como enxugar o governo psdb

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1 REENGENHARIA ADMINISTRATIVA - PROPOSTA DO PSDB I - INTRODUÇÃO O estudo ora apresentado foi realizado pela bancada do PSDB na Câmara dos Deputados como sugestão de cortes na estrutura administrativa do Governo Federal, baseada em informações de uso público. A proposta permite ao próprio Poder Executivo um detalhamento ainda maior, por possuir dados mais precisos – e por esse motivo certamente serão identificados setores que admitem cortes ainda mais significativos. São indicações de cortes em áreas que em nada afetam suas atividades fim, evitando assim qualquer prejuízo ao seu pleno funcionamento. Ao mesmo tempo, foram preservadas secretarias com status de ministério que tratam de questões sociais ainda carentes de consolidação. A bancada do PSDB espera, desta forma, contribuir com a necessária redução de gastos deste Governo, conforme afirmado pela presidente Dilma Rousseff nos últimos meses, especialmente em razão da crise econômica mundial. II - SUGESTÕES DO PSDB I – Redução e/ou fusão de ministérios e secretarias com status de ministérios: II – Redução no custeio administrativo da Máquina Pública III – Redução de cargos comissionados. O atual Governo conta com uma máquina administrativa pesada que vem desde o Governo anterior e também turbinada neste Governo para permitir uma acomodação dos apadrinhados políticos.

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Bancada do PSDB propõe reforma administrativa ao Governo Federal.

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1

REENGENHARIA ADMINISTRATIVA - PROPOSTA DO PSDB

I - INTRODUÇÃO

O estudo ora apresentado foi realizado pela bancada do PSDB na Câmara

dos Deputados como sugestão de cortes na estrutura administrativa do

Governo Federal, baseada em informações de uso público. A proposta

permite ao próprio Poder Executivo um detalhamento ainda maior, por

possuir dados mais precisos – e por esse motivo certamente serão

identificados setores que admitem cortes ainda mais significativos.

São indicações de cortes em áreas que em nada afetam suas atividades

fim, evitando assim qualquer prejuízo ao seu pleno funcionamento. Ao

mesmo tempo, foram preservadas secretarias com status de ministério

que tratam de questões sociais ainda carentes de consolidação.

A bancada do PSDB espera, desta forma, contribuir com a necessária

redução de gastos deste Governo, conforme afirmado pela presidente

Dilma Rousseff nos últimos meses, especialmente em razão da crise

econômica mundial.

II - SUGESTÕES DO PSDB

I – Redução e/ou fusão de ministérios e secretarias com status de

ministérios:

II – Redução no custeio administrativo da Máquina Pública

III – Redução de cargos comissionados.

O atual Governo conta com uma máquina administrativa pesada que vem

desde o Governo anterior e também turbinada neste Governo para

permitir uma acomodação dos apadrinhados políticos.

2

A saúde no Brasil passa por uma crise instalada na rede pública,

necessitando de uma participação maior do Governo Federal que assegure

à sociedade condições adequadas de atendimento na rede hospitalar.

Notadamente, a saúde “exige” que sejam destinados mais recursos para a

área. Não necessariamente a criação de um novo imposto, mas da

readequação da máquina administrativa, como reformas estruturais

importantes na esfera administrativa do setor público federal, e redução

de despesas com “custeios” como diárias, material de consumo, serviços

de consultoria, passagens e despesas com locomoção.

Além disso, tendo em vista as incertezas do cenário econômico

internacional, com o agravamento da crise nos EUA e na União Europeia, e

seus prováveis impactos negativos na economia brasileira, recomenda-se

que o governo adote medidas efetivas, inclusive de caráter estrutural,

para reduzir dispêndios correntes e melhorar a gestão do setor público.

Isto é essencial para que se possa reduzir progressivamente a taxa real de

juros do País – que é, disparada, a maior do mundo e principal responsável

pela valorização excessiva do Real, que deteriora a competitividade da

produção brasileira e resulta numa tendência perversa de forte e

prematura desindustrialização do Brasil, particularmente num contexto de

acirramento da concorrência no mercado mundial. Uma política fiscal

responsável e a melhoria da gestão do governo são também essenciais

para elevar substancialmente os investimentos públicos em áreas

estratégicas, como a de infraestrutura econômica, de modo eliminar

gargalos que acabam agravando os impactos internos da crise

internacional e limitam o crescimento econômico sustentado do País,

além de prejudicar as condições de vida da população brasileira.

A obtenção de superávits primários pelo Governo se deriva não de uma

efetiva austeridade fiscal, mas sim da sucessiva elevação na arrecadação

de impostos e contribuições federais que, apenas nos primeiros sete

meses de 2011, cresceu quase 13% em termos reais, ou seja mais de três

vezes o crescimento do PIB, uma clara evidência de que continua

aumentando fortemente a carga tributária que incide sobre a população

brasileira, particularmente sobre os mais pobres.

3

Essa política fiscal acomodada é socialmente injusta e disfuncional para o

crescimento dos investimentos e da competitividade da economia

brasileira. É fundamental que a geração de superávits fiscais se dê,

sobretudo, pela redução dos dispêndios correntes e aumento da eficiência

da máquina pública e não pela elevação dos tributos que incidem sobre a

sociedade.

III – ATUAL ESTRUTURA DOS MINISTÉRIOS

Os gastos com a folha de pagamento do funcionalismo em 2002 era de R$

75 bilhões e para 2012 a previsão é de R$ 203,2 bilhões. Mesmo com este

aumento de funcionários efetivos, foram mantidos, e em alguns casos

aumentados, os terceirizados.

Desde 2003 até novembro de 2011, segundo dados do Boletim Estatístico

do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ingressaram no

serviço público federal 176.133 servidores, mediante concurso público, e

mesmo assim a Administração Pública se mostra ineficiente (Fonte:

Boletim Estatístico de Pessoal do MPO, de dezembro de 2011).

A quantidade de cargos comissionados (sem concurso público) aumentou

em torno de 36% e passou de 25.213 (em 2002) para 34.444 (em 2011),

gerando uma despesa anual considerável para a máquina pública. Do total

destes cargos comissionados, o que chama a atenção é o número de

cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS

existentes na Administração Pública Federal que é hoje de 23.512.

Para contribuir com o inchaço da máquina, o Governo trabalha com uma

estrutura administrativa robusta, que conta com 38 ministérios (com

exceção do Ministro do Banco Central), sem contar a proposta de criação

da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, encaminhada pelo Poder

Executivo mediante o PL nº 865, de 2011 que tramita nesta Casa e que

caso seja aprovado chegará a 39 ministérios. Destacamos que, a gestão do

governo que se encerrou em dezembro de 2002, dispunha de uma

estrutura de 26 ministérios. Veja tabelas abaixo.

4

MINISTÉRIOS GOVERNO FHC – ÚLTIMO ANO DO 2º MANDATO

1. AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO 2. CIÊNCIA E TECNOLOGIA 3. COMUNICAÇÕES 4. CULTURA 5. DEFESA 6. DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 7. DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR 8. EDUCAÇÃO 9. ESPORTE E TURISMO 10. FAZENDA 11. INTEGRAÇÃO NACIONAL 12. JUSTIÇA 13. MEIO AMBIENTE 14. MINAS E ENERGIA 15. PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 16. PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 17. RELAÇÕES EXTERIORES 18. SAÚDE 19. TRABALHO E EMPREGO 20. TRANSPORTES 21. CASA CIVIL 22. GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL 23. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 24. SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 26. CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO

OBS: São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do Gabinete de Segurança

Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral e o Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da

República, o Advogado-Geral da União e o Corregedor-Geral da União.

