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Como escolher uma profissão

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Como escolher uma profissão

Vamos falar do processo de escolha?

Nenhuma escolha é simples, especialmente se nos defrontamos com uma infinidade de opções e temos algum interesse por muitas delas. Desde escolher uma pizza, em uma pizzaria, ou um médico entre a lista dos inscritos no convênio, ou o tênis novo, escolhemos uma entre várias opções que, em princípio temos, deixando outras que também nos interessam de lado.

Cabe pensarmos como efetivamente fazemos, ao final, uma escolha. Se todas essas desses exemplos não são imediatas e simples, o que se dirá de escolhas como pessoas com as quais queremos conviver e a profissão que seria a nossa “vocação”. Fato é que sentimos muita pressão e, consequentemente, muita tensão ao fazer escolhas que pensamos ser para “toda a vida”.

As escolhas profissionaisAo longo da vida, no contexto da carreira profissional muitas escolhas têm que ser feitas, seja porque amadurecemos, porque mudamos de cidade, mudamos de estado civil, porque fomos dispensados pelo empregador, porque novas tecnologias surgiram, porque a economia pressiona, ora para um lado, ora para o outro.

O que, então, pode sustentar escolhas que sejam favoráveis a cada um de nós, ao longo da vida?

Tratemos da primeira e importante escolha, que costuma acontecer ao término do ensino médio: a profissão. A escolha da profissão deve ter três pilares: • O indivíduo • A situação do Mercado de Trabalho • O comportamento da profissão na

sociedade

A sociedade se modifica, em alguns campos muito rapidamente, em outros, nem tanto, mas não é estável. Toda profissão, no entanto, tem um perfil, um núcleo, que a mantém como tal: o seu objetivo social, seu objeto de trabalho e a maneira de abordá-lo, seja com ou sem o uso de ferramentas tecnológicas, jurídicas, éticas ou científicas para isso.

Por exemplo, trabalhar pelo bem-estar dos indivíduos, com foco na saúde humana, realizando pesquisas e projetando medicamentos, ou contribuir para a melhor gestão de processos organizacionais, administrando as finanças empresariais, via processos contábeis.

Mas, e o indivíduo?O indivíduo é a constante no processo da carreira profissional. Por mais que mudanças ocorram em sua vida e em seu perfil, existe um núcleo que configura o eixo de sua identidade e de sua personalidade.

Assim, esse é o indivíduo que vai fazer escolhas ao longo da vida, impulsionado pelas mudanças em sua vida ou pelo mercado profissional e de trabalho. Isso nos mostra que é necessário buscar o autoconhecimento. Como fazer isso?

Você já se fez perguntas como essas: Do que eu gosto? O que gosto de fazer? O em dá prazer em fazer?Onde gosto de estar? Com que/quem gosto de estar?

Certamente já, principalmente se está questionando o que vai fazer ao terminar o ensino médio ou pretende começar os estudos em uma Universidade. Aqui estamos falando de um dos componentes daquele núcleo individual de que citamos: os interesses.

Procurando perceber o que você faz com prazer, o que o distrai, o que é realizado com leveza, o que o instiga e que provoca sua curiosidade, você descobrirá quais são seus interesses.

Isso pode ser resolver equações matemáticas, analisar uma lâmina no laboratório, desenhar uma peça de roupa, identificar uma doença ou descobrir estrelas no céu. Nesse ponto, é importante evocarmos um segundo nível de questões: por que você gosta? Por exemplo, resolver questões matemáticas está relacionado a gostar de resolver problemas, de desafios, de aplicar raciocínio lógico nas questões que se apresentam a você.

No campo do trabalho, você não precisará apenas resolver uma equação, mas usá-la para desenhar um projeto, formular um medicamento ou estabelecer a validade de um alimento.

Suas InteligênciasOutras perguntas: o que você faz com alguma facilidade, que não lhe exige esforços em demasia, que flui quase que com naturalidade e espontaneidade. Aqui, estamos no terreno de suas inteligências, de suas aptidões, de suas facilidades em campos diferentes e específicos.

Por exemplo, você pode escrever com facilidade e fluência, mas não conseguir realizar, sem grande esforço, um problema de física; você pode praticar um esporte com facilidade, no sentido de conseguir administrar movimentos com facilidade e desenvoltura, mas não ter facilidades para organizar fatos no tempo. Você pode representar papéis em uma peça teatral com leveza e não conseguir planejar suas ações sem um certo esforço.

