como estudar

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Sintese Esta apostila foi elaborada para direcionar e facilitar o trabalho do acadmico, quanto ao planejamento, elaborao e apresentao do Trabalho de Concluso de Curso TCC. Como requisito necessrio para aquisio do grau de qualquer curso superior, a monografia deveria ser elaborada a partir de forte embasamentos conceitual do que uma pesquisa efetiva, questo que tentamos faz -lo neste trabalho. Muito desta apostila resumo de vrios livros, que julgamos de fundamental conhecimento para montar o TCC. claro que em alguns casos estaremos trazendo de novo muitos pontos/matrias que j foram vistos em Metodologia Cientfica. Esta reviso torna -se necessria, pois estaremos aplicando na prtica muito dos conceitos na elaborao do TCC.

Dedicatria

Dedico este trabalho todos aqueles que buscam com a mente aberta e o esprito desapegado a infindvel fronteira do conhecimento, que pode nos livrar da ignorncia e da vaidade que nos cega .

Sumrio Capa Sntese e Dedicatria Posio correta de estudar 1 O mtodo do estudo eficiente 2 Aperfeioamento da leitura 3 Como resumir 4 Cincia e conhecimento cientfico 5 Caractersticas da cincias factuais 6 Mtodos cientficos 7 Fatos, leis e teoria 8 Hipteses 9 Pesquisa 10 Planejamento da pesquisa 11 Amostragem 12 Como encaminhar uma pesquisa 13 Como formular uma problema de pesquisa 14 Como construir hiptese 15 - Como delinear uma pesquisa bibliogrfica 16 Como delinear uma pesquisa document al 17 Outros tipos de pesquisa 18 Trabalhos de pesquisa cientficos monografias 19 Elaborao de relatrios e trabalhos cientficos 20 Bibliografia 3 4 - 12

Pgina

12 - 55 56 - 68 68 - 78 78 - 85 85 - 97 97 - 107 107 - 112 112 - 120 120 - 129 129 132 133 - 135 135 - 139 140 - 146 146 - 151 151 - 152 152 - 157 157 - 158 159 167 168

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Posio correta de leitura e estudo

1 O MTODO DO ESTUDO EFICIENTENo recearei dizer, porm, que julgo haver tido muita sorte em Ter-me encontrado, desde a mocidade, em certos caminhos que me conduziram a consideraes e mximas com as quais formei um mtodo pelo qual, parece, tenho um meio de aumentar gradualmente o meu conhecimento.

Descartes

Este captulo no visa transmitir a arte de estudar nem a pedagogia de estudo. Seu objetivo muito simples e direto: comunicar ao interessado os fundamentos do mtodo do estudo eficiente e as tcnicas principais que so resultado de vrias investigaes. De modo especfico so indicados meios prticos queles que tm necessidade de render mais na atividade de estudo para poderem produzir um trabalho monogrfico ou de nvel semelhante. No se frustre o leitor: se tem interesse em aprender a estudar no sentido cabal da expresso ou se tem necessidade de recuperar -se de deficincias graves quanto ao hbito de estudar, este captulo no o satisfar. Ter de recorrer a manual de como estudar. Refiro -me s investigaes sobre as habilidades de estudar entre estudantes e aos cursos de como estudar, por duas razes: para mostrar o fundamento cientfico das investigaes e a fim de comunicar minha confiana na introduo deste recurso pedaggico nas escolas de todos os nveis, como uma das mais importantes solu es ao problema da deficincia do ensino brasileiro.1.1 Investigaes de habilidades de estudar entre estudantes

Indicar normas de estudos baseadas apenas na prpria experincia, no bom senso ou por julgamento de valor no atitude cientfica e, tal vez, no seja correto. O caminho apontado o da investigao: propor, observar, experimentar, analisar e tirar as concluses. O problema do estudo eficiente poderia ser resolvido cientificamente de duas maneiras: pelo mtodo experimental ou por meio de um a pesquisa de campo, do tipo survey. No primeiro caso, a partir de uma teoria geral com fundamentao psicolgica e

pedaggica de um levantamento exploratrio dos elementos do problema e mediante intuio, poderamos realizar uma srie de pesquisas, com grupos experimental e de controle. Obteramos, sem dvida, concluses mais seguras. Mas seria um processo longo e por demais dispendioso. No segundo caso, utilizando as tcnicas de amostragem, faramos o levantamento, a descrio e a interpretao das vrias habilidades que os estudantes usam na situao de estudo (leitura, assistncia a aulas, exames, anotaes etc.), tendo o cuidado de controlar variveis como idade, sexo, nvel de escolaridade, grau de aproveitamento, nvel de inteligncia, situao socioe conmica. Os resultados do survey seriam confrontados. As tcnicas adotadas, com maior percentagem, pelos estudantes de mais alto nvel de sucesso seriam consideradas habilidades recomendveis. Como se v, esse procedimento se baseia numa hiptese de trabalho: Se os melhores as usam, devem ser as mais indicadas. CHARTERS, por exemplo, constatou que, entre 258 alunas pr universitrias, menos da metade usava o processo eficiente para preparar suas tarefas. BUTTERWECK chegou concluso de que, em um grup o de primeiranistas universitrios, menos de 25% usavam os mtodos necessrios para um estudo inteligente. CUFF, mediante um questionrio de 75 itens, investigou as atividades de estudo de 1250 alunos, de vrios graus, chegando seguinte concluso:As mdias dos resultados dos diferentes grupos no revelam diferenas progressistas, nem dignas de confiana.. Isto parece indicar que os hbitos de estudos se formam cedo, resultando do mtodo de ensaio-e-erro, ou de outro de outro fator seletivo ou fixativo e que, da por diante, os vetores tendem a permanecer constantes, a no ser que um programa planejado por professores atentos produza modificaes.

1.2 Investigaes sobre cursos de como estudar

So cursos de natureza geralmente extracurricular, cuja finalidade orientar o aluno no sentido de adquirir o conhecimento das tcnicas de estudo e do uso eficiente delas. Um bom planejamento para tais cursos devem conter tpicos como: meios para auxiliar a concentrao; distribuio de horrios; mtodo eficiente de leitura; soluo de problemas; esquemas; ampliao de vocabulrio; tomada de apontamentos; preparao de temas; estgios e relatrios; memorizao; comunicao, reviso; preparao para exames; uso de bibliotecas; estudo em grupo etc.1.3 Fundamentos do mtodo do estudo eficiente e principais tcnicas do estudo pela leitura

Entre duas pessoas que tenham o mesmo nvel mental (QI), processos cognitivos bastante semelhantes e o mesmo grau de escolaridade, possvel que uma seja mais eficiente que a outra, no estudo? Acredito que sim e tenho constatado, com freqncia que isso ocorre. E o motivo me parece, tambm, bvio: o mtodo de estudar. No o nico fator da diferena de rendimento. Mas um fator sempre presente e tenho alguma base para acreditar que seja o principal. A eficincia do estudo depende de mtodo. Mas o mtodo depende de quem o aplica. que o uso e o resultado do mtodo esto intimamente relacionados com capacidade, tipo de personalidade, feitio de inteligncia, experincias e hbitos de quem o emprega. Entretanto, temos de considerar, tambm, o aspecto objetivo do mtodo. Este em si costuma ser simples. O que o torna, porm, complicado, difcil e impraticvel , muitas vezes, o conjunto de regras ou tcnicas que o compem ou se estabelecem como se fossem ele mesmo. A estratgia , quase sempre, simples e fcil. As tticas que costumam ser numerosas, complexas e difceis. Generalizo este ponto de vista para o mtodo em todas as situaes e estou seguro de aplic -lo ao mtodo do estudo eficiente.

Tenho suficiente.

observado

um

feixe

de

tcnicas

bem

aplicadas,

principalmente por quem deseja extirpar hbit os negativos de estudo, o Em sntese, o mtodo do estudo eficiente se reduz aos seguintes pontos fundamentais: a) finalidade: desenvolver hbitos de estudo eficiente que no se restrinjam apenas a determinado setor de atividade ou matria especfica, mas hbitos que sejam vlidos, pelo processo de transferncia de aprendizagem, para as demais situaes, e eficientes para o transcurso da vida; b) abrangncia: servir de instrumento a todos que tenham as mesmas necessidades e interesses, em qualquer fase de desenvolvimento e escolaridade; c) processamento: ser global parcial global, seguindo assim o princpio geral que rege a evoluo biolgica: o do desenvolvimento difuso-analtico-sinttico. Como se v, o quadro se divide em trs categorias: as fases; as atitudes; as tcnicas a serem empregadas.

1.4 Mtodo do estudo eficiente Fases Atitude e comportamento Tcnicas bsicas do estudo pela leitura.

1. Global

Curiosidade Interesse Propsito definido

1.Perguntar-se antes do estudoleitura: y qual o assunto? y o que sei sobre isso? y que acho que vai tratar-se aqui? 2. Pausa para responder-se mentalmente a essas perguntas. 3.Leitura rpida sobre todo o livro (quando o primeiro contato com ele): y tentar obter o plano da obra y informaes sobre o autor e seu trabalho tentar descobrir seu mtodo expositivo

Olho clnico Ateno

No-passividade

4. Leitura rpida sobre o captulo, a lio: y tentar apenas se informar do que se trata y tentar esboar o plano do captulo ou do texto y estabelecer rapidamente relaes com temas anteriores y sem anotaes veloz y esta primeira leitura sem anlises levada a cabo, mesmo sem entender tudo

Fases

Atitude e comportamento

Tcnicas bsicas do estudo pela leitura.

2.Parcial

Concentrao Anlise Crtica

5. Nova leitura: demorada, refletida: y assinalar as partes importantes y obteno da idia principal y obteno dos detalhes importantes y assinalar a lpis o livro y relacionar as partes y criticar (se for o caso) pontos de vista do autor y confront-los com os prprios y levantar dvidas y procurar respostas

Sntese

Sistematizao

Ordenao lgica

6. Anotaes (de preferncia em fichas): y breves transcries y esquemas y resumos prprios y concluses tiradas y anlises e crticas pessoais (se for o caso) y documentar-se no apenas para o presente, o imediato. A anotao deve servir para o futuro. Da ser concisa, sem ser obscura

7.Relacionar o assunto com o anterior e o seguinte: consultar outras fontes. No se escravizar ao livro de textos

Fases

Atitude e comportamento

Tcnicas bsicas do estudo pela leitura.