Fonte: Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998

MINISTÉRIOS GOVERNO DILMA

1. Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

2. Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

3. Ministro de Estado das Cidades

4. Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia

5. Ministro de Estado das Comunicações

6. Ministro de Estado da Cultura

7. Ministro de Estado da Defesa

8. Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário

9. Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

10. Ministro de Estado da Educação

11. Ministro de Estado do Esporte

12. Ministro de Estado da Fazenda

13. Ministro de Estado da Integração Nacional

14. Ministro de Estado da Justiça

15. Ministro de Estado do Meio Ambiente

16. Ministro de Estado de Minas e Energia

17. Ministro de Estado da Pesca e Aqüicultura

18. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

19. Ministro de Estado da Previdência Social

20. Ministro de Estado das Relações Exteriores

21. Ministro de Estado da Saúde

5

22. Ministro de Estado do Trabalho e Emprego

23. Ministro de Estado dos Transportes

24. Ministro de Estado do Turismo

25. Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República (art. 25, PU)

26. Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (art. 25, PU)

27. Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (art. 25, PU)

28. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (art. 25, PU)

29. Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (art. 25, PU)

30. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (art. 25, PU)

31. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da

República (art. 25, PU) 32. Advogado-Geral da União = Ministro de Estado (art. 25, § 2º)

33. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (art. 25, PU)

34. Secretário Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social = = “status” de Ministro (art. 38, § 1º)

35. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (art. 25, PU)

36. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (Lei nº 11.518, de 2007, art. 7º,

PU) (art. 25, PU) 37. Ministro de Estado Chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (art. 25, PU)

38. Ministro de Estado Chefe da Secretária de Aviação Civil da Presidência da República. (art. 25, PU)

39. Presidente do Banco Central do Brasil = Ministro de Estado (art. 25, PU)

OBS: O cargo de Secretário tem prerrogativas, garantias, vantagens e direitos equivalentes aos de Ministro de

Estado. (art. 38, § 1º) (art. 25, PU) (MP 483, de 2010)

Fonte: Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003.

A estrutura atual, apesar de robusta e cara, não trouxe eficiência para a

Administração Pública, além de dificultar a administração e o “controle”

destas Pastas.

A execução orçamentária de investimentos, aí incluídos o PAC, apresenta

desempenho abaixo do desejado que, conforme dados do SIAFI, de 31 de

dezembro de 2011, ficou em torno de apenas 23% do orçamento daquele

ano.

IV – DETALHAMENTO DAS PROPOSTAS SUGERIDAS

Propomos as medidas administrativas a seguir detalhadas, que tem por

objetivo reduzir os gastos públicos e buscar uma maior eficiência no

atendimento dos serviços públicos.

IV. I - REDUÇÃOE/OU FUSÃO DE MINISTÉRIOS

1. Secretaria de Portos = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Portos da Presidência da República, hoje

com estrutura de ministério (111 cargos comissionados), e criar no

âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico singular,

uma Secretaria de Portos com um número mais reduzido de cargos.

6

Até 2002, os assuntos relativos a “portos” eram da competência do

Departamento de Portos vinculado à Secretaria de Transportes

Aquaviários do Ministério dos Transportes, e funcionava com

apenas 18 cargos comissionados – DAS.

Tomando como exemplo a estrutura da Secretaria de Gestão de

Transportes Terrestres existente no Ministério dos Transportes,

hoje com 36 cargos comissionados, propomos o mesmo número de

cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Portos da PR 111 -

Secretaria de Portos do MTp - 36

2. Ministério da Pesca e Aquicultura = Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

Extinguir o Ministério da Pesca e Aquicultura (370 cargos

comissionados) e criar no âmbito do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento uma Secretaria de Pesca e Aquicultura.

Até 2002, existia no “Ministério da Agricultura e Abastecimento” o

Departamento de Pesca e Aquicultura, com 56 cargos

comissionados, para tratar dos assuntos relativos a “Pesca e

Aquicultura”. Em 2003, foi criada a Secretaria Especial de Pesca e

Aquicultura com uma estrutura de 161 cargos comissionados

Tomando como exemplo a estrutura desta Secretaria propomos o

mesmo número de cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério da Pesca 370 -

Secretaria da Pesca e Aquicultura - 161

7

3. Ministério do Esporte = Ministério do Turismo

Fundir o Ministério do Esporte (193 cargos comissionados) com o

Ministério do Turismo (159 cargos comissionados) a exemplo de

governos anteriores.

Em 2002, havia uma única Pasta denominada “Ministério do

Esporte e Turismo”. Esta Pasta contava naquela época com 156

cargos comissionados em sua estrutura regimental, a qual

funcionava muito bem. Propomos o mesmo número de cargos para

o novo Ministério.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Esporte 193 -

Ministério do Turismo 159 -

Minist. do Esporte e Turismo - 156

4. Secretaria de Assuntos Estratégicos = Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Extinguir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da

República (106 cargos comissionados) e criar na Secretaria de

Planejamento e Investimentos Estratégicos, da estrutura do MPO,

um Departamento de Assuntos Estratégicos para tratar

especificamente do planejamento nacional, da discussão das opções

estratégicas do país entre outras competências já exercidas pela

atual Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Em 2005, antes da criação desta Secretaria de Assuntos

Estratégicos, havia o Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência

da República, que funcionava com apenas 23 cargos em comissão.

Desse modo, propomos para o Departamento uma estrutura de 23

cargos comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria Assuntos Estratégicos 106 -

Departamento de Assuntos Estratégico do MPO

- 23

8

5. Ministério das Cidades = Ministério da Integração Nacional

Extinguir o Ministério das Cidades (205 cargos comissionados) e

criar no âmbito do Ministério da Integração Nacional uma

Secretaria das Cidades.

Hoje, o Ministério da Integração possui em sua estrutura regimental

cinco secretarias (órgãos específicos singulares) e a média de cargos

para estas secretarias está em torno de 30 cargos comissionados,

sendo que a maior Secretaria daquele órgão conta com 38 cargos.

No mesmo seguimento propomos o quantitativo de 38 cargos

comissionados para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério das Cidades 205 -

Secretaria das Cidades - 38

6. Ministério do Desenvolvimento Agrário

Extinguir o Ministério do Desenvolvimento Agrário atualmente com

346 cargos comissionados e criar no âmbito Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma Secretaria do

Desenvolvimento Agrário com um número mais reduzido de cargos.

O assunto sobre “desenvolvimento agrário” já foi tratado, por muito

tempo, no Ministério da Agricultura. Tanto que esta Pasta era

denominada “Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da

Reforma Agrária”.

Sugerimos, portanto, para a Secretaria do Desenvolvimento Agrário

uma estrutura de 113 cargos comissionados. Este número

corresponde ao somatório de todas as secretarias existentes no

Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Desenvolvimento Agrário 346 -

Secretaria do Desenvolvimento Agrário do MAPA

- 113

9

7. Secretaria de Aviação Civil = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República,

hoje com estrutura de ministério (155 cargos comissionados), e

criar no âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico

singular, uma Secretaria de Aviação Civil com um número mais

reduzido de cargos.

Até maio de 2011, as competências da Secretaria de Aviação Civil da

Presidência da República (status de ministério) eram da

competência de uma secretaria (órgão específico e singular) que

fazia parte da estrutura do Ministério da Defesa, também

denominada de Secretaria de Aviação Civil, e que contava com 47

cargos comissionados.

