baixo é construir 4 compartimentos de mais ou

menos 3 x 3m cada um, divisórios de bambu em pé, a um metro de altura. A cada semana a limpeza das baias deve

ser colocada em um compartimento. Ao final do primeiro

mes, retirar o esterco do primeiro compartimento, e assim sucessivamente, a cada semana, para adubação da

capineira, area de fenação ou pomar, conforme for a necessidade.

Brete - para manejo reprodutivo, manejo de cascos e trato do pêlo

Brete de estrutura em ferro

Brete em estrutura de madeira. Os paus roliços são retirados e

colocados com facilidades, em todos os lados, o que é importante, para o

acesso do animal

Brete de estrutura em madeira, peças fixas

Brete de estrutura em madeira, com peças móveis

Lavador – área cimentada, plana, com canaletas, argolas

fixadas na parede para facil contenção, ou em esteio de madeira com argola

Lavador com espaço para dois animais, piso bem nivelado, com suave

declive para escoamento da água. O lavador de custo mais baixo é anexo

a uma das paredes de extremidade do complexo das baias

Lavador simplificado, em piso cimentado construido em uma das

extremidades do complexo de baias. Notar o sistema de contenção em

estrutura de madeira.

INFRAESTRUTURA DE MANEJO

Trato do pêlo – é feito no brete de manejo reprodutivo ou

com o animal contido em argolas colocadas em esteio ou na parede.

Manejo dos cascos – inclui o casqueamento e

ferrageamento, podendo ser feito em local conforme orientado para o trato do pêlo. Mas é imprescindivel que o

piso seja plano, para facilitar avaliação correta do

alinhamento e angulação dos membros.

Manejo reprodutivo – é feito no brete, através da apalpação retal para diagnóstico da prenhez, ou

acompanhando da ovulação; uso do equipamento de

ultrasonografia; inseminação artificial; transferência e coleta

de embriões.

Manejo sanitário – Também é feito no brete, incluindo as

vacinações periódicas, vermifugações, banhos carrapaticidas

e atendimento de emergência.

Condicionamento fisico – Envolve a prática dos exercicios

gerais e especificios visando o fortalecimento da ossatura e musculatura. A infraestrutura básica inclui um redondel ou

ovalel, pista de treinamento, piscina ou outro local alternativo para o exercicio da natação. Uma infraestrutura

moderna é o andador mecânico, que pode movimentar de 2

a 6 animais ao mesmo tempo, reduzindo o tempo com a mão-de-obra.

Piscina artificial. Medida ideal em torno de 50 m de comprimento por

2m de largura e 3m de profundidade, com rampa de declive suave e piso

poroso para fácil entrada e saida. O animal é conduzido ao cabresto

pelo treinador

Plataforma de madeira em açude, facilitando a condução do animal,

sendo que do lado direito é exercicio de caminhada com água na altura

do tórax e no lado esquerdo é exercicio de natação

De uma maneira mais simplificada, e de menor custo, o exercicio de

natação em açudes é feito com o animal sendo conduzido em um dos

lados, tendo um esteio com argola em cada extremidade. Ambos os

esteios são ligados por um cabo de aço bem esticado. No cabo de aço é

colocada uma argola de ferro movel. Uma corda é fixada na argola do

cabo de aço e na argola da cabeçada do cabresto. Através de uma outra

corda fixada tambem na argola da cabeça do cabresto o treinador

conduz o animal no exercicio da natação.

Se a opção for pelo redondel a dimensão deve ser de,

aproximadamente, 20m de diâmetro, piso de terra batida ou

de areia com camada de apenas 4 a 5cm. Redondel de

diâmetro reduzido força muito as articulações, tendões e ligamentos, pois o exercicio de guia é feito em circulos mais

fechados. Se o piso for de areia muito fofa também haverá

sobrecarga nas estruturas de membros anteriores e posteriores.

O melhor modelo de redondel é o coberto e fechado, pois

além de possibilitar a continuidade do treinamento em dias

de chuva, favorece uma melhor concentração dos animais nas lições de treinamento.

Redondel de tamanho adequado, cerca de réguas, bem feita, segura.

Redondel coberto e fechado, possibilitando continuiade do treinamento

em dias de chuva e favorecendo uma melhor concentração do animal

nas lições do aprendizado

Vista interna do redondel coberto e fechado nas laterais

Redondel descoberto, mas fechado, favorecendo uma melhor

concentração dos animais nas lições do aprendizado

No caso do ovalel a dimensão é de, aproximadamente, 20 a 24m de comprimento por 16 a 18m de largura. A cerca deve

ser de réguas, minimo de 4 réguas, altura minima de 1,20m. O ovalel é melhor porque o animal alterna esforço

fisico em reta e em meia curva, não continuamente em circulos, como no caso do redondel.

Ovalel para doma e treinamento de animais jovens e adultos, além do

uso para prática de exercicios de condicionamento físico – guia e

exercicio em liberdade

O tamanho minimo da pista de treinamento é de 70 a 80m

de comprimento por 40 a 50m de largura. A vantagem de uma pista maior, em torno de 100 x 60m, é que parte dela,

ao centro, será destinada a montar os obstáculos para

treinamento de provas funcionais – balizas, tambores,

saltos, recuo, etc. Este percurso também serve para o treinamento da marcha, pois favorece o desenvolvimento da

flexão como um todo, do pescoço, tronco e membros.

Nos julgamentos da raça Mangalarga Marchador a prova

funcional é oficial, obrigatória para todos os animais adultos que participam dos julgamentos de Morfologia e Andamento.

A classificação da prova funcional serve como desempate,

além da própria valorização do prêmio de campeão da prova funcional.

Pista de treinamento, estratégicamente localizada em frente ao

complexo de baias e area de apoio para visitantes e realização de

eventos

Pista de treinamento de cabresto e de marcha. Notar a area em piso de

areia ao redor da area em grama, o que é importante para o animal ser

treinado nos dois tipos de piso, alem da maior segurança do piso de

areia em dias de chuva

Doma de sela - inicialmente, é feita no redondel, ou ovalel. Em seguida na pista de treinamento e, posteriormente, em

estrada também. O importante ‘e nao iniciar em espaco aberto, para limitar os movimentos do animal que ainda nao

esta sob controle pelo treinador. Outra justificativa ‘e que a

cerca serve como orientacao para o animal desenvolver os andamentos, alem de ajudar o treinador na execucao das

viradas e do recuo.

Treinamento para competições – sendo de cabresto é conduzido no redondel (ou ovalel) e na pista. Se o

treinamento é de animais montados pode ser conduzido nos

mesmos espaços utilizados para o treinamento de animais

ao cabresto, e também na estrada.

Embarcadouro – Deve ser localizado em local de fácil

manobra para grandes caminhões, terreno firme, sem risco de formar lama em dias de chuva

Rampa para embarque de animais. A altura deve corresponder a

padrao de caminhoes