3. Global

Concentrao

8.Reviso e assimilao: y rever toda a anotao feita y confrontar com o texto

y

Persistnciay

Adaptao s situaes reais, fora do contexto y lido

repetir para si o aprendido, imaginando que o est comunicando a algum treinar-se para que tal comunicao tenha clareza e seqncia lgica testar a memria para assegurar-se de que no esqueceu algo importante. No decorar, mas assimilar

O mtodo e o pequeno conjunto de tcnicas prticas aqui expostos prendem-se a um eixo comum: a leitura proveitosa. O leitor no h de inferir, por isso, que estou identificando o estudo com a leitura proveitosa do livro de textos. O estudante que intencion a desenvolver-se e mais tarde transformar-se em autntico trabalhador intelectual, a par da atividade de estudar para fazer o curso, tem de se interessar curiosamente por outras fontes de informao que no o livro de texto, habituar-se a ler os autores e suas teorias e, sobretudo, procurar com vontade e persistncia respostas aos problemas que ele mesmo levanta. Tem de habituar-se a questionar e verificar por iniciativa prpria, para tirar as suas concluses. Afinal, preciso reviver, na prtica, o mtodo apontado por DESCARTES: Para que um esprito adquira capacidade, necessrio exercit-lo no descobrimento das coisas descobertas.1.5 A tcnica por excelncia

Habituado metodologia cientfica, atravs do magistrio e da prtica em pesquisa, posso garantir que todo mtodo depende sempre do emprego do poder da deciso. O sucesso de uma pesquisa, por exemplo, vai depender, inicialmente, de poder decidir por qual mtodo a ser empregado, o experimental ou o no experimental; a seguir surgem momentos de deciso entre alternativas de sistemas de elaborao da hiptese, da forma e contedo das proposies, das tcnicas a serem utilizadas na coleta de dados; requer -se deciso definitiva pelo tipo de amostragem que venha a ser mais significativa e representativa, pois, em geral, no haver possibilidade de se voltar atrs;

quando tiver de analisar os dados colhidos, o pesquisador ter de decidir por quais tcnicas, se so necessrias estatsticas ou no, para Ter mais sucesso na interpretao e explicao do fenmeno, em termos de maior probabilidade de acerto; ao final, decidir definitivamente por aceitar as concluses mais consoantes com seu desenho de comprovao da hiptese. O mtodo do estudo eficiente, tambm, depende do poder deciso de quem pretende atingir seu objetivo. O estudante que no se decide, com vontade, a empreg-lo certamente no conseguir xito. Aqui, como em outros captulos, h de insistir -se na necessidade de tentar, praticar e treinar. Por isso que o treinamento a tcnica por excelncia do mtodo do estudo eficiente.1.6 How to Study de MORGAN

Merece destaque entre manuais de como estudar recomendveis ao estudante de nvel superior, sobretudo quele recm -admitido na universidade, a obra: MORGAN, Clifford e DEESE, James How to Study, com traduo em espanhol e portugus. So dez captulos bem distribudos e didaticamente estruturados a fim de realizar, para o estudante, verdadeiro curso de como estudar. O mais importante que o autor soube evitar as normas e con selhos, fruto do bom senso, mas sem comprovao. interessante apresentar aqui uma recenso desse livro. O estudo um esforo total para se aprender, e s verdadeiramente proveitoso quando se aprende. possvel estudar melhor e em menos tempo, pois h mtodo de estudo mais eficiente do que aquele que um estudante descobriu por si mesmo, por ensaio e erro. Afinal a arte de estudar comea com a forma em que organizamos nossa vida. Mas freqente o jovem no perceber a situao e continuar supervalorizando-se. Atravs de investigaes constatado que a maioria dos estudantes universitrios no quer aceitar suas deficincias. Afinal o que importa no o quanto estudas, mas como estudas. Por isso, o estudante que trabalha no deve ser considerado exceo. o que

mais valor d ao mtodo eficiente e dele tira o melhor proveito: Segundo investigaes, os estudantes que trabalham obtm, em mdia, qualificaes to boas e at melhores do que aqueles que no trabalham. O estudante de sucesso no s o que estuda: Importam tanto as horas em que estudas como as que dedicas a outras coisas. O problema bsico estabelecer horrio, plano: Um horrio bem feito proporciona tempo e i mpede de vacilar acerca do que vais fazer. Mostra que ests realizando o que deves no tempo conveniente. O problema da perda de tempo e de como empreg -lo dissecado. As condies fsicas e o local de estudo apropriado no so esquecidos. O captulo 3 o ponto alto da obra. A estratgia do estudo aqui examinada com riqueza de tcnicas. A frmula mgica o Survey Q 3r (Survey = examinar; Q de Question = perguntar; os trs R: Read = ler; Recite = repetir; e Review = rever). A leitura como instrumento fundamental do estudante tratada nos seus aspectos mais importantes: o que ler; como ler; o tipo adequado para assunto diversificado; o ritmo a ser empregado. Mostra como aumentar a velocidade de leitura sem perder o poder de compreenso e assimilao.

2 - APERFEIOAMENTO DA LEITURA

O estudo eficiente depende da tcnica da leitura. O estudante como trabalhador intelectual tem necessidade de ler constantemente. Investigaes j foram feitas e concluram que o sucesso nas carreiras e atividades do mundo moderno est em relao direta com o hbito de leitura proveitosa: h, no mnimo, a necessidade de se obterem as informaes exatas no lugar e no momento oportunos e a de aperfeioamento profissional, cujo processo comunicado nos livros, textos e outros recursos que exigem leitura e estudo. O estudante e o responsvel por um trabalho cientfico enfrentam um problema comum: Ter de consultar e ler uma quantidade imensa de material escrito indicado pelas fontes, bibliografias e documentao. A cada ano, a exploso bibliogrfica, mesmo a especializada, aumenta assustadoramente. A cincia, sob certo aspecto, um processo cumulativo e

no um produto acabado; o trabalhador intelectual tem necessidade de se atualizar. Neste caso, mtodo e habilidades se res umem em: a) saber selecionar o que se deve ler; b) saber ler com a maior velocidade e o melhor proveito possveis. Mas para atingir esse objetivo preciso que o interessado comece a medir suas possibilidades: que espcie de leitor , quais as suas condies e seu poder de deciso em desenvolver habilidades atravs de treinamento.2.1 Comparao entre o bom e o mau leitor

primeira vista parece fora de propsito a epgrafe acima. Poder -seia objetar que se trata de um problema de valor e ser ia ocioso, numa perspectiva cientfica, estabelecer um confronto entre bom e mau, pois se torna um julgamento bastante subjetivo. A experincia e a observao tm mostrado um fato bastante freqente: h muitas pessoas que lem e h pessoas que sabem ler. Muitas sobretudo quando tm conscincia do problema, pagam um tributo caro a hbitos formados desde a escola primria e que as condicionaram a ler sem saber ler. Convm que voc leia o quadro pausadamente, um item de uma coluna e logo a seguir o correspondente na outra coluna. medida que for identificando pontos positivos e pontos negativos, assinale -os. Depois reveja-os e estabelea o esquema de suas necessidades concretas para desenvolver hbitos de leitura veloz e producente.Bom leitor Mau leitor O bom leitor l rapidamente e entende O mau leitor l vagarosamente e bem o que l. Tem habilidades e entende mal o que l. Tem hbitos hbitos como: como:

1. L com objetivo determinado. 1. L sem finalidade Ex.: aprender certo assunto, repassar Raramente sabe por que l. detalhes, responder a questes. 2. L unidades de pensamento. Abarca, num relance, o sentido de um grupo de palavras. Relata rapidamente as idias encontradas numa frase ou num pargrafo. 3. L palavra por palavra. Pega o sentido da palavra isoladamente. Esfora-se para juntar os termos para poder entender a frase. Freqentemente tem de reler as

palavras. 3. Tem vrios padres de velocidade. 3. S tem um ritmo de leitura. Ajusta a velocidade da leitura com o Seja qual for o assunto, l sempre assunto que l. Se l uma novela, vagarosamente. rpido. Se livro cientfico para guardar detalhes, l mais devagar para entender bem. 4. Avalia o que l. Pergunta-se freqentemente: Que sentido tem isso para mim? Est o autor qualificado para escrever sobre tal assunto? Ele est apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual a idia principal deste trecho? Quais seus fundamentos? 5. Possui bom vocabulrio. Sabe o que muitas palavras significam. capaz de perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionrios e o faz freqentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.Bom leitor 6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro. Sabe que a primeira coisa a fazer quando se torna um livro indagar de que trata, atravs do ttulo, dos subttulos encontrados na pgina de rosto e no apenas na capa. Em seguida l os ttulos do autor. Edio do livro. ndice. Orelha do livro. Prefcio. Bibliografia citada. S depois que se v em condies de decidir pela convenincia ou no da leitura. Sabe selecionar o que l. Sabe quando consultar e quando ler.

4. Acredita em tudo o que l. Para ele tudo o que impresso verdadeiro. Raramente confronta o que l com suas prprias experincias ou com outras fontes. Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.

5. Possui vocabulrio limitado. Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca rel uma frase para pegar o sentido de uma palavra difcil ou nova. Raramente consulta o dicionrio. Quando o faz, atrapalha -se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definio das palavras e em escolher o sentido exato.Mau leitor 6. No possui nenhum critrio tcnico para conhecer o valor do livro. Nunca ou raramente l a pgina de rosto do livro, o ndice, o prefcio, a bibliografia etc. antes de iniciar a leitura. Comea a ler a partir do primeiro captulo. comum at ignorar o autor, mesmo depois de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre leitura e simples consulta. No consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro.

7. Sabe quando deve ler um livro at o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periodicamente. Sabe quando e como retomar a leitura, sem perda de tempo e da continuidade.

7. No sabe decidir se conveniente ou no interromper uma leitura. Ou l todo o livro ou o interrompe sem critrio objetivo, apenas por questes subjetivas.

8. Discute freqentemente o que l com colegas. Sabe distinguir entre impresses subjetivas e valor objetivo durante as discusses.

8. Raramente discute o que l. Quando o faz, deixa-se levar por impresses subjetivas e emocionais para defender um ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugares comuns, das tiradas eloqentes, dos preconceitos. 9. No possui biblioteca particular. s vezes capaz de adquirir metros de livro para decorar a casa. freqentemente levado a adquirir livros secundrios em vez dos fundamentais. Quando estudante, s l e adquire compndios de aula. Formado, no sabe o que representa o hbito das boas aquisies de livro.

9. Adquire livros com freqncia e cuida de ter sua biblioteca particular. Quando estudante procura os livros de texto indispensveis e se esfora em possuir os chamados clssicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de peridicos cientficos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisio dos chamados compndios. Tem o hbito de ir direto s fontes; de ir alm dos livros de textos.

Bom leitor Mau leitor 10. L assuntos vrios. 10. Est condicionado a ler sempre a L livros, revistas, jornais. Em reas mesma espcie de assunto. diversas: fico, cincia, histria etc. Habitualmente nas reas de seu interesse ou especializao.

11. L muito e gosta de ler. 11. L pouco e no gosta de ler. Acha que ler traz informaes e causa Acha que ler ao mesmo tempo um prazer. L sempre que pode. trabalho e um sofrimento. 12. O BOM LEITOR aquele que no s bom na hora de leitura. bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: constantemente bom leitor. No s l, mas sabe ler. 12. O MAU LEITOR no sabe se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistncia ao hbito de saber ler.