Propomos para a criação da nova Secretaria, agora no âmbito do

Ministério dos Transportes, o quantitativo de 47 cargos

comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Aviação Civil da PR 155 -

Secretaria de Aviação Civil do MTp - 47

OBS: Com a extinção, fusão ou transformação de órgãos haverá

imediatamente uma redução dos cargos que compõem a estrutura básica

de cada Ministério como gabinete do ministro, consultoria jurídica e a

secretaria-executiva, e consequentemente extinguir-se-á os cargos de

chefia de gabinete, assessoria de comunicação, de impressa, internacional

entre outras assessorias.

A Lei nº 10.683, de 2003, prevê ainda que poderá estar vinculado à

Secretaria-Executiva, um órgão responsável pelas atividades de

administração de pessoal, de material, patrimonial, de serviços gerais, de

orçamento e finanças, de contabilidade e de tecnologia da informação e

informática.

10

As Secretarias que tratam de questões sociais relevantes (Igualdade

Racial, Mulheres e Direitos Humanos) deverão ser mantidas até a

consolidação dos direitos desses segmentos.

IV. II – REDUÇÃO NO CUSTEIO ADMINISTRATIVO DA MÁQUINA

1. Custeio

Redução efetiva mínima de 20% do somatório das despesas com

os itens abaixo elencados, em relação ao ano de 2011, nos

órgãos da Administração Pública Federal direta, as autarquias, as

fundações e as empresas constantes dos orçamentos fiscal e da

seguridade social:

• diárias, passagens e despesas com locomoção para trabalho

fora da sede, inclusive no exterior;

• material de consumo;

• ligações telefônicas;

• serviços de reprodução gráfica;

• serviços de consultoria

Na Tabela de Execução de algumas despesas consolidadas por

elemento de despesa, cuja dotação atualizada é em torno de R$ 14,5

bilhões no ano de 2011:

DESPESAS DO GOVERNO FEDERAL EM 2011

Orçamento Fiscal e de Seguridade Social

Elemento de Despesa Dotação Atualizada

14 DIÁRIAS – PESSOAL CIVIL 30 MATERIAL DE CONSUMO 33 PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOÇÃO 35 SERVIÇOS DE CONSULTORIA

735.363.182,83 12.467.926.935,03

708.079.472,02 580.313.720,46

TOTAL 14.491.683.310,34

Fonte: SIAFI – Orçamento Geral da União

IV.III - REDUÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS

Redução de, no mínimo, 20% do total do número de cargos em

comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS.

Hoje, existe na Administração Pública Federal cerca de 23.512

DAS, cargos estes de livre nomeação, que contribui para uma

11

despesa significativa na folha de pagamento da União. Cabe

frisar que em dezembro de 2002 existia na Administração

Pública Federal 18.374 DAS.

Propomos, também, a elevação de 50% para 75% do percentual

de ocupação de DAS, nível 4, para ser preenchido

exclusivamente por servidor de carreira. Ao mesmo tempo esta

regra deve ser estendida para os cargos em comissão (DAS),

níveis 5 e 6, limitada a um percentual de preenchimento

exclusivo por servidor de 50% do total desses cargos.

V - ESTIMATIVA DE REDUÇÃO DE GASTOS COM A IMPLEMENTAÇÃO DAS

PROPOSTAS

a) Quadro demonstrativo do número de DAS resultante da

reestruturação dos órgãos da Administração

Sit. Atual Nº cargos

Proposta Nº cargos

Redução Nº cargos

Extinção Secretaria de Portos 111 36 75

Extinção Min. Pesca e Aquicultura 370 161 209

Fusão do Ministério do Esporte com Ministério do Turismo

352 156 196

Extinção da Secretaria de Assuntos Estratégico 106 23 83

Extinção do Ministério das Cidades 205 38 167

Extinção do Min. do Desenv. Agrário 346 113 233

Extinção da Secretaria de Aviação Civil 155 47 108

Subtotal 1 1.071

b) Redução de 20% dos DAS após a reestruturação do item “a”

Redução de 20% dos DAS 22.441 17.953 4.480

Subtotal 2 4.488

c) Redução no custeio administrativo

Redução de 20% no custeio 2,900 bilhões

Subtotal 3 2,900 bilhões

12

Quadro resumo resultante do total da economia dos gastos em bilhões

Economia anual

Redução de DAS – de 23.512 para 17.953 448 milhões

Custeio 2,900 bilhões

TOTAL GERAL 3,348 bilhões Fonte: SIAFI; Boletim Estatístico de Pessoal do MPO; Lei nº 9.649, de 1998; Lei nº 10.683, de 2003

* Não computados os gastos com telefone, contratos de empresas

terceirizadas (secretarias, ascensoristas, limpeza, etc), aluguel de veículos

e imóveis, entre outros.

OBS: Com a proposta de reestruturação dos órgãos , a Administração

Pública Federal reduzirá sua estrutura de 38 para 31 ministérios.

A economia de 3,348 bilhões ao ano, resultante da reestruturação da

Administração, pode ser revertida na ampliação dos benefícios para

sociedade, sem aumento da carga tributária, para atender às diversas

demandas sociais. Este recurso (3,348 bi) poderá, a título de exemplo

custear por um período de 1 ano, um dos itens abaixo:

• Construção de 40 mil casas populares (de R$ 85 mil cada);

• Compra de 33 mil mamógrafos (de R$ 100 mil cada), perfazendo a

média de 6 por município;

• Pagamento de 110 mil bolsas para médicos-residentes;

• Compra de 34 mil ônibus escolares;

• Compra de 3,3 milhões de notebooks (de mil reais cada) para alunos

de escolas públicas;

• Equipar 14.000 leitos de UTI (R$ 150 mil cada) e manter 12.500

leitos (R$ 100 mil cada);

• Construção de 1.100 UPAS – Unidade de Pronto Atendimento de

Saúde (de R$ 3 milhões cada).

1

REENGENHARIA ADMINISTRATIVA - PROPOSTA DO PSDB

I - INTRODUÇÃO

O estudo ora apresentado foi realizado pela bancada do PSDB na Câmara

dos Deputados como sugestão de cortes na estrutura administrativa do

Governo Federal, baseada em informações de uso público. A proposta

permite ao próprio Poder Executivo um detalhamento ainda maior, por

possuir dados mais precisos – e por esse motivo certamente serão

identificados setores que admitem cortes ainda mais significativos.

São indicações de cortes em áreas que em nada afetam suas atividades

fim, evitando assim qualquer prejuízo ao seu pleno funcionamento. Ao

mesmo tempo, foram preservadas secretarias com status de ministério

que tratam de questões sociais ainda carentes de consolidação.

A bancada do PSDB espera, desta forma, contribuir com a necessária

redução de gastos deste Governo, conforme afirmado pela presidente

Dilma Rousseff nos últimos meses, especialmente em razão da crise

econômica mundial.

II - SUGESTÕES DO PSDB

I – Redução e/ou fusão de ministérios e secretarias com status de

ministérios:

II – Redução no custeio administrativo da Máquina Pública

III – Redução de cargos comissionados.

O atual Governo conta com uma máquina administrativa pesada que vem

desde o Governo anterior e também turbinada neste Governo para

permitir uma acomodação dos apadrinhados políticos.

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A saúde no Brasil passa por uma crise instalada na rede pública,

necessitando de uma participação maior do Governo Federal que assegure

à sociedade condições adequadas de atendimento na rede hospitalar.