Um terceiro elemento é importante nesse contexto. Poderíamos chamar de personalidade, ou melhor ainda, de suas características pessoais. Quais são suas tendências de comportamento? Você saber cumprir prazos? Relaciona-se bem com pessoas? Sabe aceitar críticas? Como tende a lidar com frustrações? Como tende a lidar com o novo e com as incertezas?

Vamos, finalmente, pensar o outro elemento que compõe o autoconhecimento: seus valores. O que você considera importante, o que considera ser um profissional bem-sucedido? Que estilo de vida pretende para você? Como você prevê equilibrar família, lazer e trabalho?

Então, falamos em quatro elementos: valores, aptidões, interesses e características pessoais. Juntos, são o núcleo que pode auxiliar cada um a pensar suas escolhas ao longo da vida, mesmo que alguns deles se modifiquem com a maturidade, com trajetórias que se desenham ao longo do tempo. Conhecê-los é conhecer a sua identidade profissional, aquele conjunto de itens que formam como você se entende no trabalho.

Cada escolha profissional deve considerar como esses elementos estão e como se projetam para ao futuro.

Como saber isso?• Observe-se;• Identifique as matérias de que você gosta;• Considere o que seus amigos falam, de você

para você, e como você reage a isso;• Converse com as pessoas que lhe conhecem

e lhe querem bem, não para pedir que façam a escolha por você, mas par ajudá-lo a se entender e pensar nesse conjunto complexo de informações sobre você;

• Repare nos tipos de livros, filmes e séries você gosta. Que tipos de personagens, da realidade ou da ficção, parecem-lhe interessantes;

• Tente encontrar o que essas inclinações mostram em comum, ou se complementam.

Ok, mas e a profissão?Então, vejamos o que a sociedade propõe de ocupações, atividades e profissões propriamente ditas que “combinam” com esse indivíduo que você é. O que as profissões exigem dos “seus profissionais” e oferecem para eles.

Observe e pesquise como as profissões apresentam-se na sociedade e qual é a relação das atividades com a vida que você espera ter e com a satisfação de suas necessidades intelectuais e afetivas.

Reflita sobre como você se sentiria ao longo de várias horas por dia e ao longo de vários anos realizando as atividades da profissão.

Para realizar essa etapa, nesse processo de escolha, você deverá investir algumas horas em pesquisa sobre as profissões, mercado de trabalho e opções de cursos.

1. Leia manuais e guias de profissões

2. Frequente páginas destinadas à escolha profissional na Internet

3. Veja os cursos oferecidos e suas grades curriculares

4. Consulte o mesmo curso em diferentes lugares, para acompanhar o que é padronizado na formação e o que é diferente.

5. Converse com professores e, se possível, com os profissionais da área que está lhe interessando.

Atualmente, existe uma infinidade de ocupações que fogem do tradicional. Observe quantas atividades profissionais se apresentam no seu dia a dia.

O último passo será comparar as informações sobre você com as informações sobre as profissões. Claro que você não vai começar do zero e pensar nas infinitas possibilidades de ocupações. Você pode começar descartando aquilo que não lhe interessa e que você não quer, mesmo, fazer.

Depois, vá trabalhando com as imagens de onde, com o que, ou com quem, de que modo você quer trabalhar, com que técnicas, procedimentos, tecnologias estará lidando, que profissional será você, com quem se relacionará, que tipo de responsabilidades vai ter, como vai se desenvolver e progredir.

Esse processo levará você a se reconhecer como um profissional de uma determinada área, possibilitando uma escolha mais madura e correta.

Sobre a AutoraProf.ª Laura Cristina Foz Rodrigues Alberto

Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1978) e mestrado em Psicologia Social e do Trabalho pela Universidade de São Paulo (2000). É professora e assessora acadêmica na Universidade Anhembi Morumbi e consultora-proprietária na Homini Recursos Humanos e Psicologia Organizacional Ltda.

Possui vasta experiência na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, atuando no desenvolvimento de projetos e na gestão de processos de orientação profissional e vocacional, gestão e orientação de carreiras, identidade profissional, gestão de pessoas, desenvolvimento de equipes, coaching e consultoria organizacional.

A Universidade Anhembi Morumbi oferece cursos nas áreas de Artes, Arquitetura, Desing, Moda, Saúde, Comunicação, Direito, Educação, Engenharia, Tecnologia, Negócios, Turismo e Hospitalidade. Por meio de uma metodologia moderna e inovadora, a instituição proporciona uma educação acadêmica multicultural completa. Para saber mais, acesse portal.anhembi.br.

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