como fazer uma redação

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO P P R R O O G G R R A A M M A A Componente de Formação Sociocultural Disciplina de P P o o r r t t u u g g u u ê ê s s Direcção-Geral de Formação Vocacional 2004/2005

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  • 1. CURSOS PROFISSIONAIS DE NVEL SECUNDRIO PPRROOGGRRAAMMAA Componente de Formao Sociocultural Disciplina de PPoorrttuugguuss Direco-Geral de Formao Vocacional 2004/2005

2. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Parte I OOrrggnniiccaa GGeerraall nnddiiccee:: PPggiinnaa 1. Caracterizao da Disciplina . . 2 2. Viso Geral do Programa . ...... 3 3. Competncias a Desenvolver . 10 4. Orientaes Metodolgicas / Avaliao . 11 5. Elenco Modular ............. 22 6. Bibliografia . . . 23 1 3. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 1. Caracterizao da Disciplina A disciplina de Portugus integra-se na Componente de Formao Sociocultural sendo, por isso, comum a todos os cursos. Visa a aquisio de um corpo de conhecimentos e o desenvolvimento progressivo de competncias que capacitem os jovens para a reflexo e o uso da lngua materna. Assim, a aula de Portugus deve desenvolver os mecanismos cognitivos essenciais ao conhecimento explcito da lngua bem como incentivar uma comunicao oral e escrita eficaz, preparando a insero plena do aluno na vida social e profissional, promovendo a educao para a cidadania, contribuindo para a formao de um bom utilizador da lngua, habilitando-o a ser um comunicador com sucesso e um conhecedor do seu modo de funcionamento, sujeito que se estrutura, que constri a sua identidade atravs da linguagem para poder agir com e sobre os outros, interagindo. Esta disciplina permitir tambm que, no final do curso, o aluno seja capaz de interagir, oralmente e por escrito, receptiva e produtivamente, de forma adequada, nas situaes de comunicao dos domnios gregrio, transaccional e educativo, fundamentais para uma integrao plena na sociedade, nomeadamente na resoluo de questes da vida quotidiana. Saber ouvir e compreender e saber expressar as suas opinies, receios, vontades, sentimentos vital para assegurar uma boa participao na sociedade em que estamos inseridos. Importa, pois, educar para a compreenso mtua entre interlocutores, condio primordial do agir comum. Neste sentido, reveste-se de particular importncia promover a produo de textos orais e escritos adequados aos contextos comunicativos em que eles se realizam, tendo em considerao todos os elementos intervenientes, designadamente os referentes a espaos, interlocutores, tipos de textos, realizaes lingusticas e estratgias de comunicao. A aula de Portugus deve ser, pela especificidade da disciplina, um espao de transversalidade cultural e lingustica, na sua condio de suporte estruturalmente integrado nos outros saberes. Exige, pois, um investimento significativo na promoo de situaes de aprendizagem que efectivamente desenvolvam os conhecimentos e as aptides lingusticas dos alunos e aperfeioem tcnicas e instrumentos concebidos numa perspectiva multidimensional, integradora e transdisciplinar. A aula de lngua materna deve ser, fundamentalmente, orientada para a conscincia e fruio integral da lngua. 2 4. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 2. Viso Geral do Programa O programa de Portugus pretende ser um instrumento regulador do ensino-aprendizagem da lngua portuguesa nas componentes Compreenso Oral, Expresso Oral, Expresso Escrita, Leitura e Funcionamento da Lngua, institudas como competncias nucleares desta disciplina. Visando o desenvolvimento e o treino de usos competentes da lngua, concede-se particular importncia reflexo sobre a sua estrutura e funcionamento, proporcionando a aprendizagem e a sistematizao de conhecimentos e o desenvolvimento de uma conscincia metalingustica. Este programa valoriza o exerccio do pensamento reflexivo pela importncia de que se reveste no desenvolvimento de valores, capacidades e competncias decorrentes do processo de ensino formal, atribuindo escola a funo de incrementar a capacidade de compreenso e expresso oral e escrita do aluno. A prtica reflexiva um meio eficaz para desenvolver e consolidar competncias, permitindo ao aluno a sua autonomia e, simultaneamente, a tomada de conscincia do que sabe, do que no sabe, do que aprende, do que falhou, do que falta aprender, da estratgia que utilizou, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento crtico e para a formao global e multidimensional do aluno. Para realizar a interaco entre as diferentes competncias, seleccionaram-se vrios tipos de textos onde h uma evidente articulao entre prottipos textuais (narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo-explicativo, injuntivo-instrucional, dialogal-conversacional) e textos das relaes dos domnios sociais de comunicao (relaes educativas, relaes profissionais, relaes com os media, relaes gregrias e relaes transaccionais). Desta forma, a tipologia textual prevista adquire uma dimenso praxiolgica, permitindo abordar textos que, cabendo numa das categorias de prottipos textuais, preparam os jovens cidados para uma integrao na vida scio- cultural e profissional. As vrias competncias podero ser desenvolvidas e explicitadas a partir dos textos previstos com o objectivo de consciencializar os alunos para a lngua e, consequentemente, para a cultura de que so portadores e que lhes serve de instrumento fundamental para a interaco com o mundo. Espera-se, pois, que o aprofundamento das estratgias de recepo e produo dos textos orais e escritos permita aos jovens um domnio mais completo e consciente do sistema lingustico de que so utilizadores. No que se refere compreenso/expresso oral, o programa, atravs dos objectivos e contedos enunciados, pretende evidenciar alguns pressupostos que permitam a prtica de uma eficaz e adequada interaco verbal. Quanto expresso escrita, pretende-se que seja instituda uma oficina de escrita, em que sejam trabalhadas as tipologias textuais previstas, a partir das quais se desenvolvero as competncias naturalmente envolvidas neste tipo de actividade. Prope-se que esta oficina seja entendida como um trabalho laboratorial, constituindo um espao curricular em que a aprendizagem e a sistematizao de conhecimentos sobre a lngua e os seus usos se inscrevem como componentes privilegiadas. 3 5. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais No mbito da leitura, promove-se o acesso a textos de vrias tipologias, preferencialmente relacionados com o curso ou com o interesse dos alunos, bem como a textos dos domnios transaccional e educativo, que contribuem para a formao da cidadania. A leitura do texto literrio dever ser estimulada pois contribui decisivamente para o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, integrando as dimenses humanista, social e artstica e permite acentuar a relevncia da linguagem literria na explorao das potencialidades da lngua. Nesse sentido, so seleccionados, para leitura obrigatria, autores/textos de reconhecido mrito literrio que garantam o acesso a um capital cultural comum. O convvio com os textos literrios acontecer tambm quando se puserem em prtica contratos de leitura a estabelecer entre professor e alunos. Estes contratos devem permitir a leitura de, pelo menos, um livro que se inclua na tipologia preponderante em cada mdulo. Decorrente do processo de ensino-aprendizagem, a avaliao deve ser equacionada nas vrias etapas da prtica lectiva, recorrendo a procedimentos formais e informais adequados ao objecto a avaliar: compreenso/expresso oral, escrita, leitura, bem como o funcionamento da lngua, transversal a todos os domnios. Autonomia e responsabilidade so indissociveis neste programa e podem conduzir a uma dinmica inovadora e participada, no sentido da procura de respostas diversificadas para os desafios que se colocam a todos, professores e alunos. Este programa resulta do ajustamento do programa de Portugus dos cursos cientfico- humansticos, tecnolgicos e artsticos especializados ao modelo curricular dos cursos profissionais, garantindo aos alunos uma formao geral comum. Apresenta-se estruturado em doze mdulos, distribudos por um total de 320 horas ao longo do ciclo de formao, tendo cada mdulo uma identidade prpria que inclui a apresentao, as competncias a desenvolver, os objectivos de aprendizagem, o mbito dos contedos, as situaes de aprendizagem/avaliao e a bibliografia/ outros recursos. Os quadros que a seguir se apresentam contm: . a viso geral dos contedos processuais (comuns a todos os mdulos), referentes aos procedimentos que garantem a aquisio e o aperfeioamento das vrias competncias a desenvolver no espao aula; . os contedos declarativos cuja especificao constar no corpo de cada mdulo e so emergentes no processo de aprendizagem. Estes contedos esto distribudos pelas competncias nucleares e devem ser trabalhados em interaco. 4 6. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 2.1. Viso geral dos contedos 2.1.1.Contedos processuais Compreenso/expresso oral Escrita Leitura . Estruturao da actividade de escuta/visionamento em trs etapas: Pr-escuta/visionamento Escuta/visionamento Ps-escuta/ visionamento . Estratgias de escuta: Global Selectiva Pormenorizada . Registo de notas . Estruturao da actividade de produo em trs etapas: Planificao Execuo Avaliao Estruturao da actividade de produo em trs etapas: Planificao Textualizao Reviso . Elaborao de apontamentos . Estruturao da actividade em trs etapas: Pr-leitura Leitura Ps-Leitura . Estratgias de leitura: Leitura global Leitura selectiva Leitura analtica e crtica . Registo de notas 5 7. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 2.2.2.Contedos declarativos Mdulos 1, 2, 3 e 4 Compreenso/expresso oral Escrita Leitura Funcionamento da Lngua . Situao comunicativa: estatuto e relao entre os interlocutores; contexto . Intencionalidade comunicativa . Relao entre o locutor e o enunciado . Formas adequadas situao e intencionalidade comunicativas . Elementos lingusticos e no lingusticos da comunicao oral Textos: . Compreenso: Registos autobiogrficos em diversos suportes Regulamentos Registo audio de poemas Documentrios Entrevista (radiofnica e televisiva) Crnica (radiofnica) . Produo: Relato de experincias/vivncias Descrio e interpretao de imagens . Declarao . Requerimento . Relatrio . Carta . Relato de experincias/vivncias . O verbal e o visual 1 a imagem fixa e em movimento . funes informativa e explicativa Textos . Textos informativos diversos e os seguintes dos domnios transaccional e educativo: artigos cientficos e tcnicos verbetes de dicionrios e enciclopdias declarao requerimento contrato regulamento relatrio . Textos de carcter autobiogrfico 2 memrias dirios cartas autobiografias . Leitura literria . textos literrios de carcter autobiogrfico . Lngua, comunidade lingustica, variao e mudana Lngua e Falante Variao e Normalizao Lingustica . Variedades do Portugus . Fonologia Nvel Prosdico . Propriedades prosdicas . Semntica lexical Relaes entre palavras . relaes semnticas Estruturas lexicais 1 Textos/imagens que permitam uma interaco profcua com os outros textos enunciados. 2 Textos de vrias tipologias. 6 8. