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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES Diretoria de Projetos Especiais Pós-Graduação Latu Sensu Curso de Docência do Ensino Superior COMO ESTUDAM OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS NILSON MIRANDA Matr. nº 10773 Professor Orientador: Mestre Palmiro F. da Costa Rio de Janeiro Fevereiro/2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Diretoria de Projetos Especiais

Pós-Graduação Latu Sensu

Curso de Docência do Ensino Superior

COMO ESTUDAM OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS

NILSON MIRANDA

Matr. nº 10773

Professor Orientador: Mestre Palmiro F. da Costa

Rio de JaneiroFevereiro/2002

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NILSON MIRANDA

COMO ESTUDAM OS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS

Monografia exigida pela disciplinaMetodologia da Pesquisa soborientação do Professor Palmiro F. daCosta, para fins de aprovação nocurso de Docência do Ensino superiorna Universidade Cândido Mendes.

Rio de JaneiroFevereiro/2002

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SUMÁRIO

Pag.

Resumo

Introdução....................................................................................................... 6

Capítulo I – A Importância da Leitura............................................................. 8

1.1 - O Ato de Estudar.................................................................................. 11

1.2 - A Universidade...................................................................................... 13

1.3 - Como Melhorar o Estudo...................................................................... 19

1.4 - A Universidade como Ambiente de Educação – Métodos de Estudo... 21

1.5 - Documentação...................................................................................... 22

1.6 - Biblioteca.............................................................................................. 23

Capítulo II – Resultados e Discussões........................................................... 26

Conclusão....................................................................................................... 32

Bibliografia...................................................................................................... 33

Anexos

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RESUMO

A Universidade deve estimular a criatividade, reunindo um leque de

gerações para uma reflexão inovadora e fundindo as atividades de conservação e

transmissão de conhecimentos e de investigação criadora. Ela deve estar

ideologicamente submetida ao poder e ter uma função geral de preservação da

ordem social pela difusão de uma doutrina comum, à custa de um corpo docente

organizado. É preciso que o estudante se sensibilize que doravante o resultado

do processo depende fundamentalmente dele mesmo. Seu próprio

desenvolvimento psíquico e intelectual, seja pela própria natureza do processo

educacional, as condições de aprendizagem transformam-se no sentido de exigir

do estudante maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior

independência em relação aos subsídios da estrutura e dos recursos institucionais

que ainda continuam sendo oferecidos. Essa pesquisa teve como objetivo

investigar um conjunto de dados que nos permitisse conhecer um pouco melhor o

aluno como o qual trabalhamos. Tendo relacionado 30 alunos universitários, do 3º

semestre do curso de Letras de ambos os sexos. Foram elaboradas perguntas

para que pudéssemos alcançar o resultado. Num primeiro momento dirigimo-nos

ao diretor do curso a fim de solicitar sua anuência para realização desta pesquisa.

Ao enfocar suas preferências, ela abriu um leque de informações que

consideramos extremamente relevante na análise de questões teóricas e práticas

envolvidas no ensino Universitário. Partindo de que a aprendizagem é uma

consequência dos efeitos interativos de diferentes tipos de alunos com diferentes

ambientes de ensino, é de especial importância estarmos alertas para os

resultados apontados neste trabalho. Não significa a adoção de uma visão

estreita de que o ambiente de ensino deva ser organizado apenas para satisfazer

características e preferências do aprendiz. O importante é conhecer as

expectativas do aluno. Embora o exame das preferências do aluno identifique

aspectos que auxiliem na compreensão das características de determinados

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grupos, isso nos fornece apenas algumas pistas em relação ao ambiente de

ensino requerido em função de determinados tipos de aprendizagem.

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6

INTRODUÇÃO

É grande o número de alunos universitários que apresentam

dificuldades em acompanhar seus estudos em termo de pesquisa, compreensão

de texto e elaboração de trabalho. Alguns acabam até desistindo, outros, mesmo

com dificuldades seguem em frente.

O objetivo dessa pesquisa é investigar como estudam os alunos

universitários e tentar ajudar a desvendar o porquê ocorre esse tipo de problema,

para propormos alguma solução e assim reverter essa situação. Para contribuir

com o estudo desses alunos temos como orientação o ato de estudar, o incentivo

ao hábito de leitura e o despertar do desejo de aprofundar conhecimento. Sabe-se

que estudar é um trabalho realmente difícil, então quem o faz deverá ter postura

crítica e também fazer o estudo de forma sistemática, isso implica questões

ligadas a leitura que na educação Contemporânea é tão exigida. Nesse sentido, o

problema abordado poderá ser discutido e analisado para facilitar a compreensão

de estudo, para construção do conhecimento e não memorização ou somente

estudo para prova e trabalho.

Muitos alunos caem como pára-quedas na Universidade, desde

então começam as dificuldades, alguns desses clientes da universidade se

sentem coagidos sem saber por onde começar, pois muitos trazem uma bagagem

pouco favorecida do ensino anterior como barreira para iniciar um curso superior.

O benefício será ainda maior quando se trata do aluno assumir sua

postura de escritor frente ao texto, poder se posicionar criticamente e prosseguir a

caminhada na compreensão do que ele é e do que o cerca, fazendo com que ele

se modifique ao tê-lo. Portanto é preciso que o aluno se sensibilize que doravante

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o resultado do processo depende fundamentalmente dele mesmo, que tenha

maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência em

relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que

ainda continua sendo oferecido. O aprofundamento da vida científica passa a

exigir do aluno uma postura de auto-atividade didática que será, sem dúvida,

crítica e rigorosa.

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CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Apesar de todo o avanço tecnológico observado na área de

comunicações principalmente audiovisuais, nos últimos tempos, ainda é,

fundamentalmente, através da leitura que se realiza o processo de

transmissão/aquisição da cultura. Daí a importância capital que se atribui ao ato

de ler, enquanto habilidade indispensável, nos cursos de graduação.