Notadamente, a saúde “exige” que sejam destinados mais recursos para a

área. Não necessariamente a criação de um novo imposto, mas da

readequação da máquina administrativa, como reformas estruturais

importantes na esfera administrativa do setor público federal, e redução

de despesas com “custeios” como diárias, material de consumo, serviços

de consultoria, passagens e despesas com locomoção.

Além disso, tendo em vista as incertezas do cenário econômico

internacional, com o agravamento da crise nos EUA e na União Europeia, e

seus prováveis impactos negativos na economia brasileira, recomenda-se

que o governo adote medidas efetivas, inclusive de caráter estrutural,

para reduzir dispêndios correntes e melhorar a gestão do setor público.

Isto é essencial para que se possa reduzir progressivamente a taxa real de

juros do País – que é, disparada, a maior do mundo e principal responsável

pela valorização excessiva do Real, que deteriora a competitividade da

produção brasileira e resulta numa tendência perversa de forte e

prematura desindustrialização do Brasil, particularmente num contexto de

acirramento da concorrência no mercado mundial. Uma política fiscal

responsável e a melhoria da gestão do governo são também essenciais

para elevar substancialmente os investimentos públicos em áreas

estratégicas, como a de infraestrutura econômica, de modo eliminar

gargalos que acabam agravando os impactos internos da crise

internacional e limitam o crescimento econômico sustentado do País,

além de prejudicar as condições de vida da população brasileira.

A obtenção de superávits primários pelo Governo se deriva não de uma

efetiva austeridade fiscal, mas sim da sucessiva elevação na arrecadação

de impostos e contribuições federais que, apenas nos primeiros sete

meses de 2011, cresceu quase 13% em termos reais, ou seja mais de três

vezes o crescimento do PIB, uma clara evidência de que continua

aumentando fortemente a carga tributária que incide sobre a população

brasileira, particularmente sobre os mais pobres.

3

Essa política fiscal acomodada é socialmente injusta e disfuncional para o

crescimento dos investimentos e da competitividade da economia

brasileira. É fundamental que a geração de superávits fiscais se dê,

sobretudo, pela redução dos dispêndios correntes e aumento da eficiência

da máquina pública e não pela elevação dos tributos que incidem sobre a

sociedade.

III – ATUAL ESTRUTURA DOS MINISTÉRIOS

Os gastos com a folha de pagamento do funcionalismo em 2002 era de R$

75 bilhões e para 2012 a previsão é de R$ 203,2 bilhões. Mesmo com este

aumento de funcionários efetivos, foram mantidos, e em alguns casos

aumentados, os terceirizados.

Desde 2003 até novembro de 2011, segundo dados do Boletim Estatístico

do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ingressaram no

serviço público federal 176.133 servidores, mediante concurso público, e

mesmo assim a Administração Pública se mostra ineficiente (Fonte:

Boletim Estatístico de Pessoal do MPO, de dezembro de 2011).

A quantidade de cargos comissionados (sem concurso público) aumentou

em torno de 36% e passou de 25.213 (em 2002) para 34.444 (em 2011),

gerando uma despesa anual considerável para a máquina pública. Do total

destes cargos comissionados, o que chama a atenção é o número de

cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS

existentes na Administração Pública Federal que é hoje de 23.512.

Para contribuir com o inchaço da máquina, o Governo trabalha com uma

estrutura administrativa robusta, que conta com 38 ministérios (com

exceção do Ministro do Banco Central), sem contar a proposta de criação

da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, encaminhada pelo Poder

Executivo mediante o PL nº 865, de 2011 que tramita nesta Casa e que

caso seja aprovado chegará a 39 ministérios. Destacamos que, a gestão do

governo que se encerrou em dezembro de 2002, dispunha de uma

estrutura de 26 ministérios. Veja tabelas abaixo.

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MINISTÉRIOS GOVERNO FHC – ÚLTIMO ANO DO 2º MANDATO

1. AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO 2. CIÊNCIA E TECNOLOGIA 3. COMUNICAÇÕES 4. CULTURA 5. DEFESA 6. DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 7. DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR 8. EDUCAÇÃO 9. ESPORTE E TURISMO 10. FAZENDA 11. INTEGRAÇÃO NACIONAL 12. JUSTIÇA 13. MEIO AMBIENTE 14. MINAS E ENERGIA 15. PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 16. PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 17. RELAÇÕES EXTERIORES 18. SAÚDE 19. TRABALHO E EMPREGO 20. TRANSPORTES 21. CASA CIVIL 22. GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL 23. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 24. SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 26. CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO

OBS: São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do Gabinete de Segurança

Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral e o Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da

República, o Advogado-Geral da União e o Corregedor-Geral da União.

Fonte: Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998

MINISTÉRIOS GOVERNO DILMA

1. Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

2. Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

3. Ministro de Estado das Cidades

4. Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia

5. Ministro de Estado das Comunicações

6. Ministro de Estado da Cultura

7. Ministro de Estado da Defesa

8. Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário

9. Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

10. Ministro de Estado da Educação

11. Ministro de Estado do Esporte

12. Ministro de Estado da Fazenda

13. Ministro de Estado da Integração Nacional

14. Ministro de Estado da Justiça

15. Ministro de Estado do Meio Ambiente

16. Ministro de Estado de Minas e Energia

17. Ministro de Estado da Pesca e Aqüicultura

18. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

19. Ministro de Estado da Previdência Social

20. Ministro de Estado das Relações Exteriores

21. Ministro de Estado da Saúde

5

22. Ministro de Estado do Trabalho e Emprego

23. Ministro de Estado dos Transportes

24. Ministro de Estado do Turismo

25. Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República (art. 25, PU)

26. Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (art. 25, PU)

27. Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (art. 25, PU)

28. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (art. 25, PU)

29. Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (art. 25, PU)

30. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (art. 25, PU)

31. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da

República (art. 25, PU) 32. Advogado-Geral da União = Ministro de Estado (art. 25, § 2º)

33. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (art. 25, PU)

34. Secretário Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social = = “status” de Ministro (art. 38, § 1º)

35. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (art. 25, PU)

36. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (Lei nº 11.518, de 2007, art. 7º,

PU) (art. 25, PU) 37. Ministro de Estado Chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (art. 25, PU)

38. Ministro de Estado Chefe da Secretária de Aviação Civil da Presidência da República. (art. 25, PU)

39. Presidente do Banco Central do Brasil = Ministro de Estado (art. 25, PU)

OBS: O cargo de Secretário tem prerrogativas, garantias, vantagens e direitos equivalentes aos de Ministro de

Estado. (art. 38, § 1º) (art. 25, PU) (MP 483, de 2010)

Fonte: Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003.

A estrutura atual, apesar de robusta e cara, não trouxe eficiência para a

Administração Pública, além de dificultar a administração e o “controle”

destas Pastas.

A execução orçamentária de investimentos, aí incluídos o PAC, apresenta

desempenho abaixo do desejado que, conforme dados do SIAFI, de 31 de

dezembro de 2011, ficou em torno de apenas 23% do orçamento daquele

ano.

IV – DETALHAMENTO DAS PROPOSTAS SUGERIDAS

Propomos as medidas administrativas a seguir detalhadas, que tem por

objetivo reduzir os gastos públicos e buscar uma maior eficiência no

atendimento dos serviços públicos.

IV. I - REDUÇÃOE/OU FUSÃO DE MINISTÉRIOS

1. Secretaria de Portos = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Portos da Presidência da República, hoje

com estrutura de ministério (111 cargos comissionados), e criar no

âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico singular,

uma Secretaria de Portos com um número mais reduzido de cargos.