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Mdulos 1, 2, 3 e 4 (cont.) Compreenso/expresso oral EEssccrriittaa LLeeiittuurraa Funcionamento da Lngua Poemas :leitura expressiva Entrevista Textos de apreciao crtica Reconto . Textos expressivos e criativos . Artigos de apreciao crtica . Resumo de textos informativo-expositivos . Textos narrativos/descritivos . Reconto .Sntese de textos informativo-expositivos . Leitura literria Cames lrico . Textos dos media 3 artigos cientficos e tcnicos artigos de apreciao crtica (exposies, espectculos, televiso, livros, filmes) crnicas leitura literria . crnicas literrias . Textos narrativos/descritivos . Leitura literria poesia e contos/novelas de autores do sculo XX da literatura portuguesa e da literatura universal . Textos para leitura em regime contratual . Semntica frsica Valor semntico da estrutura frsica Referncia dectica . deixis (pessoal, temporal e espacial) . anfora e co-referncia . Pragmtica e Lingustica textual Interaco discursiva . discurso . fora ilocutria . princpios reguladores da interaco discursiva Adequao discursiva Reproduo do discurso no discurso . modos de relato do discurso . verbos introdutores de relato do discurso Texto Paratextos Tipologia textual . Lexicografia 3 Textos de vrias tipologias. 7 9. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Mdulos 5, 6, 7 e 8 Compreenso/expresso oral Escrita Leitura Funcionamento da Lngua . Situao comunicativa: estatuto e relao entre os interlocutores; contexto . Intencionalidade comunicativa . Relao entre o locutor e o enunciado . Formas adequadas situao e intencionalidade comunicativas . Elementos lingusticos e no lingusticos da comunicao oral Textos: . Compreenso Publicidade Debate Discurso poltico . Produo Textos de apreciao crtica Debate (participao) Textos publicitrios Exposio . Situao comunicativa: estatuto e relao entre os interlocutores; contexto . Intencionalidade comunicativa . Relao entre o locutor e o enunciado . Formas adequadas situao e intencionalidade comunicativas Textos: . Comunicado . Reclamao/Protesto . Resumo de texto expositivo-argumentativo . Sntese de texto expositivo-argumentativo . Textos de apreciao crtica . Textos expositivo-argumentativos . Textos narrativos/descritivos . Textos expressivos e criativos . O verbal e o visual 4 a imagem na publicidade, no desenho humo- rstico e na ilustrao . funes argumentativa e crtica Textos: . Textos informativos diversos e os seguintes dos domnios transaccional e educativo: artigos cientficos e tcnicos comunicado reclamao protesto . Textos dos media 5 artigos de apreciao crtica (sociedade, economia, poltica, cultura) publicidade . Textos argumentativos . discurso poltico . leitura literria - Sermo de Santo Antnio aos Peixes, P e Antnio Vieira (excertos) . Textos de teatro Leitura literria . Frei Lus de Sousa, Almeida Garrett (leitura integral) .Textos narrativos/descritivos Leitura literria . um romance de Ea de Queirs (leitura integral) . Textos lricos Leitura literria . poesia de Cesrio Verde . Textos para leitura em regime contratual . Fonologia Nvel Prosdico . constituintes prosdicos frase fonolgica . entoao . pausa Processos fonolgicos . Insero, supresso e alterao de segmentos . Semntica frsica Referncia e predicao Expresses nominais . valor dos adjectivos . valor das oraes relativas . valores referenciais Expresses predicativas . tempo e aspecto . modalidade . Pragmtica e Lingustica textual Interaco discursiva . fora ilocutria Processos interpretativos inferenciais . pressuposio . implicitao conversacional . figuras Texto Paratextos Tipologia textual 4 Textos/imagens que permitam uma interaco profcua com os outros textos enunciados. 5 Textos de vrias tipologias 8 10. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Mdulos 5, 6, 7 e 8 (cont.) Compreenso/expresso oral Escrita Leitura Funcionamento da Lngua . Situao comunicativa: estatuto e relao entre os interlocutores; contexto . Intencionalidade comunicativa . Relao entre o locutor e o enunciado . Formas adequadas situao e intencionalidade comunicativas . Elementos lingusticos e no lingusticos da comunicao oral Textos: . Compreenso: documentrios (cientficos, literrios, histricos) debate . Produo: exposio debate (organizao e participao) . Situao comunicativa: estatuto e relao entre os interlocutores; contexto . Intencionalidade comunicativa . Relao entre o locutor e o enunciado . Formas adequadas situao e intencionalidade comunicativas Textos: . Curriculum vitae . Textos de reflexo . Dissertao . O verbal e o visual 6 a imagem fixa e em movimento . funes argumentativa e crtica Textos: . Textos informativos diversos e dos domnios transaccional e educativo: - artigos cientficos e tcnicos . Textos lricos Leitura literria: Fernando Pessoa, ortnimo e heternimos . Textos picos e pico-lricos Leitura literria: Cames e Pessoa: Os Lusadas e Mensagem . Textos de teatro Leitura literria: Felizmente H Luar, de L. de Sttau Monteiro (leitura integral) . Textos narrativos/descritivos Leitura literria: Memorial do Convento de Jos Saramago (leitura integral) . Textos para leitura em regime contratual . Pragmtica e Lingustica textual Texto Tipologia textual Consolidao dos contedos dos mdulos anteriores 6 Textos/imagens que permitam uma interaco profcua com os outros textos enunciados 9 11. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 3. Competncias a Desenvolver As competncias nucleares da disciplina so as seguintes: Compreenso Oral, Expresso Oral, Expresso Escrita, Leitura e Funcionamento da Lngua. O programa desenvolve-se em torno destas competncias e da interaco que elas estabelecem com a competncia de comunicao, a competncia estratgica e a formao dos alunos para a cidadania, transversais ao currculo. O desenvolvimento das competncias nucleares, necessrio formao dos alunos para uma cidadania plena, pressupe e exige um conhecimento metalingustico, uma conscincia lingustica e uma dimenso esttica da linguagem e assenta num modelo de comunicao, entendido enquanto aco, com duas competncias em interaco: a de comunicao e a estratgica. A competncia de comunicao compreende as competncias lingustica, discursiva/textual, sociolingustica e estratgica. A escola dever promover, no mbito da conscincia lingustica, o conhecimento do vocabulrio, da morfologia, da sintaxe e da fonologia/ortografia; no que respeita a competncia discursiva/textual, o conhecimento das convenes que subjazem produo de textos orais ou escritos que cumpram as propriedades da textualidade; quanto competncia sociolingustica, o conhecimento das regras sociais para contextualizar e interpretar os elementos lingusticos e discursivos/ textuais; em relao competncia estratgica, o uso de mecanismos de comunicao verbais ou no verbais como meios compensatrios para manter a comunicao e produzir efeitos retricos. A competncia estratgica, transversal ao currculo, envolve saberes procedimentais e contextuais (saber como se faz, onde, quando e com que meios) que fazem do aluno um sujeito activo e progressivamente mais autnomo no processo de construo das prprias aprendizagens. A escola deve proporcionar conhecimentos de processos de consulta e pesquisa em vrios suportes (incluindo a Internet); conhecimentos de processos de organizao da informao (apontamentos por palavras- chave, frases curtas; resumo; esquemas e mapas); conhecimentos de elaborao de ficheiros; conhecimentos sobre a utilizao de instrumentos de anlise, processadores de texto e bases de dados, correio electrnico e produo de registos udio e vdeo. A formao dos alunos para a cidadania, competncia transversal ao currculo, tambm uma competncia do Portugus, j que a sua insero plena e consciente como cidado passa por uma compreenso e produo adequadas das funes instrumental, reguladora, interaccional, heurstica e imaginativa da linguagem. A tomada de conscincia da personalidade prpria e dos outros, a participao na vida da comunidade, o desenvolvimento de um esprito crtico, a construo de uma identidade pessoal, social e cultural instituem-se como eixos fundamentais nesta competncia. Estes factores implicam a promoo de valores e atitudes conducentes ao exerccio de uma cidadania responsvel num mundo em permanente mutao, onde o indivduo deve afirmar a sua personalidade sem deixar de aceitar e respeitar a dos outros, conhecer e reivindicar os seus direitos, sem deixar de conhecer e cumprir os seus deveres. Trata-se, em suma, de levar o indivduo-aluno a saber viver bem consigo e com os outros. 10 12. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 4. Orientaes Metodolgicas / Avaliao 4.1. Orientaes Metodolgicas A aula de Portugus deve constituir-se como um espao de promoo da leitura, de desenvolvimento das competncias da compreenso/expresso oral e escrita e conhecimento reflexivo da lngua atravs do contacto com uma variedade de textos e de situaes que favoream o desenvolvimento intelectual, social e afectivo do aluno e o apetrechem com os instrumentos indispensveis participao activa no mundo a que pertence. No decorrer da aprendizagem deve integrar-se, na planificao, um conjunto de actividades orientadas que respondam s carncias detectadas e conduzam ao exerccio efectivo e cada vez mais autnomo de todas as competncias. Compreenso/ Expresso oral O domnio da oralidade uma competncia que deve permitir ao aluno a sua afirmao pessoal e a sua integrao numa comunidade, ora como locutor eficaz, ora como ouvinte crtico, ora como interlocutor, em suma, como cidado. No que respeita a afirmao pessoal, considera-se que a Escola deve estimular no aluno o auto- conhecimento e a expresso de si, pelo que deve instituir prticas de produo oral unidireccional (aluno / alunos / professor) que dem lugar a manifestaes individuais e adoptar estratgias que visem o descondicionamento da expresso e a procura da dimenso ldico-catrtica da palavra, promovendo o desenvolvimento desta competncia. Relativamente integrao na comunidade, dever a aula de lngua criar espaos de interaco verbal, atravs de dilogos, discusses e debates, imperativos para a formao de cidados livres, emancipados, responsveis e auto-determinados. Do ponto de vista exclusivo da disciplina, dada a complexidade da comunicao oral, que associa os cdigos verbal, paraverbal e no verbal, torna-se imperativo conceder a este domnio um estatuto autnomo no processo de ensino-aprendizagem, embora em articulao com os domnios da leitura e da escrita. Devero ser introduzidos nas aulas de Portugus, espaos de ensino-aprendizagem da lngua portuguesa-padro, do oral reflectido e de gneros pblicos e formais do oral, tanto ao nvel da compreenso como da produo, instituindo o aluno como ouvinte activo e locutor de pleno direito. De um ponto de vista global, a mestria da comunicao oral constitui uma competncia do currculo, j que o seu uso se torna necessrio em todas ou quase todas as disciplinas. A instituio deve, pois, fornecer ao aluno os conhecimentos instrumentais exigidos pela vida escolar (relatos, exposies, dilogos, debates) social e profissional (entrevistas para um emprego, conferncias ). escola compete, e ao ensino profissional em particular, contribuir para o desenvolvimento e consolidao da competncia de comunicao do aluno, nas suas vrias componentes, atravs da exposio a vrios gneros pblicos e formais do oral de complexidade e formalidade crescentes, cuja compreenso exige focalizao prolongada da ateno, extenso e diversidade vocabular, rapidez de 11 13. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais acesso lexical e domnio de estruturas sintcticas de grande complexidade. Assim, necessrio propor estratgias que levem ao aperfeioamento destes aspectos e consciencializao das escolhas formais decorrentes da situao de produo e intencionalidade comunicativa (exerccios de escuta activa). Relativamente compreenso, e considerando que esta competncia coloca o sujeito em relao dialgica com os enunciados, o que faz dele um co-construtor dos sentidos, atribuindo-lhe um papel activo, cabe ao professor criar estratgias que orientem o aluno na utilizao de diferentes modelos de compreenso, de modo a trein-lo na mobilizao dos seus conhecimentos prvios necessrios aquisio das novas informaes, bem como na interaco da informao do texto com os seus conhecimentos sobre o tpico e no estabelecimento simultneo de objectivos de escuta. De acordo com estes pressupostos, a abordagem dos documentos dever ser feita em trs fases: antes, durante e aps a escuta/visionamento. A primeira etapa visa a recepo activa do documento, devendo as actividades propostas mobilizar os saberes do aluno, lev-lo a formular hipteses semnticas e formais e a pr questes a partir de indcios variados (ttulos, incipit, imagens, sons, tipos de texto) bem como a estabelecer, de forma implcita ou explcita, os objectivos de escuta/visionamento. Na segunda etapa, que visa a captao e reteno das mensagens, deve o aluno/ouvinte/espectador confirmar ou infirmar as hipteses e perguntas previamente formuladas, proceder sua possvel reformulao e elaborao de novas questes. Considera-se de fundamental importncia a utilizao de dispositivos pedaggicos conducentes seleco e reteno da informao considerada relevante para a consecuo dos objectivos previamente estabelecidos. Finalmente, a terceira etapa, que visa a consolidao dos conhecimentos, poder ser concretizada atravs da correco dos exerccios realizados e de produes do aluno. Estas sero determinadas pelos objectivos de aprendizagem perseguidos no estudo dos documentos, por exemplo, produo de textos do mesmo tipo, discusso de temas tratados no documento, elaborao de snteses de contedo e de textos de apreciao crtica. Relativamente produo do oral reflectido, a escola deve desenvolver no aluno hbitos de programao dos gneros pblicos e formais do oral, observando as fases de planificao, execuo e avaliao, aplicando estratgias e instrumentos apropriados aquisio de saberes processuais e declarativos. A fase de planificao, a que corresponde um nmero significativo de tarefas (construo do universo de referncia/ tpico; determinao da situao e objectivos de comunicao, do tipo de texto e de discurso; construo de um plano-guia), exige aprendizagem e treino das operaes que a constituem. Para a fase de execuo, correspondente produo de texto oral segundo a sua matriz discursiva, dever o professor propor estratgias/actividades que visem o desbloqueamento da expresso e um domnio progressivo do uso da palavra. Quanto fase de avaliao, o professor dever promover as modalidades de auto-avaliao, avaliao pelos colegas e pelo professor, a partir de instrumentos adequados, de modo a que esta fase assuma uma funo formativa, permitindo ao aluno situar-se face s suas aprendizagens e proceder aos eventuais ajustamentos sob a superviso do professor. 12 14. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Expresso escrita A competncia de escrita , hoje mais do que nunca, um factor indispensvel ao exerccio da cidadania, ao sucesso escolar, social e cultural dos indivduos. A par da leitura e da oralidade, condiciona o xito na aprendizagem das diferentes disciplinas curriculares. Pela sua complexidade, a aprendizagem desta competncia exige a consciencializao dos mecanismos cognitivos e lingusticos que ela envolve e a prtica intensiva que permita a efectiva aquisio das suas tcnicas. Para este efeito, o aluno dever produzir textos de carcter utilitrio dos domnios transaccional e gregrio, educativo, social e profissional, mas tambm outros tipos de texto com finalidades diversas e destinatrios variados. Considera-se de fundamental importncia pedaggica que os escritos produzidos sejam significativos para o aluno, no se destinem apenas ao professor, mas desempenhem funes previamente estabelecidas que sejam motivantes e compensadoras para o autor dessas produes. A interaco leitura-escrita ser um caminho profcuo para o desenvolvimento da competncia de escrita, tanto na rea dos escritos expressivos e criativos, como em outros tipos de texto. Relativamente aos primeiros, o vaivm entre a leitura e a escrita pode propiciar um manancial de situaes de produo e de compreenso, levando o aluno a descobrir as suas potencialidades e a adquirir uma melhor e mais produtiva relao com os textos literrios. Importa, pois, que as actividades estimulem a criatividade, criem o desejo de ler e escrever e tornem o aluno um leitor activo que mobiliza os seus conhecimentos, coopera com o texto na construo dos sentidos e desenvolve as suas potencialidades criativas. A leitura deve tambm ser o ponto de partida para a aquisio de modelos de texto que a prtica orientada e acompanhada no espao da aula deve consolidar e constitui tambm uma das fontes de documentao necessrias construo do universo de referncia de alguns textos a produzir. Os escritos expressivos devero ser trabalhados em primeiro lugar, pelo facto de se centrarem no prprio escrevente. Seguem-se os informativos e os criativos que envolvem capacidades muito diversas, embora equivalentes: saber sequencializar, sintetizar, definir, explicar, documentar-se, no caso dos primeiros; saber criar e exprimir-se de forma criativa, no caso dos segundos. Finalmente, viro os textos argumentativos, exigindo capacidades complexas: defender uma tese, determinar relaes de causa- efeito, confrontar e classificar. Do ponto de vista didctico, h que considerar o carcter complexo desta actividade que coloca o escrevente em situao de sobrecarga cognitiva. Com efeito, a tarefa de escrita obriga a recorrer aos conhecimentos sobre o tpico, o destinatrio, os tipos de texto e as operaes de textualizao, o que implica o desdobramento desta actividade em trs fases (com carcter recursivo): planificao, textualizao e reviso, devendo estas ser objecto de leccionao. Relativamente s duas primeiras fases, dever desenvolver-se um trabalho anlogo ao referido para a oralidade. A terceira fase, correspondente deteco de inadequaes e de insuficincias e determinao das estratgias de aperfeioamento a adoptar, poder efectivar-se atravs da: (re)leitura individual das produes; leitura mtua, simples ou apoiada em fichas, listas de verificao, cdigos de correco; consulta de obras (gramticas, pronturios, dicionrios, glossrios, guias); apreciao dos produtos da anlise realizada; reparao dos textos. De facto, a fase de reviso pode e deve tornar-se 13 15. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais numa oportunidade de construo de aprendizagens, concretizada na procura da explicao das causas da ocorrncia das falhas detectadas e na descoberta das formas correctas que lhe correspondem. Neste sentido, para uma progresso do desempenho do aluno, necessrio fazer uma gesto pedaggica do erro, recorrendo a procedimentos que o envolvam na deteco e resoluo dos seus problemas de escrita. Esta concepo da escrita implica que, em contexto escolar, se criem situaes e condies favorveis ao desenvolvimento e treino de operaes e mecanismos relativos a cada um dos sub- processos em que se desdobra a actividade de produo, que articulem a oralidade e a leitura com a escrita. A didctica da escrita dever, pois, orientar-se pelos pressupostos pedaggicos e metodolgicos que a seguir se enunciam: o escrito um produto de uma intencionalidade manifestada na vontade de comunicar e de organizar informao; deve recorrer-se a muitos tipos de texto; devem ter-se em conta muitos destinatrios e finalidades; deve escrever-se frequentemente; tanto quanto possvel, as produes escritas devero surgir em contextos de comunicao significativos para o aluno, por exemplo, projectos de correspondncia escolar em vrios suportes (correspondncia escrita, udio e vdeo, via correio normal e electrnico) e/ou rdios escolares; devem usar-se modelos de escritos; preciso escrever vrias verses do mesmo escrito; h que contrabalanar correces e apreciaes positivas. Ao carcter complexo que esta competncia envolve, causa possvel de muitas dificuldades, acrescenta-se o facto de a escrita, como actividade transversal ao currculo, desempenhar tambm uma funo relevante na activao de processos cognitivos, facilitando toda a aprendizagem. , pois, necessrio promover, nas aulas de Portugus, uma oficina de escrita que integre a reflexo sobre a lngua e que, em interaco com as outras competncias nucleares, favorea, numa progresso diferenciada, a produo, o alargamento, a reduo e a transformao do texto, bem como uma gesto pedaggica do erro. A prtica da oficina de escrita visa possibilitar a interaco e a inter-ajuda, permitindo ao professor um acompanhamento individualizado do aluno, agindo sobre as suas dificuldades, assessorando o seu trabalho de um modo planificado e sistemtico. A oficina de escrita implica um papel activo por parte de professores e alunos que, atravs do dilogo e da reflexo sobre o funcionamento da lngua, se empenham num processo de reescrita contnua, tendente ao aperfeioamento textual e ao reforo da conscincia crtica. Leitura A competncia de leitura desenvolve-se em vrios nveis de proficincia a partir do convvio reflectido com os textos e outras mensagens grficas. A compreenso do texto a ler pressupe a apreenso do significado estrito do texto que envolve o conhecimento do cdigo lingustico, o funcionamento textual e inter-textual. O leitor integra essa informao bsica nos esquemas conceptuais que j detm, elaborando, em seguida, a sua representao individual, j enformada pelos seus conhecimentos/vivncias. Esta interaco estratgica entre texto e leitor envolve processos cognitivos 14 16. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais de natureza distinta, uma vez que o texto uma rede complexa de pressupostos (referenciais, semnticos, pragmticos) e a no existncia de quadros comuns de referncia limita a compreenso, a prospeco e a avaliao do texto por parte do leitor. Quanto mais conhecimentos o leitor tiver sobre o tema tratado no texto, quanto maior for a sua competncia lingustica, quanto melhor dominar estratgias metacognitivas, mais informao ser integrada na sua representao individual do texto e mais competente como leitor. Na posse desses conhecimentos, poder proceder a antecipaes de sentido, formular, confirmar ou corrigir hipteses, no se limitando a uma descodificao linear do texto. Os objectivos para a aprendizagem da leitura em contexto escolar consistiro no desenvolvimento dessas capacidades estratgicas, no desenvolvimento de tipos de leitura diversificados e no desenvolvimento da capacidade de utilizar e transformar os conhecimentos anteriormente adquiridos. Para desenvolver a competncia de leitura, devem ter-se em conta as modalidades, os tipos e estratgias de leitura, pondo em prtica as trs etapas que podem ocorrer no acto de ler. A pr-leitura pressupe: a observao global do texto e a criao de condies favorveis sua compreenso, mobilizando conhecimentos ou vivncias que se possam relacionar com o texto, adquirindo novos conhecimentos imprescindveis sua interpretao; observao/reconhecimento /interpretao de ndices de modo a familiarizar o leitor com o texto e a antecipar o seu sentido e funo. A leitura pressupe a construo dos sentidos do texto, feita atravs de estratgias adequadas. A ps-leitura pressupe actividades de reaco/reflexo que visam integrar e sistematizar os novos conhecimentos e competncias. Na prtica da leitura necessrio que o aluno/leitor coopere com o professor/leitor e com os outros alunos/leitores constituindo uma comunidade de leitura, regulada pelos seus prprios usos e normas, que desenvolva em cada um e em todos as competncias de compreenso e de interpretao no sentido de uma autonomia progressiva. Cada aluno contribuir para essa comunidade em funo das suas caractersticas lingusticas e experienciais, desencadeando um processo de leitura em interaco na sala de aula. A leitura em contexto escolar exige, assim, prticas diversificadas segundo o tipo de texto, a situao ou o objectivo perseguido, podendo, por isso, admitir estratgias pessoais mais consentneas com o sucesso individual dos membros da comunidade de leitores. Cabe ao professor gerir as respostas individuais leitura, de forma a torn-la mais activa e eficaz, atravs de uma discusso capaz de transformar a comunidade de leitores na qual se insere numa comunidade de cidados culturalmente informados e bem formados. Nas aulas de Portugus haver lugar para o desenvolvimento de vrios tipos de leitura, que vo desde a leitura impressionista a formas mais elaboradas, analticas e crticas. No interessar que o aluno detenha uma forma padronizada de leitura e que a use sistematicamente. Convm sobretudo que ele tente a possibilidade de ler de forma flexvel, detendo um leque diversificado de abordagens, a que poder recorrer consoante os propsitos e as perspectivas pessoais. escola compete promover as seguintes modalidades de leitura: leitura funcional pesquisa de dados e informaes para solucionar um problema especfico; 15 17. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais leitura analtica e crtica construo pormenorizada da significao do texto, visando a capacidade de anlises crticas autnomas; leitura recreativa fruio esttica e pessoal dos textos. Seja qual for a modalidade pedaggica ou estratgia/actividade escolhidas para abordar um texto, o que importa fazer do aluno um leitor activo, capaz de seleccionar informao, formular hipteses, construir o sentido, mobilizando referncias culturais diversas, comparar/confrontar textos lidos, tornando-se progressivamente mais competente como leitor. As hipteses de interpretao propostas pelo aluno, ainda que, por vezes, menos ajustadas natureza da tarefa que desenvolve, justificam o regresso ao texto para um exame reflectido, susceptvel de desfazer possveis ambiguidades. A leitura analtica e crtica, porque retrospectiva e reflexiva, cruza observao e interpretao: o aluno procura respostas s questes colocadas inicialmente, aprende a justific-las, confronta-se com observaes de outros, infirma ou confirma as suas hipteses, compreende o texto e finalmente aprecia a sua singularidade. A leitura literria deve realizar-se desenvolvendo simultaneamente competncias lingusticas e literrias, numa aprendizagem integrada, permitindo ao aluno constituir uma cultura literria pelo convvio com obras mais complexas e, eventualmente, mais distantes do seu universo referencial. A leitura do texto literrio pressupe informao contextual e cultural e a teoria e terminologia literrias, que devero ser convocadas apenas para melhor enquadramento e entendimento dos textos, evitando-se a excessiva referncia Histria da Literatura ou contextualizaes prolongadas, bem como o uso de termos crticos e conceitos que desvirtuem o objectivo fundamental da leitura. Tendo em conta os objectivos desta competncia nuclear, seleccionaram-se, para o corpus de leitura, alguns textos de reconhecido mrito literrio que se relacionam com as tipologias textuais e as prticas de desenvolvimento de competncias, visando a integrao das aprendizagens. Este programa contempla no s a leitura de textos escritos mas tambm de imagens, equacionando a relao entre o verbal e o visual. A escola deve estimular a leitura em si mesma indo ao encontro dos gostos pessoais do aluno, fomentando o prazer de ler. No acto de ler encontramos um tempo ldico e de evaso sendo, por isso, necessrio que ele figure entre as actividades comuns do quotidiano. Para que os alunos desenvolvam o hbito de ler, prope-se a criao de um espao dedicado leitura recreativa de textos de reconhecido mrito literrio, de autores maioritariamente contemporneos, das literaturas nacional e universal, capazes de transformar os alunos em leitores mais assduos quer ao longo do percurso escolar, quer ao longo da vida. Nesse espao, deve ser dada importncia aos gostos e interesses dos alunos, cabendo ao professor a sua orientao, sugerindo um leque diversificado de textos a ler. No contrato de leitura cabe a ambas as partes professor e aluno estabelecer as regras fundamentais para a gesto da leitura individual, procurando factores de motivao para que esta acontea. Para alm da leitura individual, o contrato pode estipular a agregao por pequenos grupos de alunos que manifestem interesse por um mesmo texto. O professor deve constituir-se como entidade facilitadora de prticas de leitura, oferecendo aos alunos a possibilidade de encontro com textos interessantes e motivadores, procurando, contudo, suscitar respostas por parte dos leitores durante e aps a leitura desses textos. Estas respostas podero traduzir- 16 18. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais se, por exemplo, nas seguintes actividades: apresentao oral dos textos lidos turma, elaborao de fichas de leitura e fichas biobibliogrficas de autores, bases de dados de personagens, propostas de temas para debates em aula, elaborao de ficheiros temticos. Funcionamento da Lngua Esta competncia visa aliar a prtica reflexo sobre a estrutura e o funcionamento da lngua, constituindo-se como condio indispensvel para o seu uso e aperfeioamento uma vez que possibilitar a identificao de dificuldades e a consequente consciencializao das estruturas lingusticas a usar em determinados contextos. A competncia de comunicao, entendida como competncia de aco, constituda pelas competncias lingustica, discursiva/textual, sociolingustica e estratgica, envolve vrios nveis, associados entre si: o nvel semntico, no qual se seleccionam conceitos e representaes de diferentes categorias (que constituem o contedo informativo dos actos de linguagem), o nvel pragmtico, em que se seleccionam os tipos de aco verbal e se marcam as componentes do contedo informativo, o nvel lexical, em que se seleccionam as unidades lexicais adequadas s opes semntico-pragmticas, o nvel sintctico, em que se seleccionam as formas de combinao e ordenao das unidades lexicais, de modo a produzirem-se construes adequadas s opes semntico-pragmticas, e o nvel fontico, que envolve a pronncia e a entoao das palavras e das frases e o ritmo de elocuo. Privilegia-se a anlise semntica e pragmtica do discurso, fundada em conhecimentos explcitos sobre o funcionamento prosdico e morfossintctico da lngua. O estudo reflexivo sobre a lngua, iniciado nos ciclos anteriores e a desenvolver neste ciclo de ensino, apoiado numa metalinguagem instrumental, resultar na aquisio de uma conscincia lingustica e de um conhecimento metalingustico (que desenvolver, globalmente, as capacidades cognitivas ao nvel do pensamento abstracto e facilitar a aprendizagem das lnguas estrangeiras, em particular), que se constituir em conhecimento declarativo e procedimental, necessrio aprendizagem e aquisio de outras competncias e saberes e ao exerccio das actividades comunicativas que fazem parte da vida. Embora a competncia Funcionamento da Lngua aparea como contedo autnomo, ela subjaz a todas as outras e nelas se inscreve, visando o desenvolvimento da capacidade discursiva. Na expresso escrita, os alunos desenvolvem mecanismos que lhes permitem manipular eficazmente estruturas lingusticas, discursivas e semnticas que assegurem a continuidade temtica e a progresso informativa de um texto, o que pressupe uma reflexo e sistematizao sobre os processos que garantem a coeso, a coerncia e a adequao textuais. Na leitura, para alm de outros saberes, fundamental o material lingustico (lxico, estruturas sintcticas e ordenao da informao). Na compreenso e expresso oral, os padres entoacionais (mecanismo fundamental para a segmentao e agrupamento de constituintes, diferenciao de tipos de frases, marcao de nfase e contraste e expresso de atitudes) desempenham um papel fundamental na organizao do discurso, contribuindo para a sua coeso e configurando diferentes estratgias de fluncia e de adaptao a actividades orais especficas. O conhecimento metalingustico permite ao falante o controlo das regras que usa, a seleco dos processos mais adequados compreenso e expresso em cada situao de comunicao, atravs da 17 19. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais reflexo sobre caractersticas estruturais e funcionais dos textos orais e escritos, nomeadamente sobre as diferenas lingusticas entre o Portugus oral e escrito, e do alargamento do repertrio de fala e de escrita, pelo domnio efectivo de variedades diversificadas de uso da lngua. O conhecimento metalingustico e a conscincia lingustica desempenham, pois, um papel importante pelos seus objectivos instrumentais, atitudinais (promoo da autoconfiana lingustica dos alunos e de atitudes de tolerncia lingustica e cultural que concorrem directamente para o desenvolvimento da competncia formao para a cidadania) e cognitivos. A terminologia usada nos contedos a que consta da Terminologia Lingustica para os Ensinos Bsico e Secundrio. Os contedos relativos ao Funcionamento da Lngua distribuem-se por duas reas, o previsvel e o potencial: no previsvel esto inscritos contedos relativos dimenso semntica e pragmtica da linguagem (desenvolvimento das competncias lingustica e discursiva/textual), enquanto no potencial se inscrevem os itens gramaticais que apoiam as escolhas lexicais, morfolgicas, sintcticas e fonolgicas que esto na base das opes semntico-pragmticas. Deste modo, os contedos previsveis convocam o estudo do texto, orientando-se, por isso, para uma gramtica do texto e os contedos potenciais convocam saberes dos ciclos anteriores (j estudados) e deste ciclo (a estudar) mais interligados a uma gramtica de frase. Estes contedos s devem ser trabalhados se se verificar que no foram adquiridos. Como a lista de contedos foi elaborada a partir da associao com os textos orais e escritos, poder-se- o aproveitar esses momentos para os rever/introduzir, no esquecendo que as produes textuais sero bons indicadores para orientar a actuao do professor. Este aspecto merece ser destacado com especial nfase para o mdulo inicial. Todos os contedos tm subjacente uma reviso de aspectos da representao grfica da linguagem oral (correspondncia grafema/fonema, regras de acentuao grfica, notaes lxicas, sinais de ligao, pontuao, sinais auxiliares de escrita e configurao grfica) e a reviso de aspectos lexicais (lxico, relao entre as palavras e significao lexical), bem como reviso de aspectos morfolgicos e sintcticos. Paralelamente, devem ser considerados contedos prioritrios em todos os mdulos os mecanismos de estruturao textual, dado que estes interagem directamente com os contedos previsveis e potenciais. A realizao do trabalho nesta componente retomar, ento, aspectos j introduzidos nos ciclos anteriores, com o objectivo de os aprofundar e sistematizar. De entre eles, so de destacar os relacionados com o vocabulrio (formas de alargamento do vocabulrio, processo de formao de palavras e seus valores conotativo e polissmico), a sintaxe (elaborao da frase complexa e modos de conexo frsica), a organizao textual (coerncia, contiguidade semntica, coeso, conexo, modos e tempos verbais), a ortografia e a pontuao. A deteco e identificao dos problemas morfolgicos, sintcticos, lexicais e ortogrficos dos alunos devem fazer-se a partir das suas produes. Desta forma, o professor possui os elementos necessrios para a hierarquizao dos contedos gramaticais, a fim de, individualmente ou em grupo, ir fazendo com que os alunos comecem a tomar conscincia dos seus problemas na produo de textos. A anlise das dificuldades dos alunos dever nortear a promoo de estratgias de superao adequadas ao processo de ensino-aprendizagem, no qual cada dificuldade encarada como oportunidade para o desenvolvimento de atitudes de cooperao e responsabilidade. Os desvios 18 20. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais norma, numa gramtica da comunicao, constituem desafios a serem ultrapassados pela reflexo constante sobre os mecanismos de estruturao textual. A seleco dos itens gramaticais (partindo de dificuldades/problemas) e a respectiva sistematizao co-responsabilizam professor e aluno no processo de ensino-aprendizagem e favorecem a flexibilidade na gesto do programa. A compreenso e a manipulao de uma gramtica de comunicao exercitam processos cognitivos que estimulam um desenvolvimento holstico da personalidade do aluno-utilizador da lngua, com realce para a auto- confiana nas relaes interpessoais. A anlise gramatical contribui, deste modo, para promover uma aprendizagem significativa da lngua, no sentido em que fomenta uma melhor comunicao. Para a aquisio equilibrada de todas as competncias (compreenso e expresso oral, escrita, leitura e funcionamento da lngua), necessrio que seja dado o mesmo relevo a cada uma dessas competncias. 4.2. Avaliao O desenvolvimento destas competncias deve ser monitorizado pela respectiva avaliao das aprendizagens. A avaliao uma componente essencial do processo de ensino-aprendizagem e deve ser sistemtica e cuidadosa para ser objectiva e rigorosa. Como parte integrante de um percurso pedaggico pressupe uma atitude formativa criteriosa que acompanhe e contribua para o desenvolvimento das competncias do aluno ao longo do curso. O processo avaliativo consiste na determinao do grau de consecuo dos objectivos educacionais, equacionando o comportamento dos intervenientes face a esses objectivos, identificando, em vrios momentos, as mudanas operadas. Esta identificao viabilizada pela recolha de informaes, que sero utilizadas na melhoria da qualidade da formao, do processo e dos instrumentos, e deve ser implementada ao longo do ano. A avaliao da aprendizagem em Portugus dever contemplar os seguintes aspectos: adequar tcnicas e instrumentos aos objectivos e contedos, e ao processo de ensino- aprendizagem; especificar, de forma clara, o objecto da avaliao, os critrios e as estratgias; considerar como objecto de avaliao processos e produtos; propiciar a auto-avaliao e a co-avaliao; equacionar o percurso individual e o colectivo, considerando ajustamentos e correces, de forma a reorientar as prticas pedaggicas; fornecer ao aluno um feedback em tempo til. Modalidades e instrumentos de avaliao Atravs da avaliao, nas suas diferentes modalidades, ser possvel, utilizando os instrumentos adequados, proceder despistagem das dificuldades e dos erros que, numa perspectiva formativa, serviro de suporte a uma prtica pedaggica diferenciada. Dada a natureza da disciplina, os instrumentos de avaliao a usar em Portugus sero obrigatoriamente diversificados. A compreenso e 19 21. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais expresso oral e escrita exigem, necessariamente, tcnicas e instrumentos adequados em momentos formais e informais de avaliao. A observao directa, questionrios, textos orais e escritos so elementos que fornecem ao professor dados a ter em conta no momento da atribuio de uma classificao. Caber ao professor seleccionar aqueles que melhor se adequam ao objecto a ser avaliado: compreenso e expresso oral e escrita, bem como o funcionamento da lngua, transversal a todos os domnios. Por exemplo, para observao da execuo de uma tarefa, ser til recorrer a listas de verificao; para a avaliao do desempenho oral e escrito sero adequadas escalas de classificao (numricas, de frequncia e descritivas) onde constem os critrios de desempenho, tais como as competncias lingustica, discursiva e sociolingustica. A avaliao dos vrios tipos de texto produzidos poder tambm ser feita com o recurso a grelhas de observao que identifiquem os vrios parmetros a avaliar e os critrios de desempenho requeridos para cada um deles. O mesmo poder acontecer no que respeita compreenso de textos orais e escritos. As listas de verificao e as escalas de classificao parecem ser os instrumentos adequados auto e co-avaliao em trabalhos individuais ou de grupo. As grelhas apresentam a vantagem de, atravs delas, se observar a frequncia de um comportamento e a progresso do aluno. Os testes objectivos (exerccios de escolha mltipla, de associao, de alternativa verdadeiro/falso, de completamento) podero ser utilizados para avaliar conhecimentos e a compreenso oral e escrita. Os testes no objectivos, tipo resposta curta e ensaio, testam normalmente aprendizagens complexas e, por isso, afiguram-se os mais adequados avaliao da interpretao e da produo de textos orais e escritos, nomeadamente a organizao das ideias, a estruturao do texto em partes e pargrafos, a coerncia e coeso textuais, a adequao dos enunciados inteno e situao comunicativas, etc A atribuio de uma classificao ao aluno dever decorrer dos vrios dados recolhidos em momentos de avaliao formais e informais, entre os quais constaro aqueles que foram atrs referidos, mas tambm da avaliao de vrias produes do aluno, tais como elaborao de dossiers de vrios tipos, projectos de escrita e de leitura, trabalhos realizados fora da sala de aula, cadernos dirios, etc A partir destes elementos poder o aluno, sob orientao do professor, organizar um portfolio de avaliao, que dever incluir um conjunto variado de trabalhos datados e comentados. Entre esses elementos devero constar relatrios, textos escritos, registos udio, vdeo e outros, trabalhos de pesquisa, comentrios de texto, fichas de leitura, trabalhos realizados fora da sala de aula, listas de verificao, escalas de classificao, grelhas de observao, grelhas de auto e co-avaliao, testes e outros. Estes devero constituir uma amostra significativa do seu trabalho, fornecendo uma viso dos seus esforos, dos seus progressos e do seu desempenho ao longo de um determinado perodo de tempo. Critrios de avaliao Os critrios de avaliao organizam-se em torno das competncias nucleares. O ensino deve incrementar e diversificar as experincias comunicativas do aluno, desenvolvendo e aperfeioando a oralidade e a escrita. Assim sendo e porque tm muitos elementos em comum, 20 22. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais especialmente em situaes mais formais, ambas requerem um ensino sistemtico e planificado e uma avaliao equitativa, para que se tornem suportes eficazes de comunicao e de representao. Compreenso /expresso oral utilizar estratgias de escuta adequadas; captar as ideias essenciais e as intenes de textos orais de diferentes tipos e de nveis distintos de formalizao: . reconhecer as ideias expressas; . estabelecer relaes lgicas; . realizar dedues e inferncias. produzir textos orais de diferentes tipos e nveis distintos de formalizao: . realizar operaes de planificao; . cumprir as propriedades da textualidade; . adequar o discurso finalidade e situao de comunicao; . expressar ideias, opinies, vivncias e factos, de forma fluente, estruturada e fundamentada. participar de forma construtiva em situaes de comunicao, relacionadas com a actividade escolar (debates, trabalhos de grupo, exposies orais, ...), respeitando as normas que as regem. Expresso escrita produzir textos de vrias tipologias: . realizar operaes de planificao; . cumprir as propriedades da textualidade (continuidade, progresso, coeso e coerncia); . redigir textos com finalidades diversas e destinatrios variados, respeitando a matriz discursiva; . expressar ideias, opinies, vivncias e factos de forma pertinente, estruturada e fundamentada; . realizar operaes de reviso; . participar activamente e de forma empenhada nas actividades da oficina de escrita. Leitura utilizar estratgias de leitura diversificadas; captar o sentido e interpretar textos escritos: . reconhecer as ideias expressas; . estabelecer relaes lgicas; . realizar dedues e inferncias; . analisar aspectos especficos dos diferentes tipos de texto. interpretar relaes entre a linguagem verbal e cdigos no verbais; manifestar preferncias na seleco de leituras e expressar as suas opinies e gostos sobre os textos lidos; respeitar as regras estabelecidas no contrato de leitura; utilizar diferentes recursos e fontes de informao para dar resposta a necessidades concretas de informao e de aprendizagem. 21 23. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Funcionamento da Lngua identificar marcas lingusticas de distintos usos da lngua mediante a observao directa e a comparao de diversas produes; reflectir sobre as regras de funcionamento da lngua, identificando os elementos formais bsicos nos planos fnico, morfolgico, sintctico, lexical, semntico e pragmtico; utilizar conscientemente os conhecimentos adquiridos sobre o sistema lingustico para uma melhor compreenso dos textos e para a reviso e aperfeioamento das suas produes. Em suma, a avaliao deve gerar uma dinmica processual coerente com todo o processo de ensino-aprendizagem que passe pela perspectiva de consciencializao e participao, zele, em termos de eficincia, pela validade e relevncia e busque melhorias para promover mudanas. 4. 2.1. Avaliao Sumativa Externa A disciplina de Portugus sujeita a avaliao sumativa externa concretizada na realizao de exames nacionais nos termos e para os efeitos estabelecidos no artigo 11. do Decreto-Lei n. 74/2004, de 26 de Maro, conjugado com o artigo 26. da Portaria n. 550-C/2004, de 21 de Maio. Assim, esta modalidade de avaliao aplica-se apenas aos alunos dos cursos profissionais que pretendam prosseguir estudos de nvel superior. 5. Elenco Modular Nmero Designao Durao de referncia (horas) 1 Textos de Carcter Autobiogrfico 30 2 Textos Expressivos e Criativos e Textos Poticos 24 3 Textos dos Media I 24 4 Textos Narrativos/Descritivos I 27 5 Textos dos Media II 21 6 Textos Argumentativos 27 7 Textos de Teatro I 24 8 Textos Narrativos/Descritivos e Textos Lricos 36 9 Textos Lricos 24 10 Textos picos e Textos pico-lricos 36 11 Textos de Teatro II 21 12 Textos Narrativos/Descritivos II 24 22 24. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais 6. Bibliografia Avaliao 1 Textos: Bachman, L.,(1990),Fundamental Considerations in Language Testing, O.U.P. Aborda consideraes bsicas relativas ao desenvolvimento e uso de testes: a natureza da medio, contextos determinantes do uso dos testes e a natureza da relao entre as competncias/capacidades a avaliar e os mtodos de avaliao usados para os medir. Coelho, Conceio e Joana Campos, (2003), Como Abordar o Portfolio na Sala de Aula, Porto, Areal Editores O portfolio, como instrumento de avaliao, preconiza a autonomia do aluno, construtor da sua prpria aprendizagem, sendo o professor o regulador de todo o processo. As autores estabelecem as diferenas entre as teorias tradicionais e a teoria construtivista e salientam as vantagens do portfolio por avaliar, no s o produto, mas tambm o processo. Lussier, D.,(1992), Avaluer les Apprentissages dans une Approche Communicative, Paris, Hachette. Acentua o valor pedaggico da avaliao, sublinhando o seu papel determinante para a progresso das aprendizagens em lnguas. Apresentam-se as noes e os princpios de base em que se apoiam os especialistas em docimologia. Fornecem-se exemplos concretos de situaes e actividades comunicativas para avaliar a compreenso e produo, na oralidade e na escrita. McNamara, T., (2000), Language Testing, O.U.P. Trata de questes de avaliao como o desenvolvimento de testes, o processo de correco e avaliao, a validade, a medio e a dimenso social da avaliao. Ribeiro, L. C., (1994), Avaliao da Aprendizagem, Lisboa, Texto Editora. Pretende constituir-se como uma introduo aos problemas da avaliao da aprendizagem escolar, abordando, em linhas genricas, operaes fundamentais do processo de planificao e avaliao dos resultados de ensino. Apresenta um conjunto de materiais que respondem s questes prticas que se levantam no dia-a-dia da actividade do professor. Vieira, F., M.A. Moreira, (1993), Para alm dos Testes. A Avaliao Processual na Aula de Ingls, Braga, Inst. Ed. U. Minho. Aborda o problema da avaliao, perspectivando-o para alm dos momentos e instrumentos formais habitualmente considerados. Apresentam um conjunto de materiais centrado, sobretudo, na auto e co-avaliao, prontos a usar ou a adaptar por todos os professores de lnguas. 2 Stios da Internet: Endereos Descrio http://www.gre.org/writing.html Stio sobre a escrita e sua avaliao. http://www.nwrel.org/eval/toolkit98/traits/ Stio sobre a oralidade e sua avaliao. Didctica Geral da Disciplina 1 Textos AAVV., (2000), Dicionrio de Metalinguagens da Didctica, Porto, Porto Editora. AAVV., (2000), Didctica da Lngua e da Literatura, Coimbra, Almedina. Conjunto de comunicaes apresentadas no V Congresso Internacional de Didctica da Lngua e da Literatura, da Universidade de Coimbra. Nestes textos, so apresentados os mais recentes estudos tericos dos vrios domnios que constituem as disciplinas de lnguas, seu ensino-aprendizagem e avaliao. So ainda sugeridas algumas actividades e apresentados instrumentos que podero ser utilizados em aula. AAVV., (1999), I Jornadas Cientfico-Pedaggicas de Portugus, Coimbra, Almedina. Conjunto de comunicaes apresentadas em congresso, cujo objectivo foi promover o debate em torno de questes fundamentais que o ensino da lngua e da literatura suscita, a saber: as relaes entre a prtica pedaggica e rumos mais recentes da investigao na rea da Lingustica e dos Estudos Literrios, os contedos curriculares dos Programas de Portugus dos Ensinos Bsico e Secundrio, o estatuto e as funes dos manuais escolares, a didctica e a pedagogia da leitura e a problemtica da avaliao. 23 25. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Amor, E. (1993), Didctica do Portugus, Lisboa, Texto Editora. Aborda a didctica da disciplina na sua globalidade, desde a fase de planificao at avaliao. Apresenta um enquadramento terico e alguns instrumentos metodolgicos que permitem identificar a natureza das fontes, os conceitos bsicos e as linhas de evoluo da Didctica da Lngua Materna nos ltimos anos. Permitem ainda converter esse saber na actualizao de elementos e etapas essenciais do processo de ensino-aprendizagem da disciplina. A segunda parte percorre individualmente os diversos modos comunicativos (oralidade, leitura e escrita), apresentando o suporte terico especfico de cada um e sugestes operacionais adequadas s diversas abordagens expostas. Lomas, Carlos, (2003), O Valor das Palavras (I) Falar, Ler e Escrever nas Aulas, Porto, Edies ASA O livro traz um valioso contributo a reas fundamentais de educao lingustica a comunicao oral, a leitura, a escrita ao propor um olhar de conjunto sobre os diferentes domnios enunciados, a partir de uma referenciao terica fortemente articulada com as prticas pedaggicas. Martins, M. R. D. et al. (1992), Para a Didctica do Portugus, Lisboa, Ed. Colibri. Remete para o ensino cientfico da lngua materna e apresenta vrios estudos: reflexo sobre o desenvolvimento lingustico e cognitivo integrados, papel da lngua input e seus diferentes ambientes para o processo da aquisio, funo da entoao na comunicao lingustica quotidiana, o processo de compreenso na leitura e o conhecimento lingustico e, finalmente, reflexo sobre a estrutura e o funcionamento da lngua em trabalho laboratorial oficina de lngua. Reis, C. e J.V. Adrago, (1992), Didctica do Portugus, Lisboa, U. Aberta. Apresenta os princpios metodolgicos da Didctica da Lngua e da Literatura e propostas prticas. Santos, A.M.R. e M. J. Balancho, (1992), A Criatividade no Ensino do Portugus, Lisboa, Texto Editora. Desenvolve o tema da Criatividade no ensino do Portugus com base nas experincias realizadas pelas autoras que recorrem a uma metodologia que implica o risco, o indito, inventando novos suportes materiais e instrumentos de execuo, alterando as regras do jogo. Sequeira, F. et al.(org.), (1990). O Ensino-Aprendizagem do Portugus. Teoria e Prticas, Braga, Univ. do Minho. Colectnea de estudos sobre o ensino-aprendizagem da lngua portuguesa, pretende contribuir para a construo de um saber mais aprofundado sobre a didctica da lngua materna e os factores que a contextualizam, sublinhando a natureza complexa e variada do processo de ensino-aprendizagem do Portugus enquanto objecto de investigao. Tochon, F.V., (1995), A Lngua como Projecto Didctico, Porto, Porto Editora. Apresenta um modelo de aco didctica construdo a partir de observaes feitas por professores com bastante experincia de ensino. O autor privilegia a pedagogia do projecto, e a oficina de escrita permite-lhe fazer a integrao de prticas que implicam capacidades dos domnios da oralidade, da escrita, da leitura e da gramtica. So relatadas experincias que demonstram a originalidade do pedagogo e a pertinncia do quadro terico elaborado. 2 Stios da Internet: Endereos Descrio http://www.geocities.com/Athens/9239/ Uma pgina que apresenta as vrias Teorias da Aprendizagem. http://www-scd-ulp.u- strasbg.fr/reseaubib/psyedu/bibedum.html Uma pgina que apresenta Bibliografia de Cincias da Educao. Escrita 1 Textos: Assuno, C. e J.E. Rei, (1999), Escrita, Lisboa, ME-DES. Bach, P.,(1991), O Prazer na Escrita, Porto, Ed. Asa. Articula leitura, funcionamento da lngua e narratologia. O mtodo de trabalho descrito ao longo do livro baseia-se num princpio essencial, a superioridade da expresso. Segundo o autor, inspirando-se em exemplos tirados da literatura ou produzidos pelo prprio grupo-turma, o aluno levado por tcnicas particulares, prprias para libertar a sua imaginao, a construir narrativas mais ou menos acabadas, resolvendo assim um certo nmero de problemas tcnicos, de maneira a adaptar a mensagem emitida ao seu destinatrio. 24 26. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Cornaire, C. e P.M. Raymond, (1999), La Production Ecrite, Paris, Cl international. Apresenta os estudos mais recentes sobre os mecanismos que presidem aquisio de uma competncia de produo escrita. So abordados os mecanismos cognitivos envolvidos na actividade de escrita (organizao e funcionamento da memria), modelos de produo, capacidades e estratgias do bom escrevente. So feitas propostas de interveno pedaggica nas diferentes fases da escrita. Fonseca, F.I. (org.), (1994), Pedagogia da Escrita. Perspectivas, Porto, Porto Editora. Conjunto de artigos sobre a pedagogia da escrita baseados nos mais recentes estudos nesta rea. So apresentadas perspectivas de abordagem que abrangem a planificao, textualizao e avaliao da escrita. Garcia-Debanc, C. (1986), Intrts modles du processus rdactionnel pour une pdagogie de l'criture , Pratiques 49. Apresentao do modelo de escrita de Hayes e Flower (planificao, textualizao, reviso), seguida do relato de uma experincia de aplicao deste modelo. Gohard-Radenkovic, A., (1995), L'Ecrit. Stratgies et Pratiques, Paris, Cl international. Faz uma abordagem dos principais modos de expresso escrita visando apreender as regras implcitas no seu funcionamento. So propostos um mtodo de aprendizagem lingustica e tcnica, desde os saber-fazer mais correntes, aos mais complexos: CV, ficha, relatrio, sntese, narrativa, comentrio, ensaio, dissertao; um treino progressivo e prtico, atravs de actividades de observao, questionamento, reemprego e produo. Jeoffroy-Faggianelli., (1981), Metodologia da Expresso, Lisboa, Ed. Notcias. Depois de uma anlise comparativa da expresso oral e da expresso escrita, a autora desenvolve uma srie de exerccios que visam, por um lado, maleabilizar e fortalecer os mecanismos mentais e verbais e, por outro, desenvolver de forma metdica as capacidades de expresso e comunicao. Jeoffroy-Faggianelli, P. e L.R. Plazolles, (1980), Techniques de l'Expression et de la Communication, Paris, Nathan. Apresenta tcnicas de expresso e comunicao, contemplando a pesquisa e tratamento da informao, bem como a elaborao de vrios tipos de texto. Pereira, M. L. A. (2000), Escrever em Portugus. Didcticas e Prticas, Porto, Ed. Asa. Este livro apresenta um estudo aprofundado sobre a Didctica da Escrita, aliando a fundamentao terica, a anlise das prticas e a proposta de pistas de investigao. A informao bibliogrfica abundante e actualizada reveste-se de grande interesse e utilidade para todos aqueles que se interessam por uma mudana qualitativa no ensino-aprendizagem da Escrita. Serafini, M. T., (1986), Como se faz um Trabalho Escolar, Lisboa, Ed. Presena. Demonstra que a escrita o resultado de operaes elementares que devem ser ensinadas e aprendidas. A primeira parte apresenta todas as fases de elaborao de um texto escrito; a segunda prope mtodos de ensino, correco e avaliao de um tema; a terceira apresenta os fundamentos tericos da escrita e metodologias para gneros complementares e propeduticos ao tema-ensaio: resumo, apontamentos, relatrio, recenso, texto de carcter literrio, entre outros. Vilas-Boas, A. J., (2001), Ensinar e Aprender a Escrever Por uma Pprtica Diferente, Porto, Edies Asa. O livro apresenta uma proposta que vai no sentido de se abandonar de vez os mtodos antigos e desajustados, centrados no texto-produto, e enveredar por uma abordagem do ensino-aprendizagem da escrita que privilegie o texto-processo, a correco oral, o acompanhamento personalizado do aluno, atravs da prtica das oficinas de escrita. 