Entre os professores universitários é generalizada a queixa: os

alunos não sabem ler! O que pode parecer um exagero tem sua explicação. Os

alunos, de modo geral, confundem leitura com a simples decodificação de sinais

gráficos, isto é, não estão habituados a encarar a leitura com o processo mais

abrangente, que envolve o leitor com o autor, não se empenham em prestar

atenção, em entender e analisar o que lêem. Tal afirmativa comprova-se com um

exemplo simples: é muito comum, em provas e avaliações, os alunos

responderem uma questão, com acerto, mas sem correspondência com o que foi

solicitado. Pergunta-se, por exemplo: - quais as influências observadas... –

esperando-se obviamente, a enumeração das influências; a resposta, muitas

vezes, aponta as que se referem essas influências e não – quais são - . Ora, por

mais correta que seja a resposta, não responde ao que foi solicitado.

Aprender a ler não é uma tarefa tão simples, pois exige uma postura

crítica, sistemática, uma disciplina intelectual por parte do leitor, e esses requisitos

básicos só podem ser adquiridos através da prática.

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Os livros, de modo geral, expressam a forma pela qual seus autores

vêem o mundo; para entendê-los é indispensável não só penetrar em seu

conteúdo básico, mas também ter sensibilidade, espírito de busca, para

identificar, em cada texto lido, vários níveis de significação, várias interpretações

das idéias expostas por seus autores.

Já se tornou antológica e obrigatória, quando se trata de leitura, a

citação de Paulo Freire, para quem “a leitura do mundo precede a leitura da

palavra...”; contudo, torna-se necessário ir mais além:

“Refiro-me a que a leitura do mundo precede

sempre a leitura da palavra e a leitura desta

implica a continuidade da leitura daquela.

De alguma maneira, porém, podemos ir mais

longe e dizer que a leitura da palavra não é

apenas precedida pela leitura do mundo, mas por

uma certa forma de “escrevê-lo” ou de

“reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo

através de nossa prática consciente.”

(Freire, 1984, p. 22)

O processo de ler implica vencer as etapas da decodificação, da

intelecção para se chegar à interpretação e, posteriormente, à aplicação. A

decodificação é uma necessidade óbvia, tarefa que qualquer pessoa alfabetizada

pode empreender, pois consiste apenas na “tradução” dos sinais gráficos em

palavras. A intelecção remete à percepção do assunto, ao significado do que foi

lido. A interpretação baseia-se na continuidade da “leitura do mundo”, isto é, na

apreensão e interpretação das idéias, nas relações entre o texto e o contexto.

Vencidas as etapas anteriores, pode o leitor passar à aplicação do conteúdo da

leitura, de acordo com os objetivos que se propôs.

Para penetrar no conteúdo, aprender as idéias expostas e a

intencionalidade subjacente ao texto, é fundamental que o leitor estabeleça um

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“diálogo” com o autor, que se transforme, de certa forma, em co-autor, a fim de

reelaborar o texto, ou seja, “reescrever o mundo”, como sugere Paulo Freire.

A leitura do texto, quando o leitor se transforma em sujeito ativo, é

um manancial de significações e implicações que vão sendo descobertas a cada

releitura.

“Importante é o aprendiz notar que cada nova

leitura de um texto lhe permitirá desvelar novas

significações, não detectadas nas leituras

anteriores. (...)”.

(Koche, 1993, p. 162)

Há, porém, que se considerar os tipos, as modalidades e finalidades

da leitura.

A leitura técnica de relatórios ou obras de cunho científico, implica,

muitas vezes, a habilidade de ler e interpretar tabelas e gráficos; a de informação,

como já foi referido, acha-se ligada às finalidades da cultura geral. A leitura de

higiene mental ou prazer tem por objetivo o lazer. A de estudo, que interessa mais

de perto aos objetivos, visa aquisição e ampliação de conhecimentos.

Não se pode empregar a mesma técnica e a mesma velocidade para

todas as modalidades de leitura. Não se lê um romance como um livro científico,

um livro de álgebra como um manual de literatura.

Quanto à velocidade da leitura, convém notar que este é um fator

relativo que depende não só da sua modalidade ou finalidade, mas também do

treinamento e até do temperamento do leitor.

As técnicas da chamada leitura dinâmica, que estiveram tão moda

há algum tempo, não se prestam para a leitura com finalidade de estudo. Podem,

contudo, ser aplicadas na leitura de contato ou leitura prévia.

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A leitura pode ser oral ou silenciosa; técnica e de informação; de

estudo; de higiene mental e prazer.

Segundo Andrade, 1993, p. 19:

“Nos antigos cursos primários, que correspondem

à primeira etapa do primeiro grau atualmente, a

leitura oral era sempre precedida da leitura

silenciosa. Levando-se em conta que esta última

é a modalidade mais utilizada no mundo moderno,

justifica-se que deva ser treinada, desde os

primeiros anos escolares. Contudo, não se pode

relegar a leitura oral, que além de útil, é uma

habilidade que, como tal, não dispensa o

exercício, a prática. Tanto quanto é aborrecida

uma leitura oral malfeita, é agradável a leitura

feita com arte”.

1.1 – O Ato de Estudar

Ao dar início a essa nova etapa de sua formação escolar, do ensino

superior, o estudante dar-se-á conta de que se encontra diante de exigências

específicas para a continuidade de sua vida de estudos. Novas posturas diante de

novas tarefas ser-lhe-ão logo solicitadas. Daí a necessidade de assumir

prontamente essa nova situação e de tomar medidas apropriadas para enfrentá-

la. É claro que o processo pedagógico-didático continua, assim como a

aprendizagem que dele decorre. As suas posturas de estudo devem mudar

radicalmente, embora explorando tudo o que há de correto.

“É preciso que o estudante se sensibilize de que

doravante o resultado do processo depende

fundamentalmente dele mesmo. Seja pelo seu

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próprio desenvolvimento psíquico e intelectual,

seja pela própria natureza do processo

educacional desse nível, as condições de

aprendizagem transformam-se no sentido de

exigir do estudante maior autonomia na efetivação

da aprendizagem, maior independência em

relação aos subsídios da estrutura do ensino e

dos recursos institucionais que ainda continuam

sendo oferecidos. O aprofundamento da vida

científica passa a exigir do estudante uma postura

de auto-atividade didática que será, sem dúvida,

crítica e rigorosa”.