Aps auto-analisar-se provvel que o leitor queira aperfeioar seu hbito de leitura. Os meios de alcan -lo sero fornecidos atravs das tcnicas de leitura veloz e proveitosa.2.2 Tcnicas para tornar a leitura veloz e proveitosa

A leitura no simplesmente o ato de ler. uma questo de hbito ou aprendizagem, que pressupe: a) uma teoria que fundamente o mtodo; b) uma estratgia a ser empregada; c) um conjunto de tcnicas; d) treinamento. preciso que, antes, o interessado se convena do fundamento terico do mtodo, para, em seguida, utiliz -lo racionalmente e atravs de treinamento, no qual se comportar como aprendiz e instrutor de si mesmo: acompanhar seus resultados e corrigir seus erros. Esta microteoria tem razes behaviorista e gestaltista. De certo modo est ligada s idias dos tericos da personalidade e da aprendizagem, que tm, nos ltimos anos, desenvolvido uma teoria associacionista: estmulo organismo integrador reao (EOR). O condicionamento um fato cientfico, mas sabemos que no conseguiramos explicar a aprendizagem da leitura apenas em termos mecanicistas de estmulo -resposta (ER), ao menos no estgio atual da cincia psicolgica. Nesta breve exposio, est o fundamento terica do mtodo, das estratgia e das tcnicas da leitura proveitosa e veloz. Em forma sucinta, so apresentadas as tcnicas de leitura veloz e proveitosa. Esto distribudas dentro das seguintes reas: 1) condies fsicas, fisiolgicas e psquicas; 2) a tcnica da leitura oral; 3) o emprego dos olhos; 4) velocidade da leitura; 5) tipos de leitura; 6) vocabulrio; 7) uso de obras de referncia; 8) compreenso.2.3 Condies fsicas, fisiolgicas e psquicas

Antes de iniciar uma leitura e, particularmente, antes de iniciar o perodo de treinamento, importante observar as segu intes condies: a) ambiente sossegado ou que o discernimento do leitor considere o mais adequado; b) luz em posio correta (que no fira diretamente os olhos e que venha possivelmente da esquerda); c) procurar ler sempre no mesmo local e no mesmo horrio (isso ajuda a condicionar o organismo);

d)

verificar se tem viso, audio e respirao normais; tente responder a estas perguntas: tem dificuldade em reconhecer as palavras? em entender o que os outros dizem? freqentemente pede para repetirem? sente a vista embaralhar-se ao ler? dor de cabea depois de alguns minutos de leitura? (se respondeu afirmativamente, sinal de que est precisando de uma visita ao mdico);

e) posio correta do livro: a mais indicada a que forme um ngulo prximo de 90 com o trax, a uma distncia aproximada de 30 cm dos olhos; f) posio correta do corpo: a mais indicada ficar assentado, formando a parte traseira das pernas com o cho um ngulo quase reto; g) no ler tendo pensamentos que o p reocupam e possam obstruir freqentemente a dinmica da leitura. A maneira prtica de resolver o problema lanar numa folha de papel as coisas que preocupam e determinar o horrio e o meio de resolv -las. h) Ler com propsito definido e com deciso.2.4 A tcnica da leitura oral

Quem tem possibilidade de fazer leitura oral, convm que, de vez em quando, a exercite. A leitura oral sempre indicada quando, aps ler e reler um pargrafo ou trecho, ainda no se conseguiu captar -lhe o sentido. J foi observado que: a) o bom leitor capaz de ler alto (caso no tenha impossibilidade fsica ou de outra procedncia) com clareza e expresso; b) l sem tropeos; c) todos o entende e ele gosta do que l; d) sabe fazer as pontuaes e mo dulaes com naturalidade e agrado; e) colocado numa situao de teste, em que se lhe pede para continuar pronunciando as palavras, aps um sinal convencional,

sem olhar para o livro, capaz de dizer no mnimo quatro palavras; f) o bom leitor revela-se pela leitura oral, porque no l, mas interpreta atravs da leitura oral.2.5 O emprego dos olhos

o ponto mais importante, pois atravs do aparelho visual que se d a passagem e a transformao do material escrito, sensorialmente captado, em imagem perceptiva e mental. Os olhos absorvem o que, instantaneamente, se torna compreensso.2.5.1 Convm atentar para os seguintes dados e tcnicas:

1) Qual a capacidade da sua viso na leitura? Seus olhos absorvem um grupo de vrias palavras ao mesmo tempo? Se o conseguem, provavelmente sua leitura rpida e muito boa. Percorra com os olhos, sem fazer pausa, estas trs linhas: Ela abandonou inteiramente a escola quando ainda era muito pequena sua irm Jlia adotada numa famlia de maiores recursos que a sua. Se moveu os olhos sem parar, possivelmente no captou o sentido do que leu. Agora leia as linhas com sua velocidade usual: Ela abandonou inteiramente a escola quando ainda era muito pequena sua irm Jlia adotada numa famlia de maiores recursos que a sua. Durante este tempo, seus olhos tiveram movimento parada movimento parada movimento parada... Durante cada parada, os olhos se detm num grupo de palavras ou numa palavra. S durante a parada se pode captar o sentido do grupo de palavras ou da palavra. Enquanto os olhos se movem, no se atenta para o sentido das palavras. Talvez tenha agido assim:

Ela abandonou inteiramente a escola / (parada) / quando era muito pequena / (parada) / sua irm Jlia / (parada) / adotada numa famlia de maiores recursos que a sua / (parada). Observe que o nmero de palavras entre uma parada e outra no sempre o mesmo. O primeiro grupo de cinco; o segundo, de quatro; o terceiro, de trs; o quarto, de nove. A cadncia do pensamento no a mesma da sensibilidade. H um certo mistrio nisto: por que, por exemplo, uns leriam o mesmo trecho acima com aquela diviso de grupo de palavras e de pausas e outros com outra diviso? instantneo e impondervel o ato que liga o emprego dos olhos, a percepo, o pensamento e a reao do leitor. Campo de viso o nmero de palavras que os olhos absorvem numa simples fixao. H uma palavra enfocada e palavras esquerda e a direita da enfocada. Quanto maior o nmero de palavras que um leitor absorve entre uma parada dos olhos e outra, maior ser seu campo de viso. O mau leitor, porque tem o campo de viso estreito (por exemplo: l palavras isoladas), tende a voltar a vista e liga as palavras sem sent ido. O resultado que sua compreenso fica prejudicada. Ento: quanto maior o campo de viso, melhor a leitura. 2) Quanto mais curta a pausa, melhor a leitura. O bom leitor tem pausas de fixao curtas. Por isso, sua leitura rpida e l com compreenso. Ao contrrio do que muitos pensam, a ateno na leitura est inversamente proporcional demora da pausa de fixao, por isso quanto mais lenta for uma leitura mais facilmente a ateno cai. 3) Quanto mais raras as fixaes, melhor a leitura. um corolrio do princpio formulado no item 1 quanto ao campo de viso. O mau leitor se detm sobre quase toda palavra que l. Numa linha de dez palavras, faz dez fixaes. O bom leitor faria, talvez, duas, dependendo da frase, pois como vimos est em jogo a internalizao ideogrfica de cada um diante de cada texto.

4) Quanto mais raros os retrocessos, melhor a leitura. A leitura normal tem um movimento de um lado para o outro. Em portugus, por exemplo, se l da esquerda para a direita (em outras lnguas, como no hebraico, se l no sentido inverso). Se ligarmos a primeira palavra ltima de uma pgina, teremos uma linh a diagonal (desta observao que surgiu, talvez, a chamada leitura em diagonal). possvel, portanto, ler tentando desenvolver, com o emprego dos olhos, um percurso em diagonal, fazendo com que o movimento se d mais dentro da faixa diagonal do que na direo horizontal em que as palavras materialmente se encontram.- 13 Estudara, quando mais moo, entre as partes da Filosofia, a Lgica, e, entre as das Matemticas, a Anlise das Geometrias e a lgebra, trs partes ou cincias que pareciam dever contribuir em alguma cousa para o meu intento. Mas ao examin-las notei, no que diz respeito, Lgica, aos seus silogismos e maior parte de suas instrues, que servem mais para explicar aos outros as cousas j sabidas, ou mesmo como a arte de Llio, para falar sem grande critrio daquelas que se ignoram, do que para aprend-las. E embora ela mantenha, com efeito, muitos preceitos verdadeiros e bons, existem, todavia, com eles misturados, tantos outros que so nocivos e suprfluos, que quase to difcil separ-los uns dos outros como tirar uma Diana ou uma Minerva Indicao da diagonal da pgina durante a leitura: h uma faixa em torno da diagonal, mostrando onde deve concentrar -se mais o foco de viso numa pgina inteira.

Mas o que mais me contentava neste mtodo era que, por meio dele, estava seguro de usar em tudo da minha razo, seno perfeitamente, ao menos da melhor maneira.Indicao dos movimentos dos olhos: a diagonal da direita para a esquerda mostra o movimento que os olhos devem fazer com a maior velocidade, ao passar de uma linha para outra.

5) possvel melhorar os movimentos dos olhos.

Como?

Comecemos por indicar o teste do espelho. Consiste no seguinte: convida -se um colega a sentar-se ao lado da mesa, onde se vai ler. Funcionar como observador. Eleva-se o livro cerca de sete centmetros e coloca -se um espelho

horizontalmente sobre a mesa. O colega observar o ngulo de refrao que lhe permita acompanhar o movimento dos olhos do leitor. Atravs de anotaes e com controle de relgio marcar: a extenso do campo de viso; o nmero de pausas de fixao; os retrocessos; e o tempo de pa rada entre um campo de viso e outro. Outro teste o do projetor de slides. Exige-se que uma pessoa prepare uma srie de slides de textos (frases curtas) desconhecidos do leitor. Os textos so projetados rapidamente e o leitor convidado a reproduz -los imediatamente aps a projeo. O nmero de palavras fixadas computado m funo do nmero de segundos. Uma mensurao mais perf eita poderia ser obtida com aparelhos mais especializados de laboratrio de psicologia experimental. Testados o campo de viso e o ritmo de movimento ocular, possvel melhorar o emprego dos olhos:y y y y y

encurtando as pausas dos olhos; reduzindo o nmero de fixaes; alargando o campo de viso; combatendo a tendncia de fazer freqentes retrocessos; procurando ler unidades de pensamento (geralmente identificadas com os campos de viso) e no palavras isoladas; esforando-se para ler sempre adiante e fazer paradas apenas necessrias para absorver o que leu; s voltar atrs quando tiver dvida real; treinando. H duas tcnicas que podem ser acrescentadas s anteriores: sua

y

y

prtica tem obtido bons resultados. A primeira exige mais treinamento para se constatarem os resultados positivos. Consiste em procurar ler as palavras, tanto quanto possvel, pela sua parte superior e at a metade de cada palavra. Merece uma explicao, pois tem um fundamento te rico bastante curioso:

1) Somos capazes, em geral, de identificar uma palavra e um conjunto delas, apenas pela sua parte superior. Coloque, por exemplo, a extremidade de uma folha de papel em branco sobre uma linha impressa dum livro, cortando-a pela metade horizontal de modo que aparea s a metade superior de cada palavra.

NENHUM ASSUNTO TRAZ TANTAS VANTAGENS FUTURAS COMO O DO PROGRESSO NA LEITURA2) Quanto leitura da metade esquerda da palavra (desprezo pelas slabas e letras finais) deriva de um costume universal: as abreviaturas (trab. = trabalho, fbr. = fbrica, q. = que, etc.). A mesma leitura, provavelmente, seria feita se a frase fosse:NEM. ASS. TRAZ TAN. VANT. FUT. CO. O DO PROG. NA LEIT.

Partindo dessa observao se tira uma concluso matemtica: para se ler uma linha impressa emprega-se x tempo; se ela for reduzida metade, empregar-se- x/2 tempo, e, se for reduzida a um quarto, empregar-se- x/4 tempo. Matematicamente, haveria, realmente, uma redu o de cada palavra a um quarto do seu tamanho; por conseguinte o tempo que se empregar com esse mtodo deveria ser reduzido a um quarto tambm, ou seja, a velocidade aumentaria quatro vezes, mesmo que o resultado no venha a ser igual ao clculo matemtico, certo que as pessoas que tm desenvolvido esse hbito conseguiram aumentar bastante a velocidade de sua leitura. A outra tcnica a do lpis colocado no meio da pgina, em sentido vertical, para ajudar a captao dos termos principais com mais facilidade. Pode tambm ser utilizada como tentativa ou um auxiliar s tcnicas anteriores. O lpis funciona como estmulo para os focos dos campos de viso e restrio dos sinais de disperso existentes na pgina impressa.