2 Stios da Internet: Endereos Descrio http://www.esplanade.org/ Nesta esplanada pode-se participar em concursos, discusso de temas, construo de foto-romances e aceder a sugestes pedaggicas. http://ecrits-vains.com/atelier/atelier.htm Oficina de escrita. http://www.diarist.net/ Para ver e aprender escrita diarstica e outros tipos de texto http://www3.sympatico.ca%2Fray.saitz%2Fbiograph.txt Planos de aula de escrita bio- e autobiogrfica http://cyberscol.qc.ca/Scenarios/S2/quisuije.html Leitura e escrita de textos descritivos: objectivos, descrio de actividades pedaggicas, avaliao, ligao a outros stios. 25 27. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais http://cyberscol.qc.ca/scenapri/scrallyeno3.html Leitura e escrita de textos literrios e no literrios: trabalho com os ttulos. http://www.cybertribes.com/framesJT007.html Escrita criativa: mtodos criativos; escolha de um mtodo; processos de leitura; leitura da imprensa. http://www.ac-creteil.fr/ia94/cocotiers/sommaire.html Stio de escrita criativa que faz apelo imaginao e aos conhecimentos de tcnicas de escrita. http://eurocampus.org.ph/EFM/muras/rhetohomep.htm Stio onde se aprende o que a argumentao e como se argumenta, atravs de explicaes, exemplos e exerccios prticos com correco disponvel em rede e possibilidade de contactar com o professor. www.calstatela.edu%2Fcenters%2Fwrite_cn%2Ffivepar a.html Pgina sobre escrita de textos tipo ensaio. http://www.restena.lu/lmr/devoirs/dissert.html Planos, conselhos prticos e exemplos de dissertaes. Funcionamento da Lngua 1 Textos: AAVV., (1989), .Et la Grammaire, FDM, n. spcial, fev/mars,Paris, Hachette. Conjunto de ensaios que aborda as perspectivas mais recentes da gramtica e seu ensino. Adam, J.M., (1985), Quels Types de Textes?, FDM n. 192, Paris, Hachette. Artigo que apresenta uma tipologia dos discursos e dos textos. Assuno, C. e J.E. Rei, (1998), Gramtica, Lisboa, ME-DES. Assuno, C. e J.E. Rei, (1998), Vocabulrio, Lisboa, ME-DES. Bachmann, C., J., Lindenfeld, J. Simonin, (1991),l Langage et Communications Sociales, Paris, Hatier/Didier. Faz o ponto da situao das pesquisas sobre a linguagem e as comunicaes sociais que ocorreram no mundo anglo- saxnico nos anos setenta. Ele constitui uma introduo sistemtica aos trabalhos de Hymes e Gumperz, de Labov, de Goffman, de Sacks e Schegloff ou de Garfinkel, sobre as relaes que se estabelecem quotidianamente entre linguagem e sociedade. Besse,H. e R. Porquier, (1991),Grammaire et Didactique des Langues, Paris, Hatier/Didier. Faz a articulao metodolgica entre as teorias e as prticas gramaticais em aulas de lngua. A primeira parte trata da epistemologia do saber gramatical; a segunda centra-se nas prticas gramaticais em aula e nos manuais de lngua; a terceira sobre aprendizagem da gramtica e as gramticas de aprendizagem. Broncart, J.-P., (1996), Activit Langagire, Textes et Discours, Lausanne, Delachaux et Niestl S.A.. O objectivo do livro apresentar um quadro terico, tratando ao mesmo tempo os textos como produes sociais, a problemtica da sua arquitectura interna e as operaes que subentendem o seu funcionamento. Explica a relao entre a lngua como sistema semntico-sintctico autnomo e os textos como entidades manifestamente em interdependncia com o seu contexto social de produo. Alguns captulos centram-se no estatuto dos textos, nos problemas tericos e metodolgicos que a sua anlise coloca e os problemas didcticos que o seu ensino pode levantar. Casteleiro, J. M. et al. (1982), A lngua e a sua estrutura, Escola Democrtica, Lisboa, Ministrio da Educao. A lngua e a sua estrutura uma sequncia de artigos nos quais so apresentadas descries de aspectos sintcticos, semnticos e lexicais. Cunha, C. e L. F. L.Cintra, (1984), Nova Gramtica do Portugus Contemporneo, 3 ed.(1986) Lisboa, Edies S da Costa. A Nova Gramtica do Portugus Contemporneo descreve o portugus actual na sua forma culta, embora descreva tambm aspectos da linguagem coloquial. A Gramtica apresenta ainda as diferenas no uso entre as modalidades nacionais e regionais do portugus, principalmente entre as variedades europeia e americana. 26 28. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Dubois, J. et al., (1993), Dicionrio de Lingustica, S. Paulo, Cultrix. Faria, I. H. et al. (org), (1996), Introduo Lingustica Geral e Portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho. Ferreira, J. A. (1989). Bibliografia Selectiva da Lngua Portuguesa, ICALP, Ministrio da Educao. Germain, C. e H. Sguin, (1998), Le Point sur la Grammaire, Paris, Cl international. Faz o ponto da situao sobre os mais recentes conhecimentos e pesquisas relativos aos trs grandes tipos de gramticas: de aprendizagem, destinadas aos aprendentes; de ensino, destinadas aos professores; de referncia, destinadas aos linguistas e didacticistas. Aborda igualmente os problemas ligados ao ensino e aprendizagem da gramtica. Heringer, H. e Lima, J. P. (1987). Palavra Puxa Palavra, Ed. Ministrio da Educao e Cultura. Palavra Puxa Palavra, verso livre e alargada para a lngua portuguesa de Wort fr Wort, parte de problemas de comunicao para validar a tese que preconiza que uma teoria gramatical, sendo parte de uma teoria comunicativa, est integrada numa teoria da interpretao. Maingueneau, D., (1997), Os Termos-Chave do Discurso, Lisboa, Gradiva. Pretende ajudar os estudantes e estudiosos de disciplinas vocacionadas para a anlise de textos, orais ou escritos, a orientarem-se na terminologia da anlise do discurso. No pretendendo dar a definio correcta, ela precisa as principais acepes em uso nas publicaes da especialidade. Mateus, M. H. e M. F.Xavier, (org.), (1990), Dicionrio de Termos Lingusticos, Lisboa, Cosmos. Mateus, M. Helena e al, (2003), Gramtica da Lngua Portuguesa, col. Universitria, Lisboa, Ed. Caminho. Gramtica da Lngua Portuguesa, dividida em seis partes, respectivamente: I Lngua Portuguesa: unidade e diversidade; II uso da Lngua, interaco verbal e texto; III aspectos semnticos da gramtica do Portugus; IV aspectos sintcticos da gramtica do Portugus; V aspectos morfolgicos da gramtica do Portugus e VI aspectos fonolgicos e prosdicos da gramtica do Portugus, aumentando a cobertura lingustica e o aprofundamento das anlises feitas na publicao anterior. Moirand, S., (1990), Une Grammaire des Textes et des Dialogues, Paris, Hachette. Fornece utenslios para descrever o funcionamento e organizao dos textos e dos dilogos que se encontram no quotidiano e no universo dos media. Mostra como os factos de lngua interferem no objectivo comunicativo dos discursos e das conversaes. Apresentando-se como iniciao metdica anlise de cerca de 60 documentos, abre pistas para actividades pedaggicas diversificadas e prepara para leituras tericas complementares. Peres, J.A., (1984), Elementos para uma Gramtica Nova, Coimbra, Almedina. Postula a construo de uma gramtica integrada que incluir quatro componentes: ilocutria, semntica, textual e formal. Peres, J. A. e T. Mia, (1995), reas Crticas da Lngua Portuguesa, Lisboa, Ed. Caminho. O livro parte da anlise de textos jornalsticos, produzidos entre 1986 e 1994, para a descrio dos fenmenos lingusticos que so objecto de seis reas consideradas crticas, nomeadamente estruturas argumentais, construes passivas, construes de elevao, oraes relativas, construes de coordenao e concordncias. Lima, J.(org. e int.), (1983), Linguagem e Aco da Filosofia Analtica Lingustica Pragmtica, Lisboa, Ed. Apginastantas, Materiais Crticos. um livro constitudo por cinco estudos da pragmtica: uma lingustica pragmtica ou uma pragmtica em lingustica? performativo-contrastivo, o que um acto lingustico, querer dizer, compreendemos ns o que um falante quer dizer ou que uma expresso significa?. Estes textos analisam toda a problemtica dos conceitos referentes a comunicao e significado. Vilela, M., (1995), Lxico e Gramtica. Coimbra, Almedina. Est subdividido em quatro reas e apresenta como elemento fulcral de anlise o lxico; este a base para a descrio da lngua portuguesa e o suporte para a discusso de questes, como as referentes relao lngua/cultura ou ao ensino da gramtica. Weaver, C., (1996),Teaching Grammar in Context, Portsmouth, Boynton/Cook Publishers, Inc. Tal como o ttulo indica, prope-se o ensino-aprendizagem da gramtica integrado no desenvolvimento das competncias nucleares da lngua. 2 Stios da Internet: Informao sobre a lngua portuguesa http://www.malhatlantica.pt/jorgefborges/index.html 27 29. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais http://www.malhatlantica.pt/jorgefborges/Classe.html http://www.malhatlantica.pt/jorgefborges/perodos.htm http://www.priberam.pt/dlpo/gramatica/gram21.htm http://www.iltec.pt/publicacoes/paco/paper_alina.html http://jacui.inf.ufrgs.br/~emiliano/conver/indice4.html A Lngua Portuguesa http://www.paginasamarela.com/alingua.htm A lngua portuguesa - histria http://www.leca.ufrn.br/portugues/index.html Brazilian Portuguese http://www.sci.fi/~huuhilo/portuguese/ Ciberdvidas da Lngua Portuguesa http://www.ciberduvidas.com/body.html Gramtica virtual (testes) http://www.roadnet.com.br/pessoais/leite/gram.htm Lngua Portuguesa http://www.visao.com/alingua.htm Lngua portuguesa http://www.geocities.com/CollegePark/Bookstore/8299/portugues.htm http://www.parc.xerox.com/csl/members/lopes/pt-sayings.html Pequeno dicionrio temtico-anedtico http://www.terravista.pt/AguaAlto/1790/ http://www.lib.cam.ac.uk/MHRA/PortugueseStudies/ Ligaes relacionadas com pases de lngua portuguesa A Biblioteca do estudante brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br/links/links.html http://www.bibvirt.futuro.usp.br/mapa.html A collection of Home Pages about Portugal http://www.well.com/user/ideamen/portugal.html Agncia LUSA - Servio Imprensa Regional http://www.lusa.pt/ Alfarrbio http://alfarrabio.um.geira.pt/ Autores de Vidas Lusfonas http://www.vidaslusofonas.pt/autores.htm Bibliotecas Virtuais de Pesquisadores Brasileiros http://www.prossiga.br/bvpesquisadores/ Brasil on-line http://brazilonline.com/indexp.html Brasil, Portugal e Lngua Portuguesa http://www.terravista.pt/Enseada/1347/ Brasil, Portugal e Lngua Portuguesa - Geografia da Lngua Portuguesa no mundo http://www.terravista.pt/Enseada/1347/ Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa http://www.cplp.org/ Minerva - Base de Dados Bibliogrficos (UFRJ) http://www.minerva.ufrj.br/ Miscellaneous collection of pages with some reference to areas of the Portuguese speaking world http://www.arts.gla.ac.uk/PortLang/webbies.html Motores de pesquisa em portugus http://www.Linguas.com/pesquisa/ Pgina domstica da lngua portuguesa http://www.geocities.com/Athens/Parthenon/3783/index5.html Pgina portuguesa http://users.neca.com/tneves/ Portugal em linha http://www.portugal-linha.pt/ Portugal: Lngua - Literatura - Cultura http://www.rrz.uni-hamburg.de/romanistik/w_brau_l.htm So Tom e Princpe http://www.sao-tome.com/ Sistema Aberto de Cultura e Informao - "SACI" http://www.cultura.gov.br/ Prticos Aores - a internet aoreana http://www.acores.com/ Aeiou - Servidor de pginas portuguesas http://www.aeiou.pt/ Alfarrbio procura http://alfarrabio.um.geira.pt/ Algarvio - motor de procura http://www.algarvio.com/ Altavista - Brasil http://br.altavista.com/ Altavista - Portugal http://www.altavista.pt Aonde - busca http://www.aonde.com/ Astor - Buscador de estncias http://www.estancias.com.br/ Brasilinks http://www.multimania.com/brasiliens/ Busca sobre Processamento computacional do portugus http://cgi.portugues.mct.pt/busca/ BuscaWeb http://www.starmedia.com/guia/ Cad - Servidor de Apontadores Brasileiros http://www.cade.com.br/ Calango! http://www.calango.com.br/ CUSCO - Sistema de pesquisa nacional http://www.cusco.pt/1/ Educare.pt http://www.educare.pt/ Encontrei.com http://www.encontrei.com/ Estncias Internet http://www.estancias.com.br/ 28 30. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Euroseek http://www.euroseek.com/page?ilang=pt Galileu - motor de procura http://www.galileu.com.br/ Gertrudes - Servidor de apontadores lusfonos http://www.gertrudes.pt/ ndice Aores http://www.indice-acores.com/ Ixquick http://www.ixquick.com/por/ Lusitano http://www.lusitano.pt/ Lusosearch http://lusosearch.lusoweb.pt/services/search.cgi Mangol - directrio web de Angola http://members.tripod.co.uk/~mangole/ NetIndex -motor de procura http://netindex.ist.utl.pt/ Onde ir - sistema de busca http://www.ondeir.com.br/ Processamento computacional do portugus http://www.portugues.mct.pt/ Procura na Web - Ferramentas de busca na web http://www.iis.com.br/~rbsoares/pesquisa.htm Programa Avanado de Cultura Contempornea - PACC/UFRJ http://www.ufrj.br/pacc/ Prokura - sistema de busca http://www.prokura.com.br/ Prossiga, Informao e Comunicao para a Pesquisa http://www.prossiga.cnpq.br/ Quem? http://www.quem.com.br/ Radar UOL - busca http://www.radaruol.com.br/ SAPO - Servidor de Apontadores Portugueses http://www.sapo.pt/ StarMedia http://www.starmedia.com/ Surf - Servidor de Apontadores Brasileiros http://www.surf.com.br/ TodoBR http://www.todobr.com.br/ TOP 5% Portugal - motor de procura http://www.ip.pt/top5portugal/main.html Vai & Vem - Buscador brasileiro http://www.vaievem.com.br/ Virtual Azores http://www.virtualazores.com/procurar.html Virtual Bairro http://www.virtualbairro.com/ Informao sobre os corpora Projecto Processamento computacional do portugus . Natura/Pblico Corpus jornalstico Natura-PUBLICO, http://natura.di.uminho.pt/jjbin/corpora . Natura/Minho Corpus jornalstico Natura-Dirio do Minho, http://natura.di.uminho.pt/jjbin/corpora . ECI-EBR A parte do corpus Borba-Ramsey do European Corpus Initiative, the Multilingual Corpus 1 (ECI/MCI), informao da ELSNET, informao do LDC, McKelvie & Thompson (1994), Thompson et al. (1994) Santos, Diana & Ranchhod, Elisabete (1999). Ambientes de processamento de corpora em portugus: Comparao entre dois sistemas. In Actas do IV Encontro sobre o Processamento Computacional da Lngua Portuguesa (Escrita e Falada) (vora, 20-21 de Setembro 1999) (pp. 257-268). Disponvel na Internet nos endereos http://www.portugues.mct.pt/Diana/download/propor99.ps e http://label2.ist.utl.pt/LabEL/proporIV.ps. Leitura 1 Textos : AAVV., (1988), Littrature et Enseignement, Paris, Hachette. Organizado nas seguintes partes: situao da didctica da literatura, histria e recepo, texto e sentido, testemunhos. Estes textos aliam reflexes de carcter terico, propostas prticas e anlise das realidades concretas, como as da edio. Aguiar e Silva, V. M. de, (1994), Teoria da Literatura (8. edio), Coimbra, Almedina. Aguiar e Silva, V. M. de, (1977), Competncia Lingustica e Competncia Literria, Coimbra, Almedina. Na 1 parte, o autor analisa a teoria de Chomsky sobre a aquisio, desenvolvimento e utilizao do conhecimento lingustico, os debates que esta teoria suscitou e as teorias que se lhe opem, nomeadamente a de D.Hymes e seus seguidores. Na 2 parte, o autor analisa as tentativas de transferncia da teoria de Chomsky para o campo da literatura, com especial relevo para as propostas de T.van Dijk. 29 31. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Anto, J. A. S., (1997), Elogio da Leitura, Porto, Edies Asa. O autor apresenta as tcnicas associadas a tipos de leitura, equacionando-as face aos objectivos e necessidade de revalorizar e revitalizar o exerccio da leitura. Reala as aplicaes pedaggicas da Banda Desenhada e distingue a leitura imagtica da leitura alfabtica, apresentando os principais objectivos de cada uma. Arroyo, F. e C. Avelino, (1994), Leituras Preliminares. Abordagens Paratextuais da Obra Integral, Lisboa, Pltano Editora. Este livro fornece pistas de trabalho susceptveis de motivar a leitura integral da obra a partir do aproveitamento pedaggico dos aspectos paratextuais do livro. Aps uma viso histrica e sociolgica do livro e uma sntese dos estudos lingusticos e literrios sobre os aspectos paratextuais, as autoras aplicam um dispositivo de anlise a vrias obras dos programas. Finalmente, apresentam um conjunto de fichas desenvolvendo prticas de leitura, escrita e oralidade. Assuno, C. e J.E. Rei, (1999), Leitura, Lisboa, ME-DES Barata, J. O., (1979), Didctica do Teatro. Introduo, Coimbra, Almedina. Trata do ensino-aprendizagem do teatro em contexto escolar, incluindo sugestes prticas de actividades. Carrell, P. L., (1990), Culture et contexte dans la lecture en langue trangre: rle des schmas de contenu et des schmas formels, FDM, n. Especial, Paris, Hachette. Partindo da "teoria dos esquemas" e da sua influncia na actual concepo da compreenso dos textos, a autora analisa os processos de interaco entre o texto e o leitor (modelos de compreenso descendentes, ascendentes e interactivos), o papel desempenhado pelos esquemas de contedo e esquemas formais no acto de compreender, bem como as implicaes pedaggicas que da decorrem. Chevalier, B., (1992), Lecture et Prise de Notes, Paris, Nathan. Aborda vrias estratgias de leitura numa perspectiva funcional. Para alm da descrio destas estratgias e seus fundamentos tericos, prope uma srie de exerccios conducentes optimizao do trabalho de estudo. Cicurel, F., (1991), Lectures Interactives, Paris, Hachette. Prope um conjunto de reflexes e processos pedaggicos integrados numa abordagem da leitura perspectivada como processo em que interagem o leitor, o texto e o contexto. Como mobilizar os conhecimentos do leitor, lev-lo formulao de hipteses e desenvolver a sua observao dos textos; como favorecer o seu encontro com o texto e melhorar o seu acesso ao sentido so questes a que este livro procura responder de forma terico-prtica. Coelho, J. P. (dir.), (1982), Dicionrio de Literatura, Porto, Figueirinhas. Cornaire, C. e C.Germain , (1999), Le Point sur la Lecture, Paris, Cl international. Partindo do pressuposto de que o acto de ler exige uma interaco entre leitor e texto, Claudette Cornaire analisa o lugar que a leitura ocupa nas abordagens tradicional, estrutural-behaviorista, estrutural-global audio-visual, cognitiva e comunicativa, examinando as pesquisas passadas e recentes no domnio da leitura. Problematiza as diversas dimenses relativas ao papel do leitor e interaco texto-leitor, sobretudo na perspectiva da leitura em segunda lngua. Costa, M. A. (1992). Leitura: conhecimento lingustico e compreenso, Para a Didctica do Portugus, Lisboa, Ed. Colibri. Neste artigo, a autora apresenta modelos de leitura que se distinguem pelas teorias que explicam o acto de ler e que esto subjacentes a mtodos e atitudes pedaggicas actuais. O texto mostra como formar bons leitores obriga a um conhecimento profundo do acto de ler, das operaes cognitivas e lingusticas que a compreenso da lngua escrita implica. Descotes, M. (coord), (1995), Lire Mthodiquement des Textes, Paris, Bertrand-Lacoste. Livro terico-prtico que situa a leitura metdica no cruzamento de 1) uma teoria do sentido ou do texto (domnio literrio), 2) uma concepo da leitura (psicolingustica e semitica), 3) teorias da aprendizagem (psicologia cognitiva, cincias da educao). Depois de expor os fundamentos, objectivos e factores envolvidos na abordagem metdica dos textos, apresenta a organizao e anlise de sequncias prticas de leitura de textos poticos, narrativos, dramticos e argumentativos, bem como a leitura de imagens. Duchesne, A. e T.Leguay, (1996), Petite Fabrique de Littrature, Paris, Editions Magnard. Estes dois autores, de uma forma divertida, fazem aos seus leitores vrias propostas de escrita a partir de textos consagrados. As propostas vo do plgio pardia, passando pela traduo-adaptao, sem esquecer muitas outras possibilidades como a letra imposta, caligramas, dicionrios e falsos provrbios. Todas as propostas so acompanhadas de exemplos, alguns deles das artes plsticas. Gengembre, G., (1996), Les Grands Courants de la Critique Littraire, Paris, Editions du Seuil. Apresentao e explicao sinttica das grandes correntes da teoria literria, acompanhadas de indicaes bibliogrficas. 30 32. Programa de PORTUGUS Cursos Profissionais Giasson, J., (1993), A Compreenso na Leitura, Porto, Ed. Asa. Aps a abordagem da evoluo da concepo da compreenso da leitura, a autora analisa um modelo de compreenso que integra trs variveis: o leitor, o texto e o contexto. So propostas intervenes pedaggicas tendo em conta cada um destes factores. Jauss, H.R., (1978), Pour une Esthtique de la Rception, Paris, Gallimard. Livro em que o autor expe a sua teoria da obra de arte, segundo a qual, a arte, portanto a literatura, tem em primeiro lugar e antes de tudo uma funo de comunicao. Esta uma praxis implicando o autor, a obra e o leitor. Segundo o autor, obra o resultado da convergncia do texto e da sua recepo. O conceito de "horizonte de espera" o conceito central da Esttica da Recepo. Esta teoria reveste-se de fundamental importncia para a didctica da leitura e da compreenso em geral. Machado, A. M. (org. e dir.), (1996), Dicionrio de Literatura Portuguesa, Lisboa, Presena. Mello, C., (1998), O Ensino da Literatura e a Problemtica dos Gneros Literrios, Coimbra, Almedina. Partindo dos estudos tericos sobre os gneros, sobre a leitura e a aprendizagem, a autora empreende uma anlise dos programas escolares, sua aplicao prtica e resultados obtidos. Na sequncia das falhas detectadas, a autora prope uma didctica da leitura que introduza, no processo de acesso ao sentidos dos textos, a mobilizao eficaz dos conhecimentos possudos pelo leitor/aluno, tanto literrios como extra-literrios. Em sntese, trata-se da construo e utilizao de uma competncia de leitura. Moiss, M., (1978), Dicionrio de Termos Literrios, So Paulo, Cultrix. Poletti, M.-L. ,(1988), La Mise en Scne du Texte, Littrature et Enseignement, Paris, Hachette. Como facilitar o acesso do leitor-aluno ao texto? Esta questo, centrada no aluno, motiva a apresentao terico-prtica de vrias actividades que, girando volta do texto, tm em comum a nfase em abordagens variadas do acto de ler. Reis, C., (1997), O Conhecimento da Literatura, Coimbra, Almedina. Reis, C. e A.C. Lopes, (1994), Dicionrio de Narratologia, Coimbra, Almedina. Rocheta, M. I. e M. B. Neves, (org.), (1999), Ensino da Literatura, Reflexes e Propostas a Contracorrente, Lisboa, Edies Cosmos. Compilao de vrios artigos sobre Didctica da Literatura, o livro pretende, por um lado, homenagear Margarida Vieira Mendes, testemunhando a sua intensa e fecunda actividade de pesquisa, por outro, lanar uma reflexo sobre vrios ncleos de questes centrais em Didctica da Literatura. Sublinha, ainda, o facto de a leitura literria constituir um caminho de aprendizagem da lngua que contribui para a formao integral dos jovens. Rosenblatt, L., (1970), Litterature and the In