(Severino, 1941)

A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de

uma unidade de leitura. Unidade é um setor do texto que forma uma totalidade de

sentido. Assim, pode-se considerar um capítulo uma seção ou qualquer outra

subdivisão. Toma-se uma parte que forme certa unidade de sentido para que se

possa trabalhar sobre ela. Dessa maneira, determinam-se os limites no interior

dos quais se processará a disciplina do trabalho de leitura e estudo em busca da

compreensão da mensagem.

De acordo com esta orientação, a leitura de um texto, quando feita

para fins de estudo, deve ser feita por etapas, ou seja, apenas terminada a

análise de uma unidade é que se passará à seguinte. Terminado o processo, o

leitor se verá em condições de refazer o raciocínio global do livro, reduzindo-o a

uma forma sintética.

A extensão da unidade será determinada proporcionalmente a

acessibilidade do texto, a ser definida por sua natureza, assim como pela

familiaridade do leitor com o assunto tratado. O estudo da unidade deve ser feito

de maneira contínua, evitando-se intervalos de tempo muito grandes entre as

várias etapas da análise.

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1.2 – A Universidade

A consciência de conservação e transmissão dos conhecimentos

sediada numa comunidade de sábios e estudantes data pelo menos da Idade

Média, mas só mais recentemente (Séc. XVIII e XIX) se tem teorizado ou

procurado teorizar a idéia de universidade.

Os cinco pontos de vista identificados por alguns autores se

agrupam em duas categorias: os pontos de vista “internos” ou “idealistas”, em

que a idéia de universidade se desenvolve a partir das regras próprias da

instituição, e os pontos de vista “externos” ou “funcionais” em que as regras lhe

são impostas pelo exterior e são mais orientadas por uma preocupação de

utilidade coletiva do que por exigências interiores à instituição.

“A concepção de universidade, repousa sobre a

idéia básica de que a aspiração ao saber é natural

ao ser humano e, assim, visualiza-a como um

lugar de ensino do saber universal, o que implica

que o seu objetivo primordial deve ser a difusão

do saber. Por saber deve entender-se a

compreensão generalizada da verdade das suas

ramificações, as suas inter-relações e influências

recíprocas, bem como dos respectivos valores.

Desta concepção resulta que as principais

funções da universidade são perspectivas como

sendo”.

(Finger, 1988)

Dar prioridade ao ensino sobre a investigação;

Prover uma educação universal e liberal;

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Dar uma formação sobretudo intelectual, sem a preocupação de ser

profissionalizante.

A noção de educação universal emana da própria idéia de

universidade, o qual considerava que nesta instituição – encarada como lugar

privilegiado do saber universal – deveriam existir todos os ramos do saber por,

embora os estudantes não tenham possibilidades de abarcar todas as disciplinas

que lhes estão disponíveis, beneficiam-se do convívio com os mestres que

encarnam o círculo dos conhecimentos.

Com efeito, os mestres, eles próprios, peritos e defensores dos seus

domínios científicos, tem de acordar em conjunto as relações e eventuais

contradições; o estudante só tem a ganhar em “habitar” neste meio rico de

tradição intelectual, independente de qualquer mestre em particular que o oriente,

mesmo que, como é natural, se consegue apenas a algumas das disciplinas do

amplo conjunto oferecido, escolha aliás que, em princípio, lhe pertence.

“Nestas condições, o estudante tem possibilidade,

inserido numa comunidade de mestres e

estudantes, de compreender os grandes

contornos do saber, os princípios em que se

baseia e a dimensão e característica das suas

várias vertentes, adquirindo um hábito de espírito

e uma maneira de “estar” que persistirão durante

o resto da sua existência e que se caracterizam

pela liberdade, justiça, ponderação, moderação e

sabedoria. Mas, uma tal aprendizagem é

construída tendo por fim o próprio exercício

intelectual, sem preocupação de atingir qualquer

fim útil específico, mas antes uma sólida formação

moral e mental. Esta educação – uma educação

que se pretende para toda a vida – considera-se

liberal porque, por ela mesma, representa a

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cultura da inteligência, sendo seu objetivo a

perfeição intelectual que habilita o indivíduo assim

educado, a enfrentar qualquer problema futuro”.

(Bamberger, 1995)

Mais recentemente, na década de setenta, tomou corpo o conceito

de organização matricial, a que na Universidade de Minho se chamou

Universidade de Grupos de Projetos e do qual se ilustra simbólica e muito

genericamente o modo de funcionamento.

“Este modelo estrutural vigente em algumas

outras universidades e instituições de

investigação estrangeiras põe o acento tônico em

projetos, isto é, nas missões que a instituição tem

de desempenhar e substitui o departamento

clássico por unidades de recursos científico-

pedagógica, com competência própria, dando-lhe

uma feição semelhante às unidades clássicas de

apoio, quer de índole cultural, quer de índole

técnico-administrativo, quer logístico. As unidades

científico-pedagógicas continuam a ser a sede

dos professores e investigadores e são

organizados também de acordo com os domínios

do saber”.

(Finger, 1988)

A estrutura do ensino na universidade brasileira decorre da

concepção e normalização contidas na reforma de 1968 (Lei 5.540, de 28/11/68).

Até então, o ensino estruturado sobre a base da identidade entre

curso e departamento. O departamento era a reunião dos professores que

ministravam as disciplinas de determinado curso. O professor de introdução à

Filosofia integraria o departamento de Filosofia se estivesse lecionando no curso

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de Filosofia. Caso ministrasse aulas no curso de História ou de Pedagogia ou de

Psicologia, ele seria membro do departamento de História ou de Pedagogia ou de

Psicologia. Na hipótese de lecionar a referida disciplina nos quatro cursos

mencionados, ele integraria os quatro departamentos.