2.5.2 Um dos assuntos controvertidos dentro das tcnicas de

leitura o dos chamados maus hbitos de leitura. A maioria deles est relacionada com o emprego dos olhos. Parece que o assunto est merecendo maior investigao cientfica. Certos hbitos em si no so nem bons nem maus; passam a ser a partir do momento em que seu uso prejudica a leitura; isso, provavelmente, vai variar de pessoa para pessoa, de situao para situao. Eis alguns desses maus hbitos: 1) Movimentos labiais durante a leitura silenciosa. Geralmente so indcio de leitura vagarosa: quem o faz est falando para si mesmo, quer tenha conscincia disso, quer no. 2) Movimento da cabea durante a leitura. Este um defeito, apontado unanimemente pelos autores de tcnicas de leitura. Quem move a cabea enquanto l est fazendo com a cabea o que os olhos deveriam fazer. Mais do que o anterior um hbito que merece ser extirpado. 3) Percurso do dedo ao longo da linha durante a leitura. a prtica mais controvertida. Inclusive h cursos de leitura dinmica cuja tcnica fundamental recomendar e treinar o leitor a ler percorrendo com o dedo a linha que se l. 4) Hbito de ler os sinais e letras e no as idias. J foi observado em investigaes que o bom leitor geralmente no constata muitos erros grficos, troca de letras, deslizes de ortografia, concordncia etc. Justamente porque l idias e no palavras.2.6 Velocidade de leitura

A tcnica do emprego dos olhos est intimamente relacionada com o problema da velocidade da leitura. Esta uma decorrncia natural daquela.

H um provrbio que, parece, existe em quase todos os povos: devagar, mas longe ou devagar, mas firme (os italianos, por exemplo, dizem: Piano, piano si va lontano e si arriva a Milano). Em geral o leitor vagaroso menos seguro a respeito do sentido daquilo que l do que o leitor veloz. Quanto mais devagar uma pessoa l, melhor entende; quanto mais depressa, mais fraca a sua compreenso. Mas isso realmente verdadeiro? A resposta a mesma: No em muitos tipos de leitura. J foi observado que a razo deste equvoco to fatal ao aperfeioamento da leitura o ensino desta no curso primrio e a prtica no curso secundrio, com ressalva das honrosas excees que, felizmente, existem. Comparaes j foram feitas entre os dois tipos de leitor e ficou comprovado que o leitor veloz to eficiente quanto o vagaroso na interpretao de textos, e, em geral, leva ligeira vantagem so bre o vagaroso quanto a memorizao e assimilao. As habilidades velocidade e compreenso de leitura no so incompatveis e costumam andar juntas.1 Quadro segundo WITTY Objetivos da leitura Tipo de leitura Velocidade adequada

1. Para saber como fazer Intensivo alguma coisa

Velocidade lenta de 150 a 250 palavras de ser por o ou minuto, mais ou menos, dependo assunto difcil estranho

Para conseguir Leitura completa informaes, detalhes, cuidados especialmente de assunto no familiar Para julgar ou criticar Estudo idias 2. Para obter prazer apreciao geral Para ampliar conhecimentos em geral

e

Relance Velocidade rpida Vista dolhos Muitas vezes: vrias Informao rpida, conforme o assunto que pginas por minuto se l

2 Quadro segundo MORGAN

Trata-se de um teste de leitura compreensiva, em que se fornecem ao leitor passagens para ler. A hora em que se inicia a leitura anotada. Ao trmino, so computados os minutos e segundos consumidos. Em seguida, o leitor responder um questionrio de compreenso. A tabela especifica o mnimo e o mximo j atingidos o mnimo existente entre leitores comuns e o mximo atingido pelos melhores leitores:Passagem 1 Passagem 2 Velocidade de leitura

min. 6 5 4 3 3 2 2 1 1 1 1

seg. 58 34 38 58 16 47 19 59 44 32 23

min. 7 5 4 4 3 2 2 2 1 1 1

seg 5 40 43 3 20 50 22 1 46 34 25

palavras p/ minuto 80 100 120 140 170 200 240 280 320 360 400

Como se v tratando-se de uma leitura compreensiva, o limite mximo ideal de quatrocentas palavras por minuto. FRY, acompanhando treinamento de leitores em curso de faster reading em vrias universidades, concluiu que os leitores que conseguem ler com compreenso atingem o seguinte escore:y y y

Leitor vagaroso (slow reader): 15 0 palavras por minuto; Leitor moderado (fair reader): 250 palavras por minuto; Leitor veloz (good reader): 350 palavras por minuto.2.7 Tipos de leitura

Desde o incio do captulo tivemos ocasio de deparar com diversos tipos de leitura que o bom leitor utiliza, como por exemplo: a silenciosa, a oral, a tcnica, a de informao, a de estudo, a de higiene mental e prazer. importante saber que leitura se vai fazer e regular a velocidade de acordo com este tipo. O mau leitor l novela e livro cientfico na mesma velocidade: l sumrio de uma revista, ndice de um livro como se estivesse querendo memoriz-los; leva jornal, leva tanto tempo para ler a parte cmica como o editorial. O bom leitor ajusta o mtodo de leitura a seu o bjetivo: se l novela, para deleitar-se, o faz rapidamente; se textos, para obter respostas a questes formuladas, o faz cuidadosamente. Treinou -se numa variedade de tipos de leitura e sabe aplicar o tipo conforme o objetivo.2.7.1 Vocabulrio

O estudante, particularmente aquele que se interessa em tirar proveito das leituras que faz em funo de algum trabalho, deve possuir domnio da lngua e particularmente de seu vocabulrio. O vocabulrio do leitor enriquece-se dia a dia, justamente porque te m o hbito de ler. Por outro lado, quanto maior o vocabulrio possudo pelo leitor, maior ser seu progresso na leitura. Durante a leitura de um texto, freqente ao leitor deparar com palavras desconhecidas ou termos tcnicos com significao especfica que o autor empregou e ele ainda ignora. A tcnica a utilizar nestas ocasies simples: a) deparando com um termo novo, no parar a leitura; b) tentar encontrar o seu sentido pelo prprio texto; c) voltar a reler para ver se resolveu a dvida ou garantiu o significado; d) no conseguindo, consultar um dicionrio; e) em se tratando de livro cientfico ou tcnico, dar preferncia sempre consulta ao glossrio que o autor empregou no final do livro (se houver) ou a um dicionrio especializado;

f)

nunca se acomodar diante do termo desconhecido, tendo preguia de consultar; considere-o um desafio; deixar de esclarecer a dvida no momento oportuno sempre prejudicial.2.7.2 Uso de obras de referncia

O bom leitor tem o hbito de e a habilidade para usar as obras de referncia. Considera-as instrumentos bsicos de seu trabalho, porque sabe onde e como obter as informaes. Acompanha com interesse e assiduidade as informaes bibliogrficas de sua especializao.2.8 Compreenso na leitura

Velocidade na leitura importante, mas no mais do que a compreenso. Atente-se para as seguintes colocaes incisivas:y y y y y

No se l tudo na mesma velocidade. Ler depressa no deslizar. Ler bem no mero automatismo: compreenso. Ler um captulo deve significar resumi -lo, ao menos mentalmente. O ritmo de leitura deve ser ditado antes de inici -la (por que vou ler isso? o quero exatamente aproveitar disso?). Ao mesmo tempo que se vo descobrindo as vantagens da leitura veloz, importa compreender o que se l. Afinal, compreender sempre mais importante, embora no seja

y

incompatvel com a velocidade de leitura.2.9 Treinamento em leitura veloz e proveitosa

Os cticos da leitura veloz defendem, indiscriminadamente, a idia de que s se guarda e s se compreende bem o que se l vagarosamente, mas, na verdade, mas na verdade gostariam de obter o mesmo resultado se pudessem ler mais rapidamente.

O treinamento em leitura velo z e proveitosa muito simples quanto programao, pois pode ser seguido individualmente, como um curso auto didtico. Apontarei aqui um bem prtico e que j comprovou ser eficiente. Dispensa a matrcula em curso de leitura dinmica ou aquisio de man ual de leitura veloz, mas pode ser completado com tais iniciativas. Eis, em forma sucinta, um: Programa prtico de treinamento em leitura veloz e proveitosa 1) Toma a deciso em cumprir este programa de treinamento e impor-se a violncia de lev-lo at o fim. 2) Convencer-se de que nenhum assunto traz tanta vantagens futuras como o progresso na leitura. Tomar esta proposta como slogan do treinamento e como profisso de f no meio de sua realizao pessoal. 3) Planejar seu treinamento para um pe rodo determinado dentro da seguinte tabela:Horas disponveis por dia Perodo de treinamento Intervalo dirio entre as prticas de 30 minutos de durao

meia hora 1 hora 2 horas

4 meses 3 meses 2 meses

no h mnimo de 15 min. Mnimo de 15 minutos entre as duas primeira prticas 2 horas no mnimo entre a 2 e a 3 prticas 15 min. entre a 3 e a 4.

4) Escolher livros ou textos para praticar com as seguintes caractersticas: a) assunto ligado a seu interesse; que tenha real motivao para ler ; b) disposio do assunto tratado tecnicamente bem feita, atravs de ttulos, subttulos, epgrafes, destaques, pargrafos, sumrios etc.; c) impresso agradvel e com caracteres de fcil leitura;

d) linguagem bastante acessvel. 5) O tamanho do texto deve ser calculado em funo de uma leitura a ser feita em quinze minutos. 6) O controle ser feito da seguinte maneira: a) atravs de caderno de registro, onde haver uma pgina destinada para cada prtica; b) no incio de cada pgina do caderno, marque o horrio em que comeou a ler e aquele em que terminou; logo a seguir, o tempo que levou, reservando um lugar para o nmero de palavras que tem o texto e outro para o resultado em nmero de palavras lidas por minuto. Quem consegue transformar-se em bom leitor ter possibilidade de atingir excelente resultado na vida e nos estudos. Um estudante que lesse apenas durante duas horas por dia, com velocidade de 350 palavras por minuto, leria:y y y y

em uma semana: 3,5 livros de 70 mil palavras; em um ms: 15 livros de 70 mil palavras; em 1 ano: 180 livros de 70 mil palavras; em 10 anos: 1.800 livros de 70 mil palavras; Isso no fabuloso? Certamente que no est muito longe de seu alcance.

2.10 Exerccios de Aperfeioamento de Leitura

Exemplo 1

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Exemplo 2

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Exemplo 3

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O tempo que o olho permanece na parada chama -se pausa ou parada ocular. Ela pode ser de 1/100 de segundo para imagens comuns e de 1/5 de segundo para palavras. Podemos aproveitar melhor esse tempo e at diminu-lo, se conjugarmos a ele o bom uso do nosso campo de perifrico. Em vez de fixarmos a parada ocular em cima de determinada palavra, devemos fix-la acima desta, no espao entre uma frase e outra. Por exemplo: . RiO De JANeIRO . . RIO DE JANEIRO

Os movimentos oculares so imprescindveis para quem deseja aumentar a velocidade de leitura e aperfeioar este processo. Eles constituem a parte principal da leitura ativa junto com a formao de hbitos corretos de acelerao. Os exerccios que se seguem tm como objetivo aumentar o campo visual e a velocidade das paradas oculares. Eles no devem ser feitos por mais de dez minutos, no incio e, para que causem efeito, s se passar para o seguinte depois de executar bem o anterior. Sempre que estiver lendo, durante este perodo de treinamento, procure aplicar as tcnicas que j sejam de domnio e no se impressione se, neste perodo inicial, houver uma pequena queda na compreenso, pois os exerccios foram elaborados com base em uma mdia de leitura de 300 palavras p or minuto e, ao iniciarmos, possumos uma mdia de 100 palavras por minuto. A compreenso vai reaparecendo medida que automatizamos os movimentos. Podemos comparar com o ato de dirigir: no incio, conciliar os espelhos, os pedais, as marchas, e ainda ter de manusear um volante, parece impossvel mas, depois da prtica, ningum mais

se preocupa com esses detalhes e dirige sem perceb -los! Basta apenas um pouco de esforo para atingir a meta desejada.