6

Até 2002, os assuntos relativos a “portos” eram da competência do

Departamento de Portos vinculado à Secretaria de Transportes

Aquaviários do Ministério dos Transportes, e funcionava com

apenas 18 cargos comissionados – DAS.

Tomando como exemplo a estrutura da Secretaria de Gestão de

Transportes Terrestres existente no Ministério dos Transportes,

hoje com 36 cargos comissionados, propomos o mesmo número de

cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Portos da PR 111 -

Secretaria de Portos do MTp - 36

2. Ministério da Pesca e Aquicultura = Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

Extinguir o Ministério da Pesca e Aquicultura (370 cargos

comissionados) e criar no âmbito do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento uma Secretaria de Pesca e Aquicultura.

Até 2002, existia no “Ministério da Agricultura e Abastecimento” o

Departamento de Pesca e Aquicultura, com 56 cargos

comissionados, para tratar dos assuntos relativos a “Pesca e

Aquicultura”. Em 2003, foi criada a Secretaria Especial de Pesca e

Aquicultura com uma estrutura de 161 cargos comissionados

Tomando como exemplo a estrutura desta Secretaria propomos o

mesmo número de cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério da Pesca 370 -

Secretaria da Pesca e Aquicultura - 161

7

3. Ministério do Esporte = Ministério do Turismo

Fundir o Ministério do Esporte (193 cargos comissionados) com o

Ministério do Turismo (159 cargos comissionados) a exemplo de

governos anteriores.

Em 2002, havia uma única Pasta denominada “Ministério do

Esporte e Turismo”. Esta Pasta contava naquela época com 156

cargos comissionados em sua estrutura regimental, a qual

funcionava muito bem. Propomos o mesmo número de cargos para

o novo Ministério.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Esporte 193 -

Ministério do Turismo 159 -

Minist. do Esporte e Turismo - 156

4. Secretaria de Assuntos Estratégicos = Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Extinguir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da

República (106 cargos comissionados) e criar na Secretaria de

Planejamento e Investimentos Estratégicos, da estrutura do MPO,

um Departamento de Assuntos Estratégicos para tratar

especificamente do planejamento nacional, da discussão das opções

estratégicas do país entre outras competências já exercidas pela

atual Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Em 2005, antes da criação desta Secretaria de Assuntos

Estratégicos, havia o Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência

da República, que funcionava com apenas 23 cargos em comissão.

Desse modo, propomos para o Departamento uma estrutura de 23

cargos comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria Assuntos Estratégicos 106 -

Departamento de Assuntos Estratégico do MPO

- 23

8

5. Ministério das Cidades = Ministério da Integração Nacional

Extinguir o Ministério das Cidades (205 cargos comissionados) e

criar no âmbito do Ministério da Integração Nacional uma

Secretaria das Cidades.

Hoje, o Ministério da Integração possui em sua estrutura regimental

cinco secretarias (órgãos específicos singulares) e a média de cargos

para estas secretarias está em torno de 30 cargos comissionados,

sendo que a maior Secretaria daquele órgão conta com 38 cargos.

No mesmo seguimento propomos o quantitativo de 38 cargos

comissionados para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério das Cidades 205 -

Secretaria das Cidades - 38

6. Ministério do Desenvolvimento Agrário

Extinguir o Ministério do Desenvolvimento Agrário atualmente com

346 cargos comissionados e criar no âmbito Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma Secretaria do

Desenvolvimento Agrário com um número mais reduzido de cargos.

O assunto sobre “desenvolvimento agrário” já foi tratado, por muito

tempo, no Ministério da Agricultura. Tanto que esta Pasta era

denominada “Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da

Reforma Agrária”.

Sugerimos, portanto, para a Secretaria do Desenvolvimento Agrário

uma estrutura de 113 cargos comissionados. Este número

corresponde ao somatório de todas as secretarias existentes no

Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Desenvolvimento Agrário 346 -

Secretaria do Desenvolvimento Agrário do MAPA

- 113

9

7. Secretaria de Aviação Civil = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República,

hoje com estrutura de ministério (155 cargos comissionados), e

criar no âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico

singular, uma Secretaria de Aviação Civil com um número mais

reduzido de cargos.

Até maio de 2011, as competências da Secretaria de Aviação Civil da

Presidência da República (status de ministério) eram da

competência de uma secretaria (órgão específico e singular) que

fazia parte da estrutura do Ministério da Defesa, também

denominada de Secretaria de Aviação Civil, e que contava com 47

cargos comissionados.

Propomos para a criação da nova Secretaria, agora no âmbito do

Ministério dos Transportes, o quantitativo de 47 cargos

comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Aviação Civil da PR 155 -

Secretaria de Aviação Civil do MTp - 47

OBS: Com a extinção, fusão ou transformação de órgãos haverá

imediatamente uma redução dos cargos que compõem a estrutura básica

de cada Ministério como gabinete do ministro, consultoria jurídica e a

secretaria-executiva, e consequentemente extinguir-se-á os cargos de

chefia de gabinete, assessoria de comunicação, de impressa, internacional

entre outras assessorias.

A Lei nº 10.683, de 2003, prevê ainda que poderá estar vinculado à

Secretaria-Executiva, um órgão responsável pelas atividades de

administração de pessoal, de material, patrimonial, de serviços gerais, de

orçamento e finanças, de contabilidade e de tecnologia da informação e

informática.

10

As Secretarias que tratam de questões sociais relevantes (Igualdade

Racial, Mulheres e Direitos Humanos) deverão ser mantidas até a

consolidação dos direitos desses segmentos.

IV. II – REDUÇÃO NO CUSTEIO ADMINISTRATIVO DA MÁQUINA

1. Custeio

Redução efetiva mínima de 20% do somatório das despesas com

os itens abaixo elencados, em relação ao ano de 2011, nos

órgãos da Administração Pública Federal direta, as autarquias, as

fundações e as empresas constantes dos orçamentos fiscal e da

seguridade social:

• diárias, passagens e despesas com locomoção para trabalho

fora da sede, inclusive no exterior;

• material de consumo;

• ligações telefônicas;

• serviços de reprodução gráfica;

• serviços de consultoria

Na Tabela de Execução de algumas despesas consolidadas por

elemento de despesa, cuja dotação atualizada é em torno de R$ 14,5

bilhões no ano de 2011:

DESPESAS DO GOVERNO FEDERAL EM 2011

Orçamento Fiscal e de Seguridade Social

Elemento de Despesa Dotação Atualizada

14 DIÁRIAS – PESSOAL CIVIL 30 MATERIAL DE CONSUMO 33 PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOÇÃO 35 SERVIÇOS DE CONSULTORIA

735.363.182,83 12.467.926.935,03

708.079.472,02 580.313.720,46

TOTAL 14.491.683.310,34

Fonte: SIAFI – Orçamento Geral da União

IV.III - REDUÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS

Redução de, no mínimo, 20% do total do número de cargos em

comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS.

Hoje, existe na Administração Pública Federal cerca de 23.512

DAS, cargos estes de livre nomeação, que contribui para uma

11

despesa significativa na folha de pagamento da União. Cabe

frisar que em dezembro de 2002 existia na Administração

Pública Federal 18.374 DAS.

Propomos, também, a elevação de 50% para 75% do percentual

de ocupação de DAS, nível 4, para ser preenchido

exclusivamente por servidor de carreira. Ao mesmo tempo esta

regra deve ser estendida para os cargos em comissão (DAS),

níveis 5 e 6, limitada a um percentual de preenchimento

exclusivo por servidor de 50% do total desses cargos.