O ensino, era a referência básica tanto para professores como para

alunos. O professor era contratado para lecionar em determinados cursos. Em

função disso é que se definia o seu pertencimento à universidade e – se fosse o

caso, já que isso não era necessário – ao departamento. Os alunos se

matriculavam num curso a cada ano e em seqüência, numa das séries de que se

compunha o curso. Tal era a regra geral, portanto, válida para todos os cursos

quer se destinassem às profissões liberais ou técnicas, quer ao bacharelado e

licenciatura. Esta, na verdade, se constituía num mero apêndice do bacharelado

pela justaposição a este das disciplinas pedagógicas.

Com a reforma de 1968, a estrutura acima descrita é alterada. Dá-se

a separação entre curso e departamento. Este é definido como unidade básica da

universidade que congrega especialistas – de uma mesma área de conhecimento

ou de outras áreas.

Tal alteração foi proposta sob o argumento de que, devendo a

universidade fundar-se na unidade do ensino e da pesquisa, era necessário

desenvolver a pesquisa reunindo e conjugando os esforços dos professores

preocupados com a mesma área de conhecimento. O curso, por sua vez, é

definido pelo currículo. Entendido na prática como um elenco de disciplinas

distribuídas, via de regra, em três modalidades obrigatórias, optativas e eletivas.

Tal currículo seria definido e coordenado por um colegiado denominado

coordenação de curso. Assim, ao departamento se contrapõe a coordenação de

curso; ao chefe de departamento, o coordenador do curso. É de se notar que as

disciplinas que figuram nos currículos dos cursos são tomadas dos

departamentos, já que as disciplinas relativas a determinada área de

conhecimento integram o departamento que reúne os especialistas naquela área

de conhecimento.

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Qual então, o sentido de separação? O que é que justifica a

autonomia do ensino em relação ao departamento se seus conteúdos são

desenvolvidos no departamento e a ele pertencem? Não se trataria de uma

desnecessária duplicação de meios?

Teoricamente, a separação foi justificada da seguinte maneira: cabe

ao curso, através de sua coordenação, definir os objetivos que ele deve atingir; a

partir e em função de seus objetivos serão definidas as disciplinas constitutivas do

currículo do referido curso e selecionados os conteúdos que devem ser

ministrados em cada disciplina. A partir desses parâmetros, a coordenação do

curso solicita aos departamentos que indiquem os professores mais adequados

para assumir as disciplinas nos termos estipulados. Tal como foi explicitado no

relatório do Grupo de Trabalho que elaborou em 1968. Tal alteração foi proposta

sob o argumento de que, devendo a universidade fundar-se na unidade do ensino

e da pesquisa, era necessário desenvolver a pesquisa reunindo e conjugando os

esforços dos professores preocupados com a mesma área de conhecimento. O

projeto de reforma do ensino de 1º e 2º grau, dir-se-ia que as matérias integram

os departamentos ao passo que as disciplinas integram os cursos: os conteúdos

desenvolvidos pelos departamentos constituíram a matéria prima, o material bruto

que trabalhado e ordenado segundo uma seqüência e dosagem adequadas aos

objetivos de determinado curso, daria origem à disciplina que passaria a fazer

parte do currículo do referido curso. Na prática, entretanto, nós sabemos que por

ter o controle dos professores e dos conteúdos e, através deles, das disciplinas,

os departamentos controlam os cursos. Nessas circunstâncias, a coordenação de

curso converte-se num organismo um tanto inócuo e, pior do que isso, em mais

uma instância burocrática a dificultar a agilização das atividades universitárias; e o

coordenador de curso, via de regra, com a possível exceção da pós-graduação,

dadas as suas peculiaridades, reduz-se a uma espécie de “moleque de recados”

dos chefes de departamento.

Na estrutura acima exposta, o curso deixa de ser a referência

básica. Para os professores, o departamento é o ponto de referência fundamental.

Todo professor, antes de mais nada, deve estar departamentalizado. E deverá

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integrar um e apenas um departamento. Já os alunos são referidos às disciplinas.

Para estar em situação na universidade, cada aluno deverá estar matriculado em

pelo menos uma disciplina.

Através da departamentalização e da matrícula por disciplina com o

seu cotolário, o regime de créditos, generalizou-se no ensino superior a

sistemática do curso parcelado. A tentativa de transpor para a universidade o

parcelamento do trabalho introduziu nas empresas. Perpetuou-se, no ensino, a

separação entre meios e objetivos; entre conteúdos curriculares e sua finalidade

educativa; entre as formas de transmissão do saber e as formas de produção e

sistematização do saber; entre o pedagógico e o científico. Teoricamente, os

meios, os conteúdos, as formas de produção e sistematização do saber, o

aspecto científico, ficaram sob a jurisdição do departamento. Os objetivos, as

finalidades, as formas de transmissão do saber, o aspecto pedagógico, a cargo da

coordenação de curso. Paradoxalmente, acentuou-se o divórcio entre o ensino e

a pesquisa no momento mesmo em que a reforma se propunha a realizar a sua

unidade. Na prática, a dependência da coordenação de curso em relação ao

departamento, esvaziado este de preocupações pedagógicas, significou, em

termos da estrutura do ensino, a subordinação dos fins aos meios. Tal

consequência – é bom lembrar – está em perfeita consonância com a concepção

que orientou a reforma universitária, através dos princípios da racionalidade,

eficiência e produtividade. Na raiz das distorções acima apontadas, está a

preocupação com a racionalização dos custos. Tanto a departamentalização

como a matricula por disciplina/regime de créditos tinham por principal objetivo a

redução de custos. Assim, para ficarmos no exemplo anteriormente citado,

através da departamentalização evitava-se a existência de vários professores de

Introdução à Filosofia; pela matrícula por disciplina tornou-se possível oferecer

apenas uma disciplina de Introdução à Filosofia para alunos de diferentes cursos

tais como Filosofia, História, Pedagogia e Psicologia, anteriormente citados. Com

isso, em lugar de quatro turmas de cerca de 15 a 20 anos cada, era possível

programar apenas uma de sessenta a oitenta alunos.