Exemplo de condies de estudo e leitura.

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Movimento ocular em forma de S SkimmingThe image part w ith relationship ID rId9 w as not found in the file.

Ponto de interrogao. Movimento ocular.

EXERCCIO N. 2

Pouse os olhos sobre os pontos de fixao, da esquerda para direita, durante dois minutos. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

EXERCCIO N. 2

Pouse os olhos sobre os pontos de fixao, da esquerda para direita, durante dois minutos. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

EXERCCIO N. 3

Procure fixar os olhos no nmero que se encontra no centro dos retngulos, de forma que perceba os que se encontram nas laterais, sem deslocar os olhos em direo aos mesmos, durante um minuto.

3

4

1

0

2

9

1

7

5

6

3

7

2

1

4

EXERCCIO N. 4

Procure olhar para os pontos de fixao e perceber a palavra que

est escrita abaixo, sem que haja a subvocalizao da mesma (no fixe os olhos, apenas faa um sobrevo sobre os vocbulos) durante dois minutos. * pasta * preta * regime * amarelo * acalanto * fala * cigarro * relgio * empresa * laranjas * cidade * computador * costa * crena * sublime * amargura * recanto * abalo * presidente * abotoadura * secretria * melancia * vassoura * revista * tosta * prensa * anime * largura * pranto * anjo * agenda * sapatos * portaria * abacaxi * mquina * diamante

EXERCCIO N. 5

Leia as letras dispostas abaixo na seguinte ordem: centro, esquerda e direita. Depois, leia as letras centrais, procurando perceber as que se encontram esquerda e direita, sem fixar os olhos nestas ltimas. Marque

seu tempo inicial e procure executar o exerccio at diminu-lo pela metade. A E C D R R A K D M H T J Q X P I E K O I B M A M T B P A M E B S L C Z E C P M H A U S B T B O S C O B J F R O T P D F M N P Y Z J

EXERCCIO N. 6

O mesmo exerccio proposto anteriormente. S T W A CSB ACP EWN FEY K J A I

L Q D T I O P C O Q D P R A L D L Q D A B

GTY UIT ETA REW WQT WVU GLH NND ACT JIT ALM VHI WIS AMB MBV VUM AIT EWA ATL VCA SAC

W S Q G G A M M T L O C T J X H W O M D M

EXERCCIO N. 7

Fixe os olhos no centro dos mdulos abaixo e perceba as letras que esto em sua volta. C M Q J A E D O P

D L S E B U O C P S E F K K T X A X W G N

G

O A

T Q

P

EXERCCIO N. 8

Fixe os olhos nos nmeros centrais procurando perceber os que os rodeiam e o critrio utilizado para a seleo dos mesmos. 1 5 7 9 3

2 8 16

4 32

5 35 15

25 40

1 11 13

7 17

400 200 800

600 1200

EXERCCIO N. 9

Procure fixar os olhos no conjunto de letras central, de forma que perceba as letras que esto colocadas esquerda e direita. Execute o exerccio em 30 segundos. V S W A M W H J B W U A S L S A G E X Q SBT DFT JHT MUR WIJ PIS EHO OIP CXZ PIO E K E I J J J W I E K A Y O A W O A E V

F R W A F H L Y F E O X

B L L K G W W T I U P C

PEP SIB MUN BHU HGV KMN INJ ERI NOM ATR ERT NUG

W O P D P F L O E I W I

V P W E A S O G A S K J

EXERCCIO N. 10

Fixe os olhos no grupo de letras no centro, procurando descobrir a palavra escrita. Execute o exerccio em 10 segundos. V A A V P S C E G A P B V R D V M A I O S O P R O E E I SPE ISA IZA IDA SSI STE LIB PAN VER ATI OCU NDA RDA TOR RET R D D D M M R H N A R D D N O A O E E O A I A O S A E E O R

F C C P M L P C M

A O O R E E R R E

LHA RA NCI TI MR ITU EDI IAN NTA

D S C I R A I

O O O A A A L A S

EXERCCIO N. 11

Procure ler as colunas, sem fixar os olhos em todas as palavras, de cima para baixo e vice-versa, sem que haja a subvocalizao das mesmas (para isso ser necessrio aumentar a velocidade para ler em torno de 250 palavras por minuto). O exerccio dever ser executado em 18 segundos. GALHO ONTEM PREGO CORPO JOELHO PREO AES BOLSA MEIAS SLIDE UNHAS PRATO NOTAS SUSTO GUERRA SONHO ENIGMA ESPAO ESPIGA AMIGOS BOTO CANETA BOLHA PAPEL DLAR CINTOS CHEFIA CRIVO PLANO HORAS TURBO GUA HOMEM PARTE FILHO ILHA IDADE ROSA POCA PULGA CARTEL MPAR CORES ORDEM CHEIRO TELEX PORTAS CARRO COLHER VISO VENDAS

MENTE SRIE PODER TROTE SEO GRMIO PLGIO TERNO

IDIOMA CLERO AJUSTE VELHO MAMO LATIM GMEO QUILO

CLASSE ARROZ CASAS BLUSA LOJAS ZELO BOCA LITRO

EXERCCIO N. 12

Leia as colunas abaixo, sem fixar os olhos nas palavras. Desenvolva o movimento verticalmente, procurando realizar apenas uma parada ocular por frase, em 30 segundos.

E SE MAS TODO MESMO ESMOLA PREDIAL MATERNAL ESTRAGADO PARTICIPAR EMPRESARIAL CONSELHEIROS GOVERNAMENTAL ARISTOCRTICOS PERFECCIONISTAS PARLAMENTARISTAS P R OF I S I ON A L ME N T E

A NO COM PANO CREDO COLUNA MADEIRA SOSSEGAR ENVELHECE ELEVADORES ORGANIZAO CAPITALIZADO IMPRESSIONADO ADMINISTRATIVO ASSOCIACIONISTA CONVENCIONAMENTO MACROFOTOGRAFADOS

Os exerccios que apresentamos a seguir tm como objetivo adequar o mtodo de leitura correto mencionado no captulo Nveis de Leitura ao movimento ocular que, nesta fase, j dever estar bem exercitado. Procuraremos, tambm comear a exigir mais da compreenso dos textos lidos, alm de fazermos com que a percepo em detalhes dos exerccios seja aguada. Siga as instrues corretamente a fim de obter o resultado desejado.EXERCCIO N. 13

Leia o texto abaixo, limitando a paradas oculares a, no mximo, duas em cada frase, procurando utilizar o maior campo visual possvel, em 20 segundos. O EQUILBRIO DO ORGANISMO A META DA HOMEOPATIA, ATENTA AO DOENTE E NO DOENA EM SI. O PRIMEIRO PASSO, SEGUNDO OS PROFISSIONAIS, DESINTOXICAR O ORGANISMO ACOSTUMADO AOS REMEDIOS ALOPTICOS. O TRATAMENTO MAIS LENTO, PORM, SEM OS MESMOS RISCOS DA QUMICA. SEUS PRODUTOS APRESENTAM-SE EM FORMA DE TINTURAS, TABLETES, CPSULAS, EXTRADOS DE ANIMAIS (COMO ABELHA), PLANTAS (AS MAIS VARIADAS) E MINERAIS (COMO O OURO). O PODER DAS ERVAS J EST CIENTIFICAMENTE COMPROVADO. MAS, AO CONTRRIO DO QUE POPULARMENTE SE PREGA, O MAU USO DO CHS PODERESULTAR EM CONTRAINDICAES. PARA TRATAR DO ASSUNTO, A

FITOTERAPIA ESTUDA CUIDADOSAMENTE AS PLANTAS E SEUS EFEITOS.

(Revista Veja, Edio 1.232, de 29/04/92, pg. 22.) Nmero de palavras: 90

EXERCCIO N. 14

Leia os textos a seguir, permitindo que haja apenas uma parada ocular por frase, em 25 segundos. NO | POR ACASO | QUE OS PROBLEMAS | CARDACOS SO A MAIOR | CAUSA DE MORTALIDADE DO | PLANETA. NESTE CORRE-CORRE | DESENFREADO, NAS DIFICULDADES | FINANCEIRAS DO SCULO, POUCOS SO | OS QUE PARAM PARA VIVER A VIDA DE FORMA | DIFERENTE. MUITAS VEZES, QUANDO SOFRE | UM ENFARTE QUE O CIDADO DECIDE | REDIMENSIONAR SUA ALIMENTAO, | ELEGER OUTRAS PRIORIDADES E | PENSAR EM SI MESMO. | (Revista Veja, edio 1.232, de 29/04/92, pg. 19.)

AO INVENTAR OS I TIPOS MVEIS QUE I MECANIZARAM A IMPRESSO I NO DISTANTE ANO DE 1440, O ALEMO I JOHANNES GUTENBERG PLANTOU UMA I TECNOLOGIA QUE PRATICAMENTE I NO MUDOU DURANTE CINCO I SCULOS. MAS, NAS DUAS I LTIMAS DCADAS, I COM O AUXLIO DO I COMPUTADOR I A EDITORAO | TEVE UM | DESENVOLVIMENTO | GALOPANTE. SURGIRAM | INICIALMENTE APARELHOS TIPO | COMPOSER, QUE ARMAZENAVAM OS TIPOS | EM FILMES E AJUSTAVAM SEU TAMANHO, OU CORPO, | POR UM PROCESSO COMPLICADO DE LENTES | COMANDADAS POR UM COMPUTADOR.| | (Revista Informtica / Exame, ano 7, n. 4, abril/92.)

Nmero de palavras: 120 Tempo:_____________EXERCCIO N. 15

Leia os textos abaixo, sem se preocupar com as palavras ou letras que aparecem ocultas. O objetivo a acelerao, sem se prender compreenso de pequenos detalhes do texto, procurando faz -la no decorrer da leitura, sem efetuar retrocessos. PRTICA REALEscolha o lado **** simples de uma dificuldade *** voc tenha, antes de tentar resolv * er situao mais difcil. *** exemplo, se voc tiver *** ser desafiado profissionalmente por ** grupo de colegas de profisso e ** voc quiser mudar * o estilo ** lidar com isto, voc poder iniciar praticando **** habilidades ** no escritrio * depois, quando sentir *** j est mais familiarizado e vontade com elas, pratique ** prxima reunio do ****sindicato ou associao profissional. * segundo passo * planeja * encontro. *** envolve juntar ** vrios elementos das tcnicas *** quais **** trabalhou separadamente at agora. * medida que **** desenvolve suas ********, no precisa mais de tanto planejamento e **** mais fcil exercitar as ******** espontaneamente. O formato mostrado aqui pode *** til para ocasies traioeiras. ** ponto importante ***, uma vez tendo feito o *** planejamento e ensaiado o comportamento que **** tentar, voc deve colocar o pro forma de lado ****** minutos antes do encontro e esquec-lo at ento. No ** mais nada que **** possa fazer. (Texto retirado do livro Presso no trabalho Stress Um guia de sobrevivncia, Tnia Arroba e Kim James, ed. Makro Books, pg. 81.)