V - ESTIMATIVA DE REDUÇÃO DE GASTOS COM A IMPLEMENTAÇÃO DAS

PROPOSTAS

a) Quadro demonstrativo do número de DAS resultante da

reestruturação dos órgãos da Administração

Sit. Atual Nº cargos

Proposta Nº cargos

Redução Nº cargos

Extinção Secretaria de Portos 111 36 75

Extinção Min. Pesca e Aquicultura 370 161 209

Fusão do Ministério do Esporte com Ministério do Turismo

352 156 196

Extinção da Secretaria de Assuntos Estratégico 106 23 83

Extinção do Ministério das Cidades 205 38 167

Extinção do Min. do Desenv. Agrário 346 113 233

Extinção da Secretaria de Aviação Civil 155 47 108

Subtotal 1 1.071

b) Redução de 20% dos DAS após a reestruturação do item “a”

Redução de 20% dos DAS 22.441 17.953 4.480

Subtotal 2 4.488

c) Redução no custeio administrativo

Redução de 20% no custeio 2,900 bilhões

Subtotal 3 2,900 bilhões

12

Quadro resumo resultante do total da economia dos gastos em bilhões

Economia anual

Redução de DAS – de 23.512 para 17.953 448 milhões

Custeio 2,900 bilhões

TOTAL GERAL 3,348 bilhões Fonte: SIAFI; Boletim Estatístico de Pessoal do MPO; Lei nº 9.649, de 1998; Lei nº 10.683, de 2003

* Não computados os gastos com telefone, contratos de empresas

terceirizadas (secretarias, ascensoristas, limpeza, etc), aluguel de veículos

e imóveis, entre outros.

OBS: Com a proposta de reestruturação dos órgãos , a Administração

Pública Federal reduzirá sua estrutura de 38 para 31 ministérios.

A economia de 3,348 bilhões ao ano, resultante da reestruturação da

Administração, pode ser revertida na ampliação dos benefícios para

sociedade, sem aumento da carga tributária, para atender às diversas

demandas sociais. Este recurso (3,348 bi) poderá, a título de exemplo

custear por um período de 1 ano, um dos itens abaixo:

• Construção de 40 mil casas populares (de R$ 85 mil cada);

• Compra de 33 mil mamógrafos (de R$ 100 mil cada), perfazendo a

média de 6 por município;

• Pagamento de 110 mil bolsas para médicos-residentes;

• Compra de 34 mil ônibus escolares;

• Compra de 3,3 milhões de notebooks (de mil reais cada) para alunos

de escolas públicas;

• Equipar 14.000 leitos de UTI (R$ 150 mil cada) e manter 12.500

leitos (R$ 100 mil cada);

• Construção de 1.100 UPAS – Unidade de Pronto Atendimento de

Saúde (de R$ 3 milhões cada).

1

REENGENHARIA ADMINISTRATIVA - PROPOSTA DO PSDB

I - INTRODUÇÃO

O estudo ora apresentado foi realizado pela bancada do PSDB na Câmara

dos Deputados como sugestão de cortes na estrutura administrativa do

Governo Federal, baseada em informações de uso público. A proposta

permite ao próprio Poder Executivo um detalhamento ainda maior, por

possuir dados mais precisos – e por esse motivo certamente serão

identificados setores que admitem cortes ainda mais significativos.

São indicações de cortes em áreas que em nada afetam suas atividades

fim, evitando assim qualquer prejuízo ao seu pleno funcionamento. Ao

mesmo tempo, foram preservadas secretarias com status de ministério

que tratam de questões sociais ainda carentes de consolidação.

A bancada do PSDB espera, desta forma, contribuir com a necessária

redução de gastos deste Governo, conforme afirmado pela presidente

Dilma Rousseff nos últimos meses, especialmente em razão da crise

econômica mundial.

II - SUGESTÕES DO PSDB

I – Redução e/ou fusão de ministérios e secretarias com status de

ministérios:

II – Redução no custeio administrativo da Máquina Pública

III – Redução de cargos comissionados.

O atual Governo conta com uma máquina administrativa pesada que vem

desde o Governo anterior e também turbinada neste Governo para

permitir uma acomodação dos apadrinhados políticos.

2

A saúde no Brasil passa por uma crise instalada na rede pública,

necessitando de uma participação maior do Governo Federal que assegure

à sociedade condições adequadas de atendimento na rede hospitalar.

Notadamente, a saúde “exige” que sejam destinados mais recursos para a

área. Não necessariamente a criação de um novo imposto, mas da

readequação da máquina administrativa, como reformas estruturais

importantes na esfera administrativa do setor público federal, e redução

de despesas com “custeios” como diárias, material de consumo, serviços

de consultoria, passagens e despesas com locomoção.

Além disso, tendo em vista as incertezas do cenário econômico

internacional, com o agravamento da crise nos EUA e na União Europeia, e

seus prováveis impactos negativos na economia brasileira, recomenda-se

que o governo adote medidas efetivas, inclusive de caráter estrutural,

para reduzir dispêndios correntes e melhorar a gestão do setor público.

Isto é essencial para que se possa reduzir progressivamente a taxa real de

juros do País – que é, disparada, a maior do mundo e principal responsável

pela valorização excessiva do Real, que deteriora a competitividade da

produção brasileira e resulta numa tendência perversa de forte e

prematura desindustrialização do Brasil, particularmente num contexto de

acirramento da concorrência no mercado mundial. Uma política fiscal

responsável e a melhoria da gestão do governo são também essenciais

para elevar substancialmente os investimentos públicos em áreas

estratégicas, como a de infraestrutura econômica, de modo eliminar

gargalos que acabam agravando os impactos internos da crise

internacional e limitam o crescimento econômico sustentado do País,

além de prejudicar as condições de vida da população brasileira.

A obtenção de superávits primários pelo Governo se deriva não de uma

efetiva austeridade fiscal, mas sim da sucessiva elevação na arrecadação

de impostos e contribuições federais que, apenas nos primeiros sete

meses de 2011, cresceu quase 13% em termos reais, ou seja mais de três

vezes o crescimento do PIB, uma clara evidência de que continua

aumentando fortemente a carga tributária que incide sobre a população

brasileira, particularmente sobre os mais pobres.

3

Essa política fiscal acomodada é socialmente injusta e disfuncional para o

crescimento dos investimentos e da competitividade da economia

brasileira. É fundamental que a geração de superávits fiscais se dê,

sobretudo, pela redução dos dispêndios correntes e aumento da eficiência

da máquina pública e não pela elevação dos tributos que incidem sobre a

sociedade.

III – ATUAL ESTRUTURA DOS MINISTÉRIOS

Os gastos com a folha de pagamento do funcionalismo em 2002 era de R$

75 bilhões e para 2012 a previsão é de R$ 203,2 bilhões. Mesmo com este

aumento de funcionários efetivos, foram mantidos, e em alguns casos

aumentados, os terceirizados.

Desde 2003 até novembro de 2011, segundo dados do Boletim Estatístico

do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ingressaram no

serviço público federal 176.133 servidores, mediante concurso público, e

mesmo assim a Administração Pública se mostra ineficiente (Fonte:

Boletim Estatístico de Pessoal do MPO, de dezembro de 2011).

A quantidade de cargos comissionados (sem concurso público) aumentou

em torno de 36% e passou de 25.213 (em 2002) para 34.444 (em 2011),

gerando uma despesa anual considerável para a máquina pública. Do total

destes cargos comissionados, o que chama a atenção é o número de

cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS

existentes na Administração Pública Federal que é hoje de 23.512.