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Pedagogicamente, as medidas referidas acarretaram a

fragmentação do trabalho educativo gerando tal grau de dispersão,

descontinuidade e heterogeneidade que se inviabilizou a eficácia do ensino

reduzido agora, a um ritual esvaziado de conteúdo significativo. Tal situação não

é politicamente indiferente, tendo, ao contrário, acarretado a desmobilização dos

alunos que, não mais organizados por turmas que permanecem coesas durante

todo o curso ficaram impossibilitados de se constituírem em grupos de pressão

capazes de reivindicar a adequação do ensino ministrado aos objetivos do curso,

bem como a consistência e relevância dos conteúdos transmitidos.

1.3 – Como Melhorar o Estudo

Segundo Inácio (1983), na grande maioria, estudantes oriundos da

classe proletária, chegam à universidade e são rejeitados por professores, alguns

dos quais se autodenominam “progressistas” e, frequentemente, tem a mesma

origem de classe que seus alunos. Recusam-se ou não foram suficientemente

preparados para tratá-los em conformidade com sua história e a iniciar seu

trabalho didático-pedagógico e partir do nível cultural em que se encontra sua

clientela. O modelo de aluno que tais docentes desejam é o “padrão burguês”

que pode freqüentar escola privada, de boa qualidade, embora no seu discurso se

digam favoráveis à escola pública, gratuita de bom nível e universal.

“À medida que a educação básica foi se

deteriorando, a elitização do ensino de 3º grau

agravou-se de forma perversa. Na década de

1980 assistimos à diminuição do número de

estudantes universitários que necessitam

trabalhar, cujas famílias não podem mantê-los na

escola. Num período que produziu uma forte

concentração da renda nacional, num sinal

evidente que estamos excluindo os de baixa

renda”. (Inácio, 1990, p. 36-44)

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A frustração do aluno que se evade pode ser procurada no tipo de

aula que o mesmo recebe, no desempenho e qualificação do seu professor, nos

recursos materiais da instituição (laboratórios, bibliotecas etc.), quanto à

possibilidade de se obter satisfação pessoal com o curso ou formação integral

como cidadão, ainda sem esquecermos a questão da produção de novos

conhecimentos.

Tais satisfações podem resultar ainda da pequena perspectiva de se

conseguir um emprego satisfatório ao final do curso, quer pelos pequenos

salários, no caso das licenciaturas, quer pela formação inadequada, que pode ser

presenteada de modo generalizado.

A questão da formação docente está de tal forma desacreditada que

os alunos das licenciaturas não se interessam pelas disciplinas pedagógicas.

Preferem estudar o conteúdo da parte específica. Porém, quando forem

professores, provavelmente não serão brilhantes, justamente pela falta de

conhecimento das teorias de aprendizagem, da didática etc. Muitos cursos de

licenciatura são direcionados para a formação do bacharel e não do licenciado.

O vestibular não determina a qualidade do ingressante, nem é o

responsável pela elitização do ensino universitário, nem é instituição de seleção

social. A seleção é feita pelo próprio candidato, fazendo com que a elite dispute

com a elite uma vaga em cursos também de elite, como medicina e odontologia, e

da classe média para baixo dispute entre si os cursos noturnos. A disputa por

uma vaga leva à maior preparação do candidato, mas entendemos que essa

disputa leva, entre outras variáveis, à seleção dos cursos, ou melhor dizendo, à

escolha do curso pelo candidato em virtude de sua preparação, contudo, não influi

na formação propriamente dita do vestibulando. O estudante oriundo de cursos

noturnos, pelo fato de precisar trabalhar para se manter, tem no trabalho um

empecilho a uma melhor preparação, conseqüência da distribuição da renda

nacional e não de seu interesse pelo estudo.

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A vida dos estudantes, em que pese o fato de uma parcela dos

mesmos prescindir de preocupar-se com o seu “ganha-pão”, é uma vida árdua e

de sacrifícios quando levada a sério. Não é à-toa que muitos desistem a meio

caminho. É evidente que boa parte destes, ao menos em países

subdesenvolvidos, como é o nosso caso, desistem em decorrência de fatores

extra-escolares.

“A aplicação do espírito para aprender;

conhecimentos adquiridos através de aplicação,

trabalhos que precedem a execução de um

projeto; trabalho literário ou científico acerca de

um dado assunto, exame, análise; atenção ou

cuidado especial”.

(Ferreira, 1973)

Estudar não significa apenas ler textos: livro ou artigo. Estudar é

uma atitude complexa que, passando pelos textos, relaciona-se com a biblioteca e

seu uso sistemático, em que se inclui a leitura dos clássicos, bibliografias

especializadas, catálogos de editoras... Estudar significa ainda participar de aulas,

palestras, conferências, seminários, congressos, enfim, tudo o que disser respeito

à vida da universidade.

1.4 – A Universidade como Ambiente de Educação

Métodos de Estudo

A nossa escola tem nos passado uma concepção de educação e de

estudos na qual o que importa é a memorização e não a compreensão do texto. É

o que Paulo Freire (1973) denomina educação bancária (p. 73-99). O professor é

quem sabe e o aluno é a ignorância absoluta. Esta forma de educar tem gerado

alunos acríticos que são meros recipientes para o saber do mestre, prevalecendo

a concepção medieval do magister dixit ou o argumento da autoridade: a

afirmação é verdadeira porque foi enunciada pelo professor ou por determinado

texto.

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A reação, também acrítica diante dessa situação, acabou levando a

educação para o lado oposto, o professor não decide nada (e consequentemente

nada assume) e o aluno é quem determina como se processará ensino, posto que

seja ele o sujeito de sua própria educação, passando de sabe-nada a sabe-tudo

como num passe de mágica.

A leitura apresentada de bons textos pode produzir resultados

catastróficos. Dessa forma, em nome de uma aparente não diretividade do ensino

passa-se uma cumplicidade em que o professor finge que ensina, o aluno faz de

conta que aprende, todos são aprovados: os alunos pelas notas altas e o

professor com o seu salário e a estima dos que foram enganados.