TODOS OS ESMOTES TM CONCOM. NA PRIMEIRA, QUANDO O ESMOTE EMERGE DA HIBERNAO, SEU CONCOM INFERIOR EM QUALIDADE E DE POUCA UTILIDADE PARA O HOMEM. SE OS ESMOTES RECEBEM UMA DIETA ELEVADA EM PROTENA NOS MESES DE PRIMAVERA, O CONCOM, PODE SER TOSQUIADO EM FINS DE MAIO OU PRINCPIOS DE JUNHO, DEPOIS DA TOSQUIA, O ESMOTE LIBERADO AT A PRIMAVERA SEGUINTE. O CONCOM DE CERCA DE 50 ESMOTES D PARA FAZER UMA BLUSA DE SENHORA.

*S G*LFINH*S *S G*LFINH*S RESPIRAM P*R UM *RIFCI* EM FORMA DE CRESCENTE N* ALT* DA CABEA. ESSA ESPCIE DE NARINA TAMBM A F*NTE DE SUA V*Z E ELES P*DEM VIBR-LA C*M* UM LBI* HUMAN*. *S PESQUISAD*RES VERIFICARAM ATRAVS DE AQUAF*NES QUE *S G*LFINH*S USAM ASS*BI*S, GRUNHID*S E CLIQUES. AS EXPERINCIAS REALIZADAS DEM*NSTRAM QUE DE FAT* SE C*MUNICAM INTELIGENTEMENTE. ENSINARAM UM CASAL DE G*LFINH*S A ACI*NAR ALAVANCAS, QUAND* SE ACENDIAM LMPADAS C*L*RIDAS. DEP*IS DE SEPARAREM * MACH* DA FMEA, DENTR* D* TANQUE, C*M UM TECID* QUE DEIXAVA PASSAR * S*M, MAS N* A LUZ, AS ALAVANCAS FICARAM D* LAD* D* MACH* E AS LUZES D* LAD* DA FMEA. QUAND* AS LUZES SE ACENDERAM, * MACH* ACI*N*U AS ALAVANCAS. ENTO SUBSTITURAM A BARREIRA DE SEPARA* P*R UMA SUBSTNCIA ANTI-ACSTICA, E * MACH* ERR*U * TESTE. A C*NCLUS* L*GICA F*I QUE A FMEA HAVIA TRANSMITID* A * MACH* INSTRU*ES PRECISAS.

EXERCCIO N. 16

Procure perceber nas frases abaixo as palavras que se encontram ocultas, realizando uma s parada ocular por segmento, mantendo o olho parado acima de cada frase. O objetivo aguar a percepo com o campo visual aumentando. OIOIOIOLHOIOIO AITLEATLETATEIAL RATEIELETRARLE GEILOPLEGOLEIROP ORLOCLEOCLOROC ETREGERNEGERENTE EMPRESAIORITCE ASTOLEOTOUREIROL MEOITUEIMUNDOE SEIREMEDIOEOSLEO ETREILETREIROAD EMTNEODOCUMENTOE EICOEICEEUSOEES EOECESTADODOEICO XOEEOCCOMPLEXOO SLEIOCORPORALEIC EPXIENTRADAEIO SOEIVIDENCIASODI PAAEAPETITESOC BICLIOTECADERNOS MEDIOCRIDADEOS PEODISOPREOOIEO DOIENVELHECIMENTOWOI AIVEORICLCILIVROSIEX AOIDCOMCCOMIDAOSIEOX EOXLDENTARIOEOCIELXO EICLENSEDCLIENTESIDS PAEITOEICKECHEQUEDMT PRIMEIROOMTOEITOSOEI EOLEITURAOELXIESTEOS ISAEPEAITIPAISETIEECA GINETEPEPAGINAEGITEA LETOLETOLETOOBSOLETO

EXERCCIO N. 17

Leia o texto abaixo procurando perceber o significado das palavras borradas no decorrer da leitura, sem efetuar nenhum retrocesso nem se fixar

sobre eles a fim de descobr -las. Faa o sobrevo normal sobre as frases. A FOME EMPURRA A MO DO HOMEM, MOA, AMEAOU O

GARIMPEIRO. SE A SENHORA NO NOS DER COMIDA A GENTE TIRA A FORA. E SORRIU DE BANDA, POR BAIXO DO CHAPU DE ABAS CADAS, SEM ENCARAR DIRETAMENTE SUA INTERLOCUTORA, A MDICA JUNE FREIRE, MINEIRA, 27 ANOS, CHEFE DA EQUIPE DA FUNDAO NACIONAL DE SADE NA REGIO DE PAAPI, RORAIMA,PRXIMA A FRONTEIRA COM A VENEZUELA. COM TODA A CALMA,

EXPLICOU MAIS UMA VEZ QUE A COMIDA SE DESTINAVA AOS NDIOS DOENTES, E O QUE MAIS HAVIA ALI ERA GENTE COM FOME. UM DOS PONTOS DE MAIOR AFLUXO DE GARIMPEIROS AT O ANO PASSADO, A REGIO DE PAAPI UMA BOA AMOSTRA DO RESULTADO DO CONFRONTO QUE OS YANOMAMIS VM ENFRENTANDO DESDE QUE O GOVERNO PASSADO AT FACILITOU A INVASO DE CERCA DE 45 MILHOMENS MOVIDOS PELA GANNCIA DE GRANDES GANHOS COM O OURO

DESSAS TERRAS HABITADAS POR MENOS DE 10 MIL PESSOAS QUE VIVEM H SCULOS EM HARMONIA COM O MEIO AMBIENTE. (Revista Isto n 1.155, 13/11/91, pg. 38.)

EXERCCIO N 19

Leia os textos abaixo, limitando -se a apenas uma parada ocular por frase.Por mais enrugada | E bombardeada que | esteja, a Copacabana | velha de guerra ainda | tem seu charme, envolvente | nos segredos e mistrios de sua | geografia, tem arsenal de | irresistvel seduo. | (Revista de Domingo, out/91, pg. 19.) Segundo uma antiga lenda, | a primeira mulher de Ado | no foi Eva, mas uma deusa | chamada Lilith monstro da | noite, para os hebreus que | brigou com Deus e por isso | foi transformada em demnio. | (Revista Superinteressante, n. 8, ago/88, pg. 77.) Aurora polar um fenmeno | luminoso das camadas mais | altas da atmosfera (de 400 | a 800 quilmetros, que pode | ser observado nas proximidades

dos plos). No plo norte | chama-se aurora boreal e, | no sul, austral. A aurora | acontece quando as partculas | eltricas (ftons e eltrons) | provenientes do Sol chegam | s vizinhanas da Terra e | so atradas pelo campo | magntico em direo aos plos. (Revista Superinteressante, n. 8, ago/88, pg. 16.)

3 COMO RESUMIR

Todo estudante, mas de modo especial o de curso superior, solicitado freqentemente a resumir textos e obras, ora como atividade inerente ao prprio estudo, ora como trabalho marcado pelos prprios professores. No captulo sobre a leitura, em vrios momentos fiz referncia atitude ativa e produtiva diante do texto, e foi especificamente enfatizada a importncia da caa da idia principal e dos detalhes importantes.3.1 Dificuldades em resumir

A experincia de vrios anos de magistrio tem-me mostrado que muitos estudantes se queixam de que no sabem ou tm real dificuldade em resumir e encontrar a idia principal e os detalhes importantes de um texto. So estas as principais fontes de dificuldade do estudante:3.2 Dificuldades inerentes ao prprio tipo de personalidade do estudante

H vrios decnios, a psicologia tem se dedicado ao estudo das diferenas individuais; entre estas as de inteligncia ou estilos cognitivos das pessoas. Alguns psiclogo, investigando o problema, falam em dois tipos gerais de estilo cognitivo, facilmente i dentificveis: os niveladores (que tm mais facilidade em constatar a semelhana entre as coisas, em sistematizar, em distribuir elementos em grupos comuns) e os aguadores (que tm mais facilidade em encontrar as diferenas entre as coisas, em analisar). Acontece, porm, que a maioria ou grande parte dos estudantes que se queixam da dificuldade em resumir pertence a uma categoria em que a aptido para encontrar as semelhanas e a aptido para encontrar as diferenas se fundem numa espcie de terceiro tipo misto, provocando certa ansiedade na hora de decidir pelo que fundamental, integrante ou acessrio num texto. O inseguro, em situao dessa natureza, geralmente age assim: na impossibilidade de discernir entre o principal e o secundrio, transcreve tudo. Adota o mecanismo da pseudopreveno: Antes tudo do que nada.

Sero

aqui

apontadas

algumas

indicaes

e

tcnicas

que

demandam treinamento. preciso tentar, experimentar e ser perseverante, por um tempo razovel, em sua prtica, para julgar a eficcia d o mtodo.

3.2 Dificuldades provenientes do prprio texto

s vezes um texto de difcil sntese, por causa de seu contedo ou do estilo do autor. Aqui preciso comear a agir tentando responder pergunta fundamental: Por que no estou entendend o bem este texto? Falta de base? Problema de vocabulrio? Falta de relacionamento do assunto com outros? O estudante que no resolve o problema da compreenso, antes de tentar resumir o texto, provavelmente cometer o mesmo tipo de erro h pouco lembrado: transcrever tudo, porque no entendeu ou, ento, pular todo o trecho que no compreendeu.3.3 Como encontrar a idia principal

No captulo sobre leitura, ficou bem claro que toda leitura -estudo deve ser feita com um propsito determinado. O estudante que tem o hbito de ler sem um propsito determinado assenta-se e simplesmente l; ao trmino diz: Pronto, j li. Assim o faz com todas as matrias, no mesmo ritmo de leitura, e reage da mesma maneira diante de qualquer assunto. Tal estudante tem muito que aprender, pois este no o modo correto de agir. Um propsito inicial pode ser o de ter idia do assunto. Outro pode ser o de tirar a essncia ou o mais importante do que se vai ler.3.4.1 Comecemos pelo pargrafo.

