8/17/2019 Como Fazer Uma Argumentação

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Argumentação Argumentar é defender racionalmente uma ideia ou opinião a fim de levar um

interlocutor a aceitar como válida essa ideia ou opinião. A eficácia da

argumentação depende da consistência e da força persuasiva dos argumentos.

A argumentação e suas dimensões

 Argumentar é defender uma ideia ou opinião alegando uma série de razões que as

apoiem. O propósito de quem argumenta é convencer seus interlocutores da

validade de uma posição ou persuadi-los a adotar um determinado

comportamento.

a argumentação! é poss"vel distinguir duas dimensões# uma lógica! na medida

em que se apontam razões! e outra prática! visto que o principal o$%etivo é

conseguir a adesão do receptor.

 A argumentação tem uma grande import&ncia na vida social! porque é a ela que se

recorre para %ustificar certos comportamentos ou para influenciar o comportamento

de outras pessoas. 'is um e(emplo de argumentação#

 A violência é uma conduta aprendida, e nossa cultura é uma eficiente

 professora. Um dado aterrador em mais de 15% dos vídeos musicais

dirigidos a crianças e adolescentes aparecem imagens de crianças

armadas. As cenas violentas que a criança vê na televisão

legitimam! a violência do entorno.

)osé Ant*nio +arina.

Elementos comunicativos da argumentação

 A argumentação ocorre em uma situação de comunicação peculiar! na qual se

devem levar em conta três elementos# o emissor! o destinatário e o modo de

comunicação.

• Emissor  é a pessoa que faz a argumentação. 'm algumas ocasiões! ele

permanece no anonimato! como ocorre! por e(emplo! na maioria dos an,nciospu$licitários. A natureza do emissor! isto é! seu prest"gio ou seu descrédito! é um

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fator que aumenta ou reduz a força da argumentação. O emissor deve

e(pressar-se de maneira simples! ordenada e adaptada s circunst&ncias em

que se encontra. 'le tem de e(por seus argumentos com $ase em sua

e(periência pessoal e na opinião de especialistas! tentando ser sempre o$%etivo.

• Destinatário é a pessoa ou o grupo de pessoas a quem se dirige a

argumentação. O destinatário pode ser individual ou coletivo! concreto uma

pessoa con/ecida pelo emissor0 ou genérico um con%unto potencial de

receptores que o emissor não con/ece0.

• O modo de comunicação diz respeito a questões como o caráter p,$lico

ou privado da argumentação! a presença ou ausência f"sica do destinatário! a

possi$ilidade de réplica por parte dele! assim por diante.

 A argumentação será eficaz na medida em que o emissor consegue que o

destinatário adote o ponto de vista defendido ou modifique seu comportamento no

sentido dese%ado. 1ara isso! o emissor deverá levar em conta tanto as

caracter"sticas do destinatário como os fatores relacionados com o modo de

comunicação.

Os argumentos

 A opinião que se sustenta rece$e o nome de tese! e as razões que se alegam em

sua defesa denominam-se argumentos.

1ara que a argumentação se%a eficaz! o emissor deve considerar as caracter"sticas

e as crenças das pessoas a quem se dirige! pois somente assim poderá sa$er a

quais argumentos elas são mais sens"veis. Além disso! esses fatores devem estarrelacionados com a tese de tal modo que a aceitação dos argumentos conduza

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aceitação da tese. as argumentações! é frequente /aver marcas que revelam a

presença do emissor como o uso da primeira pessoa! por e(emplo0 e que o

emissor se diri%a diretamente ao destinatário! com o o$%etivo de inclu"-lo no

discurso.

o entanto! s vezes o emissor prefere dar argumentação uma aparência de

o$%etividade e ela$ora seu te(to em terceira pessoa.

Os argumentos apoiam-se em valores! crenças ou premissas que se supõem

aceitos pela maior parte dos mem$ros da comunidade. 2ais premissas

compartil/adas rece$em o nome de tópicos e permitem classificar os argumentos

a%ustados ao seu conte,do.

'ntre os argumentos $aseados em tópicos! empregam-se frequentemente os

seguintes#

• O argumento da maioria $aseia-se no tópico da quantidade 3O maior ou

mais numeroso é prefer"vel ao menor ou menos numeroso40. '(emplo#

" filme teve mais de # mil$es de espectadores, portanto deve ser

muito &om.

• O argumento de utilidade $aseia-se no tópico do ,til 3O ,til é prefer"vel

ao que não é40. '(emplo#

 A'udar glo&almente as populaçes em condiçes de po&re(a

&eneficiar) a todos.

• O argumento ético $aseia-se no tópico da moralidade 3O moral é

prefer"vel ao imoral40. '(emplo#

 *en$ores mem&ros do +ongresso, é sua responsa&ilidade e ao seu

senso de dever que recorremos para propor soluçes aos pro&lemas

que assolam o país.

• O argumento hedonista $aseia-se no tópico do prazer 3O prazeroso é

prefer"vel ao desagradável40. '(emplo#

 -raia da -ipa o paraíso na /erra.

Formular uma tese

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5uando se redige uma tese! convém seguir estas diretrizes#

6. 7azer com que a tese se%a facilmente identificada. 'm um processo

de argumentação! é fundamental que o receptor possa recon/ecer imediatamente

a idéia que está sendo defendida.

8. '(pressar a tese por meio de orações. A tese é uma idéia e! portanto! deve

ser representada linguisticamente na forma de oração. ão se deve

confundir tese com tema! o qual é designado por meio de um sintagma.

'(emplo#

2ema# A po$reza em nossa sociedade. 2ese# A po$reza é uma ameaça

esta$ilidade social.

9. '(por a tese da forma mais concisa poss"vel.

A força dos argumentos

em todos os argumentos têm o mesmo poder de persuasão. A força persuasiva

de um argumento depende de sua consistência interna e do grau de aceitação da

premissa na qual se apoia. :m argumento é consistente quando está $em

constru"do e serve para defender a tese. o enunciado a seguir! por e(emplo!

emprega-se um argumento consistente#

 0umar é pre'udicial sade porque o cigarro contém su&st2ncias que

originam doenças.

ão seria consistente! entretanto! o argumento que é usado neste outro

enunciado#

 0umar é pre'udicial sade porque meu primo sofreu um acidente

quando estava fumando.