O ato de estudar é uma atitude que posiciona perante o mundo

pelas leituras desse mundo – elaboradas por si mesmo e por outros – e orientado

por um professor não cristalizado:

Segundo Merquior (1987), nesse tipo de educação, professor e

aluno estão permanentemente atentos e não é eliminada a tarefa docente, mas

transformando-a em prática desalienadora, que se terá uma educação para a

liberdade, em vez de um adestramento para mão-de-obra. Não é uma educação

ingênua em que o aluno engole sem digerir o que leu, mas uma prática onde ele

dialoga permanentemente com o texto e com o professor. Diálogo que implica não

dois, mas três momentos: saber ouvir, saber falar e saber reformular seus

conhecimentos a partir da percepção dessa necessidade, quando o dialogar

permite avançar o saber.

1.5 – Documentação

Uma questão fundamental na vida de estudante é a disciplina. O

acadêmico que precise ser acionado dificilmente terá uma produção intelectual

condizente com sua escolha, com uma opção pelos estudos.

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A leitura de textos deve culminar com anotações do leitor.

Dependendo de seus objetivos, faz-se anotações que correspondam a esses

anseios. Com a finalidade de iniciar-se à ciência a qual o estudioso elegeu como

ramo do conhecimento em que centrará sua dedicação; pode-se ler visando à

elaboração de algum trabalho escolar ou à formação geral e, ainda há leitura cuja

finalidade seja o lazer.

Severino (1989), recomenda-se ao estudante elaborar fichas de

documentação temática onde os conceitos e categorias fundamentais do ramo de

estudos que abraçou sejam devidamente estudados, evitando nas discussões

acadêmicas a utilização dos conceitos conforme são vistos pelo senso comum. (p.

109-119)

“As fichas de autor permitem uma visão geral

acerca das atividades das pessoas que produzem

na área escolhida pelo aluno, além dos clássicos,

os quais são indispensáveis não apenas a quem

pretende produzir conhecimentos novos – o que

deve ser objetivo de todo aquele que se propõe

ingressar numa universidade – mas também às

pessoas que desejam obter uma formação

intelectual sólida”.

(Severino, 1989, p. 109-119)

1.6 – Biblioteca

Pode-se dizer que a biblioteca é o pulmão da universidade. É por

onde ela respira e interage com o mundo. É evidente que não quero limitar essa

interação à biblioteca, mas quero dizer com isto que é nela que vamos encontrar

os registros dessa integração. É ali que vamos tomar ciência do que se produziu

ou se produz no campo de conhecimento que nos interessa mais de perto e

mesmo em outros afins. É onde se acha devidamente catalogada a produção

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interna e o seu diálogo com a ciência do mundo. Deve ser, portanto, uma

instituição viva e não mumificada.

A biblioteca fornece-nos o material útil ao desenvolvimento da

educação crítica, onde se pode cotejar não apenas o conhecimento discutido em

sala de aula, mas também o das leituras. Qualquer que seja a área, ela requer do

estudante atividades práticas (de laboratório ou de campo), as quais fazem parte

do processo de preparação técnico-profissional. Mas, antes de se chegar aos

trabalhos práticos é fundamental adquirir um embasamento teórico, sem o qual o

ensino universitário se torna mero ensino de 3º grau. Além das aulas, em que se

processa o ensino propriamente dito, deve, necessariamente, ocorrer o estudo

pessoal, no qual a biblioteca desempenha um importante papel, pois é onde se

encontra o material bibliográfico. Deve ainda o aluno verificar o horário de

atendimento do professor e, após a consulta ao material e às anotações de aula,

se persistir alguma dúvida procurar o docente em seu local e hora de atendimento

para esclarecimentos e discussões necessários.

Segundo Ribeiro (1978, p. 25):

“todos os livros latu sensu. Geralmente três

critérios são usados nos catálogos: autor, tema ou

assunto e título. No catálogo de autores, a

procura se inicia com o sobrenome, prenome

(exemplo: COUTINHO, Eduardo), para a

localização da obra. Na pesquisa pelo título da

obra, elimina-se o artigo, definido ou indefinido,

em qualquer idioma. No catálogo de temas ou

assuntos, a localização se inicia através de fichas

do tema escolhido, cujos autores estão em ordem

alfabética. Há catálogos de livros e de periódicos

(...). O catálogo traz as fichas em ordem alfabética

pela primeira palavra da ficha. Ao lado das

informações, há na ficha um número de chamada

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(call number), código para a rápida localização

do livro nas estantes”.

Uma biblioteca universitária permite trazer o mundo do

conhecimento para a vida acadêmica interna, sem grande ônus para os

estudantes, principalmente no que diz respeito aos periódicos estrangeiros,

realmente caros para uma população de poder aquisitivo tão baixo como a nossa,

fruto de uma das mais perversas situações de concentração de renda nacional.

Contudo, as revistas nacionais são bastante acessíveis e o estudante deve

procurar assinar e ler aquelas de sua área, bem como, desde a graduação, iniciar

a formação de uma biblioteca pessoal.

Da mesma forma que um projeto de pesquisa permite ganhar tempo

e racionalizar a investigação, a vida de estudos possibilita uma sistematização

sem a qual não apenas se perde muito tempo, mas também não se vai muito

longe. É, pois, de fundamental importância que o aluno de graduação programe

seus estudos, abra um fichário com seções temáticas, bibliográfica e de autor.

“Tais cuidados, tal sistemática de estudos, teriam

maior eficácia se os professores da escola básica,

a exemplo daqueles de países vizinhos nossos,

iniciassem seus alunos em técnicas de estudos,

em vez de pensar que sua orientação se restringe

à salas de aulas e em vez de valorizar apenas a

memorização”.

(Vega, 1977, p. 213-214)

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CAPÍTULO II

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como podemos observar, no desenvolvimento dessa pesquisa o

número de alunos dos cursos de Licenciatura nas Universidades, já ministram

aulas no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Objetivando analisar o cotidiano

desses alunos e para o qual o curso universitário se mostra necessário.

As tabelas 1, 2 e 3 mostra-nos um perfil dos entrevistados, sendo a

maior parte constituídos do sexo feminino, e já atuando como professores, com

uma faixa etária variando de 20 à 60 anos, de variados estados civis, procurando

assim um melhor desenvolvimento em suas performances.