Para contribuir com o inchaço da máquina, o Governo trabalha com uma

estrutura administrativa robusta, que conta com 38 ministérios (com

exceção do Ministro do Banco Central), sem contar a proposta de criação

da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, encaminhada pelo Poder

Executivo mediante o PL nº 865, de 2011 que tramita nesta Casa e que

caso seja aprovado chegará a 39 ministérios. Destacamos que, a gestão do

governo que se encerrou em dezembro de 2002, dispunha de uma

estrutura de 26 ministérios. Veja tabelas abaixo.

4

MINISTÉRIOS GOVERNO FHC – ÚLTIMO ANO DO 2º MANDATO

1. AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO 2. CIÊNCIA E TECNOLOGIA 3. COMUNICAÇÕES 4. CULTURA 5. DEFESA 6. DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 7. DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR 8. EDUCAÇÃO 9. ESPORTE E TURISMO 10. FAZENDA 11. INTEGRAÇÃO NACIONAL 12. JUSTIÇA 13. MEIO AMBIENTE 14. MINAS E ENERGIA 15. PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO 16. PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 17. RELAÇÕES EXTERIORES 18. SAÚDE 19. TRABALHO E EMPREGO 20. TRANSPORTES 21. CASA CIVIL 22. GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL 23. SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 24. SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 25. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 26. CORREGEDORIA-GERAL DA UNIÃO

OBS: São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do Gabinete de Segurança

Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral e o Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da

República, o Advogado-Geral da União e o Corregedor-Geral da União.

Fonte: Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998

MINISTÉRIOS GOVERNO DILMA

1. Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

2. Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

3. Ministro de Estado das Cidades

4. Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia

5. Ministro de Estado das Comunicações

6. Ministro de Estado da Cultura

7. Ministro de Estado da Defesa

8. Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário

9. Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

10. Ministro de Estado da Educação

11. Ministro de Estado do Esporte

12. Ministro de Estado da Fazenda

13. Ministro de Estado da Integração Nacional

14. Ministro de Estado da Justiça

15. Ministro de Estado do Meio Ambiente

16. Ministro de Estado de Minas e Energia

17. Ministro de Estado da Pesca e Aqüicultura

18. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

19. Ministro de Estado da Previdência Social

20. Ministro de Estado das Relações Exteriores

21. Ministro de Estado da Saúde

5

22. Ministro de Estado do Trabalho e Emprego

23. Ministro de Estado dos Transportes

24. Ministro de Estado do Turismo

25. Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República (art. 25, PU)

26. Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (art. 25, PU)

27. Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (art. 25, PU)

28. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (art. 25, PU)

29. Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (art. 25, PU)

30. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (art. 25, PU)

31. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da

República (art. 25, PU) 32. Advogado-Geral da União = Ministro de Estado (art. 25, § 2º)

33. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (art. 25, PU)

34. Secretário Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social = = “status” de Ministro (art. 38, § 1º)

35. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (art. 25, PU)

36. Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (Lei nº 11.518, de 2007, art. 7º,

PU) (art. 25, PU) 37. Ministro de Estado Chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (art. 25, PU)

38. Ministro de Estado Chefe da Secretária de Aviação Civil da Presidência da República. (art. 25, PU)

39. Presidente do Banco Central do Brasil = Ministro de Estado (art. 25, PU)

OBS: O cargo de Secretário tem prerrogativas, garantias, vantagens e direitos equivalentes aos de Ministro de

Estado. (art. 38, § 1º) (art. 25, PU) (MP 483, de 2010)

Fonte: Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003.

A estrutura atual, apesar de robusta e cara, não trouxe eficiência para a

Administração Pública, além de dificultar a administração e o “controle”

destas Pastas.

A execução orçamentária de investimentos, aí incluídos o PAC, apresenta

desempenho abaixo do desejado que, conforme dados do SIAFI, de 31 de

dezembro de 2011, ficou em torno de apenas 23% do orçamento daquele

ano.

IV – DETALHAMENTO DAS PROPOSTAS SUGERIDAS

Propomos as medidas administrativas a seguir detalhadas, que tem por

objetivo reduzir os gastos públicos e buscar uma maior eficiência no

atendimento dos serviços públicos.

IV. I - REDUÇÃOE/OU FUSÃO DE MINISTÉRIOS

1. Secretaria de Portos = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Portos da Presidência da República, hoje

com estrutura de ministério (111 cargos comissionados), e criar no

âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico singular,

uma Secretaria de Portos com um número mais reduzido de cargos.

6

Até 2002, os assuntos relativos a “portos” eram da competência do

Departamento de Portos vinculado à Secretaria de Transportes

Aquaviários do Ministério dos Transportes, e funcionava com

apenas 18 cargos comissionados – DAS.

Tomando como exemplo a estrutura da Secretaria de Gestão de

Transportes Terrestres existente no Ministério dos Transportes,

hoje com 36 cargos comissionados, propomos o mesmo número de

cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Portos da PR 111 -

Secretaria de Portos do MTp - 36

2. Ministério da Pesca e Aquicultura = Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

Extinguir o Ministério da Pesca e Aquicultura (370 cargos

comissionados) e criar no âmbito do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento uma Secretaria de Pesca e Aquicultura.

Até 2002, existia no “Ministério da Agricultura e Abastecimento” o

Departamento de Pesca e Aquicultura, com 56 cargos

comissionados, para tratar dos assuntos relativos a “Pesca e

Aquicultura”. Em 2003, foi criada a Secretaria Especial de Pesca e

Aquicultura com uma estrutura de 161 cargos comissionados

Tomando como exemplo a estrutura desta Secretaria propomos o

mesmo número de cargos para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério da Pesca 370 -

Secretaria da Pesca e Aquicultura - 161

7

3. Ministério do Esporte = Ministério do Turismo

Fundir o Ministério do Esporte (193 cargos comissionados) com o

Ministério do Turismo (159 cargos comissionados) a exemplo de

governos anteriores.

Em 2002, havia uma única Pasta denominada “Ministério do

Esporte e Turismo”. Esta Pasta contava naquela época com 156

cargos comissionados em sua estrutura regimental, a qual

funcionava muito bem. Propomos o mesmo número de cargos para

o novo Ministério.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Esporte 193 -

Ministério do Turismo 159 -

Minist. do Esporte e Turismo - 156

4. Secretaria de Assuntos Estratégicos = Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Extinguir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da

República (106 cargos comissionados) e criar na Secretaria de

Planejamento e Investimentos Estratégicos, da estrutura do MPO,

um Departamento de Assuntos Estratégicos para tratar

especificamente do planejamento nacional, da discussão das opções

estratégicas do país entre outras competências já exercidas pela

atual Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Em 2005, antes da criação desta Secretaria de Assuntos

Estratégicos, havia o Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência

da República, que funcionava com apenas 23 cargos em comissão.

Desse modo, propomos para o Departamento uma estrutura de 23

cargos comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria Assuntos Estratégicos 106 -

Departamento de Assuntos Estratégico do MPO

- 23

8

5. Ministério das Cidades = Ministério da Integração Nacional

Extinguir o Ministério das Cidades (205 cargos comissionados) e

criar no âmbito do Ministério da Integração Nacional uma

Secretaria das Cidades.

Hoje, o Ministério da Integração possui em sua estrutura regimental

cinco secretarias (órgãos específicos singulares) e a média de cargos

para estas secretarias está em torno de 30 cargos comissionados,

sendo que a maior Secretaria daquele órgão conta com 38 cargos.