Um pargrafo contm, geralmente, uma s idia principal. Esta a definio de pargrafo. O autores o sabem e normalmente o praticam. A ttulo de ilustrao, suponhamos o seguinte pargrafo:

Contra a possibilidade de uma cincia do comportamento h um outro argumento, a propsito do qual, ao longo dos sculos, se acumula uma literatura to ampla quo pouco esclarecedora. Refiro-me ao argumento do livre-arbtrio: no podemos formular leis relativas ao comportamento humano, porque os seres humanos so livres para escolher a maneira como iro agir. Reluto em dar ateno mnima a essa discusso ftil, mas a omisso completa poderia ser, suponho eu, chocante; creio que o argumento de importncia especialmente para as cincias do comportamento, que deveriam examin-lo do ponto de vista psicolgico e sociolgico para saber porque to persistentemente apresentado e porque merece acolhida to firme. Segundo as indicaes acima e no sendo nosso propsito analisar o autor, mas apreender o que ele diz, extrairamos assim a idia p rincipal: Contra a possibilidade de uma cincia do comportamento, h o argumento do livre arbtrio: no podemos formular leis de comportamento humano; os homens so livres para escolher. O argumento merece exame dos pontos de vista psicolgico e sociolgico.3.1.2 Vejamos agora quando se trata de encontrar a idia em algo

mais que um pargrafo: num captulo, numa seo, na obra. A primeira coisa a se fazer neste caso o exame inicial antes da leitura. Isto se faz percorrendo, com o propsito de informao, toda a obra, atravs de seu ndice, das partes, dos captulos, atentando para os ttulos e subttulos e procurando captar o esboo ou plano seguido pelo autor. Devemos pressupor, portanto, a existncia de um plano e seu desenvolvimento. Ora, todo o desenvolvimento lgico, redigido, se faz atravs de proposies. Numa proposio, h essencialmente dois elementos: o sujeito e o predicado. O sujeito funciona como:y y

o elemento causa do fenmeno; a varivel independente nos experimentos;

y y

as condies determinantes do fenmeno expresso atravs dos fatos; produtor, quando alm dele h outras causas: condies necessrias suficientes, contingentes, contribuintes, alternativas; termo de uma correlao. O predicado funciona como: determinao ou atributo do sujeito; definidor; conseqncia, efeito; produto; varivel dependente; elemento correlato.3.5 Como encontrar detalhes importantes

y

y y y y y y

medida que se indicam tcnicas de localizao da idia principal, se ho de apontar, tambm, as de localizao dos detalhes importantes. A idia principal e os detalhes importantes esto em estreita relao formando juntos uma estrutura. Um detalhe importante a base da idia principal. A idia expressa em termos concretos. O autor costuma frisar, atravs de sua linguagem e do espao reservado, o que importante para sua idia principal. A atitude objetiva do leitor que se prope localizar o detalhe importante perguntar -se diante de um trecho: Trata-se apenas de um exemplo? No ser parte importante da prova? uma prova a mais?3.6 A tcnica de sublinhar

Julga-se que o hbito de sublinhar caracteriza o bom leitor. H um engano grande aqui. Muita gente, desde o momento em que comea a ler, comea, tambm, a sublinhar o que pensa ser importante. Isso no significa saber ler,

nem estudar, nem agir bem em funo do propsito de captar a idia principal e os detalhes importantes do texto para res umi-lo. um procedimento arbitrrio de seleo de passagens, sem nenhum fundamento para julgar realmente o que mais importante. O sublinhar tem seu valor, mas a partir de um propsito formulado, dentro de um plano prvio, no tempo oportuno. preciso, em primeiro lugar, examinar o captulo e formular perguntas sobre ele, procurando responder a elas medida que se l. Nesta fase prefervel no sublinhar. Se achou que idias importantes, detalhes de valor, foram localizados, coloque margem um sinal convencional: x, *, (.), I etc. Depois de terminada a leitura do texto inteiro (captulo, seo, etc.), volte a ler, buscando a idia principal, os detalhes importantes, os termos tcnicos, as definies, as classificaes, as provas. Isso o que deve ser sublinhado. Nesta segunda leitura, no sublinhe as oraes. S os termos essenciais. Habitue -se a sublinhar depois que releu um ou dois pargrafos, para o devido confronto. Voltando, pense exatamente o que ir sublinhar. Use, como guia, os sinais colocados margem. Agora ser at possvel mudar de opinio e selecionar com critrio mais seguro. Mas deve-se agir de tal forma que, relendo o que foi sublinhado, se consiga estrutura sinttica e significativa do todo lido.3.7 A tcnica do esquema

Para a maioria das matrias que estudamos, o mais indicado tomar nota em forma de esquemas e resumos. Por vrias razes, entre elas: 1) A tcnica do esquema e do resumo nos obriga a participar mais ativamente da aprendizagem, proporcionando -nos a captao da idia principal, dos detalhes importantes, das definies, classificaes e termos tcnicos. Ajuda-nos, por conseguinte, assimilar a matria. 2) Atravs do esquema e do resumo temos mais facilidade e eficcia no ato de repassar, sobretudo em situaes d e exame e comunicao em pblico.

3) Um esquema, para que seja realmente til, deve Ter as

seguintes caractersticas a) Fidelidade ao texto original; b) Estrutura lgica do assunto; c) Adequao do assunto estudado e funcionalidade. d) Utilidade de seu emprego: conseqncia da caracterstica anterior: o esquema deve ajudar e no atrapalhar; e) Cunho pessoal: cada um faz o esquema de acordo com suas tendncias, hbitos, recursos e experincias pessoais.3.8 Indicaes prticas para elaborao de esquemas

a) Captar a estrutura da exposio do autor, quer se trate de um livro, de uma seo, de um captulo. b) Colocar os ttulos mais gerais numa margem e os subttulos e divises nas colunas subseqentes e assim sucessivamente, caminhando da esquerda para a direita. c) Adotar o sistema de chaves, colchetes, colunas, para separar divises sucessivas. d) Utilizar o sistema de numerao progressiva (1, 1.1, 1.2, 1.2.1, 2, 2.1 etc.) ou convencionar o uso de algarismos sucessivas. e) Usar alguns smbolos convencionais e convencionar abreviaturas para poupar tempo e facilitar a captao rpida das idias. romanos, letras maisculas, minsculas, nmeros, etc., para indicar as divises e subdivises

3.8.1 Exemplificao de esquemas

Os exemplos aqui apresentados esto colocados em fichas, pois neste manual recomenda-se muito ao estudante adotar o uso de fichas e do fichrio como recurso tcnico de documentao pessoal.

ESQUEMA

SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia, cap.3, 1. parte.Caractersticas de um esquema til

1) Flexibilidade: o esquema que deve adaptar -se realidade e no esta ao esquema 2) Fidelidade ao original: esquematizar no deturpar, mas sintetizar 3) Estrutura lgica do assunto: organiza-se pelo esquema a relao da idia importante e seu desenvolvimento 4) Adequao ao assunto estudado: o mesmo que funcionalidade 5) Utilidade de emprego: o esquema tem por objetivo auxiliar a captao do conjunto e servir para comunicar algo 6) Cunho pessoal: o esquema traduz atitudes e modo de agir de cada um varia de pessoa para pessoa

OBSERVAO

GOODE, W. e HATT, P Mtodos em pesquisa social. So Paulo, Herder, 1968, cap. 10. SELLTIZ, C.; JAHODA, M; DEUTSCH, M; COOK, S. Mtodos de pesquisa nas relaes sociais. So Paulo, Herder, 1967, cap. 6.Quadro comparativo

GOODE E HATT (cap.10)

JAHODA (cap.6) participante Assimtrica no-participante Sistemtica = controladay

Simples

No-controlada Participante No participante

Tanto para a assistemtica como para a sistemtica o autor se

y

O autor aponta meios

Observao

auxiliares na simples. Sistemtica e controlada Acrescenta controles do observador e do observado.

detm nestes tpicos: contedo da observao registro de observaes aumento da preciso (exatido) relao entre o observador e o observado

y

PREDICADO

COHEN, M. e NAGEL, E. Introduccin a la lgica y al mtodo cientfico (2 v.: Lgica aplicada y mtodo cientfico). Buenos Aires, Amorrortu, 1968, cap. XII, p. 65.Diviso dicotmica de Aristteles

Predicado

convertvel no

no-convertvel no um elemento da definio No um elemento da definio, um acidente

definio

No uma definio, uma propriedade

gnero

no o gnero, uma diferena

EXEMPLO DE FLUXOGRAMA DE PROGRAMAO PARA COMPUTADOR

(Trecho do fluxograma intitulado Esquema de planejamento e avaliao para um projeto no-experimental de pesquisa sociolgica. In: SCHRADER, Achim Introduo pesquisa social emprica. Traduo de Manfredo Berger. Porto Alegre, Globo, 1974, p. 7.)

Colocado o problema

Examine interesses de colocar o problema

Protocolo

O problema formulvel provisoriamente?

No

Problema ainda no pode ser investigado

Relatrio

fim

Examine conhecimento

Fichrio de

Bibliografia

Sim

Sim

No ...

O fluxograma segue a tcnica de planejamento de rede PERT, em que os retngulos indicam a ao a empreender; os losangos, as decises a tomar (contm sempre preposies interrogativas); os elipsides e outros smbolos, os resultados das decises; os crculos, a colocao do problema incio e fim do programa.

E

C 1 ARCO DE DISTORO EM COMUNICAES 3B D

A

5

Transmissor

a

2

b

4

Receptor cF

6

1- contedo da comunicao pensado pelo transmissor 2- contedo transmitido 3- contedo transmitido pensado

A=B=C=D=E=F A { B...

4- contedo recebido 5- contedo recebido pensado 6- contedo retransmitidoComunicao perfeita: Arco de distoro:

As setas indica momentos em que se pode corrigir o arco de distoro.

FASES DE UMA PESQUISA PURA (no-aplicada) EM CINCIAS SOCIAISQUADRO TERICO Observao de uniformidade emprica

Planejamento terico e administrativo

Pesquisa exploratria

PROBLEMA

HIPTESE

Confirmao ou no da hiptese Tcnicas de observao

Definies Classificaes

Especificao de variveis

ANLISE DOS DADOS Mensurao Estaststicas De contedo

COLETA DE

DADOS

Escolha da amostra

3.9 Como fazer resumo

H ocasies em que no basta, nem convm, o simples esquema. Torna-se indicado o resumo. Pretendemos o apanhado do que lemos e at uma interpretao... 1) Utilize as mesmas tcnicas que foram apresentadas quando da captao da idia principal, dos detalhes importantes, das tcnicas de sublinhar e de fazer esquemas. No deixe de recorrer tambm anlise de texto vista no captulo anterior. 2) A tcnica mais importante na elaborao do resumo apontar as idias mais importantes, enquanto se l. 3) No resuma antes que tenha tirado notas do contedo. Reveja essas notas que funcionaro como guias, quando, ento, passar -se- a escrever uma srie de pargrafos, resumindo o captulo. 4) Ao redigir o resumo, use frases curtas e diretas. Evite referncias extensas. 5) interessante e bastante til que o estudante se acostume a ler os resumos de livros (readers, recenses, abstracts), que se encontram nas revistas e publicaes especializadas.

4 CINCIA E CONHECIMENTO CIENTFICO

Ao se falar em conhecimento cientfico, o primeiro passo consiste em diferenci-lo de outros tipos de conhecimento existentes. Para tal, analisemos uma situao histrica, que pode servir de exemplo. Desde a Antigidade, at aos nossos dias, um campons, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura , a poca da colheita, a necessidade da utilizao de adubos, as providncias a serem tomadas para a defesa das plantaes de ervas daninhas e pragas e o tipo de solo adequado para as diferentes culturas. Te m tambm conhecimento que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo local, exaure o solo. J no perodo feudal, o sistema de cultivo era em faixas: duas cultivadas e uma terceira em repouso, alternando -as de ano para ano, nunca cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa nica faixa. Hoje, a agricultura utiliza -se de sementes selecionadas, de adubos qumicos, de defensivos contra as pragas e tenta-se, at, o controle biolgico dos insetos daninhos. Mesclam-se, neste exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular, geralmente tpico do campons, transmitido de gerao para gerao por meio da educao informal e baseado em imitao e experincia pessoal; portanto, emprico e desprovido de conhecimento sobre a composio do solo, das causas do desenvolvimento das plantas, da natureza das pragas, do ciclo reprodutivo dos insetos etc.; o segundo, cientfico, transmitido por intermdio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de conhecimentos cientficos.4.1 Correlao entre conhecimento popular e cientfico

O que os diferencia a forma, o modo ou o mtodo e os instrumentos do conhecer. Saber que determinada planta necessita de uma quantidade X de gua e que, se n o a receber de forma natural, deve ser irrigada por ser um conhecimento verdadeiro e comprovvel, mas, nem por isso, cientfico. a) A cincia no o nico caminho de acesso ao conhecimento e verdade.