Tabela 1 – Sexo

Sexo Feminino 28 93%Sexo Masculino 07 7%

Em relação a Tabela 1, encontramos 28 alunos do sexo feminino,

93,0% do total; e 07 alunos do sexo masculino, sendo 7,0% do total.

Tabela 2 – Faixa Etária

20 à 30 anos 12 40%30 à 40 anos 11 37%40 à 60 anos 07 23%

Em relação a Tabela 2, encontramos 12 alunos com idade de 20 à

30 anos, 40,0% do total; 11 anos com idade de 30 à 40 anos, 37,0% do total; e 07

alunos com idade de 40 à 60 anos, 23,0% do total.

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Tabela 3 – Estado Civil

Casados 14 47%Solteiros 13 43%Divorciados 02 7%Viúvos 1 3%

Em relação ao estado civil dos alunos na Tabela 3, encontramos 14

alunos casados, - 47,0% do total; 13 alunos solteiros – 43,0% do total; 02 alunos

divorciados – 7,0% do total; e 01 aluno viúvo – 3,0% do total.

Nessa pesquisa foi elaborado um questionário com 13 perguntas,

sendo 11 em forma de alternativas e 2 em forma dissertiva. Em que poderemos

destacar o ponto de vista evidenciado pelo próprio aluno.

Onde o aluno nos mostra que não entra numa Universidade para

brincar, mas sim, para adquirir mais conhecimento e aperfeiçoamento para uma

área profissionalizante, onde possa entrar no mercado de trabalho com um

currículo ainda mais competitivo.

Tabela 4 – O que é Estudo Universitário?

Adquirir conhecimento 16 alunos 53%Convívio social 0 --------Preenchimento de tempo ocioso 0 --------Profissionalização 14 alunos 47%

Em relação a Tabela 4, referente a pergunta: “O que é Estudo

Universitário”, obtivemos as seguintes respostas: 16 alunos – “Adquirir

conhecimento”- 53,0% do total; 14 alunos – “Profissionalização” – 47,0% do total;

e com 0% “Convívio social” e “Preenchimento de tempo ocioso”.

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Tabela 5 – Qual a Função da Universidade para com os Alunos?

Preparar o indivíduo para o exercício da cidadania 10 alunos 33%Tornar o aluno crítico 05 alunos 17%Dar “Status” 0 -------Ter fácil acesso para o mercado de trabalho 14 alunos 47%Ser diferente dos outros 01 aluno 3%

A Tabela 5 nos mostra como o aluno vê a função da universidade,

deixando ainda mais claro que ao ingressar em uma universidade seus objetivos

já estão traçados, sendo que as respostas referentes a pergunta “Qual a função

da Universidade para com os alunos?” 10 alunos, ou seja, 33,0% do total,

responderam que é para “Preparar o indivíduo para o exercício da cidadania”; 05

alunos – “Tornar o aluno crítico”- 17,0% do total; 14 alunos responderam “Ter fácil

acesso para o mercado de trabalho” – 47,0% do total; 01 aluno responde “Ser

diferente dos outros”- 3,0% do total; e 0% - “Dar “Status”.

Tabela 6 – Como Estudam os Alunos Universitários?

Anota tudo o que foi falado na sala 21 alunos 70%“Cola” dos colegas 0 -------Só se preocupa com a avaliação 06 alunos 20%Tira cópias dos cadernos de outros colegas 03 alunos 10%

A Tabela 6 mostra-nos que os alunos adotam vários métodos de

estudo. 21 alunos, sendo 70,0% do total preocupam-se em colher o maior número

de dados – “Anota tudo o que foi falado na sala”. Tendo assim, mais

esclarecimento da matéria dada pelos professores; 06 alunos, 20,0% do total, só

se preocupam com a avaliação; 03 alunos, 10,0% do total, mostram-se bastante

desinteressados – “Tira cópias dos cadernos de outros colegas”; e 0% - “Cola”

dos colegas”.

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Tabela 7 – O que leva os Alunos Universitários a Ficarem Apreensivos em

dia de Avaliação?

Não ter os textos nas mãos 03 alunos 10%A maneira de ser avaliado 12 alunos 40%Não ter domínio do que foi estudado 13 alunos 43%Não estudar em casa 0 -------Necessidade de notas 02 alunos 7%

Em relação a Tabela 7, sobre a pergunta “O que leva os Alunos

Universitários a Ficarem Apreensivos em dia de Avaliação?”, 03 alunos, ou

10,0% do total responderam – “Não ter os textos nas mãos”; 12 alunos – 40,0%

do total – “A maneira de ser avaliado”; 13 alunos – 43,0% do total responderam

“Não ter domínio do que foi estudado”; 02 alunos, sendo 7,0% do total –

“Necessidade de notas”; e 0% - “Não estudar em casa”.

Tabela 8 – Qual a Importância da Leitura?

Adquirir informações 18 alunos 60%Passar o tempo 0 -------Cultura 12 alunos 40%Tornar-se um intelectual 0 -------

O enfoque geral mostra que a maioria dos alunos não tem o hábito

de leitura. 18 alunos – 60,0% do total, responderam “Adquirir informações”; 12

alunos – 40,0% do total – “Cultura”; e 0% - “Passar o tempo” e “Tornar-se um

intelectual”.

Tabela 9 – Para que Serve Biblioteca Universitária?

Reflexão 01 aluno 3%Bate-Papo 01 aluno 3%Pesquisa 28 alunos 93%Paquera 0 ------

Em relação a Tabela 9, perguntamos “Para que Serve Biblioteca

Universitária?”. 01 aluno – 3,0% do total respondeu “Reflexão”; 01 aluno – 3,0%

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do total para “Bate-Papo”; 28 alunos – 93,0% do total, responderam que serve

para “Pesquisa”; e 0% - “Paquera”.

Tabela 10 – Como é Feito o Trabalho Universitário?