No mesmo seguimento propomos o quantitativo de 38 cargos

comissionados para a nova Secretaria.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério das Cidades 205 -

Secretaria das Cidades - 38

6. Ministério do Desenvolvimento Agrário

Extinguir o Ministério do Desenvolvimento Agrário atualmente com

346 cargos comissionados e criar no âmbito Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma Secretaria do

Desenvolvimento Agrário com um número mais reduzido de cargos.

O assunto sobre “desenvolvimento agrário” já foi tratado, por muito

tempo, no Ministério da Agricultura. Tanto que esta Pasta era

denominada “Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da

Reforma Agrária”.

Sugerimos, portanto, para a Secretaria do Desenvolvimento Agrário

uma estrutura de 113 cargos comissionados. Este número

corresponde ao somatório de todas as secretarias existentes no

Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Ministério do Desenvolvimento Agrário 346 -

Secretaria do Desenvolvimento Agrário do MAPA

- 113

9

7. Secretaria de Aviação Civil = Ministério dos Transportes

Extinguir a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República,

hoje com estrutura de ministério (155 cargos comissionados), e

criar no âmbito Ministério dos Transportes, como órgão específico

singular, uma Secretaria de Aviação Civil com um número mais

reduzido de cargos.

Até maio de 2011, as competências da Secretaria de Aviação Civil da

Presidência da República (status de ministério) eram da

competência de uma secretaria (órgão específico e singular) que

fazia parte da estrutura do Ministério da Defesa, também

denominada de Secretaria de Aviação Civil, e que contava com 47

cargos comissionados.

Propomos para a criação da nova Secretaria, agora no âmbito do

Ministério dos Transportes, o quantitativo de 47 cargos

comissionados.

Quantitativo de Cargos Comissionados

Órgão Situação atual Situação proposta

Secretaria de Aviação Civil da PR 155 -

Secretaria de Aviação Civil do MTp - 47

OBS: Com a extinção, fusão ou transformação de órgãos haverá

imediatamente uma redução dos cargos que compõem a estrutura básica

de cada Ministério como gabinete do ministro, consultoria jurídica e a

secretaria-executiva, e consequentemente extinguir-se-á os cargos de

chefia de gabinete, assessoria de comunicação, de impressa, internacional

entre outras assessorias.

A Lei nº 10.683, de 2003, prevê ainda que poderá estar vinculado à

Secretaria-Executiva, um órgão responsável pelas atividades de

administração de pessoal, de material, patrimonial, de serviços gerais, de

orçamento e finanças, de contabilidade e de tecnologia da informação e

informática.

10

As Secretarias que tratam de questões sociais relevantes (Igualdade

Racial, Mulheres e Direitos Humanos) deverão ser mantidas até a

consolidação dos direitos desses segmentos.

IV. II – REDUÇÃO NO CUSTEIO ADMINISTRATIVO DA MÁQUINA

1. Custeio

Redução efetiva mínima de 20% do somatório das despesas com

os itens abaixo elencados, em relação ao ano de 2011, nos

órgãos da Administração Pública Federal direta, as autarquias, as

fundações e as empresas constantes dos orçamentos fiscal e da

seguridade social:

• diárias, passagens e despesas com locomoção para trabalho

fora da sede, inclusive no exterior;

• material de consumo;

• ligações telefônicas;

• serviços de reprodução gráfica;

• serviços de consultoria

Na Tabela de Execução de algumas despesas consolidadas por

elemento de despesa, cuja dotação atualizada é em torno de R$ 14,5

bilhões no ano de 2011:

DESPESAS DO GOVERNO FEDERAL EM 2011

Orçamento Fiscal e de Seguridade Social

Elemento de Despesa Dotação Atualizada

14 DIÁRIAS – PESSOAL CIVIL 30 MATERIAL DE CONSUMO 33 PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOÇÃO 35 SERVIÇOS DE CONSULTORIA

735.363.182,83 12.467.926.935,03

708.079.472,02 580.313.720,46

TOTAL 14.491.683.310,34

Fonte: SIAFI – Orçamento Geral da União

IV.III - REDUÇÃO DE CARGOS COMISSIONADOS

Redução de, no mínimo, 20% do total do número de cargos em

comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS.

Hoje, existe na Administração Pública Federal cerca de 23.512

DAS, cargos estes de livre nomeação, que contribui para uma

11

despesa significativa na folha de pagamento da União. Cabe

frisar que em dezembro de 2002 existia na Administração

Pública Federal 18.374 DAS.

Propomos, também, a elevação de 50% para 75% do percentual

de ocupação de DAS, nível 4, para ser preenchido

exclusivamente por servidor de carreira. Ao mesmo tempo esta

regra deve ser estendida para os cargos em comissão (DAS),

níveis 5 e 6, limitada a um percentual de preenchimento

exclusivo por servidor de 50% do total desses cargos.

V - ESTIMATIVA DE REDUÇÃO DE GASTOS COM A IMPLEMENTAÇÃO DAS

PROPOSTAS

a) Quadro demonstrativo do número de DAS resultante da

reestruturação dos órgãos da Administração

Sit. Atual Nº cargos

Proposta Nº cargos

Redução Nº cargos

Extinção Secretaria de Portos 111 36 75

Extinção Min. Pesca e Aquicultura 370 161 209

Fusão do Ministério do Esporte com Ministério do Turismo

352 156 196

Extinção da Secretaria de Assuntos Estratégico 106 23 83

Extinção do Ministério das Cidades 205 38 167

Extinção do Min. do Desenv. Agrário 346 113 233

Extinção da Secretaria de Aviação Civil 155 47 108

Subtotal 1 1.071

b) Redução de 20% dos DAS após a reestruturação do item “a”

Redução de 20% dos DAS 22.441 17.953 4.480

Subtotal 2 4.488

c) Redução no custeio administrativo

Redução de 20% no custeio 2,900 bilhões

Subtotal 3 2,900 bilhões

12

Quadro resumo resultante do total da economia dos gastos em bilhões

Economia anual

Redução de DAS – de 23.512 para 17.953 448 milhões

Custeio 2,900 bilhões

TOTAL GERAL 3,348 bilhões Fonte: SIAFI; Boletim Estatístico de Pessoal do MPO; Lei nº 9.649, de 1998; Lei nº 10.683, de 2003

* Não computados os gastos com telefone, contratos de empresas

terceirizadas (secretarias, ascensoristas, limpeza, etc), aluguel de veículos

e imóveis, entre outros.

OBS: Com a proposta de reestruturação dos órgãos , a Administração

Pública Federal reduzirá sua estrutura de 38 para 31 ministérios.

A economia de 3,348 bilhões ao ano, resultante da reestruturação da

Administração, pode ser revertida na ampliação dos benefícios para

sociedade, sem aumento da carga tributária, para atender às diversas

demandas sociais. Este recurso (3,348 bi) poderá, a título de exemplo

custear por um período de 1 ano, um dos itens abaixo:

• Construção de 40 mil casas populares (de R$ 85 mil cada);

• Compra de 33 mil mamógrafos (de R$ 100 mil cada), perfazendo a

média de 6 por município;

• Pagamento de 110 mil bolsas para médicos-residentes;

• Compra de 34 mil ônibus escolares;

• Compra de 3,3 milhões de notebooks (de mil reais cada) para alunos

de escolas públicas;

• Equipar 14.000 leitos de UTI (R$ 150 mil cada) e manter 12.500

leitos (R$ 100 mil cada);

• Construção de 1.100 UPAS – Unidade de Pronto Atendimento de

Saúde (de R$ 3 milhões cada).