b) Um mesmo objeto ou fenmeno uma planta, um mineral, uma comunidade ou as relaes entre chefes e subordinados pode ser matria de observao tanto para o cientista quanto para o homem comum; o que leva um ao conhecimento cientfico e outro ao vulgar ou popular a forma de observao. Se excluirmos o conhecimento mtico (raios e troves como manifestaes de desagrado da divindade pelos comportamentos individuais ou sociais), verificamos que tanto o bom senso quanto a Cincia almejam ser racionais e objetivos: so crticos e aspiram coerncia (racionalidade) e procuram adaptar-se aos fatos em vez de permitir-se especulaes sem controle (objetividade) Por esse motivo que o senso comum, ou o bom senso, no pode no pode conseguir mais que uma objetividade limitada, assim como limitada sua racionalidade, pois est estreitamente vinculado percepo e ao.4.2 Caractersticas do Conhecimento PopularSe o bom senso, apesar de sua aspirao racionalidade e objetividade, s consegue atingir essa condio de forma muito limitada, o saber que preenche nossa vida diria e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicao de um mtodo e sem se haver refletido sobre algo

O conhecimento popular caracteriza -se por ser predominantemente:y

Superficial, isto , conforma-se com a aparncia, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa -se por frases como porque o vi, porque o senti, porque o disseram, porque todo mundo o diz; Sensitivo, ou seja, referente a vivncias, estados de nimo e emoes da vida diria; Subjetivo, pois o prprio sujeito que organiza suas experincias e conhecimentos, tanto os que se adquire por vivncia prpria quanto os por ouvir dizer;

y

y

y

Assistemtico, pois esta organizao de experincias no visa a uma sistematizao das idias, nem na forma de adquiri -las nem na tentativa de valid-las; Acrtico, pois, verdadeiros ou no, a pretenso de que esses conhecimentos o sejam no se manifesta sempre de uma forma crtica.

y

4.3 Os Quatro Tipos de Conhecimento

As caractersticas dos quatro tipos de conhecimento: Conhecimento Popular Valorativo Reflexivo Assistemtico Verificvel Falvel Inexato Conhecimento Filosfico Valorativo Racional Sistemtico No verificvel Infalvel Exato Conhecimento Cientfico Real (factual) Contingente Sistemtico Verificvel Falvel Aproximadamente exato Conhecimento Religioso (Teolgico) Valorativo Inspiracional Sistemtico No verificvel Infalvel Exato

4.3.1 Conhecimento Popular

O conhecimento popular valorativo por excelncia, pois se fundamenta numa seleo operada com base em estados de nimos e emoes:

Como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto , de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este possudo de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. tambm reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, no pode ser reduzido a uma formulao geral. A caracterstica de assistemtico baseia-se na organizao particular das experincias prprias do sujeito cognoscente, e no em uma sistematizao das i dias, na procura de uma formulao geral que explique os fenmenos observados, aspecto que dificulta a transmisso, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer. verificvel, visto que est limitado ao mbito da vida diria e diz respeito quilo que se po de perceber no dia-a-dia. Finalmente falvel e inexato, pois se conforma com a aparncia e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto.4.3.2 CONHECIMENTO FILOSFICO

O conhecimento filosfico valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipteses, que no podero ser submetidas observao: as hipteses filosficas baseiam-se na experincia, portanto, este conhecimento emerge da experincia e no da experimentao, por este motivo, o conhecimento filosfico no verificvel, j que os enunciados das hipteses filosficas no podem ser confirmados ou refutados. racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Tem a caracterstica de sistemtico, pois suas hipteses e enunciados visam a uma representao coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreend -la na sua totalidade. Por ltimo, infalvel e exato, j que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as outras, quer na definio do instrumento capaz de apreender a realidade, s eus postulados, assim como suas hipteses, no so submetidos ao decisivo teste da observao (experimentao).4.3.3 Conhecimento Religioso

O conhecimento religioso, isto , teolgico, apoia -se em doutrinas que contm proposies sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo

sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades so consideradas infalveis e indiscutveis (exatas); um conhecimento sistemtico do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidncias no so verificadas: est sempre implcita uma atitude de f perante um conhecimento revelado.4.3.4 Conhecimento Cientfico

Finalmente, o conhecimento cientfico real ( factual) porque lida com ocorrncias ou fatos, isto , com toda forma de existncia que se manifesta de algum modo. sistemtico, j que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de idias (teoria) e no conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a caracterstica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmaes (hipteses) que no podem ser comprovadas no pertencem ao mbito da cincia. Constitui -se em conhecimento falvel, em virtude de no ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, aproximadamente exato: novas proposies e o desenvolvimento de tcnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

4.3 Conceito De Cincia

Diversos autores tentaram definir o que se entende por Cincia. Os conceitos mais comuns, mas, a nosso ver, incompletos, so os segu intes:y y

Acumulao de conhecimentos sistemticos Atividade que se prope a demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicaes prticas. Caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemtico, exato, verificvel e, por conseguinte, falvel. Conhecimento certo do real pelas suas causas. Conhecimento sistemtico dos fenmenos da natureza e das leis que o regem, obtido atravs da investigao, pelo raciocnio e pela experimentao intensiva.

y

y y

y

Conjunto orgnico de concluses certas e gerais, metodicamente demonstradas e relacionadas com objeto determinado. Corpo de conhecimentos consistindo em percepes, experincias, fatos certos e seguros. Estudo de problemas solveis, mediante mtodo cientfico. Forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo.

y

y y

4.4.1 Conceito de Ander -Egg

A cincia um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou provveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificveis, que fazem referncia a objetos de uma mesma natureza.y Conhecimento racional; y Certo ou provvel; y Obtidos metodicamente; y Sistematizadores; y Verificveis; y Relativos a objetos de uma mesma natureza.

4.4.2 Conceito de Trujillio

A cincia todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemtico conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido a verificao.

4.4.3 Natureza da Cincia

Duas dimenses devem ser explicitadas quando se trata de analisar a natureza da cincia, mas que se apresentam inseparveis: a) a compreensiva (contextual ou de contedo);

b) a metodolgica (operacional). Esta abrange aspectos lgicos e tcnicos. A logicidade da cincia manifesta -se atravs de procedimentos e operaes intelectuais que: a) possibilitam a observao racional e controlam os fatos; b) c) d) permitem a interpretao e a explicao adequada dos fenmenos; contribuem para a verificao dos fenmenos, positivados p ela experimentao ou pela observao; fundamentam os princpios da generalizao ou o estabelecimento dos princpios e das leis (Trujillo, 1974:9)

4.4.4 Componentes da Cincia

As cincias possuem: a) Objetivo ou finalidade. Preocupao em distinguir a caracterstica comum ou a leis gerais que regem determinado eventos. b) Funo. Aperfeioamento, atravs do crescente acervo de conhecimentos, da relao do homem com o seu mundo. c) Objeto. Subdividido emy

material, aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, de modo geral; formal, o enfoque especial, em face das diversas cincias que possuem o mesmo objeto material.

y

4.5 CLASSIFICAO E DIVISO DA CINCIA

4.5.1 Classificao d e ComteTericas: Aritmtica, Geometria, lgebra

MATEMTICAS FSICO-QUMICAS

Aplicadas: Mecnica Racional, Astronomia Fsica, Qumica, Mineralogia, Geologia, Geografia Fsica

BIOLGICAS CINCIAS MORAIS

Botnica, Zoologia, Antropologia Psicolgicas p Psicologia, Lgica, Esttica, Moral Histricas Arqueologia Sociais e Polticas p Sociologia, Direito, pHistria, Geografia Humana,

Economia, Poltica

METAFSICAS

Cosmologia Racional, Psicologia Racional, Teologia Racional

4.5.2 Classificao de Carnap

a)

formais, que contm apenas enunciados analticos, isto , cuja verdade depende unicamente do significado de seus termos ou de sua estrutura lgica;

b)

factuais, que alm dos enunciados analticos, contm sobretudo os sintticos, aqueles cuja verdade depende no s do significado de seus termos, mas igualmente dos fatos a que se refere.

4.5.3 Classificao de Bunge

Mrio Bunge, partindo da mesma diviso em relao s cincias, apresenta a seguinte classificao (1976:41): Lgica Matemtica Fsica NATURAL FACTUAL Psicologia Social CULTURAL Sociologia Economia Cincia Poltica1.3.5 Classificao de Wundt

FORMAL

CINCIA

Qumica

Por sua vez, Wundt indica a classificao que se segue: FORMAIS CINCIAS CINCIAS REAIS DA NATUREZA CINCIAS DO ESPRITO MatemticaFenomenolgicos: Qumica, Fsica, Fisiologia Genticas: Cosmologia, Geologia, Embriologia, Filognese Sistemticas: Mineralogia, Zoologia, Botnica Fenomenolgica: Psicologia Gentica: Histria Sistemticas: Direito, Economia, Poltica

4.5.5 Classificao Adotada

Das classificaes vistas, percebe-se que no h um consenso entre os autores, nem sequer quando se trata da diferena entre cincias e ramos de estudo: o que para alguns cincia, para outros ainda permanece como ramo de estudo e vice-versa. Baseando-nos classificao das cincias: em Bunge, apresentamos a seguinte

FORMAIS

Lgica Matemtica Fsica NATURAIS Qumica

CINCIAS

FACTUAIS Antropologia Cultural SOCIAIS Direito Economia Poltica

5 CARACTERSTICAS DA CINCIAS FACTUAIS

Assim, o conhecimento cientfico, no mbito das cincias factuais, caracteriza-se por ser:

5.1 O Conhecimento Cientfico Racional

a)

constitudo por conceitos, juzos e raciocnios e no por sensaes, imagens, modelos de conduta etc.

b)

permite que as idias que o compem possam combinar -se segundo um conjunto de regras lgicas, com a finalidade de produzir novas idias (inferncia dedutiva).

c) Contm idias que se organizam em sistemas.

5.2 O Conhecimento Cientfico Objetivo

O conhecimento cientfico objetivo medida que: a) procura concordar com seu objeto, isto , busca alcanar a verdade factual por intermdio dos meios de observao, investigao e experimentao existentes; b) verifica a adequao das idias (hipteses) aos fatos, recorrendo, para tal, observao e experimentao, atividades que so controlveis e, at certo ponto, reproduzveis.5.3 O Conhecimento Cientfico Factual

Considera-se conhecimento cientfico factual aquele que: a) parte dos fatos e sempre volta a eles. s vezes entendemos por fatos certos elementos que discernimos na percepo sensorial. b) capta ou recolhe os fatos, da mesma forma como se produzem ou se apresentam na natureza ou na sociedade, segundo quadros conceituais ou esquemas d e referncia. c) parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre retorna a eles. d) utiliza, como matria-prima da cincia, os dados empricos, isto , enunciados factuais confirmados, obtidos com ajuda de teorias ou quadros conceituais e que realimentam a teoria.5.4 O Conhecimento Cientfico Transcedente aos Fatos

Diz-se que o conhecimento cientfico transcende os fatos quando: a) descarta fatos, produz novos fatos e os explica.

b)

seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e, sempre que possvel, os reproduz.

c) no se contenta em descrever as experincias, mas sintetiza e compara-os com o que j se conhece sobre outros fatos. d) leva o conhecimento alm dos fatos observados, inferindo o que pode haver por trs deles.5.5 O Conhecimento Cientfico Analtico

O conhecimento cientfico considerado analtico em virtude de: a) ao abordar um fato, processo, situao ou fenmeno, decompor o todo em suas partes componentes. b) serem parciais os problemas da Cincia e, em conseqncia, tambm suas solues. c) o procedimento cientfico de anlise conduzir sntese.

5.6 O Conhecimento Cientfico Claro e Preciso

Diz-se que o conhecimento cientfico requer