Vai atrás – Pesquisa 26 alunos 85%Paga para o colega fazer 01 aluno 3%Faz cópias (xerox) 01 aluno 3%Fica em um bom grupo 03 alunos 9%

Em relação a Tabela 10, perguntou-se “Como é Feito o Trabalho

Universitário?”. 26 alunos – 85,0% do total – “Vai atrás – Pesquisa”; 01 aluno –

3,0% do total – “Paga para o colega fazer”; 01 aluno – 3,0% do total – “Faz

cópias (xerox)”; 03 alunos – 9,0% do total – “Fica em um bom grupo”.

Tabela 11 – Os Alunos Universitários têm dificuldade com a leitura. Por quê?

Falta de tempo 04 alunos 13%Não tem hábito de ler 12 alunos 40%Não usa dicionário 0 ------Leitura não trabalhada nos cursos anteriores 14 alunos 47%

Em relação a Tabela 11, esta nos mostra as dificuldades

encontradas pelos alunos no ato de ler. 04 alunos – 13,0% do total – “Falta de

tempo”; 12 alunos – 40,0% do total – “Não tem hábito de ler”; 14 alunos – 47,0%

do total – “Leitura não trabalhada nos cursos anteriores”; e 0% - “Não usam

dicionário”.

Tabela 12 – Qual a Dificuldade que os Alunos Universitários Encontram para

fazer Pesquisa?

Falta de tempo 17 alunos 56%Falta de hábito 11 alunos 37%Falta de explicação do professor 02 alunos 7%

Em relação a Tabela 12, a dificuldade que os alunos encontram em

fazer pesquisa foi a seguinte: 17 alunos – 56,0% do total – “Falta de tempo”; 11

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alunos – 37,0% do total – “Falta de hábito”; e 02 alunos – 7,0% do total – “Falta de

explicação do professor”.

Tabela 13 – O que Faz os Alunos Universitários não Prestarem Atenção às

Aulas?

Falta de motivação por parte do professor 20 alunos 67%Cansaço físico 07 alunos 23%Falta de interesse (aluno ocioso) 03 alunos 10%

Em relação a Tabela 13, a pergunta “O que Faz os Alunos

Universitários não Prestarem Atenção às Aulas?”, 20 alunos, sendo 67,0% do

total – “Falta de motivação por parte do professor”; 07 alunos – 23,0% do total –

“Cansaço físico”; e 03 alunos – 10,0% do total – “Falta de interesse (aluno

ocioso)”.

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CONCLUSÃO

Depois de feita a pesquisa e realizada a reflexão sobre os dados

obtidos, pode-se concluir que a pesquisa revela que há uma deficiência por parte

dos alunos universitários em torno do ato de estudar, visto que em suas falas

percebe-se contradição, isso possibilita afirmar que a maioria faz leitura para

memorização e por obrigatoriedade (prova e trabalho).

Retoma-se a idéia do ato de estudar ser uma ação que exige

pressupostos (orientação), sistematização, disciplina, envolvimento com o texto,

curiosidade e busca, e que o estudo mecânico é aquele feito para cumprir

exigências, não necessitando reflexão, crítica, comparação e/ou questionamento.

Verificou-se que a maioria dos alunos entrevistados faz um estudo mecânico,

insiste na memorização para realização de provas e trabalhos. Porém, os dados

também mostraram que há uma consciência sobre a importância em torno do ato

de estudar. Sendo assim, registra-se aqui o desafio de tentar resolver os

problemas da prática diária com relação ao estudo, visto que este é

imprescindível para a vida contemporânea.

Portanto, a pesquisa traz pelo menos um elemento bastante

importante para reflexão a aproximação dos pressupostos que o aluno teve com a

utilização destas orientações na sua prática de estudo, se interessa realmente à

universidade formar cidadãos críticos que possam intervir na sociedade, refletindo

e praticando, praticando e refletindo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SEVERINO, Antônio Joaquim (1993). Metodologia do Trabalho Científico. 19ªed. São Paulo. Cortez.

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ANEXO I

Este questionário é parte integrante de um trabalho de pesquisa

intitulado “Como Estudam os Alunos Universitários”.

Por tratar-se de dados mensuráveis, portanto, de caráter

quantitativo, não existe necessidade de identificação, estando garantido o sigilo

do sujeito investigado.

Agradeço sua colaboração e lembro-o que suas informações são de

grande importância para o desenvolvimento do referido trabalho.

Parte I

1. Sexo: F ( ) M ( )

2. Idade: ______ anos.

3. Estado Civil: _________________

4. O que é Estudo Universitário?

( ) adquirir conhecimento

( ) convívio social

( ) preenchimento de tempo ocioso

( ) profissionalização

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5. Qual a função da Universidade para com os Alunos?

( ) preparar o indivíduo para o exercício da cidadania moderna

( ) tornar o aluno crítico

( ) dar “status”

( ) ter fácil acesso para o mercado de trabalho

( ) ser diferente dos outros

6. Como Estudam os Alunos Universitários?

( ) anota tudo o que foi falado na sala

( ) “cola” dos colegas

( ) só se preocupa com a avaliação

( ) tira cópia dos cadernos de outros colegas

7. O que leva os Alunos Universitáriosa ficarem apreensivos em dia deAvaliação?

( ) não ter os textos nas mãos

( ) a maneira de ser avaliado

( ) não ter domínio do que foi estudado

( ) não estudar em casa

( ) necessidade de notas

8. Qual a Importância da Leitura?

( ) adquirir informação

( ) passatempo

( ) cultura

( ) tornar-se um intelectual

9. Para que serve a Biblioteca Universitária?

( ) reflexão

( ) bate-papo

( ) pesquisa

( ) paquera

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10. Como é feito o Trabalho Universitário?

( ) vai atrás (pesquisa)

( ) paga para o colega fazer

( ) faz cópias (xerox)

( ) fica em um bom grupo

11. Os alunos Universitários têm dificuldade em Leitura. Por quê?

( ) falta de tempo

( ) não têm hábito de ler

( ) não usa dicionário

( ) leitura não trabalhada nos cursos anteriores

12. Qual a dificuldade que os Alunos Universitários encontram para

fazer Pesquisa?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

13. O que fazem os Alunos Universitários não prestarem atenção na

aula?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________